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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Quando é necessário remover a prótese de silicone?

Procedimento de implante está entre os mais realizados no país, mas pode apresentar complicações

 

As cirurgias estéticas são um fenômeno mundial e, no Brasil, os números são um reflexo desta onda e, ao total, conta com 2.565.675 procedimentos estéticos, cirúrgicos ou não, sendo as principais intervenções realizadas a lipoaspiração, o implante nos seios e a abdominoplastia. 

Famoso entre celebridades e grandes personalidades nacionais e internacionais, o implante de silicone nos seios está na lista de procedimentos favoritos entre a população brasileira, porém vale ressaltar que esse tipo de intervenção possui riscos e contraindicações como qualquer outra cirurgia. Segundo Vivian Milani, médica radiologista especializada em mamas, que atua na Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), apesar de se tratar de um procedimento comum e considerado seguro, com uma porcentagem de risco de apenas 2%, existem algumas complicações que podem decorrer da colocação das próteses, quando nem tudo sai como esperado. 

“Com o passar dos anos, os implantes podem apresentar, roturas (rompimento de alguma estrutura anatômica), contratura (rejeição) ou até uma mudança do eixo da prótese (rotação), por exemplo. Essas alterações podem evoluir lentamente para rupturas maiores, causando dor e desconforto”, destaca.

 

Trocar ou retirar?

Ainda de acordo com Dra. Milani, a retirada das próteses acontece em casos mais extremos, mas existem, sim, fatores que podem contribuir para este caminho, principalmente quando surgem essas ou outras complicações decorrentes da cirurgia, como é o caso de infecções, contratura, rotura e até mesmo dificuldade na cicatrização causada pelo volume muito grande da prótese. Além disso, por questões estéticas, muitas mulheres decidem voltar atrás e realizar a retirada. “Algumas ficam insatisfeitas com o tamanho das próteses, outras ganham peso, o que resulta no aumento do volume das mamas e, em alguns casos, também há o medo de desenvolver outras doenças associadas ao silicone”, completa a médica radiologista. 

Entretanto, a situação é mais crítica quando há o agravamento de quadros como o desenvolvimento de linfoma anaplásico de grandes células, infecção na mama resistente ao tratamento, rompimento ou contratura. Nestes casos, o explante mamário deve ser feito o quanto antes, sendo realizado por meio de um procedimento cirúrgico no qual, em geral, pode-se usar a mesma cicatriz feita para a colocação da prótese de silicone.”

 

Cuidados básicos

Para evitar ser surpreendida por dores, incômodos ou complicações mais sérias, Dra. Milani afirma ser essencial o acompanhamento da prótese por meio de exames de rotina, como ultrassom e mamografia e até mesmo ressonância magnética. Também vale considerar que próteses mais antigas possuem data de validade e devem ser trocadas no período de 10 a 25 anos. “Já os implantes mais recentes, chamados de texturizados (feitos de gel coesivo), geralmente não necessitam ser trocadas tão cedo, embora uma consulta com o médico que realizou o procedimento possa ser realizada a cada 10 anos, com o intuito de garantir que tudo está dentro do esperado.” 

Além disso, a médica alerta que a cirurgia, que geralmente se configura como um procedimento seguro de acordo com as indicações de um profissional adequado e especializado, não é indicada para pessoas menores de 16 anos, gestantes e lactantes, pacientes com tumores nas mamas sem o tratamento adequado ou com doenças reumáticas como lúpus eritematoso e artrite reumatoide. 

 


FIDI é uma Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas. A Fundação também trabalha na proposição de soluções inovadoras para a saúde pública, como o sistema de análise de imagens de tomografia computadorizada por inteligência artificial, e participou da primeira Parceria Público-Privada de diagnóstico por imagem na Bahia.


Saúde mental: com aumento de casos de Covid-19, psiquiatra alerta à importância de respeitar frequência nas terapias

Shutterstock
Interrupção de tratamento pode trazer danos ainda mais graves, alerta especialista 


De todos os temas relacionados à saúde, talvez uma das questões mais abordadas durante os últimos meses, em decorrência do isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19, tenha sido a mental. Não à toa, diversos sentimentos vieram à tona durante o período, como medo, preocupação e ansiedade, por exemplo.

O psiquiatra Rodrigo Lancelotti, que atua no Centro de Atenção Integrada à Saúde Mental de Franco Rocha, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, faz um alerta à importância de manter a frequência e duração total do tratamento, principalmente com o aumento de casos.

Desde o início da década de 1990, o assunto é abordado em campanhas, visando incentivar a população acerca da importância dos cuidados com a mente. No entanto, desde o ano passado, as ações ganharam uma força ainda maior por conta dos impactos da pandemia.

Conforme o psiquiatra, nos últimos meses, a procura por tratamentos em saúde mental e o conteúdo das queixas dos pacientes estão diretamente conectados ao tema Covid, pandemia e isolamento social.

“O rompimento abrupto da rotina, a divulgação dos altos índices de contaminados e mortos, os impactos financeiros e sociais e a falta de contato direto com parentes e amigos são algumas das questões levantadas durante as sessões”, destaca o Dr. Rodrigo.

Uma pesquisa do Instituto Ipsos, encomendada pelo Fórum Econômico Mundial, indica que 53% dos brasileiros declararam que seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano. Esse porcentual só é maior em quatro países: Itália (54%), Hungria (56%), Chile (56%) e Turquia (61%).

Prejuízos físicos e psíquicos

Segundo o especialista, o tratamento psiquiátrico é dividido em três fases - aguda, continuidade e manutenção. Por esse motivo, uma interrupção brusca pode causar sérios danos à saúde mental.

“Interromper o tratamento de forma abrupta ou antecipada, além da retirada de alguns tipos de medicamentos, pode trazer prejuízos físicos e psíquicos, além do retorno precoce dos sintomas e, por consequência, uma recaída ou recorrência da doença.”

O médico afirma que cada caso requer um seguimento de consultas para ajustes e avaliações clínicas, até que se alcance o objetivo, que é a cura, ou, pelo menos, alívio do sofrimento e melhora na qualidade de vida.

Sintomas

Nem tudo o que sentimos pode acusar desordem mental. Segundo o especialista, as múltiplas reações às situações cotidianas fazem parte do ciclo de vida de todas as pessoas.

“Os momentos bons e ruins se alternam continuamente e a repercussão deles em cada pessoa é particular, dependendo da singularidade da personalidade de cada indivíduo”, explica.

Entretanto, o médico ressalta que muitas reações são adaptativas, como a ansiedade, onde a fisiologia do corpo e das funções mentais se adequam a uma situação de possível perigo ou de perigo real, assumindo uma função adaptativa de proteção.

A tristeza, por sua vez, pode aparecer como resposta a situações desagradáveis, que se manifestam por choro e falta de energia para as atividades, por exemplo.

De modo geral, o que pode caracterizar um sentimento natural de algo patológico é o fator desencadeante, a intensidade e a duração dos sintomas e, por consequência, a repercussão negativa que eles causam nas atividades diárias.

A redução de desempenho, desadaptação e sofrimento são alguns dos sinais. “O papel da família e de pessoas próximas é fundamental, pois, em muitos casos, o esforço contínuo e desmedido da pessoa em manter sua rotina é tão grande que não se percebe a privação e os prejuízos em sua qualidade de vida”, alerta o médico.

Tratamentos

O tratamento dos transtornos psiquiátricos tem como objetivo a melhoria dos sintomas e a qualidade de vida do paciente. Para isso, a terapia é fundamental e o uso de medicamentos pode ser indicado em sinergia, para um melhor resultado.

“A individualização do tratamento faz com que este objetivo possa ser alcançado de forma mais rápida, adequada e consistente. Portanto, não devemos nos automedicar jamais ou tomar remédios que conhecidos e familiares digam que foi bom para o seu caso.”

Segundo o psiquiatra, a terapia sempre deve ser realizada por um profissional habilitado, pois vai muito além de uma simples conversa ou bate-papo, respeitando a frequência de retornos e sua duração.

Por fim, o especialista chama atenção para a necessidade da manutenção também das rotinas diárias, como alimentação saudável, tempo para atividades de lazer e exercícios físicos, além de evitar excessos de informações, reservar horas de sono suficientes e não usar drogas.

“Essas recomendações são importantes e de grande valia para todas as pessoas”, finaliza o médico.


 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”

Transplante de coração suíno em ser humano pode revolucionar a medicina, segundo InCor

Realizada de forma pioneira nos Estados Unidos, nova técnica é um novo protocolo para alguns tratamentos para cardiopatias e outras doenças crônicas

 

O ineditismo anunciado nesta terça-feira (11/1) ao mundo marca um novo momento da história da medicina e dos transplantes cardíacos. Um coração suíno, geneticamente modificado para a adaptação em um ser humano, foi implantado em um paciente com 57 anos com doença cardíaca em fase terminal, sem perspectiva de tratamento disponível.  

Realizado no Centro Médico da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados Unidos, a nova técnica pode se tornar uma alternativa viável para a escassez de órgãos disponíveis para transplante em diversos países e, especialmente, como alternativa terapêutica para aqueles que não podem ser submetidos ao transplante tradicional. 

De acordo com o Dr. Roberto Kalil Filho, presidente do Conselho Diretor do InCor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP), a nova técnica pode ser uma esperança para milhares de pessoas pelo mundo. “Aspectos como a rejeição do órgão e a condição clínica do paciente ainda são barreiras a serem vencidas nesta nova técnica. Ainda é um primeiro passo, mas que será acompanhado de perto pela comunidade médica com grande entusiasmo.” 

O InCor já realizou mais de 1.100 transplantes de coração adulto e infantil. No Brasil, ele é o responsável por 80% dos transplantes cardiopulmonares feitos pelo Sistema Único de Saúde e, no mundo, ocupa a 7ª posição entre os centros que mais transplantam coração.  

“A medicina fala do xenotransplante desde as décadas de 1960/1970. O que faltava para avançar era conseguirmos interferir geneticamente no animal, suprimindo alguns genes, introduzindo outros, para que o órgão fosse compatível com seres humanos, sem quaisquer riscos de transmissão de doenças específicas do animal”, afirma Dr. Fábio Jatene, diretor da Divisão de Cirurgia Cardiovascular do InCor.  

Neste tipo de transplante também foi introduzido, por intermédio da engenharia genética, a supressão do crescimento do órgão. “Essa manobra é brilhante, pois esse crescimento poderia ser um fator de complexidade a mais, uma vez que o coração no porco pode crescer exponencialmente, tendo em vista que alguns desses animais podem chegar a até 300 quilos”, diz o cirurgião.
 

“Estamos vivendo a história. Estamos diante de uma revolução dentro da medicina que pode envolver os outros órgãos do corpo humano, além do coração”, conclui Dr. Jatene.

  


InCor - hospital público de alta complexidade, especializado em cardiologia, pneumologia e cirurgias cardíaca e torácica. Além de ser um polo de atendimento - desde a prevenção até o tratamento, o Instituto do Coração também se destaca como um grande centro de pesquisa e ensino. O Incor é parte do Hospital das Clínicas e campo de ensino e de pesquisa para a Faculdade de Medicina da USP -- Universidade de São Paulo. Para a manutenção de sua excelência, o Instituto tem suporte financeiro da Fundação Zerbini, entidade privada sem fins lucrativos.


Canabidiol é uma opção eficaz para o tratamento da síndrome de burnout

Estudos recentes mostram que o CBD é eficaz no combate ao esgotamento físico e mental causado pelo trabalho

 

Ansiedade, exaustão, esgotamento de energia e sentimentos negativos relacionados ao trabalho. Esses são alguns dos principais sintomas da Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional que, desde janeiro deste ano, passou a ser definida como uma doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

A síndrome, descrita pela primeira vez em 1974 pelo psicólogo estadunidense Herbert J. Freudenberger, está diretamente relacionada aos problemas e pressão que a vida profissional provoca nas pessoas. Situações desgastantes e ambiente de trabalho altamente competitivo são fatores que contribuem para o desenvolvimento da doença, cujos casos dispararam no Brasil durante a pandemia, principalmente entre os profissionais da área de saúde. Uma pesquisa realizada em março de 2021 pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) ouviu 13.587 profissionais de enfermagem e os resultados foram assustadores: nada menos que 87% dos profissionais ouvidos apresentaram sintomas relativos à síndrome do esgotamento profissional.

 

Assim como vem acontecendo com outros distúrbios de saúde como a insônia, o uso de canabidiol para tratar da síndrome de Burnout tem apresentado resultados promissores segundo estudos realizadas recentemente. Um deles, publicado pelo The Journal of the American Medical Association (JAMA) em agosto de 2021, avaliou a eficácia da terapia com CBD para a redução de exaustão emocional e sintomas de Burnout entre profissionais de saúde da linha de frente ao combate à pandemia de COVID19. Os resultados apontaram uma redução de 60% nos sintomas de ansiedade, 50% nos de depressão e 25% de burnout entre os voluntários que fizeram o tratamento padrão mais o uso do canabidiol em comparação com aqueles que só fizeram o tratamento padrão.

 

É importante destacar que profissionais de qualquer área estão sujeitos a ter esgotamento e o canabinol pode ser o tratamento ideal para reverter esse quadro. Foi o caso da professora de educação física Lúcia Helena, 61, que começou o tratamento para combater a ansiedade. “Antes de iniciar o tratamento, era um turbilhão com vários momentos de crise de ansiedade e depressão. Comecei, com acompanhamento médico, o uso do canabidiol e fui totalmente transformada. Ao longo do tratamento minha ansiedade diminuiu e voltei a ter disposição para realizar minhas tarefas”, afirma a professora.

 

Segundo Pedro Alvarenga, médico da Ease Labs, indústria farmacêutica especializada em soluções naturais e disruptivas, “o CBD possui potenciais terapêuticos para transtornos ansiosos, atuando em receptores no sistema nervoso central e ajudando no controle da patologia”. 

Vale ressaltar que o tratamento com CBD traz resultados a curto e longo prazo. “É esperado uma ação de ansiólise com o uso do CBD, ou seja, com o tratamento o paciente irá alcançar um estado de tranquilidade. Com isso, a manutenção da medicação pode auxiliar no controle dos transtornos de ansiedade”, afirma o médico.


Novo estudo da Unifesp reforça possível caminho para cura da AIDS

Pesquisa realizada em parceria com universidade da Itália revela como tratamento celular pode ser eficaz; estudo acaba de ser divulgado na revista AIDS Research and Therapy


Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em conjunto com o Istituto Superiore di Sanità, de Roma (Itália) traz uma excelente notícia para a tão esperada cura da AIDS, provocada pelo vírus HIV. A nova pesquisa reforça como o possível caminho pode estar no tratamento celular. Os resultados foram divulgados nesta quarta,12, na revista AIDS Research and Therapy (Springer Nature), uma das publicações científicas mais renomadas do segmento. O artigo na íntegra pode ser visto neste link.

A relevância desse estudo está na incessante busca médica pela cura da doença. O vírus HIV pode escapar do sistema imunológico humano, e as células infectadas abrigá-lo por tempo prolongado e indefinido, sendo responsáveis por sua persistência, apesar da atual eficácia das terapias antirretrovirais (ART).

“A eliminação do vírus provavelmente resultaria na cura da infecção, anulando a necessidade de ART por toda a vida. Contudo, uma das características críticas de sucesso do HIV é sua diversidade genética, que leva à evasão do sistema imunológico. Por esse motivo, ainda não temos uma vacina eficaz contra o HIV”, destaca Ricardo Sobhie Diaz, professor e chefe do laboratório de Retrovirologia, disciplina de Infectologia, da Escola Paulista de Medicina da Unifesp (EPM/Unifesp).

Diaz explica que, “mais além, a contínua diversidade genética do HIV por vezes permite que a resistência antirretroviral evolua. Assim, a terapia antirretroviral supressora diminui a exposição antigênica do HIV ao sistema imunológico humano, reduzindo a vigilância imunológica ao vírus. Como a resposta imune adaptativa é essencial para controlar e eliminar uma série de infecções virais, buscou-se desenhar estratégias para promover resposta imune mais intensa entre os indivíduos infectados pelo HIV em tratamento antirretroviral, com o objetivo de mitigar o tamanho do reservatório do vírus, aproximando os indivíduos da chamada cura funcional da infecção pelo HIV”.

Nesse sentido, os pesquisadores especulavam que aumentar a imunidade efetiva ao HIV não era apenas uma questão de entrega do estímulo imunológico, mas também um problema relativo à qualidade do estímulo imunológico. Portanto, direcionar o sistema imunológico para porções de proteínas mais conservadas expressas mesmo por células infectadas com HIV latentes poderia ser ineficaz.

Após uma nova abordagem, testada em pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA), o grupo de pesquisa fez descobertas animadoras e que podem indicar um caminho para a cura. O processo difere daqueles até agora testados por outros grupos em dois níveis:

1. Apenas as porções virais incapazes de sofrer mutação em larga escala (e, portanto, escapar da resposta imune) foram administradas aos pacientes. Os fragmentos virais usados para imunizar os seres humanos (tecnicamente chamados de "epítopos") foram retirados das porções mais conservadas do ponto de vista evolutivo e derivadas de uma das proteínas do HIV com menor probabilidade de sofrer mutação, a proteína estrutural Gag.

2. Foi tentada uma apresentação personalizada do epítopo viral, com base na composição genética do sistema imunológico de cada paciente. Para alcançar esse objetivo, os pesquisadores tiveram que considerar algumas moléculas críticas que governam a resposta imune, ou seja, os antígenos leucocitários humanos (HLA). A disposição dessas moléculas é pessoal e, portanto, nem todos os indivíduos reconhecem as mesmas “porções” virais.

“Essa questão é complexa porque o HIV tem grande diversidade genética. Então, tivemos que sequenciar os vírus circulantes presentes nas células de cada participante do ensaio clínico para superar esses obstáculos. Nós também determinamos a matriz das moléculas HLA acima mencionadas para cada participante. Cruzando esses dados por meio de algoritmos computacionais, pudemos encontrar individualmente os epítopos dentro do vírus que tinham a melhor correspondência com sua matriz individual de moléculas HLA. Os peptídeos foram sintetizados e "montados" em laboratório nas moléculas HLA de células específicas extraídas do sangue dos participantes do estudo. Essas células foram, então, reinfundidas em cada indivíduo para imunizá-los na chamada terapia celular autóloga”, descreve Diaz.

A pesquisa resultou em dois pacientes exibindo um DNA viral indetectável (ou seja, a forma em que o vírus fica silencioso dentro do corpo) ao final de um protocolo terapêutico experimental. Os resultados mostram, assim, que o vírus desapareceu ou atingiu níveis extremamente baixos nas amostras de tecidos dos pacientes analisados.

Para Diaz, "o estudo é importante porque representa a primeira tentativa - pelo menos em parte, bem-sucedida - de uma terapia celular personalizada do HIV, levando em conta tanto o sistema imunológico do paciente e o perfil do vírus do indivíduo. Dados os resultados promissores obtidos, os achados podem fornecer novas ideias para estratégias de cura para indivíduos com AIDS”.

O Dr. Andreas Savarino, coinventor dessa abordagem no estudo, faz coro e também destaca que “essa pesquisa representa uma prova de conceito para a conduta da medicina de precisão na terapia celular do HIV. A técnica ainda precisa ser otimizada e automatizada para diminuir os custos e a escalabilidade em larga escala. A ideia pode parecer ambiciosa, mas estamos avançando, desenvolvendo um software para otimização do desenho da vacina, limitando em parte a mão de obra necessária para o projeto”, conclui Savarino.


Descubra as vantagens de abrir uma loja no Instagram

 

O consultor especialista em e-commerce, Elvis Gomes, lista os motivos porquê o empreendedor deve investir na venda pela rede social

 

O comércio virtual é um dos setores que mais cresce em todo o mundo. Hoje, do total de registros de lojas online, um terço é de redes sociais. É o que aponta a 6ª edição do estudo NuvemCommerce, realizado pela Nuvemshop, plataforma com mais de 70 mil lojas virtuais na América Latina. O consultor especialista em e-commerce Elvis Gomes elencou a seguir alguns benefícios de ter uma loja no Instagram, que podem explicar tal crescimento:



Descoberta

 

Um dos principais benefícios, que rapidamente vêm à mente ao configurar uma loja no Instagram, é a capacidade de descoberta. Isso porque, quando o consumidor encontra produtos que despertam sua curiosidade nas redes sociais, na maioria das vezes, eles não vêm com as informações necessárias como um link ou instruções detalhadas. E, caso o cliente queira comprar aquele produto depois, não poderá mais encontrá-lo.

 

Mas, isso não acontece nas lojas do Instagram. O que torna a experiência de compra muito mais conveniente. Os usuários podem simplesmente clicar nas tags compráveis ​​para que possam explorar todos os detalhes e informações de que precisam em tempo real para tomar uma decisão de compra.

 

Capacidade de venda melhorada

 

Neste ponto o diferencial está no perfil do consumidor e qual produto ele prefere comprar: um produto que ele nunca viu sugerido por um amigo ou um que ele viu online por fotos e vídeos?

 

A verdade é que a maioria dos consumidores são altamente visuais, não apenas em termos de sites que visitam ou blogs que leem, mas também quando se trata dos produtos que compram.

 

Isso não é surpreendente, considerando que os relatórios sugerem que 85% dos clientes são mais propensos a comprar um produto depois de assistir a um vídeo.

 

É disso que se trata o marketing visual. Ao postar imagens e vídeos atraentes, as empresas chamam a atenção dos compradores em potencial. Os bons recursos visuais ajudam a converter esses leads em vendas.

 

Conveniência

 

Uma das razões pelas quais as pessoas compram online é por conveniência. Mas, quando o usuário precisa passar por processos de compra e pagamento complicados e demorados antes de conseguir finalizar, a experiência pode ser irritante.

 

Esse é um dos problemas que uma loja do Instagram soluciona, permitindo que o consumidor compre de forma mais rápida e simples. Você pode comprar produtos com cliques mínimos e menos tempo, o que também pode ser benéfico para as empresas, pois atrai mais leads e oportunidades de conversão.

 

Oportunidades para marketing de influência

 

O marketing de influência é um tipo de marketing de mídia social que envolve a aprovação de influenciadores de mídia social para aumentar o alcance e o engajamento. Ao obter um influenciador para promover o produto, a empresa conquista uma exposição mais ampla e, como muitas pessoas confiam nos influenciadores, é mais provável que eles se envolvam com a marca porque ela foi “altamente recomendada”.

 

Era assim que acontecia antes, mas imagine agora como isso será bom para um negócio online se, ao invés de indicar um produto ou fazer uma postagem, o influenciador promova a loja do Instagram.

 

Existem muitas oportunidades em termos de marketing de influenciadores. Basta ser criativo e estratégico.

 

Engajamento e Vendas

 

A principal razão pela qual as pessoas investem em um negócio é para vendas e receita. Tudo o que um empreendedor faz, especialmente sua estratégia de marketing, é voltado para esses dois pontos.

 

Ter uma loja no Instagram torna tudo isso possível porque a empresa tem uma ferramenta que pode atrair compradores em potencial para clicar em qualquer um de seus posts compráveis. Esta é a parte mais importante porque as possibilidades são infinitas assim que o usuário chega à uma loja.

 

Junte isso a uma interface de usuário fácil e um processo de checkout menos complexo e a loja terá uma chance melhor de fechar uma venda, atrair engajamento e obter uma recomendação que pode ajudar a impulsionar as vendas e a receita.

 


Elvis Gomes - Consultor especialista em E-commerce com mais de 20 anos de experiência. CEO da Painel10 Consultoria E-commerce, uma das principais empresas de consultoria para e-commerce, colunista do portal E-commerce Brasil e Santander Negócios. Apresentador do maior evento de E-commerce da américa latina Fórum E-commerce Brasil 2021. Vencedor do Prêmio e-Awards 2014 e 2015 – Melhor Geração de Conteúdo – Projeto Hangout E-commerce. Indicado como melhor Profissional E-commerce 2015 – Afiliados Brasil – e selecionado entre os melhores profissionais de Marketing pela ABCOMM 2015. Professor de E-commerce na ILADEC Instituto Latino Americano de Campinas.

Instagram: @elvisgomesp10


Cresce interesse de brasileiros por investimentos imobiliários nos Estados Unidos

Advogado especialista em Direito Internacional, Daniel Toledo, explica quais são as vantagens de comprar e construir nos EUA


Nos últimos anos cada vez mais brasileiros estão manifestando o interesse em investir nos Estados Unidos, seja por meio de vistos regulares, bolsa de valores e agora, também no mercado imobiliário. Os investimentos, que já são uma tendência, são também muito vantajosos quando comparados aos valores do Brasil.

Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, explica que quando se trata de imóveis, assim como carros, os Estados Unidos estão em vantagem diante de outros países. “A aquisição de residências é uma excelente oportunidade, especialmente porque a dolarização de patrimônio é algo que faz o dinheiro render muito mais”, relata.

A primeira diferença ao adquirir um imóvel nos Estados Unidos, em comparação ao Brasil, é que boa parte das propriedades são alugadas ou vendidas com todos os eletrodomésticos e uma estrutura pronta, função que torna todo o processo da mudança e adaptação da moradia ainda mais fáceis. Mas os benefícios vão mais além quando se pensa no retorno financeiro.

O advogado realiza uma comparação entre casas no Brasil e nos EUA, sendo que elas têm valores equivalentes, de 2,3 milhões de reais e 465 mil dólares. A simulação de financiamento das unidades foi feita com entrada de 20% do imóvel e em 360 parcelas. Nos Estados Unidos, a taxa era aproximadamente 2,8% ao ano e o valor da parcela fixa seria de cerca de US$ 1558.00. Já no Brasil, com taxa de 9,15% ao ano, a primeira parcela seria de R$ 19883,45 e a última de R$ 5174,60. “Ainda que o crédito possa mudar para cada pessoa, existe uma grande diferença na taxa de juros de financiamento dos dois países. Essa é uma das razões pelas quais as pessoas buscam opções de crédito e compra de imóveis em outros lugares”, explica.

Uma das oportunidades mencionada pelo especialista é a construção residencial, que pode ter investimento de grupos de pessoas e transformar o investimento em renda passiva.

Outro ponto destacado por Toledo é a valorização dos imóveis residenciais, que ocorre tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, no entanto, uma é em real e a outra em dólar. “Uma casa valorizada na Flórida vale aproximadamente cinco vezes mais do que em qualquer cidade brasileira. Quando uma pessoa opta por um investimento em outro país, esse é o retorno esperado”, finaliza.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

 

Youjin Law Group

https://leetoledolaw.com/

 

Constituição ignorada, República deformada

A Constituição Federal deveria ser o livro de cabeceira de todo cidadão brasileiro, consciente de sua cidadania e de seus direitos e deveres. Basta ver sua introdução:  “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte, para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida na ordem interna e internacional, com a solução pacifica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte constituição da República Federativa do Brasil.” Era como se uma nova nação estivesse sendo fundada, porém o principal ficou somente no papel. 

Em seu artigo 1º, parágrafo único, a Constituição de 1988 estabelece que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes diretos ou indiretamente”. Entretanto, o que constatamos? Grande parte dos políticos que nos representam se preocupam em exercer o poder em nosso nome ou em seu nome particular? É verdade que aqueles políticos que se beneficiam de seus cargos em detrimento dos eleitores estão errados e não devem ser reeleitos. Contudo, nós eleitores também temos responsabilidade porque muitas vezes nós os elegemos e os reelegemos. Ter consciência e ficar indignado não são suficientes. É preciso ação, mobilização. 

A opção por ficar silente não pode mais ser admitida como simples omissão, porque se trata, na verdade, de cumplicidade. E a esse respeito, a frase de Martin Luther King continua mais atual do que nunca: “O que mais me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-ética. O que me preocupa é o silêncio dos bons”. 

A Constituição também diz que “todos são iguais perante a Lei”. Mas parece que alguns são mais iguais que os outros. Basta perguntar: como é julgado o cidadão comum e como é julgado quem tem direito a foro privilegiado? Um peso, duas medidas. 

Há outros questionamentos necessários: os governantes estão construindo uma sociedade livre, justa e solidária? Estão garantindo o desenvolvimento nacional? Estão erradicando a pobreza e a marginalização e reduzindo as desigualdades sociais e regionais? Estão promovendo o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação? Deveriam, porque tudo isso são mandamentos constitucionais, esculpidos nos artigos os 3º, 5º e 43º. E ninguém pode alegar ignorância. 

Quanto aos tributos, o descaso é igual. A Carta Magna é bem clara em seus artigos 151 e 165. Proíbe a União de Instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País. Exige o estabelecimento de plano plurianual projeto de lei orçamentária acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Além disso, tudo deverá ter entre suas funções a redução das desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. 

Nada disso é realidade. Para piorar, a carga tributária foi elevada em cerca de 40% depois da Constituição de 1988, sem que a população recebesse os benefícios correspondentes ao aumento da arrecadação. Nossa população é vítima do gigantismo da máquina pública, pois 42% dos tributos arrecadados são destinados somente para pagar o funcionalismo. Professores e profissionais do ensino, médicos, dentistas e todos os demais profissionais da saúde, inclusive e com o destaque para enfermagem perdem prestígio no serviço público. Parecem todos condenados à baixa remuneração, não obstante o Brasil gastar cerca de 13,4% do PIB com servidores, muito mais que a média (9,8%) dos 38 países membros da - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

Os serviços essenciais estão muito aquém das necessidades nacionais. A educação pública é precária (como mostram os índices mundiais), temos um déficit de 6 milhões de unidades habitacionais, as grandes cidades enfrentam grave problema de favelização, e o saneamento básico ainda é incipiente. Os índices de criminalidade dizem tudo sobre a segurança pública e a saúde, apesar do excelente trabalho do SUS, comprovado durante a pandemia, ainda não é satisfatória. 

O Brasil é um País que arrecada muito e gasta mal. Jamais será uma nação socialmente justa se insistirmos em não cumprir o que manda a Constituição, ainda que ela não seja perfeita.  É a segunda maior do mundo – perde apenas para a da Índia – e a mais modificada de nossa história, com 111 emendas em apenas 33 anos de vigência. 

Há uma essência a ser observada e ela está nos princípios da República, cujo aniversário acabamos de comemorar e que precisamos resgatar com urgência. Com tantos privilégios para tão poucos, nos encontramos hoje mais próximos da Monarquia politeísta do que da verdadeira República. O Brasil necessita definir qual caminho quer seguir.

 


Samuel Hanan - engenheiro, empresário e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002).

 

5 maiores erros dos vendedores nos marketplaces

Vender online se tornou um negócio vantajoso, ainda mais quando pensamos nos marketplaces, já que o lojista acaba recebendo milhares de visitantes que têm confiança naquele site específico, o que aumenta as chances de venda, além de ser uma oportunidade para conquistar e fidelizar novos clientes. No entanto, alguns erros podem atrapalhar totalmente o sucesso da sua empresa.

Pensando em ajudar quem está estagnado nas vendas, perdendo para a concorrência, mas não sabe o motivo, o Magis5, Hub de Integração e Automação para vender em marketplaces, listou os cinco maiores erros dos vendedores nos marketplaces:


Fretes caros
De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Econsultacy, no Brasil, cerca de 55% dos abandonos de carrinhos das vendas virtuais acontecem por causa do alto custo do frete. Por isso, é importante sempre se organizar e se preparar para oferecer as melhores condições. Alguns marketplaces, por exemplo, oferecem frete grátis em compras que excedem um valor mínimo. De qualquer maneira, estruture o seu e-commerce para conseguir oferecer opções vantajosas, até mesmo embutindo o valor do frete no produto que está sendo vendido.


Erros na precificação
Sabemos que a precificação dos produtos depende de diversos fatores e, nos marketplaces, a taxa de comissão é um ponto muito importante. O essencial é entender que comissões de marketplaces podem sofrer alterações e, por isso, é importante ficar atento e evitar que você acabe saindo no prejuízo. Antes de precificar os produtos, estude e analise todas as variáveis, que podem alterar o preço, pensando sempre em oferecer o melhor valor, mas sem se prejudicar.  


Pouca atenção à construção dos anúncios
Não há dúvidas de que o valor do produto e o frete são essenciais para alguém decidir ou não finalizar uma compra. No entanto, o seu anúncio precisa, necessariamente, ser mostrado para o consumidor final de uma maneira chamativa. Por isso, aposte em imagens dos produtos com fundo branco, títulos e descrições chamativas e tome muito cuidado com as ambiguidades! 


Não traçar estratégia de pós-venda
Não trabalhar no pós-venda pode ser o seu principal tiro no pé, já que conquistar um novo cliente pode ser de 5 a 7 vezes mais caro do que manter o que já existe. Por isso é tão importante reter e fidelizar o consumidor: envie e-mails com descontos especiais para quem já comprou, ofereça novos produtos, frete grátis e melhores condições de pagamento. Estude a melhor estratégia para o seu público, mas faça com que ele volte a comprar! 


Pouco investimento em redes sociais
De acordo com uma pesquisa do The Evolution of Social Media Report, da empresa App Annie, o ano de 2021 terminou com um total de 740 bilhões de horas gastas na internet em todo o mundo. O Brasil é o segundo país onde as pessoas passam mais tempo na internet por dia, cerca de 10 horas. Por isso, não tenha dúvida: as redes sociais têm um enorme potencial para atrair o público ideal para o seu negócio. Estude a que melhor se encaixa no perfil e a que deseja atingir e construa uma estratégia de marketing digital!

 

Especialização em Enfermagem Pediátrica da UFSCar recebe inscrições

 

Divulgação
Mercado de trabalho demanda profissionais capacitados.

Aulas começam em janeiro

 

Estão abertas as inscrições para a segunda turma do curso de especialização em Enfermagem Pediátrica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Com disciplinas teóricas ofertadas online e aulas práticas presencias, a pós-graduação qualifica profissionais na área da Saúde da Criança, considerando aspectos éticos, teóricos e técnicos para melhoria da qualidade da assistência a essa população e sua família.

De acordo com a professora Aline Okido, do Departamento de Enfermagem (DEnf) da UFSCar e uma das coordenadoras da especialização, existe uma demanda do mercado de trabalho por enfermeiros pediatras que tenham conhecimento de documentos orientadores da atenção às crianças, assim como competências para planejar o cuidado por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), sustentada por habilidades clínicas, psicomotoras e psicossociais eficazes e efetivas. "O curso da UFSCar oferta ao enfermeiro a oportunidade de ampliar esse repertório, tanto no âmbito do conhecimento científico quanto de habilidades práticas", afirma Okido.

A docente, que divide a coordenação da especialização com outras colegas do DEnf da área de Saúde da Criança e do Adolescente - todas com ampla experiência profissional -, lembra que a filosofia do cuidado centrado na família e na criança está presente em todas as disciplinas. "Por meio das aulas, pretendemos proporcionar espaços de reflexão e aprimoramento, incorporar as tendências atuais e os avanços no conhecimento na literatura e prática clínica, além de criar condições para os estudantes elaborarem trabalhos científicos que respondam lacunas no cuidado em Enfermagem Pediátrica baseado em evidências", ressalta.

Dividida em quatro módulos, que abordam desde o crescimento e o desenvolvimento infantil até pesquisa científica, a pós-graduação prepara os profissionais para poderem atuar em diferentes cenários, desde o nível primário até o terciário, bem como em escolas e clínicas privadas de vacinação. As aulas começam dia 22 de janeiro, com carga horária total de 388 horas. 

Enfermeiros e outros profissionais que atuam ou pretendem trabalhar na área de Enfermagem Pediátrica podem se inscrever pela plataforma Box UFSCar, - em www.box.ufscar.br, na qual há mais informações como disciplinas, professores e valores de investimento. Profissionais da Santa Casa de São Carlos e do Hospital Universitário (HU) da UFSCar têm desconto.


Não me enquadro no perfil executivo. Não terei sucesso profissional?

Jennifer de Paula, BBA e diretora de marketing e gestão, comenta sobre as diferentes vertentes que podem levar ao sucesso na carreira

 

Em 2021, o Brasil teve um recorde de empresas abertas. De acordo com o Boletim do Mapa de Empresas do Ministério da Economia, ao todo, foram mais de 1,4 milhão de novos negócios. Porém, cerca de 484 mil empresas acabaram fechando as portas também em 2021. 

 

Atualmente, no país, existem aproximadamente 18 milhões de empresas ativas e, apesar dos recentes incentivos à cultura do empreendedorismo, existem diversas pessoas que não se encaixam no perfil de liderança, o que, por vezes, pode causar uma grande frustração, já que, o ‘ser executivo’ é visto quase como um sinônimo de sucesso profissional e, consequentemente, financeiro. “Talvez você já tenha se deparado com chamadas do tipo: saiba como se tornar um executivo de sucesso ou algo parecido. Porém, nem todo mundo nasceu para liderar um negócio e está tudo bem”, afirma Jennifer de Paula, BBA e diretora de marketing e gestão.

 

Para ela, o trabalho do líder não é apenas criar uma nova empresa, ele deve ter habilidades para desenvolver outros profissionais, ter alto nível de criatividade e inovação, além de flexibilidade para mudanças e outras diversas características que são compartilhadas por CEOs de sucesso em todo o mundo.

 

Por isso, se um indivíduo não tem o perfil de liderança, ele pode procurar outras vertentes que o levarão ao sucesso na carreira dentro das possibilidades dele. “Você não precisa ser o dono da Coca Cola para ser um grande diretor de marketing, faturando uma média salarial de mais de 46 mil, ou ser o presidente de um time de futebol para ser um excelente jogador e garantir salários milionários, por exemplo. O  mercado é um grande trabalho em equipe e não existe profissão que ‘dá dinheiro’, existem profissionais que se destacam em suas profissões, por, na maioria das vezes, escolherem estar no cargo correto para suas habilidades”, pontua a especialista.

 

Jennifer acredita que para conhecer suas habilidades, pode-se procurar por testes vocacionais que irão considerar o perfil psicológico, a personalidade, o histórico acadêmico, as preferências, as habilidades naturais e os objetivos pessoais de cada pessoa individualmente. “Se você tem dificuldades em ter um bom relacionamento interpessoal, liderar, ter visão estratégica, tomar de decisões, dominar outros idiomas, ter compromisso e responsabilidade, ter uma formação acadêmica ou manter a sede de aprendizado, chegou o momento de pensar em se dedicar em ser um bom funcionário para que seu desempenho traga um melhor retorno financeiro ao invés de se arriscar em um cargo fora de seu perfil”, aconselha. 

 

Jennifer de Paula - diretora de marketing e gestão da MF Press Global, uma agência de comunicação internacional. Responsável por gestão de mídias sociais, carreira, posicionamento de marca, comunicação integrada e construção de autoridade no mercado de profissionais que somam milhões de seguidores nas redes sociais. A especialista, tem graduação em administração de negócios (BBA) e é referência no que diz respeito às principais atualizações do mundo digital.

 

Inteligência artificial para humanizar as interações


Independente da área de atuação, frequentemente as empresas recebem perguntas de seus clientes, que desejam entender melhor alguma questão ou até mesmo solucionar um problema, desde os mais simples até os mais complexos. Imagina como seria bom se existisse uma ferramenta que as ajudassem a responder as dúvidas recorrente do trabalho, de forma empática e eficaz, para otimizar o tempo de cada atendimento.

Bom, isso já é possível por meio do uso de inteligência artificial. Na prática, o intuito da aplicação dessa tecnologia nesse processo não é substituir, mas sim agregar. A proposta é ter um ambiente de atendimento misto, no qual a tecnologia e o humano trabalhem em conjunto para que possam trazer melhores resultados, tanto para a vida pessoal diária, quanto para o mundo dos negócios. Essa, inclusive, já é uma realidade para muitas empresas que optaram por aderir pelo menos uma das frentes da IA em sua atuação. 

Dentro do guarda-chuva de possibilidades que essa tecnologia apresenta, uma bem conhecida pelo mercado profissional é a de processamento de linguagem natural. Por meio do uso de inteligência artificial, é possível interpretar diálogos e criar conversas entre humanos e robôs de forma empática e emocional durante o atendimento aos clientes. As ferramentas de Natural Language Processing (NLP) são capazes de detectar como o humano se apresenta, como ele fala e quais são as sensações que ele passa durante o diálogo e, assim, identificar padrões e descobrir as intenções por trás daquilo.

Contudo, num país tão rico culturalmente como o Brasil, com tanto regionalismo, é fundamental treinar os chatbots - robôs especializados nesse tipo de atividade - a entenderem palavras e expressões típicas, como “um cadinho”, “bah”, “tchê”, “logo ali”, entre tantas outras. Pois, por trás de cada um desses fonemas, há uma intenção e uma informação, que, ao interpretar, uma pessoa conseguiria entender com facilidade e seguir com a conversa de maneira fluída. A inteligência artificial precisa aprender a ter essa mesma habilidade para dar continuidade de forma efetiva a um atendimento.

Talvez fique o questionamento de qual é a real vantagem de ensinar uma máquina a ter a capacidade de realizar atividades como essa. O propósito é simples: criar recursos para que se possa estabelecer relações de atendimento mais humanizadas, de uma pessoa para outra. Parece controverso? Na verdade, não é. Quando se automatiza processos operacionais que necessitariam de um atendimento humano prolongado para atividades mais triviais, gerando repetição e desgaste, você traz a possibilidade de agilizar as demandas e fazer com que a pessoa que está atendendo foque toda sua atenção em um só ponto: no outro humano que está por trás da linha.

O ganho de tempo e agilidade nos outros processos corriqueiros, alcançados com a automação, permite que o profissional canalize a atenção necessária para resolver a questão de quem está sendo atendido de forma mais atenciosa, pessoal e de qualidade. Isso estreita a relação humana e otimiza a troca entre os dois.

Essa prática já é realidade em muitas empresas e tende a crescer. A projeção é que todo o mercado de IA comece a se expandir para uma estrutura que tem uma expectativa de tamanho de 2,5 bilhões de dólares, com mais de 2 mil competidores trabalhando em plataformas conversacionais que envolvem inteligência artificial. 

Com aderência a essas soluções, uma grande tendência de mercado é o crescimento e investimento em tecnologias que caminhem rumo a automação de processos conversacionais, utilizando técnicas de machine learning, deep learning e process mining, que conseguem ajudar a analisar esses atendimentos humanos e indicar quais pontos é possível focar para que, de fato, possa realizar uma transformação e trazer um resultado efetivo para a organização, além de um atendimento final cada vez mais humanizado e acolhedor para o cliente. A tecnologia será a peça necessária para humanizar os processos e permitir realizar interações mais pessoais, para que o humano possa focar no que realmente importa: o outro humano.




Ricardo Andrade - Diretor de Produto da Woopi, empresa do Grupo Stefanini

 

Um novo ano com um antigo dilema: Como tirar as metas do papel?

Entra ano, sai ano e as pessoas sempre estão planejando novas metas, como juntar dinheiro, viajar e até mudar de emprego, mas muitas vezes o difícil é tirar essas metas do papel


Chega dezembro de qualquer ano e é comum vermos as pessoas falando sobre as metas que estão criando para o ano que vai chegar, mas infelizmente é ainda mais comum que as pessoas logo larguem esse plano. Segundo um estudo feito, em 2020, pela Statistic Brain Research Institute mostrou que 50% das pessoas que fazem planos para o próximo ano, mudam de ideia já em janeiro.

Para conseguir elaborar uma meta, segundo Thiago Coutinho, fundador do Grupo Voitto, é necessário entender o que é uma meta. “O conceito de meta busca aliar um objetivo que se deseja alcançar à medidas quantitativas, contabilizando números e estipulando período de tempo para serem cumpridas.”

Muitas vezes as pessoas tendem a colocar metas altíssimas, que dificilmente podem ser alcançadas e isso é um fator desestimulante para a realização do objetivo. O ideal para o desenvolvimento de metas, é que elas sigam a metodologia SMART, ou seja, elas precisam ser específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais. 

“Não adianta a gente querer colocar os pés pelas mãos. Temos que trabalhar com a realidade, claro, sempre nos desafiando, mas com os pés no chão. Por isso a metodologia SMART é uma ferramenta muito recomendada para a construção de metas, tanto no meio empresarial, quanto na vida pessoal, para não fugir da realidade. Já pensou se uma pessoa coloca para si mesma a seguinte meta “quero ler 10 livros em 1 dia”, qual a chance de que ela consiga? Quase nenhuma. Qual a chance que ela se empenhe sabendo disso? Exatamente, quase nula” afirma Thiago.

É hora de revisitar as metas criadas para 2022 e checar se estão nos critérios da metodologia SMART, se fazem sentido e se for o caso até redesenhá-las, para manter a motivação na hora de realizá-las. 



Thiago Coutinho - formado em Engenharia de Produção, pós graduado em métodos estatísticos computacionais e Mestre em Administração pela UFJF. Possui formação complementar em Black Belt em Lean Seis Sigma, certificação Microsoft Office Specialist em Excel (MOS), Auditor Lead Acessor ISO 9001 e EXIN Agile Scrum Foundation. No ambiente acadêmico atuou como professor em disciplinas de Qualidade e Empreendedorismo para alunos de Graduação em Engenharia de Produção e atualmente é professor executivo da Pós ADM da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em Juiz de Fora, ministrando o módulo de Empreendedorismo. Como empreendedor, foi aprovado em um programa de aceleração de empresas da ENDEAVOR, o Promessas ENDEAVOR, onde recebeu mentorias para aceleração de negócios. Atualmente se dedica a projetos de consultoria em gestão e a direção executiva do Grupo Voitto, carregando com seu time a visão de ser referência nacional no desenvolvimento da sociedade pela educação corporativa.


Correios convoca aprovados no Programa Jovem Aprendiz

Os Correios retomaram a chamada dos aprovados no Programa Jovem Aprendiz, tendo em vista que o processo seletivo aberto em 2020 estava suspenso por causa da pandemia. As convocações estão ocorrendo em várias cidades de todo o País, de forma gradativa, até que o número de aprovados seja suficiente para o provimento das vagas publicadas em edital.

Nesta fase, o candidato precisa conferir se o seu nome está na lista de convocação disponível no site dos Correios (no campo “Editais e Arquivos do Concurso” > “Convocação Comprovação de Requisitos”), em seguida deverá apresentar, por meio do sistema de inscrição, a documentação comprobatória exigida no edital.

Para comprovação dos requisitos, o aprendiz deverá clicar em “Acompanhe sua Inscrição”, depois em “Página de Acompanhamento”. Em seguida, inserir seu CPF e senha cadastrados, clicar em “Verificar Andamento das Inscrições”, utilizando a opção “Anexar Documentos” para fazer o upload. Os arquivos digitalizados deverão ser enviados no formato PDF, JPEG ou JPG e são limitados a 500 kb por documento. O candidato deverá evitar colocar nomes muito extensos nos arquivos, pois podem ser rejeitados pelo sistema.

Após esta etapa, os aprovados no processo seletivo serão encaminhados para realização do exame médico pré-admissional.

Conforme consta no edital de abertura, é responsabilidade do candidato o acompanhamento das publicações e atos referentes à seleção.

O programa Jovem Aprendiz dos Correios é uma ação corporativa alinhada às diretrizes da CLT, destinada à contratação especial de aprendizes classificados por critérios socioeconômicos. Foram abertas 4.462 vagas, sendo 815 para negros e pardos e mais 660 para pessoas com deficiência.

A carga horária de trabalho será de 20 horas semanais, com salário entre R$ 516,66 a R$ 716,09 mensais, além de vale-transporte, vale-refeição ou alimentação e uniforme.


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