Farmacêutica Zambon alerta sobre os sintomas da patologia que atinge principalmente os idosos; adequações no tratamento, com terapia combinatória de safinamida, e atendimento multiprofissional, podem elevar a qualidade de vida do paciente
Embora os tremores sejam a
característica mais marcante da Doença de Parkinson, eles não são os primeiros
sintomas a aparecer. Lentidão dos movimentos, rigidez muscular, perda do
equilíbrio, alterações na fala e na escrita são características importantes da
doença neurológica que provoca a degeneração das células de uma região do
cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a dopamina, que conduz
as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. Quando há falta ou
diminuição no fornecimento de dopamina, o controle dos movimentos
musculares1,2 é prejudicado.
“Embora os tremores sejam
característicos da Doença de Parkinson, 20% dos pacientes podem não apresentar
esse sintoma3. É muito frequente ouvirmos o relato de pessoas que
ficaram meses passando de reumatologista em reumatologista, de ortopedista em
ortopedista, porque estavam como uma rigidez no braço ou uma lentidão no
movimento”, relata a presidente da Associação Brasil Parkinson, Erica Tardelli,
referindo-se à bradicinesia. “Quando não há o tremor, somente a lentidão e a
rigidez, demora-se muito para fazer o diagnóstico e isso retarda o início do
tratamento”, lamenta.
Erica explica que até iniciarem a
reposição da dopamina, todos os pacientes são lentos. “A lentidão pode ser uma
dificuldade para se vestir, escrever, digitar ou realizar um movimento que
exige a coordenação motora fina, como o uso do fio dental”, exemplifica. Outro
problema que assombra as pessoas com Parkinson e aparece com a evolução da
doença é o congelamento da marcha, conhecido como freezing.
“O paciente para de andar subitamente
quando está em um ambiente de estresse, de ansiedade. Ele precisa passar num
corredor estreito ou sair de um elevador onde há um monte de gente atrás dele
querendo sair rápido e isso gera um bloqueio. Os pés grudam no chão e não
adianta puxar, porque ele não vai sair do lugar e ainda pode cair”, explica
Erica Tardelli. “Existem comandos para ajudá-lo a acessar a informação
necessária para dar o primeiro passo”, acrescenta.
Medicamentos
O tratamento com medicamentos é fundamental para
evitar a degradação da dopamina, além da deterioração das funções cerebrais e o
controle dos sintomas do Parkinson. Eles não curam a doença, mas melhoram a
qualidade do tempo ao lado dos amigos e familiares.
Consenso publicado recentemente por 10 especialistas em distúrbios do movimento4, de diferentes áreas, reforçam os benefícios do mesilato de safinamida na redução dos sintomas e flutuações motoras, promoção da qualidade de vida e segurança no tratamento da Doença de Parkinson. Entre os sintomas não-motores, são apontados como ganhos da nova terapia a diminuição da dor, a melhoria da qualidade do sono e do humor dos pacientes.
O mesilato de safinamida é um inibidor de MaoB
(monoamina oxidase) com duplo mecanismo de ação: dopaminérgico e não
dopaminérgico5 e deve ser utilizada em combinação com a levodopa
(dopamina) e não como monoterapia. “Estudos de vida real vêm demonstrando a
segurança e tolerabilidade do mesilato de safinamida, inclusive em populações
acima de 75 anos com comorbidades, bem como em pacientes tomando
antidepressivos, o que sempre foi uma preocupação para os neurologistas
associar a classe de inibidores da MAOB com antidepressivos 6,7”,
destaca a coordenadora de Assuntos Médicos da Zambon, Mônica Bognar.
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