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quinta-feira, 19 de agosto de 2021

15,9% dos produtores rurais dos principais estados voltados ao agronegócio no país estão inadimplentes, revela estudo inédito da Serasa Experian

Percentual de pessoas com dívidas atrasadas do segmento é menor do que o do total da população adulta de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins

 

A Serasa Experian lança um estudo inédito para avaliar a taxa de inadimplência dos produtores rurais no país. Os dados, coletados em junho/21, mostram que 15,9% destas pessoas estão com contas em atraso nos estados com grande produção agrícola no Brasil: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins. Considerando os dados gerais, a incidência é bem menor do que a da população adulta nestas regiões, que chega a 37,7% - a exceção é o Tocantins, único cuja inadimplência dos produtores rurais fica pouco acima da dos demais moradores do local.


O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que a menor inadimplência pode ser um reflexo do melhor desempenho do setor durante a pandemia de Covid-19. “O agronegócio continuou gerando empregos e renda neste período, contando também com preços favoráveis à comercialização de seus produtos, por isso os ganhos dos produtores se mantiveram ou até cresceram, em alguns casos, fazendo que muitos conseguissem pagar as contas e evitassem a negativação”, comenta.

Uma exceção é o Tocantins, cujo alto índice de inadimplência do produtor rural se assemelha ao da população em geral. O levantamento indica que isso ocorre porque 64,4% dos trabalhadores do campo do local têm renda mensal de até R$ 2 mil. “Mais da metade dessas pessoas têm ganhos muito baixos, se compararmos com os demais estados analisados. Com o aumento dos insumos, contas básicas e a taxa de juros, fica mais difícil manter o orçamento doméstico em ordem e a inadimplência aumenta”, explica Rabi. Outros resultados mostram que o Paraná reúne o menor percentual de produtores rurais com renda mensal de até R$ 2 mil (25,5%). Na sequência estão Santa Catarina (29,3%), Mato Grosso do Sul (31,8%), Mato Grosso (32,0%), Goiás (33,3%) e Rio Grande do Sul (51,2%).

Na análise por renda, há uma queda significativa da inadimplência entre os produtores rurais com ganhos acima de R$ 10 mil, enquanto a maior taxa está na faixa de R$ 2 mil a R$ 4 mil – veja no gráfico. Estas informações se refletem no score da maioria destes produtores rurais, que oscila entre 600 e 700 pontos em todos os estados analisados – exceto Tocantins, onde 72,0% ficam abaixo dos 600 pontos.


“O maior desafio para o setor é aumentar essa pontuação para que o acesso ao crédito seja facilitado, com condições e prazos maiores”, comenta Rabi. A Serasa Experian entrou recentemente no mercado de crédito agrícola, com o objetivo de facilitar o acesso ao crédito aos produtores e fornecer informações completas para a tomada de decisão mais segura e confiável para agentes financiadores por meio de soluções de ponta.


Produtores rurais idosos são menos inadimplentes

O estudo inédito também avalia a inadimplência dos produtores rurais por faixa etária. O estudo mostra que, a partir dos 41 anos, há uma redução até chegar aos produtores rurais com mais de 60 anos, que são os que menos deixam de honrar seus compromissos financeiros (14,1%). Os que mais devem são aqueles na faixa entre 31 a 40 anos (20,7%) –veja o gráfico completo abaixo. Um estudo realizado pela Serasa Experian em parceria com IBOPE Inteligência e o Instituto Paulo Montenegro, mostrou que as diferentes experiências e situações passadas ao longo da vida têm maior impacto na atitude e no comportamento do consumidor ao lidar com as finanças, o que pode indicar porque os produtores idosos devem menos, segundo Rabi.



Metodologia

O Estudo de Inadimplência do Produtor Rural foi realizado em junho de 2021, com uma amostra de 95 mil produtores rurais dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Tocantins.

 


Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br
 

Aprovação do projeto de lei da energia solar traz segurança jurídica e destrava investimentos no Brasil, diz ABSOLAR

Para a entidade, marco legal impulsiona o crescimento dos projetos de geração própria de energia, que possuem hoje retorno de investimento de cerca de 4 anos no País

 

A aprovação por ampla maioria na Câmara dos Deputados do Projeto de Lei n° 5.829/2019 (PL), que cria o marco legal para a geração própria de energia solar e demais fontes renováveis no Brasil, traz mais segurança jurídica ao setor e deve acelerar os investimentos em novos projetos fotovoltaicos em residências e empresas no País.
 
A avaliação é do presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia. Para o dirigente, a aprovação do PL desfaz as incertezas jurídicas e regulatórias que pairavam sobre o mercado e, com isso, traz estabilidade, previsibilidade e clareza para o crescimento acelerado da energia solar no Brasil.
 
“O PL aprovado manteve as principais recomendações do setor e veio em boa hora para os brasileiros, pois a geração própria de energia solar é um excelente investimento para cidadãos, empresas e produtores rurais, com um retorno (payback) estimado em cerca de quatro anos na média no País”, diz. “A fonte solar ainda ajuda a aliviar os custos com energia elétrica e protege os consumidores de aumentos tarifários e principalmente das bandeiras vermelhas”, esclarece Sauaia.
 
Na visão da entidade, a energia solar é fundamental também para a retomada econômica sustentável do País, pois gera muitos empregos de qualidade, com uma energia limpa, abundante e acessível.
 
Para a vice-presidente de geração distribuída da ABSOLAR, Bárbara Rubim, o marco legal fortalece a diversidade e segurança de suprimento elétrico do Brasil, ajudando a aliviar os efeitos da crise hídrica no setor elétrico, o que contribui para a redução da conta de luz de todos os consumidores. “Além de limpa e competitiva, a energia solar é rápida de implantar: um novo sistema de geração própria com painéis fotovoltaicos pode ser instalado em uma casa ou pequeno negócio em poucos dias, trazendo uma redução de até 90% nos gastos com a conta de luz”, aponta Rubim.
 
Segundo a associação, a eletricidade solar tem preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais, ligadas por conta da crise hídrica, ou do que a energia elétrica que o Brasil está importando de países vizinhos. Hoje estas são as duas maiores responsáveis pelos fortes aumentos nas tarifas dos consumidores brasileiros e elevação da inflação do País.
 
O PL nº 5.829/2019, de autoria do deputado federal Silas Câmara e relatoria do deputado federal Lafayette de Andrada, segue agora para votação no Senado Federal.
 
 
Indicadores da geração própria de energia solar*
 
Unidades consumidoras atendidas: 700 mil
Potência instalada: 6,3 gigawatts
Investimentos: R$ 32 bilhões
Geração de empregos: 189 mil
Presença territorial: 5.083 municípios possuem pelo menos um sistema instalado
 
(*Dados acumulados a partir de 2012)

 

Especialistas debatem violência do Estado, das milícias e de movimentos radicais

 

     Terceira conferência do ciclo FAPESP 60 Anos reuniu pesquisadores de referência no tema: Donatella della Porta, Sérgio Adorno e Michel Misse (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Apesar de todo o progresso da ciência, da tecnologia, da agricultura, da medicina e da abundância de alimentos e artigos médicos, as pessoas continuam a morrer em decorrência da fome, da miséria, das doenças – que são consequências do descaso dos governos ou da ausência de políticas públicas. Mas também morrem pela violência praticada ou consentida, de alguma forma, pelo Estado. Com esta reflexão, o professor Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, abriu a terceira conferência do ciclo FAPESP 60 Anos, dedicada ao tema “Sociedades Violentas”.

“A violência é, em essência, praticada por aquele que detém a força em relação ao mais fraco. Nas sociedades modernas ocidentais, o Estado detém o monopólio do uso consentido da força, visando, com a sua aplicação, sempre o bem-estar maior da sociedade organizada. O pressuposto é o de que os cidadãos cedem parte da sua liberdade para que a sociedade se organize. No entanto, nós conhecemos bem a que grau o Estado pode violentar os indivíduos”, disse.

O tema da violência é extremamente vasto. Mas a conferência concentrou seu foco na “violência que gera letalidade; e, mais ainda, na violência disputada na vida social entre o Estado e grupos organizados da sociedade”, como ressaltou Ângela Alonso, coordenadora adjunta de Ciências Humanas e Sociais, Arquitetura, Economia e Administração da FAPESP e moderadora do evento.

Para debater o assunto, foram convidados três pesquisadores de referência na área: Donatella della Porta, Sérgio Adorno e Michel Misse.

Della Porta é professora do Departamento de Ciências Sociais e Políticas do European University Institute e diretora do Center on Social Movement Studies e do programa de doutorado em Ciência Política e Sociologia da Scuola Normale Superiore, em Florença, Itália.

Adorno é professor titular de sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e coordenador científico do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

Misse é professor titular de sociologia do Departamento de Sociologia e diretor do Núcleo de Estudos em Cidadania, Conflito e Violência Urbana na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). E integrante do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Violência, Democracia e Segurança Cidadã, que recebe apoio da FAPESP.

Della Porta centrou a apresentação em seu livro Clandestine Political Violence (Cambridge University Press, 2013), desenvolvendo o subtema “Comparando o incomparável? Desafios metodológicos e potenciais eurísticos da comparação global na pesquisa sobre violência política”.

A obra parte da análise comparativa dos movimentos de esquerda radical na Itália e na Alemanha dos anos 1970. E, a essa base inicial, acrescenta outras expressões da violência: ideológica (radicalismo de direita italiano), étnica (separatismo basco) e religiosa (fundamentalismo afegão). Dado esse material empírico, o passo seguinte, como mostrou Della Porta em sua apresentação, foi “prover uma conceitualização aplicável às diferentes formas”. O que ela fez por meio de um modelo explicativo abrangente, considerando as condições ambientais (nível macro), as dinâmicas de grupo e comportamentos organizacionais (nível médio) e as motivações individuais (nível micro).

Trazendo o tema para o Brasil contemporâneo, Adorno afirmou que, na sociedade brasileira, a detenção do monopólio legítimo da violência pelo Estado jamais chegou a se concretizar inteiramente. Porque as polícias sempre foram instrumentos de poder das elites. E o monopólio da violência se traduz, não raro, na violência do Estado contra o cidadão, muito além do que seria socialmente aceitável. “O uso da força por parte da polícia é quase que um uso privado”, disse.

Também no âmbito global, observa-se hoje uma transição do público para o privado: cada vez mais, funções da polícia são transferidas para particulares. O que é levado ao extremo com a instauração de serviços de segurança privados.

Baseado em dados do estudo “Os padrões urbano-demográficos da capital paulista”, de que é um dos coautores, Adorno deu vários exemplos de como se modificou o padrão de violência ao longo das duas últimas décadas no município de São Paulo. No período, entre outras variáveis, houve uma expressiva queda na taxa de homicídios, enquanto cresceu o tráfico de drogas. “Quase 30% das prisões estão relacionadas atualmente com o tráfico de drogas, em operações flagrante ou como resultado de investigações. Boa parte da política de segurança está concentrada na chamada guerra às drogas”, afirmou.

Finalmente, contestando a ideia muito difundida de que a população quer ações policiais mais truculentas, o pesquisador apresentou dados de enquetes sérias que mostram que de 60% a 80% das pessoas entrevistadas são contra o uso de força letal pela polícia.

Na terceira e última apresentação do evento, Misse tratou de um subtema especialmente explosivo, que é o das milícias urbanas no Rio de Janeiro. “Tradicionalmente, sempre houve uma convivência do Estado com grupos privados, a serviço de fazendeiros, políticos ou interesses criminosos. A violência privada é criminalizada na lei, mas não na prática. E as negociações da polícia com esses grupos transformaram o uso da violência em mercadoria”, disse.

Houve, então, na opinião do pesquisador, uma acumulação social da violência. E as milícias são fruto disso. Constituída por policiais, ex-policiais, agentes do sistema prisional e civis, essas organizações começaram cobrando taxas para oferecer “proteção” aos moradores. Evoluíram, por meio da prática de várias atividades ilícitas, no mercado imobiliário, nos sistemas de transporte clandestinos, associando-se a facções do tráfico de drogas. E, agora, deram um passo além, associando-se também com políticos, donos de “currais eleitorais”.

“Esses grupos territorializaram o espaço da cidade. E utilizam as operações policiais legais em proveito próprio, para deslocar grupos rivais e assumir o controle de seus respectivos territórios”, afirmou.

A 3ª Conferência FAPESP 60 anos “Sociedades Violentas" pode ser assistida na íntegra em: www.youtube.com/watch?v=CVNPbgNlQNQ.

 


José Tadeu Arantes

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/especialistas-debatem-violencia-do-estado-das-milicias-e-de-movimentos-radicais/36626/


Protestos na França e movimento antivacina no mundo: um sinal de alerta

A França tem chamado a atenção do mundo nas últimas semanas por conta do movimento “antivacina”. Assistimos com certa perplexidade desde notícias de pessoas que falsificam atestados (pagam de €250 a €500 pelo atestado falso) até depredação de postos de saúde (inundações e incêndios).

Mesmo que mais da metade da população já esteja com o ciclo da imunização completo, esse movimento representa uma ameaça. Ele tem acontecido como forma de contraposição às políticas públicas que o governo francês decretou recentemente, como o caso do chamado passe sanitário, comprovante que passou a ser exigido (desde 21 de julho) para acesso a vários lugares na França (museus, cinemas e demais locais culturais).

Essas medidas do governo francês se mostram necessárias diante da ameaça de uma quarta onda de covid-19 no país, sobretudo por conta da nova variante delta que tem sido encontrada em mais de 80% das novas contaminações. Os dados recentes mostram que a França saltou de uma média de 2 mil casos diários para mais de 20 mil. Esse aumento alarmante não seria motivo suficiente para uma tomada de consciência da população acerca da importância da vacina no país?

O fato é que esse movimento antivacina atrai para as manifestações não apenas os céticos em relação à eficácia da vacina, como também pessoas que já foram vacinadas, mas que não têm concordado com as restrições que o governo de Emmanuel Macron tem imposto aos franceses.

Radicais ou não, logo após o anúncio das novas medidas restritivas houve uma corrida pelo agendamento da vacinação contra covid-19. Foram registrados nas primeiras 48 horas mais de 2 milhões de agendamentos. Isso nos leva à ideia a ser discutida aqui: sem políticas públicas e campanhas eficientes, não conseguiremos resultados expressivos no combate à pandemia.

Podemos dizer que esse movimento antivacina já se fez presente na história do Brasil. Vale lembrar que um dos episódios mais famosos foi a Revolta da Vacina, em 1904, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. No dia 5 de novembro foi criada a Liga Contra a Vacinação Obrigatória. E dos dias 10 a 16 de novembro de 1904, aconteceram na capital carioca conflitos entre os manifestantes e a polícia/exército. Ao todo foram 945 prisões, 461 deportados, 110 feridos e 30 mortos, conforme dados do Centro Cultural do Ministério da Saúde.

Paralelo a isso, ocorria também uma série de despejos por conta do projeto de reurbanização encabeçado pelo prefeito do Rio de Janeiro, o engenheiro Pereira Passos, a pedido do Presidente Rodrigues Alves (alargamento de ruas, fim dos cortiços e grandes obras públicas). Essas obras obrigaram as camadas mais pobres da população a deixarem, contra a sua vontade, seus casebres e cortiços, dando início ao movimento de ocupação nos morros que aumentou o desenvolvimento das favelas.

Todos esses acontecimentos deixaram a população muito insatisfeita e isso culminou na Revolta da Vacina. O movimento antivacina acabou arrebanhando os insatisfeitos com o governo e promovendo conflitos que trouxeram muitos prejuízos econômicos, sociais e humanos. O que ocorreu na Revolta da Vacina foi impulsionado por questões políticas alheias à própria ideia da vacina.

Os protestos na França e no mundo liderados pelo movimento logo começarão a questionar as outras vacinas e, com isso, doenças erradicadas podem voltar, como o surto de sarampo. Precisamos entender que vacina é um pacto social: abrimos mão de pretensos direitos para obter vantagens em ordens sociais. Por isso, vivemos em tribos desde o paleolítico até agora, em sociedades.

O governo precisa fazer sua parte: campanhas para acabar com essa “escolha” de vacinas, e promover a conscientização de que é preciso tomar a segunda dose e, mais do que qualquer outra coisa, é preciso vacinar a população. Passamos por outros momentos em que ações assim do governo foram importantes, como em relação aos genéricos e à conscientização sobre a campanha de imunização contra a H1N1.

As campanhas de vacinação fazem parte da constituição do Brasil. Para muitos, a primeira relação com o Estado é por meio da vacinação. Precisamos, pelo bem das próximas gerações, voltar à nossa cultura da imunização, tendo o SUS como baluarte dessa resistência contra os movimentos antivacina.

 


Álvaro Fonseca Duarte, historiador - mestre em História pela Universidade Federal do Paraná, é consultor pedagógico, professor e criador do podcast Ensaios da Ágora.


Antonio Djalma Braga Junior - filósofo e historiador, doutor em Filosofia, é professor da Escola de Direito e Ciências Sociais da Universidade Positivo. 

 

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Exposição sobre Egito Antigo segue até outubro no CCBB Brasília

Mostra que exibe o acervo do Museu Egípcio de Turim (Museo Egizio), na Itália, permanece em cartaz até 31/10;

As visitas devem ser agendadas previamente pelo aplicativo Eventim ou www.eventim.com.br;   

O espaço segue os protocolos das autoridades sanitárias no combate à pandemia  

 

Esculturas, pinturas, amuletos, objetos litúrgicos e uma múmia humana da 25ª dinastia são algumas das atrações da exposição Egito Antigo: do cotidiano à eternidade que prorrogou sua temporada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Brasília. O público tem até 31 de outubro para conferir o acervo, de terça-feira a domingo, das 9h15 às 19h.

As visitas ao CCBB seguem protocolos sanitários frente à pandemia da Covid-19, como aferição da temperatura na entrada, obrigatoriedade do uso de máscara, cobrindo a boca e o nariz, e distanciamento de dois metros entre as pessoas durante todo percurso.  A entrada é gratuita, mas é necessário fazer o agendamento pelo aplicativo Eventim ou www.eventim.com.br

A exposição está dividida em três seções:  vida cotidiana, religião e eternidade, que ilustram o laborioso cotidiano das pessoas do vale do Nilo, revelando características do politeísmo egípcio, além de abordar suas práticas funerárias. Cada núcleo apresenta um tipo particular de artefato arqueológico, contextualizado por meio de coloração e iluminação projetadas para provocar efeitos perceptuais, simbólicos e evocativos. As cores escolhidas são: amarelo para a seção da vida cotidiana; verde para a religião; azul para as tradições funerárias – associadas a três intensidades da iluminação (brilhante, suave e baixa).  

Egito Antigo: do cotidiano à eternidade reúne 140 peças da cultura egípcia, que manteve parcialmente os mesmos modelos religiosos, políticos, artísticos e literários por três milênios. Vários itens são resultantes de escavações do século 19 e início do século 20. Todos os artigos, como um Livro dos Mortos em papiro, peças litúrgicas e óstracons (fragmento de cerâmica ou pedra usados para escrever mensagens oficiais), sarcófagos e múmias de animais são oriundos do Museu Egípcio de Turim (Museo Egizio), na Itália, fundado em 1824 por Carlo Felice di Savoia, rei da Sardenha.

O museu italiano abriga a segunda maior coleção egiptológica do mundo (depois do Museu do Cairo), com cerca de 40.000 artefatos do Egito Antigo. Seu acervo é resultado da junção das peças da Casa Savoia (adquiridas desde o século 17) às da coleção que o monarca comprara das escavações de Bernardino Drovetti, cônsul da França no Egito (1820-1829) – e outra parte do acervo foi descoberta pela Missão Arqueológica Italiana (1900-1935), quando ainda era possível a divisão dos achados arqueológicos.   


Virtual

O CCBB também disponibiliza visitas virtuais à exposição. No endereço: www.ccbbvirtual.com.br  é possível conferir o acervo, com descritivo e data de cada uma das peças. O curador, Pieter Tjabbes, narra o tour, trazendo curiosidades sobre a civilização egípcia ao expectador. O endereço conta com recurso de audiodescrição das obras.  

Outros materiais digitais também estão acessíveis para o público conferir a mostra remotamente, como o catálogo online (clique aqui) e o aplicativo Musea (disponível aqui).



Serviço  

Egito Antigo: do cotidiano à eternidade

Centro Cultural Banco do Brasil Brasília                           

Endereço: Setor de Clubes Esportivos Sul, Trecho 2, Lote 22 - Asa Sul, Brasília

De terça a domingo das 09h15 às 19h

Entrada gratuita, mediante agendamento pelo app Eventim ou site www.eventim.com.br

Confira as normas de visitação e segurança referentes à Covid-19 pelo: www.bb.com.br/cultura e na emissão do ingresso.

Classificação indicativa livre

Informações: (61) 3108-7600  

 

Versão digital de Egito Antigo: do cotidiano à eternidade 

Acesso: www.ccbbvirtual.com.br 

Classificação livre


Mitos e verdades sobre o café

A barista Maíra Teixeira elencou algumas curiosidades sobre a bebida :


Tem aquelas horas que, realmente, só café "na causa". Mais do que um símbolo forte gastronômico, ele é, em muitos momentos, um companheiro, um conforto ou um motivador.

O gosto pela bebida é quase unanimidade entre os nossos, como aponta pesquisa da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café) que mostra que ela é figurinha carimbada nas mesas de 98% das casas brasileiras. Quer mais? Somos o maior exportador do produto e responsável por, aproximadamente, um terço da produção mundial. Não é pouca coisa, não é mesmo?

Com tanta gente consumindo, permanece sempre constante uma discussão sobre seus benefícios (e eventuais malefícios) para a saúde e sobre qual a melhor forma de prepará-lo. Para esclarecer algumas dúvidas, vamos de mitos e verdades? Maíra Teixeira, barista e torrefadora de café, nos ajuda nessa e elencou algumas curiosidades sobre essa bebida que é uma das paixões nacionais.


Mitos e verdades:

Escreve-se café "Espresso" e não "Expresso".

Verdade.

Sim, o correto é com S. O motivo é que respeita-se a origem do nome da bebida, que é italiana.


A torra do café influencia nos aromas e sabores.

Verdade.

Primeiro, precisamos entender que o café também pode ser apreciado, assim como o vinho e a cerveja. E pode ter diferentes tipos de aromas e sabores. O café também nos proporciona uma experiência sensorial. O torrefador é o profissional capacitado para torrar café e desenvolver perfis de torras diferentes para o café verde (cru). É ele quem decide qual grau de torra é o ideal para o café escolhido.

Lembrando também que o café cru, assim como a uva do vinho, traz em si características do próprio local onde foi plantado (terroir), microclima do local e processamento pós colheita. Isso faz com que o torrefador já tenha algumas informações importantes na hora do estudo de torra, trazendo ainda mais precisão.

A torra clara, por exemplo, traz ao café uma complexidade sensorial interessante, com mais acidez e notas aromáticas florais e frutadas. É uma bebida mais suave no paladar, mas muito complexa no aroma. Agradável e sempre surpreendente.

A torra de cor média é a preferida dos brasileiros, trazendo uma alta doçura, um pouco mais da intensidade do caramelo e chocolate. Geralmente uma bebida que o público em geral mais se identifica, boa para se tomar no dia a dia.

A torra escura, que é um padrão da marca Starbucks, é muito comum para os americanos. Tem ainda mais intensidade e força, trazendo um amargor específico de torra. Um fator importante de se observar na torra escura é que ela precisa ser muito bem feita para se tornar mais agradável. Se passar do ponto, ela pode ser uma experiência negativa para quem toma, aquele famoso "gosto de queimado", que, vale frisar, não é o gosto de café.


Café faz mal para a saúde.

Mito.

Se não ingerido em excesso, o café pode ser um aliado da sua saúde. Ele é rico em minerais como ferro, zinco, magnésio e potássio. O grão também conta com ácidos clorogênicos, que ajudam na redução da glicose e insulina, prevenindo a diabetes tipo 2.


Café atrapalha a absorção de ferro.

Verdade.

A cafeína e o tanino que estão na composição do café atrapalham a absorção do ferro no corpo. Mas calma aí, não precisa parar de tomar café (até porque os benefícios são muitos)! O ideal é que quem tenha uma baixa taxa de ferro no corpo não consumir café logo após as refeições, porque a probabilidade da bebida atrapalhar a absorção do nutriente é maior. Espere duas horas depois da refeição. Quem não tem problema de falta de absorção de ferro, pode tomar tranquilo seu cafezinho após a refeição. E, claro, é sempre bom reforçar que tudo em excesso faz mal. Então foque na qualidade do café e não na quantidade. Uma informação importante é que café arábica tem menos cafeína que o canephora (robusta e conilon). Então o arábica atrapalha menos a absorção do ferro.


Café espresso tem mais cafeína que o coado.

Verdade.

Alguns estudos mostram que o café espresso tem quase duas vezes mais cafeína do que o café coado, em análises feitas em 60ml de cada tipo de bebida. Isso se dá porque a quantidade de pó utilizada é praticamente o dobro do que é utilizado para o coado. Fatores como pressão da água na máquina de espresso também influem no resultado, extraindo com mais força os compostos do café. Métodos de extração de café por pressão extraem mais e mais rápido.


Não pode ferver a água do café.

Mito.

Primeiro de tudo: garanta sempre que a água utilizada seja sempre filtrada, garantindo assim que não vá um gosto residual de cloro da água da torneira para o café. Agora, sobre a fervura da água, principalmente em cafés de alta qualidade com torras claras a médias, precisamos de alta temperatura para conseguirmos extrair todas os solúveis e compostos positivos do café. Ou seja, pode sim ferver a sua água para o café. Ele vai ficar ainda melhor.


Posso consumir quanto café eu quiser.

Mentira.

Consumido em excesso, o café pode causar agitação e insônia. A quantidade indicada para um adulto é de, no máximo, 400 mg de cafeína por dia (3 xícaras de café aproximadamente).

queijo e café combinam.

Verdade.

Queijo é uma das melhores harmonizações com o café. Quer um exemplo? Tente a combinação do café espresso com o aclamado queijo italiano Grana Padano. A harmonização neste caso acontece por similaridade (bebida potente, comida potente). A força do sabor deste queijo evidencia as qualidades do espresso, aumentando doçura e acidez.

Quer saber mais? É só acompanhar outras dicas na página de Instagram da barista e torrefadora Maíra Teixera: @teixeirama.




Maíra Teixeira - Pesquisadora na área de análise sensorial, a especialidade da barista Maíra Teixeira é harmonização entre café e comida. Ela atua no mercado nacional de café especial com foco em consultoria para cafeterias, treinamento de equipe, cursos de barista e workshops. Acredita no café como uma ligação entre experiência sensorial e memória afetiva, principalmente para os brasileiros que carregam uma história econômica e cultural com a bebida.

 

Esclerose múltipla, uma doença silenciosa e que precisa de atenção

Com cerca de 40mil portadores no Brasil, essa patologia costuma ter um diagnóstico demorado e atinge principalmente mulheres entre 20 e 40 anos


Pouco se fala sobre a esclerose múltipla. Trata-se de uma doença crônica, autoimune e que é causada por mecanismos inflamatórios e degenerativos que comprometem os neurônios das substâncias brancas e acinzentadas do sistema nervoso central. Essa enfermidade é neurológica e, dependendo da causa, ela pode ser classificada em: Esclerose sistêmica, Esclerose lateral amiotrófica e Esclerose múltipla. De acordo com dados da Federação Internacional de Esclerose Múltipla, existem aproximadamente 40 mil portadores da doença no Brasil.

"Trata-se de uma doença inflamatória do sistema nervoso central que cursa na forma de surtos e remissões, com sintomas como fraqueza, perda visual, formigamento ou adormecimento de partes do corpo. Infelizmente, a doença não é muito divulgada por ter sintomas e sinais muito inespecíficos, variáveis e o seu diagnóstico não é realizado tão rapidamente", explica Marcelo Silva Soares, neurologista do HCSG. Segundo o especialista, ela costuma atingir geralmente pessoas jovens, em média entre 20 e 40 anos de idade, predominando entre as mulheres.


Causas, sintomas e tratamentos

Uma das principais causas é o fator genético, o sistema imunológico desregulado e até mesmo fatores ambientais. A EM também pode se manifestar devido às infecções virais, falta de vitamina D, uso prolongado de cigarro, obesidade e até mesmo exposição de solventes e orgânicos. "Após ter um diagnóstico, é necessário seguir à risca o tratamento com um neurologista, para controlar a doença, evitar novos surtos e assim, tratar os sintomas mais remanescentes", orienta.

Ela costuma ser diagnosticada por meio da ressonância magnética de crânio e medula espinhal, também há outros exames complementares que auxiliam no diagnóstico como o de neurofisiologia, que é necessário para avaliar as funções que já estão comprometidas e verificar a resposta ao tratamento que está sendo feito.

O especialista explica que os sintomas tendem a ser diferentes em cada paciente, mas os mais comuns são os sensitivos e motores, principalmente a perda de sensibilidade dos membros inferiores ou de todo um lado do corpo. "Dentre os principais indícios da EM estão fadiga, dormências ou formigamentos no corpo, dor ou queimação na face, e entre as ocorrências visuais estão a vista borrada, mancha escura no centro da visão de um olho, visão dupla. No corpo, se manifesta a perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular, além da falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas, desequilíbrios além da retenção ou perda de urina ou intestino", informa.

O tratamento para a EM é feito com o objetivo de amenizar o surto da doença por meio de corticoides e neuromoduladores. "Vale ressaltar que o diagnóstico precoce e uso das medicações específicas mudam de forma significativa a evolução da doença e, quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maior a chance de modificar o seu curso natural alongo prazo, reduzindo no paciente o número de surtos, de lesões e de sequelas neurológicas, finaliza .

 


Hospital Casa de Saúde Guarujá


Desvio de septo - Sintomas, diagnóstico e tratamento

O Dr. André Fraga Moreira, otorrinolaringologista do Consulta Aqui, explica sobre essa condição que incomoda a respiração e pode desencadear outros problemas como, por exemplo, sinusite


O septo nasal é uma estrutura composta por ossos e cartilagem, recoberta pela mucosa nasal. Se localiza na linha média do nariz, que divide as narinas, e inicia-se na região anterior, se estendendo até a posterior do órgão numa região chamada de coanas.

Já o desvio do septo nasal ocorre quando essa estrutura não está devidamente centrada ou quando há alguma tortuosidade que obstrui o nariz. “O principal problema causado pelo desvio de septo é a obstrução nasal, geralmente do lado do desvio, contudo, dependendo da localização e do tipo, pode causar ainda cefaleia rinogênica (dor de cabeça) e facilitar episódios de sinusite”, explica o Dr. André Fraga Moreira, Otorrinolaringologista do Consulta Aqui (Grupo HAS).

Nem sempre a presença do desvio causa algum tipo de sintoma ou problema, contudo, segundo dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), estima-se que 80% da população tenha a parte interna do nariz torta e, consequentemente, apresente algum grau de dificuldade para respirar.

Em casos mais acentuados, o desvio de septo nasal pode causar:

  • Sensação de nariz constantemente entupido;
  • Necessidade de respirar  pela boca;
  • Ronco;
  • Síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS);
  • Sinusite;
  • Sangramento nasal;
  • Dores de cabeça (cefaleia);
  • Dores na face;
  • Cansaço;
  • Redução do olfato.

O diagnóstico se dá por meio de avaliação física em consultório, onde o médico otorrinolaringologista pode solicitar outros exames como nasofibrolaringoscopia, videoendoscopia nasosinusal e/ou tomografia dos seios da face.

Nos casos em que os desconfortos causados pelo desvio de septo não são constantes, o tratamento é realizado com medicamentos para amenizar os sintomas. “Já em outros casos, quando a cirurgia denominada septoplastia é recomendada, o paciente se submete a um procedimento em ambiente hospitalar, geralmente sob anestesia geral e, na maioria das vezes, devido à tranquilidade do pós-operatório, a alta é no mesmo dia”, esclarece o Dr. André.

O médico do Consulta Aqui ainda aconselha que pessoas que apresentem alguns dos desconfortos ou sintomas descritos a procurarem ajuda médica especializada de um otorrinolaringologista, para evitar o agravamento da condição e as doenças que podem decorrer dela.

 


Consulta Aqui (Grupo HAS):

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Central de atendimento:  (11) 3838 4669

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