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sexta-feira, 20 de maio de 2022

Entenda mais sobre o freezing, distúrbio do movimento que afeta as pessoas com Doença de Parkinson

Farmacêutica Zambon alerta sobre os sintomas da patologia que atinge principalmente os idosos; adequações no tratamento, com terapia combinatória de safinamida, e atendimento multiprofissional, podem elevar a qualidade de vida do paciente


Embora os tremores sejam a característica mais marcante da Doença de Parkinson, eles não são os primeiros sintomas a aparecer. Lentidão dos movimentos, rigidez muscular, perda do equilíbrio, alterações na fala e na escrita são características importantes da doença neurológica que provoca a degeneração das células de uma região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. Quando há falta ou diminuição no fornecimento de dopamina, o controle dos movimentos musculares1,2 é prejudicado. 

“Embora os tremores sejam característicos da Doença de Parkinson, 20% dos pacientes podem não apresentar esse sintoma3. É muito frequente ouvirmos o relato de pessoas que ficaram meses passando de reumatologista em reumatologista, de ortopedista em ortopedista, porque estavam como uma rigidez no braço ou uma lentidão no movimento”, relata a presidente da Associação Brasil Parkinson, Erica Tardelli, referindo-se à bradicinesia. “Quando não há o tremor, somente a lentidão e a rigidez, demora-se muito para fazer o diagnóstico e isso retarda o início do tratamento”, lamenta. 

Erica explica que até iniciarem a reposição da dopamina, todos os pacientes são lentos. “A lentidão pode ser uma dificuldade para se vestir, escrever, digitar ou realizar um movimento que exige a coordenação motora fina, como o uso do fio dental”, exemplifica. Outro problema que assombra as pessoas com Parkinson e aparece com a evolução da doença é o congelamento da marcha, conhecido como freezing. 

“O paciente para de andar subitamente quando está em um ambiente de estresse, de ansiedade. Ele precisa passar num corredor estreito ou sair de um elevador onde há um monte de gente atrás dele querendo sair rápido e isso gera um bloqueio. Os pés grudam no chão e não adianta puxar, porque ele não vai sair do lugar e ainda pode cair”, explica Erica Tardelli. “Existem comandos para ajudá-lo a acessar a informação necessária para dar o primeiro passo”, acrescenta.
 

Medicamentos

O tratamento com medicamentos é fundamental para evitar a degradação da dopamina, além da deterioração das funções cerebrais e o controle dos sintomas do Parkinson. Eles não curam a doença, mas melhoram a qualidade do tempo ao lado dos amigos e familiares. 

Consenso publicado recentemente por 10 especialistas em distúrbios do movimento4, de diferentes áreas, reforçam os benefícios do mesilato de safinamida na redução dos sintomas e flutuações motoras, promoção da qualidade de vida e segurança no tratamento da Doença de Parkinson. Entre os sintomas não-motores, são apontados como ganhos da nova terapia a diminuição da dor, a melhoria da qualidade do sono e do humor dos pacientes.

O mesilato de safinamida é um inibidor de MaoB (monoamina oxidase) com duplo mecanismo de ação: dopaminérgico e não dopaminérgico5 e deve ser utilizada em combinação com a levodopa (dopamina) e não como monoterapia. “Estudos de vida real vêm demonstrando a segurança e tolerabilidade do mesilato de safinamida, inclusive em populações acima de 75 anos com comorbidades, bem como em pacientes tomando antidepressivos, o que sempre foi uma preocupação para os neurologistas associar a classe de inibidores da MAOB com antidepressivos 6,7”, destaca a coordenadora de Assuntos Médicos da Zambon, Mônica Bognar.


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Raiva humana: médico tira dúvidas sobre doença

A raiva é uma doença viral, transmitida ao homem pela inoculação do vírus rábico, contido na saliva do animal infectado, principalmente através da mordedura. O médico Tasso Carvalho explicou como a doença age no corpo, seus sintomas e formas de transmissão.

“A doença caracteriza-se como uma encefalite progressiva aguda e letal, apresenta dois grupos básicos de transmissão: o urbano e o rural. O urbano ocorre principalmente entre cães e gatos e é de grande importância nos países do terceiro mundo, e o rural, que ocorre principalmente entre morcegos, macacos e raposas”, disse.

De acordo com o profissional de saúde, os principais sintomas são: “mal-estar geral, febre, perda do apetite, dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, irritabilidade. Em fase mais avançada pode causar delírios, espasmos musculares involuntários e convulsões.”

Conforme o médico, todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la. Já existem casos documentados de transmissão inter-humana.

Por fim, Tasso afirmou que a doença pode ser fatal. “A progressão da doença pode ser fatal por conta do caráter progressivo do acometimento neurológico, inicialmente periférico e evoluindo para o sistema nervoso central. Nessa fase, causa uma difusa inflamação do parênquima cerebral chamada encefalite – fase fatal em 100% dos casos”.



Dr. Tasso Carvalho - Mestre em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-graduação Strictus Sensus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e é médico pela pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Tasso também é nutrólogo pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran e AMB). Foi Coordenador do Curso de Medicina na Universidade Estadual Sudoeste da Bahia (UESB) durante dois anos. O médico criou a Integrative Academy, uma plataforma onde já ministrou 12 cursos que falam desde terapias de equilíbrio hormonal, de homeostase hormonal, base da fisiologia à terapêutica.
Registros: CRM 18983 e RQE 12749


63% das brasileiras acham que a saúde pública não está preparada para lidar com mulheres que sofrem aborto, diz estudo

Principalmente as mulheres dos 30 aos 34 anos, com 69% das participantes. 


Cerca de 23 milhões de gestações em todo o mundo terminam em aborto espontâneo a cada ano; conforme demonstram estimativas publicadas na revista médica The Lancet em 26 de abril de 2021. No entanto, nem sempre as mulheres recebem o apoio e o cuidado adequados após tão grande perda. Especialmente quando passam pelo procedimento de curetagem, que não é fácil, e é muito doloroso. Muitas vezes, após passar por ele, as pacientes são simplesmente instruídas a “apenas tentar novamente”.

E por isso, conforme constatou o Trocando Fraldas em seu mais recente estudo, 63% das brasileiras acreditam que a saúde pública não está preparada para lidar com mulheres que sofrem perda gestacional, e precisam fazer curetagem. Principalmente as mulheres dos 30 aos 34 anos, com 69% das participantes, seguido das mulheres dos 35 aos 44 anos, com 68% das respondentes.

Os dados por estados demonstram que no Espírito Santo, 77% das participantes concordam com a falta de preparo da saúde pública. No Rio de Janeiro, 72% acreditam nesta afirmação. E em São Paulo, 67% das participantes concordam que o SUS não está preparado para lidar com mulheres que sofrem aborto e passam pela curetagem.

Um dos motivos da falta de preparo da saúde pública deve-se ao fato de que em alguns hospitais, o procedimento da curetagem é feito em conjunto com o setor da maternidade. Isso pode aumentar ainda mais a tristeza da mulher em relação à sua perda. E 45% das participantes acreditam que este não é o melhor acolhimento para quem passa por uma situação de perda gestacional. Principalmente as mulheres dos 18 aos 24 anos, com 47% das entrevistadas. 

No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, 49% das participantes concordam que este não é o melhor tipo de acolhimento. No Paraná e no Rio Grande do Sul, 47% e 46%, respectivamente, concordam com esta afirmação. Já em São Paulo e Santa Catarina, o percentual de mulheres que concordam que este não é o melhor acolhimento é de 43%.


Chegada do outono/inverno traz aumento no número de casos de sinusite

 Doença é uma inflamação na mucosa dos seios da face e atinge uma em cada cinco pessoas

 

A sinusite é uma inflamação na mucosa dos seios da face, região do crânio formada por cavidades ósseas ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos, que afeta uma em cada cinco pessoas no mundo e pode ser desencadeada por diversos fatores como poluição do ar, alergias e gripe. Por conta desses últimos fatores, as estações de outono e inverno costumam trazer consigo um aumento no número de casos da doença. 

“O outono/inverno é um período do ano que apresenta aumento na incidência de quadros infecciosos virais (gripes e resfriados). Isso, por consequência, pode levar a aumento na incidência de sinusite aguda que é uma complicação bacteriana destas infecções virais”, afirma o Dr. Ali Mahmoud, otorrinolaringologista do Hospital Santa Catarina - Paulista. 

“Os sintomas clássicos de sinusite aguda são: obstrução nasal, secreção nasal amarela ou esverdeada, muco descendo do nariz para a garganta, tosse, dor em face ou região frontal e eventualmente febre. Lembrando que somente a dor de cabeça e dor em face isolados não representam sinusite”, explica o médico.  

A sinusite aguda também pode acarretar no desenvolvimento de complicações oculares, ósseas e neurológicas, sendo muitas delas graves e com necessidade de tratamento cirúrgico. “Os sintomas que podem apresentar maior gravidade são: febre alta, dor de forte intensidade, edema em volta dos olhos, baixa de acuidade visual ou eventual perda de visão e sintomas neurológicos, além de vermelhidão em face ou em volta dos olhos. Outro sinal de complicação pode ser edema com massa localizados na região frontal”, afirma o otorrinolaringologista do Hospital Santa Catarina -- Paulista. 

Toda a população está sujeita a desenvolver a doença. Casos recorrentes precisam ser analisados por um profissional, que analisará fatores anatômicos e funcionais para coibir o desenvolvimento. No caso de tratamento, o tradicional é a lavagem nasal com soro fisiológico. “Nos casos de complicações graves ou quadros que não melhoraram com o tratamento inicial, pode ser necessária a realização de exames complementares, como a tomografia computadorizada de seios paranasais. E em caso de complicação estabelecida, o tratamento cirúrgico pode ser necessário”, conclui Dr. Mahmoud.

 

Confira cinco passos para evitar o desenvolvimento de sinusite 

· Previna-se para que quadros respiratórios não evoluam para uma sinusite. Isso pode ser feito a partir da lavagem nasal com soro fisiológico;

· Evite o ar-condicionado. Ele pode ressecar as mucosas e disseminar agentes infecciosos;

· Beba muita água quando estiver com quadros gripais;

· Evite ficar muito tempo em locais fechados e sem ventilação;

          · Procure ajuda médica em casos de febre e dores intensas

 

Por que temos mau hálito após ingerir álcool?

Com a chegada da vacina, muitas pessoas estão ansiosas para começar a folia


O álcool pode ser uma bebida muito perigosa se ingerida em excesso. Não só socialmente, com problemas no trânsito, por exemplo, em decorrência de desmaios e tonturas, as bebidas alcoólicas podem ser um perigo para a saúde. Muito comum saber dos problemas no fígado que o ácool pode gerar, esse tipo de bebida também pode gerar problemas na saúde bucal.

“Muitas pessoas, na hora de consumir bebidas alcoólicas, acabam esquecendo de que a higiene bucal é muito importante para a saúde e qualidade de vida. Para evitar sofrer de mau hálito, por exemplo, é muito importante tomar alguns cuidados”, explica Dra. Cláudia Gobor, dentista especializada no tratamento das alterações de hálito. Algumas bebidas, ingeridas em excesso, por terem grande quantidade de açúcar, podem gerar problemas e alterações no hálito e problemas na saúde bucal, como sensibilidade, dor e até cárie.

Na questão do hálito, a Presidente da Associação Brasileira de Halitose, explica que “O álcool tem efeito diurético, o que diminui o fluxo salivar, deixando a boca mais seca e causando o mau hálito”. Para beber e festejar sem ter consequências na sua saúde bucal, é importante tomar alguns cuidados, como:

Escovar os dentes no mínimo 3 vezes ao dia e passar o fio dental com eficácia não é dever somente para os dias úteis. Mantenha os seus dentes limpos e evite problemas bucais;
Beber água também pode ser uma boa dica, já que além da digestão, ela evita a proliferação de bactérias da boca.

Para comemorar com segurança, cuidar do hálito e da sua saúde é muito importante. "Cuidar da saúde bucal pode ser por vezes um hábito ignorado pela maioria das pesosas. Cuidar da pele e da saúde de outros órgãos é muito importante também, mas manter a higiene e tomar alguns cuidados com a higiene bucal pode ser essencial para uma boa qualidade de vida”, alerta a especialista.

 

Dra. Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose
Ex-Presidente da Associação Brasileira de Halitose e Atual Conselheira Consultiva
website: https://www.bomhalitocuritiba.com.br/
Instagram: @bomhalitocuritiba
Facebook: @bomhalitocuritiba

Casos de Doenças Inflamatórias Intestinais crescem no Brasil. Conheça as causas, sintomas e os tratamentos.

A enfermidade está relacionada com o histórico familiar e afeta o dia a dia do paciente

 

O Maio Roxo foi criado para alertar a opinião pública para o aumento da prevalência das Doenças inflamatórias intestinais (DII), males que atingem cinco milhões de pessoas no mundo e que vem crescendo no Brasil.  

“As doenças inflamatórias intestinais autoimunes que inflamam e adoecem o tubo digestivo. São 2 tipos principais: Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa. A Doença de Crohn inflama todas as camadas intestinais e pode comprometer uma extensão da boca até o ânus do paciente. Retocolite Ulcerativa acomete somente o intestino grosso e o reto, com inflamação somente da camada mais superficial do intestino”, explica Fernando Bray, coloproctologista e cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Santa Catarina -- Paulista.  

No Brasil, a prevalência das DII atinge de 12 a 55 em cada 100 mil habitantes. A maior concentração de brasileiros que sofrem com as doenças fica nas regiões sul e sudeste e a maioria são mulheres. Os números são menores do que em países como EUA e Canadá, onde a prevalência pode chegar próxima a 120/130 para cada 100 mil moradores.  

“As causas são multifatoriais: dieta, microbiota intestinal (microorganismos que vivem no intestino), estresse, uso de antibióticos e anti-inflamatórios. Podemos identificá-las via exames de imagens, endoscópicos e biomarcadores fecais”, diz Bray  

Os principais sintomas das DII são sangramento e muco nas fezes, dor abdominal, diarreia, emagrecimento sem causa aparente, fraqueza, gases, falta de apetite, febre, náuseas e vômitos. No Brasil, de acordo com estudo produzido em 2020, o brasileiro demora em média 62 meses, ou mais de cinco anos, para ser diagnosticado com algum dos males, fazendo com que muitas pessoas não saibam como se tratar e percam dias de trabalho ou escola.  

“Os fatores de risco das Doenças Inflamatórias Intestinais não são conhecidos. Embora existam algumas causas que podem aumentar as chances como a parte genética, reação anormal ao sistema imunológico, fatores ambientais como vírus, bactérias, dietas, tabagismo entre outras. Ela é mais comum em caucasianos e é mais comum surgir entre os 10 e 40 anos de idade”, explica Rafael Sanchez Neto, coloproctologista e cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Santa Catarina-Paulista.  

Há duas formas de tratamento: o medicamentoso e o cirúrgico. No medicamentoso são utilizadas drogas anti-inflamatórias intestinais, que minimizam a irritação do intestino. Também podem ser utilizados antibióticos, que traçam abscessos e infecções secundárias, corticosteroides, que desinflamam e modulam o sistema imunológico. Há também a possibilidade da utilização de remédios biológicos, que assim como os corticosteróides, também modulam o sistema imunológico.  

“O tratamento cirúrgico depende com relação ao Crohn e a Retocolite Ulcerativa. Tanto um quanto o outro é indicada a cirurgia, quando a terapia clínica não surte resultados. A partir disso, na doença de Crohn, é necessário tirar a parte do intestino doente e fazer uma anastomose (ligar duas partes do intestino). Após a cirurgia, o intestino funciona normalmente, apenas com mais evacuações. Entre seis a dez pessoas que fazem a cirurgia podem ter a recorrência da doença”, afirma Sanchez Neto.  

Em relação a Retocolite Ulcerativa, um em cada três pacientes com mais de 30 anos terão que fazer uma cirurgia. Pelo fato da doença afetar mais o intestino grosso ou cólon, a cirurgia será uma colectomia (ressecção cirúrgica de uma parte ou da totalidade do intestino grosso) parcial ou total. Nos casos que afetam o intestino fino ou ânus, é preciso fazer uma ação localizada.

 

Cinco passos para evitar as DII

  • Caso já tenha sofrido com alguma das DII, evite alimentos que estão associados ao aparecimento delas;
  • Faça exercícios físicos;
  • Não fume;
  • Adote uma dieta com baixo teor de gordura e com muitas fibras;

·         Evite alimentos picantes e vegetais que aumentam a produção de gases


Maio Verde: Mês de Conscientização da Doença Celíaca

Pacientes com doença celíaca podem apresentar alterações neurológicas
 

A doença celíaca é uma condição autoimune e genética desencadeada pela ingestão de glúten (proteína presente em grãos como trigo, aveia, centeio e cevada). Ela agride as células de defesa do organismo do paciente, causando um processo inflamatório que afeta principalmente o intestino delgado, levando à atrofia das vilosidades no órgão e diminuindo a capacidade de absorção dos nutrientes. A forma clássica da doença, mais conhecida inclusive entre os próprios celíacos diagnosticados, conta principalmente com sintomas intestinais, como: diarreia, perda de peso, excesso de gases e distensão abdominal. Muitas vezes, quando os sintomas não são óbvios, existem dificuldades para a identificação por meio de outras manifestações, como as alterações neurológicas. 

Apesar de não ser uma doença rara, essa é uma condição ainda incompreendida, principalmente no Brasil: estima-se que 1% da população mundial tem a doença celíaca. Porém, no país, ainda não existe uma estatística oficial que defina o número de celíacos, segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), principalmente devido à dificuldade que muitos pacientes encontram para obter o diagnóstico adequado. Não há cura e, até o momento, o único tratamento possível é a retirada total de alimentos que contenham glúten.

 

A doença celíaca e as alterações neurológicas

Na forma não clássica da doença celíaca, os sintomas podem não ser tão claros ou evidentes para o paciente e para o médico, o que dificulta ainda mais o diagnóstico. “A doença celíaca é considerada multissistêmica, portanto pode acometer inúmeras regiões do organismo, incluindo o cérebro”, explica o Dr. Marcelo Valadares, médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein. “Entre as principais formas de manifestações neurológicas da condição estão a cefaleia, a neuropatia periférica e a ataxia”, conclui o especialista.

Segundo o Dr. Marcelo Valadares, acreditou-se por muito tempo que as manifestações neurológicas de celíacos estavam relacionadas com a perda de vitaminas ocasionada pelos danos do glúten ao intestino delgado. “Em 1966, entretanto, uma pesquisa realizou a biópsia de tecidos cerebrais e nervos periféricos, e observou-se que havia inflamação. Essa inflamação teria origem na resposta imunológica adequada, atacando as próprias estruturas dos sistemas nervoso central e periférico”, explica.

Entre as principais formas de manifestação neurológica observada em celíacos, está a ataxia. “As ataxias são sintomas de incoordenação motoras no cerebelo, que é responsável por diversas funções. Pacientes com doença celíaca frequentemente podem ter um processo inflamatório no cerebelo, e isso pode levar à incoordenação da fala e dos movimentos dos braços ou pernas”, esclarece o neurocirurgião. Além disto, outra reação comum é a neuropatia periférica, que acomete os nervos das mãos e dos pés. “Ela pode causar principalmente alterações de sensibilidade, como percepção do toque, de temperatura, de vibração e, até mesmo, de alteração de força. Outra doença também pode causar neuropatia periférica é o diabetes melittus”.

O Dr. Marcelo Valadares explica, ainda, que a dor de cabeça relacionada à doença celíaca está relacionada a citocinas inflamatórias. “O contato com o glúten desencadeia uma resposta sistêmica com produção de irradiadores inflamatórios que causariam, por exemplo, os sintomas das dores de cabeça. É por isso que um celíaco diagnosticado que reduz o glúten e tem enxaqueca, por exemplo, diminui a frequência das dores com a retirada da proteína da alimentação”, finaliza o médico.
 


Dr. Marcelo Valadares - médico neurocirurgião e pesquisador da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein.  A Neurocirurgia Funcional é a sua principal área de atuação, sendo que o neurocirurgião trabalha em São Paulo e em Campinas. Seu enfoque de trabalho é voltado às cirurgias de neuromodulação cerebral em distúrbios do movimento, cirurgias menos invasivas de coluna (cirurgia endoscópica da coluna), além de procedimentos que envolvem dor na coluna, dor neurológica cerebral e outros tipos de dor.


Hemorroidas complexas: procedimento menos invasivo oferece rápida recuperação

Embolização das artérias retais superiores é opção cirúrgica moderna para a doença hemorroidária com diminuição da dor pós-operatória

 

Hemorroidas são veias dilatadas na região anal que manifestam sintomas e, por isto, são chamadas de doença hemorroidária. Apesar de não haver estimativas sobre a incidência de casos no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, acredita-se que cerca de metade da população será afetada pela doença. Isto porque o número, que já é alto, tende a aumentar nos próximos anos, principalmente por causa do estilo de vida (alimentação não saudável e sedentarismo) da maioria das pessoas.

Dependendo do grau de gravidade, o método cirúrgico acaba sendo o mais indicado para a resolução do problema. Embora bem aceita, a abordagem resulta em incômodos e dores no período de recuperação. Nesse cenário, a aplicação de uma técnica minimamente invasiva que diminui o desconforto aos pacientes, conhecida como embolização das artérias retais superiores, se mostrou eficiente no tratamento da doença em estudo clínico conduzido por especialistas do Einstein.

“Desenvolvemos um projeto prospectivo, randomizado e multidisciplinar com as equipes de radiologia intervencionista e a de proctologia. Nele, comparamos pacientes submetidos à técnica de embolização e os submetidos ao tratamento cirúrgico convencional, com observação de resultados animadores”, explica Dra. Priscila Mina Falsarella, radiologista intervencionista responsável pelo projeto apresentado na tese de doutorado “Embolização das artérias retais superiores versus hemorroidectomia fechada (técnica de ferguson) no tratamento da doença hemorroidária: ensaio clínico randomizado”.  

A especialista conta que, no total, foram tratados 28 pacientes (15 no grupo embolização e 13 no grupo cirurgia) diagnosticados entre os graus 2 e 3, que receberam acompanhamento médico ao longo de um ano. A principal observação entre aqueles submetidos à embolização das artérias retais superiores foi que a dor e a necessidade de uso de medicações analgésicas no pós-procedimento foi inferior ao grupo dos pacientes submetidos a cirurgias convencionais: a média de uso de medicação analgésica, anti-inflamatório ou opioide no grupo que foi submetido à cirurgia foi de 28,92 doses de medicação, e no grupo de embolização, de 2,4 doses.

“A identificação e embolização das artérias retais superiores foram consideradas um sucesso técnico. Já a melhora dos sintomas pré-procedimento nas avaliações presenciais e satisfação do paciente com o tratamento nas avaliações via contato telefônico no período de um ano de seguimento foi apontado como um sucesso clínico”, afirma a cirurgiã.

O tratamento é realizado por uma punção na região da virilha do paciente - diferente do método cirúrgico tradicional -, o cirurgião insere o cateter na artéria femoral e navega pelos vasos para alcançar as artérias retais superiores, que são “nutridoras” das hemorroidas, e realizar a cateterização. Dessa forma é realizada a embolização (obstrução) desses vasos com micromolas que reduzem o fluxo sanguíneo na região para diminuir e cessar o sangramento decorrente da doença.

“Com a aplicação dos conceitos da radiologia intervencionista nesta técnica minimamente invasiva, é possível realizar um procedimento menos agressivo, com menor tempo de internação e que oferece uma recuperação mais rápida a pacientes que lidam com uma doença estressante como esta. Empregar o método no caso das artérias retais foi uma consequência da nossa experiência com outras doenças, como miomas uterinos, por exemplo”, ressalta Dr. Rodrigo Gobbo Garcia, Diretor Médico do Centro de Medicina Intervencionista do Einstein.

A média de dor na primeira evacuação após o procedimento no grupo cirurgia foi de 6,08, enquanto no grupo embolização foi zero. Também não foram observadas complicações maiores nos pacientes submetidos à embolização. Pacientes cujo sintoma inicial era sangramento hemorroidário foram os mais beneficiados pelo tratamento.

 

Sobre a doença

Hemorroidas podem ser internas e externas, de acordo com a posição. As externas se formam no canal anal e região externa, sendo recobertas por uma pele bem sensível. As hemorroidas internas, ao contrário, estão na parte bem interior do ânus e são recobertas pela mucosa intestinal. Elas apresentam quatro graus:

I: aumento no número e tamanho das veias hemorroidárias, mas não há prolapso.

II: mamilos hemorroidários surgem fora do canal anal no momento da evacuação, mas voltam espontaneamente para o interior do canal anal.

III: aparece o prolapso hemorroidário que precisa de ajuda manual para retornar ao canal anal.

IV: há um prolapso hemorroidário constante que causa grande desconforto.

Nos casos em que as medidas clínicas não resultam em um bom controle dos sintomas, pode ser necessário um tratamento definitivo por meio de procedimentos, que vão desde a ligadura elástica até a cirurgia propriamente dita.


Cinco hábitos saudáveis para melhorar a imunidade

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Especialista lista dicas simples e práticas para preservar o sistema imunológico e ter uma vida mais saudável


O sistema imunológico tem a função de proteger o corpo de bactérias e vírus, e por isso, é tão importante manter a integridade de suas células. Existem ações diárias que podem auxiliar na prevenção de doenças e na preservação do organismo de uma forma saudável, pois muitas doenças, podem ser evitadas com hábitos simples implementados na rotina como, por exemplo, a ingestão de shots matinais da imunidade.

Para exemplificar e ajudar as pessoas que desejam ter uma vida mais benéfica, Ana Luísa Perches, sócia do Spira, marca de shot que nasceu para atender o mercado de saúde e bem-estar, separou cinco hábitos que podem melhorar a imunidade, se praticados de forma correta todos os dias. Confira, abaixo:

 

1. Inclua o shot da imunidade na sua rotina

Os shots matinais de imunidade garantem a energia que o corpo precisa para realizar atividades do dia a dia, combatem bactérias, fungos e vírus, fortalecem o sistema imunológico, aceleram a cicatrização de feridas, controlam o colesterol e melhoram a produtividade. “Inserir um shot da imunidade, como o Spira Imuno Shot, na rotina melhora o sistema imunológico, exerce controle do diabetes e do colesterol, ajuda a controlar a pressão arterial, e dar mais energia para o funcionamento regular do corpo devido a presença de microalgas acrescidas de vários ingredientes componentes, como a polpa de limão, o gengibre e a pimenta preta”, comenta Ana Luísa.

2. Pratique exercícios físicos

Separe pelo menos uma hora do dia para se exercitar e realizar alguma atividade física que você goste. Além de manter o corpo saudável, a atividade física também melhora a circulação do sangue e, com isso, leva as células de defesa para todo o corpo, deixando-o mais resistente e alerta para combater os vírus e bactérias.

 

3. Tenha uma alimentação balanceada

Muitos nutrientes que atuam diretamente no fortalecimento do sistema imunológico podem ser adquiridos por meio de uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes e verduras que oferecem as vitaminas necessárias para o aumento da imunidade.

 

4. Beba água

O consumo de água é capaz de eliminar as impurezas do organismo e evitar diversas doenças. Para que a água consiga fortalecer as defesas naturais do corpo, é necessário ingerir cerca de 35 ml por quilo, de acordo com cada peso corporal, por dia.

 

5. Tenha um sono de qualidade

Cuidar do sono é essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico. Uma noite bem dormida pode deixar o corpo menos propenso a doenças. Existem alguns pontos para conseguir ter um sono de qualidade como, deixar de lado as telas dos eletrônicos, procurar um lugar escuro e tranquilo, e não ingerir cafeína à noite.

 

Spira

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Como funciona a vacina contra a dengue

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Imunizante está disponível para pessoas com idade entre 9 e 45 anos que já tenham contraído a doença


Os brasileiros com idade entre 9 e 45 anos que já tiveram dengue podem se vacinar contra a doença na rede particular de saúde. A vacina Dengvaxia, produzida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, foi a primeira registrada no mundo e tem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser administrada no Brasil, desde 2015. 

A Dengvaxia possui os sorotipos 1, 2, 3 e 4 do vírus da dengue enfraquecidos, o que em contato com o organismo provoca a produção de anticorpos para o combate mais rápido da doença. O esquema vacinal inclui a aplicação de três doses, sendo a primeira na data escolhida pelo médico e as demais respeitando um intervalo de seis meses entre uma e outra.

De acordo com informações do Sanofi Pasteur, a vacina promove uma imunidade de longa duração para os quatro sorotipos da dengue. Ela é capaz de prevenir em 80% o desenvolvimento da forma grave da doença. O laboratório alerta que o imunizante não protege contra os vírus da Chikungunya e da Zika, que também são transmitidos pelo mosquito Aedes aegypti.

Após a vacinação com a Dengvaxia, é possível o surgimento de efeitos colaterais como dores de cabeça e no corpo, febre, mal-estar e reação alérgica. Por isso, as autoridades de saúde ressaltam que o imunizante deve ser administrado apenas por profissionais da saúde, que têm a competência para orientar corretamente o paciente sobre como agir em caso de alguma reação.


Contraindicações da Dengvaxia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a Dengvaxia para pessoas que nunca foram contaminadas com o vírus da dengue ou com idade diferente da faixa etária entre 9 e 45 anos. A Anvisa segue a mesma orientação no Brasil. 

Além disso, a Dengvaxia é contraindicada para grávidas, lactantes, pessoas que tenham alergia à composição do produto, que tenham deficiência imunológica congênita ou adquirida, e os imunossuprimidos. 


Rede pública não oferece o imunizante

A Dengvaxia não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), mas pesquisadores brasileiros já trabalham no desenvolvimento de outra vacina contra a dengue que possa ser distribuída pela rede pública. Os estudos têm sido conduzidos pelo Instituto Butantan em parceria com Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos. 


Brasil registra mais de 540 mil casos de dengue em 2022

A dengue segue como um desafio para a saúde no Brasil. Entre janeiro e abril de 2022, foram 542.038 casos da doença, segundo dados do Ministério da Saúde. O número é próximo ao registrado em todo o ano de 2021, quando foram identificados 544 mil diagnósticos. A situação acendeu o alerta sobre a necessidade de reforçar os cuidados de prevenção.

O Ministério da Saúde explica que a dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e tem como principais sintomas dores de cabeça, atrás dos olhos e nas articulações; febre alta; náuseas; vômito; e manchas na pele. Na forma mais grave, o paciente pode desenvolver hemorragia interna, o que pode levar à morte.


Prevenção

A prevenção contra a dengue passa pelo combate à proliferação do Aedes aegypti. Para isso, as autoridades de saúde alertam que a população não deixe água parada em vasos de plantas, garrafas e outros recipientes. Também é recomendável higienizar tanques, tonéis e piscinas, além da caixa d’água, que deve ser mantida fechada.


5 vantagens que estão levando polos de modas para o marketplace

Crédito: Canva
Setor se destaca no e-commerce, e previsão é que continue em alta nos próximos anos; CEO da Petina Soluções Digitais lista motivos para marcas de moda investirem nas vendas online, principalmente via marketplaces

 

Nunca se vendeu tanta moda pela internet, e essa é uma tendência que veio para ficar. De acordo com o relatório “E-Commerce do Brasil” de 2021, o setor de moda cresceu cerca de 40% no marketplace, e isso foi consequência direta da pandemia de covid-19. No entanto, mesmo com as lojas físicas já em funcionamento, as vendas online continuam a registrar aumento. 

Para Rodrigo Garcia, CEO da Petina Soluções Digitais, o marketplace veio para ficar. “Esse é um movimento sem volta, pois é um meio de comprar com facilidade e cheio de vantagens. Nos marketplaces, os clientes conseguem comparar preços e adquirir vários produtos de uma só vez, otimizando seu tempo”, avalia o executivo. 

Muitas lojas que funcionavam apenas de forma presencial tiveram que se reinventar durante a pandemia, e uma das opções foi recorrer às vendas pela internet através de marketplaces. “Grandes marcas também aderiram ao e-commerce, com o intuito de alcançar clientes de diversas regiões do Brasil e impulsionar as vendas”, explica. 

A cada 10 pessoas entrevistadas, 7 adquiriram itens de moda nos últimos três meses via marketplaces, considerada a categoria que mais atraiu novos clientes. De acordo com levantamento recente do Mercado Livre, nesse segmento o número de pedidos cresceu 29%, e os produtos que mais vendem são: sapatos (27%), calças (10% ) e camisetas (10%). 

"Estamos com um projeto em parceria com o Mercado Livre, de rodar todos os pólos de moda no Brasil e realizar eventos presenciais, com o objetivo de mostrar o potencial que tem o segmento online, quais são os pontos necessários para realizar muitas vendas, e quais são as chaves principais para atrair os clientes como o título do anúncio, incluir boas fotos, a ficha técnica do produto, tabela de medidas”, afirma. 

Na visão de Garcia, embora o ramo esteja se consolidando, muitos empresários ainda não conhecem bem os benefícios de atuar na modalidade online. Pensando nisso, ele listou 5 vantagens para vender moda em marketplaces:

 

Vendas com abrangência nacional

A venda online “quebra fronteiras”, e torna a moda acessível para todos. Ainda hoje, em muitas cidades do Brasil- principalmente as do interior- um grande número de consumidores enfrenta dificuldades para comprar seus “itens de desejo”. “Muitos ainda não conseguem ter acesso às roupas ‘bonitas e da moda’ que vêem nas propagandas, pois tais produtos não chegam ao varejo físico de sua cidade. Nesse sentido, a internet e o marketplace democratizam o acesso à moda. Isso porque, no marketplace, o produto pode ser comercializado para qualquer lugar, fora da cidade de origem” , resume o executivo.

 

Agilidade para lançar tendências

Outra vantagem é a possibilidade de “apresentar” novidades de forma rápida, devido à facilidade de acesso e ampla repercussão obtida pela internet. 

“Um exemplo, é quando uma blogueira ou programa de TV lançam uma moda e o fabricante consegue produzir uma roupa semelhante e, em uma semana, ou dez dias, já consegue colocar em todos os marketplace para vender. Ou seja, o empresário de moda pega aquilo que está em evidência, cria o produto e, de forma ágil, consegue comercializar e atender a todo Brasil”, comenta Garcia.
 

Maior visibilidade

O marketplace também possibilita atuar em diversas plataformas, ampliando exponencialmente a visibilidade do produto. 

“Hoje todas as grandes lojas de moda viraram marketplaces, e é possível colocar um item em grandes sites, que têm relevância em moda. A grande vantagem, nesse caso, é utilizar um único estoque para vender em diversos marketplaces. Por exemplo, o comerciante só tem 1 produto em estoque, mas consegue anunciá-lo em todos os marketplaces, expondo o item em questão em 15 plataformas diferentes”, resume o CEO da Petina.

 

Mais segurança ao vender

As operações via marketplace também são mais seguras, tanto do ponto de vista de quem compra quanto do ponto de vista de quem vende. “No caso do comprador, ele tem a garantia de que a bandeira por trás da compra garanta aquela transação, caso algo dê errado. Já o vendedor, caso a sua loja tenha uma boa reputação, sempre tem a segurança do “chargeback” (cancelamento da transação) de um cliente que depois que realizou a compra, ele nega o pagamento pelo cartão, então isso é uma grande segurança.

 

Prazo de recebimento mais curto

Outro benefício da modalidade é o prazo de recebimento, que em geral é bem mais curto do que a média do varejo físico. “A plataforma que paga mais rápido hoje é o Mercado Livre. O comerciante pode vender utilizando o Mercado Envios, no qual o produto é enviado, o cliente o recebe em apenas 5 dias depois da entrega do pedido mesmo parcelado, o valor é liberado na conta corrente do vendedor”, finaliza ele.



Petina - pioneira na gestão de negócios online para indústrias e importadores em marketplaces nacionais e internacionais.


4 dicas para impulsionar vendas online e oferecer uma boa experiência de compra

Brasil tem mais de 1,5 milhão de lojas online e especialista aponta como alavancar resultados e se diferenciar da concorrência

 

As vendas online tiveram um crescimento de 12,59% no primeiro trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o índice MCC-ENET. O faturamento do comércio eletrônico no período aumentou 11,02% na mesma comparação. Cresce também o número de lojas online no país. Pesquisa da PayPal Brasil com a BigDataCorp aponta que, em média, 789 novas lojas online foram criadas por dia em 2021 – ao todo, já são mais de 1,5 milhão de lojas virtuais no Brasil. 

E na medida em que cresce o volume de e-commerces, aumenta a competitividade no setor e a importância de proporcionar a melhor experiência para o cliente. “Se o seu e-commerce proporciona uma boa experiência de compra, o consumidor vai, com certeza, recomendar a sua loja e, provavelmente, comprar mais vezes. São as experiências positivas, de ponta a ponta, que aumentam as chances de conversão e de fidelização”, comenta Rodrigo Schiavini, Diretor de Negócios da SmartHint, o maior e mais utilizado sistema de busca inteligente e recomendação para e-commerce da América Latina, empresa pertencente ao grupo Magazine Luiza. 

Rodrigo traz quatro dicas que podem ajudar lojistas a venderem mais e a criarem uma boa experiência para o público:

 

1. Invista em soluções de logística

O consumidor de hoje, cada vez mais, tem pressa para comprar e também para receber seus produtos em casa. Da mesma forma, espera agilidade e praticidade no atendimento se necessitar de informações para acompanhar o pedido ou fazer alguma troca ou devolução. Há ferramentas disponíveis no mercado que aperfeiçoam essa logística, aprimoram o atendimento e encurtam prazos. De chatbots a plataformas de logística reversa, vale a pena conferir as soluções disponíveis e investir naquelas que podem trazer melhorias e bons resultados.

 

2. Aproveite as datas comemorativas

Impulsionar as vendas online não é algo complicado de se fazer e uma boa tática é aproveitar os feriados e datas comemorativas para divulgar cupons de descontos e promoções válidas por tempo limitado. Com isso, além de acelerar as vendas, o lojista ainda cria uma aproximação com o consumidor, que costuma encarar de forma positiva a oportunidade de comprar itens já desejados em condições mais atrativas. Essa facilidade e atenção também influencia na experiência de compra e pode favorecer a fidelização.

 

3.    Explore as redes sociais 

As redes sociais são vitrines de vendas e também importantes canais de relacionamento. É importante investir em mídia espontânea e definir estratégias conforme o comportamento do seu público. O Instagram e o Facebook são as plataformas que mais atraem clientes, devido à ferramenta de catálogo que possuem. Mas dependendo do público alvo do seu negócio, outras plataformas também podem ser interessantes – muitos lojistas estão vendendo pelo TikTok, por exemplo. Além de usar as redes sociais como canal de venda, esses ambientes são ótimos para interagir, gerar identificação, fortalecer a reputação da marca e fidelizar.

 

4.    Otimize os mecanismos de pesquisa

Assim como a plataforma da loja precisa ser intuitiva e agradável de navegar, os mecanismos de busca disponíveis também precisam facilitar a jornada de compra e direcionar o consumidor naquilo que ele deseja e necessita. O sistema de busca inteligente e recomendação da SmartHint, por exemplo, tem busca por voz e faz recomendação proativa de forma personalizada e automatizada, ou seja, recomenda ao cliente produtos com maior chance de compra e mais relevantes conforme seu histórico de navegação e seus interesses. Essas e outras facilidades tornam a busca mais ágil e assertiva e, com isso, a experiência de compra fica mais prática, fluida e agradável.

 

SmartHint - sistema de busca inteligente e recomendação para e-commerce da América Latina.


O papel da mentalidade ágil na transformação digital

“A pandemia veio para acelerar a transformação digital nas companhias”. Essa frase é constantemente abordada nas rodas de conversas entre os CEOs. Entretanto, as empresas estão começando a entender que se transformar digitalmente não é apenas trabalhar na nuvem ou criar aplicativos e sistemas. É principalmente, um processo de mudança de cultura. Para as empresas terem sucesso em seus projetos de transformação digital, é preciso que a mentalidade “Ágil” passe a fazer parte da rotina da empresa em toda a sua escalabilidade de ações. 

Isso porque quando falamos em transformação digital, estamos falando além das questões tecnológicas. Por exemplo, quando uma empresa abre a possibilidade de home office aos seus funcionários, cria-se a oportunidade de contratar pessoas de qualquer lugar do Brasil e do mundo, injetando na empresa pessoas de culturas e formações bem diversas. Faz parte da maturação digital das companhias conseguir interpretar que a transformação digital não é apenas tecnologia, mas sim, a mudança na forma de pensar e evoluir dentro da cultura organizacional. 

A mentalidade “Ágil” vem justamente para revolucionar a forma de trabalhar das equipes. Para quem não sabe, em 2001, foi apresentado um manifesto que era uma declaração de princípios que fundamentam o desenvolvimento ágil de software. Entretanto, nas décadas de 1980 e 1990 algumas companhias já utilizavam técnicas de “Scrum”, metodologia de desenvolvimento ágil para criação de softwares baseada em um processo interativo e incremental. O “Scrum” é adaptável, rápido, flexível e eficaz, projetado para oferecer valor aos clientes durante todo o desenvolvimento do projeto. 

Neste conceito macro de agilidade, há dois objetivos estratégicos. O primeiro é buscar a excelência para o cliente e para o colaborador. O segundo visa simplificar e escalonar a empresa. De forma geral, o conceito “Ágil” tem o intuito de auxiliar as empresas a buscarem soluções garantindo uma resposta mais rápida aos clientes, por meio de produtos e serviços. A agilidade nos ajuda a adaptar as necessidades. 

Um exemplo que podemos citar sobre empregar bem os conceitos de agilidade, são os bancos digitais. Essas companhias possuem uma mentalidade voltada para valores e princípio, com foco em proximidade com os clientes. As fintechs trabalham com ciclos curtos de entregas, facilitando na antecipação de possíveis problemas, com respostas mais rápidas e validações constantes. 

O papel da agilidade dentro da transformação digital também está relacionado a estruturação das companhias. Antigamente as estruturas eram separadas por departamentos: marketing, comercial, financeiro etc. A mentalidade “Ágil”, horizontaliza essas estruturas, colocando pessoas de vários times atuando juntas. Desta forma, cria-se pequenos grupos, trazendo a mentalidade de startups para dentro de grandes empresas, gerando respostas mais rápidas aos clientes e satisfação para os funcionários. Além disso, quando se aplica essa horizontalização, é necessário orquestrar os times de forma que um não passe por cima do outro, garantindo que esses grupos entreguem mesmo com ciclos menores. 

Na cultura “Ágil”, quebrar projetos de um ano, para três meses é algo que faz parte de sua aplicação. Quando as empresas conseguem mudar essa forma de pensar as execuções dos projetos, pivotando se aquela ação está gerando valor ou não, começa-se a entender que a agilidade já faz parte da companhia.  

A metodologia de agilidade também emprega a questão da empatia. No mundo corporativo, é primordial entender qual o desejo do cliente para prover melhores produtos e serviços. As empresas que aplicarem a agilidade precisam se colocar no lugar dos usuários, pois hoje a experiência do consumidor é essencial para o sucesso dos negócios. 

Com isso, podemos concluir que a transformação digital e o conceito “Ágil” estão conectados. As companhias que quiserem evoluir digitalmente precisarão ser ágeis em todos os sentidos. Um hábito para virar um comportamento não tem tempo específico e cada empresa precisa entender as suas necessidades internas e externas para aplicar a cultura de agilidade. Só desta forma que as empresas terão sucesso no mercado atual e com a velocidade das mudanças que impactam diariamente os seus mercados.

 

Dian Costa - Gerente de Agilidade da Meta

Fernando Ruano - Líder do LACE da Meta.

 

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