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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

AVC precoce: previna-se e conheça as terapias de tratamento


Sedentarismo, excesso de trabalho, muita comida industrializada, tabagismo e uso de drogas ilícitas. Essas são algumas das causas apontadas por especialistas por trás do crescimento de casos de acidente vascular cerebral (AVC) precoce (antes dos 60 anos).

De acordo com a Central Nacional de Informações do Registro Civil, as pessoas com idades entre 20 e 59 anos representaram 17,2% dos óbitos por AVC no Brasil em 2019, mas esse número subiu para 18,5% em 2020 e para 20% entre janeiro e outubro de 2021.

Vejo esses dados com grande preocupação, pois o AVC precoce costuma ser mais grave do que entre idosos, faixa em que essa ocorrência é mais comum. Não existem pesquisas definitivas sobre o assunto, mas percebo que o estilo de vida atual conduz cada vez mais para o imediatismo, tudo ao alcance da mão pelo celular.

A vida facilitada das entregas de comida, muitas vezes, impede movimentos simples como a caminhada até um restaurante, ou mesmo a agitação natural dentro de casa no preparo dos alimentos. Além dos condimentos e da gordura próprios da comida comprada, o horário das refeições está se tornando um tempo não de descanso, mas de comer rapidamente para “resolver coisas” – ou mesmo para manter altos os níveis de atividade cerebral ao celular.

Tudo isso representa maiores níveis de estresse, excesso de informação, além do sedentarismo. Somado a isso, existe a tendência aos excessos noturnos da juventude, seja com hábitos irregulares de sono, uso do tabaco ou drogas ilícitas. Lamento que sejam atitudes tão corriqueiras a nos levar a um desequilíbrio tão grande, que inclui a pressão arterial, índices glicêmicos e muita obesidade.

Infelizmente, é raro que o AVC seja leve entre jovens, sendo mais comum a ocorrência de moderada a grave, com perdas importantes de atividade motora e cognitiva. Para quem sofreu um AVC em idade “produtiva”, felizmente existem bons resultados com o uso de métodos terapêuticos como o Perfetti, fruto de pesquisas realizada desde os anos 1970.

O Método Perfetti foi justamente originado de inquietações relacionadas ao acidente vascular, pois mesmo com o uso de diversas técnicas era comum chegar a um ponto do tratamento em que o paciente não evolui nem piora, ou seja, fica estagnado – o chamado platô.

A partir de recursos da reabilitação neurocognitiva, foi possível auxiliar essas pessoas a obter melhoras mais significativas – e isso é excelente, visto que elas desejam voltar a ser produtivas mais rapidamente, ainda que retomem carreiras diferentes daquelas em que atuavam.

Entre meus pacientes da terapia ocupacional, essa recuperação é gradual, mas consistente, e a constância no tratamento é fundamental. Seguimos assim, com muito interesse na recuperação da vida!

  


Syomara Cristina Szmidziuk - atua há 31 anos como terapeuta ocupacional, e tem experiência no tratamento e reabilitação dos membros superiores em pacientes neuromotores. Faz atendimentos em consultório particular e em domicílio para bebês, terapia infantil e juvenil, para adultos e terceira idade. Desenvolve trabalho com os métodos RTA e terapia da mão, e possui treinamento em contenção induzida, Perfetti (introdutório), Imagética Motora (básico), Bobath e Baby Course (Bobath avançado), entre outros.


Fraturas recorrentes, fadiga e dores nos membros podem ser sinais de doença rara e progressiva

 


  • A osteomalácia oncogênica é uma condição caracterizada pelo desenvolvimento de tumores pequenos e de difícil localização;
  • Comumente confundida com doenças mais comuns, o atraso em seu diagnóstico pode agravar o quadro clínico do paciente;

 

Sintomas inespecíficos e difusos atrasam o diagnóstico da osteomalácia oncogênica, também conhecida por osteomalácia induzida por tumor (TIO), doença rara caracterizada pelo aparecimento de tumores pequenos e de difícil localização, que ocasionam a perda renal de fosfato, mineral responsável pela saúde óssea. Enquadrada como síndrome paraneoplásica -- quando os sintomas ocorrem em locais distantes do tumor -- estima-se que a condição afeta menos de mil pessoas no mundo todo.

A osteomalácia oncogênica, traduzida para termos leigos, significa “ossos moles”, e se dá pelo aparecimento de um ou mais tumores pequenos e benignos, que podem se alojar nos ossos ou tecidos moles e não causam sintomas locais. Esses tumores produzem em excesso a substância FGF-23, proteína responsável por regular o fósforo e a vitamina D ativa -- minerais essenciais para a formação e manutenção da qualidade óssea -- que acabam sendo eliminados em altas quantidades pela urina. Desta forma, os ossos se tornam frágeis e suscetíveis a fraturas.

A condição acomete, frequentemente, homens e mulheres na idade adulta, entre 40 e 45 anos, e causa dor óssea, muscular, fraturas patológicas ou raquitismo em pacientes mais jovens, além de fraqueza muscular. “A característica inicial da doença se dá pelo aparecimento de dores pelo corpo, seguida de múltiplas fraturas nos pés, pernas e vertebras. Pelo desconhecimento da doença, muitos médicos tratam apenas os sintomas, não a doença em si, o que torna a jornada do paciente, até o diagnóstico, longa e angustiante. O tempo médio varia de acordo com os estudos, mas há casos de pacientes que demoraram três, cinco e até 28 anos para obterem o diagnóstico correto”, explica Dra. Marise Lazaretti Castro, endocrinologista e chefe do grupo de doenças osteometabólicas da disciplina de Endocrinologia da UNIFESP.

Embora seja uma doença rara, a osteomalácia oncogênica pode ser diagnosticada e tratada corretamente, oferecendo ao paciente uma melhor qualidade de vida. “Em caso de dúvidas, é necessário procurar um especialista e solicitar exames de sangue e de urina, para que se possa avaliar os níveis de fósforo, cálcio, vitamina D ativa e o FGF-23, além de exames de imagem, como tomografia computadorizada e cintilografia, para investigar o tumor. O diagnóstico precoce permite ao paciente a oportunidade de resolução completa dos sintomas e anormalidades bioquímicas, seja por método cirúrgico ou por via medicamentosa” finaliza a endocrinologista.


Tratamento

A remoção do tumor costuma ser a primeira opção de tratamento. Entretanto, nem sempre é viável, já que estes tumores, por serem muito pequenos, podem não ser localizados. Além disso, dependendo de sua localização, não podem ser removidos.  

No Brasil já existe terapia medicamentosa disponível para osteomalácia oncogênica. O tratamento inibe a atividade biológica do FGF23, restaura a reabsorção renal de fosfato, aumenta a produção de vitamina D ativa e ajuda a melhorar os sintomas.


ALIMENTAÇÃO: DICAS, E OS CUIDADOS PARA ENFRENTAR A COVID-19



Qualidade de vida, e alimentação saudável, são essenciais na recuperação dos pacientes com Covid-19. A nutricionista Adriana Stavro preparou uma lista de alimentos e cuidados para enfrentar mais uma onda de pandemia. “Uma nutrição adequada e regular é indispensável para uma recuperação mais eficiente da Covid e suas sequelas.” ressalta a nutricionista Adriana Stavro.


Em tempos de coronavírus é necessário fortalecer o sistema imunológico. E mesmo quem não tem hábitos alimentares saudáveis pode e deve mudar em caso de infecção pelo vírus: “Uma reeducação alimentar deve ser aplicada de acordo com o estado ou o grau de sequelas do paciente. Pacientes que necessitam ficar de cama, que sentem fadiga em excesso e cansaço, podem precisar de um aumento no consumo de carboidratos de origem integral para a melhora de energia. Também é bom aumentar o consumo de proteína que ajuda a diminuir os sintomas de cansaço e fadiga.” completa Adriana.

A nutricionista Stavro frisa que para quem permanece com sequelas da doença, é de extrema importância usar a nutrição como aliada na recuperação do organismo. E para isso ela separou algumas dicas de alimentos para cada sintoma e possíveis sequelas:

Dor de garganta: Um alimento que ajuda nesse caso é o alho, graças a sua função antisséptica. Ele pode ser adicionado a um chá com canela e gengibre, que promove alívio do sintoma. Outra dica é comer alimentos pastosos até a dor passar.

Perda de massa muscular: Aqui é preciso priorizar a combinação de carboidratos, como pães e massas integrais, proteínas de origem animal ou vegetal.

Funcionamento dos pulmões afetados: Para quem encontra dificuldades para respirar, um alimento aliado é a beterraba. A raiz possui efeito broncodilatador e pode ser consumida em forma de purê.
Outro alimento eficaz para saúde pulmonar é a banana, rica em potássio, fibra e vitamina C, a banana é uma potência da nutrição e também é benéfica para os pulmões. Estudos mostram que o potássio ajuda a contrair e expandir os pulmões que consequentemente pode ajudar a prevenir problemas respiratórios.

Perda do olfato: É indicado a inclusão de alimentos com aromas a que o paciente estava acostumado. Um exemplo é uma salada temperada com vinagre e cebola, que possuem compostos sulforafanos, nos quais os odores persistem por mais tempo e são mais potentes. Frutas cítricas e aromas como café e canela também são indicados.

Falta de apetite: Você pode optar por algo líquido, mas que tenha consistência. Por exemplo, um shake de manga ou açaí, contém alto valor calórico, sem que o paciente precise mastigar. Use frutas como abacate e coco ou até mesmo um suco verde.

A nutricionista Adriana explica também que é necessário priorizar uma nutrição com alimentos anti-inflamatórios e antioxidantes, com o intuito de reduzir o crescimento viral e diminuir os sintomas.
 

A anemia é um dos sintomas muito presentes nos pacientes com sequelas, por isso Adriana Stavro indica também o aumento do consumo de proteínas associado a componentes com vitamina C, ferro, vitamina D e suplementos que melhoram a disposição. “Considerando isso, é de se considerar uma avaliação nutricional” afirma Adriana.

Adriana ressalta a importância de concentrar sua atenção em alimentos que forneçam energia, como grãos integrais e proteínas, e leve em consideração que essa disposição precisa ser constante para não ter pico ou queda do índice glicêmico. E conte com ajuda de uma nutricionista capacitada.
 

Confira mais algumas dicas de alimentos para a recuperação pós Covid segundo a nutricionista Adriana Stavro:
Queijo Branco: Fonte de proteína, auxilia na recuperação da força muscular e melhora as funções das enzimas gástricas e ajuda as “bactérias do bem” presentes no intestino.

Beterraba: Rica em óxido nítrico, que traz um relaxamento dos vasos sanguíneos, resultando numa melhora no fluxo de sangue, oxigênio e nutrientes para o organismo, ajudando nas funções pulmonares.

Frutas Cítricas: Contém vitamina C que contribui para a defesa imunológica e auxilia também a prevenir e tratar infecções respiratórias e sistêmicas.

Cúrcuma: Um tempero anti-inflamatório que auxilia no combate do estado resultante da doença. E também, se sugere que a curcumina ajuda a reduzir a replicação do vírus.

Uvas: São ricas em flavonoides, taninos e resveratrol, um excelente antioxidante para o organismo.

Cenoura: Fonte de vitamina A. O betacaroteno é um antioxidante que ajuda a combater os radicais livres e aumenta a imunidade.

Castanhas e Oleaginosas: Possuem selênio e zinco, são fontes de gorduras boas, vitaminas do complexo B e E, que são antioxidantes e auxiliam o processo de cicatrização.

Cebola Roxa: Tem quercetina com ação antioxidante e anti-inflamatória e possui também combatentes antivirais.

Chá Verde: Possui ação anti-inflamatória, diminuindo alguns sintomas, ajuda também na melhora da resposta imunológica.
 

Kefir: Possui probióticos, fortalece o intestino e ajuda no amadurecimento das células que defendem e combatem a infecção do vírus.

Para mais dicas de alimentação em tempos de pandemia só entrar em contato com a nutricionista.

 

Adriana Stavro - Nutricionista Mestre pelo Centro Universitário São Camilo. Curso de formação em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard Medical School. Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) pelo Hospital Israelita Albert Einstein. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pelo Instituto Valéria Pascoal (VP) Pós-graduada EM Fitoterapia pela Courses4U.
Instagram -@adrianastavronutri


A cura do câncer pela vacina


As vacinas se tornaram referência mundial com o advento da pandemia da Covid-19. Porém, um imunizante produzido em tão pouco tempo levantou dúvidas sobre sua eficácia. O que a maioria das pessoas não sabia é que, há anos, os cientistas vêm pesquisando uma nova abordagem para o tratamento de câncer com o RNA mensageiro (mRNA), que implica em tratamento individualizado. Graças ao desenvolvimento dessa técnica foi possível chegar numa resposta célere contra o novo coronavírus.  

Ao longo dos séculos, o uso de vacinas tem provocado polêmicas ao redor do mundo, resultado do desconhecimento da importância e do alto grau de segurança que esses imunizantes oferecem. Um dos casos mais conhecidos ocorreu no início do século XX. O jovem sanitarista Oswaldo Cruz assumiu a empreitada de salvar a cidade do Rio de Janeiro da varíola, promovendo uma vacinação obrigatória. A atitude do médico provocou uma das mais ruidosas revoltas da República.  

A introdução de substâncias biológicas no organismo, com o propósito de ativar o sistema imunológico, tem registro de uso já no Século X pelos chineses. Já o francês Louis Pasteur (1822-1895) ocupa lugar de destaque na história pela criação da vacina contra a raiva. Desde esses tempos, as vacinas têm se tornado referência para a prevenção de muitas doenças e são raríssimos os casos de contraindicação.  

As pesquisas recentes utilizando o RNA mensageiro nas vacinas contra a Covid-19 são resultados de estudos que vêm ocorrendo há muitos anos na busca de um imunizante para tratar o câncer. Um dos propósitos desse método é ajudar o sistema imunológico a combater as células tumorais do organismo. Para produzir o imunizante, é preciso realizar uma biópsia do tumor do paciente e fazer o sequenciamento do genoma. Em seguida, os cientistas desenvolvem uma molécula de RNA para codificar as proteínas que respondem pelas mutações das células normais, que posteriormente se tornam cancerosas. Ou seja, o papel dessa modificação é fazer com que o organismo aprenda a reconhecer uma determinada proteína nas células cancerosas.  

As vacinas oncológicas já vêm sendo aplicadas com sucesso no tratamento de vários tipos de câncer como os de pele, de próstata e de mama. As respostas animadoras também vêm de outras frentes, como a produção de imunizantes a partir de células adjuvantes, que estimulam a resposta imunológica. Hoje, podemos inclusive falar em vacina preventiva contra o câncer. Estudos também já são realizados em pacientes com alto risco de desenvolver câncer de mama.  

Um dos estudos mais promissores foi um ensaio clínico de Fase III, em que pacientes com câncer de mama avançado receberam uma vacina após se submeterem a tratamentos convencionais. Em 15 anos, a taxa de recorrência da doença entre pacientes vacinados foi de 12,5%, contra 60% em pacientes que receberam o tratamento convencional e uma vacina placebo. Outra boa notícia vem de pesquisas de uma outra vacina. Os resultados são muito animadores. As pacientes imunizadas tiveram, em cinco anos, uma sobrevida livre da doença de 14 pontos percentuais maior em comparação com indivíduos que receberam placebo.  

Um dos diferenciais das vacinas oncológicas é a necessidade de personalização do tratamento. Os custos ainda são proibitivos para uso em larga escala, mas o desenvolvimento tecnológico deve baratear o seu uso e permitir ampliar sua escala.  

As vacinas são, portanto, uma das mais promissoras respostas para o futuro tratamento do câncer e, porque não, de outras enfermidades que possam surgir no horizonte. Precisamos deixar de lado o preconceito para um imunizante que é resultado de longos anos de pesquisa e tem eficácia mais do que comprovada por milhares de cientistas ao redor do mundo.



Ramon Andrade de Mello - médico oncologista, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve, em Portugal.


Burnout agora é doença do trabalho. O que isso significa para a sua empresa?

  

Nos últimos meses, muito tem se falado sobre a importância dos cuidados com a saúde mental, tema que deve ganhar ainda mais visibilidade no próximo ano. Um dos transtornos psíquicos que tem ganhado cada vez mais destaque nas pautas empresariais é a Síndrome de Burnout, que tem suas raízes justamente na relação do indivíduo com seu ambiente de trabalho. Não à toa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu uma nova classificação para a Síndrome de Burnout. A CID 11, que entra em vigor a partir do dia 1 de janeiro de 2022, reconhece a doença como um fenômeno ligado ao trabalho, aumentando a responsabilidade direta e indireta das empresas com relação à saúde de seus colaboradores.  

Ainda que mesmo antes do início da pandemia o Brasil já liderasse rankings de doenças mentais, sendo considerado pela International Stress Management Association (ISMA-BR) como o segundo país com o maior número de trabalhadores afetados pelo Burnout, boa parte da população ainda considera o tema um grande tabu, evitando buscar assistência médica adequada e lidando com o transtorno de forma banal. No ambiente empresarial isso se agrava e é aí que entra a importância da área de Recursos Humanos das empresas em cuidar da saúde mental de seus colaboradores, além de conscientizá-los sobre a relevância do assunto.  

A pessoa acometida pela Síndrome de Burnout costuma entrar em um ciclo de três fases. Inicialmente, passa por um aumento brusco de produtividade e acaba por trabalhar mais do que oito horas por dia, por exemplo. A partir disso, a segunda etapa é o surgimento de outros sintomas como taquicardia, falta de ar, dores musculares, dor de cabeça ou insônia. Nesta fase, ainda é possível notar mudanças na alimentação. 

Por fim, o ciclo chega à exaustão total, que pode resultar em falta ou não cumprimento de prazos. A síndrome também pode desencadear outras doenças como ansiedade e depressão. Entre as características mais evidentes deste transtorno estão o pessimismo, a baixa autoestima e as mudanças bruscas de humor. Muitas vezes essa condição pode ser confundida com o estresse, mas é importante entender que se trata de uma doença mais grave. 

Além de danos para a própria pessoa, a Síndrome de Burnout também é maléfica para a empresa, já que a condição afeta a pessoa colaboradora e prejudica a sua performance na companhia. Esse transtorno costuma se desenvolver gradualmente, de acordo com mudanças que ocorrem no ambiente de trabalho e situações que provocam o esgotamento físico e mental, como a sobrecarga de atividades, a forma como o gerenciamento das tarefas é conduzida, a falta de autonomia ou de flexibilidade, a atmosfera tóxica, o retrabalho e a falta de delimitação entre os compromissos de trabalho e a vida pessoal. 

Por isso, é tão importante que as empresas analisem e mantenham seu próprio ambiente de trabalho o mais amigável e humano possível, valorizando os cuidados com a saúde mental dos colaboradores e transformando a experiência deles como parte integrante do sucesso da companhia. Para isso, o departamento de Recursos Humanos pode contar com o apoio da tecnologia no gerenciamento do ambiente interno, aplicando ferramentas de gestão, propondo metas realistas, distribuindo tarefas igualitariamente, treinando as lideranças para as relações interpessoais e incentivando a cultura de feedbacks. Com isso, é possível perceber melhorias no engajamento dos funcionários, aumento da retenção de talentos, diminuição do absenteísmo e dos custos com afastamento por questões de saúde. 

Ainda que o enfrentamento da doença e a superação dela sejam questões muito pessoais, a empresa que possui um colaborador diagnosticado com Síndrome de Burnout tem o dever de fornecer ajuda para que ele se sinta compreendido e apoiado. O tratamento médico adequado e o afastamento da atividade profissional são extremamente necessários, assim como a realização de mudanças no estilo de trabalho promovido. Esta situação também sinaliza para a empresa que algo pode não estar bem, deixando-a em alerta para possíveis novos casos.  

Quando preocupada com a saúde de sua equipe, as companhias ainda podem adotar medidas que evitem o surgimento de transtornos mentais, como aplicativos e plataformas de acesso a profissionais como psicólogos e psiquiatras. É importante que a saúde emocional passe a ser cada vez mais debatida no meio corporativo, fazendo com que as empresas compreendam que os cuidados mentais não devem mais ser entendidos como um benefício extra, mas sim como uma responsabilidade delas.

 


Marcela Ziliotto - Head de People na Pipo Saúde, startup de gestão de benefícios que nasceu com o objetivo de otimizar e facilitar a relação do RH de empresas com planos e serviços de saúde.


Assimetria dos seios: é saudável procurar a cirurgia plástica antes dos 18 anos?


Estudo americano indica que a saúde psicossocial de jovens e adolescentes baixa com a condição

 

Querendo provar que a cirurgia plástica nem sempre se trata só sobre a beleza e a vaidade, um grupo de médicos do Hospital Infantil de Boston conduziu um estudo ao longo de 10 anos com 45 mulheres na casa dos 18 anos. Todas elas possuíam algum tipo de assimetria das mamas, a maioria com subdesenvolvimento de um dos seios, outras com um seio com crescimento anormal e um pequeno grupo com uma condição rara chamada mama tuberosa, deformidades na aparência que causavam graves condições psicológicas no grupo pesquisado.

Mesmo parecendo que as participantes são muito jovens para passar por um procedimento do tipo, o estudo publicado no Jornal da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, indicou que as pacientes tinham um grave déficit de aproveitamento social e saúde mental quando comparadas a outras jovens, tanto pelo aspecto físico quanto pelo psicológico.

“A mama tuberosa, por exemplo, é uma malformação dos seios, em que a base é menor do que o comum, o que causa tamanho e aréolas desproporcionais. Além de ser visualmente incômodo, gerando diversos problemas psicossociais, também pode causar dor na portadora,” explica Patricia Marques, cirurgiã plástica especialista em cirurgia reparadora de mama pelo Hospital Memorial Sloan-Katering Cancer Center, em Nova York.

A especialista compartilha um pouco do que escutou de suas próprias pacientes. “Muitas delas me contam que não tinham coragem de ir à piscina ou na praia, colocavam preenchimentos no sutiã para compensar a assimetria, ou até evitavam criar laços românticos por vergonha da estética”.

Segundo Marques, a correção para esse tipo de problema é mais simples do que parece. “No caso de um seio muito pequeno podemos fazer o implante de silicone ou a lipoenxertia, com a própria gordura da paciente. Quando uma mama é muito maior, realizamos a mamoplastia redutora. Podemos até mexer no outro seio, para que ambos fiquem com aparência harmônica”, explica.

No caso da mama tuberosa, a cirurgiã esclarece que o procedimento é um pouco mais complexo, já que primeiro deve ser feita a correção do tamanho da aréola, para diminuí-la e deixá-la proporcional, e somente depois deve ser feito o alargamento da base do seio e realojamento do tecido mamário, para que ele perca o formato em ‘tubo’. ”Só então é colocado o silicone ou enxerto de gordura para eliminar a flacidez”, explica.

No estudo, os resultados foram extremamente positivos: todas as pacientes num período de 3 anos após os procedimentos, apresentaram melhora na qualidade de vida, autoestima e doenças psicológicas, se igualando a média de outras mulheres na mesma faixa etária. Eles também acreditam que as pacientes se beneficiaram de terem feito a cirurgia mais cedo e aproveitado mais a adolescência.

“A autoestima vem de dentro e quando não estamos confortáveis em nossa própria pele, principalmente nesta fase, podemos perder muito em relação a saúde mental. Acredito que esse seja um dos casos mais indicados para buscar a ajuda da cirurgia plástica,” finaliza Marques.

 

 

Doutora Patricia Marques - CRM-SP: 146410 - graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com especialização em reconstrução de mama e cirurgia linfática no Hospital Santa Creu i Sant Pau em Barcelona, e complementação em cirurgia reparadora de mama, cabeça e pescoço no Hospital Memorial Sloan-Katering Cancer Center, em NY, EUA. 

www.drapatriciamarques.com.br

Qual a diferença entre lentes de contato dental e facetas estéticas?

Professores da Faculdade Anhanguera esclarecem dúvidas sobre o tema

 

Os procedimentos estéticos dentários caíram no gosto dos brasileiros, e a odontologia está conseguindo entregar o sonho do sorriso bonito. Duas soluções têm sido amplamente utilizadas para essa finalidade: as lentes de contato dental e as facetas estéticas. Mas você sabe a diferença entre os procedimentos, as indicações e os cuidados?

Os professores do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, Sandra Zamboni, Sergio Brossi Botta e Virginia M. C. Pinto esclarecem as principais dúvidas dos pacientes sobre o tema.


O que é a lente de contato dental?

São lâminas finas de porcelana, que variam de 0,2 a 0,4 milímetros, e que são cimentadas nos dentes com a intenção de alterar forma, contorno, alinhamento, proporção e cor que possam desagradar esteticamente a harmonia do sorriso. Elas podem ser colocadas em um ou vários dentes.


O que são facetas estéticas?

Além das lentes existem também as facetas estéticas, cuja diferença consiste na quantidade de dente desgastado e também sua indicação. “Por exemplo, quando precisamos alterar a cor do dente, necessitamos de uma espessura maior de porcelana para alcançarmos o objetivo estético final e isso se faz necessário realizando um desgaste maior do dente”, explica Sandra Zamboni. Outro fator importante a ser observado está na escolha do material a ser utilizado: existem inúmeras porcelanas com características estéticas diferentes e o profissional deverá ser capaz de selecionar de forma criteriosa o melhor material para cada caso.


Como é feita a aplicação?

Primeiro, o paciente precisa passar por uma avaliação criteriosa pelo dentista, para saber se o tratamento estético com laminados cerâmicos está indicado para seu caso. Este diagnóstico é extremamente importante e necessita de um profissional capacitado e com embasamento científico para indicar o melhor tratamento em cada caso.

“O tratamento com lentes e facetas deve ser indicado após a constatação de que os dentes, gengivas e outros componentes da cavidade bucal estão saudáveis”, alerta Sergio Brossi Botta.


Preciso desgastar meu dente?

Apesar de haver grande propaganda nas redes sociais sobre os tratamentos com lentes de contato serem feitos sem nenhum desgaste dental, isso só ocorre numa minoria de casos, menos de 7%. “Na maioria dos casos precisa haver um certo desgaste dental para as lentes de contato ficarem bem adaptadas ao dente do paciente e obter os resultados desejados de cor, forma, posição e tamanho. Esta adaptação é muito importante, evitando excesso na região próxima à gengiva”, diz Virginia M. C. Pinto.


As lentes são indicadas para meu caso?

As lentes de contato são indicadas em vários casos: fechamentos de diastemas, que são o espaço entre os dentes; alterações de formato dental; estabelecimento de proporção adequada entre altura e largura, especialmente para dentes muito pequenos ou dentes escuros, além de outros casos.

“O tratamento é contraindicado para pacientes com problemas nas articulações temporo mandibulares ou com o bruxismo, por exemplo. Neste caso, podemos lançar mão de outros tratamentos prévios e após o controle reabilitar esteticamente o paciente. Pacientes com apinhamento dentário, deverão ser submetidos a tratamento ortodônticos previamente quando possível”, alerta Sandra. As lentes de contato não são indicadas quando a questão estética pode ser resolvida com outros tratamentos menos invasivos, como clareamento dental, ortodontia ou recontorno estético com restaurações de resina composta por exemplo. Também não é recomendado para dentes com perdas estruturais severas, sendo neste caso a indicação de outros procedimentos protéticos para resolução do caso.


Dura quanto tempo?

“Pode durar de 10 a 15 anos - um pouco menos ou um pouco mais, dependendo dos cuidados do paciente. O ideal é realizar visitas anuais ou semestrais ao dentista para checar se está tudo certo”, indica Sergio.

As lentes de contato necessitam de um pouco mais de cuidado na higienização bucal. Atenção especial ao fio ou fita dental também deve ser redobrada, principalmente nas áreas de emenda dos dentes com as próteses, a fim de se evitar o surgimento de lesões de cárie nos dentes e inflamação gengival.


O procedimento tem risco?

Se for feito por um profissional capacitado, o procedimento não apresenta grandes riscos. “Tome muito cuidado no momento de escolher o dentista que fará seu tratamento. Quando o profissional escolhido não tem experiência e nem fez um treinamento adequado, existe grande chance de você ter problemas”, orienta Virginia.

Segundo a especialista, se o dentista desgastar muito o dente, o paciente pode ter uma sensibilidade dentária, que ocorre pelo desgaste da camada de esmalte expondo áreas da dentina, onde existem terminações nervosas que causam a dor. Por isso, o laminado cerâmico cimentado deve vedar esses túbulos para que essa sensibilidade não ocorra ou diminua com o tempo.

Se houver um excesso de material no limite entre a lente de contato e a gengiva, pode ocorrer inflamação gengival, acúmulo de bactérias e infiltrações de cárie na linha de emenda entre o laminado cerâmico e o dente.


Posso retirar as lentes depois?

Não, o tratamento é definitivo. Uma vez colocada, a lente só pode ser substituída, mas não removida totalmente, visto que o dente original permanecerá desgastado.


Podem ocorrer manchas nas lentes?

Lentes de contato dental de porcelana não costumam manchar por qualquer coisa, contudo, é importante lembrar que na parte inferior a elas encontram-se os dentes e, para que se mantenham em um estado excelente, é fundamental que se evite determinados alimentos caracterizados pela acidez, assim como manter a limpeza bucal assídua. Desse modo, é possível aproveitar um sorriso bonito e branco por muito mais tempo.

 


Anhanguera

anhanguera.com

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 Kroton 

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Tabu que envolve a saúde mental afasta as pessoas do tratamento adequado

Especialista explica em que ponto a internação psiquiátrica é necessária
 

A saúde mental é um campo cheio de estigmas e preconceitos. Muitas pessoas, até hoje, são ridicularizadas e têm seu sofrimento minimizado ao dizerem que fazem terapia, mais ainda se falarem que vão ao psiquiatra, que tomam algum tipo de remédio ou que seu caso necessita de internação. 

Para o Dr. Fábio Cantinelli, psiquiatra da Clínica Maia, todo esse tabu que envolve a saúde mental vem do medo do desconhecido. 

“É uma doença que eu desconheço a natureza, que eu não sei muito bem como funciona e que de repente pode me atingir e mudar meu jeito de pensar, de sentir, de me comportar, meu jeito de ser. É o medo do desconhecido e do que ele pode causar em mim que gera esse temor nas pessoas”, explica o especialista. 

Esse cenário de marginalização dos que sofrem com transtornos mentais contribui para aumentar o sentimento de desamparo e, muitas vezes, acaba atrapalhando as pessoas de receberem o tratamento adequado para suas doenças e, em alguns casos, dificultando o processo de internação. 

Segundo o Dr. Fábio, existem três motivos principais que podem levar uma pessoa à internação psiquiátrica: quando ela oferece risco para si mesma, quando coloca em risco a vida dos que estão ao seu redor e quando a ela perde a capacidade de cuidar de si própria (não consegue tomar banho, controlar os horários dos remédios, fica em um estado de abandono de si devido ao transtorno mental). 

“É importante lembrar que a decisão leva em conta as condições físicas e psicológicas do paciente, com o objetivo de protegê-lo, acolhê-lo e tratá-lo de forma integral por meio de uma equipe médica multidisciplinar”, comenta o psiquiatra. 

Na internação, o paciente tem um acompanhamento diário bem de perto, com uma grade terapêutica planejada e com a assistência de uma equipe integrada, que inclui neuropsicólogos, psicólogos, psiquiatras, terapeutas holísticos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, nutricionistas, educadores físicos, assistentes sociais, entre outros profissionais. 

Fábio Cantinelli reforça que precisamos desmistificar a internação psiquiátrica, porque ela, muitas vezes, é um recurso que salva e preserva vidas. 

“De forma alguma a internação deve ser vista como um aprisionamento ou punição, pelo contrário, é um ato de zelo e acolhimento, para garantir a segurança e o bem-estar da pessoa que está com a saúde emocional e a qualidade de vida gravemente afetadas”, conclui o profissional.


Dez coisas que você precisa saber antes de fazer a cirurgia bariátrica

Estar ciente do procedimento e das mudanças é fundamental para o sucesso do tratamento

 

A cirurgia bariátrica costuma ser um procedimento que causa muitas dúvidas nos pacientes. Considerada um dos tratamentos mais eficazes para o emagrecimento, ela não é a cura da doença obesidade, que é crônica, portanto, o comprometimento do paciente é fundamental para o sucesso dos resultados, principalmente a longo prazo. É importante estar ciente de todo o processo e do quanto a mudança de hábitos de vida é fundamental para a manutenção do peso ao longo dos anos.

Com quase cinco mil cirurgias bariátricas realizadas, o cirurgião bariátrico Admar Concon Filho, presidente do Hospital Galileo e fundador do Grupo de Cirurgia Bariátrica de Valinhos, conta que o grande segredo do sucesso é o comprometimento do paciente e o acompanhamento da equipe multidisciplinar. “Por isso, é feito um preparo do paciente antes da cirurgia. Ele precisa ser consciente de todas as mudanças que estão por vir, de como a cirurgia bariátrica vai impactar a sua vida”, comenta. “Quanto mais ciente ele estiver das mudanças, melhor será sua adaptação”, explica Concon.

Se você está entre as pessoas que pretendem fazer a cirurgia bariátrica, confira essas informações:


1 – Quem tem indicação para a cirurgia bariátrica?

Para fazer a cirurgia bariátrica, é necessário ter IMC (Índice de Massa Corpórea) acima de 40 kg/m2 ou acima de 35 kg/m2, com doenças causadas pela obesidade. Também é necessário comprovar que tentou, por pelo menos dois anos, tratamento clínico com médicos especializados em obesidade para perder peso, sem obter sucesso.


2 – É necessário ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar?

Sim, tanto antes quanto depois da cirurgia. É importante ter acompanhamento e laudo de nutricionista, endocrinologista, cardiologista, pneumologista, psicólogo/psiquiatra, entre outros profissionais que forem necessários.


3 – Quais são os tipos de cirurgia bariátrica?

Basicamente, no Brasil, utilizamos duas técnicas: a Bypass (ou Gastroplastia em Y de Roux) e a Gastrectomia Vertical (ou Sleeve). A indicação leva em conta algumas características do paciente, e a decisão deve ser tomada em conjunto, entre ele e o cirurgião.

Na Bypass, é feita uma redução importante do tamanho do estômago e um desvio do intestino delgado, e nós não retiramos nenhuma parte do estômago. Nós fazemos um grampeamento para diminuir o tamanho do órgão, mas a parte maior continua no paciente. Com esta técnica, o paciente perde de 35% a 40% do seu peso inicial. A recidiva de peso, ou seja, o reganho, atinge cerca de 20% dos pacientes.

Já na Sleeve, nós retiramos uma grande parte do estômago e transformamos a parte que fica no formato de uma manga, nós chamamos de estômago tubular. Nessa técnica, não há desvio do intestino. A perda de peso varia de 30% a 35% do peso inicial e a recidiva atinge uma parcela um pouco maior dos pacientes: cerca de 25%.

 

4 – Quem escolhe o método da cirurgia?

O método (Bypass ou Sleeve) deve ser definido em conjunto pelo paciente e pelo médico, que vai considerar as necessidades e características de cada paciente. De forma geral, a Bypass é mais indicada para quem tem diabetes mellitus tipo 2 porque o desvio do intestino melhora a função pancreática e, assim, melhora muito o diabetes, reduzindo – e muito – a necessidade do uso de medicações. É uma técnica também indicada para pacientes com esofagite de refluxo, problema que também melhora bastante após a cirurgia. A Sleeve costuma ser feita em pacientes sem diabetes ou com diabetes leve, que pode melhorar já com a perda de peso de cerca de 30%, e também em pacientes sem sintomas de refluxo.


5 – Existe risco de morte na cirurgia?

Todo procedimento médico oferece riscos, mas a cirurgia bariátrica evoluiu muito ao longo dos anos e hoje os riscos são semelhantes aos de uma cesárea ou retirada de vesícula. O procedimento por videolaparoscopia é considerado uma cirurgia minimamente invasiva.


6 – Com o tempo, é possível comer de tudo novamente?

Sim, após passar por todas as fases da dieta pós-operatória, o paciente pode comer de tudo, mas vai ingerir uma quantidade bem menor. No entanto, é importante que ele entenda que a cirurgia é uma grande oportunidade para que ele mude seus hábitos alimentares, a fim de não recuperar o peso novamente.


7 – A cirurgia bariátrica é a cura da obesidade?

Não. A obesidade é uma doença incurável. A cirurgia bariátrica é um dos tratamentos para a obesidade. Por isso o paciente terá de mudar seus hábitos após o procedimento.


8 – A pessoa que faz bariátrica pode voltar a engordar?

Pode. Com o tempo, o paciente consegue comer quantidades maiores e também aprende a burlar a cirurgia, comendo coisas mais calóricas. Eu costumo dizer que opero o estômago e não a cabeça. Por isso, o paciente precisa ter consciência de que a cirurgia não é uma solução definitiva. Ele terá de fazer a parte dele, com uma alimentação mais saudável e exercícios físicos regulares. O que é esperado é um reganho de até 10% do peso eliminado, ou seja, se a pessoa emagreceu 50 quilos, ela pode recuperar até 5 quilos.


9 – É verdade que algumas pessoas transferem o “vício” da comida para outra coisa?

Sim, pode acontecer. Algumas pessoas começam a ingerir mais bebida alcoólica, outras viciam em compras... Por isso, também é importante o acompanhamento psicológico.


10 – É necessário tomar vitaminas por toda a vida?

Sim. Como a cirurgia altera a absorção de alguns alimentos, é necessário fazer a suplementação. O tipo de vitamina será de acordo com os resultados dos exames periódicos de acompanhamento e deve sempre ser receitada por um membro da equipe (cirurgia, nutricionista ou endocrinologista).

 


Dr. Admar Concon Filho - cirurgião bariátrico, cirurgião do aparelho digestivo e médico endoscopista. Palestrante internacional, presidente do Hospital e Maternidade Galileo e fundador do Grupo de Cirurgia Bariátrica de Valinhos. Ele é membro titular e especialista pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva, Colégio Brasileiro de Cirurgiões e Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, além de membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica e membro da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders. CRM – 53.577


Verão livre de suor excessivo nas mãos e axilas!

Com o aumento das temperaturas e da umidade do ar, fique atento aos sintomas que podem ser indicativos de hiperidrose

 

O mês de janeiro é marcado pelo verão, a estação mais esperada por muitas pessoas. Mas, com o aumento das temperaturas e da umidade do ar, é também momento para redobrar a atenção aos sintomas da hiperidrose que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), trata-se de uma condição que provoca suor excessivo, na qual pacientes podem transpirar muito até mesmo em repouso. Isso ocorre, pois as glândulas sudoríparas das pessoas com essa condição são hiperfuncionantes. Ou seja, funcionam de forma excessiva e em qualquer ocasião, mesmo quando não se está praticano atividades físicas, exposto ao sol ou em demais situações específicas em que é comum suar¹.
 

O dermatologista Rafael Azevedo (CRM-SP 181221) explica que “A hiperidrose ainda é motivo de muito constrangimento. No verão, especialmente, em que o calor aumenta, esse constrangimento pode se tornar ainda maior. Hoje, temos diversos procedimentos que podem tratar a hiperidrose, como é o caso do neuromodulador, que impede a liberação de acetilcolina nas terminações nervosas, bloqueando o estímulo para a secreção de suor pelas glândulas sudoríparas”. 

Com base nesse mecanismo de ação, o uso clínico de neuromoduladores tem se mostrado eficaz no tratamento de suor excessivo nas axilas e palma das mãos, que são os locais mais comuns.  

“Em média, é necessário apenas uma única aplicação para começar a observar resultado. Pacientes que têm hipersensibilidade a algum componente da fórmula não devem realizar esse tipo de procedimento”, esclarece a dermatologista. Por isso, é fundamental procurar um profissional da saúde habilitado para indicar o melhor protocolo de tratamento.

 

¹Sociedade Brasileira de Dermatologia. Hiperidrose. Acesso em: 12 nov. de 2021.


3 exercícios para o sistema respiratório

Série ajuda na condição respiratória e pulmonar

 

Se o tempo é de vírus e doenças respiratórias, alguns exercícios de fisioterapia associados com movimentos de braços e pernas trabalham o corpo como um todo e fortalecem a saúde do pulmão -- órgão extremamente importante nesta época. As dicas são do fisioterapeuta Cadu Ramos, da capital paulista.

 

Faça 3 series de 3 repetições, os idosos podem fazer sentados e os mais jovens em pé: 

  • Inspire o ar abrindo e elevando os braços para o lado e expire fechando-os em direção à lateral das pernas; 
  • Agora inspire o ar levantando os braços para frente e inspire descendo em direção à frente das pernas;

 

Faça 3 series de 5 repetições 

  • Sentado em posição ereta 90 graus, coloque as suas mãos cruzadas no peito, inspire e expire descendo o corpo em direção às coxas, se abaixando e levantado em movimento leves e sempre com as costas retas.

 

Exercícios de respiração que adultos crianças e idosos podem fazer 3 vezes ao dia (pela manhã, tarde e noite) 

  • Puxe o ar bem forte até encher o pulmão completamente e solte até esvaziar por completo;
  • Faça o mesmo, mas agora em dois tempos: puxe o ar bem forte em dois tempos e solte em dois tempos;
  • Puxe o ar profundamente e segure a respiração por 8 segundos, depois solte.

 

Para fazer com as crianças 

  • Encha bexigas;
  • Brinque de assoprar velinhas;
  • Volte às brincadeiras antigas como pega-pega, pique-esconde ou jogar bola. 

“Essas são atividades de estimulam o condicionamento físico e consequentemente trabalham os pulmões”, finaliza o fisioterapeuta.


Cadu Ramos - Fisioterapeuta clínico - CREFITO 137.030-F - Especialista em Fisioterapia e Traumatologia -- Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM), em Aparelho Respiratório -- Ventilação Mecânica Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM) e em Fisioterapia em Geriatria -- trabalho voltado para queixa principal, atividades da vida diária (AVD ‘S) e socialização do idoso. (Instituto ILEA). Graduado em Fisioterapia pela Universidade Bandeirante de São Paulo. @fisiocaduramos


Saiba mais sobre hemofilia

 O distúrbio que afeta a coagulação sanguínea é raro, costuma ser hereditário e atinge cerca de 350 mil novos pacientes por ano de acordo com a Organização Mundial da Saúde



 A hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária ligada ao cromossomo X, que se caracteriza pela deficiência ou anormalidade da atividade sanguínea, que afeta diretamente a coagulação do sangue. Por exemplo: quando cortamos alguma parte do nosso corpo e começa a sangrar, as proteínas (elementos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento de todos os tecidos do corpo) entram em ação para estancar o sangramento, a chamada coagulação. Portadores de hemofilia não possuem essas proteínas, por isso sangram mais do que o normal. “Devemos nos preocupar com a doença sempre que houver um sangramento após pequenos traumas, ou até mesmo espontâneo, podendo ser hematomas por debaixo da pele e nos primeiros anos de vida. É importante ressaltar que embora possa existir algum tipo de histórico familiar, em até 30% dos casos não há nenhum tipo de ligação com essa patologia”, conta o Dr. Ronald Sérgio, médico hematologista do HCSG.

 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a hemofilia é um distúrbio raro e estima-se que no mundo existam cerca de 350 mil novos casos por ano no mundo. “A hemofilia é mais comumente classificada nos tipos A e B. Pessoas com Hemofilia tipo A são deficientes de fator VIII (oito). Já as pessoas com hemofilia do tipo B são deficientes do fator IX (nove). Os sangramentos são iguais nos dois tipos, porém, a gravidade depende da quantidade de fator presente no plasma (líquido que representa 55% do volume total do sangue)”, explica o especialista. Os principais sinais da doença são sangramentos internos, principalmente nos músculos, podendo se evidenciar também na pele por via de alguma lesão ou machucado. Ela também pode ser detectada por meio de exames de sangue laboratoriais.


 

Tratamento

 

A hemofilia não cura, porém, uma das alternativas de tratamento é a reposição da proteína deficiente no organismo do paciente por meio intravenoso, ou seja, pela veia. O procedimento pode ser realizado de forma gratuita pelo SUS. “De modo geral, com o tratamento médico adequado, os pacientes hemofílicos conseguem levar uma vida normal, com qualidade, bem-estar e segurança’’, finaliza o especialista.

 


 

Hospital Casa de Saúde Guarujá

 

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