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domingo, 29 de maio de 2022

O SUCESSO DA VIDA NAS MÃOS DA SUA ENERGIA EMOCIONAL

Não é segredo para ninguém, que manter as emoções e os sentimentos em dia é tarefa primordial para quem deseja alcançar o sucesso na vida e no trabalho.

Quando você acorda feliz, vai para o trabalho se sentindo bem, a sua energia está em uma vibração alta e isso fará toda a diferença não só nos ambientes em que frequenta, como nas atitudes que terá durante o dia.

Aprender a se manter positivo e a dominar os seus sentimentos negativos é a chave principal para melhorar o seu olhar sobre a vida, tomar decisões mais assertivas, lidar bem com os problemas e potencializar a sua energia.

Dois fatores são determinantes para se aprender a lidar com os seus sentimentos e emoções, um é praticar o autoconhecimento, e o outro é usar a inteligência emocional. Quem aprende a dominar os sentimentos e emoções consegue lidar melhor com os desafios que fazem parte das nossas rotinas. O que nos faz ter sucesso na vida é a forma com que lidamos com os nossos sentimentos e emoções.

Não são apenas as nossas emoções que impactam a energia e, consequentemente, favorecem ou dificulta as ações diárias. Mas os ambientes influenciam as pessoas de maneiras diversas, e alguns conseguem tirar os melhores proveitos das situações, sejam elas positivas ou negativas. No entanto, outros se abalam mais com as questões diárias.

Quando se fala em energia emocional vem à nossa mente a ideia da inteligência emocional. Um termo que se tornou muito conhecido nas obras de Daniel Goleman, ele define a inteligência emocional como uma maneira de entender os processos cognitivos para além dos pensamentos lógicos e racionais. As nossas emoções e sentimentos são tão fortes que se tornam 90% a 80% do sucesso de nossas vidas. Por outro lado, os elementos intelectuais ficam com os 10% a 20% restantes.

É fato que se você for uma pessoa positiva, tiver os pensamentos bons e o otimismo em dia, a sua energia será alta e, assim, tomará as melhores decisões. Ser otimista é um dos requisitos básicos para dar o melhor de si no trabalho e na vida. Ver a vida de uma maneira otimista ajuda a minimizar as questões diárias.

As pesquisas comprovam que as pessoas mais otimistas conseguem resultados melhores do que as pessimistas.

Uma delas foi feita pela Universidade do Texas e publicada no jornal Psychology and Aging. Participaram 1.558 pessoas de uma comunidade de americanos de origem mexicana. O objetivo era verificar se havia ligações entre emoções positivas e problemas de saúde. Eles constataram que aquelas pessoas com uma visão positiva da vida tinham uma probabilidade significativamente menor de ter problemas nessas áreas.

Os pesquisadores acreditam que isso acontece provavelmente porque os otimistas cuidam mais de suas saúdes, se preocupam em se alimentarem corretamente e tem ânimo para praticarem atividades físicas.

Existem estudos que estabelecem uma forte correlação entre o ânimo e a felicidade dos colaboradores e os resultados da organização. E para criar motivação, é preciso, justamente, de um ambiente positivo.

Segundo pesquisa realizada pela plataforma HSPW (Heathy & Safe Place to Work) com foco no mercado corporativo, um dos pontos levantados pelos participantes foi a má qualidade de vida que o trabalho presencial pode possibilitar. A questão foi levantada por 45% dos colaboradores.

Se as empresas e pessoas trabalharem as suas energias emocionais, seja desenvolvendo a inteligência emocional, conhecendo-se melhor, o sucesso, a produtividade e a energia tanto das pessoas quanto dos ambientes se tornarão melhores.

O uso da energia pessoal nos permite estar em sintonia com o mundo que nos rodeia. Quando ela é positiva se torna impulsionada de uma maneira mais assertiva.

 

Jean Patrick - master coach e treinador comportamental, CEO e founder head coach do Instituto Jean Patrick.


Dia dos Namorados: autonomia emocional é primordial para construir relacionamentos mais saudáveis e duradouros

Divulgação
Entenda como o autoconhecimento pode ajudar a romper a dependência emocional e fortalecer a relação a dois

 

Ter um relacionamento feliz, em que o amor e o respeito prevaleçam é o desejo de todos que se dispõem a conviver a dois, seja em um namoro ou em compromissos mais sérios, como o casamento. Entretanto, para se ter uma união saudável e que permita construir diariamente novos alicerces para se tornar duradoura, a autonomia emocional é uma das habilidades essenciais para romper com a toxicidade da dependência do outro, principal gatilho para o desgaste das relações, baixa autoestima e desamor.   

Cada qual com suas particularidades, personalidades e crenças, é natural que com o passar do tempo existam alguns desentendimentos e pontos de discordância, resultando em sentimentos negativos para com a outra pessoa. De acordo com a palestrante, especialista em desenvolvimento do potencial humano e autora do livro Inovação Emocional, Heloísa Capelas, que define a autonomia emocional como a responsabilidade que tomamos por nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos, precisamos dessa consciência para entendermos o que nos pertence e o que faz parte do “lixo emocional” do outro.  

“Autonomia emocional é a capacidade de caminhar com as próprias pernas para dar conta das suas emoções, independentemente do que o outro diga, faça ou pense. É escolher o que você vai pensar e sentir sobre si mesmo e sobre o mundo à sua volta; escolher se o outro tem poder de magoar ou não você; escolher se vai ficar ressentindo aquela mágoa ou não. Não posso entregar ao outro o poder sobre minhas emoções, sobre como vou me sentir e me comportar. Por isso, assumir a responsabilidade e praticar a autoliderança é tão essencial. Quando estou à frente de mim mesmo, ninguém pode tirar o meu prumo.  Quanto mais responsabilidade você tiver pela sua vida, mais escolhas poderá fazer. Isso é consciência, é escolha sustentável”, explica Heloísa.

Ainda de acordo com a especialista, na dependência emocional autorizamos que o outro nos faça mal quantas vezes quiser, como se ele fosse responsável pela maneira como nos sentimos. Além disso, dependemos dessas opiniões externas para estabelecer o nosso valor. “Uma das coisas mais bacanas da autonomia emocional é que, com ela, a crítica do outro não impacta você de modo desproporcional. Você não se sente atacado, ofendido ou envergonhado quando alguém diz que você não fez um bom trabalho – afinal, o outro não tem esse poder sobre você. Isso lhe dá clareza de pensamento e abertura para avaliar a crítica que recebeu, usá-la para seu aprimoramento, e perceber o que é lixo emocional despejado em você. Com isso, as brigas podem terminar antes mesmo de começar, à medida que identificamos esses gatilhos que nos fazem reagir bem mal, em muitas ocasiões”, destaca.

 

Como se adquire a autonomia emocional?

De acordo com Heloísa Capelas, o autoconhecimento é primordial e um dos primeiros passos é a presença, ou seja, viver no presente, sem se preocupar excessivamente com o futuro, com o que o outro irá pensar ou como irá reagir em determinadas circunstâncias, assim como perdoar e se desprender do passado, daquilo que já foi.

“Ao observarmos nós mesmos, maior presença surge em nossas vidas. Treinando um pouco por dia, observando com sinceridade nossos sentimentos e comportamentos, vamos aos poucos, adquirindo cada vez mais autonomia emocional. Estando presentes não adiamos mais o ‘eu te amo’ e os reencontros. Neste processo, a respiração consciente é um dos modos mais efetivos para fincar os pés no aqui e agora. Por meio dela nós podemos nos perceber e ter tempo necessário para tomar decisões efetivas e conscientes no lugar de respostas automáticas”, conclui a escritora.

 

Heloísa Capelas - especialista em desenvolvimento do potencial humano por meio do autoconhecimento e do aumento da competência emocional há cerca de trinta anos. Conferencista nacional e internacional, aplica cursos com a Metodologia Hoffman, considerada por Harvard um dos trabalhos mais eficazes na mudança de paradigmas para líderes. Expert em processos transformativos e psicodinâmica aplicada aos negócios, é também diretora do Centro Hoffman no Brasil, coach e master practitioner em Programação Neurolinguística (PNL). Heloísa é coautora dos livros Ser + Inovador em RH (2010), Ser + em Gestão de Pessoas (2011), Master coaches (2012), Coaching prático: o caminho para o sucesso (2007), Damas de Ouro: a liderança feminina em ação (2012) e autora dos best-sellers Perdão, a revolução que falta, O mapa da felicidade e Inovação Emocional, todos publicados pela Editora Gente.


Psicologia e maternidade

Estamos ainda no mês de maio, mês dedicado às mães, à maternidade. 

Podemos aqui associar esta temática ao papel da psicóloga clínica, pois fazemos, constantemente, função materna! Ela está em nosso dia a dia. Quando acolhemos, quando olhamos -- de fato -- o outro e as suas necessidades, quando escutamos as dores, quando nos despimos de nossas crenças e valores pessoais para compreender e acolher a dor alheia. Muitas vezes não são tarefas das mais fáceis. Mas, sim, temos esta função e buscamos exercê-la da melhor forma. 

Falando em dificuldades da maternidade, não nos esqueçamos da saúde mental das mães. Tantas mudanças fisiológicas e emocionais pelas quais elas passam. Bombardeadas de hormônios e de uma nova realidade que mexem profundamente com seus corpos e suas mentes, podendo desencadear sintomas bastante comuns como o “Baby Blues” - essa alteração de humor que engloba melancolia e sentimentos de incapacidade ou medo de não dar conta em desempenhar seu novo papel; ou ainda mais preocupante, a depressão pós-parto, que pode levar a riscos mais sérios como doenças psicossomáticas e pensamentos suicidas ou homicidas, bem como, negação de aproximação do bebê, riscos a sua integridade ou o oposto disto, superproteção. 

Desse modo, não podemos esquecer da necessidade da preparação para a maternidade, uma vez que esta é uma tarefa de enorme responsabilidade e, para que ela possa ser bem desempenhada, existe a necessidade de se trabalhar com as expectativas, os desejos, as fantasias que não se cumprem e que provavelmente não se cumprirão; fantasias estas que, por estarem distanciadas da realidade, dificultam o prazer da construção da relação e de uma experiência ímpar. 

A maternidade vivida em cenário real é intensa, levando ao amadurecimento da mãe em seu novo papel e ressignificando sua existência e conceitos de amor e doação incondicional. É necessário elaborar o luto da criança idealizada e acolher a criança que realmente se tem, favorecendo o ambiente e espaço relacional de desenvolvimento deste bebê e desta mãe. 

Devido à facilidade de acesso aos saberes referentes ao desenvolvimento do bebê, pode-se aumentar a ansiedade em desempenhar o papel de mãe de modo satisfatório, fazendo com que as mães experenciem ainda mais a auto cobrança. 

Mães psicólogas podem já ter tido experiências com esta auto cobrança em níveis mais intensos, justamente devido ao acesso a estes saberes referentes ao desenvolvimento humano. Não há porque, pois no momento que se está neste espaço, você é apenas mãe e assim o deve ser. Essa forma de aprendizado se dá na vivência, na entrega, no observar e sentir seu bebê, sentir a si mesma nesta troca em que um irá aprender com o outro. 

São variadas as formas que a maternidade pode se apresentar na vida de uma mulher, havendo as que podem chegam de surpresa, ou as que vêm após um planejamento que dura anos. Outra forma ainda, mas não menor em amor que as demais, é a maternidade em que se escolhe um filho, já nascido, para vivenciar essa experiência. 

A adoção é, sem dúvida, um ato de amor, porém, ainda assim, os processos biológicos e psicológicos associados ao vínculo entre mãe e filho adotivo também passam pela adaptação biopsicossocial. O cérebro da mãe adotiva, com o passar dos dias nesta convivência, vai se comportar de maneira semelhante ao de uma mãe que deu à luz ao seu filho, podendo-se dizer, que em alguns casos, a mãe adotiva enfrenta conflitos ao buscar compreensão e adequação às necessidades de sua criança e, toda relação que estabeleça com a criança, colabora para que, aos poucos, os laços familiares sejam formados e fortalecidos para toda a vida. 

O papel parental é uma construção, independente da criança nascer da barriga da mãe ou vir de um recurso de adoção. E, como toda construção, criar o vínculo afetivo é um processo, um ato de amor, de doação constante, de aprendizagem de ambos os lados, sendo que, em alguns casos se torna pertinente a presença de um profissional de Psicologia para auxiliar neste processo.

Que durante este mês possamos refletir sobre as diversas facetas da maternidade. E que esta jornada seja prazerosa.

 

 Maria Isabel Caminha - psicóloga (CRP-12/00656), colaboradora do Conselho Regional de Psicologia de SC (CRP-SC)

Colaboraram as psicólogas Síntia R. Bonatti Reif (CRP 12/01788) e Simone Ciotta (CRP 12/01515), conselheiras do CRP-SC.

Qual a temperatura certa de um relacionamento prazeroso?

Em "Homem micro-ondas, mulher fogão a lenha", a sexóloga Gabriela Dias sugere o equilíbrio dos termômetros para alcançar o prazer a dois


Embora o sexo seja algo instintivo na vida do ser humano, em algum momento da história ele se tornou um complicador dentro das relações amorosas. Quem descortina as razões e as formas de contorná-las é a sexóloga Gabriela Dias no livro Homem micro-ondas, mulher fogão a lenha. Para começar, o leitor é convidado a responder ao “libidômetro”: trata-se de um teste que mede o “QI sexual” do público antes e depois das reflexões, dicas e experimentos propostos no lançamento da Editora Hábito.

Palestrante nacional há mais de 20 anos, a escritora sugere um equilíbrio da libido do casal: o tema foi um dos tópicos mais procurados no Google em 2019. Com trechos direcionados para homens e mulheres, Gabriela detalha os fatores que contribuem para a manutenção do desejo ao longo da vida, os motivos que causam a queda e como evitar. Uma das situações apresentadas pela autora é a influência do beijo nas relações: em um relato de consultório, uma mulher voltou a ter orgasmos quando entendeu a importância de beijar o parceiro para acender o desejo e o prazer.

Se eu comecei falando que o beijo é o termômetro do relacionamento, como está o relacionamento desse povo? Temos que entender que através do beijo é que se acende o fogo e se desperta o desejo. Quem nunca passou pela situação de estar sem vontade alguma e, ao dar um beijo de boa noite, já começou a aquecer tudo e partiram para cima um do outro? O beijo é a energia que o homem precisa para ligar e a lenha que ajuda a esquentar a mulher.
(Homem micro-ondas, mulher fogão a lenha, p. 58)

O capítulo “Depois que os filhos chegam” é direcionado para as mudanças no relacionamento após a maternidade. A autora responde prontamente que é possível sim voltar a ter o mesmo prazer de antes da chegada do bebê e compartilha as experiências que teve depois de ser mãe de três.

A partir da concepção de que sexualidade e autoestima são conceitos intimamente ligados, Gabriela destaca o poder do autoconhecimento, do diálogo entre os casais e reflete sobre o ato revolucionário que é se amar antes de qualquer coisa. Homem micro-ondas, mulher fogão a lenha é leitura para casais que buscam melhorar a vida sexual e se permitir a ter momentos mais prazerosos a dois.

Ficha Técnica:
Título: Homem micro-ondas, mulher fogão a lenha  
Autora: Gabriela Dias
Editora:  Hábito 
ISBN: 978-65-84795-02-0
Número de páginas: 274
Preço: R$ 54,90
Links de vendahttps://amzn.to/3Go8w5I 

Sobre a autora: palestrante nacional há mais de 20 anos, enfermeira pós graduada em Obstetrícia pelo Instituto Brasileiro de Pós Graduação e Extensão (Curitiba/PR) e em Sexologia pela Universidade Cândido Mendes (Rio de Janeiro/RJ). Gabriela Dias também é mãe de três e consultora materna e de casais.                                                            Instagram: @agabrieladiasoficial

                                 https://gabrieladias.com.br/ 


sábado, 28 de maio de 2022

Sebrae e Banco do Brasil discutem novo convênio que deve alavancar R$ 6 bi em crédito para pequenos negócios

Parceria inclui garantias do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), operacionalizado pelo Sebrae, e orientações aos empreendedores por meio do crédito assistido  

 

O Sebrae e o Banco do Brasil estão tratando de um novo convênio para viabilizar a alavancagem de até R$ 6 bilhões em linha de crédito específica para os pequenos negócios. A iniciativa vai contar com a garantia do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), operacionalizado pelo Sebrae.

Durante encontro nesta sexta-feira (27), as duas entidades assinaram conclusão de um acordo em vigor para dar início às tratativas da nova parceria.  O Banco do Brasil tem uma relevância histórica desde a criação do Fampe, em 1995, sendo um dos principais parceiros do Sebrae na concessão de crédito aos pequenos negócios.

O presidente do Sebrae Nacional, Carlos Melles, reforçou o compromisso da instituição em dar o suporte necessário para os empreendedores, evitando o risco da inadimplência. “Com o crédito assistido, vamos colocar 4 mil agentes para orientar os empresários, dando o apoio que eles precisam para utilizar os recursos da melhor maneira e, ao mesmo tempo, possibilitando maior domínio e segurança das operações para a instituição financeira”, esclareceu. 

Até o momento, o Fampe já avalizou mais de 503 mil operações, financiando R$ 26,8 bilhões em operações de crédito, com aval de R$ 19,48 bilhões. Segundo levantamento do Sebrae, levando em consideração os valores médios de operações avalizadas pelo Fampe – atualmente em torno de R$ 50 mil –, a expectativa é que 120 mil pequenos negócios sejam beneficiados com o novo convênio com o BB.

Para o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, o novo convênio com o Sebrae marca o início de um novo momento. “Hoje, estamos dando início a uma nova fase vitoriosa com o objetivo de dar o suporte às micro e pequenas empresas, em prol da geração de emprego e renda que vai beneficiar toda a sociedade”, frisou. 


 Entenda 

O Fampe é um fundo garantidor operacionalizado pelo Sebrae que concede aval de até 80% em operações de crédito dos pequenos negócios junto ao mercado financeiro, desempenhando o importante reduzir uma das principais dificuldades enfrentadas pelos pequenos negócios.

Além do BB, existem outras 20 instituições financeiras credenciadas para concederem empréstimos com garantia do FAMPE, tais como, Caixa Econômica Federal, BRB, Sicoob, Sicredi, Banco Original, Banrisul, Banco Banese, entre outras.


Velho golpe do troco é 'reformulado' por criminosos

 

Shutterstock
Especialista em golpes digitais dá dicas simples de como evitar cair nas armadilhas da web 

 

Na época em que não existiam golpes digitais, o chamado “golpe do troco” era muito praticado por criminosos. O golpista entrava em um comércio qualquer, interessava-se por um produto e se dirigia para pagar pela compra. Se o valor era de 30 reais, por exemplo, na hora de pagar, o criminoso sacava do bolso várias notas de 100 reais, mas acabava entregando ao caixa uma nota de 2 reais. Iludida de que havia recebido os 100 reais, a atendente devolvia o troco de 70 reais, ou seja, o golpista ganhava a diferença, no caso, 68 reais. 

Essa versão antiga foi substituída por um novo golpe do troco. Segundo Francisco Gomes Júnior, especialista em direito digital e presidente da ADDP (Associação de Defesa dos Dados Pessoais e Consumidor), agora promete-se troco em dobro na compra on-line. “Ele tem um mecanismo bastante simples, para atrair o comprador on-line, um site falso faz anúncios (pop ups) dizendo que na primeira compra devolve o que você gastou em dobro para que se torne cliente. Ou seja, você gasta 100 reais e receberá 200 reais em troco ou crédito logo após a confirmação do pagamento. A vítima então faz compra, transfere os 100 reais e nunca receberá nem o produto comprado e muito menos o troco. De quebra, ainda fornecerá dados pessoais para os golpistas ao preencher o cadastro da compra”.

Ainda segundo o especialista, parece inesgotável a capacidade dos bandidos em criarem semana após semana novos golpes. “E sempre se utilizando de ferramentas digitais, como, por exemplo, site de vendas com preços atrativos e ainda com a promessa de crédito em dobro em relação ao valor gasto. Muitas pessoas acabam caindo nesses golpes, esquecendo-se que não há mágica no preço das coisas e todas as promoções muito vantajosas devem ser checadas com cuidado, pois podem esconder uma fraude. ”

Segundo dados das Secretarias de Segurança Pública Estaduais, o país teve mais de 4 milhões de golpes registrados em 2021, estimando-se que o número real possa ser próximo ao dobro do informado. Apesar de dicas de segurança que constantemente são dadas por instituições públicas, bancos e comércio, a tendência de alta se mantém, portanto, todo cuidado é pouco.

“O elemento fundamental do golpe é o impulso. Ao ver uma oferta vantajosa e por tempo limitado, muito ficam tentados a rapidamente comprar, sem nenhuma checagem. E imagine o entusiasmo diante da promessa de que você vai receber em dobro o que gastou. Damos dicas todos os dias e os golpes continuam acontecendo, então acho que podemos sintetizá-las em uma única dica: contenha seu impulso (não clique em links por impulso, não compre por impulso, não forneça dados por impulso). Agindo assim seu risco diminuirá muito.Outra dica importante é que, antes de qualquer compra, é preciso fazer uma checagem sobre a reputação do vendedor, caso se trate de um site, verificar se o endereço é o correto, se há cadeado de segurança e se há relatos de outros consumidores que já compraram nesse endereço eletrônico. ”, finaliza Gomes Júnior.

 

 

Francisco Gomes Júnior - Sócio da OGF Advogados. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). Autor do livro Justiça Sem Limites. Instagram: https://www.instagram.com/franciscogomesadv/


 

Abuso sexual infantil ( 49,3%) e violência doméstica ( 48%) ainda são temas vedados pela sociedade

A cada uma hora, o Brasil tem 2,2 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, com registros no Disque 100, o telefone da Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República.  

Cerca de 51% dessas vitimas têm entre 1 e 5 anos de idade, de acordo com dados do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e a Rede ECPAT Brasil. Entre os tipos de violência: abuso sexual (49,3%), seguido pela psicológica (24,4%), física (15,6%) e negligência (10,7%).  

Infelizmente, assim como a violência doméstica, que só cresceu nos últimos anos, inclusive na pandemia, esses assuntos ainda não banalizados pela sociedade.    

“Você que é mãe, pai, cuidado ou autoridade do seu Estado, não basta termos um dia ou um mês apenas de mobilização não. Esses assuntos têm que ser a pauta diária dentro de casa, na escola e no Governo”, ressalta a psicóloga Patricia Bezerra. 

A especialista em saúde mental (mulher, família, crianças e jovens), Patricia alerta para os ficarem de olho aos sinais e mudanças de comportamento das possíveis vítimas, entre eles, vergonha excessiva do corpo, brincadeiras de cunho sexual, agressividade e tristeza, por exemplo. 

“Infelizmente, as denúncias chegam tardias para as autoridades. O enfrentamento tem que acontecer na prevenção. A proteção de crianças e adolescentes é papel de todos nós. Além disso, a violência doméstica também é, sem dúvida, um dos maiores problemas da atualidade brasileira, tendo em vista que muitas vezes esse crime ocorre de forma velada, o que leva a uma banalização desse ato entre os indivíduos. 

Nesse sentido, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma em cada quatro mulheres acima de 16 anos afirmam ter sofrido algum tipo de violência doméstica nos últimos 12 meses, ou seja, cerca de 17 milhões de mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência no último ano. No estado de São Paulo, por exemplo,as agressões dentro de casa tiveram um aumento de 42% para 48,8%, tendo como um dos principais agravantes o período pandêmico em que o nosso país está passando.  

“Existem muitos tipos de violência, infelizmente. Ofensa verbal, como xingamentos e insultos são os mais comuns, além de ofensas sexuais ou tentativas forçadas de manter relações sexuais. Como se calar diante de tanta crueldade?”, indaga a psicóloga.

 

OPIOIDE: AMIGO OU INIMIGO?

Opioides vêm sendo usados como analgésicos há milênios. São as medicações de escolha para o tratamento da dor aguda moderada à intensa e da dor relacionada ao câncer. Embora seu papel no manejo da dor crônica não relacionada ao câncer seja controverso, há evidências crescentes de seu benefício em certas populações, mesmo com a possibilidade de induzirmos dependência nos usuários desses fármacos.

Historicamente, o Brasil sofre com o acesso limitado a opioides prescritos, juntamente com muitas outras classes de medicamentos. Um levantamento recente solicitado à ANVISA mostra aumento de 465% do número de opioides vendidos em farmácias credenciadas no Brasil no período 2009 a 2015. O Brasil é um país muito restritivo para a prescrição de opioides, e o medo do vício relacionado ao seu uso prejudica o tratamento da dor, sobretudo dos pacientes com câncer onde tal fármaco é padrão ouro.

A crise relacionada ao uso abusivo de opioides que assola os Estados Unidos, Canadá e Europa começa a trazer preocupações sobre as possibilidades de o Brasil ser atingido pela crise. E a mídia brasileira passa a discutir o assunto. Felizmente ainda nos encontramos em uma situação confortável, embora preocupante. Mas precisamos ver os dois lados da moeda.

Além da codeína, que teve um aumento 5 vezes maior no número de vendas no período 2009 a 2015, o fentanil e a oxicodona também registraram crescimento no número de prescrições, refletindo uma mudança notável no uso desses opioides, que são mais potentes.

Ainda assim, o Brasil apresenta uma prevalência relativamente baixa de uso de opioides no tratamento da dor, mesmo em pacientes com indicação precisa desses fármacos, como é o caso dos pacientes com câncer.

A forma mais adequada de prevenirmos os problemas relacionados ao uso indiscriminado de opioides é a identificação correta do paciente, o diagnóstico correto da dor e o tratamento adequado. O uso do opioide requer avaliação abrangente da dor e as informações obtidas da história e exame físico devem ser utilizadas para um plano de tratamento seguro. O medo do vício se justifica, porém não deve ser motivo para não se prescrever opioides em pacientes com dor e vício, pois a dor pode se tornar um gatilho para a busca do opioide.

O estigma existe e ele pode levar ao medo e ao isolamento social, impedindo os indivíduos de procurarem tratamento e/ou ajuda, contribuindo para a menor qualidade dos cuidados que tais indivíduos recebem.

A proposta é desenvolver uma força de trabalho para prevenir, tratar e recuperar pacientes com transtorno de uso de substâncias (TUS), promovendo conhecimento e competência sobre TUS para profissionais de saúde e pesquisadores, além de buscar maior apoio público às políticas de saúde e aumentar a conscientização.

  

Dra. Silvia Tahamtani - médica especializada em Dor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), tem formação em cuidados paliativos e faz parte do comitê de dor oncológica da Sociedade Brasileira do Estudo da Dor (SBED).

 

Presença dos pais durante o brincar fortalece aprendizados

Foto: Wynitow Butenas/Hospital Pequeno Príncipe
O Pequeno Príncipe reforça a importância do adulto nessas atividades que promovem amadurecimento, afetividade e senso de comunidade

 

A infância é uma fase essencial para o desenvolvimento das crianças. Nessa etapa, elas desenvolvem a coordenação motora, cognição, linguagem, sociabilidade, raciocínio, autoestima, entre outras habilidades, e o grande aliado nesse processo é o brincar. O que os pais e responsáveis muitas vezes não percebem é a importância do papel que devem desempenhar nesse contexto. Por isso, no Dia Mundial do Brincar, celebrado em 28 de maio, o Pequeno Príncipe, maior hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, reforça a relevância dessa participação.

Garantido como um direito previsto no artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ato de brincar vai muito além da diversão. É por meio da brincadeira que a criança se relaciona com o mundo. Nesse sentido, os pais devem dar a mesma atenção ao brincar quanto dão aos demais cuidados da rotina de seus filhos, atuando como estimuladores da construção do desenvolvimento global proporcionado pelas brincadeiras.

O ato de brincar também promove o aumento da confiança, dos laços afetivos, do amadurecimento e do senso de comunidade. “O prazer da brincadeira deveria permear todas as atividades, inclusive para os adultos, que podem potencializar os benefícios do brincar nas crianças”, explica a psicóloga Rita Lous, também gerente do Setor de Voluntariado do Pequeno Príncipe, responsável por promover brincadeiras em suas diferentes formas aos pacientes do Hospital.

Ao participar das brincadeiras, é fundamental que os pais respeitem a maneira com que a criança brinca e a deixem conduzir o momento. Ao incentivar, os responsáveis podem estimular que as atividades sejam feitas sozinhas ou com outras crianças. “Brincar sozinho ou brincar em grupo devem ser complementares, pois cada momento traz benefícios diferentes, como por exemplo a independência, assim como o aprender a respeitar regras e a compartilhar”, ressalta a psicóloga.

A contribuição do adulto também é importante para garantir a segurança durante as brincadeiras. O brincar solitário é relevante para a construção da autoconfiança e da autonomia, mas acompanhadas ou não, as brincadeiras devem ser supervisionadas. “Não há necessidade de intervir ou controlar o ambiente o tempo todo. A ideia é evitar acidentes. E o mesmo cuidado deve se estender na hora de escolher um brinquedo. É preciso ficar atento a fatores como a qualidade, para garantir que as peças não se soltem, e a faixa etária indicada, por exemplo”, explica Rita.

Ela frisa ainda que todos os processos do brincar são importantes, desde o momento de separar os materiais, confeccionar brinquedos e, até mesmo, guardar ou limpar tudo depois. Isso faz com que a criança esteja desenvolvendo habilidades de organização, responsabilidade e comprometimento, ao mesmo tempo em que brinca.

“As crianças e os adolescentes possuem habilidades criativas muito aguçadas, por isso qualquer objeto pode virar um brinquedo. E assim também é importante proporcionar atividades que estimulem a criatividade, a socialização e o senso crítico, por exemplo. Enfim, ao incentivar as brincadeiras, os pais contribuem com todo o desenvolvimento global do seu filho ou filha”, finaliza Rita.

 

Dia Mundial Sem Tabaco: oncologistas alertam sobre riscos de liberação do cigarro eletrônico

Dispositivos eletrônicos têm atraído principalmente adolescentes e traz diversas consequências à saúde. Fumo é o principal responsável pelo surgimento de tumor pulmonar, tipo que mais mata em todo o mundo

 

Em meio às discussões sobre a liberação do cigarro eletrônico, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está recebendo, desde 11 de abril, dados sobre a segurança do uso dos dispositivos. Até o momento, os chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEF) são proibidos no Brasil. 

No entanto, na segunda-feira, 9 de maio, cerca de 46 entidades médicas pediram para que a Anvisa se atente para os riscos do cigarro eletrônico. Eles defendem que a proibição dos produtos seja mantida. Através de um documento debatido em evento online, é pontuado que: "Os cigarros eletrônicos não podem reverter décadas de esforços da política de controle do tabaco no Brasil". 

Desde 2009, os cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil pela Resolução de Diretoria Colegiada nº 46 da Anvisa. Contudo, em 2019 o órgão iniciou um processo regulatório que pode levar a uma aprovação dos dispositivos ou continuar mantendo a sua proibição no país.
 

Desafios 

Atualmente, cerca de 10% da população brasileira acima de 18 anos é tabagista, segundo o Instituto Nacional de Câncer (IBGE). O número representa um avanço em relação há 20 anos, quando esse percentual era o dobro, mas o vício ainda atinge mais de 20 milhões de brasileiros. E conforme as políticas públicas de prevenção avançam, novos desafios também se apresentam. O cigarro eletrônico é um dos principais deles. 

Segundo o Ibope Inteligência, o número de pessoas que usam cigarro eletrônico no Brasil, em apenas um ano, dobrou, saltando de 0,3% da população para 0,6%. São cerca de 600 mil usuários brasileiros da tecnologia que, dizem os especialistas, é capaz de causar tanto dano físico e psicológico quanto o cigarro tradicional. 

“Como não há regulação em relação ao cigarro eletrônico no país, não sabemos o que as pessoas estão aspirando. Outro importante ponto é que esse tipo de vício tem atraído principalmente os adolescentes, pelo formato, pela novidade e pela falta de informação também sobre o impacto nocivo deles. Os produtores investem em um design moderno, com cara de aparelho eletrônico, para atrair essa geração que, até então, já tinha quase que abandonado o cigarro”, explica Clarissa Mathias, oncologista do Grupo Oncoclínicas. 

Nas redes sociais, os e-cigs, vapes, ou pods, outras denominações para o cigarro eletrônico, têm sido cada vez mais difundidos. Diversos jovens estão compartilhando suas experiências de uso, ou ainda mostrando formas caseiras de montar o próprio produto. De maneira clandestina, é até mesmo possível encontrar os dispositivos em tabacarias e bancas de jornal.
 

Consequências 

As consequências da pandemia da Covid-19 também estão no radar dos especialistas quando o assunto é combate ao fumo. Ansiedade, solidão provocada pelo isolamento social e o medo da doença levaram ao crescimento no consumo de cigarros, diante dos sentimentos de incerteza gerados pela crise mundial na saúde. Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os tabagistas aumentaram o número de cigarros consumidos diariamente em até 40%. E isso também pode estar acontecendo com os consumidores de cigarro eletrônico, acreditam especialistas. 

“Não temos como saber quais serão as consequências do consumo desse tipo de cigarro a médio e longo prazos. Teremos que esperar talvez 20 anos para medir isso, o que pode ter consequências para toda uma geração, já muito afetada por um evento de grande proporção, que foi a pandemia, que deixou muita gente mais ansiosa e mais angustiada e que pode buscar esse hábito como válvula de escape”, ressalta Clarissa. 

O dispositivo vaporiza um líquido que contém uma grande quantidade de nicotina e, embora não existam ainda estudos definitivos que indiquem o impacto no desenvolvimento de cânceres, os dispositivos eletrônicos possuem sim elementos que podem ser altamente prejudiciais, mesmo não contendo tabaco em sua composição. O crescimento desse consumo pode representar um retrocesso para o Brasil, que é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um exemplo no combate ao tabagismo. 

“A nicotina pode ser consumida com combustão e produção de fumaça - caso de cigarros, charuto, narguilé - ou sem combustão e produção de fumaça, como acontece em situações de uso de rapé e cigarros eletrônicos sem tabaco ou com tabaco modificado para ser aquecido. Por isso devemos estar atentos ao estímulo da conscientização dos riscos de todo e qualquer tipo de fumo”, comenta o oncologista Carlos Gil Ferreira, líder de tumores torácicos do Grupo Oncoclínicas e Presidente do Instituto Oncoclínicas.
 

Tabagismo ainda é a principal causa de câncer 

O tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão em todo o mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: em 2017, conforme dados do INCA, 73.500 pessoas foram diagnosticadas com algum tipo de câncer provocado pelo tabagismo no país e 428 pessoas morrem diariamente no país por conta dele. A entidade aponta ainda que mais de 156 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse evitado. 

Em 79% dos casos de câncer de pulmão, por exemplo, os pacientes eram fumantes, ou ex-fumantes. Apenas 21% nunca tiveram contato com o tabaco. “Todo ano, cerca de dois milhões de pessoas são diagnosticadas com câncer de pulmão ao redor do globo. E quem fuma tem de 20 a 30 vezes mais chances de desenvolver esse tipo de tumor. Isso porque as substâncias químicas presentes no cigarro danificam e provocam mutações no DNA das células pulmonares, fazendo com que deixem de ser saudáveis e se transformem ​​em células malignas, diz Carlos Gil Ferreira. 

O hábito de fumar também contribui para o aumento no risco de ocorrência de ao menos outros 12 tipos de câncer: bexiga, pâncreas, fígado, do colo do útero, esôfago, rim e ureter, laringe (cordas vocais), na cavidade oral (boca), faringe (pescoço), estômago e cólon, leucemia mielóide aguda. Adicionalmente, o tabagismo é um dos hábitos relacionados a formas mais graves de infecção pelo novo coronavírus.
 

Novos hábitos 

“Parar de fumar não é um ato isolado na vida. A sensação de perda é muito grande, e o fumante deve encarar a cessação como uma oportunidade de fazer um balanço e modificar seus hábitos e estilo de vida. Para vencer a dependência psíquica, a dependência física e os condicionamentos é preciso ter muita força de vontade e contar com o apoio de profissionais de saúde, amigos e familiares. A partir desta mobilização, temos o objetivo de incentivar esse movimento em prol da saúde e da vida”, finaliza Clarissa Mathias.

 

 Grupo Oncoclínicas 

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sexta-feira, 27 de maio de 2022

28 de maio: data chama atenção para os cuidados com a saúde da mulher e a redução da mortalidade materna

Médicos do primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho fazem alerta para a importância da conscientização e principais fatores que podem reduzir os casos de óbito no parto


Amanhã, dia 28 de maio, celebram-se duas datas que estão relacionadas ao cuidado da mulher: o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Apesar de possuírem propostas um pouco diferentes, as duas celebrações estão, de certa forma, interligadas, com objetivos semelhantes, como trazer um alerta e promover a conscientização em torno da saúde do sexo feminino. 

Segundo Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, em sua área de atuação, a luta pela saúde da mulher começa pela decisão de evitar gravidez em idades avançadas, pois mulheres que engravidam depois do 40 anos podem apresentar riscos na gestação. 

Nesse sentido, os cuidados com a saúde feminina interferem diretamente na redução da mortalidade materna. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 830 mulheres morrem todos os dias no mundo por conta de complicações na gravidez e no parto. Diante desse cenário, é importante destacar que para tentar evitar situações como essa, os cuidados devem começar durante a realização do pré-natal. 

Condino-Neto, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho, explica que ao longo da gravidez é preciso ter cautela para garantir a saúde da mãe e do bebê. “Um pré-natal mal conduzido pode levar ao desenvolvimento de doenças gestacionais, como a pré-eclâmpsia, o diabetes, a hipertensão e também ao surgimento de problemas respiratórios”, afirma o médico. 

Durante o pré-natal é realizado um monitoramento da saúde da mulher, com o intuito de evitar que apareçam doenças e complicações que possam atrapalhar futuramente. De acordo com Edgar Borges de Oliveira Junior, também sócio-fundador da Immunogenic, quando uma alteração é detectada pelos exames, geralmente os médicos tendem a recomendar medicações para impedir a evolução do quadro e assim promover a prevenção. 

Além disso, o pré-natal é responsável por monitorar fatores que impactam diretamente na saúde do bebê e sua infância. Por essa razão, se os eventuais problemas na gestação das mulheres não são tratados corretamente, podem afetar gravemente o bebê. “São várias consequências, como o parto prematuro, sequelas e até o óbito fetal. Também aumentam as chances do surgimento de doenças genéticas e aparecimento da síndrome down”, explica Oliveira. 

Entre os cuidados que devem ser adotados para evitar eventuais problemas na gravidez e no parto e, desta forma, assegurar a saúde da mulher, do bebê, bem como reduzir as chances de mortalidade materna, os médicos destacam como essenciais:

- Planejamento da gravidez e acompanhamento precoce, procurando estabelecer todos cuidados à saúde materna, no sentido de evitar complicações durante a gravidez;

- Monitoramento da gravidez e instituição precoce de medidas preventivas e terapêuticas, que visem prevenir ou corrigir patologias gravídicas específicas. Para tal, um pré-natal personalizado é fundamental.

 

Immunogenic 

Mais informações no site.

 

Pulmão de mais de seis metros de altura alerta passageiros de Viracopos sobre os malefícios do tabagismo

Inflável será instalado pelo Grupo SOnHe, em 31 de maio, o Dia Mundial Sem Tabaco; uso do cigarro eletrônico e do narguilé disparou entre jovens durante a pandemia

 

Pelo segundo ano consecutivo, passageiros e visitantes do Aeroporto Internacional de Viracopos irão se deparar com um protótipo gigante de pulmão de mais de seis metros de altura no Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio. O inflável faz parte da campanha permanente do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia, Educar, Respirar e Viver e estará das 8 às 14 horas aberto para visitação. A população poderá ver de perto os malefícios causados pelo tabagismo e receber orientações sobre as consequências do hábito de fumar e os danos causados à saúde de quem fuma ou convive com tabagistas. “O cigarro é a maior causa evitável de morte no mundo todo. Hoje o tabaco está disfarçado e uma de suas faces é o cigarro eletrônico. O recente relatório Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), trouxe novos dados sobre o impacto da pandemia de Covid-19 na saúde da população brasileira e fez um levantamento inédito sobre uso de cigarros eletrônicos no país. Pelo menos 1 a cada 5 jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil. É muito alarmante!”,afirma o oncologista, Vinícius Corrêa da Conceição, sócio do Grupo SOnHe –Oncologia e Hematologia, responsável pela ação.A pesquisa é resultado de entrevistas feitas com 9.000 pessoas por telefone em todas as regiões do Brasil.

Segundo o oncologista, o estudo com os jovens mostrou outro dado inédito, o do uso de narguilé.  “A taxa de experimentação de narguilé entre os jovens de 18 a 24 anos é de 17%. Ou seja, nossos jovens estão usando muito tabaco disfarçado”, aponta.

Mais de 10 milhões de pessoas passaram por Viracopos em 2021, um dos aeroportos mais movimentados do país. “Por isso, a escolha do local. Nosso pulmão estará ao ar livre, de forma segura em que o visitante terá acesso às informações por meio de QR Code. Nosso objetivo é alertar o maior número de pessoas neste Dia Mundial Sem Tabaco”, afirma o oncologista.

O médico alerta para os danos causados à saúde pelo tabagismo e a exposição passiva ao cigarro, que são responsáveis por cerca de 428 mortes por dia no Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). “O tabaco também é o responsável por mais de 15 espécies de câncer, dentre eles pulmão, boca, rim, bexiga e, ainda problemas cardíacos e doenças crônicas. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão. Sendo 85% dos casos diagnosticados, está associado ao consumo de derivados de tabaco. Isso poderia ser evitável com o fim do tabagismo”, finaliza Dr. Vinícius.

 


Vinícius Corrêa da Conceição - médico oncologista graduado pela Unicamp, com residência médica em Clínica Médica e Oncologia pela Unicamp. Tem título de especialista em Cancerologia e Oncologia Clínica pela Sociedade Brasileira de Oncologia. Foi visitingfellow no Serviço de Oncologia do Instituto Português de Oncologia (IPO), no Porto. Membro titular da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO), da InternationalAssociation for theStudyofLungCancer (IASLC), do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM), da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC) e da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), Vinícius é sócio do Grupo SOnHe e atua na Oncologia do Instituto do Radium, do Hospital Madre Theodora, do Hospital Santa Tereza e atua e é responsável técnico da Oncologia da  Santa Casa de Valinhos.

 

 Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia

www.sonhe.med.br 

@gruposonhe.

 

 

Serviço:

 

Educar, Respirar e Viver “Dia Mundial Sem Tabaco”

Horário: das 8 às 14h

Endereço: Rodovia Santos Dumont, km 66 - Parque Viracopos, Campinas – SP


Unidades de Saúde abrem as portas neste sábado para atendimento multidisciplinar de diabetes

 Unidades como Nossa Senhora do Brasil, República, Sé, Cambuci e tantas outras vão oferecer atendimento dedicado para diagnóstico e controle da doença

 

A Associação Filantrópica Nova Esperança (AFNE), organização social responsável pelo gerenciamento e execução de serviços de saúde em unidades da região central de São Paulo, a partir de contrato firmado com a Prefeitura do Município de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realiza a ação de promoção à saúde de pessoas com diabetes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) sob sua gestão no próximo dia 28/05 (sábado) das 8h às 17h.

A iniciativa faz parte do programa educativo “Viva a vida com diabetes” e oferecerá o monitoramento glicêmico, atendimento médico, de enfermagem, farmacêutico e nutricional, além de busca ativa de pessoas com diabetes sem diagnóstico. 

Entre as UBS com atendimento à população estão a UBS Nossa Senhora do Brasil, UBS República, UBS Bom Retiro, UBS Boracea, UBS Sé, UBS Humaitá, UBS Cambuci e, também, a UBS Santa Cecília. 

O programa é uma iniciativa da Secretaria Municipal da Saúde com o objetivo de conscientizar os pacientes com diabetes sobre o que é a doença e quais as consequências para quem não realiza o controle adequado dos níveis glicêmicos. 

“Nossas portas estão abertas para receber os cidadãos para oferecer todo suporte no diagnóstico e tratamento da diabetes. A população poderá aproveitar todos os recursos disponíveis em nossas unidades de saúde na rede municipal para o melhor controle da doença”, explica João Paulo Tavares Ferreira, gerente médico da AFNE. 

Saiba mais sobre a Associação Filantrópica Nova Esperança (AFNE) – entidade filantrópica fundada em 2003, detentora de título de utilidade pública e CEBAS, com foco em promover e desenvolver gestão de saúde. Em São Paulo, a AFNE é responsável pelo gerenciamento e execução de serviços de saúde em unidades da Supervisão Técnica da Santa Cecília e na Sé, além do Hospital Municipal Santa Dulce dos Pobres, na Bela Vista, a partir de contrato firmado com a Prefeitura do Município de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. Acesse www.afne.org.br


Campanha “Raros Heróis” traz relatos de pacientes com MPS, doença genética rara

 

Como parte da campanha “Persiga os Sinais”, uma iniciativa das farmacêuticas BioMarin, Sanofi e Ultragenyx, os “Raros Heróis” é o nome dado a uma nova proposta que visa empoderar e contar a história de pacientes com mucopolissacaridose (MPS), um grupo de doenças genéticas raras que envolvem a falta ou quantidades insuficientes de determinadas enzimas essenciais para o bom funcionamento do organismo, afetando cerca de 1 a cada 22.500 bebês nascidos vivos. A estreia acontecerá no dia 26 de maio, no mês em que é celebrado o Dia Internacional de Conscientização sobre as Mucopolissacaridoses (MPS), o primeiro episódio poderá ser acessado pelo YouTube neste link.

A programação conta com o relato de Camila Rosalino, de 29 anos, estudante de psicologia e diagnosticada ainda na infância com MPS IV tipo A. Aos 3 anos de idade ela já apresentava alguns sinais, como atraso no crescimento e deformidades ósseas, o que fez com que uma professora notasse e avisasse os seus pais, que logo procuraram assistência médica. Um dos grandes desafios contados por ela foi a dificuldade de encontrar profissionais que tivessem conhecimento da doença, fator esse que pode impedir tanto o diagnóstico precoce de novos casos quanto o tratamento dos pacientes já confirmados.

“Um sonho que tenho é que todos os médicos saibam diagnosticar doenças raras, especialmente a MPS. Inclusive, essa falta de conhecimento dentro da comunidade médica foi um dos motivos que escolhi cursar psicologia para poder dar um suporte a esses raros e suas famílias no momento do diagnóstico. Precisamos dar visibilidade para essas causas para que os pacientes possam ter mais qualidade de vida”, considera a estudante.

Não existe cura para a MPS, porém alguns tratamentos podem ser feitos a partir de terapias medicamentosas. Entretanto, há ainda a necessidade do cuidado integrado desse paciente, que conta com uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeuta, pneumologista, otorrino, neurologista, cardiologista, ortopedista, geneticista, oftalmologista, psicólogo, assistente social e equipe de enfermagem.

Conscientizar a sociedade sobre esse tema é uma forma de mudar o atual cenário de diagnósticos tardios. Com isso, temos à disposição para entrevista a Camila Rosalino, que pode contribuir com mais informações sobre a MPS.

 

Principais sintomas das Mucopolissararidoses 

Existem pelo menos sete tipos de MPS reconhecidas pela medicina, sendo que cada uma envolve diferentes enzimas e, consequentemente, diferentes sintomas e níveis de agravamento2. Os primeiros sintomas das mucopolissacaridoses aparecem antes da criança completar um ano de idade e podem se agravar de forma lenta, mas progressiva. 

Entre os tipos de MPS estão: MPS I (Síndrome de Hurler, Hurler-Scheie e Scheie), MPS II (Síndrome de Hunter), MPS III A-D (Síndrome de Sanfilippo), MPS IV A, B (Síndrome de Morquio), MPS VI (Síndrome de Maroteaux-Lamy), MPS VII (Síndrome de Sly) e MPS IX1,2. 

Entre os principais sinais desse grupo de doenças estão as infecções recorrentes das vias aéreas que também acometem os ouvidos. Com o passar do tempo, outras manifestações passam a ser mais nítidas, levando à rigidez das articulações, dificuldade para respirar com a presença de roncos, comprometimento no ganho de estatura, mudança nas feições, alterações cardiológicas, aumento do volume abdominal e problemas para caminhar1,2. 

Em alguns tipos de MPS, também podem ocorrer comprometimentos neurológicos que levam a um atraso no desenvolvimento da criança, além de surdez e da opacidade das córneas. Em outros casos, as más formações ósseas são mais frequentes1,2.

 

 Sobre a campanha 

A ação #PersigaosSinais faz parte de um esforço global para o Dia Internacional da Conscientização sobre as Mucopolissacaridoses, lembrado no dia 15 de maio, e é uma parceria entre as farmacêuticas BioMarin, Sanofi e Ultragenyx. 

A campanha é uma forma de unir pacientes, famílias, médicos, enfermeiros, profissionais de saúde, associações de pacientes e laboratórios relacionados com o distúrbio em uma única campanha para poder ajudar a aumentar o conhecimento sobre as MPS e assim acelerar o processo de diagnóstico para que, rara, seja apenas a doença, mas não o conhecimento sobre ela. 

Para saber mais sobre a campanha, acesse o site ou o Instagram @mpsday, compartilhe os sinais e use a tag #PersigaOsSinais. 

Para mais informações acesse @MPSDAY (instagram e facebook) ou o site.

   

BioMarin - líder mundial no desenvolvimento e comercialização de terapias de primeira classe ou melhores terapias da categoria para doenças genéticas raras. Sanofi

 

Ultragenyx - empresa biofarmacêutica comprometida em trazer aos pacientes novos produtos para o tratamento de doenças genéticas raras e ultra-raras graves. Para mais informações sobre o Ultragenyx, visite o site da empresa.

 


Referências: 

1. National Center of Advancing, Translational Sciences. Disponível em: rare diseases. Acesso em abril de 2020

2. National MPS Society. Disponível em: MPS Society. Acesso em abril de 2020.

3. Suarez-Guerrero et al.. Rev Chil Pediatr. 2016;87(4):295-304.

4. Parini et al. Int J Mol Sci. 2020; 21(8): 2975.


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