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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

3 soft skills para desenvolver em 2022 e garantir o crescimento profissional

Essas habilidades são cada vez mais observadas pelos times de recursos humanos das empresas na hora de contratar um profissional


As soft skills são habilidades comportamentais que estão diretamente relacionadas à forma como uma pessoa lida com a outra e também como ela lida com suas emoções. Quanto mais desenvolvidas essas habilidades, mais positiva será a forma como o profissional lida com diferentes situações ambientais e psicológicas. Por isso, cada vez mais, as empresas estão valorizando pessoas com essas características.  

Mas engana-se quem acredita que as soft skills são um dom, elas podem ser desenvolvidas através de cursos, livros e sendo usadas no dia a dia. Para Thiago Coutinho, fundador da Voitto, uma escola de negócios para novos mercados, estudar é o principal caminho para desenvolver qualquer habilidade, inclusive essas skills.  

“Assim como uma pessoa muitas vezes precisa de um curso de informática, um curso de inglês, ela também precisa de um curso de inteligência emocional, de gestão de tempo, que são habilidades focadas nas soft skills. Sempre podemos aprender mais e evoluir e é isso que deve nos mover sempre, a constante vontade de aprender.” compartilha Coutinho. 

Abaixo três soft skills para desenvolver em 2022 e dar upgrade na carreira: 

  1. Inteligência Emocional: consiste em saber lidar com as próprias emoções, mas também com as emoções do outro em situações intensas ou tensas, da forma mais racional e fisiológica possível, lidando e respeitando os sentimentos de todos os envolvidos.
  2. Comunicação Assertiva: é fundamental para que as informações, demandas e resoluções sejam passadas com clareza. Uma comunicação assertiva é necessária em vários aspectos de um negócio e na vida, para a construção de relacionamentos eficientes, claros e funcionais, por exemplo.
  3. Gestão do Tempo: Ter essa habilidade dentro de uma organização, para otimizar a entrega de demandas, organizar prioridades e cumprir prazos é motivo de destaque não só para conseguir uma vaga, mas para chamar atenção da liderança para possíveis promoções. 

Além dessas, outras soft skills podem ser de grande valia tanto para o crescimento da vida profissional, quanto para a vida pessoal como  flexibilidade, motivação e resiliência.

 


Thiago Coutinho - formado em Engenharia de Produção, pós graduado em métodos estatísticos computacionais e Mestre em Administração pela UFJF. Possui formação complementar em Black Belt em Lean Seis Sigma, certificação Microsoft Office Specialist em Excel (MOS), Auditor Lead Acessor ISO 9001 e EXIN Agile Scrum Foundation. No ambiente acadêmico atuou como professor em disciplinas de Qualidade e Empreendedorismo para alunos de Graduação em Engenharia de Produção e atualmente é professor executivo da Pós ADM da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em Juiz de Fora, ministrando o módulo de Empreendedorismo. Como empreendedor, foi aprovado em um programa de aceleração de empresas da ENDEAVOR, o Promessas ENDEAVOR, onde recebeu mentorias para aceleração de negócios. Atualmente se dedica a projetos de consultoria em gestão e a direção executiva do Grupo Voitto, carregando com seu time a visão de ser referência nacional no desenvolvimento da sociedade pela educação corporativa.


Escola oferece mais de 1 mil vagas de emprego na Irlanda

SEDA College lança plataforma que conecta os estudantes às empresas irlandesas


Com a pandemia, a desvalorização do Real e o aumento do desemprego no Brasil, morar e trabalhar no exterior se tornou o sonho de muitos brasileiros. Para ajudar na concretização desse objetivo, a SEDA College, uma escola de idiomas fundada pelo brasileiro Tiago Mascarenhas, em Dublin, na Irlanda, acaba de lançar a plataforma SEDA Jobs Club. Em uma parceria inédita com empresas do país, estão sendo disponibilizadas 1 mil vagas de emprego aos estudantes.

O projeto consiste na conexão entre quem busca um emprego e quem tem uma vaga para preencher. “Um dos maiores desejos dos intercambistas é conseguir um trabalho para pagar seus estudos e moradia no exterior. Resolvemos usar o nosso conhecimento e networking com as empresas irlandesas para facilitar o processo de contratação desses estudantes”, explica Mascarenhas.

O lançamento da plataforma acontece justamente num momento de reabertura do país. Depois de mais de um ano com as fronteiras fechadas, sem poder receber estudantes estrangeiros, os brasileiros que forem para a Irlanda encontrarão na SEDA College todo o suporte necessário para alavancar suas carreiras.

Segundo Danilo Veloso, gerente de marketing da empresa, as perspectivas são muito boas para 2022. “Se o mundo não é mais o mesmo, por que fazer intercâmbio seria? Estamos renovados, com muito fôlego e vontade de ajudar os brasileiros que desejam viver essa experiência internacional”, afirma.

As vagas disponíveis na SEDA Jobs Club abrangem as mais diferentes áreas, como hotelaria, serviço, restaurantes, entre outras. Algumas demandam certa experiência e um nível mais elevado de inglês, outras são para quem precisa começar do zero.

O melhor de tudo é que os brasileiros não precisam de visto prévio para entrar na Irlanda. Chegando ao país, os estudantes precisam apresentar documentos que comprovem sua matrícula em uma escola de inglês credenciada. O agente do aeroporto emite uma permissão temporária para que o intercambista emita seu visto em um escritório de imigração.

Com a situação regular, o estudante que estiver matriculado em um curso com mais de 25 semanas pode se candidatar a empregos de até 20 horas semanais. O salário-mínimo é de € 10,20 por hora. Ou seja, o estudante recebe mais de € 800/ mensais – o que é suficiente para pagar suas despesas com moradia, alimentação e transporte, já que o custo de vida no país não é dos mais altos. Durante as férias escolares, é possível aumentar a carga horário de trabalho, chegando a até 40 horas semanais.

Quem tiver interesse em morar e trabalhar na Irlanda deve sair do Brasil já matriculado. Um curso de 25 semanas na SEDA College, por exemplo, custa em torno de R$ 14.900 e pode ser financiado em até 36x por meio de financiamento estudantil. A empresa que cuida de todo o processo de documentação, matrícula e acomodação dos estudantes é a SEDA Intercâmbios, uma empresa do Grupo Educacional SEDA.

Apesar de todas essas facilidades, o SEDA Jobs Club não é uma exclusividade dos alunos da SEDA College. “Estudantes de outras escolas na Irlanda também poderão aplicar para as vagas disponíveis na plataforma. A diferença é que os alunos da nossa escola terão acesso a cursos profissionalizantes, que os ajudarão ainda mais na hora de conquistar uma vaga de trabalho”, finaliza Mascarenhas. 

Os interessados devem buscar mais informações no link: https://sedajobsclub.com/

 

Ômicron desafia retoma do turismo internacional

Na última semana, por exemplo, a França anunciou que vai proibir as viagens não essenciais para o Reino Unido por conta da nova variante


 

Passada a fase mais crítica da pandemia de Covid-19, as portas do mundo estavam reabrindo quando, de forma súbita, a variante Ômicron virou notícia em novembro. Em uma tentativa de reverter as decisões de diversos governos que optaram por restringir ou interromper a retomada das viagens, a Iata (Associação Internacional de Transportes Aéreos) veio a público para destacar uma recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde). Segundo o texto, “a proibição geral das viagens não impedirá a disseminação internacional e representa um fardo aos meios de subsistência do setor”.


Na última semana, por exemplo, a França anunciou que vai proibir as viagens não essenciais para o Reino Unido por conta da nova variante. Leonardo Bastos, CEO da Kennedy Viagens, empresa que atua com viagens corporativas, destaca que a decisão do governo francês representa um golpe contra as viagens de negócios entre os dois países e para o segmento de viagens corporativas como um todo.


Bastos analisa de forma positiva a recomendação, por parte da Iata, de que os governos suspendam as restrições de viagens decorrentes do surgimento da Ômicron. “É preciso considerar que a grande maioria da população está vacinada e, como diz a OMS, decisões, como a da França, de restringir as viagens gera impactos negativos para a indústria e só desacelera a retomada da indústria do turismo”. 


Com efeito, o impacto econômico do setor em 2020, primeiro ano da pandemia, gerou uma baixa de US$ 94 bilhões (R$ 533,81 bilhões) apenas no PIB (Produto Interno Bruto) da América Latina e Caribe, de acordo com indicativos da Iata.


“No Brasil, o setor sofreu um prejuízo de R$ 453 bilhões em atividades turísticas desde março do ano passado até outubro deste ano”, destaca o empresário, citando dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).



Como ficam as viagens corporativas?


O CEO da Kennedy Viagens afirma que o surgimento da nova variante e as novas restrições já têm impactado as viagens empresariais ao exterior.


“Desde março de 2020, as viagens internacionais não se recuperaram e, com essa nova incerteza, a tendência é de queda. Já as viagens nacionais, em nossa análise, ultrapassaram o período pré-pandemia, razão pela qual acreditamos que essa variante não terá impacto de curto prazo para as viagens domésticas”, afirma.

  

Na visão de Bastos, para as viagens corporativas – neste contexto de pandemia, com o avanço da vacinação e o surgimento de novas variantes -, torna-se importante a adoção de programas de monitoramento para facilitar a identificação do colaborador e de planos de duty of care.


“Por mais que a viagem seja programada e bem planejada, existem imprevistos que podem ocorrer durante o percurso”, afirma. “Dessa forma, caso o viajante tenha qualquer problema, a empresa consegue ajudá-lo, abrindo um plano de risco para resolver a situação. Com cuidados básicos, acreditamos que o segmento de viagens corporativas pode – e deve – retomar”, conclui.


 

Leonardo Bastos - CEO na Kennedy Viagens Corporativas

 

Dê às pessoas o que elas querem: Como os gestores de fortunas podem oferecer exposição aos criptoativos

O ano de 1602 foi um divisor de águas. Foi quando se lançou a Companhia Holandesa das Índias Orientais com a emissão de ações facilmente transferíveis para financiar suas várias aventuras pelo planeta.

Agora, o mundo está vivendo uma novidade similar: os ativos digitais. Independentemente das discussões sobre se o valor de um token é justo, essa nova classe de ativos é uma classe de ativos. É totalmente diferente dos que existem e guardadas as devidas proporções, sua adoção pelo setor financeiro convencional é tão inevitável quanto as ações corporativas do século 17.

Gestores financeiros com visão de futuro estão se perguntando: “quais opções tenho para oferecer se meu cliente quiser exposição a criptoativos?”. Atualmente, o mercado tem várias opções por meio de diferentes caminhos.

O primeiro e mais óbvio é a compra direta de criptomoedas. A maioria dos grandes gestores de fortunas ainda não começou a oferecer esse serviço para seus clientes por meio de carteiras de ativos digitais das próprias instituições. Mas, muitos estão explorando essa possibilidade. Tirando algumas empresas menores de nicho, a maioria dos gestores ainda estão construindo, em seus planos financeiros, posições de criptos mantidas externamente1. Dessa forma, mesmo perdendo participação no mercado de carteiras para outras empresas de cripto, os gestores de fortunas podem gerar um valor expressivo fornecendo informações cuidadosas e completas sobre fornecedores, além de consultoria sobre os ativos.


O próximo passo é o investimento em fundos de ativos digitais. Enquanto as muitas instituições evitam a propriedade direta de criptomoedas, oferecem fundos de criptomoedas a certos tipos de investidores. O Morgan Stanley2, o Goldman Sachs3 e o JP Morgan4 anunciaram a oferta desses fundos. Todos têm gerenciamento ativo e podem não ser um substituto para os clientes que buscam exposição beta em cripto, mas para clientes que estão menos confortáveis com a perspectiva de gerenciar uma carteira. Esses fundos têm o conforto já conhecido de subscrição institucional.

Para os clientes e gestores de fortuna interessados em seguir certas estratégias de negociação, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (o grupo CME) listou contratos futuros nas duas maiores criptomoedas: para bitcoin e ether – essa última a criptomoeda nativa da rede blockchain Ethereum. Estratégias de contratos futuros podem ser complexas e arriscadas, mas para clientes de altíssimo patrimônio com discernimento e gestores bem-informados, esses produtos podem abrir um mundo de alavancagem e flexibilidade.

Alguns clientes podem hesitar por conta da complexidade de cada uma dessas estratégias. Outros podem ter os requisitos para investir em certos fundos ou contratos futuros. Por sorte, à medida que cresce a aceitação de ativos digitais em geral e as criptomoedas, em particular, ganham mercado, há atualmente três produtos familiares disponíveis no mercado – independentemente da qualificação ou sofisticação.

O mais perene desses produtos para o investidor é ação de empresas do ecossistema de ativos digitais. Empresas desse grupo vão daquelas totalmente com foco em cripto, como a Coinbase, maior bolsa de moedas digitais dos Estados Unidos (EUA), a empresas com exposição ao ecossistema, como a Nvidia.

Outro produto familiar que os gestores podem oferecer a seus clientes são os fundos de índice (ETF) de ativos digitais. Esses existem e têm uma sobreposição significativa. Alguns gestores de ETFs disfarçam exposições tradicionais em tecnologia sob o marketing de criptomoedas. Os gestores podem se certificar do valor deles com uma avaliação das empresas que compõem o fundo para avaliar se há uma oportunidade.

E por fim, o produto que os investidores e gestores de fortunas estão explorando no horizonte: o ETF de bitcoin5. Há dois desses ETFs na bolsa brasileira, a B3. Da forma como estão surgindo, há dois tipos. Um deles é um fundo que detém o ativo, como o ETF GLD da Bolsa de Nova York (NYSE), que tem lastro em ouro físico guardado num cofre, ou como o ETF USO, que tem como referência contratos futuros de petróleo com datas de vencimento próximas. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) já aprovou um ETF de contratos futuros de bitcoin e há vários outros pedidos pendentes. Os gestores podem mostrar valor, mais uma vez, explicando as peculiaridades estruturais de cada um, como seus perfis únicos de risco se encaixam em portfólios únicos e como a exposição por meio de um ETF é diferente de ter uma criptomoeda.

Enquanto várias empresas pediram à SEC a aprovação de ETFs que mantém bitcoin, por enquanto os reguladores não autorizaram ou ainda não deram respostas a esses pedidos. Os receios da SEC sobre os mecanismos desses produtos incluindo (mas certamente não se limitado a) valuation, liquidez/resgate, volatilidade, custódia e potencial manipulação, não devem ser interpretados como dúvidas de demandas comerciais e de varejo. O interesse dos investidores e assessores por exposição a criptomoeda, combinado à popularidade dos ETFs e à demanda perene por investimentos beta baratos, proverão um vento favorável para os fluxos dos fundos, se vierem a mercado.

Os gestores de riqueza que são confrontados com demandas por cripto de clientes se encontram no início de uma trilha. Em campo estão as opções “gêmeas” de engajamento e recomendação. Exatamente como acontece com qualquer ativo emergente, da primeira e simples ação holandesa a produtos estruturados elaborados, os ativos digitais são uma oportunidade única para os gestores de fortunas capazes de prover conselho previdente. E conhecer os produtos é o primeiro e certeiro passo.


 

 

Simon Zais e Daniel Kerney - consultores da Capco.

Capco

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Empregos na saúde seguem em alta no país e ultrapassa 4,6 milhões

Resultado foi impulsionado pelo setor público, que registrou alta de 0,7% entre agosto e novembro de 2021


O número de pessoas empregadas na cadeia produtiva da saúde cresceu 0,6% entre agosto e novembro do ano passado ao atingir 4.652.588 de trabalhadores, considerando os setores públicos e privados e empregos diretos e indiretos. A região que detém a maior parte dos empregos na cadeia da saúde foi o Sudeste (2,3 milhões). No mesmo período, o mercado de trabalho total ficou estável (0,0%), aponta o “Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde”, publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
 

Do total de empregados na cadeia da saúde em novembro de 2021, 79% eram vínculos do setor privado com carteira assinada -- proporção que se manteve a mesma desde outubro de 2021. As regiões Nordeste (1,9%) e Sul (1,0%) foram as que apresentaram maior aumento absoluto no intervalo e as regiões Norte (1,0%) e, novamente Nordeste (5,1%), as maiores variações. Em novembro de 2021, o saldo mensal de empregos na cadeia da saúde foi de 21.911, puxado também pelas regiões Nordeste e Sul com, respectivamente, 16.761 e 3.089 empregos. O valor representa um avanço considerável comparado ao saldo de 5.872 de empregados registrado em outubro de 2021. 

No intervalo, o setor público cresceu 0,7% e o privado 0,6%. Cabe destacar que, no Brasil, não existe uma base de dados que disponibiliza o total de pessoas empregadas no serviço público municipal na área de saúde. Dessa forma, o IESS levanta informações do emprego na saúde nos sites de cada prefeitura. Até o momento, o Instituto conseguiu dados de 292 municípios, que representam 55,8% da população nacional. 

Já no saldo acumulado entre janeiro e novembro de 2021, o subsetor privado que mais gerou empregos na cadeia da saúde foi o de prestadores, com 166.211 novos postos formais de trabalho; o resultado foi seguido pelos subsetores de fornecedores (69.502) e operadoras (10.479). “No acumulado deste ano, o saldo do setor privado registrou 246.192 novos empregos, dado que representa 7,9% do saldo gerado pelo mercado de trabalho. Os números demonstram como o avanço da cadeia da saúde é favorável para a economia como um todo”, opina José Cechin, superintendente executivo do IESS. 

Na análise do número de pessoas empregadas por esfera de governo, as variações foram negativas nos âmbitos federal (-9,5%) e estadual (-0,5%) entre agosto e novembro de 2021. Por outro lado, na esfera municipal, houve crescimento de 3,2% no número de empregados no mesmo período, com destaque para as regiões Nordeste (10,5%) e Norte (3,1%). Nesse recorte, nenhuma variação negativa foi registrada.

Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui.

 


Instituto de Estudos de Saúde Suplementar - IESS 


Consultor especializado no mercado americano dá dicas de como empreender e dolarizar patrimônio

 Pesquisa sobre tipo de negócio deve começar antes do processo migratório para não conflitar com o visto, revela Daniel Toledo


Os empresários brasileiros nunca foram tão testados em todas as suas habilidades como vem acontecendo. Além dos inúmeros desafios que empreender já traz de forma natural à atividade dedicada, veio a pandemia em 2020 e a luta insana para preservar os negócios.  Os desafios que o Brasil impõe ao empreendedor não são encontrados em lugar nenhum do mundo.

A instabilidade imposta pela volta da inflação, desvalorização do real, desequilíbrio das contas públicas e reformas que insistem em não serem aprovadas, tornam o Brasil um país pouco atrativo para investimentos, mesmo com a vacinação, que também é um problema, dada a inconstância no fornecimento dos imunizantes pelo Governo Federal.

Por todos esses motivos, a saída para muitos tem sido a imigração. Seja para os Estados Unidos ou Europa, esses empreendedores têm deixado o Brasil de forma assustadora. Não só eles, mas profissionais altamente qualificados também estão buscando por dias melhores em terras distantes, contribuindo para um crescente movimento de “fuga de cérebros”.

No entanto, para sobreviver em outro país, é preciso unir diversas habilidades que muitas vezes não são aprendidas nos bancos das universidades. Além de estudar o mercado, ter fôlego para investir e ser um profissional acima da média, é fundamental acelerar o planejamento para imigrar a fim de não conflitar com o tipo de visto solicitado.

Daniel Toledo, que atua há quase vinte anos ajudando pessoas a expandirem seus negócios nos Estados Unidos e Europa, é consultor de negócios e advogado especializado em Direito Internacional, além de sócio fundador da Toledo e Advogados Associados. Ele explica que durante o planejamento migratório que envolve uma série de levantamentos e organização de documentos, sempre surge uma dúvida comum e que preocupa todos os aplicantes.  A mais comum a todos é como fazer para dolarizar o recebível, o dinheiro, ao invés de depender de uma renda em real.

Muitos se programam para sair do Brasil, mas ainda recebem em reais ou têm uma reserva financeira. “Essa moeda vem se desvalorizando bastante em relação ao dólar, bem como também nas demais”, aponta Toledo.

É muito importante entender que não basta ir para os Estados Unidos com qualquer tipo de visto, ou viajar para Portugal e Espanha com visto de turista e começar a empreender. “Não é assim que funciona, é preciso planejar antes de sair do Brasil, um dos principais pontos que fazem realmente a diferença para quem pensa em morar no exterior. Vemos muitas pessoas chegarem sem estrutura e começam a patinar, como eles chamam aqui, ganham o dinheiro de manhã para comer à noite e literalmente é assim mesmo que funciona”, alerta.


Por onde começar esse planejamento?

Com experiência desde 2003 em consultoria de negócios com a Loyalty Miami — absorvida em 2019 pela Toledo and Associates Consulting —, o advogado Daniel Toledo explica que o mais importante para quem deseja empreender nos Estados Unidos é entender qual é a área de atividade. “A maioria acredita que basta chegar ao país, montar uma empresa de limpeza, seja faxina ou manutenção de piscina, jardinagem, que são trabalhos simples e que o brasileiro tem certa facilidade em desenvolver”, exemplifica.

Mas na prática, não é bem assim que funciona. “Primeiro, porque a pessoa vai precisar de uma autorização de trabalho e se ela não tiver este documento, já está cometendo uma ilegalidade, por isso, empreender, de forma certa, é sempre o melhor caminho e o mais indicado”, destaca.

Além disso, é preciso tomar cuidado para o negócio pretendido não conflitar com as exigências do visto. “Por isso, antes de iniciar qualquer tipo de processo imigratório, a nossa equipe tem uma longa conversa com o cliente para que ele entenda quais são as possibilidades dele, no determinado país onde ele deseja ir”, esclarece Toledo.

E há inúmeras possibilidades de entrar legalmente no país, seja para ocupar algum cargo dentro de uma empresa, prestar serviço como autônomo ou investir e começar um novo projeto. E entre as aplicações mais requisitadas no momento, e que tem um alto nível de aprovação, é a referente ao visto EB-2, um dos mais cobiçados por graduados e empresários que pretendem imigrar legalmente para os Estados Unidos. “É importante planejar todos os passos, com bastante antecedência, ter uma reserva financeira significativa para custear as despesas da família enquanto não consegue ter uma renda na moeda local e contar com uma equipe que dê suporte em todas as etapas do processo”, aconselha Toledo.

O consultor de negócios também traz uma boa notícia para quem aplicou o EB-2. “No caso do visto EB-3, o aplicante precisa receber uma proposta para trabalhar nos Estados Unidos, até porque essa é uma das condições de aprovação, mas em paralelo a essa ocupação, é possível sim ter um negócio próprio”, explica. 

Muita gente chega e não tem ideia de como funciona o mercado, coisas que vendem muito bem no Brasil, nos Estados Unidos pode não funcionar. “O entrosamento, a interligação desse planejamento com a atividade que o imigrante vai fazer em qualquer outro país, é muito importante antes mesmo de começar o projeto, porque no momento da aplicação do processo, é preciso avaliar bem o que pretende fazer, para não afetar visto pretendido”, orienta o advogado.


Dez vezes mais chances de as empresas darem certo nos EUA

A legislação brasileira é muito complexa, o que leva o empreendedor a ter seus momentos de falha e esses equívocos acabam resultando em multas. “Já nos Estados Unidos, as leis são mais simples, se comparadas as nossas. Embora os impostos sejam mais altos, basta entender o que é preciso pagar”, explica Toledo.

O consumismo é uma regra social geral e o governo incentiva essa prática e, além disso, o mercado influencia constantemente a compra e aquisição de coisas novas e levando as pessoas a sempre buscar pelo que há de mais novo e atual. “A chance de uma empresa dar certo nos Estados Unidos é dez vezes maior se comparado ao Brasil. Mas é preciso estar atento à peculiaridade de cada estado. Não adianta querer vender uma coisa que é típica da Flórida no Texas, porque não vai vender”, alerta o consultor de negócios.


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br


Lee Toledo Law

https://leetoledolaw.com/


O TSE aprovou o calendário eleitoral para as eleições de 2022: Fique por dentro das principais datas

 Opinião

 

O ano de 2022 será mais um ano eleitoral e, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na sessão do dia 14 de dezembro de 2021, o calendário eleitoral que vigerá nas Eleições Gerais de 2022.

O objetivo do presente artigo, é destacar quais são as principais datadas e prazos que devem ser seguidos por todos que vão participar do processo eleitoral deste ano e, abordar as principais regras e novidades que vigerão nas eleições de 2022.

Uma das características dos calendários eleitorais, divulgados em cada ano eleitoral pelo TSE, é que as datas e prazos sempre tomam por base o primeiro turno das eleições, exceto aqueles que se relacionam exclusivamente ao segundo turno.

Com efeito, os reflexos do ano eleitoral, já começaram a surtir efeitos a partir do dia 1° de janeiro de 2022, quando várias condutas que podem impactar as eleições, passaram a ser vedadas, em razão do início do ano eleitoral.

Algumas das vedações dizem respeito, por exemplo, a obrigatoriedade de que as pesquisas de opinião pública relativas às eleições ou às possíveis candidatas ou candidatos, para conhecimento público, sejam registradas no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais da Justiça Eleitoral, até 5 (cinco) dias antes da divulgação; fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da administração pública; resta vedada a execução de programas sociais por entidade nominalmente vinculada a candidata ou candidato ou por este(a) mantida; passa a ser proibido o aumento de despesas com publicidade dos órgãos públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da administração indireta, que excedam a média dos gastos no primeiro semestre dos 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito.

Uma data decisiva para a estratégia eleitoral de deputados estaduais e federais, que pretendem postular mandato filiados a outra agremiação partidária, é o prazo da janela de migração partidária, que se inicia a partir do dia 03 de março e vai até o 1° de abril de 2022, período em que considera-se justa causa a mudança de partido pelas detentoras ou detentores de cargo de deputado federal, estadual e distrital para concorrer a eleição majoritária ou proporcional, ou seja, poderá haver a mudança de partido sem que o parlamentar venha a perder o mandato.

Outra importante data prevista no calendário eleitoral, é o dia 03 de abril de 2022, pois se trata da data limite para que os pretensos candidatos a cargo eletivo nas eleições de 2022 tenham domicílio eleitoral na circunscrição na qual desejam concorrer e esteja com a filiação deferida pelo partido, e nessa mesma data, o Presidente da República, as Governadoras ou os Governadores de Estado e do Distrito Federal e as Prefeitas e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos, caso pretendam concorrer a outros cargos.

Do dia 20 de julho ao dia 05 de agosto de 2022, são permitidas as convenções partidárias, em que os partidos e federações deliberam sobre importantes temas, como as coligações majoritárias, pois as proporcionais não poderão ser realizadas nessas eleições e, a escolha de candidatas e candidatos a presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal, deputado estadual e distrital.

Após a convenção partidária, até o dia 15 de agosto de 2022 os partidos políticos, as federações e as coligações devem requerer o registro de candidatas e candidatos postulantes aos cargos de presidente e a vice-presidente da República, governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal e deputado estadual ou distrital.

O início da propaganda eleitoral, ocorrerá a partir do dia 16 de agosto de 2022, inclusive na internet, contudo, a propaganda eleitoral no rádio e televisão começa a partir do dia 26 de agosto e, perdurará até o dia 29 de setembro de 2022 para o primeiro turno, já no segundo turno, a propaganda eleitoral em rádio e televisão e os debates, poderá ocorrer do dia 07 ao dia 28 de outubro.

Até o dia 12 de setembro de 2022, portanto, 20 dias antes do primeiro turno das eleições, todos os pedidos de registro aos cargos de presidente e vice-presidente da República, inclusive os impugnados e os respectivos recursos, devem estar julgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, bem como os de governador, vice-governador, senador, suplentes, deputados federais, estaduais e distritais, inclusive os impugnados e os respectivos recursos, devem estar julgados pelos tribunais regionais eleitorais, pois essa também será a data limite para o pedido de substituição de candidatas ou de candidatos para os cargos majoritários e proporcionais pelos partidos políticos, exceto em caso de falecimento, caso em que poderá ser efetivado após esta data.

As eleições no primeiro turno, ocorrerão no dia 02 de outubro e no segundo turno no dia 30 de outubro de 2022, com uma importante novidade, que é a realização do escrutínio em todo o país obedecendo ao horário de Brasília, o que deve impactar o horário de início e encerramento nos estados que possuem outro fuso horário.

Embora não tenham sido apresentadas nesse artigo todas as datas do calendário eleitoral, a intenção foi  destacar as principais, assim como chamar a atenção para a divulgação antecipada do calendário eleitoral elaborado pelo TSE, que é relevante para o processo eleitoral, especialmente, para que os partidos, as federações partidárias e os postulantes a cargos eletivos no pleito eleitoral de 2022, se programem e organizem com antecedência as estratégias para o pleito eleitoral que se avizinha.

 

Douglas de oliveira - Mestre e Doutorando em Direito, Advogado, Conselheiro da OAB/MS, sócio do escritório OVSA Advogados S/S.

 

Fiesp e Prefeitura de São Paulo realizam campanha de vacinação gratuita entre os dias 19/01 e 21/01

 

Além da dose de reforço da vacina Pfizer, contra Covid-19, serão aplicadas gratuitamente as vacinas SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola), DT (Difteria e Tétano) e Hepatite B. A iniciativa é uma parceria da Prefeitura de São Paulo com a Fiesp. A campanha ocorrerá em frente ao edifício sede da Fiesp, na Avenida Paulista, 1313. 

Toda as vacinas são seguras e ​autorizadas pela ANVISA e constam no calendário de vacinação de crianças, adultos e idosos, do Programa Nacional de Imunização (PNI). 

Durante a campanha, todas as medidas sanitárias de combate ao novo coronavírus serão tomadas, como uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool em gel e distanciamento social. Para mais informações, acesse nosso site.
 

Serviço
Campanha de vacinação: Pfizer, SCR (Sarampo, Caxumba e Rubéola), DT (Difteria e Tétano) e Hepatite B.
Quando: de 19 de janeiro a 21 de janeiro, das 9h às 17h
Onde: Em frente ao prédio da Fiesp, na Avenida Paulista, 1313

 

Pedidos de recuperação judicial caem 24,4% em 2021, ponta Serasa Experian

Micro e pequenos negócios apesar de apresentarem queda, ainda são responsáveis pela maior parcela das requisições

 

De acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, os pedidos de recuperação judicial registraram queda de 24,4% quando levada em consideração a variação anual acumulada, entre janeiro e dezembro de 2021. O ano passado foi registrado um total de 891 solicitações enquanto em 2020 foram ao todo 1.179. Todos os portes de empresas reforçaram as retrações. No entanto, os micro e pequenos negócios tiveram o maior número de requisições apesar de estarem em queda no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Confira os dados completos no gráfico e na tabela a seguir:


A análise por segmento revelou que as empresas do setor de Serviço foram as que mais demandaram pelo recurso de recuperação judicial, com 460 pedidos. As áreas do Comércio e Indústria tiveram diminuição, marcando 199 solicitações e 142 respectivamente, enquanto o Primário teve apenas 90. Veja mais detalhes na tabela abaixo:


Requerimentos de falências caem 2,3% durante o ano

Ainda no comparativo do período de janeiro a dezembro de 2020 com 2021, o levantamento revelou que o ano passado foram realizadas 950 solicitações ante os 972 registrados no ano anterior. As micro e pequenas empresas se destacaram com o volume mais expressivo de pedidos (551). Na sequência estão os negócios de grande (218) e os de médio (181) portes.

Na análise por segmento, o setor de Serviços também lidera, com 544 requisições. Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

 

Serasa Experian e Sebrae disponibilizam plataforma de conteúdo gratuito

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Serasa Experian

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Desafios para o Brasil retomar o rumo

A tragédia brasileira está em cartaz há décadas. O país patina no desenvolvimento e só vê aumentar as desigualdades sociais, com a população cada vez mais pobre e desassistida dos serviços públicos essenciais para lhe garantir uma vida digna: saúde, educação, saneamento básico, habitação e segurança. Problemas que voltarão a ser tema em 2022, ano eleitoral, com os candidatos repetindo as promessas de sempre, cada qual com suas propostas salvadoras.

A título de reflexão, podemos dividir em três atos a tragédia que assola o Brasil. No primeiro ato temos a corrupção como protagonista; no segundo, o custo do funcionalismo público e, no terceiro ato, tomam a cena os gastos tributários da União. Eis os principais problemas e, por mais paradoxal que possa parecer, também as soluções.

A recorrente justificativa dos gestores públicos de que os recursos nunca são suficientes para o atendimento das demandas não pode ser aceita como verdade absoluta. O enfrentamento das três questões mencionadas poderia mudar esse quadro. A corrupção, por exemplo, consome de 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo estudos da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp). Isso corresponde a um rombo de R$ 110 bilhões a R$ 184 bilhões anuais nos cofres públicos, considerando-se a estimativa do PIB 2021, de R$ 8 trilhões. A gigantesca máquina do funcionalismo público brasileiro consome anualmente 13,4% a 13,7% do PIB, bem mais que os 9,8% do PIB que os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) gastam, em média, com esse item. Se este percentual fosse adotado como limite no Brasil, haveriam mais R$ 288 bilhões a R$ 312 bilhões disponíveis. Hoje, temos ainda de 3,62% a 3,84% do PIB (R$ 290 bilhões a R$ 307 bilhões) comprometidos com os gastos tributários da União. O total do desperdício corresponde de 8,6% até 10% do PIB, ou seja, de R$ 688 bilhões a R$ 803 bilhões. Não é pouco!

Imaginemos, agora, reduzir cerca esses desperdícios. Pode parecer utopia, mas é possível, como já demonstraram os países desenvolvidos. Esse esforço resultaria em resultados financeiros suficientes para alavancar a mudança de patamar que o Brasil precisa alcançar.

Hoje, o SUS consome de R$ 120 a R$ 130 bilhões por ano. Ampliar o sistema em 50% consumiria mais R$ 60 bilhões/ano, o que também permitiria reforçar significativamente o Sistema Único de Saúde, sobretudo para atender às áreas mais carentes do país.

Na educação, imaginemos se os 1,8 milhão de professores do Ensino Fundamental e do Ensino Médio da rede pública tivessem a remuneração majorada em 30%. O país teria professores mais estimulados e preparados, com consequente salto no nível do sistema educacional. O mesmo se aplica ao salário médio do professor da rede pública de Ensino Fundamental, hoje em torno de R$ 3.000,00. Um programa de educação com orçamento reforçado em R$ 44 bilhões/ano aumentaria esse salário para R$ 4.000,00 por mês e ainda possibilitaria a implantação de escolas técnicas profissionalizantes nos moldes das FATECs e ETECs, iniciativas bem-sucedidas no estado de São Paulo. E as universidades públicas teriam aporte extra de recursos de, no mínimo, R$ 5 bilhões anuais.

Mais R$ 98 bilhões/ano viabilizariam um programa habitacional com a construção de 700 mil casas por ano, ao custo unitário de R$ 140 mil, moradias dignas, com energia elétrica garantida por placas fotovoltaicas e destinadas às famílias mais carentes. Em nove anos o déficit habitacional seria zerado. Imaginemos, ainda, uma ação social sem data para acabar. Um programa com recursos de R$ 52 bilhões/ano seria suficiente para atender a 10 milhões de famílias brasileiras mais carentes – uma população entre 35 e 40 milhões de pessoas – com ajuda financeira de R$ 400,00 por mês e uma parcela de 13.º salário. Seria, ademais, o fim da agonia de quem precisa e não sabe se terá o benefício no ano seguinte.

A correta distribuição dos recursos públicos, a partir da solução aqui discutida, permitiria, aliás, dobrar o orçamento da Polícia Federal e aumentar a dotação das Forças Armadas. A destinação de mais R$ 20 bilhões/ano para o programa de Segurança Pública significaria investimento para melhorar a ocupação das imensas fronteiras internacionais pelas forças de segurança e para aprimorar a fiscalização dos portos e aeroportos. Tais medidas coibiriam, de forma mais efetiva, a entrada de drogas, armas e munições em território nacional, combustíveis do tráfico, da criminalidade e da violência que vitimam principalmente os mais jovens. Crimes inibidos significam vidas poupadas e cadeias menos lotadas.

Ao custo de mais R$ 20 bilhões a R$ 50 bilhões/ano é possível mudar a realidade nacional, com priorização das Regiões Norte e Nordeste e periferias das grandes cidades.

Com a disponibilização de mais R$ 10 bilhões anuais para saneamento seria possível ampliar o esgotamento sanitário (coleta e tratamento) e o fornecimento de água tratada, com reflexos positivos na saúde da população e redução da mortalidade infantil.

Necessário também falar em geração de empregos e ocupação econômica. A maior obra social é o emprego, não apenas porque garante renda, mas também porque assegura dignidade ao ser humano. Mais de 10 milhões de empregos seriam gerados com a construção de milhares de unidades habitacionais, obras de infraestrutura, construção de escolas técnicas, ampliação do SUS. Tudo com impacto positivo na economia, dada a elevação do consumo, aumento da demanda e elevação da produção industrial, em um círculo virtuoso.

Se houver planejamento e forem reduzidos um terço dos prejuízos com a corrupção, um terço dos excessos da máquina pública e metade das renúncias fiscais concedidas de maneira ilegítima, o Brasil terá o reforço de R$ 309 bilhões no Orçamento anual, tornando possível todos os investimentos citados. Se o corte for um pouco maior, viabilizará também grandes – e necessárias – obras de infraestrutura, como rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, mormente nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, marcando o início da correção das atrofias demográficas e das desigualdades regionais.

Seria ou não suficiente para o país retomar o caminho do desenvolvimento e se tornar muito melhor para os brasileiros? É o desejo de todos, porém exige coragem. Caso esses problemas não forem atacados, não teremos uma solução efetiva. Os discursos poderão ser eloquentes, mas as medidas que ignorarem essa realidade serão cosméticas, contribuindo para a degradação moral, manutenção de privilégios e perpetuação das injustiças sociais.

 

Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002).


Preço dos medicamentos tem alta de 5,96% em 2021, apontam Fipe e Bionexo

Desde o início da pandemia da Covid-19 em março de 2020, o IPM-H subiu 18,84%

 

Os preços dos medicamentos vendidos aos hospitais no Brasil registraram alta de 5,96% no consolidado de 2021, segundo o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador criado pela Fipe em parceria com a Bionexo -- healthtech líder em soluções digitais para gestão em saúde. O resultado ficou abaixo da inflação acumulada no período pelo IPCA/IBGE (+10,06%), do IGP-M/FGV (+17,78%) e da taxa média de câmbio (+9,83%).  

O índice registrou oscilações ao longo do ano passado, demonstrando um crescimento no primeiro semestre, e uma sequência de seis quedas consecutivas entre junho e novembro, antes de voltar a crescer ligeiramente em dezembro, quando teve uma alta de +0,19%. 

"A sequência de seis quedas mensais seguidas em 2021 coincidiu com os avanços na imunização dos brasileiros e o maior da pandemia no país, o que reforça a relação entre o controle da pandemia e o comportamento dos preços dos medicamentos", avalia Rafael Barbosa, CEO da Bionexo. "Nesse sentido, o avanço nos preços do ano passado pode ser atribuído em partes aos aumentos registrados entre março e maio, período que combinou o agravamento do quadro da pandemia e os reajustes nos preços (CMED, em abril)", conclui. 


Considerando um horizonte mais amplo, o resultado do consolidado do IPM-H em 2021 foi menor do que o crescimento registrado no ano anterior (2020), de +14,36%. Nos anos anteriores, as altas foram de +3,97% (2019), +4,97% (2018), +3,94% (2017), +4,97% (2016) e +4,74% (2015). 

Contribuíram para o resultado positivo do índice no ano passado os aumentos observados na maior parte dos grupos de medicamentos na cesta do índice: preparados hormonais (+27,54%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+17,28%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+14,69%), órgãos sensitivos (+10,05%), aparelho respiratório (+6,62%), agentes antineoplásicos (+5,06%), aparelho digestivo e metabolismo (+4,27%), aparelho geniturinário (+3,53%) e sistema nervoso (+1,96%). Em contrapartida, apenas três dos grupos de medicamentos monitorados apresentaram queda nos preços aos hospitais em 2021: aparelho cardiovascular (-10,69%), anti-infecciosos (-2,85%) e sistema musculoesquelético (-1,21%).  

Desde o início da pandemia da Covid-19, em março de 2020, por sua vez, o IPM-H apresenta uma alta acumulada de 18,84%, impulsionada pelas variações positivas registradas nos preços de quase todos os grupos, sendo mais expressivas em: aparelho digestivo e metabolismo (+56,02%%), sistema nervoso (+48,99%), preparados hormonais (+16,65%), aparelho cardiovascular (+37,20%), sangue e órgãos hematopoiéticos (+30,77%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (+21,62%), sistema musculoesquelético (+19,90%), entre outros. 

 

Sobre o IPM-H 

O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) é uma parceria entre a Fipe e a Bionexo, com o objetivo de disponibilizar informações inéditas e de interesse público relacionadas à área de saúde, com foco no comportamento de preços de medicamentos transacionados entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro. O IPM-H é elaborado com base nos dados de transações realizadas desde janeiro de 2015 através da plataforma healthtech, por onde são transacionados mais de R 12 bilhões de negócios por ano no mercado da saúde, o que representa cerca de 20% do que é transacionado no mercado privado nacional. 

A empresa conecta mais de duas mil instituições de saúde a mais de 20 mil fornecedores de medicamentos e suprimentos hospitalares. A cada mês e para cada grupo de medicamentos, a FIPE calcula o índice de variação do seu preço em relação ao mês de referência, levando em consideração algumas variáveis que podem ser relevantes para determinar o preço das negociações, incluindo: (i) quantidade de produtos transacionada; (ii) distância geográfica entre hospitais e fornecedores. 

Os medicamentos são agrupados em 13 grupos terapêuticos (classificação da ATC*) e ponderados de acordo com uma cesta de valor total transacionado na plataforma Bionexo no ano anterior. O IPM-H consolida o comportamento dos índices dos preços de cada grupo terapêutico, também ponderados pelo valor transacionado do grupo na plataforma. 

Embora possam estar correlacionados, o comportamento do IPM-H não mensura o comportamento dos preços de medicamentos em farmácias, isto é, nos preços ao consumidor final (segmento varejo). Além disso, o IPM-H não é uma medida de variação dos custos dos hospitais e/ou planos de saúde, que envolvem também gastos com equipamentos, procedimentos, materiais recursos humanos, protocolos de tratamento/atendimento e segundo frequência de uso.

 

Bionexo - Líder em soluções digitais para gestão em saúde.


Estudo da Mercer mostra que setor financeiro é o que melhor remunera cargos digitais no país

Consultoria analisou 399 empresas brasileiras em sua Pesquisa de Cargos Digitais em 2021; Mudança de mentalidade é fundamental para entender e evoluir na dinâmica digital 

 

A Pesquisa de Cargos Digitais da Mercer publicada em 2021 traz indicativos de como será a dinâmica do mercado de trabalho no pós-pandemia e mostra quais são as principais características dos cargos digitais nas empresas brasileiras. De acordo com o levantamento, as três indústrias que melhor remuneram para essas posições são: 1) Bancos e serviços financeiros; 2) Life Sciences; 3) Bens de consumo. 

O número de profissionais ligados à tecnologia vem aumentando significativamente nas empresas. De 2020 a 2021, passou de aproximadamente 50 mil pessoas para aproximadamente 100 mil, registrando um aumento de 48%. Nesse universo, a Geração Y é a mais predominante. O crescimento na escada corporativa também tem se mostrado acentuado, especialmente entre profissionais com menos de um ano de empresa – a porcentagem de crescimento dessa faixa foi de 266%.   

A pesquisa detectou que maneiras alternativas de remuneração são importantes para carreiras digitais, sendo necessário uma mudança de mentalidade por parte das empresas e dos RHs. Algumas formas são: prêmio por projeto; recompensa ágil; pay for skills; partnership. No contexto geográfico, 62% estão utilizando a tabela nacional para definir os parâmetros de remuneração apontando para o que chamamos de “remuneração sem fronteiras”.

 


Mercer 

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