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sexta-feira, 12 de maio de 2023

Carros elétricos e híbridos têm alta de 53% nas vendas de abril no Brasil

Locais, como os condomínios, precisam se adaptar à realidade; especialista do Grupo Graiche dá orientações

 

Dados divulgados nesta semana pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) mostram que os emplacamentos de veículos leves eletrificados no Brasil alcançaram 4.793 unidades em abril, crescimento de 53,5% sobre o mesmo período de 2022. Segundo a entidade, abril deste ano foi também o melhor mês de abril de toda a série histórica da ABVE, que começou em 2012.

É fato que as vendas de carros elétricos vêm aumentando, porém, a infraestrutura de carregamento desse tipo de veículo ainda é um desafio. O território brasileiro ocupa a 20ª posição no ranking de infraestrutura para carros elétricos, de acordo com a 3ª edição da análise 'EV Charging', compartilhada pela Roland Berger. 

Diante desse cenário, é preciso que haja locais preparados para essa realidade – das vias públicas aos espaços privados, como os condomínios. Inclusive, novos imóveis, sejam eles residenciais ou comerciais da cidade de São Paulo, são obrigados a disponibilizar tomadas de recarga para carros elétricos e híbridos nas garagens, com medição independente de consumo. O projeto de lei nº 01-00346/2017, que traz essa determinação, passou a vigorar em dia 31 de março de 2021. 

No entanto, especialistas alertam que qualquer decisão desse tipo precisa ser discutida em assembleia, ainda mais quando há um custo operacional. Mesmo que o condomínio apresente condições para ter tomadas, mas não queira custear, o morador não pode realizar instalação individual sem permissão. “Nossas experiências em condomínios com perfis variados e diversas empresas especializadas apontam que é preciso haver condições equalitárias. Chegamos à conclusão de que, mesmo que inicialmente esse tipo de operação tenha um investimento considerável, quando compartilhado, os valores são reduzidos e inúmeros benefícios são gerados para todos os moradores”, fala José Roberto Graiche Junior, advogado especializado em Direito Imobiliário e vice-presidente do Grupo Graiche, empresa que gerencia 915 condomínios, com 114 mil unidades administradas. 

Em média, uma instalação individual pode custar até três vezes a mais em comparação a instalação coletiva. “Além disso, contar com esse projeto de eletrificação pode se tornar um fator decisivo na valorização futura do imóvel, bem como o morador que hoje não utiliza um carro elétrico vai desejar ter a mesma oportunidade e facilidades se fizer essa opção”, salienta Graiche Junior. 

 

Série de vantagens e discussão 

A demanda alta pode trazer, em um futuro não tão distante, diversas vantagens, como sustentabilidade, eficiência, segurança e economia. Há também instituições bancárias e incentivos fiscais que hoje oferecem linhas de crédito especiais para esse tipo de imóvel. Entretanto, alguns questionamentos começam a surgir frente a demanda e a procura: as tomadas serão coletivas ou individuais? Quem pagará pelo uso da energia e como funcionam esses pontos de abastecimento coletivo nos prédios? 

As reuniões internas servem para discutir e esclarecer alguns pontos fundamentais da questão, entre elas, qual empresa será contratada, modelo e quantos pontos serão instalados, regras de uso, por exemplo. O vice-presidente do Grupo Graiche explica que nos condomínios antigos, por exemplo, para atender aos proprietários dos veículos elétricos, é necessária uma análise técnica para avaliar a instalação de carregadores de acordo com a estrutura do condomínio e, só após um projeto detalhado, levar para aprovação em assembleia.  

 

Dúvidas nas instalações 

A operação da instalação deve seguir algumas fases, como análise de disponibilidade de potência, realização do projeto elétrico, adequação civil e elétrica e a instalação dos carregadores.

No mercado, há dois tipos de instalações. Uma delas é a individual, na qual o morador arca com os custos e instalação em sua vaga e, deste modo, o consumo é registrado diretamente no relógio de luz individual da unidade predial. Lembrando que essa situação é para condomínios mais antigos, que não estão preparados para o abastecimento desses novos carros. “Em condomínios mais modernos, já é possível ligar o carregador direto no relógio do proprietário”, diz. “Adaptar o condomínio a essa questão é um assunto que precisa ser levado em consideração no seu planejamento para os próximos anos”, completa. 

O outro tipo refere-se às instalações coletivas, presentes nos novos empreendimentos. Neste caso, os moradores aprovam em assembleia a implantação de um projeto de eletrificação para viabilizar a instalação de tomadas industriais, para ter estações de recarga coletiva. Nesta modalidade, cada usuário terá um cadastro e, ao terminar de abastecer, o custo será enviado para a administradora do condomínio que fará a devida cobrança. 

Nesta iniciativa, uma pergunta envolve o número de tomadas que o condomínio precisa ter para fazer o abastecimento coletivo de carros elétricos. Tudo dependerá da demanda. No início da implementação não se faz necessário várias tomadas ou estações de recarga. Mas especialistas apontam que, no futuro próximo, o ideal seria cerca de 1 estação para 2 veículos, no mínimo.

 

E a conta? 

Uma das principais dúvidas com relação a recarga de baterias de carros elétricos e híbridos em condomínios é o custo, já que o condômino que não possui um carro desse tipo pode se sentir prejudicado, tendo em mente a ideia de que terá que pagar pela energia utilizada pelo proprietário do veículo. “Mas não é bem assim. Os sistemas de carregamento possuem tecnologia inteligente que distribui o custo do consumo entre usuários que realmente utilizam o serviço para seus carros.”, explica Graiche Junior.

 

Alesp aprova aumento do salário mínimo paulista, que passa a ser de R$ 1.550

Freepik
O valor supera o salário-mínimo nacional, válido para todas as categorias, que é de R$ 1.320

 

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou na noite da quarta-feira (10) o aumento do salário mínimo paulista para o valor de R$ 1.550,00. Os deputados ainda incluíram a categoria de cuidador de idosos entre as beneficiadas pela medida.

O texto segue agora para sanção do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O valor do salário mínimo nacional, válido para todas as categorias, é de R$ 1.320,00.

Anteriormente, o salário mínimo paulista tinha duas faixas, de R$ 1.284,00 e R$ 1.306,00, que serão unificadas.

Categorias que não têm um piso salarial definido em lei federal ou convenções coletivas passam a ter direito a receber o valor reajustado de acordo com a lei estadual.

O projeto foi proposto pelo governo Tarcísio na semana passada e tramitou em regime de urgência. Após ser aprovado nas comissões, pode ser votado no plenário.

O governador celebrou a aprovação nas redes sociais. O texto recebeu apoio da base aliada e da oposição - mas esta cobrou para que o salário fosse reajustado anualmente, pelo menos com o valor da inflação e para que os servidores públicos não recebam abaixo de R$ 1.550.

"Votamos favorável, mas estamos cobrando do governo um salário decente também para os servidores", disse o deputado Jorge do Carmo (PT).

 

Estadão Conteúdo


Conheça os 3 erros mais comuns que as empresas cometem na tentativa de inclusão das mulheres que são mães (e como evitá-los)

Na pressa de se mostrarem inclusivas, algumas empresas metem os pés pelas mãos e acabam se esquecendo do básico: escutar o que as mães têm a dizer

 

A pauta da inclusão das mulheres que são mães no mercado de trabalho tem se tornado cada vez mais latente - algumas empresas, inclusive, já oferecem o congelamento de óvulos entre os benefícios corporativos. Ainda assim, as pesquisas mostram que metade das mulheres são desligadas de suas ocupações quando retornam da licença-maternidade, ou quando termina o período de estabilidade de 5 meses pós-parto, garantido por lei.

De acordo com a consultoria Robert Half, 4 em cada 10 mulheres não conseguem voltar ao trabalho após a licença. “Muitas delas se tornam empreendedoras, em busca da autonomia e flexibilidade, tão importantes e necessárias quando nos tornamos mães, especialmente se a criança tem até três anos ou precisa de cuidados extras, dependendo de suas condições físicas, mentais e emocionais”, explica Dhafyni Mendes, pesquisadora de carreiras femininas e cofundadora do Todas Group. 

“Sou mãe de dois, um adolescente de 16 e uma menina 2. Entendo perfeitamente as mulheres que, ao serem colocadas na situação de escolherem entre sua carreira e a maternidade, não enxergam saídas possíveis. Em vez de ter que abrir mão, podemos somar e entender como podemos nos tornar melhores profissionais sendo mães e o quanto é possível sermos melhores mães, sendo excelentes profissionais. Referências são fundamentais, ver outras mães crescendo no mercado de trabalho reforça que podemos multiplicar experiências, em vez de ter que escolher”, conta Dhafyni. 

A empreendedora percebe que as empresas, por melhor intencionadas que estejam, cometem erros que podem gerar inseguranças ou até mesmo culpabilizar as mulheres pela maternidade. Dhafyni selecionou os três principais deles e algumas maneiras de evitá-los:  

  • Comunicação: Mais do que dar dicas sobre como equilibrar a vida profissional e os compromissos pessoais, é extremamente importante que as mulheres sejam ouvidas e que haja um espaço seguro para trazerem suas questões. “85% das mulheres se sentem nervosas ou receosas sobre comunicar a primeira gravidez para seus gestores. Na segunda gravidez, esse número cai para 45%; elas já passaram pela experiência e sabem das possibilidades. Garantir espaço seguro para a comunicação é a uma forma de encontrar soluções inovadoras para o bem-estar das colaboradoras e performance das empresas”, explica Dhafyni.  
  • Planejamento: Uma pesquisa realizada pela McKinsey mostrou que as mães são o grupo que mais quer crescer no mercado de trabalho, entre as mulheres. Enquanto 75% das mães entrevistadas afirmaram que querem ser promovidas, o resultado entre mulheres, no geral, ficou em 70%. “Quero ser uma alta executiva” teve identificação de 35% das mães contra  31% entre as mulheres que não são mães. 60% das mães concordam que querem ser gestoras, enquanto o índice geral ficou em 54%. “Oferecer um planejamento para a carreira das colaboradoras pós-licença maternidade é benéfico para o desempenho corporativo e deixa as mulheres mais seguras para voltarem ao trabalho”, afirma a pesquisadora. O planejamento dos possíveis caminhos paras as mães que retornam da licença pode ser feito tendo em vista promoções, realocações, atualizações da área e projetos inovadores. “Seria interessante desenhar um novo fluxo de onboarding para o período de adaptação, dessa forma as empresas contribuem para acelerar as curvas de aprendizado e crescimento das mães que voltam para suas tarefas com motivações dobradas”, explica Dhafyni.  
  • Flexibilidade: Pais e mães estão se adaptando à nova rotina com a chegada de mais um membro na família. Imprevistos e mudanças vão acontecer e é importante que, tanto as mulheres quanto os homens, estejam confiantes para também adaptar suas agendas, sem que isso impacte suas entregas. “Existem diversas ferramentas corporativas que podem ser usadas para manter a produtividade: acompanhamento de projetos e atividades, estabelecimento de fluxos, negociação de prazos, formação de equipes multidisciplinares, adoção da comunicação assíncrona, treinamentos, construção de uma relação de confiança com a gestão, entre outras. Uma pesquisa feita pela ONG Catalyst, com mais de 7.400 funcionários ao redor do mundo, mostrou que há 32% menos chances de mulheres com filhos deixarem seus empregos se tiverem a opção do trabalho remoto”, finaliza Dhafyni Mendes. 


Dhafyni Mendes - pesquisadora do crescimento profissional feminino, com foco na trajetória de lideranças. Com mais de 10 anos de experiência em comunicação multiplataforma para este público, além do desenvolvimento de branding e treinamento de vendas para times globais femininos. Dhafyni é co-fundadora do Todas Group - plataforma que reúne as maiores líderes da América Latina em trilhas de aprendizados voltadas para o impulsionamento da carreira de mais de 30 mil mulheres no Brasil. Acredita na autoralidade e no trabalho conjunto
https://www.linkedin.com/in/dhafynimendes/
https://www.instagram.com/dhafyni/

 

É dever das empresas e organizações proporcionar tecnologias seguras de proteção de dados pessoais, afirma Márcia Melo, especialista em LGPD da AX4B.

 

Especialista destaca medidas de segurança dados para se estar em conformidade com a LGPD  


A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) entrou em vigor em setembro de 2020 e tem como objetivo regulamentar o tratamento de dados pessoais no Brasil. Com a LGPD, as empresas passaram a ser responsáveis por garantir a segurança e a privacidade dos dados pessoais dos usuários, incluindo informações como nome, endereço, e-mail, entre outros.  

A segurança de dados é um tema crucial no contexto da LGPD, uma vez que qualquer vazamento de informações pode resultar em multas e danos irreparáveis à imagem da empresa. Nesse sentido, a adoção de medidas de segurança adequadas é fundamental para garantir a conformidade com a LGPD e proteger os dados dos usuários de possíveis ameaças. 

Marcia Melo, especialista em LGPD da AX4B comenta que é importante termos em mente que não existem medidas protetivas que garantam 100% a segurança dos dados de qualquer empresa. Isto porque novas tecnologias sempre geram novas vulnerabilidades. 

Para Marcia, as empresas devem implementar uma série de medidas técnicas e organizacionais para proteger os dados dos titulares, mas se tratando especificamente de segurança de dados para se estar em conformidade com a LGPD, podemos considerar medidas como: 

Criptografia de dados pessoais;

Controle de acesso a dados;

Implementação de políticas de segurança de dados;

Treinamento de funcionários sobre privacidade e segurança de dados;

Atualização regular de softwares e sistemas de segurança.

Monitoramento constante dos sistemas de segurança; 

Essas medidas são importantes para garantir que os dados pessoais sejam tratados com segurança e privacidade, evitando danos ao titular de dados e protegendo a empresa. 

"É dever das empresas e organizações proporcionar tecnologias seguras de proteção de dados pessoais, utilizar processo de anonimização sem reversão e outras técnicas, além claro, de cumprir os direitos dos titulares de dados como o de acesso, retificação e exclusão.", afirma. 

Além dessas medidas a especialista destaca, uma série de medidas que permitem a manutenção da mesma, como o fornecimento de um canal de comunicação para o exercício dos direitos dos titulares; a manutenção dos registros de dados pessoais, a realização de auditorias de segurança; Implementação de um processo claro de verificação de identidade dos titulares de dados; além disso, direcionar e conduzir às solicitações dos titulares de dados, como também garantir a exclusão adequada dos dados após a solicitação do titular, quando aplicável. 

"A LGPD se relaciona com outras leis de privacidade de dados ao redor do mundo em relação à segurança de dados, uma vez que todas essas leis têm como objetivo garantir a proteção dos dados pessoais. Algumas pessoas podem achar que a proteção de dados e a privacidade são assuntos novos, mas a verdade é que, apesar de terem ganhado bastante popularidade nos últimos anos, o tema vem sendo discutido há décadas.", explica a especialista em LGPD da AX4B. 

Além disso, Marcia comenta que as empresas que operam em múltiplas jurisdições devem estar cientes das diferenças e semelhanças entre essas leis para garantir que estejam em conformidade em cada país em que operam. Além disso, é importante destacar que a LGPD é considerada uma das leis de privacidade de dados mais rigorosas do mundo e é um exemplo para outras legislações de proteção de dados. 

A segurança de dados é um tema crucial no contexto da LGPD, uma vez que a proteção dos dados pessoais dos usuários é um direito fundamental. A adoção de medidas de segurança adequadas é fundamental para garantir a conformidade com a LGPD e proteger os dados dos usuários de possíveis ameaças, como ataques cibernéticos e vazamentos de informações.  

As empresas que não cumprirem as regras estabelecidas pela LGPD podem sofrer penalidades graves, que incluem multas e danos irreparáveis à imagem da empresa. Portanto, a segurança de dados deve ser tratada como uma prioridade para as empresas que lidam com dados pessoais, a fim de garantir a proteção dos direitos dos usuários e a reputação da organização.


Nove em cada dez mães têm responsabilidade no orçamento das famílias brasileiras

Pesquisa da Serasa revela que, sem apoio para dividir os gastos, mães solteiras, viúvas e divorciadas arcam de forma independente com as despesas das residências 

 

Contribuindo para encerrar com o estereótipo antiquado que enxergava mães como figuras pouco participantes do mundo das finanças, pesquisa da Serasa aponta que mais de 90% das mulheres com filhos têm responsabilidade ao lidar com o orçamento familiar. Ao analisar as diferentes conjunturas dos lares brasileiros, as mães solteiras, viúvas e divorciadas são, em maioria, as únicas provedoras das residências, encarregadas de cuidar dos filhos e dar conta de todas as despesas. 

O recorte inédito faz parte do estudo Relevância das Mulheres nas Finanças das Famílias Brasileiras, realizado pela Serasa em parceria com o instituto Opinion Box em fevereiro de 2023. De acordo com o levantamento, 48% das mães solteiras, que declaram possuir pelo menos um filho, não possuem companhia para dividir as finanças e são, portanto, as responsáveis exclusivas por arcar com os gastos familiares. No caso de mães divorciadas e viúvas, os números são ainda maiores, atingindo 65% e 57% dessas parcelas de respondentes, respectivamente.  

“As mães casadas representam a única fatia entre as participantes com filhos que possuem maior parcela de ajuda para manter a família financeiramente (32%)”, explica Patrícia Camillo, gerente da Serasa. “Sem apoio, as mulheres se tornam fonte de renda para manter a família e quitar as contas que chegam todos os meses. Cada vez mais empoderadas também no mundo das finanças, os dados refletem o perfil dessa mãe brasileira que atua ativamente para gerir as finanças da casa sozinha”. 

Em um cenário que avança para reconhecer mulheres no mercado de trabalho e sua relação com o poder aquisitivo, as dificuldades ainda existem e atingem mães em diferentes arranjos familiares. Segundo a pesquisa, a maioria das entrevistadas já recorreu a algum “bico” ou trabalho informal para complementar a renda. O recorte chama atenção, principalmente, entre o grupo de mães solteiras, no qual 84% revelam já ter procurado formas de obter ganhos extras. “Mesmo possuindo um trabalho fixo, as mulheres que cuidam de seus filhos ainda buscam outras formas de manter as contas em dia e a qualidade de vida”. explica Patrícia. 

 

Histórias de mães, dívidas e vidas retomadas  

Aline dos Santos Barbosa, de 34 anos, é mãe de quatro filhos e ficou conhecida como @maecrespa nas redes sociais, em que atua como influenciadora digital e publica conteúdos sobre maternidade. Atualmente, conta com mais de 20 mil seguidores nas redes sociais e recorda que conseguiu quitar suas dívidas em uma edição do Feirão Serasa Limpa Nome. “Desde que fiquei negativada, minha meta se tornou quitar essa pendência, pois isso me impedia de realizar uma série de coisas do dia a dia e seguir meus sonhos”, conta. “Ver todas as pessoas aliviadas e tocando o sino no Feirão foi muito gratificante, principalmente, por saber que também vivi essa experiência”.  

Como mãe solo, a gaúcha acredita que a organização financeira é a chave para garantir as finanças da casa e proporcionar uma boa qualidade de vida para os filhos. “Não é uma tarefa fácil e eu tive que aprender a lidar com o dinheiro sozinha. Hoje, consigo controlar meus custos mensais, definindo o quanto vou receber e o quanto consigo gastar, além de reservar uma parte para emergências”. 

A paulistana Viviane Santos, de 35 anos, trabalha como cuidadora e está grávida de seu segundo filho. Em novembro de 2022, participou da edição física do Feirão Serasa Limpa Nome em São Paulo, acompanhada de sua mãe, dona Renilda Santos. Na época, as duas contabilizavam mais de R$47 mil em dívidas com cartão de crédito. “Acabamos nos enrolando com compras do dia a dia e virou uma grande bola de neve. Levei minha mãe para negociar na tenda e descobri a minha pendência na própria fila”, conta Viviane, que, atualmente, mora sozinha com seu primeiro filho. 

Cinco meses depois, a sensação de alívio continua: “Conseguimos quitar um dos acordos por cento e poucos reais, e sigo pagando o outro. É uma nova vida para conseguir realizar outros projetos e cuidar, agora, dessa criança que está chegando”. 

Graciete Silva, de 32 anos, também vive em São Paulo com seus dois filhos. Separada há dois anos, conta que a única renda da família vem de seu trabalho como repositora. “Esse período, em que passei a ser a responsável exclusiva pelas despesas da casa, foi bem difícil. Comprei alguns materiais de construção para terminar de construir a minha cozinha, mas fiquei desempregada e não consegui arcar com todas as parcelas, o que acabou acarretando uma dívida com o banco”. 

Em março deste ano, Graciete conseguiu renegociar essa pendência pelo aplicativo da Serasa e, com o nome limpo, começou a sonhar novamente. “Além de impedir meu acesso ao crédito, as dívidas me causavam preocupação e dores de cabeça”, afirma. “Agora, me sinto aliviada e pronta para retomar todos os planos”, conta. 


Serasa Limpa Nome 

Durante todo o ano, o Serasa Limpa Nome oferece ofertas e condições especiais para estimular a quitação das dívidas. Para consultar, acesse os canais oficiais da empresa: 

    

Veja como renegociar pelos canais da Serasa    

Aplicativo: https://youtu.be/too-JJ_6OCw     

Site: https://youtu.be/nLJrUpyDkSM     

WhatsApp: https://www.youtube.com/watch?v=DVyx1QY5xD0    

  

Serasa
www.serasa.com.br

  

O impacto do Segundo Idioma no mercado de trabalho

A importância que o segundo idioma tem, dentro dos processos de contratações, como diferencial ou pré-requisito

 

A fluência em demais idiomas para a formação acadêmica e consequentemente para o mercado de trabalho tem se destacado dia a dia devido à globalização, ao crescimento do mercado e às novas tecnologias. As relações de um país com outros, em um crescimento e facilidades tecnológicas, evidenciam o que antes era um diferencial no currículo, mas hoje nas contratações passou a ser um pré-requisito importante, o segundo idioma.

O nível de profissionalização aumenta gradativamente e com isso as exigências e pré-requisitos em vagas específicas são evidenciadas pelas suas competências. Assim, o idioma se torna mais que um diferencial, pois com os avanços do mercado ele passa a ser uma necessidade. Como apontam os estudos da Page Personnel, 60% das vagas disponíveis já solicitam a fluência do inglês, idioma considerado universal.

É mais que uma atualização do mercado, é uma tendência, ainda como um pré-requisito ou diferencial. Estudos apontam que o segundo idioma, em 10 anos, será um requisito obrigatório para qualquer nicho profissional, aumentando a valorização do mercado de trabalho e do trabalhador, que com essa competência, recebe seu salário com o reajuste entre 47% e 52% a mais.

Para José Tortato, Diretor Operacional do BNE (Banco Nacional de Empregos), essa mudança do mercado é importante e demonstra um avanço: “é importante as pessoas do mercado estarem preparadas para a comunicação em geral, a globalização é crescente e então todos devem estar preparados para ter relações que ultrapassam fronteiras, isso além de ser uma valorização do trabalhador em si, que busca por seu crescimento profissional e de suas competências”, explica Tortato.

10 áreas que requerem o segundo idioma
Segundo dados do BNE, no Brasil, existem diversas áreas no mercado de trabalho que já exigem o segundo idioma como requisito obrigatório ou um pré-requisito, indo além do diferencial pessoal. Nesse sentido, as 10 áreas que mais requerem fluência em outro idioma são respectivamente: Administração, Informática, Logística, Comércio, Marketing, Educação, Construção, Contabilidade, Recursos Humanos e Financeiro. Além disso, de acordo ainda com o levantamento realizado, a perspectiva nesse cenário é de crescimento em áreas e vagas com essa exigência.


BNE - Banco Nacional de Empregos
www.bne.com.br

Chat GPT pode ajudar na educação? Empreendedor da educação explica o uso da ferramenta em escolas

Diretor administrativo da Teia Multicultural, escola voltada para uma educação humanista e inovadora, Lucas Briquez, afirma que o ChatPGT ajuda no aprendizado se bem utilizado

 

O ChatGPT se popularizou nos últimos meses e gerou um debate sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) em diversas áreas, dentre elas, uma das que mais gera polêmica é a educação. 

No entanto, de acordo com o diretor administrativo da escola Teia Multicultural e CEO da editora Asas Educação, Lucas Briquez, explica que a ferramenta pode ajudar a melhorar o aprendizado.

 As novas tecnologias vão continuar surgindo e se integrando à sociedade de uma forma que não podemos ignorá-las e sim utilizá-las para melhorar a educação”. 

Na Teia Multicultural temos uma cultura de inovação muito forte, o que nos dá uma abertura maior ao novo do que as escolas mais tradicionais, diante disso, e da popularização do ChatGPT passamos a usar a ferramenta para otimização de textos, e-mails, estruturar planos de aula, revisões, entre outras, sempre como um complemento e não como única base para nossos trabalhos” Reforça Lucas Briquez.

 

Os alunos podem usar o ChatPGT na escola? 

O ChatGPT também é liberado como uma ferramenta para auxiliar os alunos a produzir trabalhos, mas sabendo que eles dispõe do uso de Inteligência Artificial podemos elevar o padrão de entrega, tornando-se mais criterioso, o que é benéfico para o aprendizado do aluno, ajudando-o a aumentar o nível das suas produções” Explica Lucas Briquez. 

Temos que ter em mente que a Inteligência Artificial pode ser uma revolução de proporções ainda não conhecidas e quanto mais cedo nos integrarmos a ela, mais facilmente nos adaptaremos aos novos cenários educacionais e profissionais”. 

 

Lucas Briquez - diretor executivo do Asas Educação e Diretor Administrativo e sócio da Teia Multicultural, escola inovadora reconhecida pelo MEC como instituição de referência para a Inovação e a Criatividade em educação básica do Brasil, e pela seleção mundial de escolas inovadoras Education Cities no desafio Edumission, onde recebeu título honorário de “Inovação em Interdisciplinaridade”.  Lucas tem MBA em Marketing e Negócios Digitais pela Be.Academy, é professor de empreendedorismo, design thinker, designer instrucional e copywriter. Hoje, seu maior objetivo é levar a metodologia da Teia Multicultural para crianças e adolescentes de todo país, através da Edutech Asas Educação.

 

Empreendedorismo oferece flexibilidade para mães conciliarem trabalho com o cuidado dos filhos, revela pesquisa inédita da Serasa Experian

Estudo também mostra que 50% das respondentes têm mais flexibilidade de tempo; 4 em cada 10 são completamente independentes financeiramente de cônjuges e familiares 



Uma pesquisa inédita realizada pela Serasa Experian, aplicada com mulheres empreendedoras, revelou que 29% das entrevistadas declararam que conseguir conciliar tempo de trabalho com o cuidado dos filhos foi um dos principais ganhos ao se tornarem empresárias. Dessas mulheres, 38% têm entre 40 e 49 anos, e 31% entre 30 e 39 anos. A maioria delas, 36%, está no Nordeste, e 32% estão no Norte e Centro-Oeste.

A flexibilidade de horário foi outro ganho percebido por 50,4% delas. Para o vice-presidente de PME da Serasa Experian, Cleber Genero, o maior desafio é conciliar o empreendedorismo com as necessidades familiares, e isso exige apoio para que elas possam garantir que todas as tarefas sejam concluídas. “Trabalhamos para oferecer soluções que auxiliem as mulheres a equilibrarem suas responsabilidades familiares com suas carreiras empreendedoras de forma mais prática e assertiva. Dessa forma, elas podem garantir o sucesso financeiro dos negócios e dedicar tempo para outros fatores além do trabalho. Essa movimentação beneficia a economia como um todo, promovendo a representatividade feminina nos negócios, a inovação e o crescimento empresarial”.


Independência financeira e escolaridade

Independência financeira é outro fator crucial, já que 45% das mulheres responderam que são completamente independentes financeiramente de cônjuges e familiares, sendo que 51% da renda que elas recebem vêm da atividade empresarial. Neste recorte, 57% do porte das empresas dessas empresárias é pequeno ou médio e 43,9% individual ou micro.

O levantamento também mostra que o nível de escolaridade é alto entre essas empreendedoras. Cerca de 55% delas possuem pós-graduação, 42,8% formação superior e 35,8% ensino médio completo.


Diferenças de gênero e os principais desafios

Quando perguntadas sobre as principais diferenças entre gêneros no empreendedorismo, 56% declararam que empreender para uma mulher é mais difícil do que para um homem. Para 36% das respondentes, a maior dificuldade que encontram é a dupla jornada de trabalho. Veja no gráfico a seguir todos os desafios apontados por elas:




“A Serasa Experian reconhece a importância de auxiliar todos os empreendedores brasileiros, principalmente as mães e mulheres que atuam neste ramo. Facilitar o acesso ao crédito e a conteúdos gratuitos que ajudam na organização da empresa são iniciativas que podem mudar a realidade de muitas”, conclui o executivo.

Guia do Empreendedor Iniciante: Conteúdo da Serasa Experian para ajudar na saúde financeira dos negócios

Para ajudar os negócios recém-criados na jornada do empreendedorismo, a Serasa Experian lançou o “Guia do Empreendedor Iniciante”, um material gratuito, disponível no site oficial da companhia. Para ter acesso completo ao material, basta fazer um breve cadastro de nome e e-mail para destravar os oito níveis que reúnem muitas dicas e orientações sobre como encontrar uma oportunidade, definir o perfil do cliente, fazer plano de negócios e muito mais. Clique aqui e saiba mais!



Metodologia

A Pesquisa “Empreendedoras Brasileiras PME” da Serasa Experian foi realizada de forma quantitativa, via painel de respondentes e contou com 534 participantes de todas as regiões do país. O detalhamento seguido foi segundo a classificação do Sebrae, considerando: “Comércio, Serviço e Indústria”, “B2B, B2C e Ambos”, “Todas as áreas de atuação (sem cota)”, “Clientes e não clientes de birôs de crédito (sem cota)”, “Maiores de 18 anos”, “100% mulheres” e “Classes ABCD (cotas: 50% AB1 e 50% B2CD)”.

Esta foi a segunda onda do estudo, que teve sua realização em 2022, entretanto foram feitas alterações significativas em relação ao questionário para 2023, visando incluir a Segmentação de Mulheres Empreendedoras, a fim de entender as principais motivações para empreender. Desta forma, o foco principal desta pesquisa é mergulhar no perfil atual de empreendedoras (traçado em 2023) e como elas encaram o empreendedorismo e seus negócios próprios.






Empreendedorismo por região

A região que mais concentra negócios cujas sócias principais são mulheres é a Sudeste (51,1%), seguida pela Nordeste (17,9%), Sul (17,4%), Centro-Oeste (9,1%) e Norte (4,4%). Na análise das Unidades Federativas (UFs) é em São Paulo (27,8%) que estão a maior parte dos empreendimentos femininos, depois vem Rio de Janeiro (10,6%), Minas Gerais (10,3%) e Paraná (6,6%). Veja no gráfico abaixo o ranking completo:




Metodologia

O Estudo “Perfil da Empreendedora Brasileira” foi realizado pela Serasa Experian com base em dados internos da empresa que envolvem a análise de 20.636.104 empresas ativas no Brasil. Os indicadores analisados foram representatividade por gênero, idade CPF, CNPJ, porcentagem de participação, localização por UF, porte, faturamento e tempo de abertura das empresas.

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br



Indústria da música: a luta pelo destaque nas plataformas de streaming

Com milhões de faixas disponíveis nas plataformas digitais, e o crescimento contínuo do mercado, saber quando e como lançar um novo projeto é fundamental para alcançar o sucesso na indústria da música

 

De acordo com informações da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), a indústria da música brasileira cresceu 15,4% em 2022. O número está acima da média global, que foi de 9% no mesmo período. Isso ocorreu especialmente devido ao impulso dos serviços de streaming, que atualmente representam 86,2% das receitas totais da indústria da música. Com isso, o Brasil chegou a 9ª posição no ranking global. 

O relatório do IFPI também indica que a indústria fonográfica nacional arrecadou R$ 2,5 bilhões em 2022. Além disso, segundo dados da Loud & Clear do Spotify, ano passado já haviam 158 milhões de faixas disponíveis na plataforma.

Dessa forma, conseguir destaque nos serviços de streaming é um desafio, e para contorná-lo diversos artistas apostam em estratégias de lançamentos constantes. Afinal, a própria estrutura dessas plataformas favorece o consumo de músicas novas. Contudo, publicar muitos conteúdos em um curto período de tempo nem sempre é o melhor caminho, ainda mais quando falamos em artistas independentes. 

“A constância dos lançamentos depende muito da capacidade criativa e financeira do artista. Ou seja, não adianta lançar com frequência sem ter um projeto artístico, e isso precisa ser avaliado caso a caso, de acordo com o perfil do artista e do seu público-alvo”, explica Eriton Bezerra, CEO da New Music Brasil. 

Empresa especializada na indústria da música, a New Music Brasil tem centenas de artistas independentes em seu catálogo. E para elaborar o plano de carreira de cada um, a empresa foca no potencial de crescimento de seus artistas, buscando auxiliá-los a construir uma “personalidade musical”, nas palavras do CEO. A partir daí, são elaboradas as estratégias de lançamento que melhor atendam às necessidades e condições do artista. 

Em outras palavras, não existe uma fórmula ideal que se aplica a todos os artistas. Ainda que os serviços de streaming favoreçam a lógica de lançamentos constantes, fatores como a condição financeira e personalidade musical do artista, além das características do público-alvo, precisam ser levados em consideração.

 

Quando uma música deixa de ser novidade na indústria?


Eriton Bezerra explica que a primeira semana após o lançamento de uma música é fundamental para atrair a atenção dos ouvintes pela novidade. Além disso, conforme análise da British Phonographic Industry (BPI), duas semanas é o tempo que uma faixa pode levar para atingir seu pico comercial após o lançamento. Ao mesmo tempo, faixas com mais de um ano são atualmente definidas pelos players de mercado (gravadoras e selos) como catálogo. 

No entanto, o desempenho das músicas nas plataformas digitais pode crescer em até 12 meses. “Se olharmos para os analíticos, a grande maioria das músicas de maior performance no meio digital chegam no seu melhor desempenho entre 5 e 10 meses após a publicação, praticamente no momento em que a música começa o seu caminho para virar uma faixa de catálogo”, comenta Eriton. 

Já no segundo ano, o desempenho de uma música cai em média 65%, e segue caindo até se estabilizar como faixa de catálogo, mantendo um consumo em torno de 10 a 15%, na comparação com o primeiro ano, segundo Eriton Bezerra.

 

Lançamentos ou catálogos: no que investir? 

Recentemente, um dos maiores players da indústria da música do mundo anunciou que não fará mais distinção entre lançamentos de músicas novas e músicas de catálogo. A proposta visa promover todas as faixas da empresa com o mesmo empenho.  

Para Eriton Bezerra, “são dois caminhos diferentes, ambos muito importantes. Investir em catálogos faz muito sentido quando pensamos em projetos de carreira. Já o repertório de artistas emergentes tem maior apoio nos lançamentos. A melhor estratégia é mesclar os dois caminhos, sempre segundo o perfil de cada artista e gênero musical”.


Uma agenda para o Brasil

 

Toda criança deveria receber, além da agenda da escola, uma agenda das suas responsabilidades com o país. E essa agenda deveria acompanhar a vida de todos os cidadãos, do Fundamental à Universidade, ao longo da vida profissional e depois, na aposentadoria. Para nunca esquecermos que o governo é o que dá a direção, mas quem faz as coisas acontecerem somos nós mesmos.

Nessa agenda, o compromisso número um deveria ser com o meio ambiente. Nas escolas, a limpeza, o cuidado com os móveis e com o prédio, a destinação de tudo o que se descarta, deveria ser prioritariamente dos alunos e professores. Uma equipe profissional de limpeza deveria ser encarregada apenas do que pudesse implicar algum risco para a saúde dos membros da comunidade escolar. O compromisso também deveria envolver o entorno da escola - calçadas, áreas verdes, fontes de água, animais, etc. E ser lição de casa para os pais e familiares.

O segundo compromisso, sem dúvida, deveria ser com as pessoas próximas: o respeito, o afeto, a solidariedade, fundamentos de qualquer relação civilizada e civilizatória. Direção, coordenação, professores, auxiliares, funcionários, alunos e alunas, pais, todos deveriam assumir esse compromisso comum de respeito e consideração, em torno de regras coletivas, democraticamente estabelecidas e periodicamente revisitadas. Da mesma maneira que o primeiro compromisso, essa prática de respeito e consideração deveria ser estendida à rua da casa e ao bairro onde se mora. Assim, a escola cumpriria um de seus papéis mais importantes: disseminar formas democráticas de convivência.

O terceiro compromisso deveria ser o respeito com a diferença. Talvez um dos maiores desafios da agenda, pois visa conciliar a liberdade individual, que é definida pela imaginação, com as exigências coletivas, que são definidas pelas demandas materiais. Por exemplo: diante de uma pandemia, não cabe discutir se eu “quero" ou não usar máscara ou tomar vacina. Se há um risco de incêndio ou desabamento, não faz sentido perguntar se eu desejo ou não permanecer no prédio. Daí o trabalho árduo e permanente de equilibrar o desejo e o exercício da liberdade com as necessidades e os limites impostos pela realidade. Aqui, trata-se de uma espécie de vasos comunicantes: quando a exigência pode ser menor, a liberdade pode ser maior, e vice-versa. Se falta água, racionamento. Se há água em abundância, banho de banheira. Não existe um direito a banho de banheira assegurado plenamente, mas balizado pelo Bem Comum. Essa, aliás, é a expressão chave de toda a agenda. A agenda existe para isso. Nossa formação deveria ser pautada por isso, o tempo todo.

É evidente que pensar dessa maneira causa um certo incômodo, não somente para quem tem muito, como para quem sonha em ter muito. Se eu sou rico, como eu não posso ter tudo o que eu quiser? Quem vai me impedir? Muitas teorias fizeram sucesso em torno desse conceito do egoísmo virtuoso, mas curiosamente, nunca garantiram a estabilidade prometida, muito menos a garantia mínima de uma vida digna para todos. E esse é o propósito de uma Nação. Ou então, que propósito poderia haver?

Todo brasileiro deveria ter uma agenda com essas prioridades em cima da mesa. E deveria olhar para esses compromissos frequentemente. Com o tempo, com paciência e, principalmente, com muita resiliência, quem sabe não conseguimos nos tornar uma Nação grande o suficiente para cabermos todos Nela? 



Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
@profdanielmedeiros

Por que é tão importante aprender na idade certa?

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Se não há limite etário para o conhecimento, também é verdade que muitas aprendizagens são melhor desenvolvidas em determinadas etapas da vida

 

 

O cérebro humano é capaz de aprender ao longo de toda a vida, dizem inúmeras pesquisas realizadas ao redor do mundo. Para a ciência, sempre é possível falar um novo idioma, tocar um instrumento musical desconhecido ou dar os primeiros passos de dança. No entanto, embora tudo isso seja verdade, há um período mais adequado para cada aprendizado. 

De acordo com uma apresentação feita recentemente em encontro entre o Ministério da Educação (MEC) e a União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime), em 2021 apenas quatro a cada dez crianças brasileiras concluíram o 2º ano do Ensino Fundamental sabendo ler e escrever. Atualmente, quase metade dos brasileiros não está aprendendo a ler e escrever na idade correta, que é até os sete anos, segundo especialistas. E a alfabetização não é o único caso em que a idade importa. 

Para a diretora pedagógica da Aprende Brasil Educação, Acedriana Vogel, “aprender na idade adequada é um direito de todas as crianças. Não quer dizer que elas não possam aprender depois, mas é papel da escola e da sociedade garantir que isso aconteça no momento correto”. Estimular crianças e adolescentes a serem protagonistas de seu aprendizado é fundamental para que esse direito seja assegurado. 


O papel dos professores

Ao longo da vida escolar, os marcos de desenvolvimento precisam ser bem definidos e respeitados. Somente assim será possível oferecer aos estudantes as ferramentas necessárias para que eles possam ter as mesmas oportunidades. Nesse sentido, os professores têm papel fundamental e o investimento na formação desses profissionais precisa ser priorizado para garantir o futuro das crianças. 

“Os professores, principalmente os da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, necessitam de constante formação e aperfeiçoamento. Também é muito importante observar práticas que tiveram sucesso e adaptá-las para cada contexto, de modo que se tornem referência”, destaca a especialista. Cada fase da vida escolar deve ser acompanhada de perto por profissionais capacitados para assegurar o melhor aprendizado possível aos alunos.


Recursos didáticos digitais

Atualmente, o uso da tecnologia é um importante aliado para a escola - e precisa ser encarado como tal. Entretanto, Acedriana lembra que esse tipo de recurso digital precisa estar em conformidade com os livros didáticos e alinhados a cada faixa etária. “Jogos, atividades colaborativas e simulações especialmente desenvolvidas para o ensino devem acompanhar os propósitos do que se pretende ensinar para que não disputem a atenção dos estudantes, mas os envolvam no processo de aprendizagem”, ressalta.

 

Sistema de Ensino Aprende Brasil
http://sistemaaprendebrasil.com.br/


Pacientes vêm pedindo cada vez mais socorro ao Judiciário nas questões de saúde no Brasil

Recente estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que o número de ações contra planos de saúde aumentou 23% em 2022. As principais reclamações são contra a recusa no atendimento ou em exames, falta de cobertura e reajustes abusivos. 

Sobre o mesmo efeito, o CNJ também apresentou um levantamento que, nos últimos anos, houve o aumento significativo no número de ações judiciais movidas contra o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Somente no ano passado, foram abertos mais de 295 mil processos na justiça, apenas em 2021 e 2020, o total de ações distribuías foram de 250 mil e 210 mil, respectivamente, indicando, por vez, o aumento gradual, a cada ano. Já em relação à rede privada, o ano de 2022 registrou mais de 164 mil processos novos à medida que em, 2021 e 2020, foram abertos 137 mil e 135 mil processos judiciais em desfavor da rede privada de saúde, respectivamente. 

O reajuste abusivo das mensalidades dos planos de saúde tem sido uma das principais causas do crescimento das ações judiciais. Muitas vezes, os reajustes aplicados pelas operadoras não são justificados por um aumento equivalente nos custos de saúde. Esses aumentos tornam os planos de saúde inacessíveis para muitas pessoas, especialmente para as de baixa renda. 

Outra causa do aumento das ações processuais é a diminuição dos serviços oferecidos pelas operadoras. Muitas vezes, os planos de saúde limitam o acesso dos pacientes a determinados procedimentos, medicamentos e especialidades médicas, o que pode levar a tratamentos inadequados ou atrasos no diagnóstico de doenças. 

Quando isso acontece, os pacientes acabam buscando seus direitos na justiça, com o objetivo de garantir o acesso a um tratamento adequado. 

Além disso, a falta de transparência nas informações prestadas pelas operadoras também é um fator que contribui para o aumento das ações judiciais. Muitas vezes, os pacientes não entendem completamente os termos do contrato que assinam com as operadoras e acabam sendo vedados por cláusulas abusivas ou por negativas de cobertura injustificadas. 

Com efeito, o Poder Judiciário tem sido cada vez mais acionado para garantir o acesso aos serviços de saúde. No entanto, a intensificação das medidas judiciais, contribuem para novo gravame, como o aumento dos custos judiciais e a lentidão da máquina judiciária, sobretudo o aumento do tempo de espera para a resolução das demandas, que por vezes além da urgência requer celeridade no expediente. 

Sobreposto, o aumento das ações judiciais contra os planos de saúde favorece a elevação do gargalo no sistema de saúde no Brasil. De um lado a insatisfação dos pacientes com os serviços oferecidos. Do outro, notável descaso em melhorar o atendimento e fomentar a adoção de medidas em acertar questões financeiras-administrativas, que por fim, acabam sendo repassadas ao consumidor. Para dizimar tal demanda, se faz necessário a atuação das operadoras de planos de saúde de maneira mais transparente e ética, garantindo o acesso aos serviços de saúde de qualidade e respeitando os direitos de seus anuentes de acordo com os princípios constitucionais e os quais regem os contratos. E não é só, se faz substancial a atuação efetiva da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na resolutiva de demandas administrativas para evitar que muitos casos cheguem a ser judicializados, sobretudo para que os pacientes tenham agilidade e suporte em suas reclamações.

 

José dos Santos Santana Junior - advogado especialista em Direito Médico e sócio do escritório Mariano Santana Advogados.

 

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