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segunda-feira, 16 de maio de 2022

Registros de ameaça contra meninas e mulheres aumentam mais de 20% em dias de partidas de futebol

  Estudo encomendado pelo Instituto Avon analisou dias de jogos do Campeonato Brasileiro da série A e observou base de dados de violência contra a mulher

 

Os boletins de ocorrências de ameaça contra mulheres aumentam em 23,7% quando um dos times de futebol da cidade joga, é o que mostrou a pesquisa “Violência Contra Mulheres e o Futebol”, idealizada pelo Instituto Avon e encomendada ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Para entender a relação entre o esporte e enfrentamento às violências contra mulheres e meninas, o estudo analisou bases de dados de violência com informações de todos os dias de jogos do Campeonato Brasileiro da série A entre os anos de 2015 e 2018, em cinco capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre.
 


"A pesquisa demonstra que há uma relação entre jogos de futebol e aumento de registros de violência doméstica. Naturalmente, não estamos sugerindo que a causa seja o jogo de futebol, que é uma paixão nacional, mas que este pode funcionar como uma espécie de catalisador das desigualdades de poder entre homens e mulheres, ao interagir com valores ligados a masculinidade, competitividade, rivalidade, hostilidade, pertencimento, virilidade e, por vezes, à frustração", explica a coordenadora das áreas de pesquisa e impacto e enfrentamento às violências contra as meninas e mulheres do Instituto Avon, Beatriz Accioly.  

Entre os registros de lesão corporal dolosa, o aumento em dias de jogos dos times das regiões observadas é de 20,8%. Já nos dias em que o clube é o mandante da partida e joga na própria cidade e estádio, o levantamento identificou o aumento de 25,9% de registros policiais. O estudo “Violência Contra Mulheres e o Futebol” também revela que, em sua maioria, os responsáveis pelas violências são os companheiros e ex-companheiros. 

“A violência relacionada ao futebol não é uma exclusividade brasileira e tampouco acontece apenas entre torcidas organizadas. No mundo, em países como a Inglaterra, por exemplo, quando a seleção perde, a violência doméstica aumenta até 38%, segundo análise entre os anos de 2012 e 2013. Nos Estados Unidos, o mesmo é observado na final do campeonato de futebol americano, que representa um dos piores dias de registros de violência contra meninas e mulheres, com aumento de 40% de casos, segundo um estudo realizado em 1993”, complementa Beatriz. 

A diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno, lamenta que poucos estudos do gênero tenham sido realizados no país até o momento, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Inglaterra. "Infelizmente a violência doméstica é uma realidade não só dos brasileiros, como demonstram os levantamentos realizados no exterior. Mas é uma pena que ainda existam poucos trabalhos no Brasil fazendo uma correlação com o futebol. Olhamos pouco para o que ocorre além das quatro linhas e espero que esse estudo possa induzir um debate sério sobre o tema, ainda mais em ano de Copa do Mundo", destaca Samira. 

O estudo revelou que os boletins de ocorrências por ameaça são maioria entre mulheres de 30 e 49 em São Paulo e Rio de Janeiro com percentuais de 49,7% e 49,6%, respectivamente, seguidas por Belo Horizonte com 48% de registros. Na análise de ocorrências por agressão física, a faixa etária mais afetada é de mulheres entre 18 a 29 anos, principalmente em Porto Alegre, cujo percentual corresponde a 37,4% dos casos. São Paulo vem na sequência, com 36,3%, seguida por Rio de Janeiro (35,9%) e Belo Horizonte (35,4%). 

O perfil racial das ocorrências é liderado por mulheres negras em Salvador e Belo Horizonte, que correspondem a mais da metade dos registros por ameaças e agressões. Na capital baiana, o índice ultrapassa 80%. Já no Rio de Janeiro, elas representam 5 em cada 10 mulheres. 

“O esporte e a paixão pelo time não podem abrir procedentes para violências contra meninas mulheres. Para evitar que isso aconteça é importante e necessário o debate sobre o assunto, principalmente com os homens, para isso precisamos contar com os próprios clubes e times. À exemplo, recentemente o São Paulo Futebol Clube e o Sport Club do Recife passaram a integrar a Coalizão Empresarial Pelo Fim das Violências Contra Mulheres e Meninas, assumindo o compromisso de intensificar ações internas com todas as categorias, com potencial de impacto na sociedade”, conclui Beatriz.

 

Coalizão Empresarial Pelo Das Violências Contra Mulheres e Meninas e o futebol brasileiro 

O São Paulo Futebol Clube e o Sport Club do Recife são os primeiros times de futebol a ingressarem na aliança empresarial que une esforços e recursos da iniciativa privada para gerar impacto social por meio da conscientização e mobilização para o fim da violência contra mulheres e meninas. Os clubes integrarão as agendas de treinamentos de lideranças, ações para funcionários e as categorias de base e time principal, implementação de canais e projetos de apoio às suas profissionais para ambientes de trabalho seguros e que priorizem a equidade de gênero. 

 

Sobre o Fórum Brasileiro de Segurança Pública

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública foi constituído em março de 2006 como uma organização não-governamental, apartidária e sem fins lucrativos, cujo objetivo é construir um ambiente de referência e cooperação técnica na área de atividade policial e na gestão de segurança pública em todo o País. Composto por profissionais de diversos segmentos (policiais, peritos, guardas municipais, operadores do sistema de justiça criminal, pesquisadores acadêmicos e representantes da sociedade civil), o FBSP tem por foco o aprimoramento técnico da atividade policial e da governança democrática da segurança pública. O FBSP faz uma aposta radical na transparência e na aproximação entre segmentos enquanto ferramentas de prestação de contas e de modernização da segurança pública, compreendida como direito fundamental e condição para o exercício da cidadania e para justiça social.

 

Instituto Avon


Mudanças nas regras de concessão do auxílio-doença tornam o médico do trabalho ainda mais essencial para o atendimento básico ao trabalhador

A gestão da saúde do trabalhador, com as novas regras, se torna a porta de entrada para obtenção do benefício, muito acionado para atender afastamentos por transtornos mentais e comportamentais 


O auxílio-doença, que passou a ser chamado de benefício por incapacidade temporária, é pago para o trabalhador incapacitado de exercer suas atividades laborais por mais de 15 dias de forma provisória e não permanente, ou seja, com prazo certo de recuperação.

O Governo Federal publicou no dia 20 de abril último a Medida Provisória nº 1.113 que traz diversas mudanças na análise e concessão dos benefícios disponibilizados pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Uma das alterações da MP inclui apenas análise documental, realizada com base na verificação de atestados e laudos médicos, para a concessão do auxílio-doença. Contudo, no caso do auxílio-acidente, o INSS passa a exigir a partir de agora uma revisão periódica mediante o exame médico pericial.

Com a Medida Provisória, passa a ser dispensada a emissão de parecer conclusivo da perícia médica federal nos casos de requerimento do auxílio-doença.

De acordo com Ricardo Pacheco, médico, gestor em saúde, CEO da Oncare Saúde e presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho), a concessão do benefício pode ser simplificada para o trabalhador e destacará o quanto o médico do trabalho e uma gestão de saúde nas empresas são importantes. “Para o trabalhador o processo será simplificado, uma vez que a análise documental passa a ser realizada com base em atestados e laudos médicos apresentados pelo segurado. Para as empresas que prestam serviços de saúde para outras empresas, com especialistas em medicina corporativa, o foco deverá estar na gestão administrativa, acompanhando sua saúde e equilíbrio emocional, visando o encaminhamento ou não ao INSS”.


Perícia médica do INSS deixa de ser exigida 

Com a nova regra passa a ser desobrigada a avaliação da perícia médica do INSS para garantia do benefício.

         Como dito, o auxílio poderá ser concedido por avaliação documental que comprove a enfermidade do segurado — sendo atestada por laudos ou atestados realizados pelo INSS. 

Para Ricardo Pacheco, a não exigência de perícia médica no INSS torna ainda mais essencial a união de duas vertentes da medicina. “A nova regra favorece a união da medicina assistencial e da medicina ocupacional, tornando o médico do trabalho ainda mais primordial para o atendimento básico ao trabalhador. O serviço de saúde passa a ser a porta de entrada para a obtenção do benefício por incapacidade temporária. Todavia, vale ressaltar que a perícia médica presencial não foi extinta, assim, ainda será feita em alguns casos”.

 

De acordo com o médico as alterações previstas na MP é um modelo similar àquele adotado durante a pandemia, momento em que a perícia presencial ficou inviável devido à covid-19.  “A ideia, na prática, visa otimizar as concessões, tendo em vista que no INSS existem filas gigantescas de segurados aguardando uma data com o médico da autarquia. No entanto, é sempre importante lembrar que o contato pessoal entre o médico e o trabalhador tem um papel muito importante na concessão, pois, muitas vezes, no decorrer da conversa, o segurado consegue explicar de forma bem clara como a doença o incapacita para a atividade que exerce. É exatamente esse contato que é priorizado pela gestão da saúde corporativa, com consultas regulares e acompanhamento individualizado”, enfatiza o presidente da ABRESST e CEO da Oncare Saúde.

 

 

Parte significante dos pedidos do benefício vem de trabalhadores com transtornos mentais e comportamentais

 

        Segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência, nos primeiros sete anos do ano passado já haviam sido concedidos 108.263 benefícios por incapacidade temporária (o auxílio-doença) para trabalhadores com transtornos mentais e comportamentais.

 

No grupo de 468 doenças estão incluídos os transtornos como depressão, ansiedade, pânico, esquizofrenia, estresse pós-traumático, transtorno bipolar e fobia social, e a depressão e ansiedade são os principais casos de pedidos de afastamentos.

 

Embora o MTP não tenha informado o número geral de concessões de auxílio-doença no mesmo período de 2021, os dados mostram que de 2019 para 2020 houve aumento de 29% na concessão de auxílio-doença para doenças relacionadas a transtornos mentais e comportamentais. Foram 289.677 liberações em 2020, frente aos efeitos da pandemia na saúde mental dos brasileiros – em 2019, com 224.527 concessões.

 

Entre as doenças com maior crescimento na concessão de auxílio-doença de 2019 para 2020 estão o transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave com sintomas psicóticos (97%); o transtorno depressivo recorrente, episódio atual grave sem sintomas psicóticos (88%); a esquizofrenia paranoide (83%); o transtorno afetivo bipolar, episódio atual depressivo grave sem sintomas psicóticos (82%); e o transtorno de pânico e episódio depressivo grave com sintomas psicóticos (73%).

Em 2020, dentro do número geral de concessões do ainda auxílio-doença, duas doenças do grupo de transtornos mentais e comportamentais ficaram entre as 10 com maior número de afastamentos do trabalho. Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos ficou em 8º lugar, com 26.327 concessões, e transtorno misto ansioso e depressivo ficou em 10º lugar, com 20.986.

De acordo com Dr. Ricardo Pacheco, o trabalho dos profissionais de saúde ocupacional é importantíssimo para detectar e tratar os transtornos mentais no trabalho, muitas vezes tornando o afastamento desnecessário. “É preciso alertar que nem sempre é possível perceber os sintomas de depressão e ansiedade. Muitas pessoas continuam nas suas atividades laborais sem sinais aparentes de que algo não vai bem. Por isso, uma gestão de saúde atenta possibilita que mudanças significativas na qualidade de vida do indivíduo sejam percebidas em tempo de serem estabelecidas, promovendo bem-estar e saúde com acolhimento e cuidado. Uma equipe de especialistas é capaz de perceber sensações prolongadas de tristeza ou de inutilidade e abuso de substâncias como álcool e drogas são pontos de alerta”, adverte.


MP torna o auxílio-acidente um benefício passível de revisão periódica

Medida Provisória 1.113 também trouxe alteração na concessão do benefício auxílio-acidente, que agora pertence ao grupo de outros benefícios passíveis de revisão periódica mediante exame médico pericial. Assim, os beneficiários do auxílio-acidente passam a estarem obrigados - sob pena de terem o benefício suspenso - a se submeter a exame médico sempre que o INSS os convocar, relativos ao processo de reabilitação profissional ou tratamento.

Estas avaliações médicas têm a finalidade de verificar se o segurado ainda mantém suas limitações que foram determinantes para a concessão do benefício. “O objetivo é verificar se as sequelas decorrentes do acidente continuam a causar redução da capacidade para o trabalho habitualmente exercido, ou se essas sequelas já não existem mais e o segurado estará 100% apto para o trabalho formal, tendo o auxílio-acidente cessado”, completa o presidente da ABRESST e CEO da Oncare Saúde, Ricardo Pacheco. 

 

Dr. Ricardo Pacheco, médico CEO da Oncare Saúde trata do papel da medicina ocupacional diante das recentes mudanças na concessão do auxílio-doença, com o médico do trabalho se tornando a porta de entrada para conquistar o benefício.

 

Reféns da covid e das cargas

Há algumas semanas, depois de dias de um isolamento severo, habitantes de Shanghai, moderna cidade chinesa, gritavam aflitos das janelas de seus apartamentos. Para o desespero havia inúmeras razões: falta de itens básicos de higiene pessoal, falta de medicamentos de uso contínuo e, até e principalmente, de alimentos. Incontáveis vídeos de geladeiras e armários vazios, crianças chorando e idosos enfraquecidos tomaram as redes. Como já era de se esperar, a escassez de alimentos gerou aumento nos preços, e a situação piorou muito rapidamente. Num momento em que a agonia atingiu seu auge, e os gritos angustiados geraram um coro de milhares de pessoas, drones tomam os céus poluídos da megalópole ordenando que seus habitantes controlassem seus desejos de liberdade, não cantassem e se afastassem de suas fenestras.

O uso de drones para emitir tais ordens, tal qual a decretação de lockdown sem aviso prévio – impedindo que as pessoas estocassem um mínimo de alimentos e remédios –, é uma mostra não apenas do totalitarismo hi-tech chinês, mas dos novos reféns da pandemia, mais de dois anos após sua eclosão. Alguns dias depois, após incontáveis críticas da comunidade internacional, os chineses distribuíram alguns kits básicos de alimentação para os moradores isolados.

A violação dos direitos mais básicos de seus habitantes, no entanto, não parava ali. A testagem em massa, um dos pilares da tolerância zero ao vírus, separava famílias, retirava bebês dos colos de suas mães; destruia também fisicamente lares diversos ao pulverizar compostos químicos por residências que, após duas semanas, vazias, apodreciam rapidamente. Essa política agressiva nos leva a questionar os números de infectados e mortos divulgados pelo governo chinês. De janeiro a março deste ano, Pequim anunciou um número de mortos por covid-19 maior do que em todo o ano de 2021.

Por mais eficaz que o isolamento social, o uso de máscaras, a vacinação maciça e a higiene das mãos sejam no combate à pandemia, o custo humano dos novos reféns do isolamento não é o único. Além da cidade de Shanghai – que abriga a maior siderúrgica e o maior polo de construção naval da China –, a cidade de Shenzhen, ao sul, também passou por políticas semelhantes. Shenzhen, considerada o Vale do Silício Chinês, é sede de empresas de tecnologia e hoje a terceira maior cidade da China.

O lockdown rigoroso em grandes cidades chinesas gerou efeitos que rapidamente se espalharam pelo mundo. Além de um importante centro financeiro, Shanghai concentra um dos mais importantes portos do mundo – que, só em 2021, foi responsável por 27% das exportações chinesas. Com a abrupta parada nas atividades gerais na cidade, o envio e o recebimento de mercadorias para e do mundo foram interrompidos. O acúmulo de contêineres, em falta por todo o planeta, e a fila de navios para desembarque e embarque de mercadorias, já geram efeitos por toda a cadeia produtiva global. Empresas como a Volkswagen, já paralisaram a produção de automóveis em várias de suas plantas.

O Brasil pode experimentar uma redução momentânea nas exportações de minérios e soja para a China, uma vez que cidades com a produção interrompida, certamente não utilizarão esses itens. Somados aos efeitos econômicos também globais da invasão russa à Ucrânia, os lockdowns na China já prejudicam a economia do mundo todo e escancaram a dependência das cadeias produtivas das cargas vindas da China. O Brasil, que se desindustrializou nos últimos anos, é altamente dependente de manufaturados chineses, assim como Estados Unidos e União Europeia. A redução dessa dependência não é algo que pode ocorrer rapidamente, e deve fazer parte de um planejamento.

Uma das explicações para o meteórico crescimento de Shanghai foi a implantação de Zona de Processamento Econômico de Exportação e Zona de Livre Comércio. Nesse ambiente, a tributação de atividades industriais é praticamente nula, e o governo facilita a geração e implantação de novos negócios. A esse cenário favorável, soma-se uma infraestrutura de qualidade e o incentivo à educação técnica e universitária. O que nós, brasileiros, estamos esperando para replicar aqui essas iniciativas?

 

João Alfredo Lopes Nyegray - doutorando em estratégia, mestre em internacionalização. Coordenador do curso de Comércio Exterior e professor de Geopolítica e Negócios Internacionais na Universidade Positivo.


Como conquistar o consumidor consciente

Validity lista cinco maneiras para as empresas mostrarem empatia nas suas campanhas de 'e-mail marketing'

 

O mundo tem enfrentado uma série de desafios desde o início da Covid-19. Agora, mais de dois anos depois, a pandemia persiste, as preocupações ambientais são grandes, o aumento da inflação afeta diariamente a nossa vida e há ainda a guerra na Ucrânia.

Essas crises causam grandes incertezas às marcas e aos profissionais de marketing. Elas revelam lições importantes sobre como alcançar o equilíbrio entre a promoção de produtos ou serviços e a empatia nas comunicações de marketing.

Não é surpreendente que acontecimentos locais ou globais resultem em mudanças significativas de como os consumidores veem as marcas, de que forma e onde eles gastam o dinheiro. Um número crescente de consumidores está adotando causas sociais e mudando os padrões de compra para empresas alinhadas aos seus valores pessoais.

Esse conceito não é novo. É conhecido como consumismo consciente. A Validity, fornecedora líder de soluções de inteligência de e-mail marketing e gestão de dados de CRM, lista abaixo as principais táticas que os profissionais de e-mail marketing podem usar para conquistar esse consumidor consciente.


O que é consumismo consciente?


O consumismo consciente refere-se às maneiras como os indivíduos usam o seu poder de compra para o bem social, ambiental ou econômico.

Grande número de consumidores de hoje (especialmente os Millennials e a Geração Z) espera que as marcas se posicionem sobre questões sociais. Por isso, é essencial que as empresas incorporem estratégias de comunicação de “propósito acima de compras” nos seus programas de e-mail.

“Simplesmente agradar a um público com palavras da moda e impulsionar as vendas não é mais suficiente. É vital que as marcas identifiquem seus valores fundamentais e se comuniquem de maneira autêntica, relevante e empática. Se as marcas falharem nesse esforço, elas não apenas correm o risco de prejudicar sua reputação e ROI, mas também sua entregabilidade”, enfatiza Cecília Belele, vice-presidente de Vendas LATAM da Validity.

Pesquisa realizada pela empresa – Relatório de E-mail 2022: Domine o Novo Cenário do E-mail – mostra que os remetentes que não adotaram o tom apropriado nas comunicações por e-mail tiveram taxas mais altas de reclamações de spam e cancelamentos de assinatura em 2021.

Essas métricas de engajamento negativo são medidas pelos provedores de e-mail e fazem que os remetentes não consigam chegar às caixas de entrada dos assinantes. Talvez mais importante, se os assinantes acharem que as mensagens de e-mail são desrespeitosas ou irrelevantes, os danos causados aos negócios podem ser irreparáveis a longo prazo.


Principais táticas de marketing empático


A Validity lista abaixo como os remetentes podem adaptar suas estratégias e adotar um marketing mais empático e orientado para soluções.


1. Seja transparente sobre os seus valores
Em nosso cenário de e-mail atual, a transparência é fundamental. Diante de uma quantidade imensurável de informações das mídias sociais e redes de notícias, é difícil para os consumidores distinguir um fato de uma ficção. Por isso, é fundamental que os remetentes comuniquem proativamente seu ponto de vista sobre questões-chave e permitam que o seu público forme opiniões com base na comunicação direta.


2. Priorize a autenticidade
Adotar uma abordagem autêntica as comunicações de e-mail marketing ajuda as empresas a criar confiança e fidelidade em sua base de assinantes. Em meio a uma infinidade de crises recentes, as marcas têm se esforçado para compartilhar conteúdo que seja A: fiel aos seus valores fundamentais e B: escrito no tom apropriado. Para conseguir encontrar esse equilíbrio, é importante lembrar que o objetivo principal de uma campanha de e-mail nem sempre é vender ou promover, mas conectar seus assinantes a bens ou serviços que sejam realmente valiosos.


3. Una-se aos parceiros e comunidade
A união tem sido um tema comum para as comunicações por e-mail nos últimos anos. Hoje, continuamos a ver mensagens baseadas nas comunidades focadas na guerra na Ucrânia. As marcas estão trabalhando para criar um senso de comunidade entre elas e seus consumidores, alavancando parcerias que reiteram seus valores. Assim, as marcas também podem levar esse conceito de união com outras empresas para suas campanhas, buscando sinergia em causas comuns que façam sentido.


4. Personalize suas comunicações
Atualmente, a personalização é muito mais do que inserir o nome de um assinante em um modelo. As marcas devem oferecer experiências orientadas por dados, relevantes e individualizadas. Programas efetivamente personalizados colhem os benefícios de maior satisfação do assinante e podem ter um aumento de até 5,2 vezes na retenção.


5. Fique à vontade com a mudança
Se aprendemos alguma coisa desde março de 2020, é que as empresas devem estar prontas para mudar. Para os remetentes, qualquer mudança nos negócios precisa ser claramente comunicada ao público de maneira oportuna e compassiva. Durante a pandemia, as marcas inteligentes aproveitaram para lembrar os assinantes de seu valor e prepará-los para cenários incomuns.

“Entendemos que os consumidores de hoje são informados, inteligentes e optam por se alinhar com marcas que valorizam a autenticidade ao invés de palavras de ordem: empatia ao invés de um discurso de vendas. Para conquistá-los, certifique-se de incorporar essas táticas-chave em sua estratégia de e-mail marketing”, reforça a executiva.

 

 

Validity

Validity.com/br

LinkedIn, Instagram e Twitter.

 

Comunicação nas empresas: o que mudou nos últimos 9 anos?

Vivian Rio Stella, especialista em comunicação corporativa e fundadora da consultoria VRS Academy, enumera as principais mudanças que transformaram o meio empresarial


Você já parou para pensar em como seu jeito de se comunicar no trabalho mudou nos últimos tempos? Tanto gestores quanto colaboradores transformaram a maneira de trocar informações, seja pessoalmente ou por ferramentas digitais.

A consultoria VRS Academy, que participou desse processo através de treinamentos e cursos de comunicação para mais de 100 empresas, completa 9 anos de existência em maio de 2022. Para fazer um balanço do que aconteceu nesse tempo, a fundadora Vivian Rio Stella relacionou as 9 principais mudanças da comunicação empresarial nos últimos 9 anos:


1 – Crescimento do trabalho remoto ou híbrido

O avanço das tecnologias de comunicação possibilitou o crescimento dos modelos remotos e híbridos de gestão. “Até poucos anos atrás, era necessário passar o tempo todo em um posto físico, com horários definidos. Nos últimos anos, houve a ampliação de uma cultura de gestão híbrida e remota”, avalia a especialista em comunicação.


2 – Maior uso de ferramentas online de comunicação

“A comunicação entre a equipe se limitava a telefone, e-mail e reuniões presenciais, enquanto hoje há uma proliferação imensa de ferramentas de gestão remota, que já existiam, mas não eram tão utilizadas, como Mondays, Teams, Slack, Evernote e WhatsApp”, enumera Vivian.

3 – Reuniões remotas

Como as equipes passaram a dominar o uso de ferramentas digitais de comunicação, é cada vez mais comum a realização de reuniões remotas, sem que gestores e colaboradores precisem se locomover para um único local. “Se antes era uma loucura encontrar uma sala física para a reunião, hoje a loucura está em encontrar um horário na agenda para as reuniões remotas”, brinca a empresária.


4 – Corresponsabilidade

“Esse modo diferente de gerir as empresas impactou nas competências demandadas, nos temas e nos formatos dos cursos que são solicitados para nós. Nesse cenário, as corporações saíram do modelo de gestão de controle de presença, horários e tarefas para um modelo de mais colaboração, corresponsabilidade e autonomia, em que o tema de cultura de aprendizagem tem mais espaço”.


5 – Cultura de aprendizagem

As organizações passaram a valorizar mais a cultura de aprendizagem e o conceito de lifelong learning, que ressalta a importância do aprendizado contínuo. Além da demanda por aperfeiçoar as técnicas de comunicação, há um interesse genuíno de absorver melhor as informações. “As empresas têm valorizado mais os temas de humanização, empatia, escuta, o que consequentemente possibilitou que incluíssemos mais repertórios sobre ‘aprender a aprender’, que já faziam parte da nossa cultura organizacional”, explica Vivian. “O público está mais participativo, há uma maior cultura de aprendizagem. Por isso, temos adesão quando enviamos material prévio para leitura antes dos cursos e treinamentos. Depois dos eventos, enviamos materiais completos, com informações e dicas práticas”.


6 – Dinamismo

Esse maior interesse no aprendizado mudou a percepção de muitos gestores e colaboradores, que estão mais receptivos a treinamentos dinâmicos. “Nós da VRS sempre apostamos em formatos mais criativos, que não se limitam à exposição dos conteúdos, mas nos últimos anos tivemos mais espaço para incluir as inovações em cursos e treinamentos. Fomentamos diálogo e colaboração com rodas de conversa, vivências e ferramentas como Team Building, jogos interativos e clubes de leitura. Podemos utilizar referências anedóticas mais lúdicas, como gifs e memes”.


7 – Vozes diversas nas redes sociais

Segundo a especialista, as redes sociais também ampliaram o alcance da comunicação de gestores e colaboradores. “Houve um sair de dentro dos muros da empresa para expor suas mensagens fora. Isto é, há mais vozes diversas atuando dentro e fora das corporações, entre porta-vozes de marcas, multiplicadores e influenciadores internos. Assim, também foi gerado um aumento nos podcasts de empresas e lives relacionadas”, explica.


8 – Diversidade e inclusão

Essa ampliação de vozes diversas e influenciadores internos transformou o próprio quadro de recursos humanos: “Mais vozes implicam em maior diversidade e inclusão nas organizações. Hoje, há uma preocupação maior nas empresas em incluir a presença de etnias diversas, pessoas portadoras de deficiência, LGBTQIA+, maior porcentagem de mulheres em cargos de liderança... É algo que já víamos acontecer, porém de modo menos massivo”.


9 – Sustentabilidade e responsabilidade social

Outro aspecto que transformou a comunicação é a maior responsabilidade social e ambiental por parte das empresas. “Hoje, as organizações não se limitam à reciclagem de resíduos, e podemos aliar nossos eventos à doação de mudas de plantas e ações sociais, por exemplo. É uma preocupação que sempre tivemos como pequena empresa, e agora percebemos um olhar mais atento presente também nas grandes corporações”, conclui Vivian.

 


Vivian Rio Stella - Doutora em linguística pela Unicamp, com pós-doutorado pela PUC-SP, especialista em comunicação. Idealizadora da VRS Academy. Professora da Casa do Saber, da Aberje e da Cásper Líbero. Começou a realizar textos, produzir materiais didáticos e a dar curso sobre redação de e-mails, e do mundo da academia queria migrar para o mundo corporativo. Passou anos como consultora, até que montou a VRS Academy. Ao longo dessa trajetória, Vivian já realizou palestras, workshops e consultorias a mais de 100 empresas, dos mais variados portes.

 

VRS Academy

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Tecnologia 5G promete otimizar experiência do paciente com a saúde

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Nova geração de redes móveis será capaz de otimizar a rotina de saúde do paciente e encurtar distâncias para uma comunicação mais eficiente, segundo especialista 

O 5G deve chegar no Brasil até julho de 2022 e promete estimular ainda mais novas tecnologias voltadas à saúde e os investimentos na área. Segundo o relatório Internacional Data Corporation, os investimentos tecnológicos na área da saúde na América Latina devem chegar perto dos R 10 bilhões neste ano. Os aportes em healthtechs também são reflexo da importância cada vez maior das inovações na área, especialmente após a pandemia. Em 2021, a soma dos aportes recebidos por healthtechs brasileiras foi de US 530 milhões, 400% a mais do que o recebido em 2020. Com o 5G, esse cenário fica ainda mais promissor. 

Com capacidade altíssima de velocidade, até cem vezes maior que a internet 4G, a quinta geração da internet móvel deve possibilitar maior transmissão de dados e encurtar tempo de resposta entre médicos e pacientes, aumentando a eficiência na comunicação, além de possibilitar novas tecnologias para consultas remotas, com ferramentas essenciais para liberar informações em tempo real para paciente e profissionais de saúde. 

“O Brasil já vive os primeiros movimentos para a chegada do 5G, que deve impactar positivamente o setor da saúde, garantindo, especialmente, o atendimento efetivo nos centros hospitalares por meio da conexão de alta estabilidade. Assistências remotas, por exemplo, poderão ser realizadas sem interferências de falta de conexão e com mais agilidade”, prevê Luis Albinati, CEO e fundador da Vitalicia, plataforma de comunicação que promove engajamento, fidelização e aumenta a satisfação dos pacientes de clínicas. 

Segundo o especialista, a nova geração de redes móveis será capaz de otimizar a rotina de saúde do paciente e sua comunicação com o médico, com a rápida transferência de dados e a diminuição de período de latência, além da confiabilidade das conexões. “Não há dúvidas de que essa tecnologia trará um salto de conectividade no atendimento em redes de saúde. A interação entre médico e paciente será facilitada e a saúde obterá ganhos incalculáveis, como a própria vida em alguns casos”, finaliza o executivo.

 

Vitalicia - plataforma de comunicação que oferece soluções personalizadas para clínicas, médicos e pacientes.


Fica, vai ter bolo! Como empresas de TI estão fazendo para manter seus talentos

Pesquisa revela que mais de 70% dos profissionais da área querem mudar de emprego; com mais vagas do que profissionais qualificados no mercado, gestores fazem malabarismos para formar e manter suas equipes

 

Parece até uma realidade alternativa. E, de fato, é mesmo. Enquanto o Brasil registra a taxa de 11,1% de desemprego, a área de TI experimenta uma inversão, onde os profissionais qualificados podem “escolher” seus trabalhos e os empregadores traçam estratégias para mantê-los em suas empresas. 


Essa realidade só é possível em razão de uma conta que não fecha: existe uma demanda crescente por profissionais de tecnologia e pouca mão de obra qualificada. 


Um estudo recente publicado pela Brasscom indica que cerca de 53 mil pessoas são formadas por ano em cursos de perfil tecnológico e há uma demanda média anual de 159 mil profissionais de Tecnologia da Informação e Comunicação, o que traz um grande desafio para o Brasil. 


O relatório estima que as empresas de tecnologia demandarão 797 mil talentos de 2021 a 2025. No entanto, com o número de formandos aquém da procura, a projeção é de um déficit anual de 106 mil profissionais – 530 mil em cinco anos. 


“O resultado deste desencontro é a valorização dos profissionais que estão sendo cada vez mais disputados pelas grandes corporações que precisam de seus serviços para continuarem expandindo seus negócios”, relata Alan Batista, CEO da Rebase. 



Cultura e ações para a manutenção de talentos
 


Mais valorizados do que nunca, os profissionais de TI que possuem uma boa qualificação estão na posição de poder escolher onde e como trabalhar. É o que revela a pesquisa da Gartner realizada em 2021 que constata que no cenário global, apenas 29,1% dos trabalhadores da área têm intenção de permanecer em seus empregos atuais; já na América Latina os números são ainda mais expressivos registrando uma taxa de 26,9% de profissionais que não pretendem continuar onde estão. 


Atentas a isso, as lideranças têm se reinventado para não se desfalcarem nessa dança das cadeiras. É o caso da Rebase, empresa de desenvolvimento de softwares que percebeu que desenvolver uma cultura de empresa mais inclusiva pode estimular mais seus talentos a ficarem. 


“Temos uma formação forte para quem inicia conosco, intensiva nos primeiros 45 dias e imersiva a partir disso. Tratamos todas as pessoas da mesma forma, sem distinções de júnior, pleno e sênior, isso permite que a pessoa recém chegada possa trabalhar em tarefas de qualquer complexidade e com o suporte de todo o time, tornando o nosso ambiente um lugar seguro para se trabalhar”, explica Batista. 


Já a Guiando, empresa especialista em desenvolvimento de tecnologias inteligentes para Telecom e gestão automatizada de faturas, criou um programa de gamificação para bonificar seu time. Assim nasceu o “For You”, uma espécie de rede social interna que premia e reconhece as melhores iniciativas de seus funcionários. 

 

No “For You” qualquer colaborador da equipe pode reconhecer outro colaborador através de um post, onde todos podem interagir para gerar engajamento.  


Segundo o CMO da Guiando, Eduardo Camargo, os gestores, por sua vez, tomam conhecimento dessas iniciativas e podem premiar com pontos que são trocados por itens e experiências no marketplace da plataforma. “Cada ação conta nessa dinâmica que tem por objetivo promover a troca e estimular o time, até mesmo os anos de casa são convertidos em pontos que se multiplicam a cada novo ciclo que o funcionário permanece na empresa. Percebemos um aumento significativo na nossa cultura, retenção de talentos e comunicação interna desde que passamos a reconhecer publicamente as boas iniciativas de nosso time”, explica. 



Manifesto Tech
 


Por conta das adversidades do setor, lideranças de tecnologia se uniram para iniciar um movimento a fim de encontrar formas de lidar com a forte expansão da área e o déficit de profissionais capacitados. 


Assim surgiu o “Manifesto para o mercado de tecnologia brasileiro”, um documento assinado por 23 líderes do segmento, que destaca a importância da contratação de profissionais em desenvolvimento, e não apenas de quem já possui experiência. O objetivo desta iniciativa é promover mais inclusão e um crescimento saudável para pessoas, empresas e mercado. 


“Essa é uma corrida por talentos que a gente não está conseguindo vencer. As próprias organizações não tem se preocupado em formar profissionais de início de carreira, privilegiando somente pessoas com mais experiência de mercado. Também é preciso mais incentivo de políticas públicas que auxiliem a entrada no mercado.”, explica Victor Cavalcante, representante e CSO da Lambda3, organização que também assina o Manifesto Tech. 

Em um das ações que precederam o Manifesto, o programa “Devs do Futuro” da Lambda3, desenvolve um ambiente de aprendizado e experimentação que tem criado oportunidades para pessoas que desejam trabalhar com desenvolvimento de software. O objetivo é democratizar o acesso e oferecer oportunidades a profissionais em transição ou início de carreira. A empresa espera formar 40 profissionais esse ano, que atuarão em seus times de produtos digitais.


“É de suma importância para a Lambda3 fazer parte deste Manifesto e constatar que iniciativas que já tomávamos de forma genuína ao longo de nossa trajetória estão sendo abraçadas por outras corporações que entendem a importância de se criar ações para promover mudanças que facilitem o acesso de profissionais em desenvolvimento a empresas”, conclui Cavalcante. 

 

Employer branding: como tornar sua empresa atrativa para os profissionais

75% das pessoas buscam detalhes e características das empresas antes de se submeterem à candidatura de uma vaga


A aceleração da transformação digital, impulsionada pela pandemia, trouxe um novo olhar para o processo de atração, contratação e retenção de talentos dentro das empresas. Se antes as empresas precisavam investir em tecnologia, hoje precisam de profissionais qualificados para atuar em um cenário cada vez mais tecnológico.

Estudo da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação – Brasscom, revela que serão criados no Brasil ao menos 797 mil postos de trabalho nessa área até 2025. Nesse período, serão formados 267 mil profissionais e o déficit será de 530 mil vagas abertas sem contratação.

“Em um passado não tão distante, o cargo e o salário eram as principais fontes de atratividade para os profissionais. “Em um mundo global, outros fatores ganham cada dia mais peso no processo de contratação das empresas, como oportunidade de crescimento, qualidade de vida e a imagem da empresa que se pretende trabalhar”, afirma o coordenador estadual de tecnologia do Sebrae/PR, Vinicius Mello.

É o chamado Employer Branding, ou marca empregadora, que é um conjunto de técnicas e ferramentas para gerar uma percepção positiva dos profissionais em relação à empresa e ao ambiente de trabalho. Uma pesquisa do LinkedIn mostra que 75% das pessoas buscam detalhes e características das empresas antes de se submeterem à candidatura de uma vaga.

Mello lembra que o que importa, realmente, é como as pessoas enxergam a sua marca empregadora e as ações que você faz para atrair esses profissionais. No último dia 3 de maio, o Sebrae/PR promoveu o Sebrae Experience - Employer Branding: desafios do mercado, com o objetivo de discutir e encontrar ferramentas para que as empresas encarem o desafio de desenvolver e manter talentos em um cenário de constante transformação digital.

Confira algumas dicas do especialista para atrair e reter clientes na empresa:

1- Planejamento: construir uma marca empregadora exige preparação, análise e investimento. Qual a imagem que quer passar da sua empresa? Envolva todos os setores da empresa para que a linguagem e, claro, as ações, sejam únicas, para promover maior envolvimento e engajamento coletivo;

2- Ouça seus profissionais: o que os colaboradores da sua empresa pensam sobre ela? Quais os fatores que garantem a permanência deles na empresa? Aqui vale analisar colaboradores de todos os setores, compilar os dados e ver quais mudanças podem tornar o ambiente de trabalho mais atrativo para as pessoas;

3- Tenha uma boa comunicação de marca! Independente do setor em que atua, o colaborador precisa conhecer a empresa como um todo, entender os desafios, o público e as metas da organização. Tenha um canal de comunicação de apresentação da empresa, com meios para tirar dúvidas e ouvir seus colaboradores;

4- Proporcione experiências. Olhe para seu colaborador como um todo, como ele integra a vida pessoal e profissional. Quais seus planos de vida e carreira? Vemos hoje uma gestão de pessoas cada vez mais personalizada, a empresa precisa ter meios para oferecer ferramentas, sejam cursos de desenvolvimento, um horário diferenciado, alguns dias no home office – que atendam as expectativas de cada um, de forma individualizada.

Mello lembra que atualmente os profissionais querem trabalhar com pessoas que agreguem conhecimento, em um ambiente saudável e que proporcione crescimento. “Você trabalharia na sua empresa? Quais são os atrativos para que o profissional deseje trabalhar nela? Aqui está o ponto de partida para inserir ações de Employer Branding”, finaliza.


Metodologias Ágeis: como as grandes empresas estão se adaptando à nova realidade do mercado

Entenda como funciona a Cultura Ágil e a transformação dos valores de uma empresa através da contratação de Profissionais Agilistas 

 

Novo modelo de gestão adotado por grandes empresas, a cultura ágil consiste na cooperação entre as equipes com objetivo de reduzir a burocracia dos processos produtivos. A implementação das metodologias ágeis exige diversas transformações estruturais bem como filosóficas nas instituições. Ou seja, os métodos aplicados pelos profissionais agilistas envolvem mudanças na visão e nos valores da organização, requerendo alinhamento de comportamentos, processos e decisões. 

Com o surgimento datado nos anos 90, a cultura ágil foi elaborada com intuito de agilizar o desenvolvimento de softwares. O movimento teve seu boom em 2001, a partir do documento intitulado "Manifesto for Agile Software Development”, um documento que explica detalhadamente os princípios fundamentais para a agilidade no processo de produção desses sistemas operacionais, seguindo como pilar até os dias atuais. 

O interesse e procura pelas formas de inserção da metodologia ágil nas empresas tradicionais foi impulsionado pelo crescimento das startups e fintechs. Essas organizações surgem do pensamento ágil e apresentam novas realidades de produção e consumo ao mercado com potencial flexível e equipes focadas em inovação e sustentabilidade. 

Felipe Peternella, co-fundador e líder da wBrain Agile People, empresa especializada em cultura ágil e em impulsionamento de profissionais ágeis, explica que a incorporação destes profissionais em organizações tradicionais depende de algumas etapas essenciais para melhoria contínua de seus processos e resultados. “Inicialmente é preciso uma conversa com o cliente para entender as principais demandas do negócio e assim conseguirmos propor o time agilista mais adequado ao cenário”, detalha. 

O ponto fundamental para a transformação digital e de inovação nessas instituições é a forma como elas enxergam as potencialidades dos seus projetos e clientes. Empresas que não nasceram da cultura ágil precisam colocar a flexibilidade como chave do sucesso. “As organizações que escolhem passar por essa mudança cultural e adotam a inserção de profissionais ágeis em suas equipes passam a ter pessoas com maturidade profissional que potencializam a transformação e/ou desenvolvimento de produtos dentro da empresa”, destaca Felipe que atua como responsável pela wBrain Brasil. 

É neste cenário que as empresas tradicionais passam a acionar organizações como a wBrain para o processo de reorganização estrutural e filosófica. “A cultura ágil consiste ainda em mentorias e incentivos para evolução contínua dos processos. Quando um profissional ágil é inserido na organização do cliente, durante todo trabalho temos feedbacks de acompanhamento e resultados, além disso, sync para adaptação da estratégia do time wBrain”, comenta Felipe. 

Felipe Peternella explica ainda que as metodologias ágeis podem ser aplicadas de duas formas: atuação como agilista no cliente ou desempenho através de um time ágil no cliente. “A primeira opção funciona como uma mentoria, na maior parte buscamos mostrar como os processos seriam com a implantação da cultura ágil, focamos em entregas menores e em ciclos curtos, mas que já trazem resultado para o cliente. Mas quando atuamos com o time da wBrain na empresa, desenvolvendo o produto, reduzimos a metade do tempo o período de produção comparado ao antigo time da empresa”, detalha. 

O profissional agilista irá reunir conhecimentos específicos para aplicá-los em alinhamento com as estratégias das organizações. As alocações dos profissionais agilistas são realizadas de acordo com perfis de atuação: Advisory/Especialista; Agilista Expert; Agile Coach Senior; Product Owner e Scrum Master. Além das especificidades citadas, os profissionais ágeis podem ainda integrar o quadro como técnicos ou especialistas responsáveis pela interação entre a interface dos softwares e o usuário, manutenção, execução, teste e produção de sistema, por exemplo. 

“Para o bom funcionamento das metodologias ágeis na instituição, principalmente as tradicionais, é fundamental entender que cada cliente tem um perfil e está inserido em contextos específicos, é preciso estar atento às especificidades de cada organização. Só assim será possível direcionar os melhores e mais adequados profissionais para garantir que as demandas sejam por meio de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação”, finaliza Felipe.


A importância de novas métricas para proporcionar a melhor experiência para o cliente


Muito tem se falado sobre proporcionar a melhor jornada para o consumidor. Mas como realmente saber se estamos atendendo bem e suprindo as suas necessidades? Como saber se estamos indo no caminho correto? Podemos medir a satisfação, seu sucesso em conseguir o que busca e até sentimentos ao longo de uma trajetória. Para isso, é necessário definir os parâmetros que serão acompanhados, de acordo com uma estratégia traçada. A esses parâmetros damos o nome de CX KPI (Customer Experience Key Performance Indicator).

Destaco aqui a construção e a colocação prática de um modelo diferenciado de abordar o usuário e o negócio ao mesmo tempo. Um modelo que avalia as formas como se realizam as interações de quem utiliza a sua marca, do ponto de vista do consumidor. E isso é factível se estruturado e feito ao longo das diferentes etapas das jornadas, seja para a resolução de um problema, seja para tirar uma dúvida ou para solucionar qualquer questão do cliente. A direção a seguir é no sentido de saber o quanto o cliente teve sucesso em conseguir o que ele queria e isso vai muito além de saber se ele realizou ou não uma compra.

Um passo importante, antes de definir as métricas, é ter claro os objetivos e a estratégia da empresa. Os CX KPIs também servem para nos guiar diante da estratégia traçada no sentido de proporcionar a melhor experiência para o consumidor. Queremos atingir as interfaces cognitivas, afetivas, sensoriais e comportamentais do usuário durante todos os estágios do processo de interação.

E tudo começa realmente e entendendo o que quer esse usuário, quais são suas dores e como ele prefere ter a interação com sua marca. Por meio de uma busca contínua para melhorar essa relação, podemos proporcionar uma melhor percepção de cada etapa a ser cumprida diariamente. É como qualquer relacionamento, é necessário investir tempo e ser cuidadoso. Um parâmetro muito utilizado é o NPS (Net Promoter Score), pelo qual avalia-se o grau de fidelidade dos clientes. Sem dúvida, o NPS é um componente indispensável, no entanto, precisamos nos colocar no lugar do consumidor e entender o porquê de uma nota. Fazer essa leitura do que o aflige e entender a essência de sua nota é fundamental em um processo de melhoria contínua e de fidelização. Nosso desafio aqui é entender o que compõe uma nota de NPS, quais CX KPI´s devem ser medidos e que estão ligados a essa nota. Ele te recomendaria, por que sim ou por que não? Essa composição de um NPS, por exemplo, seriam as métricas a serem definidas e como elas se relacionam.

Eu entendo que, às vezes, algumas questões podem entrar em choque com a real capacidade de uma empresa atender as necessidades dos clientes. O fato é que também precisamos estar atentos aos objetivos da companhia. Ocasionalmente, uma melhoria para o consumidor pode não estar alinhada, de imediato, com a capacidade da empresa. Por isso a importância de entender as necessidades e dores tanto dos clientes quanto da empresa e, assim, traçar uma estratégia.  A partir disso selecionamos os parâmetros (KPI), os medimos sistematicamente e buscamos melhorias para atingir esses parâmetros, de maneira orgânica e sustentável. 

Embora o olhar possa ser a longo prazo, muitas vezes uma pequena mudança pode fazer uma grande diferença na jornada e assim melhorar a percepção do usuário. Dessa forma, é necessário realizar investimentos para a adoção dessa mentalidade em todas as áreas da empresa, de maneira que todos tenham essa percepção e objetivo.  O retorno é visível. Precisamos pensar e fazer soluções que atendam ambos os lados. É fato que é essencial investir na adoção de novas tecnologias, em novas formas de melhor atendê-lo, mas não necessariamente a tecnologia por si só resolve. Às vezes, uma mudança na abordagem já impacta positivamente a jornada.

O usuário precisa ser atendido naquilo que ele espera.  Na condição de usuária de um serviço ou de um produto, se estou com um problema, eu ligo para a empresa, para a área de atendimento, e não para os responsáveis por pesquisa e desenvolvimento, por exemplo. Mas se a área de atendimento não resolve minha questão, espero ser encaminhada para quem resolva. Se é um bot que vai resolver meu problema, ótimo, espero que a resolução seja mais rápida. Mas, às vezes, precisamos falar com alguém.  E assim você pode ir estreitando o relacionamento e construindo um impacto positivo e sólido para a sua marca: dando uma resposta e resoluções concretas no menor espaço de tempo possível.

A princípio, as empresas têm uma estratégia, têm métricas e conta com indicadores já consolidados para fazer as medições e adaptar o tom aos objetivos do negócio e atingir assim resultados mais eficazes. Essa meta deve ser ajustada, periodicamente, de acordo com o comportamento do consumidor, que pode mudar. Analisar o conteúdo de conversas realizadas, conduzir pesquisas, comparar os diferentes indicadores, fazer correlações a partir do que o usuário está apontando e até criar indicadores próprios são medidas importantes que vão além de ficar preso a números frios e pré-determinados.

Temos à mão tecnologias e inteligência para auxiliar nessa análise de dados, sendo urgente buscar formas de transformar os dados em insights e em informações intuitivas e de fácil acesso, onde aprendemos rapidamente sobre nosso usuário e fazermos fluir essa interação.  É um aprendizado constante e contínuo.  Precisamos construir esse histórico e manter nosso olhar voltado para isso.

Essas informações precisam ser transmitidas para toda a empresa. É um processo que tem que envolver todos e não apenas as lideranças. Cada vez mais, os colaboradores precisam se apropriar desse entendimento. Pode-se, inclusive, adotar KPI para monitorar esse entendimento. Sim, é um trabalho de formiguinha. Por isso, enquanto profissional voltada para a área de People Journey Design, sigo constantemente pensando em ações e oportunidades para alcançar as metas de resultados por meio da análise de dados disponíveis e envolvendo todas as áreas.

E, por fim, é importante dar personalização ao serviço de acordo com a natureza do negócio do cliente e com o perfil do consumidor. Assim, atendemos área de finanças, de educação, de saúde ou qualquer outro setor. É um trabalho integrado e que, invariavelmente, requer a inclusão de especialistas e fornecedores para buscar sempre esse entendimento das reais necessidades do consumidor, falando a linguagem dele e atuando na jornada de ponta a ponta.

 


Cristiane Guerreiro - gerente de People Journey Design na Necxt, empresa do Grupo Stefanini


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