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quarta-feira, 27 de julho de 2022

Dia Mundial de Combate à Hepatite: tipos B e C podem causar câncer de fígado

 Cerca de 354 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com o vírus; Oncologista tira as principais dúvidas sobre a relação entre a neoplasia e a doença

 

Nesta quinta-feira (28), é comemorado o Dia Mundial de Combate à Hepatite e, além disso, o mês de julho, que leva a cor amarela, traz a importância de um olhar cuidadoso para a doença, principalmente os tipos B e C, que podem resultar em câncer de fígado. Segundo dados do American Cancer Society, a incidência da neoplasia triplicou desde 1980, dobrando também as taxas de mortalidade pela doença. 

Anualmente, cerca de 800 mil pessoas são diagnosticadas com câncer de fígado no mundo. No Brasil, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer de 2019, a neoplasia causou 10.902 óbitos, sendo 6.317 em homens e 4.584 em mulheres. 

Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, mundialmente as hepatites virais causadas pelos vírus B ou C são a causa mais comum. Vale lembrar ainda que esse tipo de infecção também pode levar à cirrose hepática, que ocorre quando o tecido hepático normal é substituído pelo cicatricial não funcional, danificando o órgão. 

“A hepatite viral causada pelos vírus B e C pode ser transmitida entre pessoas através de relações sexuais sem preservativo, transfusões de sangue, compartilhamento de agulhas contaminadas ou de objetos de higiene pessoal (como lâminas de barbear, depilar, alicates de unha, entre outros) ou durante o parto. Como forma de prevenção, a vacina contra hepatite B é oferecida gratuitamente pelo SUS. Além disso, apesar de não existir uma vacina para a infecção pelo vírus C, os novos tratamentos, também oferecidos de forma gratuita na rede pública, possuem chance de cura em cerca de 90% dos casos", explica o Dr. Artur Rodrigues Ferreira, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, é estimado que 354 milhões de pessoas tenham hepatite B ou C².
 

Além da hepatite B e C, outros fatores que podem desencadear o câncer de fígado são:

  • Cirrose (inflamação crônica no fígado);
  • Algumas doenças hepáticas hereditárias, como hemocromatose (acúmulo de ferro no organismo) e doença de Wilson (acúmulo de cobre no organismo);
  • Diabetes;
  • Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), que causa acúmulo de gordura no fígado;
  • Exposição a aflatoxinas (venenos produzidos por fungos que crescem em determinados alimentos quando não são armazenados corretamente e ficam expostos à umidade, como alguns tipos de grãos e castanhas);
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas.


Tipos de câncer de fígado 

Dentre os tipos de câncer de fígado, o carcinoma hepatocelular, que se inicia nos hepatócitos (células localizadas no fígado) é o mais comum. "Vale lembrar ainda que ele é o mais frequente nos pacientes com doenças hepáticas crônicas, como a cirrose, podendo ser proveniente do consumo excessivo do álcool ou de uma hepatite B ou C, por exemplo", comenta o oncologista. Outros tipos da doença podem incluir:

  • Colangiocarcinoma -- proveniente dos ductos biliares do fígado;
  • Hepatoblastoma -- neoplasia rara que atinge recém-nascidos e crianças, ocorrendo predominantemente abaixo dos três anos, sendo raro após o quinto ano de idade; e
  • Angiossarcoma -- câncer igualmente raro que se origina nos vasos sanguíneos do fígado.


Hepatites B ou C sempre irão resultar em câncer de fígado? 

"Felizmente, não. As hepatites B e C, apesar de serem um fator de risco, não necessariamente determinarão o desenvolvimento da neoplasia, ou seja, apenas uma parcela dos pacientes irá evoluir para o câncer de fato. No entanto, adotar medidas de prevenção ao vírus é essencial para frear as estatísticas da doença", explica Artur Ferreira.
 

Sintomas e sinais do câncer de fígado 

De acordo com o oncologista da Oncoclínicas São Paulo, grande parte dos pacientes não irá apresentar sintomas nos estágios iniciais do câncer primário de fígado. No entanto, caso se manifestem, é importante ficar de olho em:

  • Emagrecimento sem causa identificável;
  • Perda do apetite;
  • Dor na parte superior do abdômen;
  • Náusea e vômito;
  • Sensação de fraqueza e fadiga;
  • Inchaço abdominal (ascite);
  • Presença de massa abdominal;
  • Surgimento de icterícia, que é caracterizada pela coloração amarelada da pele e no interior dos olhos;
  • Fezes brancas e com coloração esbranquiçada (aparência de giz).


Diagnóstico do câncer de fígado 

Justamente por ser uma doença silenciosa, nem sempre é fácil diagnosticar o câncer de fígado precocemente. "Geralmente, não são solicitados exames de rastreamento para o carcinoma hepatocelular na população em geral. Mas, eles podem e devem ser recomendados em casos específicos, como nos pacientes com cirrose hepática, ou ainda infecção crônica por hepatite B", diz o especialista.
 

Ao avaliar cada caso, o médico pode solicitar:

  • Exames laboratoriais, como os de sangue, que avaliam a função do fígado e a alfa-fetoproteína (AFP, um marcador tumoral);
  • Exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, para visualizar a existência de tumores, sua extensão e se eles se espalharam para outras partes do corpo;
  • Biópsia do fígado, em que uma agulha é colocada dentro da lesão para retirar uma amostra para análise no microscópio que determina se ela é maligna ou benigna; em se tratando do carcinoma hepatocelular, nem sempre a biópsia será necessária, pois achados específicos dos exames de imagem em associação com as informações clínicas do paciente podem estabelecer o diagnóstico;
  • Cirurgia laparoscópica, somente em casos específicos, que permite visualização direta do órgão e realização de biópsia.


Opções de tratamento do Carcinoma hepatocelular 

“Dentre as abordagens de tratamento, podem ser realizados a remoção cirúrgica, transplante hepático, ablações e embolizações hepáticas, radioembolização, imunoterapia, terapias-alvo e, menos frequentemente, a quimioterapia. Mas, apenas após discussão multidisciplinar, a melhor modalidade de tratamento deverá ser indicada", finaliza.

  

Grupo Oncoclínicas

https://www.grupooncoclinicas.com/cpo-sp


44 anos da fertilização in vitro: entenda como a evolução da técnica aumentou as chances de sucesso da reprodução assistida

Julho é marcado pelo nascimento do primeiro bebê de proveta no mundo. No Brasil o primeiro nascimento foi no Paraná, em 1984.

Micromanipulador inova a técnica de fertilização in vitro. Créditos: Divulgação


O dia 25 de julho marca a data do nascimento do primeiro bebê de proveta do mundo, a britânica Louise Brown, que completa 44 anos de idade. Foi a primeira pessoa gerada em laboratório após diversos estudos e tentativas médicas. A data do aniversário de Louise marca uma das maiores conquistas da medicina: a fertilização in vitro. Desde então, mais de 8 milhões de bebês de proveta nasceram ao redor do mundo, segundo dados divulgados em 2018 pela Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE).


Segundo o médico ginecologista e especialista em reprodução assistida com mais de 30 anos de experiência em técnicas de fertilização, Ricardo Beck, as evoluções ao longo dos anos aumentaram a qualidade e as chances de sucesso do procedimento para milhares milhares de casais que sonham em ter um filho.

“A incubadora usada na primeira tentativa de fertilização in vitro, lá em 1978, era muito precária. Não existia, nessa época, meios de cultura apropriados para manter esses materiais genéticos e nem o embrião. Foram necessários muitos ajustes para que os médicos conseguissem alcançar a condição ideal para que o embrião pudesse se desenvolver. Hoje temos tecnologias super avançadas que permitem simular a condição perfeita do útero, aumentando as chances de sucesso da fertilização”, explica Beck.

No Brasil, o primeiro nascimento foi em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, no Paraná, em 1984. Entre os anos de 2012 e 2019, foram mais de 265 mil ciclos de fertilização in vitro realizados no país, segundo o 13º Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões, o último divulgado pela ANVISA no início de 2020.


Caso de sucesso

O avanço da tecnologia nas últimas 4 décadas possibilitou que a fertilização in vitro fosse realizada com mais qualidade e precisão, além de inovar e oferecer novas técnicas. A corretora de imóveis, Cristiane Bohme, realizou a fertilização in vitro em 2014, após 3 anos de tentativas. "Foram três anos difíceis, com vários abortos, até que decidimos recorrer a reprodução assistida. Esse momento envolveu muitos medos e ansiedade, mas conseguimos realizar nosso sonho. Logo na primeira tentativa de fertilização in vitro veio o positivo no teste gravidez. Hoje a minha filha tem 7 anos e é a minha maior alegria", conta Cristiane.

Confira abaixo as seis principais conquistas da reprodução assistida desde 1978:


Micromanipulação

Essa é a técnica mais moderna para fazer a fecundação do óvulo pelo espermatozóide em laboratório. “Na fertilização assistida clássica, os espermatozóides eram colocados em uma placa ao redor do óvulo para que, então, houvesse a fecundação. Já na micromanipulação, os espermatozóides são selecionados para ver quais têm o maior potencial de fecundação, e cada espermatozóide é colocado no interior do óvulo por meio de uma injeção intracitoplasmática do espermatozóide”, diz Beck. Todo esse procedimento é feito por um embriologista especializado com o auxílio de um equipamento chamado de micromanipulador. Com essa técnica, é possível obter melhores resultados na formação dos embriões.


Incubadoras e meio de cultura

Logo após a fecundação, o embrião é colocado em incubadoras, ou meios de cultura, para se desenvolver até que fique pronto para ser transferido ao útero da mulher. A embriologista Elisângela Bohme, que trabalha com o médico Ricardo Beck há mais de 15 anos, afirma que a principal evolução está na simulação das condições internas do útero. “Hoje nós temos incubadoras que monitoram o desenvolvimento do embrião 24 horas por dia, e transmitem em tempo real para a embriologista de plantão. Qualquer alteração na temperatura e quantidade de CO2, por exemplo, é notificada imediatamente para que possa ser corrigida sem prejudicar o crescimento dos embriões”, explica Bohme.


Filmadora

Atualmente é possível assistir as células se dividindo dentro da incubadora, por meio de uma filmadora que transmite imagens em uma tela de computador. Dessa forma, o embriologista pode acompanhar todo o processo evolutivo do embrião, prever a evolução das estruturas e avaliar se é um embrião saudável, tendo como base, por exemplo, quanto tempo ele leva para fazer a divisão celular.


Congelamento de embriões

Segundo Ricardo Beck, a evolução nos congelamentos tem sido essencial para o processo de reprodução assistida, e afirma que os resultados hoje são muito melhores do que há 10 anos. Para se ter uma ideia, somente em 2019, foram congelados mais de 99 mil embriões no Brasil, segundo o último relatório da ANVISA. “Na fertilização in vitro cada embrião é valioso e, há alguns anos, quando havia sucesso na transferência de um embrião, os demais eram descartados porque não tinha onde guardá-los. Mas hoje não! É possível guardar os embriões e mantê-los congelados, para aumentar as chances do casal de terem um segundo ou terceiro filho no futuro sem terem que passar por todo o processo de FIV novamente”, explica Beck.


Congelamento de material genético

Essa é uma etapa anterior à fertilização in vitro e serve para preservar a fertilidade de homens e mulheres que irão passar por um tratamento oncológico, como quimioterapia, por exemplo, e mulheres que não tem previsão de gravidez antes dos 40 anos. “O congelamento de óvulos vem como forma de preservar a qualidade e quantidade do material genético. Sabemos que no caso das mulheres, a fertilidade tende a diminuir após os 35 anos, então quanto antes os óvulos forem congelados, melhor. Assim, quando houver o desejo de uma gravidez, o material é descongelado e a fertilização in vitro pode ser feita normalmente”, diz Ricardo. O material genético coletado, assim como os embriões não usados, são colocados em cápsulas de nitrogênio líquido, a uma temperatura de 196º negativos, sem que haja qualquer dano ou prejuízo.


Estudo genético

Também chamado de biópsia embrionária, esse é um procedimento que tem por objetivo identificar entre os embriões aqueles que carregam, em seu material genético, doenças hereditárias, podendo manifestá-las já no útero ou após o nascimento. Pais que têm doenças genéticas, ou caso de síndrome de Down na família, podem optar por esse estudo genético. Dessa forma, é possível transferir para o útero apenas os embriões saudáveis.


Chocolate faz bem para a saúde?

Nutricionistas do Hospital Sírio-Libanês respondem as diferenças entre os tipos, como meio amargo, branco e ao leite, e os efeitos no organismo

 

O chocolate faz bem à saúde? Quem nunca disse isso para justificar o consumo desse doce? Então, para a alegria de todos, a resposta para a pergunta é um ressonante sim! O grão de cacau é uma das fontes mais conhecidas de polifenóis e flavonoides, compostos orgânicos que possuem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, além de ser um alimento rico em minerais: potássio, fósforo, cobre, ferro, zinco e magnésio.

De acordo com a nutricionista do Hospital Sírio-Libanês, Maryana Virginia Orellana, o chocolate possui a capacidade de estimular a produção de serotonina, um hormônio responsável pelo bom humor, auxiliando no combate da ansiedade e da depressão. Porém, os teores de flavonoides encontrados variam para cada chocolate, sendo o chocolate amargo o que mais contém compostos com reconhecida atividade.

“Cabe destacar dois fatores em relação ao consumo do chocolate: o tipo ingerido e a quantidade”, explica a nutricionista. O chocolate branco é feito basicamente de manteiga de cacau, leite e açúcar, possui um maior teor de gordura saturada, açúcar e caloria. Ao leite é um alimento de alto valor calórico, que contém grandes quantidades de gorduras saturadas e açúcar. Já os chocolates do tipo meio amargo e amargo apresentam menor quantidade de leite, gordura e açúcar, e maior quantidade de cacau, conferindo maiores teores de substâncias antioxidantes e menor valor energético. “Além destes tipos, existem no mercado o chocolate de soja, isento de lactose e glúten, sendo uma alternativa de consumo para os intolerantes à lactose”, destaca Maryana.

A nutricionista completa que não existe uma quantidade determinada diária para o seu consumo, entretanto, de acordo com a literatura, para ter todos os benefícios do chocolate amargo, basta comer um quadradinho de chocolate amargo ou meio amargo por dia, o que equivale a cerca de 6 g. Outro ponto importante é quanto maior a quantidade de cacau na composição dos chocolates, maior será benéfico à saúde. O chocolate acima de 50% de cacau tem menos açúcar e gordura saturada. 

 

Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês

https://www.hsl.org.br


5 dicas para parar de tossir e dormir a noite toda


Com a chegada do inverno, não é incomum acordarmos no meio da noite com uma crise de tosse. Nesta estação, as temperaturas baixas, o tempo seco e a baixa umidade contribuem para este cenário. Sem contar que além das características da estação do ano, outros fatores podem incentivar e desencadear a tosse. Identificar a origem do problema é muito importante já que isso desempenha um grande papel na escolha da medida certa para curá-la. Por exemplo, quando se está em um ambiente diferente, seja em um período de férias ou visita a um amigo ou parente, um quadro alérgico pode surgir repentinamente. Cigarro, asma e, até mesmo, alguns medicamentos também podem fazer com que a tosse apareça.

A  equipe de pesquisadores e cientistas da Emma Colchões preparou algumas dicas que podem ser de utilidade neste período em que é tão comum ver alguém tossindo e contribui para noites de sono mais restauradoras.


1. Beba algo quente

Não há muitas evidências científicas de que uma bebida quente irá curar uma tosse, mas há relatos de que ela pode ajudar a respirar mais facilmente. Não por acaso, muitas avós recomendavam um chá quente ou uma tigela de sopa antes de dormir. Isso porque uma bebida quente pode limpar a congestão nasal e proporcionar uma sensação de aquecimento. Curiosamente, a mesma bebida em temperatura ambiente pode reduzir tosses, espirros e narizes escorrendo. Então, se você não quer ter tempo para aquecer algo, você sempre pode beber algo rapidamente para ajudar a limpar esse congestionamento e, possivelmente, remediar a tosse.


2. Coma um pouco de mel

Alguns estudos relataram que consumir um pouco de mel antes de ir para a cama ajudou as crianças que haviam desenvolvido tosse a dormirem mais profundamente. No entanto, este tratamento não serve apenas para crianças. O mel é conhecido por ser um remédio útil contra infecções virais, fúngicas e bacterianas.


3. Eleve seu pescoço e cabeça

Como dormir de lado ou deitado na cama pode fazer com que o muco fique preso na garganta, é indicado elevar a cabeça usando um travesseiro. A Emma, por exemplo, oferece ao mercado o travesseiro antiestresse, com 3 camadas de espuma que tornam a altura ajustável. Essa personalização contribui para que se encontre a posição certa para que fique perfeitamente confortável enquanto a cabeça permanece elevada. Certifique-se de não levantar muito a cabeça, pois isso pode causar dor ou desconforto.


4.Remédio para tosse sem prescrição

Embora o primeiro instinto de algumas pessoas possa ser o de correr à farmácia e comprar remédios para tosse, não existe consenso entre os pesquisadores sobre a real eficácia deles. Alguns medicamentos registraram pouco efeito sobre a tosse real, mas introduziram um conjunto de efeitos colaterais nos usuários. Especialistas também alertam que suprimir uma tosse com medicação pode levar a um estado prolongado do próprio resfriado.


5. Use um umidificador

“Em um quarto muito seco, pode ser interessante investir em um umidificador. Alguns estudos mostram que as passagens nasais se limpam mais facilmente em níveis mais altos de umidade, o que pode ajudar com a tosse ou o resfriado. O número mágico está em atingir-se um nível de umidade entre 30% e 50%, capaz até de proteger contra a gripe”, explica a psicóloga especializada em terapia cognitiva comportamental para insônia da Emma Colchões, Theresa Schnorbach. É necessário cuidado, contudo, já que altos níveis de umidade também podem agravar os sintomas do resfriado em alguns casos. Certifique-se de também limpar seu umidificador com frequência se decidir investir em um.

A pesquisadora reforça que algumas destas dicas podem ser úteis para superar problemas de tosse, mas se os sintomas persistirem ou até mesmo ficarem pior é importante consultar um médico. “As doenças de inverno exigem atenção redobrada ao autocuidado. E o sono, nesta ou em qualquer estação, ajuda na nossa saúde”, finaliza Theresa.

 

 Emma – The Sleep Company

team.emma-sleep.com/press    


Mês do autocuidado: a região íntima também merece atenção

Cuidar da vulva é algo natural e deve fazer parte da rotina de cuidados

 

Em 2011, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o Dia Internacional do Autocuidado, celebrado anualmente no dia 24 de julho. A data abrange muitas esferas, indo da mente aos cuidados com o corpo, porém, pouco fala-se sobre o autocuidado com a região íntima. Segundo pesquisa realizada pela empresa britânica YouGov, 50% das mulheres entrevistadas afirmaram não saber a diferença entre os orifícios (uretra e canal vaginal) do órgão sexual feminino. O resultado deve-se à falta de conhecimento da própria anatomia, por não explorarem a região.

Falar sobre higiene íntima deveria ser muito simples, porém ainda é um grande tabu. Por se tratar de algo considerado “secreto e escondido”, esse assunto acabou se tornando um mistério do qual ninguém fala. Vejo isso diariamente em consultório e nos projetos sociais que conduzo sobre saúde íntima e educação sexual na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro”, indaga Viviane Monteiro, ginecologista especializada em medicina fetal e gestação de alto risco, parto humanizado e saúde da mulher.

Andreia Quercia, fundadora da B.O.B, que recentemente lançou um sabonete íntimo em barra com o objetivo de colocar em pauta a importância do cuidado com a higiene e saúde íntima conta que “A higiene da região íntima está sempre cercada de tabus e padrões pré-concebidos que foram sendo construídos com o tempo a partir de visões erradas. É um assunto cheio de “pode” e “não pode”. Na hora da higiene íntima, não podem surgir preocupações com o que os outros vão pensar: o importante é aproveitar o momento para se conhecer a fundo e, principalmente, cuidar da saúde”.

Já a Lubs, marca referência em sexual-care com fórmulas naturais e veganas, pioneira no movimento de skintimate no Brasil, lançou o Sérum Íntimo Hidratante Reparador, criado com o propósito de ser um produto para o cuidado com a região íntima, hidratando por 24 horas a região. Composto por ativos como ácido hialurônico nanoencapsulado, aloe vera, calêndula, vitamina E, melaleuca nanoencapsulada, além de ação prebiótica, rápida absorção, sem fragrância e testado dermatologicamente e ginecologicamente. “O autoconhecimento é fundamental, pois ao praticar cuidados, adquire maior conhecimento da região. Quantas vezes você analisou a sua região íntima com um espelho? Não pode abrir a perna, não pode colocar a mão, se masturbar é errado... Mulheres crescem ouvindo frases que as colocam no caminho oposto do autoconhecimento corporal”, conta Chiara Luzzati, CEO e fundadora da Lubs, empresa especializada em sexual-care.

O skincare íntimo é tendência fora do país, porém pouco falado no Brasil. Mais do que um passo adicional na rotina de beleza, ele representa um movimento de entendimento, cuidado e conexão com os órgãos sexuais, para além do prazer.

No Dia do Autocuidado explore sua intimidade, celebre sua individualidade e descubra seu corpo por inteiro.


Seconci-SP alerta para a importância da prevenção à hepatite

Doença tem cura, mas por ser frequentemente assintomática, pode levar a óbito

 

Milhões de pessoas ainda morrem anualmente em todo mundo de hepatite. Para reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle da doença, uma lei de 2019 instituiu a campanha Julho Amarelo no Brasil, que tem seu ponto alto em 28 de julho, o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. 

A campanha é muito importante para alertar a população sobre essa doença que pode ser evitada, tratada e curada, afirma o dr. Moacir Augusto Dias, gastroenterologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção).

Ele explica que a hepatite, uma inflamação do fígado, um órgão vital, pode ser provocada por vírus, consumo abusivo de álcool, drogas e medicamentos, e também por causas genéticas, metabólicas e por doenças autoimunes.

Se não forem tratadas, as hepatites B, C e D podem levar a um estado avançado de dano ao fígado (cirrose) e outras complicações, incluindo câncer de fígado e insuficiência hepática. Estes dois tipos de hepatites afetam cerca de 325 milhões de pessoas no mundo e, dessas, 290 milhões desconhecem que têm a doença, ou seja 9 em cada 10. “O dado é preocupante, uma vez que antes da pandemia, a hepatite era a segunda causa de morte entre as doenças infecciosas, atrás da tuberculose”.

“A complicação mais temida da hepatite é se tornar crônica ou se apresentar na forma fulminante. Nos exames médicos de rotina, como os periódicos, pode-se incluir o exame de sangue para detectar se a pessoa teve ou tem hepatite. Diante do resultado, o médico deve tomar a conduta adequada para tentar evitar que a doença traga consequências indesejadas”, informa o dr. Dias.


Olhos amarelados

Os sintomas das hepatites são cansaço, febre, mal-estar, tonturas, enjoo, vômito, dor na parte superior do abdômen e na região do fígado; urina escura e fezes claras, como massa de vidro.

O sinal mais característico é a icterícia, que corresponde à coloração amarelada dos olhos e da pele. “Algumas pessoas não apresentam esse quadro e convivem com a hepatite sem saber”, diz o dr. Dias. Segundo o Ministério da Saúde, este é o caso de mais de 500 mil pessoas no Brasil contaminadas pela hepatite C e que desconhecem essa condição.

O médico explica que a contaminação pelos tipos B, C e D ocorre pela troca de fluidos corporais, como no contato sexual e de sangue; pelo compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear e agulhas, caso das tatuagens, piercings e drogas injetáveis; e também por transmissão da gestante para o feto.

Já a transmissão das hepatites A e E está muito relacionada a condições inadequadas de saneamento básico, sendo decorrente da ingestão de alimentos e água contaminada por fezes de pessoa com hepatite.


Vacinas

De acordo com o gastroenterologista, as hepatites A e B são as únicas para as quais existe imunização. A vacina contra a hepatite B também protege contra o tipo D, pois este necessita do vírus da B para se desenvolver.

Em alguns casos, como nas hepatites A e E, a cura pode ser espontânea, sem necessidade de medicação.

O Seconci-SP realiza os testes para detectar a doença. Uma vez confirmada, a notificação é compulsória e o paciente é encaminhado para um dos Centros Estaduais de Referência para Tratamento de Hepatite, onde serão feitos outros exames, como o da carga viral e distribuídos os medicamentos gratuitamente.


Burnout: um diagnóstico impossível


Inicialmente, preciso dizer que ao apresentar minhas opiniões sobre burnout não estou questionando o sofrimento alheio, nem colocando em dúvida que pessoas que tenham recebido o “diagnóstico” de burnout não estejam em sofrimento, eventualmente grave. Meu enfoque é completamente diferente disso. O que venho dizendo é que, do ponto de vista médico, burnout não se sustenta de modo algum como doença, enfermidade, patologia ou moléstia, conforme linguagem empregada pelos autores da área e é impossível fazer seu diagnóstico. 

A Organização Mundial da Saúde declara taxativamente que “burnout não é uma condição médica” e que “não é classificado como doença ou condição de saúde”. Esta nota, publicada um dia após a apresentação da CID 11 numa coletiva de imprensa, é tão diferente – na verdade, o oposto – do que tem sido divulgado pelos meios de comunicação que é melhor você conferir por si mesmo. Basta dar um google em “who burnout 28” para acessar a página oficial da Organização onde está publicada. A OMS é a entidade normativa que estabelece o que é o que não é doença. É preciso lembrar aqui que algumas pessoas pensam que “se está na CID, é porque é doença”. Não é bem assim. A CID 10, por exemplo, apresenta cerca de oito mil eventos envolvendo o corpo e a vida humanos que não são doenças. A CID 11 apresenta muitos mais. Burnout está entre eles.

Mas não precisamos nos fiar apenas no que diz a OMS. Há um conjunto de argumentos onde, cada um deles, isoladamente, é suficiente para concluir que as teorias sobre burnout, enquanto doença, não param em pé. Mas aqui não vou me estender sobre tais argumentos. Vou tratar de apenas um aspecto que responde ao tema do artigo: um diagnóstico impossível. 

O diagnóstico médico depende de dois fatores distintos e elementares: sintomas e sinais. Para deixar claro o que isso quer dizer, vamos usar um exemplo muito simples: você está com dor de garganta. Você vai ao médico e se queixa de dor de garganta, febre, talvez calafrios e mal-estar geral. Estes são os sintomas ou elementos subjetivos do exame médico. O médico vai medir sua febre, examinar sua garganta, palpar seu pescoço em busca de gânglios aumentados, avaliar seu estado geral, etc. Estes são os sinais ou elementos objetivos para se chegar a um diagnóstico. Se ele identificar pontos amarelos, vai pensar numa direção. Se constatar somente vermelhidão, vai pensar em outra direção e cada uma delas acabará conduzindo a uma determinada hipótese diagnóstica. Essa possibilidade simplesmente não existe quando se fala em burnout porque não existem elementos objetivos que um observador externo e independente possa verificar e concluir que se trata de “burnout”. Assim, não é possível realizar o diagnóstico nem diagnósticos diferenciais. E por que isso? Por inúmeras razões: burnout se confunde com mais de 30 diagnósticos psiquiátricos, tem 140 sintomas (!!!) e é “diagnosticado” em cem por cento das pessoas que respondem ao questionário usado para pesquisar o fenômeno, o MBI, Maslach Burnout Inventory.

Em minha opinião, os próprios autores fundadores do “conceito” de burnout parecem saber de sua fragilidade e insustentabilidade. Nesse sentido, Maslach, tentando resolver o problema diagnóstico do fenômeno, acredita ter encontrado os elementos subjetivos (sintomas) e objetivos (sinais), citando um autor que propõe como fazer o diagnóstico psiquiátrico de burnout: “Bibeau et al. (1989) propõem critérios diagnósticos subjetivos e objetivos para o burnout. O principal indicador subjetivo é o estado geral de fadiga extrema [...] O principal indicador objetivo é uma significativa diminuição no desempenho no trabalho durante um período de vários meses, que precisa ser observada em relação a (1) clientes (que recebem serviços de menor qualidade); (2) supervisores (que observam uma eficiência diminuída, absenteísmo, etc.); (3) e colegas (que observam uma perda geral de interesse em assuntos relacionados ao trabalho). *(Maslach & Schaufeli, 1993) (grifos meus). 

Impressionante! Maslach, psicóloga social da Universidade de da Califórnia, parece desconhecer que as observações de terceiros são tão sujeitas à subjetividade quanto as do próprio doente. São chamadas anamneses indiretas. O problema não sai do lugar e a proposta de Maslach é um disparate. Além disso, imagine você sendo “diagnosticada” ou “diagnosticado”, seja lá do que for, a partir das observações de clientes, supervisores e colegas!... Você toparia? Acharia que estão fazendo ciência ou pseudociência com a sua saúde??.

Em síntese: o diagnóstico de burnout é impossível porque a noção está mergulhada em confusão, inespecificidade e indiscriminação, conforme exposto acima.

 

 (Maslach & Schaufeli, 1993, p. 15, apud Vaz de Lima, E. Burnout: a doença que não existe. 2021, Appris Editora, Curitiba) 

Estevam Vaz de Lima - médico psiquiatra, psicanalista e autor do livro “Burnout: a doença que não existe”.


Anvisa aprova nova opção de tratamento para dois subtipos de Artrite Idiopática Juvenil

Se não for tratada, a doença pode levar à incapacitação física1 

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aprovou duas novas indicações pediátricas de secuquinumabe2, registrado pela Novartis: Artrite Relacionada à Entesite Ativa, a partir dos 4 anos e Artrite Psoriásica Juvenil ativa, a partir dos 2 anos, ambas subtipos da Artrite Idiopática Juvenil (AIJ). O tratamento biológico já é aprovado para psoríase adulto e pediátrica acima de 6 anos, artrite psoriásica, espondilite anquilosante e espondiloartrite axial não radiográfica. O produto já é comercializado no mercado privado e disponibilizado via SUS. Ligada a altos níveis de dor e incapacidade funcional, que pode afetar crianças de todas as idades3, a AIJ pode levar a incapacidade física permanente4,5, e novas opções de tratamento trazem novas perspectivas aos pacientes e cuidadores. 

O diagnóstico precoce e tratamento adequado são fundamentais, de acordo com a Dra. Gleice Clemente, médica reumatologista pediatra e Professora Afiliada da Escola Paulista de Medicina. “Uma criança com inchaço nas articulações por mais de um mês deve ser levada a um reumatologista pediatra”, afirma. Após o diagnóstico, o tratamento adequado no início dos sintomas é fundamental para controlar a dor e a atividade inflamatória, preservar a função articular e prevenir deformidades. “AIJ é a doença reumática crônica mais frequente em crianças e pode ocasionar dor, incapacidade de realizar as atividades diárias, deformidade nas articulações e prejuízo no convívio social. Desse modo, dispor de tratamentos que reduzam a atividade inflamatória da doença é essencial para melhorar sua evolução e trazer qualidade de vida para os pacientes. O nosso objetivo com as novas medicações que têm surgido no mercado, é proporcionar uma vida normal para essas crianças, sem comprometimento para a vida adulta”, completa Dra. Gleice. 

No Brasil, estima-se que a condição seja tão frequente como na Europa e Estados Unidos, onde os dados mostram uma incidência entre 2 a 20/100.000 casos/ano e prevalência em torno de 16 a 150/100.0006. Um estudo recente da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de medicina (Unifesp/EPM) com estudantes de escolas particulares da região metropolitana paulista mostrou que 1 em cada 500 crianças e jovens apresentam um tipo de artrite1. 

“Por se tratar de doença crônica, é necessário que os pacientes com AIJ recebam tratamento por longo período, e este varia de acordo com o subtipo da doença e com a gravidade de cada caso. A maioria dos pacientes entra em remissão (ou seja, fica sem inflamação) com o tratamento adequado introduzido no início dos sintomas, e a medicação pode ser descontinuada após um período de inatividade. Os reumatologistas pediatras acompanham as crianças até atingirem a idade adulta, independentemente da presença ou não de atividade de doença,” e depois elas passam a ser acompanhadas com os reumatologistas de adultos, finaliza Dra. Gleice. 

 

Novartis está

www.novartis.com.

 

 Referências 

1 Vânia Schinzel , Simone Guerra Lopes da Silva , Maria Teresa Terreri , Claudio Arnaldo Len Prevalence of juvenile idiopathic arthritis in schoolchildren from the city of São Paulo, the largest city in Latin America https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31345271/

2 Resolução_RE 627, publicada em 02 de março de 2022.

3 Weiss PF, Beukelman T, Schanberg LE, et al. Enthesitis-related arthritis is associated with higher pain intensity and poorer health status in comparison with other categories of juvenile idiopathic arthritis: the Childhood Arthritis and Rheumatology Research Alliance Registry. J Rheumatol. 2012;39:2341-51

4 Kullas DT, Schanberg L: Juvenile idiopatic arthritis. Curr Opinion in Rheumatology 13:399-404, 2001.

5 Petty RE, Southwood TR, Baum J, et al.: Revision of the proposed classification criteria for juvenile idiopatic Arthritis: Durban, 1997. Rheumatol 25:1991-4, 1998.

6 Higgins JPT SG. Handbook for Systematic Reviews of Interventions. The Cochrane Collaboration 2011


Hepatites virais estão entre as principais causas de doenças hepáticas avançadas, como câncer de fígado e cirrose

Na maioria das vezes, a doença não apresenta sintomas e a testagem ainda é a forma mais eficiente para a sua detecção. O Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais (28 de julho) traz um alerta sobre a doença e as formas de prevenção

 

O mês de julho acende um alerta para a hepatite viral, infecção que atinge o fígado e é responsável pela morte de cerca de 1,4 milhão de pessoas anualmente no mundo. Estima-se que cerca de 57% dos casos de cirrose hepática e 78% dos casos de câncer hepático em todo o mundo tenham relações com as infecções pelo vírus da hepatite B ou C, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As hepatites virais são classificadas por letras que vão de A até E. No Brasil, a predominância dos casos se dá pelos tipos A, B e C, sendo o A o mais recorrente e tendo sua principal concentração no norte e nordeste, regiões que concentraram nos últimos 19 anos cerca de 55,7% dos casos. No mesmo período, o país registrou 233 mil casos relacionados a hepatite B e aproximadamente 360 mil da C. Já o vírus da hepatite D tem a sua maior incidência na bacia amazônica e a E está mais presente na Ásia e na África, segundo dados do Ministério da Saúde.

A contaminação pela hepatite pode ser causada por diversos fatores relacionados às questões de saneamento básico, agentes infecciosos como materiais contaminados, vírus, doenças metabólicas, autoimunes, genéticas, transmissão sexual, uso de medicações sem prescrição médica, como também pelo consumo de álcool e o uso de drogas.

“Geralmente, a hepatite viral é assintomática, ou seja, não apresenta nenhum sintoma. Quando a doença se manifesta por algum sintoma, ela por vir acompanhada de cansaço, febre, enjoo, vômitos, dor abdominal, urina escura, mal-estar e a icterícia, que são os olhos e pele amarelados, sintoma que acomete cerca de 10% dos pacientes na fase aguda”, explica o Dr. Isaac Altikes, hepatologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista.

O principal método de diagnóstico se dá por meio de exames de sangue e deve ser feito, pelo menos, uma vez na vida. O exame é recomendado principalmente para pessoas que tenham uma vida sexual ativa sem proteção e com parceiros diversificados, que fazem tatuagem ou procedimentos que utilizam assessórios cortantes ou perfurantes como agulhas, seringas ou alicates. Recomenda-se também que pessoas acima dos 45 anos façam o teste para a hepatite, já que os processos de esterilização dos materiais há alguns anos atrás não tinham a mesma segurança de hoje.

“A melhor forma de identificar os pacientes com hepatite é a testagem. O tratamento de cada tipo vai depender da sua característica e deve ser feito de forma diferente, dependendo do estágio da doença. Em alguns casos, a hepatite pode atingir a sua forma mais grave, gerando a insuficiência hepática aguda grave ou câncer de fígado”, afirma o médico.


Conheça as principais características, formas de tratamento e prevenção das hepatites virais:

Hepatite A

  • Com transmissão fecal-oral, a doença ocorre em lugares com saneamento básico precário. Tem como principal método de combate a vacinação, que pode ser aplicada logo após o nascimento da criança;
  • Principais métodos para combate: lavar bem as mãos e alimentos, fazer a higiene pessoal de forma adequada e não tomar banho próximo a locais com esgoto.
  • Não existe tratamento contínuo para esse tipo de hepatite, já que a sua cura é espontânea. Entretanto, uma pequena porcentagem de pacientes pode apresentar a fase aguda, com uma certa gravidade e precisar do transplante de fígado, devido ao quadro de insuficiência hepática aguda.

Hepatite B

  • A contaminação ocorre geralmente em sexo sem proteção e na utilização de seringas e agulhas não esterilizadas;
  • Também há vacina para a doença, que pode ser aplicada logo após o nascimento. Em casos de cronificação, que representam cerca de 10% dos eventos, é necessário a entrada de um tratamento específico, conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções. Metade dos cronificados desenvolvem cirrose;
  • A prevenção pode ser feita por meio do uso de preservativos durante a relação sexual e o não compartilhamento de seringas, agulhas e lâminas de barbear.
  • Cerca de 10% adquirem a forma crônica da doença. Desses, metade convivem com o vírus e são assintomáticos e a outra parcela dessa população precisam de tratamento para a inativação do vírus.

Hepatite C

  • Predominantemente parenteral, a hepatite C afeta especialmente pacientes que fizeram tatuagens, piercing, transfusão sanguínea com agulhas e seringas sem a higiene recomendada;
  • Não há vacina para esse tipo. Cerca de 85% dos casos se cronificam e podem se transformar em cirrose ou câncer de fígado, por isso há a necessidade do tratamento farmacológico. Atualmente, existem medicamentos com percentual de 100% de cura. O tratamento acontece via SUS (Sistema Único de Saúde), com distribuição dos medicamentos pelo Ministério da Saúde.

Hepatite D

  • Transmissão ocorre de forma semelhante ao tipo B;
  • Não há vacina. Na maior parte dos casos, medicamentos são utilizados para diminuir o dano hepático;
  • Assim como a B e a C, o indicado é não compartilhar materiais que entraram em contato com sangue e utilizar preservativos.

Hepatite E

  • Assim como a hepatite A, a transmissão é fecal-oral;
  • Muitas vezes a cura é espontânea, já que ela tem caráter benigno. O maior risco é em gestantes, sendo que 20% a 25% das mulheres no último trimestre podem falecer por conta da doença;

·         Recomenda-se evitar banhos em lugares próximos ao esgoto, não consumir produtos não higienizados, sempre limpar a mão, e manter a higiene pessoal em dia.


Bons hábitos com a saúde previnem a hérnia de disco e evitam lesões permanentes


Com o passar do tempo é comum o envelhecimento do corpo e das células, além do desgaste natural de alguns tecidos que causam a hérnia de disco, por exemplo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 8 em cada 10 pessoas no mundo sofrem com o problema. Há um alerta de que a patologia também atinge os mais jovens, mas nesses casos está ligada a fatores como o sedentarismo, traumas, obesidade, tabagismo, exposição a cargas repetidas, vibrações prolongada e predisposição genética, dentre outros. 

O médico ortopedista do Hospital Santa Casa de Mauá Marcelo Ruck explica que a hérnia de disco afeta os discos da coluna, que são tecidos cartilaginosos e funcionam como amortecedores das vértebras. “Em razão do desgaste ou trauma, a borda do disco se rompe e sua parte central é expelida, causando a hérnia discal, que pode comprimir um nervo e causar fortes dores”, explica o especialista. 

Esse desgaste ocorre porque com o passar dos anos, o disco perde água e se desidrata ficando menos flexível e com mais possibilidades de rompimento com a tensão, com o peso exercido em cima do disco ou movimentos de torção. 

Entre os principais sintomas estão a dor na coluna, que pode ser acompanhada de irradiação para os membros superiores - no caso de hérnia na coluna cervical - ou para os membros inferiores - no caso de hérnia na coluna lombar. Também pode causar alteração de sensibilidade nos membros, sensação de dormência, formigamento, queimação, perda de força ou fraqueza muscular dos membros.  

O diagnóstico é feito pelo histórico clínico e por exames físicos e de imagem, como tomografia e ressonância. Caso exista a perda de força em membros, uma eletroneuromiografia também pode ser solicitada. O tratamento inicial é feito com medicações à base de analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e anticonvulsivantes que diminuem a dor causada pela compressão dos nervos entorno da hérnia, além de fisioterapias, acupuntura e reeducação postural global (RPG).  

“O tratamento clínico deve ser sempre a primeira escolha, já que as evidências científicas demonstram que com o tempo, na maioria dos casos, ocorre a reabsorção do disco deslocado e a dor desaparece. Existe também o tratamento invasivo - infiltração ou cirurgia – que pode ser indicado se não houver melhora com o tratamento clínico. O invasivo sempre deve ocorrer em consenso entre o médico e o paciente, o qual deve ser orientado sobre os riscos e benefícios”, detalha o médico Marcelo Ruck. 

É importante reforçar que o tratamento para a hérnia de disco é muito importante, primeiro para eliminar a dor, promover a qualidade de vida e para evitar complicações sérias, como dores crônicas, piora dos sintomas; perda de movimento ou de sensibilidade nas pernas e nos membros; perda de funcionalidade de alguns órgãos e até lesão medular permanente. 

A melhor opção de se prevenir o problema é com exercícios físicos que promovam uma postura adequada, como o pilates, fortalecimento dos músculos da região abdominal, lombar e glúteo para proteção dos discos intervertebrais e alongamentos rotineiros. “Outras dicas que também ajudam a prevenir a doença é diminuir o uso de sapatos de salto alto e a circunferência abdominal, já que ambos levam o peso do corpo para frente e deslocam o centro de gravidade causando uma tensão no disco”, alerta o ortopedista. 

 

Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1.374 – Vila Assis – Mauá – telefone (11) 2198-8300.

 https://santacasamaua.org.br/


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