Pesquisar no Blog

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Entenda a importância da castração nos pets

Juliana Andrade, professora do curso de Medicina Veterinária da FSG, explica os benefícios do procedimento


Quando o assunto é castração, muitas pessoas acreditam que a prática serve apenas para impedir a reprodução, porém a realização também é extremamente importante para evitar diversas doenças e comportamentos agressivos nos pets.  

Segundo a professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG, Juliana Andrade, os pets não castrados podem desenvolver uma série de enfermidades. “As fêmeas podem desencadear infecções uterinas que estão diretamente ligadas com a questão hormonal, neoplasias mamárias graves, bem como alterações comportamentais durante o estro (cio) que colabora inclusive com fugas de fêmeas tanto felinas como caninas, desencadeando muitas vezes acidentes graves”, comenta. 

Já no caso dos machos não castrados, é possível o desenvolvimento de neoplasias, além de alterações prostáticas. “Os cães desenvolvem alterações comportamentais quando estão na presença de uma fêmea durante o cio e desta forma acabam se envolvendo em brigas com outros machos pela marcação territorial e no caso dos felinos, muitas vezes passam dias fora de casa na companhia de fêmeas no cio, o que acarreta briga com outros felinos e se contaminam com doenças virais graves, muitas vezes letais”, explica.  

“Espécies caninas e felinas de ambos os sexos sofrem com as alterações hormonais, muitas fêmeas em toda fase de estro têm uma queda brusca na imunidade e desencadeiam sinais clínicos de patologias crônicas, como alergias, doenças autoimunes e diversas anomalias que até então estavam controladas. Já os machos, por sua vez, podem desencadear sinais clínicos de patologias toda vez que entram em contato, ou tenham proximidade com uma fêmea no cio, a libido em alta afeta o comportamento deste animal, fazendo com que sua imunidade tenha uma queda brusca e algumas doenças se manifestem, como por exemplo, uma dermatopatia que estava até o momento sob controle”.  

Para a professora Juliana, o uso da cirurgia como método contraceptivo traz algumas vantagens, entre elas, três pilares importantes. É realizado em um único procedimento, causa a perda irreversível e imediata da capacidade reprodutiva e produz uma alteração positiva quanto ao comportamento dos animais, principalmente no caso dos machos que diminuem o comportamento territorial e até mesmo agressivo pela perda progressiva da libido”, relata.  

Juliana ressalta que para os animais que serão castrados, é importante ficar atento quanto a idade adequada para o procedimento. Por exemplo, para os felinos machos, o ideal é a partir de 6 meses, para cães de porte pequeno a partir de 7 meses e cães de porte grande o ideal é mais próximo dos 11 meses de idade.  

Já para as fêmeas felinas, a idade ideal da castração é a partir de 7 meses, fêmeas caninas de pequeno e médio porte, a indicação é após o primeiro cio, e para fêmeas de porte grande e gigante, o correto é após o segundo cio.  

“Sabemos que os hormônios reprodutivos são importantes para o desenvolvimento dos animais, portanto o último consenso para a idade ideal de castração das fêmeas fez um pequeno ajuste quando comparado com as orientações antigas, onde se indicava a castração antes do primeiro cio para todas as fêmeas caninas independente do porte delas. Quando falamos das fêmeas felinas, a orientação segue sendo a castração mesmo antes do primeiro cio, tendo em vista que esta espécie tem um ciclo estral diferente das cadelas e são mais sensíveis as patologias relacionadas aos hormônios reprodutivos”, opina. 


Cuidados dos tutores com a castração dos pets  

Antes da castração, os donos devem procurar um Médico Veterinário para levar o pet a uma avaliação, já que somente um profissional habilitado poderá orientar sobre quais exames pré-operatórios o animal de estimação deverá fazer, uma vez que cada um tem suas particularidades e sendo assim, cada animal terá uma necessidade individual de exames para que possa ser anestesiado com segurança durante o procedimento cirúrgico.  

Juliana comenta que a castração para os machos é um procedimento mais simples quando comparado às fêmeas, uma vez que o procedimento de orquiectomia (castração dos machos) é uma cirurgia rápida e não invasiva. Já a ovariohisterectomia (castração das fêmeas) é mais complexa pelo fato de ser mais invasiva, porém ambas as cirurgias têm uma recuperação rápida, em torno de 7 dias para a retirada de pontos e alta clínica dos pacientes. 

“Logo após o procedimento, os animais vão para casa com a prescrição de tratamento pós-operatório, limpeza dos pontos e alguns cuidados de repouso nos primeiros dias pós cirúrgicos e uso de roupa cirúrgica para evitar que mexam nos pontos. Se trata de um procedimento seguro, sendo realizado por um profissional habilitado e cuidadoso quanto aos exames pré-operatórios dos pacientes”, explica.  

Por fim, a professora do curso de Medicina Veterinária da FSG, reforça que: “Um dos cuidados extremamente importantes que se deve ter após a castração do seu pet, é o fato de aumentar a possibilidade deste animal ganhar peso, portanto deve-se estar atento ao tipo de alimentação dele, como qualidade e quantidade do alimento fornecido, deve-se levar sempre em consideração o porte do animal, raça, bem como estilo de vida, idade e comorbidades caso exista alguma. Na dúvida, sempre procure um Médico Veterinário de confiança”, finaliza.  

 


FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha.

www.fsg.edu.br


Férias com o pet - como aproveitar o melhor do recesso sem deixar de lado a diversão dos bichinhos

Cleber Santos
Cleber Santos, especialista em comportamento animal, dá dicas para quem vai viajar com e sem seu bichinho de estimação

 

Chegado o mês de julho, muitas famílias vão aproveitar o período das férias escolares para viajar, ou ficar na cidade buscando atividades divertidas.

Para aqueles que têm pets e querem incluí-los nos momentos em família, a boa notícia é que não precisa deixá-los para trás na hora da viagem. Há um crescimento constante das opções “pet-friendly” espalhadas pelos quatro cantos - em alguns locais já é permitida inclusive a convivência dos cães na praia, como em Santos (SP), Natal (RN), Parnamirim (RN) e Rio de Janeiro (RJ).

Caso o tutor vá para algum lugar sem o companheiro de quatro patas, existem muitas opções de hotéis para pets que garantem um ótimo cuidado. Basta saber escolher bem o local adaptar o animal ao novo ambiente.

Cleber Santos, CEO da Comportpet (empresa de Creche e Hotel para animais, um dos segmentos que teve a maior expansão no Brasil nos últimos dois anos), dá dicas de como curtir em segurança as férias com o pet, e como fazer uma boa escolha na hora de confiar o bichinho a cuidadores.


Para quem vai fazer uma viagem com o pet


  • Nos voos aéreos

Segundo Cleber, ao viajar de avião, muitas pessoas se preocupam com documentação, registros e vacinas. No entanto, se esquecem de fazer uma adaptação prévia do animal à caixa de transporte, na qual ele vai passar duas, três ou até mais horas viajando sozinho.

Ele esclarece que a caixa precisa ser inserida como parte do ciclo diário do animalzinho antes da viagem. “O ideal é deixá-la presente no momento dormir, no momento da alimentação, criando associações positivas ao ponto de conseguir entrar e sair sozinho da caixa. Pegar um animal que nunca usou a caixa de transporte e de repente trancá-lo por horas pode ocasionar uma sensação de desconforto e estresse. Isso afeta sua respiração, podendo inclusive levar à uma parada cardíaca”, alerta. Já sobre a dimensão da caixa de transporte, completa “o pet precisa conseguir ficar de pé e fazer um círculo de 360° para se movimentar e se esticar”.


  • Nas viagens de carro

É fundamental o uso do cinto de segurança específico para animais. Isso porque, soltos no veículo, os pets podem alcançar os pés do condutor, chegar ao volante, ou colocar a cabeça para fora da janela e acabar pulando ou caindo.

Independentemente do tamanho do animal, é importante que você os fixe com o cinto de segurança pet no banco traseiro (ou mantenha dentro da caixinha de transporte também com o cinto passado, no caso dos gatos), mesmo que fiquem agitados ou latindo. A regra para o uso do cinto de segurança é regulamentada pela lei de transporte de animais.


 Para quem vai viajar sem o pet


  • Cuidadores em domicílio

Uma possibilidade muito procurada hoje em dia, é a hospedagem de um cuidador na casa da pessoa. Nesse caso, o profissional vai até a residência cuidar do animal, mandar vídeos e fotos, e suprir as necessidades básicas de alimentação, passeios, brincadeiras, e limpeza do ambiente onde o animal fica.


  • Hotéis para pets

A hospedagem em hotel urbano está crescendo cada vez mais, e é indicada para cães e gatos de qualquer raça ou porte. Santos recomenda se atentar ao local escolhido: se ele possui um alvará de funcionamento, equipe de profissionais qualificados e com boas indicações, uma rotina de atividades que combine com o que o pet gosta, e um espaço amplo e limpo para acolhê-lo.

Outra dica importante é fazer uma adaptação prévia do animal no espaço antes da viagem. A recomendação do especialista é de pelo menos um dia, podendo estender para mais dias conforme a vontade do dono ou a necessidade específica do pet.

Se ele se adaptar, pode ficar hospedado no hotel durante o período da viagem, contando com um cronograma de atividades diárias onde trabalham-se todos os sentidos do pet. Nesses casos, também é possível o dono acompanhar a rotina por meio de fotos e vídeos. Segundo Santos, na cidade de São Paulo, o valor médio de uma diária em hotel é de R$150 reais.


Para quem não vai viajar, e sim curtir a cidade


  • Diversão para eles

Para quem vai sair de casa para um passeio prolongado e não pode levar o pet, uma dica é deixá-lo para passar o dia em uma creche animal, principalmente se ele é agitado e precisa de mais atenção para o gasto de energia. Geralmente o Daycare possui uma programação extensa de atividades para os bichinhos, com uma equipe preparada e responsável. Segundo Santos, a média de valor de uma diária em Daycare (em São Paulo) é de R$100.


  • Em casa, enriquecimento ambiental

Para os pets que ficarão em casa, o enriquecimento ambiental é a adaptação do local onde vive o pet. Colocar elementos mais atrativos, lúdicos, com desafios e diversão para o seu amigo é a melhor opção para mantê-lo entretido, gastando energia e trabalhando os seus sentidos dentro do lar. Use e abuse desse recurso caso não pense em sair muito para passear com ele para deixar seu pet tranquilo e equilibrado.


Férias escolares: vai ficar em casa ou viajar com seu pet?

                                      Veja dicas para esse período!

Vacinação em dia previne o contágio entre um animal e outro ou mesmo entre um animal e pessoas, no caso de zoonoses


O período de férias escolares é de alegria, descontração e brincadeiras para as crianças. Com os pequenos em casa por mais tempo, o contato com os animais de estimação aumenta, por isso é importante estar atento aos cuidados básicos de saúde dos pets. A vacinação promove a saúde dos animais, concedendo mais qualidade de vida, e previne as zoonoses. 

As zoonoses são doenças que podem ser transmitidas de animais para seres humanos e vice-versa. Manter a carteira de vacinação dos pets atualizada é a principal forma de prevenir essas situações, que podem ocorrer de forma direta, principalmente por meio do contato com secreções (saliva pela mordedura, sangue, urina, fezes) e prevenir a transmissão de raiva, leptospirose e giardiose. 

Além de ser um ato de amor para com os bichos, a vacinação é uma responsabilidade de saúde pública. Existem vacinas obrigatórias e complementares, e o veterinário é quem vai definir o melhor protocolo para o seu animal de companhia.
 

Vou viajar, mas meu pet fica enjoado no trajeto. O que devo fazer? 

O enjoo do movimento é frequente nos animais e pode ocasionar vômito. Alguns podem não apresentar o problema, mas outros podem passar mal até mesmo em viagens curtas. 

“Esse tipo de enjoo acontece porque o balanço do veículo afeta o funcionamento do sistema vestibular, localizado no ouvido do animal e responsável pela manutenção do equilíbrio” disse a gerente de serviços técnicos de Animais de Companhia da Zoetis, Thalita Lopes de Souza. 

Para minimizar os riscos do enjoo do movimento, recomenda-se que o tutor administre medicamento e não dê grande quantidade de comida ao animal antes da viagem. 

Se essa é uma ocorrência no pet, a Zoetis tem em seu portfólio Cerenia, medicamento que evita o vômito causado pelo enjoo do movimento e proporciona tranquilidade ao animal e ao seu tutor, durante a viagem.

Lembre-se de que qualquer tratamento deve ter o acompanhamento de um médico-veterinário.
 


Zoetis

https://www.zoetis.com.br 


Como se preparar para as férias com os pets?


Dicas simples auxiliam os tutores a apreciar o passeio na companhia dos animais


As viagens de um fim de semana, ou mais longas para conhecer novos lugares, recarregar as energias e distrair a criançada são atividades garantidas com a chegada do período de férias. Os pets, grandes companheiros das famílias também fazem parte deste momento de aventuras.

Mas, antes de colocar o “pé na estrada” o planejamento é fundamental. Por isso, na hora de escolher o destino o tutor deve levar em consideração fatores como: hospedagem pet friendly, preparação do pet e lista de exigências que podem variar de acordo com o local ou meio de transporte utilizado.

O carro costuma ser a opção mais escolhida pelos tutores de cães, pois permite maior flexibilidade tanto para levar o pet, como para as paradas necessárias ao longo do caminho. “É importante realizar pausas com o cão a cada duas horas, desta forma o animal poderá beber água, fazer suas necessidades fisiológicas e descansar um pouco”, explica Fernanda Ambrosino, médica- veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva.

Vale lembrar que a caixa de transporte é indispensável neste caso. Além do item tradicional, é possível optar por outros tipos de acessórios como cadeirinhas e cintos de segurança adequados aos pets. “Para a segurança na viagem o pet não deve ficar solto no veículo ou até mesmo no colo”, afirma Fernanda.

Para que o cão tenha mais conforto, o indicado é que antes de viajar o tutor forneça pouca quantidade de alimento ao animal, para evitar que ele viaje de estômago cheio e fique enjoado ao longo do percurso. Além disso, passear e brincar bastante com o pet um pouco antes de pegar a estrada ajuda a gastar as energias e até mesmo pode fazer com que o cão durma durante o percurso.

Para as viagens de avião é preciso atentar-se às regras da companhia aérea escolhida. Os animais podem ser transportados na cabine ou no bagageiro da aeronave de acordo com as normas de cada empresa. Em ambos os casos é preciso reservar a passagem do pet com antecedência e apresentar a documentação exigida, como carteirinha de vacinação e atestado de saúde. É importante ressaltar que para a entrada do animal em alguns países podem ser exigidos outros documentos.

Tanto para as viagens de carro, como para as de avião, é importante usar produtos, como os feromônios, por exemplo, que deixam o cão mais calmo e mais confortável proporcionando maior bem-estar durante as viagens.

Independentemente do meio de transporte escolhido, é importantíssimo que o pet esteja com todas as vacinas em dia. A vermifugação, bem como o uso de produtos contra pulgas e carrapatos também devem ser realizadas antes da viagem, dessa forma o animal estará protegido contra a ação de parasitas, o que irá garantir o bem-estar e a saúde do pet durante o passeio.

Na hora de arrumar as malas o tutor deverá levar os itens de uso diário do cão, como brinquedos, os potes de água e comida, a alimentação com a que ele está adaptado, toalha e shampoo, caminha e os outros adereços que o pet goste e que fazem parte do dia a dia. A coleira com identificação do pet, nome e telefone do responsável é outro item indispensável para as férias.


Mas, essas regras também valem para as viagens com os gatos?

Os gatos são animais caseiros e territorialistas, ou seja, sair de casa para eles pode ser um verdadeiro desafio. Neste caso, é fundamental que o tutor leve em consideração o temperamento do felino antes de decidir levá-lo na viagem. “Na viagem tudo será novidade para o animal, por isso, é importante considerar o comportamento que ele tem ao sair de casa em outras ocasiões. Se a viagem for uma fonte de estresse, o ideal é deixar o felino em sua residência sob os cuidados de alguém de confiança ou contar com um pet sitter”, explica Fernanda.

Caso o animal acompanhe o tutor no passeio será necessário investir em medidas que diminuam o estresse do pet, como usar feromônios e acostumá-lo o a usar a caixa de transporte com antecedência.

 

Ceva Saúde Animal

www.ceva.com.br


Veja quatro dicas para aproveitar as férias com os animais de estimação no meio do ano

Freepik
Especialistas compartilham truques para transformar esse momento de descanso mais tranquilo para os animais e seus tutores


Com as férias escolares durante o mês de julho, muitas famílias aproveitam o período para descansar e realizar uma pausa na rotina no meio do ano. Mas para quem tem animal de estimação, essa época também exige alguns cuidados, desde como viajar com os bichos ou até mesmo de como passar mais tempo com eles em casa. Pensando nisso, Patrícia Sprada, especialista em cuidado animal e CEO da franquia EcoCão Espaço Pet, e Thiago Calixto, especialista em banho e tosa e sócio-fundador da franquia Doggi, compartilham quatro dicas de como aproveitar esse momento com os animais. 


Escolha lugares adequados para hospedar o animal

Muitas vezes não é possível levar o animal de estimação para as viagens, por isso, é importante escolher bem quem poderá cuidar deles. Thiago Calixto conta que uma opção interessante é buscar pessoas que hospedam animais em casa. “Hoje existem diversos serviços de hospedagem, como hotéis especializados ou pessoas que abrem as portas das suas casas para recebê-los em curtos períodos. Este tipo de serviço é ideal para quem vai fazer uma viagem rápida e não tem com quem deixar o seu companheiro”, conta. Calixto reforça que essa experiência tem chamado a atenção. “Na Doggi, oferecemos a hospedagem Doggi, exclusiva para cachorros. Tudo o que o tutor precisa fazer é procurar o anfitrião mais próximo pelo nosso app”, comenta o executivo. 


Realize brincadeiras ao ar livre e aumente os passeios

As férias são desafiadoras para os tutores, principalmente se o animal participa de puppy class que entra em recesso neste período. “Muitas pessoas ficam sem ter o que fazer com os pets em casa, não sabem como interagir ou brincar para gastar toda a energia que eles gastariam na creche”, conta Patrícia, CEO do EcoCão Espaço Pet. Para a especialista em bem-estar animal, durante as férias, é importante inovar nas brincadeiras e atividades. Por isso, ela aconselha investir em passeios ao parque, atividades recreativas em espaços dedicados aos animais ou até realizar brincadeiras caseiras, como esconder o petisco pela casa e também aumentar a frequência de passeios durante a semana. “É necessário apenas tomar cuidado com lugares secos ou muito frios, já que este é um clima comum para essa época do ano”, conta.


Prepare-os para viagens

Patrícia comenta que, ao decidir viajar com os pets, é necessário prepará-los para os deslocamentos, sejam em viagens terrestres ou aéreas. “É preciso tomar alguns cuidados nesses momentos, como comprar caixas de transportes adequadas, evitar alimentos que possam provocar enjoos e se certificar das regras de deslocamento. No caso dos transportes terrestres, por exemplo, se faz necessário a utilização do cinto de segurança; já nos aéreos, as regras incluem o deslocamento na cabine ou no compartimento de bagagens da aeronave”. Além disso, a identificação do animal se torna um item essencial, por isso, a CEO do EcoCão Espaço Pet aconselha a utilização de coleiras com dados de identificação do animal e do tutor. 


Aproveite as suas férias para cuidar do bem-estar do animal

Apesar de ser o momento de descanso do tutor ou até mesmo do animal, que deixa de frequentar as creches e espaços de recreação, as férias são um ótimo momento para realizar a atualização da carteirinha de vacinação, banhos e tosa (no caso dos cachorros) e de check up médico. O sócio-fundador da Doggi afirma que “é importante dedicar esse tempo livre para olhar para o bem-estar do animal e garantir que a saúde e a higiene fiquem em dia antes do retorno às atividades cotidianas”. 

 

EcoCão Espaço Pet

https://ecocaoespacopetbrasil.com.br/

 

Doggi

https://doggi.app.br/


Gado de leite: saiba como identificar a mastite clínica e subclínica no rebanho

Veterinária da VetBR, mais completa distribuidora de produtos para saúde animal do país, detalha sintomas e possibilidades de tratamento dessa doença, que frequentemente acomete o gado leiteiro e causa prejuízos para os produtores

 

A mastite bovina, inflamação da glândula mamária originada, principalmente, após uma infecção com predominância de bactérias, é uma das principais doenças que acometem o gado leiteiro. A enfermidade tem impactos financeiros negativos tanto para o pecuarista quanto para a indústria de laticínios. A mastite pode causar perda de produção de cerca de 3 litros de leite por dia, além de ter impacto direto no bem-estar animal. 

Segundo a médica veterinária e consultora de pecuária da VetBR, Nathasha Freitas Marcelino, a transmissão da doença pode ser ambiental ou contagiosa. “No primeiro caso, o gado é infectado por agentes do ambiente, presentes em fezes e matéria orgânica, por exemplo. Estes podem ser bactérias, fungos, algas e até mesmo leveduras. Já a mastite contagiosa decorre dos micro-organismos que estão adaptados ao úbere e, por isso, pode ser transmitida entre os animais no momento da ordenha, quando não há higiene adequada dos equipamentos, mãos do ordenhador, desinfecção rotineira, além da identificação e segregação de animais infectados”, afirma a especialista. 

Independentemente da via de transmissão, é recomendável atenção a ações preventivas, como limpeza do ambiente, realização de pré e pós-dipping adequados, utilização de luvas durante a ordenha e manutenção contínua de equipamentos. No caso da mastite ambiental, é necessário também fornecer alimento ao animal logo após a ordenha, para garantir que ele fique em pé por mais tempo a fim de reduzir a exposição do esfíncter do teto ainda aberto após a ordenha a agentes presentes no solo. Para a mastite contagiosa, especialistas indicam linha de ordenha para minimizar a contaminação de animais saudáveis.

A enfermidade pode, ainda, ser dividida em dois grupos: a clínica, afecção que gera alterações visuais no aspecto do leite, e subclínica, caracterizada pela ausência de alterações visíveis no leite, no úbere ou nos parâmetros clínicos da vaca. Ambas oneram o pecuarista com compra de medicamentos para tratamento, descarte de leite, gastos com mão de obra, descarte precoce, manutenção de animais em tratamento e redução da produtividade.

Para a VetBR, a mais completa distribuidora de produtos para saúde animal do Brasil, os cuidados com os animais são indispensáveis para o aumento de produtividade do rebanho e a rentabilidade da propriedade. Pensando nisso, a empresa listou as principais informações sobre mastite clínica e subclínica para ajudar o pecuarista a identificar os sintomas das variações da doença, além de dicas de tratamento. Confira:


Mastite clínica

Sintomas: Alterações visuais no aspecto do leite (grumos, sangue, leite aquoso), modificações de origem inflamatória no quarto mamário (edema, vermelhidão e quarto mamário dolorido). Em casos mais severos, pode haver redução no consumo alimentar e queda brusca de produção, além de apatia.

Como identificar: a doença pode ser detectada através do teste da caneca de fundo telado, que é a forma mais simples e eficaz para identificação da anormalidade. O responsável deve retirar os três primeiros jatos e observar o aspecto do leite.

Tratamento: a manifestação da mastite clínica pode ser subdividida em três graus. O grau 1 é a forma mais leve, que consiste na alteração apenas do leite — o tratamento pode ser feito através de antibióticos intramamários. Já o grau 2 está relacionado a uma gravidade moderada, quando além de alterações no aspecto do leite, há também acometimento da glândula mamária (edema, dor, calor, vermelhidão) — nesse caso, deve-se adicionar anti-inflamatório parenteral, junto com antibióticos intramamários. O grau 3 é o mais severo: é considerado uma emergência veterinária, uma vez que a vaca pode vir a óbito em poucas horas. Isto acontece quando a mastite é ocasionada por cepas de bactérias mais patogênicas, capazes de invadir a circulação e causar quadros de intensa apatia, queda brusca na produção, febre e letargia. O tratamento envolve o uso de antibióticos parenterais, além dos intramamários e antiinflamatório. Além disso, é fundamental que se faça terapia suporte com soros orais e intravenosos. 

É importante ressaltar que a indicação de tratamentos com antibióticos imediatamente após a detecção da mastite clínica, é válida para aquelas fazendas em que não são realizadas culturas microbiológicas com resultado rápido. Isto porque determinados grupos de agentes possuem elevada taxa de cura espontânea, não sendo necessário o uso de antibióticos.

 

Mastite subclínica

Sintomas: ausência de alterações visíveis no leite, no úbere e nos parâmetros clínicos da vaca, mas ocorrem modificações na composição e aumento na contagem de células somáticas (CCS) do leite, que se apresenta acima de 200.000 células/ml. Não é possível detectar a olho nu, já que a variação da doença tem caráter silencioso.

Como identificar: é possível fazer o diagnóstico na própria fazenda por meio do California Mastitis Test (CMT), também conhecido como teste da raquete, ou através do envio de amostras de leite em laboratórios, onde é feita a contagem eletrônica de células somáticas por mililitro de leite.

Tratamento: A indicação de tratamento para os casos de mastite subclínica é realizada somente após detecção do agente causador por meio da cultura microbiológica daqueles animais que apresentam contagem elevada de células somáticas. Especialistas indicam a necessidade de se fazer linha de ordenha. Os animais que apresentarem os indicadores de CCS mais elevados devem ser colocados por último na linha de ordenha, e a secagem do teto deve ser antecipada. Mas há indicação para tratamento, se for detectada a presença da bactéria Streptococcus agalactiae no animal. Nesse caso, serão necessários outros cuidados indicados pelo médico veterinário da propriedade, já que a bactéria tem caráter contagioso e todo o rebanho deverá ser tratado.



VETBR


Em projeto liderado pela Mars, alunos da Escola Virginia Mars passam a criar espécie de abelha sem ferrão

Iniciativa tem apoio do Mars Centro de Ciência do Cacau e acontece em Barro Preto, na Bahia

 

Este ano, a Escola Municipal Virginia Mars, que faz parte do Mars Centro de Ciência do Cacau (MCCS), localizada na região de Barro Preto (BA), realizou a inauguração do “Projeto Piloto de Meliponário”. O objetivo do projeto é impactar positivamente a comunidade, gerando oportunidades para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, com foco no cultivo das abelhas sem ferrão por meio de compartilhar conhecimento, geração de emprego e renda. Entre os ensinamentos, fala-se sobre a meliponicultura, que é a ciência da criação das abelhas sem ferrão, para auxiliar na polinização e na conservação da biodiversidade, já que essas possuem um papel estratégico na reconstituição de florestas tropicais e remanescentes florestais.

Mais de vinte mil espécies diferentes de abelhas são encontradas espalhadas pelo mundo e deste total, quase 250 de espécies sem ferrão existem no Brasil, que é considerado um dos países com maior número desse tipo de abelhas. Para Luiza Santos, Coordenadora de Assuntos Corporativos e responsável pela Escola Virginia Mars do MCCS, “as abelhas sem ferrão são um excelente recurso para reforçar a educação ambiental dos alunos dentro do curso Cacau para Gerações estabelecido pela escola”, comenta Luiza.  

Para iniciar este projeto, Luiza contou com a ajuda e parceria do Dr. Jean-Philippe Marelli, Diretor Sênior de Manejo Integrado de Pragas (MIP) da Mars, que após conhecer mais sobre esse cenário, tornou-se um ávido apicultor e meliponicultor em seu tempo livre. “Eu sempre gostei de insetos, e por isso me especializei na área de entomologia e fitopatologia, porém sempre no angulo de proteger os cultivos contra o ataque deles e as perdas que eles causam. Durante a pandemia, percebi que se tratando de abelhas, é tudo o contrário, já que devemos protegê-las para poder produzir alimentos. A arte e ciência de cuidar delas me traz uma perspectiva diferente sobre quanto nós seres humanos devemos pensar holisticamente quando se trata de nossa segurança alimentar”, comenta Luiza. Juntos, Luiza e Jean-Philippe firmaram uma parceria para viabilizar esse projeto piloto, pois este será o primeiro Melipolinário em uma escola do Estado da Bahia.



O PROJETO MELIPONIÁRIO

Foram adquiridas 10 colmeias da espécie Uruçu Amarela (Melipona mondury) para a Escola Virgínia Mars. Entre outras iniciativas, os alunos serão treinados na ciência da Meliponicultura por meio de oficinas e treinamentos práticos para aprender a cultivar e cuidar das abelhas. Cada colmeia será dividida em duas para se multiplicarem - serão divididas em três, quatro e assim por diante, até que o meliponário cresça exponencialmente. Os alunos também levarão uma colmeia para casa e lá farão uma divisão para iniciar seu próprio meliponário, estimulando que as pessoas conheçam os benefícios das abelhas sem-ferrão para a região. 

“O projeto piloto Meliponário será um exemplo para toda a região de como podemos utilizar a biodiversidade local, não só para conscientizar a importância da preservação do meio ambiente, mas também como potencial de diversificação para agricultores familiares que buscam outras fontes de renda”, comenta Luiza.

 Link para fotos e vídeos do projeto

 

BENEFÍCIOS DO MELIPONIÁRIO PARA O CACAU  

As abelhas em geral são responsáveis ​​pela polinização de 80% da flora, papel essencial para a manutenção de todo o ecossistema. Embora essa espécie de abelha sem ferrão não polinize o cacau, devido à morfologia de sua flor, elas polinizam a maioria das árvores de sombra que crescem ao longo do cacau e constituem o sistema Cabruca. “Sem eles, as árvores de sombra não produziriam frutos, que é o principal alimento para pássaros e animais, que por sua vez disseminam as sementes para regenerar a floresta. É por isso que é tão importante para a Mars cuidar das abelhas, pois estamos buscando aumentar os sistemas regenerativos para uma cultura de cacau mais resiliente”, reforça Luiza. 

Além disso, o mel de abelhas sem ferrão tem muitas propriedades medicinais, incluindo um açúcar específico chamado trealulose, e possui um índice glicêmico muito menor que o mel de abelha europeia podendo ser usado como uma alternativa saudável ao açúcar. O mel de abelhas sem ferrão é conhecido por seu sabor complexo que é um fator da espécie de abelha (enzimas), tipo de néctar floral e processo de fermentação que acontece dentro dos potes de cera onde o mel é estocado. Atualmente, um número crescente de Chefs do Brasil e do mundo utilizam esse mel para seus pratos mais elaborados. 

Para mais informações e curiosidades sobre o projeto do Melipolinário organizado pelo MCCS, basta acessar Link

 

 Mars


No Dia do Homem, 10 hábitos essenciais à rotina de autocuidado masculino

belchonock_depositphoto
Uma ótima maneira de celebrar a data é promover a conscientização entre os homens sobre como é importante ser proativo em relação aos cuidados com a saúde



Em 15 de julho é comemorado no Brasil o Dia do Homem. A data é marcada pela conscientização para a necessidade de ter mais atenção em relação à própria saúde, já que, em geral, esse público é reconhecido por dar menos atenção a esse aspecto de sua vida, principalmente, quando comparado às mulheres. Para estimular a reflexão sobre a saúde masculina o Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) destaca 10 hábitos fundamentais que devem ser incluídos na rotina do homem, de acordo Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do IUCR e coordenador geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos da BP-A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Confira!

1 - Buscar acompanhamento médico regular

Muitas doenças podem ser evitadas, curadas ou controladas se forem prevenidas ou diagnosticadas e tratadas em tempo oportuno. Além dos exames e procedimentos específicos, é importante manter uma rotina saudável, o que inclui alimentação equilibrada e atividades físicas. Também é recomendável evitar fumar e consumir bebidas alcóolicas em excesso. O ideal é eleger um médico de referência, que cuide da saúde de forma integral e preventiva


2 - Fazer os exames de rotina recomendados

O check-up masculino é útil para prevenir doenças que costumam atingir mais os homens, como diabetes, obesidade e outras condições, como o câncer de próstata. Hemograma, glicemia, perfil lipídico e sorologias são os exames de rotina mais relevantes. Normalmente, o recomendado é começar com 30 anos.  A cada dois anos, é interessante avaliar a pressão arterial, o índice de massa corporal (IMC) e verificar a vacinação contra hepatite B. Anualmente, além da avaliação da pressão e do IMC, é recomendado fazer: hemograma completo; glicemia de jejum; perfil lipídico; urina tipo I. A partir dos 50 anos, é importante acrescentar a esses exames,  a avaliação  anual de próstata, mas caso tenha casos de câncer de próstata na família deve iniciar aos 45 anos


3 - Respeitar o calendário de exame de próstata

O exame de próstata também chamado toque retal tem como objetivo analisar a presença de alterações no formato e consistência da próstata.  A avaliação das alterações precisa ser complementada a fim de definir se é compatível com hiperplasia, infecções, inflamações ou câncer. Para auxiliar nesse processo, podem ser solicitados novos exames como a análise sanguínea do antígeno prostático específico (PSA), a medição do jato de urina e ultrassonografia transretal, por exemplo. A frequência do exame pode variar e a periocidade deve ser definida pelo médico urologista. Recomenda-se que os homens façam exames de próstata periodicamente a partir dos 50 anos, mas caso tenha casos de câncer de próstata na família deve iniciar aos 45 anos .  O exame de toque retal é rápido e não dói. Funciona como complemento para o de PSA. Importante lembrar que o câncer de próstata é uma das principais causas de mortes entre os homens. E muitos óbitos poderiam ser evitados com o diagnóstico precoce. Quando a doença é diagnosticada precocemente, as chances de sucesso no tratamento chegam a 95%


4 - Saber que câncer de mama também pode acometer homens

Ao contrário do que se pode pensar,  os homens também podem desenvolver câncer de mama. Isso se deve ao fato de que eles também possuem glândulas mamárias e hormônios femininos, ainda que em baixa quantidade. Por isso, esses tumores são raros: estima-se que entre os casos de câncer de mama, apenas 1% é masculino. Ou seja, para cada 100 mulheres diagnosticadas com câncer de mama, há um homem com o mesmo diagnóstico.  Justamente por ser raro, não existe rastreamento de câncer de mama para homens. Ao primeiro sinal de um caroço na mama, inchaço próximo do mamilo, dor unilateral ou secreção pelo mamilo,  agende uma consulta com um médico. É mais provável que seja uma doença benigna, mas não vale a pena arriscar.


5 - Manter a higiene no pênis corretamente

A higienização íntima correta pode prevenir o câncer de pênis. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), há cerca de seis mil novos casos da doença por ano no Brasil. A limpeza diária do pênis com água e sabão durante o banho é fundamental, mas principalmente após as relações sexuais e a masturbação. Ao lavar o pênis, com cuidado, quem tem prepúcio, deve puxá-lo para trás e limpar a parte inferior, bem como a ponta do pênis (a glande), usando apenas água e um sabonete suave. Esse cuidado evita o acúmulo de esmegma, que é a secreção que fica concentrada na pele que cobre a cabeça do pênis.


6 - Fazer a cirurgia da fimose se necessário

A fimose ocorre quando não é possível expor a cabeça do pênis ao se puxar a pele que o envolve. Assim, pode causar dificuldade de higienização, aumentar as chances de ocorrerem infecções locais e até mesmo urinárias devido o acúmulo de secreções. Todos os meninos nascem com fimose, pele que envolve a cabeça do pênis (glande) também conhecida como prepúcio. No entanto, conforme dados do Ministério da Saúde, com seis meses de idade, 20% das crianças já conseguem retrair esta pele, eliminando futuros problemas. Aos três anos, cerca de 50% já o retraem facilmente e, aos 17 anos, 99% não apresentam dificuldades em retrair o prepúcio. Nos casos em que a fimose persiste e apresenta uma forma mais aguda, a cirurgia poderá ser indicada, mas depende de análise feita por médico especialista.


7 - Realizar autoexame nos testículos

A partir da puberdade, a população masculina deve ficar atenta ao câncer de testículo. Embora seja raro, quando alguém é acometido, o crescimento da doença geralmente é rápido e o tumor pode ser agressivo. Por isso, é indicado que homens após a puberdade realizem o autoexame mensalmente. Indolor, rápido e fácil de ser feito, pode ser essencial para salvar vidas, pois permite que o tumor de testículo seja detectado precocemente. É preciso ficar atento a alterações, como o aumento do tamanho, dor, nódulos, dor na virilha ou qualquer outra anormalidade. Nestes casos, é hora de procurar um médico.


8 - Adotar preservativo para prática de sexo seguro

O preservativo, ou camisinha, é o método mais conhecido, acessível e eficaz para se prevenir da infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como a sífilis, a gonorreia e também alguns tipos de hepatites.  De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde (MS), o Brasil registrou anualmente uma média de 40 mil novos casos de Aids nos últimos cinco anos. E no período compreendido entre 2010 e junho de 2017, foram contabilizados 342.531 casos de Sífilis Adquirida – transmitida através de relação sexual desprotegida. Vale destacar ainda que o uso de preservativo durante a relação sexual é importante, mas essa medida não previne a infecção pelo HPV, pois o vírus pode estar presente em áreas não protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal).


9 - Manter a vacinação em dia

A importância da vacinação se tornou mais evidente no Brasil e no mundo. A imunização é uma das principais formas de prevenir doenças. Por meio dela, o corpo fica protegido de vírus e bactérias que afetam seriamente o ser humano, podendo levar à morte. Importante destacar a relevância na rotina de autocuidado da vacina de comprovada eficiência científica contra o HPV, que acomete homens e é fator de risco para os cânceres de colo de útero, anal, vagina, orofaringe, vulva e pênis.


10 - Dar atenção à saúde mental

Apesar dos avanços, ainda é um tabu falar de saúde mental para homens. O estigma negativo sobre os sentimentos masculinos prevalece, enquanto a condição emocional deteriora. Por isso mesmo, a maioria ainda encontra inúmeras barreiras na hora de buscar ajuda profissional para falar sobre sentimentos. A resposta inicial para qualquer vulnerabilidade psicológica é esconder. Sendo assim, é preciso multiplicar e disseminar as conversas sobre os cuidados com a saúde mental dos homens e derrubar o preconceito quanto à necessidade de consultar um profissional como um psicólogo ou um psiquiatra.

 


IUCR – O Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica Dr. Gustavo Guimarães


 

Informação e Violência Obstétrica

 Conhecer os direitos e todas as etapas do parto ajudam a gestante a lutar contra os abusos cometidos durante o pré-Natal, o parto, aborto ou pós-parto

 

O Brasil vem lutando há anos contra a misoginia, mas de um tempo pra cá, um tema que antes era considerado rotina, veio à tona como denúncia para ser debatido e combatido: a violência obstétrica. "Violência obstétrica é quando o processo fisiológico do parto se torna excessivamente medicalizado, quando a mulher não é respeitada física, psicológica e verbalmente. Quando se ultrapassam as recomendações científicas tanto em relação à assistência ao pré-natal quanto ao parto, através de uso exagerado de tecnologia em desrespeito ao processo fisiológico", explica a enfermeira obstetra Cinthia Calsinski.

São muitas as formas de manifestação do problema, que pode ocorrer no pré-natal, no parto ou no aborto:


- Física: a gestante é agredida fisicamente, é amarrada à maca, lhe aplicam ocitocina para estimular as contrações uterinas, aumentando o sofrimento materno, realizam episiotomia de rotina, usam fórceps de forma desnecessária, realização de toques indesejados ou feitos por múltiplos profissionais sem que eles se apresentem, entre outros.

-Psicológica: ameaças, chacotas, tortura psicológica, ofensas, piadas e todo tipo de humilhação à gestante. Também é violência obstétrica psicológica coagir a gestante a agendar a cesárea e negar informações sobre sua saúde e a do bebê.

- Institucional: quando o hospital recusa atendimento, impede a mulher de ter seus direitos realizados - seja no ambiente público ou privado, como negar acesso a um acompanhante.

- Sexual: insinuações, cantadas, “ponto do marido”, comentários e chacotas quanto ao ato que engravidou a mulher, laqueadura sem consentimento.


“Todas essas situações são muito graves e passíveis de punição. Mas, para que isso ocorra, a mulher precisa saber reconhecer seus direitos e as situações de violência obstétrica”, orienta Cinthia.

As denúncias podem ser feitas por meio do telefone 180 (Secretaria de Políticas para Mulheres), 136 (para denunciar hospitais públicos ou conveniados ao SUS para o Ministério da Saúde), para a ouvidoria da instituição, caso seja privada, ou para o 0800-701-9656 (ANS). 

“O que não pode ocorrer é a mulher sofrer a violência obstétrica e se calar. Somente com a denúncia, a educação e a informação é que poderemos dar fim a este problema”, conclui a enfermeira obstetra.



Cinthia Calsinski - Enfermeira Obstetra - Enfermeira Graduada pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp; Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp; Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp; Enfermeira Obstetra pelo Centro Universitário São Camilo; Consultora do Sono Materno-Infantil formada pelo International Maternity e Parenting Institute (IMPI).


Joanete pode afetar até 30% das mulheres na fase adulta da vida

O hálux valgo, mais conhecido como “joanete” é uma das deformidades mais comuns dos pés



O hálux valgo, mais conhecido como joanete, é uma deformidade que se desenvolve na parte da frente do pé, mais especificamente no osso que liga o dedão do pé (hálux) ao metatarso, a parte do meio dos pés. De uma forma mais simples, o joanete é uma saliência óssea que afeta o dedão do pé, chamado de hálux.
 
Estima-se que o joanete ocorre em 23% dos adultos entre 18 e 65 anos e em até 36% da população acima dos 65. Portanto, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é uma doença exclusiva da terceira idade. O joanete pode afetar até 30% das mulheres na fase adulta.
 
Segundo Walkíria Brunetti, fisioterapeuta especialista em Pilates e RPG, o joanete afeta a falange do hálux (dedão do pé) e o metatarso (parte do meio do pé).

"Ocorre um alargamento da articulação que liga o dedão ao metatarso, que fica desalinhada e se desvia em direção aos dedos menores. Em alguns casos, há formação de uma saliência óssea que se torna muito dolorida. Essa saliência é a imagem que as pessoas costumam ter de um joanete”.  


 
Sapatos apertados demais
 
Embora a origem exata do joanete ainda não seja totalmente compreendida, é muito comum observar o joanete em pessoas, especialmente em mulheres, que usam sapatos muito apertados e altos.
 
“Atualmente, acredita-se que a deformidade é multifatorial, ou seja, associa-se a fatores genéticos, anatômicos (como pé plano valgo); hipermobilidade articular e encurtamento muscular dos membros inferiores; fatores ambientais como o uso de sapatos inadequados, assim como lesões por traumas repetitivos”, explica Walkíria.
 
Uma curiosidade é que as praticantes do ballet clássico costumam desenvolver o joanete devido ao uso das sapatilhas apertadas na parte da frente dos pés, somado aos movimentos de ponta durante muitos anos.
 
Outras causas são as doenças reumatológicas, que causam deformidades nas articulações, como a artrite reumatoide, gota, bem como doenças genéticas que afetam o tecido conjuntivo, como a síndrome de Down e de Marfan, entre outras.


 
Dor aguda é o primeiro sintoma
 
Inicialmente, o joanete costuma ser assintomático. A partir da evolução da deformidade, surgem os sintomas como inchaço, vermelhidão e dor no local. Esses sintomas estão associados à bursite, que é a inflamação da bursa. Trata-se de uma bolsa cheia de líquido que protege os tecidos das articulações. Basicamente, a bursa evita o atrito entre ossos e outras estruturas como os tendões.
 
“A dor causada pelo joanete costuma ser intensa e progressiva, além de impedir que a pessoa caminhe ou calce sapatos. Quando não tratado, o joanete pode evoluir para bolhas, feridas, irritação da pele no local da deformidade e reduzir, drasticamente, a mobilidade do paciente”, diz Walkíria.


 
Tratamento envolve correção postural
 
Inicialmente, o tratamento costuma ser conservador com uso de medicamentos, fisioterapia, palmilhas ortopédicas e recomendação de sapatos que não piorem a joanete. Contudo, quando a saliência óssea é muito protuberante, é necessário remover cirurgicamente, com raspagem do osso e outros procedimentos.
 
Walkíria chama a atenção para o fato de que mesmo que a pessoa precise da cirurgia, os casos de joanete têm muita ligação com o padrão postural e a anatomia do pé. As pessoas que têm o pé plano e o joelho valgo adotam uma postura que aumenta muito o risco de desenvolver o hálux valgo.
 
O joelho valgo é a condição em que os joelhos ficam desalinhados e voltados para dentro, encostando um no outro. Já o pé plano (popularmente chamado de “pé chato”) é outra condição que leva a pisada para dentro. Isso leva à inclinação do dedão para o lado oposto. Essas duas condições aumentam muito o risco de desenvolver o joanete.
 
“Portanto, a correção postural é importante para prevenir que a pessoa tenha recorrência do joanete. Além disso, o ideal seria realizar uma correção postural preventiva. Em outras palavras, pessoas com joelhos valgos e pés planos deveriam procurar um fisioterapeuta para corrigir essas condições e evitar, futuramente, o desenvolvimento do hálux valgo”, reforça Walkíria.
 
Por fim, o trabalho da fisioterapia também envolve exercícios de alongamento e fortalecimento da musculatura dos membros inferiores para reequilibrar esses grupos musculares que participam da marcha.


Posts mais acessados