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sexta-feira, 20 de maio de 2022

O papel da mentalidade ágil na transformação digital

“A pandemia veio para acelerar a transformação digital nas companhias”. Essa frase é constantemente abordada nas rodas de conversas entre os CEOs. Entretanto, as empresas estão começando a entender que se transformar digitalmente não é apenas trabalhar na nuvem ou criar aplicativos e sistemas. É principalmente, um processo de mudança de cultura. Para as empresas terem sucesso em seus projetos de transformação digital, é preciso que a mentalidade “Ágil” passe a fazer parte da rotina da empresa em toda a sua escalabilidade de ações. 

Isso porque quando falamos em transformação digital, estamos falando além das questões tecnológicas. Por exemplo, quando uma empresa abre a possibilidade de home office aos seus funcionários, cria-se a oportunidade de contratar pessoas de qualquer lugar do Brasil e do mundo, injetando na empresa pessoas de culturas e formações bem diversas. Faz parte da maturação digital das companhias conseguir interpretar que a transformação digital não é apenas tecnologia, mas sim, a mudança na forma de pensar e evoluir dentro da cultura organizacional. 

A mentalidade “Ágil” vem justamente para revolucionar a forma de trabalhar das equipes. Para quem não sabe, em 2001, foi apresentado um manifesto que era uma declaração de princípios que fundamentam o desenvolvimento ágil de software. Entretanto, nas décadas de 1980 e 1990 algumas companhias já utilizavam técnicas de “Scrum”, metodologia de desenvolvimento ágil para criação de softwares baseada em um processo interativo e incremental. O “Scrum” é adaptável, rápido, flexível e eficaz, projetado para oferecer valor aos clientes durante todo o desenvolvimento do projeto. 

Neste conceito macro de agilidade, há dois objetivos estratégicos. O primeiro é buscar a excelência para o cliente e para o colaborador. O segundo visa simplificar e escalonar a empresa. De forma geral, o conceito “Ágil” tem o intuito de auxiliar as empresas a buscarem soluções garantindo uma resposta mais rápida aos clientes, por meio de produtos e serviços. A agilidade nos ajuda a adaptar as necessidades. 

Um exemplo que podemos citar sobre empregar bem os conceitos de agilidade, são os bancos digitais. Essas companhias possuem uma mentalidade voltada para valores e princípio, com foco em proximidade com os clientes. As fintechs trabalham com ciclos curtos de entregas, facilitando na antecipação de possíveis problemas, com respostas mais rápidas e validações constantes. 

O papel da agilidade dentro da transformação digital também está relacionado a estruturação das companhias. Antigamente as estruturas eram separadas por departamentos: marketing, comercial, financeiro etc. A mentalidade “Ágil”, horizontaliza essas estruturas, colocando pessoas de vários times atuando juntas. Desta forma, cria-se pequenos grupos, trazendo a mentalidade de startups para dentro de grandes empresas, gerando respostas mais rápidas aos clientes e satisfação para os funcionários. Além disso, quando se aplica essa horizontalização, é necessário orquestrar os times de forma que um não passe por cima do outro, garantindo que esses grupos entreguem mesmo com ciclos menores. 

Na cultura “Ágil”, quebrar projetos de um ano, para três meses é algo que faz parte de sua aplicação. Quando as empresas conseguem mudar essa forma de pensar as execuções dos projetos, pivotando se aquela ação está gerando valor ou não, começa-se a entender que a agilidade já faz parte da companhia.  

A metodologia de agilidade também emprega a questão da empatia. No mundo corporativo, é primordial entender qual o desejo do cliente para prover melhores produtos e serviços. As empresas que aplicarem a agilidade precisam se colocar no lugar dos usuários, pois hoje a experiência do consumidor é essencial para o sucesso dos negócios. 

Com isso, podemos concluir que a transformação digital e o conceito “Ágil” estão conectados. As companhias que quiserem evoluir digitalmente precisarão ser ágeis em todos os sentidos. Um hábito para virar um comportamento não tem tempo específico e cada empresa precisa entender as suas necessidades internas e externas para aplicar a cultura de agilidade. Só desta forma que as empresas terão sucesso no mercado atual e com a velocidade das mudanças que impactam diariamente os seus mercados.

 

Dian Costa - Gerente de Agilidade da Meta

Fernando Ruano - Líder do LACE da Meta.

 

A licença-paternidade de 180 dias para pais solos e a decisão do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, no último dia 12 de maio, que servidores públicos que sejam pais solos, sem a presença da mãe, têm direito a licença-paternidade de 180 dias. O Plenário da Corte Superior seguiu o entendimento do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, para quem a licença é um direito da criança de ter a presença de um dos pais na primeira etapa de vida. A decisão tem repercussão geral, ou seja, servirá para embasar as demais instâncias do Judiciário em casos semelhantes. 

O caso analisado foi o de um perito médico, pai de crianças gêmeas geradas por meio de fertilização "in vitro" e barriga de aluguel, que obteve na Justiça o direito à licença de 180 dias, por ser pai sozinho. O juiz da primeira instância afirmou que, apesar de não haver previsão legal nesse sentido, o caso é semelhante ao se uma situação em que houve a morte da mãe, uma vez que as crianças serão cuidadas exclusivamente pelo pai. Por isso, concedeu a licença estendida. A decisão foi mantida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), mas o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recorreu ao STF, argumentando que a concessão do benefício é destinada à mulher gestante e que o pagamento sem a correspondente fonte de custeio viola a Constituição e traz prejuízo ao erário. 

A decisão do STF evidencia o sentido das licenças relacionadas a paternidade ou maternidade. Quando existe, dentro do sistema previdenciário a proteção social relacionada a paternidade ou a maternidade, o principal interesse desse licenciamento não é nem do pai e nem da mãe e, sim, a criança. É necessário que haja a previsão de um licenciamento por paternidade ou maternidade porque a criança é um sujeito de direito tutelado de maneira especial dentro da Constituição Federal, ancorada no princípio da proteção integral das crianças e dos adolescentes, prevista no artigo 227. No texto está a garantia que o Estado, a sociedade e a família são responsáveis pela proteção integral desses sujeitos, crianças e adolescentes.   

Então, quando o Supremo reconhece esse direito para o pai, e nesse caso especifico, trata-se de um pai que utilizou da fertilização "in vitro" por barriga de aluguel, é necessário que esse pai tenha um afastamento de suas atividades laborais, com o pagamento da sua remuneração sem qualquer tipo de prejuízo, justamente para que ele possa cuidar dessas crianças, desses recém-nascidos e consiga promover a assistência necessária para esse primeiro momento da vida dessas crianças. 

Importante destacar que nesse caso o Supremo agiu de uma maneira protetiva e necessária. Essa decisão utilizou o tempo aplicável às mulheres de uma forma análoga para a concessão de uma licença-paternidade. A licença paternidade, ordinariamente, tem a duração de 20 dias. Entretanto, nesse caso foi concedida a licença por 180 dias que é o prazo reconhecido as mulheres no caso de licença-maternidade. Em outras ocasiões, o STF também fez uma análise desse tipo de licenciamento, de forma extensiva, ainda que não prevista na legislação, como é o caso de concessão de licença-maternidade para casais formados por pessoas do mesmo gênero e que tiveram a concepção de uma criança.  

Portanto, o Supremo tem atuado em consonância com o texto da Constituição Federal nestes tipos da casos. É necessário que a legislação já traga essa previsão de uma forma simplificada justamente para evitar que esse tipo de ajuizamento seja necessário, que a gente precise aguardar o pronunciamento do Supremo sobre um assunto que é de interesse maior da sociedade, de interesse maior desses sujeitos de direito que gozam de proteção especial, que são as crianças e os adolescentes.

  

Leandro Madureira - advogado, sócio do escritório Mauro Menezes & Advogados, especialista em Direito Previdenciário e especialista em Políticas Públicas, Infância, Juventude e Diversidade pela UNB.


Mercado livre de energia: o que impulsiona seu crescimento no Brasil?

 

Buscar alternativas para reduzir os gastos com energia tem sido a realidade de muitos brasileiros. Afinal, com a pandemia, tivemos um aumento considerável de consumo de energia tanto por parte dos consumidores residenciais, quanto pelos empresariais – e, diante dos valores exorbitantes, agora também encarecidos pelas consequências da guerra da Ucrânia, couberam às organizações procurarem por medidas mais eficazes na busca por um custo de energia mais acessível. Essa tendência vem consolidando a expansão do mercado livre de energia no Brasil.

Atualmente, no cenário pós-pandemia, presenciamos a retomada e normalização da cadeia produtiva. Esse movimento tem dado ainda mais protagonismo para o desempenho do mercado livre de energia no país. De acordo com o relatório de energia livre, divulgado em março de 2022, pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia no Brasil (Abraceel), em 2021 o mercado livre de energia cresceu 25% com destaque ao setor das indústrias, com 85% de adoção.

Essa modalidade, que já existe há mais de 20 anos, dá a opção para empresas terem alternativas ao distribuidor local conhecido como Ambiente de Contratação Regulado (ACR), de uma fonte de energia à um custo mais viável. Por sua vez, para que a uma dada companhia possa adentrar nessa modalidade de contratação, é necessário corresponder aos critérios de elegibilidade que consideram aquelas que possuem uma demanda maior ou referente a 500 KW.

Desde seu surgimento, esse segmento vem movimentando decretos e medidas no legislativo, como o Projeto de Lei 414/2021, que visa abrir o mercado de energia elétrica no Brasil para que todos os tipos de consumidores tenham a opção de escolher o próprio fornecedor de eletricidade.

Ainda de acordo com o relatório da Abraceel, atualmente, já se encontram no país mais de 26 mil unidades de consumo no mercado livre, passando a marca de mais de 10 mil empresas. Em nível nacional, isso aponta que 34% de toda energia consumida no país está nessa modalidade chamada de Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Como justificativa para este crescimento, os benefícios financeiros se destacam, uma vez que os investimentos neste modelo podem trazer uma redução de até 50% de gastos com energia a longo prazo. Uma outra razão que vem fortalecendo também esse desempenho, ainda, é o fato de cada vez mais empresas procurarem aderir as práticas de ESG (Environmental, Social and Governance), que neste aspecto se dá por uso de fontes de energias renováveis, como eólica, solar e geração de energia a partir de biomassa.

Diante de perspectivas promissoras, é certo afirmar que a tendência do consumo do mercado livre de energia veio para ficar. Só nos últimos 12 meses são mais de 4.700 unidades que migraram para esse setor, o que reforça a necessidade de empresas que atuam na geração e comercialização de energia livre, estejam adequadamente equipadas para atender essa demanda crescente.

Tendo em vista que a taxa de crescimento continuará a aumentar, isso reflete na geração de mais energia para venda. Por essa razão, as comercializadoras precisam buscar se respaldar de recursos de tecnologia que auxiliem na gestão de seus clientes, partindo dos critérios de monitoramento e constituindo uma estrutura fiscal, financeira e de controladoria que sejam compatíveis com o seu desempenho.

É fundamental para as empresas que pretendem adentrar ou que já estão nesse mercado como comercializadoras, criarem um sistema robusto de compliance e segurança. Com o crescente interesse do público, torna-se crucial a necessidade de adquirir um sistema de gestão ancorado em tecnologias que permitam abarcar essa expansão. Uma alternativa está no uso de ERPs de última geração, que com características de implementação na nuvem e de mobilidade, facilitam no controle e gerenciamento de informações de maneira prática e ágil.

As perspectivas apontam que o mercado livre de energia no Brasil está no seu melhor momento, com a tendência de que continue a crescer cada vez mais. Por isso, essa vem sendo uma boa aposta para investimentos, mas que dependerá, estritamente, do apoio tecnológico para difundi-la com êxito.

 

 

Claudio Wagner - executivo de contas da G2 e Head Comercial da Área de Energia, consultoria especializada em SAP Business One.

 

G2

https://g2tecnologia.com.br/


Biodiversidade

Habitamos um planeta que abriga aproximadamente 9 milhões de espécies segundo estimativas. Sabe-se que a biodiversidade é fundamental para a manutenção dos ecossistemas e, portanto, para a sobrevivência dos seres humanos. Apesar disso, pouco mais de 1 milhão de espécies já foram descritas pela ciência, que estima conhecer apenas 15% do total de espécies existentes.

Conhecer a diversidade biológica nos possibilita compreender e utilizar os recursos naturais para diversos fins, como elaborar fármacos para tratar doenças humanas e solucionar problemas cotidianos por meio da biomimética, mas a degradação ambiental tem sido cada vez mais veloz ameaçando a fauna e a flora antes mesmo de serem estudadas.

Anualmente, cerca de 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados, o que pode ocasionar a extinção de 5% a 10% das espécies florestais dentro dos próximos 30 anos. De acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), mais de 40 mil espécies estão ameaçadas de extinção no mundo, o que equivale a 28% de todas as espécies catalogadas e avaliadas. Isso é consequência de impactos antrópicos negativos como desmatamento, degradação de habitat, exploração desmedida dos recursos naturais, caça, tráfico de animais e aquecimento global.

Apresentando 20% do total de espécies do planeta, o Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, com mais de 116.839 espécies animais e 46.355 espécies vegetais conhecidas. Assim, nossa responsabilidade para com a natureza também é grande. Devemos individualmente e coletivamente aderir a práticas mais sustentáveis, reduzindo o consumo, recusando o plástico de uso único, pressionando os setores público e privado a reduzirem suas emissões e se comprometerem com a implementação de uma cadeia produtiva mais justa ambientalmente, socialmente e economicamente.

Chegou o tempo da reconexão, tardio sim, mas imprescindível para a manutenção da vida em todas as suas formas.


Paola Lupianhes Dall´Occo - docente do curso de Ciências Biológicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Possui bacharelado e licenciatura plena em Ciências Biológicas pela UPM (2000), mestrado e doutorado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela UNESP de Rio Claro (2005 e 2010 respectivamente). Tem experiência em educação no ensino fundamental, médio e superior. É docente em tempo integral da UPM, pesquisadora responsável pelo Laboratório de Taxonomia e Ecologia Animal do curso de Ciências Biológicas, componente do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do referido curso e orientadora da Liga Mack Fauna, entre outros projetos de Extensão Universitária.

Com crise e alta dos preços, genéricos são essenciais para garantir maior acesso a medicamentos, reforça Anadem

 Para a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética, assegurar alternativas mais acessíveis à população é imprescindível para a continuidade de tratamentos

 

Em 20 de maio é celebrado o Dia Nacional do Medicamento Genérico. Os genéricos chegaram ao País em 1999 e estão há 23 anos no mercado, como uma alternativa segura, econômica e eficaz no tratamento de doenças. Uma resolução de 2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) prevê que os genéricos devem ter um custo pelo menos 35% menor do que a medicação de referência. Atualmente, os remédios distribuídos via Farmácia Popular podem ser adquiridos por até um décimo do preço comercial. 

A Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem) defende a importância dos genéricos, principalmente para a parcela de menor renda da população. “Com a crise econômica, um número expressivo de famílias passa por dificuldades. Ter nas farmácias um produto tão eficaz e confiável quanto o comercial com custo substancialmente menor é fundamental para que pacientes possam seguir com seus tratamentos e pessoas em sofrimento consigam ter alívio para dor”, destaca o presidente da Anadem, Raul Canal. 

O princípio ativo, substância que produz os efeitos do medicamento, permite que o genérico tenha o mesmo resultado de tratamento que o produto de referência. O baixo custo se dá em razão de não haver necessidade de investimento em pesquisa para seu desenvolvimento (visto que já existe produto semelhante no mercado) e em publicidade para a marca. Ainda assim, ele passa por rigorosos testes de qualidade, feitos pela Anvisa, antes de ter seu registro e comercialização autorizados. 

Atualmente, existe a versão genérica para cerca de 85% dos medicamentos distribuídos na Farmácia Popular, programa no qual o consumidor pode adquirir produtos gratuitos para o tratamento de doenças crônicas, e cuja criação possibilitou um maior acesso a remédios mais baratos ou gratuitos. Os medicamentos também estão disponíveis por meio de uma rede de parceria com farmácias e drogarias da rede privada, chamadas de “Aqui tem Farmácia Popular”. 

O programa atende toda a população, mas foi idealizado, principalmente, para aqueles que têm dificuldades em manter os tratamentos de saúde e que, geralmente, não buscam assistência do Sistema Único de Saúde (SUS). As unidades próprias contam com mais de 112 medicamentos, que recebem, por meio de incentivos do governo federal, uma redução de até 90% do valor de mercado. Estes chegam a ser adquiridos por até um décimo do custo comercial.


Empréstimo imobiliário: como declarar no Imposto de Renda

 Mais de 12 milhões de brasileiros ainda não declararam o Imposto de Renda 2022, Receita Federal prorrogou o prazo de entrega para o dia 31 de maio


A Receita Federal prorrogou o prazo de entrega do Imposto de Renda (IR) para o dia 31 deste mês. Antes de declarar seu IR, tenha todos os documentos necessários em mãos, e verifique qual declaração você vai fazer: Pessoa Física (PF), Microempreendedor Individual (MEI), ambas, entre outros. 

Lembre-se que não declarar o IR ou fazê-lo de forma errônea pode acarretar problemas futuros como cair na malha fina e multas. “É primordial que o contribuinte entenda a importância de declarar o IR e detalhar seus ganhos, principalmente, os que têm relação com a compra e vendas de imóveis”, menciona o CEO da Crediall Tech, fintech de empréstimo imobiliário, Paulo Carrete. 

Na declaração do IR, em caso de empréstimos imobiliários, devem constar informações do pagamento, FGTS, número de parcelas e ITBI. O contribuinte deve declarar o valor pago até 31 de dezembro do ano anterior.


Os critérios utilizados pela Receita Federal englobam três grupos: 

·  recebeu mais de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis (como salários e aluguéis);

·  recebeu mais de R$ 40 mil em rendimentos não tributáveis ou tributáveis na fonte (como herança, indenização trabalhista e loterias);

·  possui bens com valor total superior a R$ 300 mil.


Como declarar o Financiamento Imobiliário?

·  O financiamento do imóvel deve ser declarado na aba de “Bens e Direitos” do formulário da Receita Federal;

·  Para apartamentos deve-se usar o código 11; para casas, 12; enquanto para terrenos, 13;

·  No campo “Discriminação” é preciso detalhar algumas informações como a forma de pagamento, o valor de entrada, o FGTS e o valor financiado;

·  Separe os valores já pagos do financiamento na declaração para indicar o somatório quitado naquele ano.

"O financiamento não deve ser lançado como uma dívida no Imposto de Renda, não se deve colocar o valor total dele, pois o mesmo pode sofrer alterações. O empréstimo é uma dívida ativa, o valor final pode sofrer alterações. Por exemplo: o imóvel pode ser adquirido em 30 anos, mas quitado em 25 anos, isso vai influenciar diretamente no valor final porque vai abater os juros. Por isso, é de extrema importância que o contribuinte coloque o valor pago e as parcelas em aberto referentes àquele determinado período e não o valor total da dívida”, detalha o empresário.


Qual valor do imóvel preciso declarar?

A declaração do Imposto de Renda é anual, ou seja, a Receita Federal deseja saber apenas o gasto referente a esse período, independente do tempo de financiamento. Separe os valores já pagos do financiamento na declaração para indicar o somatório quitado naquele ano, e as parcelas em aberto.


Venda com parcelas ativas, e agora?

Como muitas pessoas sabem, o financiamento pode durar muitos anos, uma dúvida comum é “Vendi o imóvel com as prestações ativas. Preciso declarar?”“Vamos imaginar a seguinte situação: a pessoa pegou empréstimo e comprou um imóvel, 10 anos se passaram, o empréstimo ainda está ativo, mas a pessoa vai mudar de cidade e vender o imóvel. Então, sim, em casos de compra ou venda o mesmo deve ser declarado no IR.  Ele precisa informar o quanto já tinha pago do financiamento, deixar a situação no ano anterior com o somatório pago, e informar ainda o preço da venda”, destaca Paulo Carrete. 


Crediall Tech - Pioneira no Score de Crédito específico para o público feminino.


Lifelong learning: qual a importância para a atração e retenção de talentos?


O mercado de trabalho muda constantemente e, em alta velocidade. Ficar estagnado e relutante a essas atualizações é fatal tanto para os negócios, quanto para os profissionais, pois esse processo acaba impedindo o sucesso da empresa e, ao mesmo tempo, a conquista de cargos mais elevados. Na busca permanente pela reinvenção das carreiras, o lifelong learning é a estratégia certeira para um futuro promissor frente aos concorrentes.

A educação contínua, quando traduzida, veio à tona em meio à nova dinâmica empresarial sentida nos últimos anos, principalmente impulsionada pela pandemia. Muito além do que valorizar apenas um diploma, mestrado ou qualquer outra formação, defende a necessidade urgente em nos mantermos atualizados em nossas áreas de atuação, buscando cursos complementares ou quaisquer outras fontes de ensino como estímulo à capacitação constante.

Motivos não faltam para compreender tal conceito. Em um estudo conduzido pelo Itaú Educação e Trabalho, juntamente com empresas parceiras, 66% dos entrevistados acreditam que a falta de qualificação é o principal entrave para a contratação de jovens no Brasil. Caso esse despreparo permaneça, o país terá 5,7 milhões de vagas sem funcionários com competência para preenchê-las até 2030.

Independentemente do segmento de atuação, o protagonismo profissional depende, inegavelmente, de um aprendizado constante. Temos que nos manter atualizados sobre as principais tendências, novidades e perspectivas do mercado a todo momento – tanto para permanecermos empregados diante de tamanha competitividade, quanto para alavancarmos e conquistarmos cada vez melhores posições.

Em uma comparação, de nada adianta um vendedor bater suas metas mensalmente, se não aprender as soft skills, ou habilidades comportamentais necessárias para assumir cargos de maior responsabilidade e ser capaz de gerir seus times, motivá-los para obterem melhores resultados, e acompanhar os processos periodicamente para analisar o que pode ser aperfeiçoado.

Para as empresas, as vantagens também são incontestáveis – afinal, o sucesso de qualquer companhia depende de profissionais preparados e qualificados. Quanto maior for o conhecimento técnico e comportamental dos times, melhores serão os resultados obtidos à curto e longo prazo, elevando o potencial do negócio e seu destaque corporativo. Quando combinados, esses fatores também favorecerão sua imagem no mercado, permitindo uma retenção e atração de talentos altamente eficientes e valorizados.

O estímulo ao lifelong learning deve ser conjunto, partindo tanto dos próprios profissionais quanto das empresas. Ao iniciar essa busca, é importante ter consciência de que não existe um canal específico para adquirir este estudo contínuo. Seja por meio de um livro, podcast, vídeo aula ou qualquer outro recurso, não faltam opções disponíveis neste mercado globalizado. Cada um possui seu próprio estilo e preferências, os quais devem ser levados em consideração ao escolher seu método de aprendizado. A curiosidade é, sem dúvida, o principal motor para o desenvolvimento profissional.

Devemos beber de amplas fontes de conhecimento diariamente. Apenas assim, teremos profissionais antenados e atualizados frente às constantes mudanças e exigências do mercado, permitindo que as companhias cresçam e prosperem de forma contínua.

  

Jordano Rischter - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

 

Wide

https://wide.works/

 

Qual é a idade certa para fazer um intercâmbio?


Qual é o momento certo para fazer um intercâmbio? Existe uma idade mais recomendada para estudar e trabalhar no exterior? Todo intercambista se questiona acerca dessas limitações, preocupados se estão tomando a atitude correta e, na época perfeita. Mas, a verdade é que não existe uma idade fixa para tomar essa decisão. Grandes oportunidades aguardam jovens e adultos, independentemente de sua faixa etária, com experiências que podem se tornar memoráveis em sua jornada.

A pandemia foi um verdadeiro dificultador deste sonho para milhares de pessoas ao redor do mundo. Planos foram engavetados e colocados de lado até que a situação permitisse a volta dos embarques – cenário que, felizmente, já se tornou possível. Mesmo estagnados durante todo este período, cerca de 82% não deixaram seu sonho morrer, ainda ávidos pela chegada da viagem.

Realizar um intercâmbio não é uma questão de idade, muito menos ser jovem é um pré-requisito. Existem diversas opções de pacotes, cursos e programas voltados para todos os perfis – desde aqueles que desejam apenas adquirir a fluência em uma língua estrangeira em cursos de idiomas, àqueles que queiram conciliar os estudos com carreiras promissoras no exterior. Diversidade não falta, mas é preciso analisar cada caminho de acordo com seus objetivos e momento atual.

Os intercâmbios de curta duração são alguns dos mais famosos e buscados, desde os jovens aos empreendedores. Normalmente, são escolhidos por aqueles que ainda não sabem se querem morar no exterior em definitivo, mas que desejam experimentar essa nova rotina – principalmente para aperfeiçoar o inglês. Estes estudos podem ser feitos desde durante apenas um mês, até seis meses, de acordo com o que for melhor para cada um.

Para aqueles que buscam uma experiência mais abrangente, podem escolher dentre os populares programas de estudo e trabalho. Grande parte destes pacotes permite que os intercambistas recuperem o valor investido durante sua viagem – com o benefício de estarem recebendo remuneração em uma moeda estrangeira. Sua única limitação, contudo, é a idade mínima de 18 anos para o visto de trabalho e estudo.

Independente de quantos anos tenha, o intercâmbio é um divisor de águas para todos. É um período de redescobrimento pessoal e profissional, o qual, certamente, abrirá muitos caminhos e possibilidades. Mesmo diante de incertezas e preocupações que passam pela cabeça de todos, não há motivos para se privar desta oportunidade pela idade que possui. Basta pesquisar sobre as opções do mercado, e qual destino oferecerá aquilo que está procurando.

Muitos países apresentam cursos excelentes e vagas completamente rentáveis para estrangeiros. Dentre eles, a Irlanda vem se tornando um dos mais queridos pelos brasileiros, com opções de cursos presenciais, à distância, e a chance de conquistar um emprego ganhando em euro. Em poucos meses, os gastos com a viagem podem ser recuperados – e ainda, com a chance de juntar uma boa quantia para lazer e viagens para regiões ao redor.

Se tornar um intercambista é desafiador. Mas, também, uma nova fase de vida surpreendente. Não importa qual seja seu perfil ou idade, ao embarcar para uma experiência no exterior, o tempo morando em outro país trará frutos memoráveis. Ao organizar sua viagem, busque a fundo as opções de estudo e trabalho, analise qual mais lhe agrada, converse com pessoas que tenham vivido a mesma experiência e, acima de tudo, se prepare financeira e psicologicamente. Assim, mesmo diante dos medos inevitáveis, seu intercâmbio será esplêndido.

 

 Helicon Tavares - CEO da SEDA Intercâmbios. 

https://www.sedaintercambios.com.br/


Candidatos às Fatecs podem pedir isenção ou redução da taxa do Vestibular

Solicitantes devem preencher a requisitos determinados pelo CPS
para pedir os benefícios
Concessão dos benefícios é válida para a inscrição no processo seletivo do segundo semestre de 2022 das Faculdades de Tecnologia Estaduais; solicitações podem ser realizadas até as 15 horas do dia 24 de maio 

 

Começa hoje, 20, o prazo para que os interessados em concorrer a uma vaga nas Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) solicitem a isenção e/ou a redução de 50% do valor da taxa de inscrição do Vestibular. O pedido deve ser feito pelo site do processo seletivo do segundo semestre de 2022, até as 15 horas do dia 24 de maio. O valor integral da taxa é de R$ 91. 

O Centro Paula Souza (CPS) oferece seis mil isenções de pagamento. É possível solicitar a isenção, a redução ou as duas opções, porém, neste caso, é preciso fazer dois pedidos. 

As inscrições devem ser feitas pelo site www.vestibularfatec.com.br. Lá, os interessados preenchem o formulário, e, em seguida, acessam o link “Envio de Documentos” para realizar o upload dos documentos comprobatórios requisitados para cada uma das opções pleiteadas. Os itens solicitados devem ser digitalizados, com tamanho de até 1 MB, nas extensões: pdf ou png ou jpg ou jpeg. Os documentos devem ser legíveis, sem rasuras e o arquivo não pode estar corrompido. 

Em todas as Fatecs será disponibilizado acesso a computadores e a internet para que os interessados em solicitar a isenção e/ou redução da taxa de inscrição do processo seletivo façam o pedido. É de responsabilidade do candidato entrar em contato com a unidade e buscar informações para agendamento de horário de atendimento com essa finalidade. 

O resultado das solicitações será divulgado no dia 13 de junho, no site do Vestibular das Fatecs e no site do CPS. O candidato beneficiado deverá efetuar sua inscrição de 14 de junho até as 15 horas do dia 28 de junho, exclusivamente pela internet.

 

Requisitos para isenção 

Para pedir a isenção o candidato precisa ter concluído integralmente o Ensino Médio, no território nacional brasileiro, ou estar concluindo o terceiro semestre da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em escolas da rede pública de ensino ou em instituição particular ou, ainda, estar concluindo o curso no Centro Estadual de Jovens e Adultos (Ceeja). Também é necessário ter, cumulativamente, renda familiar bruta mensal máxima de dois salários mínimos (R$ 2.424). Caso seja independente, a renda bruta máxima deverá ser nesse mesmo valor. 

Os documentos necessários para realizar a solicitação de
isenção são:
 

Comprovante de escolaridade: histórico escolar ou declaração escolar da instituição de ensino, comprovando que o candidato cursou integralmente o Ensino Médio em escolas no território nacional brasileiro. 

Comprovante de rendimentos: de todos os integrantes do grupo familiar que residam no mesmo endereço do candidato, sendo: 

·         Empregados: contracheque de algum mês do ano de 2022;

·         Aposentados e pensionistas: comprovante mensal de recebimento de aposentadoria ou pensão de algum mês do ano de 2022;

·         Desempregados: declaração de desempregado conforme Anexo II da Portaria – Situação 1;

·         Trabalhador autônomo, informal ou eventual: declaração especificando a renda mensal, com assinatura de uma testemunha, com RG e endereço. O modelo disponível no Anexo II da Portaria – Situação 2;

·         Menores de idade que não exercem atividade remunerada: declaração do responsável pelo grupo familiar informando quais membros do grupo familiar, menores de idade, não exercem atividade remunerada. Conforme
Anexo II da Portaria – Situação 3.

 

Requisitos para redução da taxa 

O interessado em solicitar a redução da taxa deve ser estudante regularmente matriculado em uma das séries do Ensino Fundamental, Ensino Médio, curso pré-vestibular ou curso superior, em nível de graduação ou pós-graduação. Também é preciso, cumulativamente, receber remuneração mensal inferior a dois salários-mínimos (R$ 2.424) ou estar desempregado. 

Os documentos necessários para realizar a solicitação deisenção são: 


Comprovante de escolaridade: certidão ou declaração expedida pela instituição de ensino, em papel timbrado, assinada e com o carimbo do responsável na instituição, comprovando ser estudante regularmente matriculado em uma das séries do Ensino Fundamental ou Médio, ou qualquer semestre da Educação de Jovens e Adultos – EJA (supletivo) ou em curso pré-vestibular ou em curso superior, em nível de graduação ou pós-graduação;

 

Comprovante de rendimento de uma das seguintes situações: 

·         Empregados: contracheque de algum mês do ano de 2022;

·         Aposentados e pensionistas: comprovante mensal de recebimento de aposentadoria ou pensão de algum mês do ano de 2022;

·         Desempregado: declaração de desempregado conforme Anexo II da Portaria – Situação 1;

·         Trabalhador autônomo ou informal ou eventual: declaração especificando a renda mensal, com assinatura de uma testemunha, com RG e endereço. O modelo de declaração consta no Anexo II da Portaria – Situação 2.


Outras especificações dos documentos solicitados, bem como os modelos e anexos, estão disponíveis na Portaria. O correto preenchimento dos formulários de solicitação e o envio dos documentos comprobatórios são de inteira responsabilidade
do candidato.
 

Confira a seguir as principais datas do processo seletivo: 

20 de maio a 24 de maio: Inscrição para solicitação de isenção e redução da taxa de inscrição.

25 de maio a 28 de junho: Inscrições para o Processo Seletivo Vestibular.

13 de junho: Resultado do pedido de isenção e redução.

14 de julho: Divulgação dos locais de prova.

17 de julho: Dia da aplicação das provas.

18 de julho: Divulgação dos gabaritos oficiais.

27 de julho: Divulgação da classificação geral dos cursos.

28 de julho e 29 de julho: Matrícula para os candidatos aprovados na primeira chamada.

 

Centro Paula SouzaAutarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza (CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob a supervisão de uma Etec –, em cerca de 360 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 226 mil estudantes nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 96 mil alunos.


Advogada explica aplicação do direito de imagem a luz da Lei Geral de Proteção de Dados


O direito de imagem já é resguardado pelo Código Civil, assim como os direitos de personalidade e propriedade. Então, antes mesmo da Lei Geral de Proteção de Dados entrar em vigor, as pessoas já tinham proteção de imagem, vídeo e de direitos autorais, por exemplo, desde que fossem devidamente registrados.

Então, conforme explica a advogada e consultora jurídica Lorrana Gomes, é preciso lembrar que essa proteção já existia antes mesmo da LGPD.

“A mudança que houve com a entrada em vigor da Lei é que essa proteção ficou mais específica. Ficou mais forte, porque a LGPD traz a imagem justamente como uma espécie de dado. Porque através dela nós conseguimos identificar cada indivíduo”, pontuou Lorrana para emendar: “a ‘mudança’ é que a proteção ficou mais rigorosa”.

Conforme Lorrana, com a LGPD, para divulgar a imagem/foto de alguém em alguma rede social ou evento, é preciso que se tenha uma autorização expressa.

“E é preciso que fique claro não só a intenção de usar, mas para que finalidade aquela foto vai ser usada e para quais pessoas ela vai ser exposta. Por isso, é preciso uma autorização específica para aquela finalidade. Depois disso, se quem estiver usando a imagem desvirtuar-se da finalidade autorizada, ele pode ser penalizado”, alertou.

Outro ponto comentado pela especialista foi a aplicação da LGPD sobre o direito de imagem de crianças.

“Nesse caso, é necessário uma atenção ainda maior, porque a proteção também é maior. É preciso autorização dos pais ou responsáveis legais daquela criança, para que o uso da imagem seja autorizado. E, além da finalidade, é preciso que essa seja apropriada. Ou seja, pra fins de informação, não podendo ser para comercialização ou trabalho artístico. Nesses dois casos se faz necessário também uma autorização judicial”, comentou.

 

Lorrana Gomes - Advogada e Consultora Jurídica, inscrita sob a OAB/MG188.162, fundadora do escritório de Advocacia L Gomes Advogados (full service). Graduada em Direito pela Escola Superior Dom Helder Câmara e pós graduada em Direito Previdenciário e Lei Geral de Proteção de Dados. Autora de diversos artigos jurídicos. Membro da Comissão de Admissibilidade e Instrução do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/MG.


Novas dinâmicas do comprador omnichannel exigem uma adaptação do varejo na América Latina

Novo relatório da Kantar destaca a importância da jornada do comprador 'Figital' e a tendência O2O (Online to Offline)

 

O consumidor latino está mais experiente, compra em canais diversos e seu gasto é mais fragmentado, de acordo com a 3ª edição do relatório Winning Omnichannel Latam 2022, produzido pela Kantar, líder global em dados, insights e consultoria. Nos últimos dois anos, compradores e canais passaram por um processo de reinvenção para se adequar à nova realidade. 

Novos canais se destacaram, como Farmácias e Lojas Especializadas, além do formato Atacarejo, que continua crescendo constantemente na América Latina.Sabemos que o consumo de produtos massivos para o lar está concentrado nos canais convencionais, como Hipermercados e Supermercados, com 61%. No entanto, lojas de Conveniência e Atacadistas, entre outros, deram uma contribuição para o crescimento das vendas do setor de FMCG (bens de consumo massivo) em 51% em comparação a 2019, mostrando que o omnichannel está mais forte”, explica Lenita Vargas, Diretora de Shopper & Retail Latam da divisão Worldpanel da Kantar. 

No Brasil, os maiores destaques positivos do ano passado foram os canais Atacarejo e Pequeno Varejo de Autosserviço, que conquistaram maior número de novos lares. Canais menores e de proximidade também se fortaleceram no segundo ano da pandemia no País, evidenciando que conveniência é fator de escolha do consumidor na hora de comprar. O pequeno varejo de autosserviços conquistou 7,6 milhões de novos lares compradores em relação ao ano pré-pandemia (2019) e hoje representa o maior valor total gasto (23,6%) pelo brasileiro nos canais de compra de bens de consumo massivo. Os canais de super vizinhança também registraram boa performance, alcançando mais 1,8 milhões de domicílios compradores. 

O novo comportamento de compra do consumidor exige uma adaptação do varejo, já que ele está em mais canais, atende menos o canal físico e gasta de forma mais planejada. O relatório Winning Omnichannel segmentou os perfis dos consumidores latino-americanos em três grupos de acordo com o número de canais visitados. O Comprador Experiente, que consome em oito ou mais estabelecimentos durante o ano, representa 1/3 da população e 40% dos gastos de bens de consumo massivo, ou seja, contribuiu para quase 80% do crescimento pós-COVID-19 na América Latina. 

A transformação e a digitalização dos canais também mereceram destaque no relatório. “Em 2021, mais famílias compraram produtos de FMCG online, como, por exemplo, na Argentina (39%), Chile (38%) e Bolívia (35%). Além disso, estão surgindo novos conceitos que darão o tom para os próximos anos. O O2O (do inglês Online para Offline) está crescendo à medida que os compradores integram cada vez mais a experiência online em seu papel de canais, seja para buscar produtos ou fazer uma compra”, acrescenta Vargas. 

Nos últimos 12 meses, três grandes movimentos levaram à mudança do varejo na América Latina. O primeiro tem a ver com a transformação e digitalização dos canais, pois, até o final de 2021, mais formatos foram forçados a se adaptar às mudanças de hábitos e rotinas do comprador omnichannel, levando a uma rápida mudança no ritmo de desenvolvimento do canal online na América Latina. 

O segundo aposta na relação qualidade/preço, proximidade e especialização. Em 2021, o canal Atacarejo atingiu seu pico de penetração, ultrapassando a metade da população latino-americana, enquanto Super e Hipermercados, assim como os Tradicionais, continuaram perdendo espaço. Essa perda foi absorvida pelo desenvolvimento acelerado de canais não convencionais, que tiveram forte crescimento nesse novo ambiente. 

Finalmente, em terceiro lugar, vem o 'Figital' - mix entre os canais físicos e digitais-, somado ao omnichannel. “O número crescente de diferentes pontos de venda de varejo digital aproximou os compradores às marcas de FMCG. Isso ajudou a acelerar o crescimento do produto e fortaleceu a tendência O2O: o crescimento da categoria Online foi 10 vezes maior do que Offline. Portanto, entender a jornada do comprador Figital tornou-se mais relevante do que nunca”, conclui a diretora da Kantar. 

O relatório Winning Omnichannel Latam 2022 da Kantar, divisão Worldpanel, pode ser acessado na íntegra em www.kantar.com/brazil/campaigns/wp/2022/omnichannel-latam

 

Kantar

www.kantar.com/brazil


Pesquisa investiga impactos ambientais de resíduos de festas open bar

Pixabay
Estudo convida frequentadores e organizadores desses eventos para responderem questionário online


Copos plásticos, garrafas de vidros, dejetos de banheiros químicos. Este são alguns dos resíduos gerados após uma festa open bar. Para investigar os impactos ambientais desse tipo de evento, uma pesquisa na área de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está convidando organizadores e frequentadores para responder um questionário online. O trabalho visa estimar os impactos ambientais gerados pelos resíduos sólidos descartados na execução de eventos de lazer do tipo open bar, bem como avaliar a percepção dos organizadores de eventos dessa natureza e do público que os frequenta sobre tais impactos e sua disposição em frequentar e dar preferência a eventos em que preocupações ambientais estejam presentes. 


O estudo, intitulado "Impactos ambientais gerados a partir de resíduos na execução de eventos open bar", é desenvolvido pelo estudante do curso de graduação de bacharelado em Ciências Biológicas do Campus São Carlos da Universidade, Gustavo Pedrino Braga, como trabalho de conclusão de curso, sob orientação do professor Sérgio Henrique Vannucchi Leme de Mattos, do Departamento de Hidrobiologia (DHb) e coordenador do Laboratório de Estudos sobre Sistemas Complexos Ambientais (LASCA) da UFSCar. 


Segundo o docente, nessas festas são gerados inúmeros resíduos, tanto sólidos como gasosos, como vidros, plásticos, dejetos de banheiros químicos, gases liberados por queima de combustíveis (diesel em sua maioria), alumínio, entre inúmeros outros. 


"O tema surgiu a partir da preocupação dos impactos gerados por eventos open bar em um âmbito geral, algo muito pouco discutido e estudado, ainda com poucos dados sobre o assunto. Um evento que se preocupa ou, minimamente, conhece os impactos gerados por eles e tem a responsabilidade em minimizá-los, consegue de alguma forma, além de ajudar o meio ambiente, impactar seu público para levar uma vida mais sustentável? Estamos em busca desta e de outras respostas", afirma Gustavo Braga, responsável pela pesquisa, que já possui dados de inúmeros eventos open bar realizados nos anos de 2018 a 2022 em distintas cidades do estado de São Paulo.


 

Legislação


O tema do trabalho está relacionado às adequações do setor de eventos ligadas à sustentabilidade preconizadas na legislação brasileira. "A preocupação e adequação do setor de eventos às questões ambientais é prevista na Lei Geral do Turismo nº 11.771 de 17 de setembro de 2008, no inciso IV do seu artigo 34, declarando que as empresas organizadoras de eventos têm como dever ‘manter, no exercício de suas atividades, estrita obediência aos direitos do consumidor e da legislação ambiental’", cita o docente. 


Entretanto, apesar de todos esses pontos, estudos indicam que a regulamentação e a fiscalização de eventos por parte dos órgãos ambientais não se dão de maneira muito efetiva. Além disso, "um evento, por mais ações sustentáveis que adote, ainda assim gera impactos ambientais negativos", alerta o professor. 


O trabalho é desenvolvido no contexto da abordagem ESG (sigla em Inglês para "Environmental, Social and Governance"), que envolve questões ambientais, sociais e de governança e tem ganhado cada vez mais espaço nas estratégias de empresas no mundo todo, sendo uma pauta de destaque cada vez mais forte. O professor da UFSCar afirma que, segundo estudiosos da área, desenvolver as pautas ESG internamente nas empresas pode melhorar o acesso a investimentos, diminuir riscos e atender a uma demanda crescente dos investidores, consumidores e da sociedade em geral. Esta visão, segundo o docente, é a mesma apresentada pela Bolsa de Valores do Brasil, segundo a qual "cada vez mais as empresas adotam tais práticas, pois o mercado vem observando a análise de riscos socioambientais, e investidores estão cobrando na hora de escolher em quais empresas investirão, principalmente se tratando de segmentos mais conservadores".


 

Como participar


Estão sendo convidados para participar do estudo pessoas que tenham 18 anos ou mais e sejam organizadoras ou frequentadoras de eventos open bar. A participação consiste em preenchimento dos respectivos formulários: organizadores (https://bit.ly/3wjkWbu) e frequentadores (https://bit.ly/3yHnbaw). O tempo estimado de resposta é de 5 a 7 minutos. 

Dúvidas podem ser esclarecidas com o orientador do estudo, Sergio Mattos, pelo e-mail sergiomattos@ufscar.br. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52804621.2.0000.5504).


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