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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Lúpus: uma doença autoimune que pode afetar os rins

A Nefrite Lúpica pode acometer até 50% dos pacientes que sofrem com Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e resultar em insuficiência renal¹

 

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença sistêmica autoimune que pode causar inflamação e danos a vários órgãos vitais ao longo do curso da doença, como, por exemplo, os rins², provocando inflamação e lesões nos pequenos vasos responsáveis por filtrar as toxinas do organismo. Esta situação, conhecida como Nefrite Lúpica (NL), altera o funcionamento dos rins e, se não tratada, pode levar à insuficiência renal. Em casos graves pode requerer que o paciente tenha de fazer diálise ou mesmo entrar para a fila de transplante renal5.

Embora nem sempre sintomática³, a Nefrite Lúpica pode se manifestar por meio de sangue na urina, diminuição do volume urinário, alterações na pressão arterial, inchaços nas pernas e no rosto, além de cansaço e falta de ar6.

Pesquisas apontam que até 50% das pessoas com LES poderão desenvolver a Nefrite Lúpica¹. Assim como no LES, a Nefrite Lúpica acomete mais as mulheres, principalmentes as mulheres hispânicas, afro-americanas e asiáticas com idade entre 15 e 44 anos4.

O reumatologista Dr. Odirlei Monticielo, membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), explica que a Nefrite Lúpica é uma das complicações mais graves do LES, mas a doença ainda é pouco conhecida. "Com acompanhamento médico regular, rotina de exames de diagnóstico e uso de medicamentos adequados, é possível controlar a Nefrite Lúpica, sem que a doença se agrave e leve à perda da função renal", informa.


Tratamentos

Diferentemente de cerca de uma década passada, hoje é possível contar com uma gama de opções de tratamentos, de diferentes classes terapêuticas, para o controle do LES e da Nefrite Lúpica. "Temos opções, inclusive, que permitem a redução ou mesmo a retirada dos corticoides, medicamentos eficazes, mas que se usados por longos períodos e/ou em doses elevadas, determinam uma série de efeitos colaterais indesejados e que, muitas vezes, costumam ser utilizados via automedicação, pois são isentos de prescrição", alerta o Dr. Monticielo.

O tratamento do LES e da Nefrite Lúpica tem evoluído muito nas últimas décadas, com o desenvolvimento de terapias imunobiológicas e alvo-específicas visando maior eficácia no controle da doença e redução dos eventos adversos causados pelo tratamento.

Além do controle do LES com medicamentos, é importante também adotar outros hábitos de vida, como evitar o tabagismo, praticar atividades físicas, ter uma dieta equilibrada e rica em alimentos saudáveis, entre outros comportamentos para uma melhora da qualidade de vida do paciente. As consultas regulares ao médico reumatologista e a adesão ao tratamento também são fundamentais para o bom controle da doença2.

 

 


Referências

• VELOSO, VSP. Envolvimento renal em pacientes com lúpus eritomatoso sistêmico. Disponível em: . Acesso em: 18 de agosto de 2021

• SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Doenças Reumáticas. Disponível em: . Acesso em 18 de Agosto de 2021

• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lúpus, Causas, Sintomas, Diagnóstico, Tratamento e Prevenção. Disponível em:. Acesso em 18 de Agosto de 2021

• LUPUS FOUNDATION OF AMERICA. What is lupus nephritis? Disponível em: < https://www.lupus.org/resources/what-is-lupus-nephritis>. Acesso em 12 ago 2021.

• SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. O que é Lúpus? Disponível em: < https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/doencas-comuns/lupus/> Acesso em: 27 Agosto 2021.

• MANUAL MSD VERSÃO PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE. Nefrite Lúpica. Disponível em: < https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/nefrite-l%C3%BApica>. Acesso em: 27 Agosto 2021.


Setembro Vermelho: 29/09 – Dia Mundial do Coração

PACIENTES DE COVID-19 TÊM 16 VEZES MAIS CHANCES DE DESENVOLVER MIOCARDITE

 

Dados do CDC americano (Centro de Controle e Prevenção de Doença) são de maio de 2021 e alertam para as complicações cardiovasculares decorrentes da covid-19

 

Tratada inicialmente como uma doença basicamente pulmonar, a Covid-19 logo se mostrou uma enfermidade sistêmica, atacando quase todos os órgãos. A compreensão dos mecanismos da doença evoluiu muito, especialmente durante o primeiro semestre de 2021. Estudos mais recentes mostram que a reação inflamatória descontrolada causada pelo novo Coronavírus atingem também o sistema cardiovascular, ocasionando em alguns casos a miocardite (inflamação do músculo cardíaco). Como principais consequências dessa inflamação, aparecem arritmias e até insuficiência cardíaca. 

Um estudo feito na Alemanha e publicado na revista Jama Cardiology em julho de 2020 já mostrava como o novo Coronavírus afeta o coração. Os pesquisadores estudaram cem pessoas, com idade média de 49 anos, que se recuperaram da Covid-19. A maioria foi assintomática ou apresentou sintomas muito leves. Cerca de dois meses depois do diagnóstico, os cientistas submeteram os pacientes já totalmente curados a exames de ressonância magnética e fizeram descobertas alarmantes: cerca de 80% deles apresentavam anomalias cardíacas e 60% tinham algum grau de miocardite. 

Mais recentemente, em maio de 2021, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doença) dos Estados Unidos apresentou resultados de um estudo revelando que pacientes de Covid-19 têm 16 vezes mais chances de desenvolver miocardite e, consequentemente, arritmias cardíacas.  

“O que temos observado em pacientes pós-Covid, inclusive entre assintomáticos, é a ocorrência de episódios de arritmias e até insuficiência cardíaca, sem um histórico pregresso de doenças cardiovasculares”, explica o cardiologista Luciano Jannuzzi Carneiro. O especialista alerta que, muitas vezes, essas alterações são de difícil diagnóstico, uma vez que os episódios são irregulares e passageiros. “Muitas dessas alterações podem ser revertidas, desde que diagnosticadas e tratadas o quanto antes e de maneira individualizada para cada caso”, afirma. 

Mas qual é o caminho para o diagnóstico adequado de episódios esporádicos ou de alterações cardíacas que não provoquem sintomas? “Atualmente, dispomos da tecnologia do looper implantável, dispositivo que faz o monitoramento e a detecção das arritmias com bastante precisão, como o BIOMonitor III, da BIOTRONIK. O dispositivo é implantado no paciente de maneira simples, rápida e praticamente sem risco de complicações, sendo capaz de monitorar continuamente o ritmo cardíaco, auxiliando nos diagnósticos e, principalmente, na indicação precoce dos tratamentos mais adequados a cada caso”, diz.

 

Principais dúvidas sobre a endometriose no consultório médico

 Considerada uma das principais causas de infertilidade em mulheres, a doença pode ter sintomas bastante evidentes. Saiba mais!

 

É muito comum que surjam no consultório médico algumas questões que são comuns a quem pesquisou sobre a endometriose ou conversou com alguém que tenha feito algum tipo de tratamento ou cirurgia. Abaixo, o ginecologista e obstetra, Dr. Marcos Tcherniakovsky, especialista no tratamento da doença, responde algumas destas dúvidas que são comuns em seus atendimentos. Confira!

 

Existem sintomas da doença? 

Isso varia caso a caso. Existem mulheres que não apresentam sintomas e que chamamos assintomáticas, outras com sinais inespecíficos e aquelas com sintomas bastante evidentes. Tal diferença nem sempre está associada com a gravidade da doença. Hoje, sabe-se que o problema acomete 10% das mulheres em idade reprodutiva, mas estudos apontam que a taxa pode ser muito maior, com diagnósticos ainda não realizados. Entre os sinais mais comuns estão cólicas menstruais, dor na relação sexual, dor pélvica crônica diária e infertilidade. Sintomas menos comuns incluem sangramento uterino anormal, dor lombar, fadiga crônica e disfunção intestinal.

 

Como a mulher sabe que tem endometriose? 

Além dos sintomas que podem surgir acenderem um alerta, o diagnóstico definitivo costuma ser estabelecido após a visualização de lesões durante a laparoscopia e a biópsia. Mas, atualmente existem equipamentos de imagem e médicos especializados capazes de suspeitar fortemente, sem um procedimento cirúrgico.

 

É possível engravidar após desenvolver a doença? 

Sim, porém, estima-se que 30% a 50% das mulheres com endometriose apresentam infertilidade. Muitas pacientes engravidam espontaneamente durante o tratamento, outras necessitam passar por cirurgia e algumas realizam tratamentos específicos com especialistas em fertilização.

 

Gravidez pode ser a cura da endometriose? 

Não, o que ocorre é que os sintomas da doença são amenizados ou somem durante a gestação, já que existe um bloqueio hormonal nesse período. Porém, não se trata de cura, geralmente os sintomas ressurgem algum tempo depois do parto. 

 

Endometriose só melhora com cirurgia? 

Não, a intervenção cirúrgica é indicada apenas nos casos em que a dor é persistente e não melhora com medicamentos ou quando os sintomas limitam alguma função da mulher. Cada caso deve ser avaliado e individualizado.

 

Quem sofre com o problema pode praticar atividades físicas?

Deve. Muitas pacientes relatam que não praticam exercícios por conta da dor, mas a verdade é que a atividade física libera endorfina, que funciona com um anti-inflamatório e analgésico natural. Pacientes que se exercitam sentem uma melhora considerável, por isso recomendo especialmente exercícios que envolvem a musculatura abdominal e pélvica.

 

Os sintomas somem depois da menopausa? 

Pode-se dizer que sim, mas não é regra. Acontece que nesta fase não existe mais a produção hormonal pelos ovários (falência hormonal) e com isso as possíveis lesões existentes tendem a diminuir e/ou desaparecer e consequente redução ou eliminação dos sintomas. 

 

A endometriose tem cura? 

Existe o controle da doença. Algumas mulheres apresentam regressão espontânea das lesões, outras melhoram com tratamento hormonal e algumas fazem a cirurgia e não têm recidiva. Porém, há casos de recidiva mesmo após a cirurgia.

 

É possível evitar a doença?

Após o diagnóstico, apenas com o tratamento é possível controlar a doença, porém, é possível evitar que o problema se agrave com exercícios físicos, alimentação saudável, restrição de bebidas alcoólicas e cuidados com a saúde mental. Temos que ter em mente que endometriose é a saída do tecido menstrual para fora do útero e para dentro da cavidade pélvica, portanto quanto menos menstruar menor será a chance de desenvolver a doença.

 


Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra – Especialista Vídeo-endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). É Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. Médico Responsável na Clínica Ginelife. Membro da Comissão de especialidade em Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetricia (FEBRASGO). Instagram: @dr.marcostcher

 

Hidrate-se bem e saiba quais bebidas podem irritar a bexiga


Qual volume de água devo beber por dia? Esta é uma pergunta que todas as pessoas fazem e não existe uma resposta exata. A razão para esta afirmação ocorre em razão da necessidade de considerarmos vários fatores para aproximar um valor de líquidos a serem ingeridos por dia, como por exemplo: seu peso e altura; sua atividade profissional; se você pratica esportes, seus hábitos alimentares, se existem doenças associadas, além das condições climáticas (temperatura e umidade relativa do ar).

Sabemos que a hidratação é fator fundamental para a manutenção da vida. Aproximadamente 50% a 70% do peso corporal é constituído de água. Os líquidos estão envolvidos em importantes funções orgânicas como a manutenção de temperatura, lubrificação de articulações, proteção de tecidos, eliminação de toxinas pela urina, transpiração, evacuação, fluidificação do sangue, entre outras.

Conclui-se que não há uma fórmula matemática que se adapte a todos, mas conhecendo melhor seu corpo e hábitos é possível ajustar um volume de líquidos para manter-se hidratado ao longo do dia; caso contrário, poderá ocorrer uma situação conhecida como desidratação (condição que ocorre quando você não tem água suficiente no corpo para manutenção das funções básicas de células e tecidos).

Aproximadamente 20% da ingestão diária de líquidos são provenientes dos alimentos, como frutas, verduras e legumes. O restante do volume provém das bebidas. Recomendamos que, sempre que possível, hidrate-se e dê preferência à água.

Falar que o ideal é beber de 2 a 3 litros de água por dia é um valor aproximado, mas o ideal é você observar outros parâmetros fisiológicos como a manifestação de sede, boca e olhos ressecados e a cor da urina. O ideal é que sua urina tenha a cor "amarelo citrino" ou um amarelo bem claro.

Sugiro que você tome água sempre que manifestar sede, ou ao urinar pequenos volumes de urina escurecida. Outra dica é observar se seus intervalos miccionais são prolongados, ou seja, maiores que de 4 horas: este é um sinal de que você pode estar desidratado(a).

Relembramos que a necessidade de ingestão de líquidos ao dia pode oscilar em situações como:

Exercícios: beba mais água para suprir as perdas pelo suor. É importante beber água antes, durante e depois do treino.

Ambiente: Clima quente ou úmido e altitudes podem fazer você transpirar em excesso, necessitando de mais líquido.

Saúde geral: Seu corpo perde líquido quando você tem febre, vômito ou diarreia. Beba mais água ou siga a recomendação de um médico para beber soluções de reidratação oral. Outras condições que podem exigir aumento da ingestão de líquidos incluem infecções da bexiga e cálculos do trato urinário.

Gravidez e amamentação: Se você estiver grávida ou amamentando, pode precisar de mais líquidos para se manter hidratada.

Bebidas como leite, suco e chás de ervas auxiliam na hidratação. Não recomendamos refrigerantes, sucos industrializados e bebidas alcoólicas.

Vale destacar que algumas bebidas podem estimular a bexiga, desencadeando sintomas miccionais irritativos como: urgência miccional, dor na bexiga, ardor ao urinar e até perdas urinárias, a saber:

Café, chá (mate, preto), energéticos, adoçantes, refrigerantes a base de cola e chocolate, são ricos em cafeína. O consumo de cafeína pode ser um fator importante para irritar a bexiga, além de diurético, pode levar a contração do músculo da bexiga. O resultado pode manifestar-se em incontinência urinária, urgência miccional ou dor. A cafeína é encontrada naturalmente em grãos de café, folhas de chá e grãos de cacau, mas também é encontrada em refrigerantes, bebidas energéticas e doces que contenham esses ingredientes na sua formulação.

Bebidas carbonatadas: mesmo quando os refrigerantes não contém cafeína, as bolhas das bebidas podem causar problemas, em razão do dióxido de carbono presente nos gases desses refrigerantes, que podem resultar na irritação da bexiga. O ideal é evitar bebidas carbonatadas, incluindo água com gás e refrigerante.

Cítricos e sucos: Frutas e sucos que tenham um pH ácido podem agravar os sintomas irritativos da bexiga e a incontinência. Isso inclui laranjas, abacaxis, tangerinas, limões e limas. Tomates também são frutas e, tanto na forma de frutas ou industrializados (molho de tomate, ketchup, sucos e molhos de pimenta), são alimentos que podem desencadear irritação da bexiga.

Comidas apimentadas: Pesquisas indicam que alimentos condimentados e pimentas podem irritar o revestimento da bexiga, desencadeando dor, urgência miccional ou desconforto ao urinar.

Recomendamos que você mantenha-se hidratado adequadamente e caso manifeste algum sinal ou sintoma urinário, converse com seu Urologista, ele saberá lhe orientar.

 

 

Dr. Marco Aurélio Lipay - Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro "Genética Oncológica Aplicada à Urologia".


Dermatologistas promovem campanha nacional para conscientizar brasileiros sobre importância de cuidados com a dermatite atópica

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza entre 14 e 30 de setembro diversas ações para a atualização e conscientização de médicos e da população sobre a dermatite atópica (DA). A campanha inclui a postagem de conteúdos (posts e vídeos) nas redes sociais, a realização de lives sobre o tema, a sensibilização de gestores sobre a importância de qualificar a assistência dos pacientes com este quadro e a divulgação em massa de dados e informações que ajudam a entender o desafio de se diagnosticar e tratar esta doença, em suas diferentes formas.

Sob o slogan "Dermatite atópica: atenção e cuidado com a sua pele", a campanha tem início em 14 de setembro, data mundialmente dedicada à conscientização sobre esta doença. Nas semanas seguintes, a SBD abordará a população sobre aspectos, como o caráter imunomediado da DA, que a torna uma doença não contagiosa. Também serão ressaltados a identificação de sinais e sintomas e as medidas que ajudam no controle do desconforto causado por conta da coceira, espessamento da pele, inflamação de áreas afetadas e recorrência dos quadros.

Em 23 de setembro, Dia Nacional de Conscientização sobre Dermatite Atópica, a SBD realiza uma live - voltada para a população em geral - onde estas e outras questões serão abordadas por especialistas convidados. O encontro, organizado em parceria com a revista Crescer, terá atenção especial para os casos de DA no público infantil. A transmissão ocorrerá, entre 19h30 e 20h30, pelos perfis da publicação no Facebook e no Instagram.

Além dessa abordagem, a SBD divulgará uma série de vídeos curtos em que dermatologistas responderão de forma objetiva dúvidas comuns de pacientes e familiares. Para os associados à instituição, uma atividade feita sob medida acontecerá no dia 21 de setembro, quando, em outra live, os participantes terão acesso a informações técnicas e científicas atualizadas, o que ajudará no aperfeiçoamento da sua conduta clínica e de suas escolhas terapêuticas.

Ao longo do mês, outras iniciativas serão realizadas pela SBD em torno deste tema de saúde pública. Dentre elas, a divulgação dos resultados de uma pesquisa sobre a percepção dos brasileiros sobre essa doença. Para o presidente da SBD, Mauro Enokihara, esta campanha supre uma lacuna no que se refere à conscientização dos brasileiros sobre o que é a dermatite atópica. "Apesar de atingir milhões de pessoas, em algumas situações de forma grave, esta doença não costuma ser discutida com a profundidade que merece. Isso implica em prolongar situações de perda de qualidade de vida e de bem-estar para pacientes. Esperamos que com este alerta esta situação mude", disse.

Dermatite - A dermatite atópica é uma doença genética, crônica e não contagiosa. Entre seus sintomas estão: pele seca e erupções que coçam, provocando a descamação da região afetada. Ela acomete principalmente braços, joelhos e pescoço. Rosana Lazzarini, assessora do Departamento de Alergia Dermatológica e Dermatoses Ocupacionais da SBD, destaca que, apesar do incômodo, este problema de saúde dermatológico tem tratamento.

Segundo conta, o tratamento a ser prescrito dependerá da idade do paciente e da gravidade da dermatose. "Podem ser utilizadas medicações com ação anti-inflamatória, aplicadas diretamente na pele, por alguns períodos. São cremes ou pomadas (corticosteróides e inibidores da calcineurina) que devem ser adequados à faixa etária do usuário e à localização das manifestações da DA", ressaltou.

Em alguns casos, os médicos podem indicar ainda medicações orais, na tentativa de reduzir a coceira. Eventualmente, ainda há possibilidade de uso de antibióticos, quando há infecção concomitante. Já o emprego de emolientes e hidratantes é indicado para todos, independentemente da idade. Estes produtos podem ser aplicados de forma constante sobre a pele, em todas as faixas etárias. A assessora alerta ainda para outras medidas que ajudam a evitar o surgimento de lesões e coceira: a adoção de sabonete suave (com pH próximo ao da pele) e o controle da temperatura da água do banho, que não deve ser quente.

Em situações de maior gravidade, a assessora do Departamento avisa serem necessários tratamentos mais complexos, como fototerapia (uso de radiação ultravioleta de maneira controlada), que auxilia a diminuir a inflamação da pele; e prescrição de imunossupressores (metrotexato, ciclosporina, azatioprina) e de imunomoduladores (dupilumabe, inibidores de JAK). Assistência em ambiente hospitalar não é descartada: "internações podem ser necessárias em casos muito graves, para controle da doença", afirmou.

Cuidados - Por ser de origem genética, até o momento, são desconhecidas formas objetivas de prevenção à dermatite atópica. Por conta disso, a especialista da SBD chama a atenção para a importância das medidas de tratamento e controle da doença. Neste sentido, independentemente de diagnóstico, Rosana Lazzarini acredita que a hidratação da pele é uma prática que deve ser incorporada à rotina desde cedo, assim com a adoção de banhos rápidos, com água morna ou fria, e o uso de sabonetes suaves.

Ela lembra ainda a influência que o ambiente tem sobre a doença. O calor em excesso piora as lesões. Por sua vez, o clima frio e seco aumenta o ressecamento da pele, o que agrava a coceira relacionada. Sabe-se ainda que a frequência da dermatite atópica atinge mais moradores de áreas urbanas do que os de regiões rurais.

Rosana Lazzarini também chama atenção para o impacto que a dermatite atópica tem sobre a saúde mental de pacientes e familiares, bem como sobre a vida em sociedade. "A dermatite atópica traz impactos psicológicos, principalmente em casos mais intensos. Isso decorre de ser aparente e por causar distúrbios do sono. Pacientes com DA têm muita coceira nas lesões, o que não os deixa dormir de maneira adequada. Quando são crianças, os pais sofrem do mesmo problema, pois o incomodo causado prejudica o repouso de toda a família", complementa.

Finalmente, a especialista enfatiza outro fator que dificulta a vida dos pacientes: a doença pode passar despercebida por médicos que não são dermatologistas. Assim, o atraso no diagnóstico, retardará também o início do tratamento. "O reconhecimento precoce da dermatite atópica pelo especialista é fundamental para uma melhor qualidade de vida do paciente. Portanto, esta campanha da SBD reforça a necessidade de termos mais ações de esclarecimento e difusão sobre a doença, inclusive entre os profissionais da medicina", finaliza.

 


360° Comunicação Integrada

Como os seres humanos deveriam operar no trabalho híbrido: seis pilares fundamentais

Antigamente, os humanos tinham um trabalho simples, porém difícil: caçar e coletar comida suficiente para sobreviver. Já no trabalho moderno, a rotina é dividida em resultados, projetos, produtos e metas. O fato é que os humanos foram condicionados a fazer parte de equipes desde os tempos das cavernas. Somos criaturas sociais que prosperam na colaboração e na conexão. O trabalho remoto, porém, adiciona uma camada de complexidade em todo esse processo, até porque passamos a lidar com uma lista de afazeres intermináveis, poucas pausas regulares e dias cada vez mais longos. 

Para além da recompensa financeira, entender o combustível dos seres humanos e a maneira como trabalhamos se tornou algo vital para as empresas terem sucesso no novo contexto. Vamos a algumas constatações, aprendizados e dicas sobre trabalho remoto e tecnologias que o tornam possível.

 

‘Fadiga do zoom’ - um novo fenômeno 

O cansaço causado por reuniões consecutivas e dias sem descanso é uma experiência comum para trabalhadores remotos. Em alguns locais, a questão do fuso horário aumentou a fadiga do zoom a ponto de os funcionários precisarem pedir pausas para ir ao banheiro. Devido aos altos níveis de concentração necessários, a fadiga geralmente começa a se instalar em cerca de 30 a 40 minutos de videoconferência. Observando os dias repletos de videoconferências, o estresse começa a se instalar por volta das duas horas de trabalho.

 

A psicologia do trabalho contínuo 

É de conhecimento comum que as pessoas funcionam melhor em curtos picos de concentração, conforme a famosa Técnica Pomodoro . A metodologia sugere que a maneira mais eficaz de realizar um trabalho produtivo é definir um cronômetro de pelo menos 20 minutos para trabalhar em uma atividade específica até o fim, sem distrações. 

Esse ritmo não é viável no mundo moderno, mas as constantes videochamadas e a entrega contínua de trabalho também não são. Sendo assim, os psicólogos sugerem que reuniões de uma hora durem 45 minutos com um intervalo de 15 minutos. As reuniões de 30 minutos devem durar de 20 a 30 minutos. Dessa forma, todos nós nos tornamos mais produtivos. Esta é uma mudança fundamental que exige uma nova cultura, governança e procedimentos de gestão de desempenho.

 

Os seis pilares para o futuro do trabalho 

Não é segredo que a tecnologia seja essencial para o trabalho híbrido. O ponto é que nem todas as companhias estão preparadas para seis passos simples que apoiam essa transição:

 

• Flexibilidade de localização. É a capacidade de trabalhar em diferentes lugares. Isso significa que por meio da adoção de um "modelo operacional digitalmente elástico" e da aceitação de novos comportamentos de trabalho, as empresas conseguem entregar resultados de forma mais produtiva enquanto proporcionam uma melhor experiência ao cliente. O uso de ferramentas de dados e de análises auxiliarão a força de trabalho híbrida, que pode ser flexibilizada em curto prazo para atender aos picos de demanda.

 

• Autonomia integrada. É a capacidade de auxiliar a força de trabalho com a incorporação de automação de processos robóticos, Inteligência Artificial (IA) e algoritmos de aprendizado de máquina em toda a empresa, inclusive no back office. Quando incorporado de ponta a ponta, esses recursos fornecem mais informações sobre o comportamento do cliente e permitem levar os clientes ao autoatendimento em novos modelos híbridos.

 

• Always On IT. Ter recursos na nuvem garantirá o acesso constante ao trabalho e entrega ao cliente. No back office, por meio do uso de novas ferramentas de automação, como análise de sentimento, os departamentos de TI podem garantir um serviço perfeito ao mesmo tempo em que fornecem recursos de solução de problemas de maneira proativa.

 

O lado humano da tecnologia 

• ‘Conectado digitalmente’. É sobre tornar o trabalho e as interações mais fáceis para colaboradores e clientes, aumentando a adoção e fornecendo uma experiência de cliente mais integrada. Oferecer novas interações simples e inovadoras com os clientes, como suporte de vídeo, mensagens e suporte via bate-papo constituem uma situação vantajosa para o cliente e a empresa. 

• Colaboração é fundamental. Promover um ambiente colaborativo significa garantir maior produtividade em picos mais curtos e eficazes. Isso também melhora o equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Oferecer ferramentas de colaboração proporciona um melhor ambiente de trabalho e uma entrega melhor ao cliente. 

• Espaços de trabalho adaptáveis. Após a COVID-19, o espaço do escritório não será mais cheio de fileiras de estações de trabalho. Isso porque foi provado que operar em casa com a tecnologia certa é mais barato e bastante efetivo. Com isso, o escritório se tornará muito mais adaptável e usado para ocasiões de verdadeira colaboração. 

As organizações bem-sucedidas no trabalho híbrido praticam esses pilares, que colocam o ser humano no centro das estratégias de negócio e, com o apoio da tecnologia, fecham um ciclo ganha-ganha, no qual os clientes se beneficiam de entregas excelentes e colaboradores aliam produtividade e flexibilidade.

 


Mauricio Cataneo - Vice-presidente da Unisys para a América Latina

 

As principais lições sobre o novo normal no pós-pandemia

Desde o início da pandemia da Covid-19, em 2020, tenho certeza de que todos nós já sentimos ou passamos por inseguranças. O medo de contrair o vírus da Covid, instabilidade no emprego, adaptações frente às adversidades além de tudo que esse novo cenário nos traz, principalmente no quesito das mudanças na forma de se trabalhar.

Tivemos uma grande ruptura ao avaliarmos o ritmo tradicional de trabalho em companhias de todos os portes, do microempreendedor ao grande empresário. O problema é que, como consequência, nem todas souberam como se adaptar e ajustar à essas demandas tão rapidamente. Já o trabalho remoto, as reuniões virtuais e o suporte de TI à distância nunca foram realizados com tanta frequência como nesse momento.

Neste cenário, as áreas de Compras, Supply Chain e Manufatura receberam ainda mais destaque, devido aos principais desafios na identificação de novas maneiras de se trabalhar. Um aprendizado chamado resiliência. E, com isso, passamos a falar de novos modelos de trabalho. Primeiro, em formato remoto, com muitas adaptações e o aumento de reuniões online e virtuais.

Em seguida, temos as empresas que estão aptas e já executam o formato híbrido, com o revezamento virtual e presencial de seus funcionários. E essa, para mim, é uma das maiores tendências que chegou para ficar, que será ainda mais aprimorada e executada daqui para frente. Mas então, é importante pensarmos o tamanho do desafio que os grandes líderes estão enfrentando diante de tantas mudanças.

Nesse sentido, aposto que muitas pessoas ainda se questionam: o que é o pós-pandemia? Será um novo normal? Acredito que cabe a cada um de nós a adaptação ao novo, sem deixar de atender às prioridades em nossas vidas: trabalho, o futuro de nossas carreiras, cuidar dos filhos, da casa, de nós mesmos

No lado empresarial, as grandes companhias e seus líderes estão trabalhando para se tornarem mais ágeis e eficazes ao entregarem seus produtos e soluções, buscando corresponder com as expectativas e necessidades de seus consumidores. Como CMO de uma grande empresa no ramo de tecnologia e inteligência artificial, posso dizer que a tecnologia digital oferece uma grande oportunidade para que, nesse fluxo B2C, as corporações promovam eficiência, resiliência e agilidade.

pandemia agilizou o tão esperado processo de transformação digital das empresas, pois todos tivemos que nos submeter às principais mudanças para que o fluxo de trabalho pudesse permanecer funcionando normalmente. Chegou o momento de olharmos para o futuro e compreendermos todas as adaptações que esse processo de evolução nos apresenta.

Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria global McKinsey, estima-se que até 2030, aproximadamente 375 milhões de trabalhadores em todo o mundo precisão de alguma forma de qualificação para se manterem em suas posições de trabalho ou para ocuparem novos cargos.

Estruturar as posições de trabalho e, principalmente, a cultura organizacional em um cenário pós-pandemia é fundamental para nossa sobrevivência. Talvez isso nos faça sair de nossas famosas "zonas de conforto". Para mim, o segredo do sucesso é eleger novas metas e foco na vida.

 


Marcelo Trevisanicom mais de 20 anos de experiência como profissional nas áreas de Digital Marketing, Transformação Digital, Inovação, Chief Marketing Officer, é considerado um dos nomes mais relevantes da área. Participou de grandes cases de Marketing Digital do Brasil para empresas como Tecnisa, BRF, Itaú, Coca-Cola, Nestlé e Vivo, além de ter sido finalista e vencedor em prêmios como Caboré 2017 e CMO 2019, respectivamente. Atualmente, como Chief Marketing Officer, embasa seu trabalho em 3 pilares: Marketing - pelo foco no consumidor, Growth - pelo foco em crescimento de negócio e Marketing Digital e Growth Hacking - como facilitadora de trabalhos. Foi criador e professor do primeiro curso de pós-graduação em Marketing Digital do Brasil, além de professor de MBAs Pós-Graduações por mais de 10 anos em instituições como ESPM, FGV Business School e FIAP. Também é palestrante em eventos relacionados à Nova Economia, Transformação Digital, Marketing Digital e Growth Hacking em locais como ESPM, Endeavor, CUBO Itaú, SEBRAE, Digitalks, Casa Digital, ProXXima, Social Media Week, In Companies entre outros.


Os 6 principais indicadores do e-commerce

Administrar qualquer tipo de negócio, seja ele físico ou online, requer muito planejamento e estratégia. Isso significa que, frequentemente, é necessário mapear a concorrência, fazer análises e estudar as métricas e indicadores, que são os resultados compostos por números e dados, que ajudarão a entender a performance do negócio. 

Antes de analisar seus KPIs (Key Perfomance Indicators), é necessário estudar minuciosamente seu modelo de negócio para ver quais fazem mais sentido para sua empresa. Alguns indicadores são universais, como faturamento, despesa, margem líquida e ticket médio. Outras, no entanto, são específicas para quem atua com as lojas virtuais. Por isso, com o objetivo de ajudar quem precisa conhecê-las melhor, o Magis5, Hub de Integração e Automação para vender em marketplaces, lista os seis principais indicadores de e-commerce.


Custo de Aquisição de Clientes (CAC)

O CAC é a soma de tudo que foi investido para gerar um determinado número de novos clientes, dividido pela quantidade de adquiridos. Portanto, quanto menor o CAC, melhor para o seu negócio, pois isso significará que está gastando menos para conquistar mais consumidores. 

Esse indicador é um dos mais importantes para qualquer negócio, afinal o tempo de vida do seu cliente e o quanto ele deixa de receita para sua empresa deve ser maior que seu custo de aquisição. 


Taxa de Conversão

A taxa de conversão é representada pelo número de visitantes no site que realizaram uma compra, dividido pelo número total de pessoas que entraram na sua loja. Quando esta taxa está baixa, é necessário conferir o que está fazendo os consumidores desistirem de comprar, como layout, velocidade do site, navegabilidade da página e, principalmente, a oferta dos produtos, experiência e atendimento ao usuário. 

Você pode analisar esse indicador ao longo da jornada de compra, desde a aquisição do usuário, nutrição e conversão do funil de vendas.


Abandono de Carrinho

Essa métrica é calculada a partir da seguinte fórmula: número de compras de um produto, dividido por número de carrinhos criados - 1 x 100. Quanto maior for a taxa de abandono de carrinho, pior será - isso significa que as pessoas clicaram no produto, colocaram no carrinho de compras e, por algum motivo, não finalizaram a compra. Diversas atitudes podem ser tomadas em caso de desistência do cliente, como enviar um e-mail lembrete e fazer remarketing. 


Quantidade Média de Produtos

Essa métrica é importante para entender quantos produtos, em média, saem por pedido, e isso ajuda a medir, por exemplo, se as pessoas compram mais produtos por pedido, para pagar um único frete, ou até mesmo ganhar algum desconto progressivo. 


Taxa de Rejeição

Essa é essencial para conhecer a quantidade de pessoas que saíram da sua loja virtual sem interagir - ou seja, deixaram o site na mesma página que chegaram, sem navegar. A taxa de rejeição é importante para entender se a página que as pessoas acessam ao chegar no seu e-commerce está com poder de conversão. 


Return On Investment (ROI)

Essa é a mais famosa métrica para quem trabalha com Marketing Digital. O ROI mede o retorno sobre o investimento em uma determinada mídia e é calculado da seguinte maneira: receita / custo do investimento. Esse resultado mostrará o que, de fato, determinada mídia está trazendo de retorno direto para o seu negócio. 


A importância da rotina para o seu sucesso

Ter uma rotina é um passo importante para alcançar seus objetivos, uma vez que, com as atividades diárias estabelecidas, fica mais fácil estar focado em seus projetos.

Acredito que o maior sucesso que alcançamos, além do profissional, é o pessoal. Sentir-se bem, cuidar diariamente da saúde física, mental e espiritual é imprescindível para atingirmos as nossas metas. Afinal, a nossa vida não tem sentido se não sentirmos orgulho e satisfação de nossas conquistas diárias.


Por que é tão importante ter uma rotina?

Podemos observar claramente a importância disso no esporte. Para chegar mais longe e ser um campeão, é preciso ter rotina. Horas de treino diárias, alimentação equilibrada, cuidados com a saúde física, mental e a dedicação do atleta, independente do esporte, propiciarão com que ele alcance o pódio.

Em nossa vida, ocorre da mesma forma. Para sermos "campeões", precisamos dar o passo inicial, que é o focar no objetivo, mas acima de tudo, em nós mesmos. Por isso, deixo algumas dicas que podem ajudar a estabelecer uma rotina:

• Horário para acordar todos os dias: isso vai te apoiar na organização de suas tarefas diárias;

• Rotina de exercícios: os exercícios auxiliam na saúde física e mental, e darão mais disposição para a realização de suas atividades;

• Estabelecer um objetivo: seja criar um hobby, aprender a tocar um instrumento, fazer com que sua empresa cresça, começar a empreender, enfim, não importa qual seja, mas você sabendo aonde quer chegar, fica mais fácil trilhar o seu caminho;

• Planejamento: assim como estabelecer um objetivo facilita a rotina, planejar o seu dia vai fazer com que tudo funcione de forma organizada. Saber o que, quando, onde e como vai realizar suas tarefas, vai te ajudar a manter o foco em suas prioridades.

A partir de uma rotina planejada e estabelecida, o seu dia rende mais e, consequentemente, sua produtividade. Vale ressaltar também os ganhos em nossa saúde física e mental, pois estamos no controle de nossas vidas e, acima de tudo, na busca pelo nosso sucesso.

 


Clemilda Thomé -Nascida em 1954, na Cidade de Sapopema, interior do Paraná, filha de pais agricultores, foi uma das primeiras empresárias no Brasil a se tornar bilionária ao vender sua empresa NEODENT para uma multinacional suíça. Hoje, é uma das mulheres de negócio mais influentes do país. Participa ativamente da gestão de suas empresas, no Conselho de Administração da DSS Holding, mas tem como seu maior legado, a promoção da educação, que ela acredita ser o maior agente das mudanças e desenvolvimento do país. Exatamente por esse foco, Clemilda, faz parte do Instituto Sou 1 Campeão que oferece cursos voltados para performance física, prosperidade financeira e equilíbrio emocional, ao lado do Treinador Comportamental e esposo Mamá Brito e do ídolo do MMA mundial Rogério Minotouro. Um dos únicos institutos capacitados para oferecer esse tripé do conhecimento como o caminho completo e necessário para ajudar pessoas a executarem planos de vida e de negócios.


O futuro da educação depende de competências socioemocionais

Especialistas alertam sobre a importância da interação entre os alunos e do aprendizado para a compreensão das emoções


A pandemia acelerou um processo de mudança na educação considerado necessário e positivo por especialistas da área. A necessidade de interromper as aulas presenciais e migrar para o ensino remoto ampliou questionamentos sobre o papel do profissional da educação e o que se espera da escola. “Ficou ainda mais claro que uma sala de aula proporciona o que a internet não é capaz de fazer: a interação real entre as pessoas. Apenas presencialmente é possível fazer a leitura de emoções faciais e proporcionar um aprendizado com emotividade. Aquele contato quase inexplicável que flui entre seres humanos que se veem ao vivo e que não flui quando se veem através de uma tela por uma série de motivos. Tem a ver com a capacidade de ver microexpressões no rosto e de perceber gradações da voz, por exemplo”, pontuou o historiador Leandro Karnal durante um debate sobre o Futuro da Educação, promovido recentemente pelo Grupo Super Cérebro. 

Na opinião de Karnal, a crise instaurada pela Covid-19 tornou mais rápida a mudança daquilo que já não tinha sentido antes da pandemia. “O desafio que estamos enfrentando começou antes de março de 2020. Existe uma defasagem entre o que eu ensino e a demanda do mundo. O que esses alunos podem precisar em 2050 quando a tecnologia será outra? É fundamental refletirmos sobre como estamos trabalhando competências socioemocionais, a convivência com a diversidade, a curiosidade, a capacidade autônoma de pesquisa, enfim, aquilo que sempre será útil. O ser humano é absolutamente único. A escola exige algumas inteligências, mas não todas. Mesmo diante de tanta evolução tecnológica, quero que meu aluno pense. Que aprenda a ler e escrever imagens, textos e situações. Que seja capaz de analisar e argumentar, que aprenda ferramentas que independentemente do futuro sejam úteis, como capacidade de pesquisa, de interação, negociação, convencimento, enfim, habilidades validadas.” 

Desenvolver as competências socioemocionais, também chamadas de soft skills, é o verdadeiro caminho para a educação do futuro de acordo com os especialistas. Além de Leandro Karnal, a neuropsicopedagoga Renata Aguilar, o presidente do Instituto Casagrande, Renato Casagrande e os diretores do Grupo Super Cérebro Patrícia Gamba e Ronaldo Hofmeister defendem a importância dessas habilidades na formação integral do ser humano. 

A educação socioemocional começou a ganhar espaço nas discussões no meio educacional quando estas habilidades foram incluídas na Base Nacional Curricular de Ensino, a BNCC, em 2020. A neuropsicopedagoga Renata Aguilar explica que todos nós nascemos com as mesmas emoções básicas (alegria, raiva, tristeza, euforia), mas vivenciamos experiências diferentes. “Lidar com tudo isso é pensar que a emoção modula a cognição. O futuro da educação está baseado no aprendizado de competências como empatia, inteligência social e emocional, capacidade de enxergar o contexto e os problemas enfrentados.” 

De acordo com Renata, essas habilidades podem e devem ser desenvolvidas desde a primeira infância. “Como resultado, teremos crianças, jovens e adultos mais fortes e confiantes do ponto de vista emocional e com um olhar mais altruísta, voltado para o próximo”, diz ela, que é também autora da coleção de apostilas “Socioemocional”, do Grupo Super Cérebro. 

Para a neurociência, o cérebro é o condutor da aprendizagem, mas existe uma linha tênue entre a razão e a emoção. “A educação, a memória e a aprendizagem passam pelo filtro da emoção. Por isso é tão importante desenvolvermos as habilidades socioemocionais. O nosso cérebro tem neuroplasticidade, que é a capacidade de se adaptar ao longo das experiências vividas e dos aprendizados. O processo de aprendizagem consiste em sinalizar ao cérebro que determinada informação é importante e precisa ser devidamente armazenada para cumprir. Para que esse aprendizado ocorra com qualidade e eficiência, é preciso que o cérebro seja devidamente estimulado de maneira principalmente criativa”, explica a neuropsicopedagoga.

 

O que são habilidades socioemocionais?

A educação socioemocional é um caminho para que os alunos consigam aprender, dentro do próprio ambiente escolar, como gerir bem suas emoções. Os indivíduos que são desenvolvidos dessa maneira são desafiados a administrar melhor seus pensamentos também. Além de aprenderem a lidar com as adversidades e compreenderem que não é sempre que as coisas acontecem da forma como querem, mas mesmo assim aceitam bem e sabem como reagir a cada uma dessas situações.

 

Habilidades socioemocionais gerais indicadas pela Base Nacional Comum Curricular: 

Valorização e utilização de conhecimentos construídos no mundo físico, social e cultural;

Exercícios de curiosidade intelectual e uso de abordagens próprias para investir e elaborar hipóteses;

Compreensão das relações do mundo de trabalho e tomada de decisões alinhadas ao projeto de vida pessoal, profissional e social;

Argumentação com base em fatos, dados e informações confiáveis para formular, negociar e defender ideias e pontos de vista;

Autoconhecimento e reconhecimento de suas emoções e dos outros, com capacidade de lidar com elas e com a pressão do grupo;

Exercício da empatia, diálogo, resolução de conflitos e cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo respeito ao outro;

Ação pessoal e coletiva com autonomia, responsabilidade, resiliência, flexibilidade e determinação.

 


Grupo Super Cérebro

https://www.supercerebro.com.br/


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