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terça-feira, 5 de julho de 2022

Frequência urinária pode aumentar no clima frio

Clima frio pode aumentar a sensação de urgência para urinar
DIVULGAÇÃO
Coordenadora do curso de Enfermagem da Anhanguera explica por que vontade de fazer xixi aumenta no inverno


Embora o clima frio possa diminuir a sensação de sede em algumas pessoas, a vontade de ir ao banheiro para fazer xixi parece ser uma necessidade constante durante o inverno. De acordo com especialistas, há diferentes explicações para esse fenômeno, principalmente relacionadas às reações do nosso corpo às diferentes temperaturas do ambiente externo, porém, é preciso ter atenção para possíveis casos de infecção e incontinência urinária.

De acordo com a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, professora Rafaela Saviolli, um dos motivos para aumentar a sensação de urgência para urinar tem a ver com a diminuição na produção de suor. “Com o tempo mais gelado, não há a necessidade natural de controlar a nossa temperatura corporal, que, em condições saudáveis, não ultrapassa os 37º. Como suamos menos, a retenção de líquidos é maior e esse volume precisa ser eliminado com mais frequência pela urina”, explica.

Nos meses de inverno, o contraste com o clima ambiente também pode estimular a vontade de fazer xixi. “A bexiga pode ser comparada a uma bolsa de água quente e a diferença de temperatura com o local onde o indivíduo está pode provocar a reação do tecido epitelial que reveste esse órgão, aumentando as idas ao banheiro”, explica a enfermeira. Nesses casos, a acadêmica orienta o aquecimento do espaço para melhorar os sintomas, mas nunca deixar de tomar água regularmente.

 

INCONTINÊNCIA

“Mesmo com as demandas do dia a dia e o aumento na necessidade de urinar ocasionado pelo clima, o hábito de segurar o xixi por muito tempo pode ocasionar problemas sérios de saúde”, alerta a especialista da Anhanguera. O hábito pode desenvolver doenças como infecções bacterianas ou a incontinência urinária -- doença que atinge 30% dos brasileiros, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Ipec (Inteligência e Pesquisa e Consultoria).

“Urinar é um ato de defesa do organismo e impede a proliferação ou contaminação de bactérias na bexiga”, explica. “Além disso, evitar ir ao banheiro pode alterar a percepção cerebral sobre a capacidade de armazenamento da urina, o que pode provocar a incontinência urinária”, completa.

A acadêmica recomenda que qualquer alteração na frequência de micção deve ser notificada à equipe de saúde e que os cuidados devem ser acompanhados por um enfermeiro qualificado. “O profissional de enfermagem é capacitado para atuar na prevenção e no fortalecimento do assoalho pélvico, assim como indicar as melhores intervenções para reabilitação do paciente, por exemplo”, finaliza.

 

 

Anhanguera

https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/


 Kroton

www.kroton.com.br


Quando a histerectomia é necessária?

Foto: Gpointstudio/Freepik
Procedimento é indicado para mulheres que apresentam problemas graves na região pélvica, como câncer de colo do útero, infecções e miomas 

 

Indicada para mulheres que apresentam problemas graves na região pélvica, a histerectomia consiste na retirada total ou parcial do útero. A cirurgia, porém, somente é realizada quando outras formas de tratamento não obtiveram sucesso. Câncer de colo do útero em estágio avançado, câncer nos ovários, endometriose grave, prolapso uterino, hemorragias, infecções e miomas são alguns dos problemas que podem necessitar do procedimento.

É importante ressaltar que tanto o pré quanto o pós-operatório devem ser observados de perto por um profissional de ginecologia.

Dados do Departamento de Informação do Sistema Único de Saúde (DATASUS) apontam que, entre janeiro e setembro de 2021, cerca de 50 mil histerectomias foram realizadas na rede pública de saúde do Brasil. Desse total, quase 22 mil de retirada total. Atualmente, esse procedimento representa a segunda cirurgia ginecológica mais realizada no país, ficando atrás apenas das cesarianas.

Classificada em três tipos, a histerectomia pode ser total, subtotal ou radical. No primeiro caso, é feita a remoção do útero e do seu colo; já no segundo, o colo é preservado. O tipo radical — opção usada em casos de câncer avançado — inclui também a retirada da parte superior da vagina e dos tecidos adjacentes.


Como a cirurgia é feita?

Além dos tipos de histerectomia, o procedimento pode ser realizado por meio de quatro técnicas cirúrgicas distintas: histerectomia abdominal total, vaginal, laparoscópica e robótica.

A histerectomia abdominal total é o método mais usado ao redor do mundo devido à visibilidade que proporciona ao médico durante o procedimento. Nela, o cirurgião remove o útero fazendo um corte no abdômen, parecido com o da cesariana. Já a histerectomia vaginal é realizada a partir da retirada do útero pela vagina por um corte que o separa dos ovários, trompas, vasos sanguíneos e tecido conjuntivo.

Na cirurgia laparoscópica são feitos pequenos cortes no umbigo ou na vagina para a inserção de uma câmera acoplada a um tubo. Assim, o cirurgião consegue observar o útero antes da remoção. A histerectomia robótica, por sua vez, funciona de maneira parecida com a laparoscópica, mas utiliza braços de robô controlados pelo cirurgião.

Cuidados essenciais antes e depois

Para que a histerectomia seja bem-sucedida, é preciso que médico e paciente adotem alguns cuidados no pré e pós-operatório. O importante é seguir as recomendações do profissional responsável pela histerectomia, mas há algumas medidas que costumam ser padrões ao procedimento.

No pré-operatório, por exemplo, os principais cuidados incluem avaliação nutricional com suplementação proteica, reposição de vitaminas e correção de eventual anemia. São recomendadas, ainda, abstinência de fumo por 15 dias antes da cirurgia, dieta sem resíduos 3 dias antes e uso de laxante. Manter-se hidratada na véspera também é importante.

Além disso, é preciso seguir o protocolo Enhanced Recovery After Surgery (ERAS) ou Otimização da Recuperação Pós-operatória, uma espécie de roteiro para uma jornada segura no perioperatório. Ele estipula uma série de medidas que devem ser tomadas pelos profissionais envolvidos na cirurgia, como cirurgião, anestesista, nutricionista e equipe de enfermagem, visando ao bem-estar e à saúde do paciente.

Após a cirurgia, a paciente pode voltar às atividades normais depois de um período de quatro a seis semanas ou conforme avaliação e orientação médicas. Para evitar o desenvolvimento de coágulos sanguíneos nas pernas e acelerar a cicatrização, especialistas costumam recomendar caminhadas leves cerca de um dia depois do procedimento. Por fim, a paciente não pode levantar peso por aproximadamente quatro semanas.

 

Estudo revela que COVID-19 pode causar comprometimento cognitivo

Evidências destacam possível associação entre COVID-19 grave e problemas relacionados ao cérebro 

 

Mesmo que a maioria das pessoas já tenham retornado às suas atividades normais, com alguns cuidados, a medicina não deixou de procurar entender mais sobre o vírus que recentemente colocou o mundo em estado de pandemia. Das sequelas já descobertas, pesquisadores notam que pessoas que sofreram de casos graves de COVID-19 tiveram a capacidade cognitiva afetada pelo vírus semelhante ao causado naturalmente em pessoas entre 50 e 70 anos de idade. Porém, ainda são necessários outros testes para confirmar se essa associação está relacionada às características clínicas da fase aguda ou ao estado de saúde mental no momento da avaliação dos casos.  

Segundo o estudo realizado pela Universidade de Cambridge e pelo Imperial College London, para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram dados de 46 pacientes que receberam cuidados intensos no Hospital Addenbrooke entre 10 de março e 31 de julho de 2020.

Para a Dra. Vanessa Milanese, Diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN), desde o surgimento do novo coronavírus, a comunidade científica tem buscado entender quais são os aspectos que envolvem a relação do vírus com o cérebro humano.

"Ainda há muito para estudar e analisar e provavelmente levará muitos anos para entendermos todos os impactos negativos que a COVID-19 causa em nosso sistema nervoso", comenta a especialista

 

Diagnóstico e sintomas

Os pacientes que contraíram a doença foram menos precisos e mais lentos em suas respostas no estudo do que o esperado em comparação com os controles correspondentes. Além disso, muitas pessoas infectadas pelo vírus estão relatando sintomas psicológicos, incluindo: fadiga, dificuldades cognitivas, problemas para encontrar as palavras, distúrbios de sono, falta de ar e distúrbios psiquiátricos mesmo meses após a infecção e cura da doença. 

Ainda segundo a especialista. "Temos presenciado em nossa prática clínica muitos pacientes com problemas de raciocínio e memória de curto prazo. Sintomas como esquecimento repentino, se observados por muitos meses, merecem atenção de um especialista. Vale ressaltar que pessoas que contraíram a COVID-19 de forma leve também podem apresentar sintomas parecidos. Exames e diagnósticos médicos são importantes nesta fase da pandemia", finaliza a neurocirurgiã.

  

Sociedade Brasileira de Neurocirurgia –SBN

Instagram @sbn.neurocirurgia

 www.portalsbn.org

 

Julho Turquesa alerta - Milhões de pessoas no mundo têm Olho Seco, mas não sabem disso

Em 2017 foi instituído pela TFOS (Tear Film Ocular Surface Society), o Mês da Conscientização do Olho Seco, com o objetivo de divulgar e informar a população sobre a importância desta doença que acomete milhões de pessoas no mundo inteiro, interferindo com a sua qualidade de vida e visão. 

 

Estima-se que uma em cada quatro pessoas¹ no mundo apresente sintomas de Olho Seco: sensação de areia nos olhos, vermelhidão, lacrimejamento, coceira, ardência, visão embaçada, desconforto e olhos cansados. Apesar de algo comum, muita gente não sabe que essas sensações têm um nome, um diagnóstico e um tratamento. 

A Doença do Olho Seco (DOS) pode ser desencadeada pelo estilo de vida ou fatores ambientais, como tempo de tela, clima seco, exposição ao ar-condicionado e direção noturna, trazendo um impacto significativo no dia a dia dos pacientes. Outros fatores como envelhecimento, menopausa, cirurgia oftalmológica, uso de lentes de contato e uso de determinados medicamentos podem levar ao seu aparecimento. 

“A pandemia de Covid-19, modificou drasticamente nossos hábitos e rotina, introduzindo o confinamento social e uso rotineiro de máscaras e aumentando exponencialmente as horas na frente das telas de dispositivos eletrônicos em todas as dimensões de nossas vidas. O impacto no aumento de casos de olho seco e de outras doenças ligadas a essa nova realidade já começa a ser sentido pela sociedade e classe médica, justificando a necessidade de divulgarmos seus efeitos e do que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida dos seus portadores”, alerta Dr. José Alvaro P Gomes, presidente APOS e diretor TFOS. 

Frequentemente confundida com infecções, inflamações ou alergias oculares, a DOS acontece quando a lágrima perde sua qualidade e quantidade – o que define os três tipos de Olho Seco (por evaporação, deficiência de lágrima aquosa ou olho seco misto): 

  • Olho Seco por evaporação: relacionado à disfunção das glândulas de Meibomius e ao uso de lentes de contato;
  • Olho Seco por deficiência de lágrima aquosa: ligado à diminuição da produção lacrimal associada às alterações hormonais e ao uso de medicamentos;
  • Olho Seco misto: acontece devido a uma mistura dos dois tipos anteriores. Nesse caso, a quantidade de lágrimas produzidas é reduzida e ao mesmo tempo elas são de baixa qualidade.

Em qualquer situação de desconforto nos olhos, o ideal é procurar um especialista. “Para trazer alívio dos sintomas, recomenda-se a procura pelo oftalmologista. É ele quem dará o diagnóstico corretamente e fará a indicação do produto adequado para cada caso. Lembrando que colírios não são todos iguais, por isso devem ser utilizados sob recomendação médica”, afirma António Mendes, Diretor da Unidade de negócios Vision Care da Alcon no Brasil.

 

 

Alcon

www.alcon.com

 

Referências

1.Vision Needs Monitor, 2020

Consumer Eye Drop Research, Global Path-To-Purchase; Alcon data on file, 2017.

2.Survey of Ophthalmologists and Optometrists, Harris Interactive®, December 2008.

3.Silvertein S. Yeu E, Tauber J. et al. Symptom Relief Following a Single Dose of Propylene Glycol-Hydroxypropyl Guar Nanoemulsion in Patients with Dry Eye Disease: A Phase IV. Multicenter Trial.Clin Ophthalmol.2020;14:3167-3177. m.

 

Supressão menstrual e a qualidade de vida da mulher


A menstruação é, sem dúvida, um período que costuma causar desconforto para as mulheres. Cólicas, dor de cabeça, irritabilidade, inchaço e dor nas mamas e mudanças de humor são alguns dos sintomas que acompanham o ciclo menstrual que, normalmente, ocorre no intervalo de 28 a 30 dias, e que consiste no espaço de tempo entre uma menstruação e outra e que faz parte do processo reprodutivo da mulher.

É durante o ciclo menstrual que o corpo se prepara para a gravidez. A menstruação corresponde ao processo de descamação do endométrio -membrana interna do útero - quando não há a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. A camada espessa, formada durante o período de preparação da gestação desprende-se da parede uterina ocasionando o sangramento.

É ainda nesta fase que ocorrem importantes mudanças no organismo feminino devido às oscilações hormonais. Para o Dr. Walter Pace, Professor Doutor em Ginecologia e Titular da Academia Mineira de Medicina, os hormônios trazem, muitas vezes, uma série de manifestações clínicas que podem propiciar alterações emocionais. “Como eles (hormônios) vão mudando durante o mês, os níveis aumentam e diminuem, o que faz com que haja alternância de comportamento da mulher e de sensibilidade a esses hormônios”, afirma Pace.

Esse é um dos fatores que tem incentivado mulheres a buscarem tratamento para suspender a menstruação, pois o bloqueio do ciclo menstrual favorece o equilíbrio no comportamento feminino que, naturalmente, é afetado por conta de intensas variações hormonais que ocorrem desde a fase ovulatória até o período pré-menstrual.

 

Entenda os benefícios da supressão menstrual para a saúde da mulher 

Para muitas mulheres, a supressão da menstruação, que significa interromper a menstruação, ainda é um assunto que envolve alguns tabus. Resistência associada a fatores culturais e a falta de informação podem influenciar na decisão da mulher de bloquear ou não a menstruação, mesmo quando surgem sintomas que interferem na qualidade de vida.

O tema ganhou notoriedade no Brasil e no mundo a partir dos estudos do Dr. Elsimar Coutinho, Professor Doutor em Ginecologia e cientista renomado que com pioneirismo defendeu a ideia de que a menstruação é um sangramento desnecessário ou inútil. Entre as suas contribuições para a ciência destacam-se “Is Menstruation Obsolete?” (A Menstruação é Obsoleta?”), publicado pela Oxford University Press, e “Menstruação, a sangria inútil” - em que revelou como a supressão menstrual pode contribuir para a saúde das mulheres.

Manter a estabilidade em relação ao nível de hormônios no organismo é uma das principais vantagens da supressão menstrual e que colabora, sobretudo, para minimizar impactos do ponto de vista comportamental. Outro fator que merece ser destacado é que a menstruação pode causar consequências à saúde   quando o sangramento ocorre em excesso, nesses casos não é raro o surgimento de anemias e doenças infecciosas.

É importante dizer que existe uma série de doenças que são hormônio dependentes, ou seja, quando não há o equilíbrio dos hormônios elas podem ficar mais prevalentes ou evoluírem mais rapidamente., principalmente, o estrogênio, que estimula a formação e o agravamento de doenças tais como, a endometriose, a miomatose, hiperplasia doenças de mama, entre outras.

A supressão menstrual deve ser indicada nos casos em que a mulher apresenta sintomas que inviabilizam ou pioram a sua qualidade de vida, a exemplo de sangramento excessivo, tensão pré-menstrual (TPM), oscilações significativas de humor e as doenças hormônio dependentes – já mencionadas.

O Dr. Walter Pace explica que suspender a menstruação não tem correlação com prejuízos à saúde da mulher, ao contrário, interromper esse processo pode prevenir doenças que prevalecem quando as mulheres menstruam. Além disso, diferente do que muitas pessoas pensam, não interfere na fertilidade da mulher, e, em algumas situações, protege.

 

 Quais são os métodos para interromper a menstruação?

Há muitas formas de suspender a menstruação, a mais conhecida é por meio da utilização de pílulas anticoncepcionais. Em muitos casos, as mulheres recorrem a esse tratamento com o intuito de se livrar dos sintomas característicos dessa fase, com as cólicas e a tensão pré-menstrual, a TPM. No entanto, também há situações em que a supressão menstrual é indicada com o propósito de reduzir os riscos de doenças hormônio dependentes mais graves, como por exemplo, a endometriose, o câncer de útero e de ovário.

Hoje existem inúmeras alternativas medicamentosas capazes de diminuir os efeitos colaterais proporcionado pelo uso diário das pílulas. Os mais eficazes são os implantes hormonais e o DIU, que possuem medicamentos que não passam, inicialmente, pelo fígado, minimizando os riscos e efeitos colaterais.

“Os implantes hormonais nada mais são do que uma via de administração de hormônios”, afirma o Dr. Walter Pace. É comum a utilização desses hormônios para bloquear a ovulação, tratar desequilíbrios hormonais, assim como nos casos de doenças hormônio dependentes. Ademais, os tratamentos podem ser individualizados, com substâncias e doses específicas para cada paciente.

“Quando se fala de anticoncepção e supressão da menstruação utilizamos os progestágenos (progesterona sintéticas) com características diferentes e que podem ser adaptadas a situação clínica de cada mulher. A quantidade de hormônios é infinitamente menor e há uma constância na liberação desses hormônios quando os implantes são inabsorvíveis”, reitera Pace.

 

 

Dr. Walter A. P. Pace - Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (1981), Mestrado em Reprodução Humana – Assistant Ètranger pela Universidade Paris V René Descarte e Doutorado em Ginecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor-doutor e Coordenador Geral da Pós Graduação de Ginecologia Minimamente Invasiva da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Titular da Academia Mineira de Medicina – Vice Presidente do PHD Pace Hospital.

https://www.instagram.com/dr.walterpace/?hl=pt-br

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Dia da Saúde Ocular: especialista explica a importância do cuidado com os olhos

A OMS prevê que somente no Brasil tenha cerca de 50 milhões de pessoas com algum tipo de distúrbio visual

 

Comemorado em 10 de julho, o Dia da Saúde Ocular tem o intuito de alertar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das doenças oftalmológicas. Boa parte destas enfermidades, na falta de tratamento, podem ocasionar cegueira ou perda parcial da visão. 

Um relatório mundial sobre visão publicado em 2019 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) constatou que ao menos 2,2 bilhões de pessoas são afetadas com alguma deficiência visual ou são definitivamente cegas em todo o mundo. Deste total, aproximadamente metade dos casos poderiam ter sido evitados caso fossem diagnosticados precocemente e tratados da maneira adequada. 

A OMS também estima que entre 60% a 80% das pessoas cegas poderiam ter evitado a condição se houvesse um acompanhamento frequente com o médico oftalmologista. A Organização prevê que somente no Brasil tenha cerca de 50 milhões de pessoas com algum tipo de distúrbio visual. 

“Cuidar bem dos olhos deve fazer parte da rotina de todos, pois contribui imensamente para a qualidade de vida e bem-estar. O diagnóstico breve é essencial para prevenir o avanço e possíveis complicações ocasionadas por essas doenças. O aconselhável é consultar um oftalmologista uma vez por ano”, pontua o médico oftalmologista e professor do curso de Medicina da faculdade Pitágoras, Abraão Neto Kós. 

O especialista chama atenção de portadores de doenças crônicas: “Quem possui comorbidades deve redobrar os cuidados. Problemas como diabetes mellitus e a hipertensão arterial exigem maior atenção. O diabetes, por exemplo, pode acentuar os problemas de visão, acelerando a degeneração e levar à cegueira”, explica o oftalmologista. 

Em adultos acima de 50 anos acredita-se que as principais causas de cegueira são catarata, glaucoma, degeneração macular em virtude da idade e os erros de refração. Já nas crianças são mais comuns as infecções congênitas, a catarata congênita, o glaucoma congênito e a retinopatia da prematuridade. Com isso, o docente sinaliza sobre o acompanhamento durante a gestação. 

“A gravidez é o primeiro momento de atenção contra doenças que podem afetar a visão do bebê. A mãe precisa se vacinar contra rubéola e toxoplasmose, pois essas infecções podem causar cegueira e transtornos neurológicos no feto. O recém-nascido deve ser levado para realizar o ‘teste do olhinho”. Este exame auxilia na detecção de anormalidades na estrutura ocular. Catarata congênita, hemorragias e retinoblastoma -- um câncer mais comum na infância, são algumas das enfermidades que podemos diagnosticar precocemente com o teste”, explica o doutor Abraão. 

Exames oftalmológicos nos primeiros anos de vida de uma criança também são essenciais para a prevenção e diagnóstico. A combinação de atividades ao ar livre e diminuição do tempo de exposição às telas (celulares, computadores, tablets, televisão) podem diminuir a progressão dos erros de refração, como a miopia, e reduzir o risco de suas complicações, como o descolamento de retina. 

“A melhor maneira de prevenir doença da visão é ir ao oftalmológico, fazer consultas. O diagnóstico precoce pode evitar a cegueira, o que reforça a importância dos exames de rotina”, aconselha. O especialista reforça que o diagnóstico e tratamento de doenças da visão é responsabilidade do médico oftalmologista. “É preciso atenção para confirmar se o profissional que lhe atendeu é médico e possui registro no Conselho Regional de medicina e é especialista em Oftalmologia, pois dessa forma estará garantido um atendimento oftalmológico de qualidade”, aconselha.

 

Asma e esporte: Quando é indicada a atividade física?

“Se a doença estiver controlada, a prática é essencial para o bem-estar do paciente asmático”, explica especialista

 

Quem tem asma não imagina que pode praticar atividades físicas. Os exercícios e os esportes podem ser grandes aliados, já que promovem o bom funcionamento cardiorrespiratório e diminuem os riscos de novas crises1. 

A asma é uma das doenças crônicas mais comuns que afeta tanto crianças quanto adultos, acometendo cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo2. Dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia apontam que, no Brasil, existem, aproximadamente, 20 milhões de asmáticos e a patologia é a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS (2,3% do total), conforme o grupo etário considerado2. 

Para aqueles que têm vontade de praticar natação, corrida, andar de bicicleta, jogar futebol, fazer yoga ou pilates, os especialistas afirmam que é possível quando o paciente está com a doença controlada, seguindo as orientações médicas e realizando o tratamento médico de forma correta3. 

“Parte dos portadores de asma grave iniciam as atividades físicas caminhando, ao menos, 30 minutos por dia. Essa frequência ajuda a diminuir os sintomas da asma e ajuda a seguir para as atividades mais intensas, caso tenham interesse”3, explica Guilherme Azizi, membro do Serviço de Imunologia do HUCFF-UFRJ e Médico do Fluminense Football Club. 

Além disso, a atividade física é indicada parar melhorar além do condicionamento cardiorrespiratório, aumentar a tolerância ao esforço1. Não à toa, essa é a doença crônica mais comum entre os atletas olímpicos (8%)1. 

Para os pacientes de asma, um pulmão treinado e melhor oxigenado favorece até mesmo no controle dos sintomas da ansiedade, visto que a pessoa com a doença muitas vezes desenvolve crises de ansiedade pelo medo das consequências da falta de ar em alguns momentos4. 

O que não faltam são bons exemplos na vitrine do nosso esporte brasileiro quando falamos de asma. Atletas como a atacante Marta, jogadora de futebol eleita seis vezes a melhor do mundo, assim como os nadadores Fernando Scherer e Cesar Cielo1,5. E todos são campeões ou medalhistas olímpicos.   

Desse modo, para os que buscam o melhor condicionamento físico, melhor padrão respiratório e o fortalecimento dos músculos da caixa torácica, o esporte será um grande aliado1. 

 

NATAÇÃO

A natação é frequentemente recomendada aos asmáticos como um meio seguro e agradável de manter a função pulmonar, aumentar sua capacidade aeróbica e melhorar sua qualidade de vida6. A modalidade é eficaz para tratar a bronquite e a asma, dilatando os brônquios, alvéolos e pulmões, o que melhora a respiração celular e a saturação7. Porém, é recomendado aos nadadores com asma que evitem piscinas mal gerenciadas, com níveis excessivos de cloro no ar ou na água, porque ele pode dificultar a respiração6.

 

FUTEBOL

Jogar futebol pode ser uma atividade física muito intensa, por isso o paciente estará mais suscetível a desencadear os sintomas de asma8. É preciso atenção ao clima, porque se estiver muito frio ainda haverá chances de novas crises9.

 

BICICLETA

Andar de bicicleta pode ser uma atividade física muito proveitosa. Porém, transitar de bicicleta ou praticar atividade física no ambiente urbano também exige cuidados, porque o exercício físico intenso eleva a frequência respiratória e aumenta relativamente o contato das vias aéreas e alvéolos com os poluentes que contaminam o ar inalado10. No primeiro momento, o ideal seria andar devagar, para que o indivíduo avalie as possibilidades e sintomas de uma crise no momento da prática com maior velocidade11.

 

YOGA

O yoga é uma atividade que engloba um sistema amplo e milenar de conhecimentos e sua prática diferencia-se pelos movimentos coordenados com a respiração e uma atitude de atenção plena que integra corpo, mente e energia vital12. Começar a praticar pode melhorar a função pulmonar e a qualidade de vida em pacientes com asma estável leve a moderada13.

 

PILATES

O interessante dessa atividade física é que o seu criador, Joseph Pilates, sofria de asma na infância14. A prática preza muito não só apenas pela respiração, mas também pela concentração, precisão e fluidez dos movimentos14.

 

CORRIDA

Correr em alta intensidade é considerado uma atividade física que pode desencadear os sintomas da asma8. Mas, nem sempre é preciso evitar a prática, porque, geralmente, é fácil controlar a velocidade8. Porém, o ambiente influencia no aparecimento dos sintomas e existem alguns fatores que os desencadeiam, como temperatura e umidade climática, poluição do ar, pólens e fungos suspensos no ar bem como vapores químicos dispersos, como aquelas encontradas em piscinas8.

 

  

Referências

  1. Drauzio Varella -- Esportes podem prevenir crises de asma. Disponível em: Link. Acesso em junho de 2022.
  2. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia: Asma. Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.
  3. Ministério da Saúde responde às perguntas mais comuns sobre a asma. Disponível em: Link . Acesso em junho de 2022.
  4. Ministério da Saúde, Asma e a prática de atividade física: quais são os cuidados necessários? - Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.
  5. Drauzio Varella: Sintomas da asma Cesar Cielo. Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.
  6. Bernard A. Asthma and swimming: weighing the benefits and the risks. J Pediatr (Rio J). 2010;86(5):351-352. Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.
  7. Ministério da Saúde, natação é opção de atividade com menor impacto. Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.
  8. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia: Asma ATS. Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.
  9. American Academy of Allergy, Asthma & Immunology: Asthma and Winter Sports. Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.
  10. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia: Nove em cada dez pessoas respiram ar poluído. Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.
  11. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia: Asma e exercícios. Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.
  12. Saúde Brasil: Yoga -- prática vai além de atividade física e promove equilíbrio. Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.
  13. European Respiratory Society: Effect of a short-term yoga-based lifestyle intervention on lung function and quality of life in bronchial asthma patients. Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.
  14. Associação Brasileira do Método Pilates e Posturologia. Disponível em: Link Acesso em junho de 2022.

 

Rosácea aumenta risco de inflamação crônica nas pálpebras e olho

Doença afeta cerca de 5% da população e em 20% dos casos há manifestações oculares

 

A rosácea é uma doença inflamatória crônica da pele que se caracteriza por vermelhidão, espinhas e vasos sanguíneos na zona central do rosto. Estima-se que a rosácea afeta cerca de 5% da população adulta, sendo mais prevalente entre os 30 e 50 anos. Apesar de ser uma condição dermatológica, 20% das pessoas com o diagnóstico de rosácea podem apresentar os sintomas oculares.
 
Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular, a manifestação ocular mais comum da rosácea é a blefarite, seguida da disfunção da glândula meibomiana (MGD). Esses pacientes também podem ter terçol de repetição, calázio e problemas na córnea.
 
“A blefarite é uma inflamação crônica que afeta as pálpebras. Ela pode ocorrer devido a uma infecção por ácaros ou bactérias, ou ainda pode ser secundária ao bloqueio das glândulas de Meibômio. Entre os principais sintomas da blefarite estão vermelhidão nas pálpebras, inchaço, coceira, ardência, formação de crostas, perda de cílios e olhos grudados pela manhã”, aponta a médica.
 


Relação pode estar ligada a processos inflamatórios
 
A rosácea altera o sistema imunológico que pode liberar substâncias (citocinas pró-inflamatórias) que podem agravar a blefarite e a disfunção das glândulas de Meibômio. Outro ponto é que os pacientes com rosácea apresentam um número muito alto de ácaros Demodex (D. brevis e folliculorum), principalmente nas regiões das pálpebras e cílios.
 
“Essa infestação também agrava a inflamação, pois esses micro-organismos liberam substâncias nocivas que provocam ainda mais inflamação nas pálpebras. Além disso, esses ácaros podem bloquear fisicamente a glândula meibomiana, induzindo à formação de um calázio - nódulo na pálpebra causado por obstrução e inflamação da glândula meibomiana”, acrescenta Dra. Tatiana.   


 
Olho seco também entra na conta da rosácea
 
O olho seco é uma condição muito comum e sua prevalência aumenta com a idade. Basicamente, trata-se de uma doença que altera o filme lacrimal. Um dos componentes da lágrima é a gordura produzida pelas glândulas de Meibômio, o meibum. Ele é responsável por evitar a evaporação rápida da lágrima. Isso garante uma boa lubrificação da superfície ocular.  
 
“Mas quando as glândulas estão obstruídas, ocorrem alterações na qualidade e na quantidade do meibum. Isso por sua vez pode causar sintomas de olho seco em indivíduos afetados pela rosácea”, aponta Dra. Tatiana.


 
Luz intensa pulsada pode levar à remissão dos sintomas
 
A blefarite e a meibomite precisam ser tratadas, pois podem evoluir e afetar a córnea, bem como outras partes do globo ocular. Atualmente, um dos tratamentos que mais tem apresentado resultados efetivos e prolongados é a luz intensa pulsada.
 
“A tecnologia tem um efeito térmico que ajuda a desobstruir as glândulas, reduz a inflamação e consegue reduzir ou até eliminar a infestação dos ácaros Demodex. Uma curiosidade é que a luz intensa pulsada, primeiramente, foi usada para tratar as doenças de pele, como a rosácea. Durante as pesquisas, os médicos descobriram que os pacientes que passavam pelo tratamento apresentavam melhora dos sintomas oculares”, conta Dra. Tatiana.
 
A aplicação da luz intensa pulsada é um procedimento rápido e indolor. Ao todo, devem ser realizadas de três a quatro sessões, a cada 15 dias. Em geral, os pacientes apresentam remissão dos sintomas por tempo prolongado.  
 
“Como a rosácea é, comprovadamente, um fator de risco para o desenvolvimento da blefarite e da disfunção das glândulas meibomianas, o ideal é que o paciente procure ficar atento aos sintomas e procurar um oftalmologista assim que possível”, finaliza Dra. Tatiana.  



Câncer de cabeça e pescoço é responsável por 20 mil mortes ao ano no Brasil

Com altas chances de cura na fase inicial, cerca de 76% dos casos são diagnosticados em estágios avançados, dificultando o tratamento e aumentando os riscos de óbito pela doença 

 

Considerado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) um dos tipos mais incidentes, o câncer de cabeça e pescoço foi responsável por mais de 20 mil mortes no Brasil no ano de 2019, com estimativa de mais de 685 mil novos casos por triênio no mundo.

Conforme a Dra. Beatriz Cavalheiro, cirurgiã de cabeça e pescoço da Rede de Hospitais São Camilo SP, o maior desafio é a falta de informação sobre a doença, levando a diagnósticos tardios. 

Segundo dados da entidade, mais de 75% dos casos são diagnosticados já em estágio avançado, o que dificulta o tratamento, além de elevar a taxa de mortalidade. Cânceres de cabeça e pescoço são considerados aqueles que acometem as regiões da cavidade oral, faringe (garganta), laringe e cavidade nasal, bem como a pele, glândulas salivares, vasos sanguíneos, músculos e nervos da região, além da glândula tireoide.

A especialista frisa que no Brasil, os cânceres de boca são os quintos mais frequentes entre homens, enquanto os de laringe estão em oitavo lugar. Já entre as mulheres, o câncer de tireoide é o quinto mais prevalente (e o quarto no estado e na cidade de São Paulo), com quase 12.000 novos casos no ano de 2020, de acordo com o último levantamento do Ministério da Saúde.

“A prevenção é nossa mais importante ferramenta no combate ao câncer e, o diagnóstico precoce, um importante recurso para sua cura. Por isso, é fundamental a não exposição aos fatores de risco, a realização de exames preventivos e estar atento aos sintomas da doença”, reforça.

Ela explica que, entre os principais indícios, estão lesões e sintomas que não se resolvem ou cicatrizam no período de duas semanas, como feridas na pele, lesões nos lábios, boca e garganta (vermelhas ou brancas, como aftas); rouquidão e alteração do timbre vocal (voz anasalada, por exemplo) e dor ou incômodo ao engolir. Deve-se atentar também ao surgimento de nódulos no pescoço, mesmo que indolores, além do amolecimento dos dentes e sangramentos na região.

 

Fatores de risco

A médica destaca que, além de tendências familiares e a exposição à radiação, não se têm evidências precisas acerca dos fatores de risco para o desenvolvimento do carcinoma papilífero da tireoide, o mais frequente a acometer essa glândula (90%). Na maior parte das vezes, o prognóstico é excelente e não há sequelas quando o paciente é adequadamente tratado. Existem, porém, variações mais agressivas do câncer da tireoide, mas passíveis de tratamento.

Geralmente, existem alguns agravantes para o surgimento do câncer de cabeça e pescoço, como: 


- Exposição solar

O tipo de câncer mais frequente na região é, por sua vez, os tumores de pele, especialmente em regiões do corpo expostas ao sol sem proteção. Há relação com a exposição solar crônica, de longa data, bem como queimaduras solares agudas. Esses são mais preocupantes quando próximos aos orifícios naturais como boca, nariz, olhos e orelhas.


- Tabagismo e ingestão de álcool

Já os cânceres que acometem o revestimento da boca, garganta e laringe (trato aéreo-digestivo alto) são, na maior parte das vezes, representados pelo carcinoma epidermoide.  O consumo de álcool e fumo (inclusive o tabagismo passivo) estão entre os principais fatores de risco para essas lesões, além da má higiene oral, traumas locais de repetição como aqueles ocasionados por dentaduras mal ajustadas e dieta pobre em frutas e verduras, alerta a cirurgiã. 

O hábito de fumar pode aumentar em até 20 vezes a possibilidade de uma pessoa saudável desenvolver a doença. Esse risco multiplica-se em associação com ingestão excessiva de bebidas alcóolicas.


- HPV (Papilomavírus humano)

O vírus pode participar do desenvolvimento de tumores malignos na boca e, especialmente, na orofaringe, que inclui a base da língua (porção mais posterior), as amígdalas, as partes laterais e posterior da garganta. A sua via de transmissão é sexual.


- Exposições a substâncias

Pessoas que trabalham no setor industrial e de construção e são expostas a substâncias químicas, especialmente derivados do petróleo, pós de madeira e têxteis, entre outros, podem ter um risco maior de desenvolvimento de cânceres do revestimento da via aéreo-digestiva alta.

“A indicação para este público é seguir com consultas preventivas periódicas e estar atento a sinais e sintomas iniciais”, orienta Dra. Beatriz.

 

Prevenção

De maneira geral, a adoção de bons hábitos e prática regular de atividades físicas são ações que podem contribuir significativamente para a prevenção de inúmeras doenças, inclusive do câncer.

A especialista do Hospital São Camilo SP recomenda a realização de visitas anuais ao dentista, atenção ao próprio corpo e consulta a um cirurgião de cabeça e pescoço em casos de evidências como as citadas acima, além de:

- Manter a higiene bucal em dia;

- Não fumar (cigarro, charuto, cachimbo, maconha, narguilé) ou mascar tabaco;

- Evitar consumo excessivo de álcool;

- Usar protetor solar adequadamente (importante replicá-lo durante o dia e não esquecer das orelhas), inclusive em dias sem sol, bem como chapéus e óculos escuros;

- Realizar exames preventivos da tireoide;

  • Vacinar-se contra o HPV e usar preservativos nas relações sexuais.

 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Estudo aponta que bebidas com adoçantes possuem melhorias semelhantes à água e contribuem para perda de peso

 Pesquisa indica que bebidas com adoçantes são mais benéficas quando comparadas às que contém açúcar

 

Um novo estudo publicado pela prestigiada revista médica JAMA Network Open, em artigo assinado pelos especialistas do Grupo de Estudos de Diabetes e Nutrição (DNSG) da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD), confirma o papel benéfico das bebidas com adoçantes na redução do peso e indica que as melhorias são semelhantes às da água, quando comparadas a bebidas açucaradas (SSB). As bebidas com adoçantes contribuíram para a redução do peso corporal, índice de massa corporal (IMC), da percentagem de gordura corporal e do acúmulo de gordura no fígado em adultos com excesso de peso ou obesidade, com diabetes ou propensos ao desenvolvimento da doença. 

Os resultados do estudo confirmam que as melhorias apresentadas pela substituição do açúcar por adoçantes foram semelhantes à substituição por água, possibilitando que as bebidas com adoçantes possam fazer parte de uma estratégia benéfica para a substituição daquelas que levam o açúcar como ingrediente. E ainda na redução do risco de desenvolvimento de doenças cardiometabólicas (obesidade, hipertensão, pressão arterial, ácido úrico, diabetes, entre outras). Fatores esses que, quando interrelacionados, podem causar infarto e AVC. 

A meta-análise incluiu 17 estudos randomizados controlados (que proporcionam maior qualidade de provas e proteção contra possíveis enviesamentos) com 24 comparações e duração média de 12 semanas. Participaram 1.733 adultos com excesso de peso ou obesidade, e que tinham diabetes ou propensão a desenvolvê-la. Foram ainda examinadas a associação entre a ingestão de bebidas com adoçantes e de açúcar e os fatores de risco cardiometabólicos. 


Divulgação

Os resultados mostram que a substituição das bebidas adoçadas com açúcar por bebidas com adoçantes estava associada a pequenas, mas significativas, reduções no peso corporal, que variavam entre -0,41 kg até -1,71 (média de -1,06 kg), índice de massa corporal, percentagem de gordura corporal, entre outros. 

Kathia Schmider, Coordenadora Técnica da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres, ABIAD, comenta: “os adoçantes são alternativas seguras, que podem ser utilizados em bebidas e alimentos para proporcionar uma ampla escolha de opções de sabor doce com baixo teor calórico ou sem calorias”. A especialista completa: “e para pessoas com excesso de peso ou obesidade ou com diabetes, por exemplo, ter opções seguras e saborosas no dia a dia é um benefício importante como alternativa para controlar e gerir o peso corporal e os níveis de glicose no sangue”.

 

Segurança dos Adoçantes

Os adoçantes estão entre os ingredientes mais pesquisados em todo o mundo. Antes de serem aprovados para uso no mercado, todos foram submetidos a uma avaliação completa de segurança pela autoridade regulatória competente, como no Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e órgãos internacionais competentes, como a Organização Conjunta da Alimentação e Agricultura (FAO)/Organização Mundial da Saúde (OMS) - Comitê de Especialistas em Aditivos Alimentares (JECFA), a Administração de Drogas e Alimentos dos EUA (FDA) e a Autoridade Europeia de Segurança de Alimentos (EFSA). E todas essas autoridades têm repetidamente e consistentemente confirmado a segurança de todos os adoçantes aprovados.

Divulgação

 

Ações de Esclarecimento

Como representante do setor de alimentos para fins especiais, a ABIAD promove ações de esclarecimentos à população, profissionais da área de nutrição e saúde, jornalistas e demais interessados em relação à segurança e uso destes ingredientes. Para reforçar a seriedade com que essas substâncias são tratadas, tanto no Brasil quanto no exterior, a associação realiza diversas atividades, entre as quais, uma série de vídeos sobre o uso dos adoçantes como alternativa confiável para a redução do consumo de açúcar e de calorias.

  

ABIAD - Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres.

 https://abiad.org.br/ 

 

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