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terça-feira, 17 de novembro de 2020

Semana da consciência negra, sociedade igualitária começa na infância

Pediatra alerta para a necessidade de dialogar sobre a diversidade com as crianças


A intolerância contra gênero, raça, religião e orientação sexual tem sido cada vez mais combatida e repelida pelas sociedades de todo o mundo. No entanto, ainda temos muito a trilhar para podermos ter uma sociedade mais igualitária para todos.

"E o que estamos fazendo para que nossos filhos cresçam em uma sociedade mais justa e igualitária?", essa é a pergunta do Dr. Paulo Telles, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria que lembra uma frase importante de Nelson Mandela: "ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, por sua origem ou religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar".

Não existe receita pronta, quando se trata da criação de filhos, mas cabe aos pais conversar, discutir e até mudar sua postura para dar exemplos positivos aos pequenos. O primeiro passo, segundo o pediatra, está em reconhecer que existe o problema.

"Muitas vezes noto que o problema ainda não está escancarado. Ainda ouço que se trata de ‘mimimi’, quando, na verdade, estamos falando de um crime! Reconhecer a falha é essencial para que a sociedade se organize e tenha condições de achar soluções. Todos precisam deixar de lado os preconceitos para que possamos evoluir."

E o assunto não precisa ser abordado de forma sisuda. Mesmo nas mais tenras idades, as crianças são capazes de compreender e o pediatra sugere explicar conceitos de racismo, xingamento, injúria e estereótipos de forma lúdica. "Também temos que dar o exemplo e colocar os conceitos na primeira infância, no núcleo familiar e dentro das escolas", afirma.

Estamos inseridos em uma sociedade que se estruturou a partir de ideias preconceituosas, com atitudes de discriminação e relações que se estruturaram a partir da ideia de superioridade de um grupo sobre o outro. Mudar isso é essencial e começa com a convivência com a diversidade e isso também passa pelas histórias que contamos aos nossos filhos.

O médico também cita algumas maneiras preconizadas pela Unicef para contribuir para uma infância livre de discriminação:

1. Eduque as crianças para o respeito ao que é diferente. A diferença está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos costumes entre amigos e pessoas de variadas culturas, raças e etnias e enriquecem nosso conhecimento.

2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja certo se isso acontecer!

3. Não classifique nunca o outro pela cor de pele -- o essencial você ainda não viu. Lembre-se de que racismo é crime.

4. Se seu filho foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.

5. Denuncie! A discriminação é uma violação de direitos.

6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula em casa e em todos os lugares.

7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito.

8. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra. Ajude a escola de seus filhos a adotar essa postura.

"Como pediatra, sigo esperançoso de que crianças bem orientadas e educadas conseguirão fazer esta diferença e mudar o final da história. Cabe a cada pai iniciar essa mudança dentro de sua casa para que tenhamos uma sociedade melhor para todos", conclui.

 



Dr. Paulo Nardy Telles  - CRM 109556 @paulotelles • Formado pela Faculdade de medicina do ABC • Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP • Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP • Título de Especialista em Pediatria pela SBP • Título de Especialista em Neonatologia pela SBP • Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012 • 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura.


Neurociência: professor FGV defende relação entre felicidade, comportamento e produtividade

O professor FGV demonstra como estudos em neurociência podem ser fundamentais para elevar moral da equipe

 

O ano de 2020 foi marcado por muitos acontecimentos inesperados. A pandemia da Covid-19 estourou, trazendo diversas reformulações no país. Houve o crescimento do e-commerce, a aceleração da indústria 4.0, processos que eram executados de forma manual foram digitalizados, setores inteiros passaram a operar via home office e o comércio fechou por quase quatro meses.

“Com tantas mudanças de alto impacto ocorrendo num curto espaço de tempo, é normal observar uma queda de produtividade dos colaboradores”, afirma o professor da IBE Conveniada FGV e coach em carreira, Vagner Sandoval. Segundo ele, a alta quantidade de novos cenários gerados pela pandemia tem reflexo direto no desempenho dos funcionários.

“Mudanças inesperadas, de grandes proporções e em alta escala, como a que vivenciamos neste ano, normalmente produzem no clima organizacional tensão, estresse, conflitos, falta de foco, insegurança e infelicidade que, como consequência, afetam negativamente os resultados da empresa”, explica o professor, que acentua a necessidade da liderança ficar atenta a este cenário e agir.

“Muitas vezes a queda no faturamento, na lucratividade ou na produtividade tem como causas raízes a insegurança, as frustrações e o desânimo dos colaboradores. Nestes cenários, avalie e promova ações que potencializem o sentimento de segurança e de felicidade nas pessoas”, defende Sandoval, que destaca: “funcionários infelizes ou insatisfeitos não são sinônimos de alta produtividade e rendimento”.

Segundo pesquisa recente publicada pela Harvard Business Review, a produtividade é 18% menor entre funcionários infelizes. Esse grupo ainda gera 16% a menos de lucro, aumenta em 49% os acidentes no trabalho e tem registros 37% maior de faltas.

O especialista FGV defende a implementação de técnicas e metodologias que facilitem o processo de motivação da equipe. “Existem técnicas e processos que ajudam o gestor no dia a dia a combater o pessimismo, o negativismo, o desânimo, a falta de foco e a falta de atitude que cenários conturbados como este geram. Avalie o que se encaixa melhor no seu time e implemente. Tudo que for a favor do comportamento assertivo, da produtividade e da felicidade do seu time é bem-vindo também para saúde financeira e para a sustentabilidade do seu negócio”.

Conforme Sandoval, os estudos de neurociência da felicidade, que demonstram como a felicidade pode impactar a vida física e mental das pessoas, tornando-as mais produtivas, solidárias, criativas e capacitadas para lidar com as adversidades, podem mapear e indicar propostas.

Porém, o professor faz uma ressalva quanto à real razão da felicidade do colaborador. “Tem pessoa que está feliz no trabalho porque se sente protegida, ou porque está acomodada numa zona de conforto, ou porque não sofre nenhum tipo de pressão por resultados dos seus gestores. Normalmente, em cenários como estes, felicidade é o antônimo de alto rendimento. Outras ações devem ser planejadas e implementadas”.

Assim, Vagner Sandoval aconselha que os processos que mensuram as entregas dos times (tais como produtividade e qualidade) e, principalmente, aqueles que mensuram o comportamento do time (como a felicidade, o prazer e a satisfação do colaborador no ambiente de trabalho) devem ser constantemente avaliados e gerenciados pela liderança da organização.

“É preciso ter uma gestão efetiva e diária para remover dos times os fatores que jogam contra a motivação e a felicidade dos funcionários, isto é, contra os resultados do seu negócio. Lembre-se sempre: gestão eficaz mais funcionários felizes é igual a alta produtividade, alto rendimento”, finaliza.


Progressão ou retenção do ano letivo: cada caso é um caso

Seguindo os protocolos das autoridades sanitárias locais, o retorno gradual das atividades presenciais nas escolas vem acontecendo e, junto com ele, surgem as dúvidas de pais e professores sobre como o ano letivo de 2020 terminará, se os estudantes poderão ser reprovados caso não tenham bom desempenho ou frequência suficiente, além de como será organizado 2021. Diante da situação atípica do processo de ensino na pandemia, a recomendação do Conselho Nacional de Educação (CNE) é de que se evite a reprovação escolar. Em documento oficial, o órgão do MEC aconselha que os métodos de avaliação sejam revistos e se adotem medidas que minimizem a retenção escolar. 

Nem todos os alunos tiveram acesso de forma igualitária ao ensino remoto no período de suspensão das aulas presenciais. E é certo afirmar que, muitas vezes, os que tiveram qualidades estruturais de acesso, não tinham condições cognitivas de acompanhar o ensino a distância de forma autônoma, ou ainda, não contavam com a dedicação focada da família, indispensável especialmente para os menores. 

Oficialmente, a sugestão é que as redes de ensino adotem anos escolares contínuos, unindo a série em que o estudante está em 2020 com a próxima. A ideia é fundir os anos letivos de 2020 e 2021. O reordenamento curricular do que restar deste ano letivo e o do ano seguinte pode ser reprogramado, aumentando-se os dias letivos e a carga horária do ano de 2021 para cumprir, de modo contínuo, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento previstos no ano letivo anterior. A premissa é que se realize um planejamento intensivo, garantindo que os alunos, em especial os mais afetados pela pandemia, possam, ao longo do tempo, desenvolver tudo aquilo que lhe é de direito sob a ótica curricular. 

Por outro lado, boa parte das escolas organizou-se de forma extraordinária e inédita, dando conta do ano escolar. Os professores conseguiram gravar aulas do conteúdo programado, do que foi planejado e mantiveram contato intenso com seus alunos de forma virtual. Ou seja, não parece ser uma opção, neste caso, apenas juntar um ano ao outro, e sim, uma questão muito mais de recuperações individualizadas com aqueles que não tiveram condições ou não se adaptaram ao formato remoto. 

O ponto central incide em, apesar do desafio, entender cada caso com suas peculiaridades. Nenhuma opção é 100% ideal. A defasagem será realidade. Será preciso organizar o trabalho com os alunos, levando em consideração seu rendimento – e isso resultará em interferências pedagógicas diferenciadas em 2021. Atividades avaliativas devem ser realizadas sempre como processo, pois seus resultados são fundamentais. No entanto, neste período, parece um pouco caro reter os alunos com base nesses resultados. Afinal, não adianta reprovar e fazer tudo de novo, do mesmo jeito. Esse tipo de retenção já era pauta de discussão antes mesmo da pandemia.

De qualquer forma, não havendo regulamentação local em contrário, as escolas podem reprovar, já que a resolução do CNE não determina a obrigatoriedade de aprovação automática. O que preocupa, por vezes, a família e a escola é que o discurso de aprovação automática pode ser nocivo. A afirmação no contexto educacional de que, haja o que houver, o aluno vai ser promovido, pode desestimular a continuidade e a dedicação dos estudantes nas atividades. 

Reter ou aprovar, atualmente, é uma decisão que precisa considerar as dificuldades reais de acesso, valorizar o comprometimento dos professores em manter cada aluno ativo pedagogicamente, ponderar aqueles que precisam mais do professor presencialmente e de rotina escolar para avançar e, ainda, analisar os que transbordam estrutura e apenas escolheram não fazer nada. Pressionar a escola para que os filhos refaçam a mesma série pode interromper aquilo que a escola planejou para o reordenamento curricular de 2020-2021, ao passo que, acreditar que todos devem progredir automaticamente, impede as escolas, cujo trabalho de acompanhamento pedagógico está sendo feito de forma coerente, de atuarem de acordo com o que é melhor para cada aluno.

 

 

 

Milena Fiuza - gerente pedagógica do Sistema Positivo de Ensino.


Pesquisa ALSHOP diz que 52% dos brasileiros planejam comprar na Black Friday 2020

Pouco mais da metade dos brasileiros pretende comprar algum item na Black Friday, uma das principais datas do varejo brasileiro depois do Natal. Pesquisa realizada pela ALSHOP (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) com 2.100 consumidores, entre os dias 2 e 6 de novembro, indica que 52% das pessoas pretende comprar algum item em 27 de novembro, data marcada para a Black Friday em 2020. 

Segundo a pesquisa, entre os fatores que prejudicam a decisão de compra está a perda de renda ocasionada pela pandemia do novo coronavírus. Outros itens como a preocupação com o desemprego e a alta do dólar que encareceu muitos produtos também foram citados.

“O resultado da pesquisa mostra que mesmo com toda a crise financeira que vivemos e o cenário de lojas de shoppings fechadas durante vários meses e depois operando com restrições, a retomada econômica tem surpreendido analistas em vários setores, o que é positivo. Teremos um ano com queda mas ela será menor do que prevíamos”, diz Nabil Sahyoun, presidente da ALSHOP.

O que motivará o consumo na Black Friday

A pesquisa mostra que entre o público que pretende consumir na Black Friday, 20% irá aproveitar as boas ofertas, e 32% alegam que não tiveram dinheiro para comprar antes, 48% não vão consumir.

Na próxima semana a ALSHOP divulgará a segunda parte da pesquisa com os itens que mais devem se destacar na Black Friday. “Esta data cresceu muito também no varejo de shopping que tem seguido todos os protocolos estabelecidos pelas autoridades com muito sucesso. Entendemos que alguns setores foram mais prejudicados pela pandemia enquanto outros cresceram muito e a Black Friday é mais um alento para o setor que está funcionando há um mês sem restrição de horário”, finaliza Sahyoun.

 

#VAITERBRINDESIM

 


Neste final de 2020, as festas de comemoração serão diferentes, já que quase 70% das pessoas vão celebrar em casa ou em grupos menores do que em anos anteriores, segundo pesquisa da Behup. Mas, nem por isso vão deixar de estourar os seus celebrantes. Afinal, o brasileiro tem a alegria e o prazer de confraternizar em seu DNA! E a Cereser, marca da CRS Brands e produtora da bebida símbolo das comemorações dos brasileiros, aposta nessa positividade – mas sem estimular aglomerações ou quebra de protocolos sociais – e lança sua tradicional promoção anual cujo tema será #vaiterbrindesim!

Desde 1º de novembro, na compra de qualquer produto Cereser – Sidra (versões com e sem álcool), Spritz, Ice – o consumidor pode se cadastrar para participar da promoção que dará mais de R$ 100 mil reais em prêmios, além de 1mil kits de produtos da marca. Serão sorteios diários no valor de R$ 300 (para que o consumidor ofereça um presente para aquela pessoa querida), além de R$ 5 mil semanais e o cobiçado prêmio de R$ 50 mil no final da promoção, mediante extração da Loteria Federal no dia 16/01/2021.

Para concorrer, basta o consumidor comprar uma garrafa de produto Cereser e efetuar seu cadastro no site www.promocaocereser.com.br . A promoção é válida até 9/01/21

Black Fraude: aprenda a se proteger dos golpes na Black Friday

Todos os anos os consumidores aguardam a Black Friday para economizar dinheiro com os descontos do comércio. Com a pandemia e menos visitas às lojas presenciais, a próxima edição deste evento global no dia 27 de novembro será marcada pelas compras online e, consequentemente, o aumento do número de problemas de cibersegurança - os famosos golpes. Durante o período de isolamento social, observamos o número de ataques cibernéticos explodir e, infelizmente, isso deve se repetir durante a semana de promoções.

Contudo, com o orçamento mais apertado, o consumidor não pode perder a chance de pagar mais barato. Por isso, o objetivo não é desencorajar as compras, mas, conscientizar sobre boas práticas para que essa oportunidade não traga prejuízos ao invés de economia. Pensando em segurança, listamos abaixo os principais golpes e como fazer para se proteger:


Phishing - Este é um golpe muito comum que não utiliza nenhuma engenharia avançada, apenas a falta de atenção do usuário. Grande parte das vezes, o consumidor é transferido para um site falso ou clonado através de um link que pode ser enviado pelo whatsapp, mídias sociais, SMS, e, principalmente, por e-mail. O usuário não se dá conta que está em um endereço clonado de loja famosa ou instituição financeira e acaba informado seus dados pessoais e de cartão de crédito.

Com algumas medidas simples de proteção é possível evitar dores de cabeça: se não estiver comprando de lojas conhecidas, verifique a reputação nas mídias sociais, Google e Reclame Aqui. Não abra links desconhecidos e sempre observe se o endereço do site está correto e condiz com a empresa que você pensa em acessar - muitas vezes o criminoso usa endereços de domínio e subdomínios parecidos para confundir, às vezes o que muda é uma letra ou o final do link (.com/.br).

Outro cuidado importante e precioso nesta época é a atenção redobrada com falsos cupons de desconto e redirecionamento para sites suspeitos a partir destes links. Antes de preencher ou pagar, confira sempre o endereço do site no navegador e, na dúvida, feche a página e abra você diretamente do seu navegador. 


Site Falso - Muitos sites aparecem na Internet com grandes promoções em especial na Black Friday. São e-commerces muitas vezes bem estruturados, inclusive com certificado de segurança, porém o único objetivo destes criminosos é de receber o pagamento e não entregar o produto prometido. O cliente, atraído pelo grande desconto e facilidade de parcelamento, acaba preenchendo os dados, realizando o pagamento sendo por boleto, cartão ou qualquer outro meio, porém, a mercadoria nunca chega.

Pesquise sobre a loja que está comprando, veja se tem boa reputação nas redes sociais, nos comentários, ou em sites de defesa do consumidor. De maneira geral, na dúvida, desconfie de descontos astronômicos e sempre pesquise em outros sites de ofertas para se assegurar que está fazendo bom negócio. Importante ressaltar que, caso seja vítima de algum golpe, procure imediatamente uma delegacia e ligue imediatamente para sua instituição bancária. Com atenção e responsabilidade, a Black Friday pode ser a oportunidade de garantir grandes descontos e ótimas experiências.

 



Juliano Carneiro e André Emídio - sócios do RevoBank


Reforma tributária: novos caminhos

Após o Ministro da Economia, Paulo Guedes, falar que a "nova CPMF" de m.... seria a melhor solução apresentada até o momento como um dos eixos da tão sonhada reforma tributária brasileira, ouso trazer uma reflexão e uma sugestão para início de uma boa e justa mudança no arcabouço tributário.

Diante das últimas especulações criadas pelo atual governo e tantos outros anteriores, que de alguma forma já tentaram, através de diversos meios, estratégias tributárias para sentir a reação do mercado, sempre negativa diante de mudanças tributarias, pois alteram o bom sistema que, hoje, servem a essas empresas especulativas. E como sempre também, acompanhada de entraves políticos e empresariais.

Os estrategistas da reforma tributária sempre querem sentir um pouco o que funcionaria ou não em eventuais alterações nos impostos e, consequentemente, no bolso das pessoas físicas e jurídicas. Mas não levam em consideração o desequilibrado e obsoleto sistema que temos.

Especulação é o que não falta na atual equipe econômica.

Importante lembrar que a nossa base do sistema tributário é a mesma desde a década de 1960, época do Código Tributário Nacional. Ou seja, defasado, distorcido e antiquado.

Enquanto criamos obstáculos, grande parte dos países desenvolvidos modernizaram não só a forma de tributação, mas a maneira como lidam com as matrizes tributárias e com o avanço da capacidade tecnológica de se cobrar e fiscalizar os tributos.

É cristalino que precisamos de uma ampla reforma tributária, ambientada e correspondente ao mundo atual. Uma reforma segura e eficiente, com poucas exceções e benefícios, que acompanhe a modernidade tecnológica e que não atrapalhe o ambiente de negócios.

Não existe sistema tributário no mundo que seja perfeito, mas o nosso está muito longe de ser, no mínimo, bom. Temos opiniões distintas dos especialistas em relação a qual melhor maneira de se arrecadar e em tributar o consumo, a renda, o patrimônio.

Cada qual com suas razões e analises críticas, mas em uma coisa todos concordam: é necessário readequar e, por assim dizer, adaptar o sistema a realidade econômica e social. Não é fazer justiça social com os tributos, mas sim conciliar a carga tributária a ser mais condizente com quem ganha e consome mais. Equilíbrio é difícil, mas dá para fazer e melhorar muito.

Vamos ser realistas e objetivos, pensar que não agradaremos a todos e, ao longo do caminho, aparar as dificuldades, os erros, que com certeza serão cometidos e achar de uma vez, saídas para destravar essa longa tortura. 

Importante ressaltar, agora falo como contador, que devemos nos preocupar muito mais em detalhar as despesas do que dificultar o faturamento. Verifique qualquer balanço de empresa, a demonstração de resultado tem uma riqueza em detalhes nas despesas, as notas explicativas dos gastos, como a empresa utilizou seus recursos, onde aplicou, suas práticas de custos, etc. Olhe para a mesma demonstração em relação as receitas. Simples e objetiva.

Agora, traga isso ao mundo tributário. Arrecadação clara e unificada. O problema do nosso país não está na receita, mas sim na máquina administrativa e de gastos públicos. Os detalhes, as exceções, os benefícios e os controles estão na despesa!

A reforma, portanto, deve começar pela junção e simplificação dos impostos, com uma arrecadação mais coerente, eficiente e literal. Tributar uma parcela maior da renda de acordo com a capacidade de cada contribuinte. Esse seja talvez o início de tudo. Redistribuição da carga tributária, uma redemocratização de nosso sistema tributário, mas a princípio tentando manter o mesmo nível de arrecadação atual.

A reforma tributária não deve começar com a preocupação de aumentar ou diminuir a carga.

Atualmente, ela representa 1/3 do PIB, mas está dentro da média mundial segundo avaliação da OCDE. É pesado, sem dúvida. E um Estado que gasta como o nosso, mais a frente, com uma ampla reforma administrativa, mais enxuto e eficiente, é possível pensar no compasso da redução de impostos que todos gostaríamos de ter.

O desafio que gostaria de lançar aos políticos, que querem realmente que a reforma aconteça, para acabar com os privilégios dos mais ricos e, de uma vez por todas, equilibrar e redemocratizar a cobrança de imposto nesse país. Com certeza, bem pensada, estudada e aprimorada será melhor que a da equipe de governo. Guedes, Me prove o contrário.

 


Daniel Calderon - contador, advogado, empresário da área contábil e tributária e sócio da Calderon Contabilidade.

 

Falta de matéria-prima atrapalha retomada da indústria brasileira

Por causa da crise, retomada do mercado pegou os fornecedores despreparados e quase 70% das indústrias tem dificuldade em comprar insumos; agronegócio também foi impactado

 

Após o auge do impacto econômico causado pela crise do coronavírus, a indústria já dá sinais de retomada. Isso poderia até ser uma boa notícia se não fosse por um detalhe: falta matéria-prima no mercado. Segundo dados de uma pesquisa realizada, em outubro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 68% das empresas consultadas revelam dificuldades para comprar insumos ou matérias-primas no mercado doméstico e 56% no internacional. 

Essa dificuldade é relatada em 10 dos 27 setores industriais consultados. O setor de móveis foi o mais afetado, 70% das empresas estão com dificuldade para atender a demanda. Em seguida vem o setor têxtil (65%) e o de produtos de material plástico (62%). Se não bastasse a incerteza e preocupação devido a pandemia, esse cenário atrapalha e implica diretamente na recuperação das atividades e na estabilidade da indústria.

De acordo com a sondagem, 44% das empresas estão deixando ou demorando para atender os clientes por causa do estoque reduzido. Além disso, há falta de trabalhadores e de recursos. Para 23% das indústrias falta mão de obra, e 22% dizem que não têm recursos ou capital de giro para aumentar a produção. 

Segundo a CNI, em setembro, as fábricas já vendiam mais do que antes da crise causada pelo COVID-19, mas os fornecedores não voltaram no mesmo ritmo. Isso porque, no início da pandemia a demanda caiu, o que levou as empresas optaram por reduzir seus estoques para enfrentar, além da queda no faturamento, o difícil acesso ao capital de giro. O que não se esperava era a reação rápida do mercado, que pegou os fornecedores despreparados e provocou um desequilíbrio entre oferta e procura por insumos e matéria-prima. 

O estudo também indicou que, além da falta desses itens, mais de 80% das empresas perceberam aumento nos preços, sendo que 30% delas evidenciaram um aumento acentuado. De acordo com a CNI, tanto produtores quanto fornecedores estavam com os estoques baixos, o que gerou escassez e, após a retomada econômica, maior demanda. Somado a isso, ainda houve a alta do dólar e forte desvalorização do real, que contribuiu para o aumento do preço dos insumos importados. 


Agronegócio

Apesar de o agronegócio ser um dos poucos setores que se desenvolveram em ritmo acelerado em 2020, com perspectiva de crescimento, há também dificuldade na busca por insumos. Um exemplo disso é a Casale, líder em tecnologia pecuária. A empresa é fabricante de equipamentos com tecnologia avançada para alimentação bovina, em especial misturadores de ração.

De acordo com Mario Casale, CEO da empresa, “há dificuldades em obter alguns materiais necessários para a fabricação dos nossos equipamentos, principalmente produtos cuja matéria prima é o aço. Outra consequência disso é que perdeu-se a referência de preço, quem tem produto cobra muito caro”, afirma. 

No caso do aço, por exemplo, segundo a Abimaq - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, só empresas de grandes porte têm condições de comprar esse item diretamente nas usinas, ou seja,  mais de 90% compram o material nas distribuidoras e, por isso, nesse momento, há uma demora para atender a demanda e aumento no valor do produto.

O aço é fundamental e utilizado em diversos setores da indústria, como na construção civil,  na produção de veículos, equipamentos e máquinas agrícolas. “Esse insumo é a principal matéria-prima utilizada na Casale e nas indústrias de máquinas em geral. Essa escassez  está limitando muito a capacidade de retomada e do aumento na produção. Até o momento, para não deixar nossos clientes na mão, reduzimos nossas margens e conseguimos trazer as matérias primas pagando mais caro, mas alguns fornecedores informam que não terão produtos para entregar, o que é muito preocupante”, enfatiza Jaqueline Casale, Diretora de Compras  da Casale. 

De acordo com o Instituto Aço Brasil, a retomada econômica está ocorrendo de forma mais rápida que o previsto, mas a estabilidade só deve ocorrer mesmo em 2021.  O fato é que, em um contexto geral, até os estoques serem repostos e o mercado normalizado, o Brasil terá que lidar com a falta de alguns produtos e os altos preços. 




Casale

https://casale.com.br/

Redes sociais: @casalebrasil


Black Friday: 5 dicas para se dar bem e não cair em dívidas


CEO da Acordo Certo explica como aproveitar os descontos sem prejudicar as finanças

 

A Black Friday 2020 está se aproximando. O evento oficial que dá descontos em praticamente todos os segmentos do comércio  é tradicionalmente realizado na última sexta-feira de novembro, este ano será no dia 27. No entanto, muitas lojas acabam esticando a promoção por uma semana ou até mesmo um mês, criando campanhas semanais e até mensais, como a Black Week e o Black November. Aproveitar as promoções da Black Friday pode ser uma boa oportunidade para comprar aquela TV ou viagem que você queria a preços mais baixos, mas é preciso ter cuidado para não acabar gastando mais do que se pode pagar e terminar o mês no vermelho. Para se planejar e não cair em dívidas, Dilson Sá, CEO da Acordo Certo, maior fintech de renegociação de dívidas online do Brasil, dá dicas de como aproveitar a Black Friday ao máximo sem cair em dívidas. Confira:


1- Faça uma lista de desejos

Precisa comprar roupas novas? Quer um novo eletrodoméstico? Está pensando em trocar de celular? Faça a si mesmo todos esses questionamentos e crie uma lista de desejos com prioridade. Assim, você evita cair em tentações que levam às compras por impulso e é possível direcionar a procura sem gastar com coisas desnecessárias no momento. 


2- Evite compras parceladas 

Uma compra a prazo e não planejada pode comprometer o orçamento do consumidor por meses. Caso aconteça alguma imprevisto e a pessoa não consiga pagar a parcela, a dívida pode se acumular, gerando juros e se transformando em uma bola de neve. Por isso, a orientação é de evitar parcelamentos sempre que possível e optar pelas compras à vista, que também costumam ter mais descontos.

Para bens mais caros e duráveis como produtos de linha branca, celulares, computadores e afins e decidir parcelar, a dica é sempre optar pelos pagamentos sem juros. As taxas de juros podem aumentar consideravelmente o valor final do produto, de modo que a compra deixa de valer a pena e passa a pesar ainda mais no bolso.


3- Atenção aos prazos de entrega

É uma boa ideia aproveitar as ofertas da Black Friday para fazer as compras de Natal, caso deseje presentear amigos e familiares nas festas de fim de ano. Porém, fique de olho nos prazos de entrega.

Por conta da alta demanda de pedidos, algumas lojas trabalham com prazos de entrega mais extensos na Black Friday. Logo, caso decida comprar um presente, é preciso ter certeza de que o produto terá sido entregue dentro do tempo esperado.


4- Pesquise antes de finalizar as compras

Essa dica pode até parecer batida, mas é muito comum as pessoas ficarem tentadas com os preços mais baixos e acabarem comprando os produtos na primeira loja ou site em que entram. 

Desta forma, pode ser que existam outros estabelecimentos com preços ainda menores e que ofereçam condições de pagamento mais interessantes. é preciso procurar e garimpar as melhores ofertas, compare e anote os preços para comprar na loja que tiver as opções de pagamento mais vantajosas. Colocar na ponta do lápis o custo efetivo total da compra, incluindo frete e taxas, faz toda a diferença no final.


5- Cuidado com as “Black Fraudes”

Existem muitos golpes na internet nesta época de compras massivas. Pessoas mal-intencionadas podem criar falsos sites de e-commerce para roubar seus dados, receber seu dinheiro e não realizar a entrega da sua compra.

Ao comprar pela internet, busque por lojas confiáveis e conhecidas. Não deixe de analisar alguns detalhes: verifique se existe o ícone de um cadeado verde do lado da URL (onde se digita o endereço do site, o “www” no topo da página). Este símbolo significa que o site é seguro e que passou por uma verificação. Também é uma ótima ideia pesquisar sobre a reputação da loja em sites de defesa ao consumidor, como o Reclame Aqui e o Elogieaki.

 


Acordo Certo


A batalha de final de ano das empresas no Brasil

Segundo o advogado tributarista Sandro Wainstein, este um final de ano terrível para o empresariado brasileiro devido ao pagamento de tributos adiados pela pandemia, tributos atuais e mais as obrigações de final de ano das empresas


Segundo o advogado tributarista Sandro Wainstein, este um final de ano terrível para o empresariado brasileiro devido ao pagamento de tributos adiados pela pandemia, tributos atuais e mais as obrigações de final de ano das empresas

A pandemia da Covid-19 tornou 2020 um ano atípico, afetando os setores econômico e social de muitos países. Mesmo a abertura da economia e a possibilidade de uma vacina não trazem resoluções imediatas para diversos problemas. Com a chegada do final do ano, muitas empresas enfrentam uma nova batalha, segundo o advogado tributarista Sandro Wainstein: o pagamento de tributos passados e vigentes sem uma recuperação econômica significativa.

O especialista aponta para as empresas que optaram por fazer uso da prorrogação do prazo de vencimento de tributos federais. “Agora, tais valores se somam ao recolhimento dos tributos correntes sem que a capacidade de geração caixa e resultados das empresas tenham retornado ao momento anterior aos efeitos causados pela pandemia”, ele diz.

Sandro explica que a resolução é mais complicada do que parece, pois depende do limite de crédito aprovado com o banco, taxa de juros, taxa Selic, entre outros fatores. É para orientar os empreendedores sobre as melhores opções — e, em alguns casos, evitar uma crise — que entra o advogado tributário.

“Neste contexto, o papel do advogado em um mercado cheio de incertezas é ter uma visão preventiva que não só evite problemas, mas também proponha clareza (conformidade legal) e estabilidade ao negócio de seus clientes, minimizando perdas e maximizando oportunidades,” explica Sandro. “Desse modo, um bom planejamento tributário em conformidade com a lei, mais do que nunca, poderá servir como uma importante ferramenta para enfrentamento da crise, especialmente se quando houver possibilidade de redução da carga fiscal, aproveitamento ou recuperação de tributos pagos a maior ou indevidamente.”

A saída para o empresário brasileiro é apostar no planejamento financeiro real e na renegociação dos seus tributos, afirma Sandro.

 

Com o PIX, economia para os lojistas

 Vendas mais rápidas e seguras para o consumidor

 

Hoje o processo de pagamento on-line pelo consumidor é a parte mais demorada no processo de compra. Mas a partir da entrada em funcionamento do PIX, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, a vida ficará mais fácil tanto para o lojista quanto para os clientes, afirma Valquírio Cabral Jr.,   consultor especializado em vendas para o varejo e sócio-diretor do Grupo Cabral, com 23 lojas franqueadas no País.  O PIX deve substituir os complicados e caros TED, DOC e cartões de débito e os pagamentos à vista ganharão enorme agilidade.  Valquírio acredita que no caso dos lojistas o novo sistema deve gerar uma grande economia “Com o PIX, a taxa bancária pode ser reduzida a centavos”, avalia. Além disso, o valor da venda à vista é debitado na hora, quando hoje os pagamentos por outros meios levam até dois dias para entrar na conta dos comerciantes.

Para o consumidor, a grande vantagem será passar o PIX, muito mais rápido e mais seguro, sem precisar andar com o cartão de débito, usando apenas o celular. No dia 16 próximo, o PIX começará a funcionar ininterruptamente, por 24 horas e todos os dias da semana, para todos os consumidores e empresas que se cadastraram nos bancos. Em 3 de novembro o BC e instituições financeiras deram início à primeira fase de testes do sistema. O serviço foi liberado para um grupo restrito de clientes cadastrados e escolhidos pelos bancos. No primeiro dia, a maior transação registrada foi de R$ 35 mil e o número de chaves usadas chegou a 60 milhões.  Valquírio acredita que a adesão deverá ser grande e rápida. “Já devemos ter uma boa ideia dos resultados do PIX com o Black Friday, que acontece dia 27 de novembro. Minha expectativa é que teremos bons reflexos nas vendas.”.


Rapidez e segurança – Segundo Valquírio, atualmente custa caro vender e é mais caro ainda receber do consumidor. Hoje, o lojista paga taxas de até 4% para o banco de todo o dinheiro que entra na conta proveniente de uma venda, sendo que muitas vezes seu lucro não chega nem ao percentual da taxa. E quanto maior o risco do negócio - por exemplo, uma joalheria - maior a taxa do cartão. “A entrada do PIX deve acelerar muito os negócios e, com o tempo, as lojas podem até parar de aceitar cartão de débito. Com o novo sistema será possível também eliminar o aluguel da maquininha de passar cartão, muitas vezes a um custo de R$ 200 por máquina/mês. E as longas filas dos caixas para pagar, tão comuns nas lojas no final do ano, deverão diminuir”, prevê.

Para o consultor, os preços dos produtos têm mesmo a chance se diminuir, com a promoção de descontos caso o PIX seja usado para pagamento. As compras de pequenos valores também devem se beneficiar. “Às vezes o consumidor está sem dinheiro e não quer usar o cartão de débito para uma compra pequena. Vai usar o PIX”.  Outra vantagem é a possibilidade e receber suas compras mais rapidamente. “Muitas vezes a cliente demora pelo menos dois dias esperando o comerciante confirmar os depósitos antes a entrega. Agora, é possível comprar e receber no mesmo dia”, diz Valquírio.

O consultor destaca que o Banco Central está disposto a autorizar também um meio de pagamento pelo WhatsApp, o que pode ocorrer até o fim o ano.  Por ele, o pagamento seria finalizado imediatamente no ato da venda.  “O consumidor ganha tempo e a loja também. Além disso, evita desistências no processo de compra pelo cliente, o que ocorre em número bem pequeno, mas sempre representa uma perda para o lojista”.

 


Valquírio Cabral Júnior - CEO da Valquírio Cabral Consulting - Especialista em vendas, com foco no varejo, possui vasta experiência como executivo, multifranqueado e consultor de empresas. Graças ao seu excepcional talento comercial e visão inovadora, alcançou o ápice na carreira corporativa na direção comercial da Lupo. Em sua gestão, que durou 15 anos, a empresa deu um salto no faturamento e inovou em vários segmentos, incluindo a abertura de franquias. Também empreendeu com sucesso nessa área e hoje é um empresário multifranqueado, com lojas das marcas Arezzo, Ana Capri, Mr. Cat, Pandora e Lupo.

 

Cotas de franquia: o que diz a lei?

Advogadas do escritório NB Advogados alertam: a comercialização de cotas não é regulamentada pela Lei de Franquias

 

Por ser um sistema atrativo e consolidado, o sistema de franquias segue atraindo investimentos. Mas as oportunidades que surgem, muitas vezes, requerem análise criteriosa.

Uma delas são as cotas de franquia. Na prática, trata-se da aquisição de parte de um negócio que será gerido por um franqueado ou a franqueadora. “A grande questão é que uma cota de franquia não é uma franquia, mas sim, a participação no negócio de alguma forma. E a Lei de Franquias não regulamenta esta prática”, diz a advogada e sócia do escritório NB Advogados, Marina Nascimbem Bechtejew Richter.

“No que tange à venda de cotas por franqueados, é importante ressaltar que, muitas vezes, o contrato de franquia proíbe o ingresso de terceiros na sociedade sem a anuência da franqueadora”, detalha Marina. “Assim, o ingresso desse terceiro poderia acarretar, inclusive, a rescisão do contrato de franquia”.

A advogada vai além: “Para a franqueadora é importante saber quem são os sócios do franqueado, pois eles todos acabam recebendo ou tendo acesso a know how. As franqueadoras querem o respeito ao sigilo e confidencialidade. Para o franqueado, também é importante que tudo esteja aprovado pela franqueadora, pois em caso de falecimento de algum dos sócios ou mesmo se houver algum problema entre eles, se algum dos sócios for desconhecido da franqueadora, ela pode não concordar com a continuidade do negócio com esta pessoa”.

A franqueadora – A advogada Fabiana Lima fala sob o aspecto da venda de cotas por franqueadoras. “Elas podem vender uma parcela do negócio para um fundo ou vender para terceiros. Este processo não pode, no entanto, afetar seu relacionamento com os franqueados – que precisa ser próximo”.

O franqueador também pode vender cotas de suas unidades próprias, realizando a gestão do negócio sem transferência de know how ou envolvimento do investidor. “Ele só participa dos resultados”, esclarece Fabiana.

Por fim, a advogada completa dizendo que atrair investidores para fomentar um negócio é uma prática comum e bem-vinda. “Só não pode ser feita sem a devida transparência e com falta de respeito à lei”. 

 



NB Advogados

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Cinco mandamentos para não errar na estratégia da Black Friday

Importada dos Estados Unidos, a Black Friday já caiu no gosto do brasileiro e, hoje, é uma das datas comerciais mais aguardadas do ano. Com a explosão do e-commerce, impulsionado pela pandemia de Covid-19, a expectativa de faturamento do segmento é de R$ 6,9 bi, um aumento de 77% em relação ao ano passado, segundo a Abcomm (Associação Brasileira do Comércio Eletrônico).

E o que o consumidor mais espera nesse momento? Basicamente, a resposta está na relação entre preço atraente, um curtíssimo prazo de entrega e uma boa e resumida jornada de compra na plataforma de e-commerce. Apesar disso, desde o início da pandemia, o que muitos consumidores relatam são problemas bastante comuns a essas plataformas de vendas, como produtos indisponíveis no estoque, problemas com o pagamento no carrinho de compras, não cumprimento do prazo de entrega, entre outros.

A conquista de mais clientes depende da capacidade do e-commerce investir em marketing e na idealização de uma campanha capaz de convencer o cliente a ver uma vantagem efetiva naquela compra. Desta forma, selecionar os produtos mais adequados para campanha, como esta irá funcionar e, sobretudo, planejar corretamente sua veiculação, devem ser fatores imprescindíveis para se conquistar mais clientes.

Portanto, a Black Friday é uma grande oportunidade de virar esse jogo. Por isso, decidi listar os cinco mandamentos para não errar na estratégia dessa data.


1) Lembre-se do propósito da data – Os lojistas nunca devem esquecer qual é o principal objetivo da Black Friday. Portanto, escolham produtos com bastante procura e ofereçam descontos reais e significativos, desmistificando a “black fraude”. Não é hora de desafogar o estoque – acreditem, os clientes percebem esse tipo de tentativa.


2) Reduza o tempo de entrega – No e-commerce, é possível criar uma lista de produtos com entrega rápida, de preferência logo no dia seguinte à compra. Se não for possível, estabeleça esse compromisso com pelo menos alguns itens. Isso despertará confiança no cliente e transmitirá credibilidade da marca.


3) Aposte no ganho da venda por volume – Produtos com descontos significativos terão uma vazão maior que itens mais caros. Por isso, não tenha medo de criar boas promoções. Se for facilitar ainda mais a vida do seu consumidor, ofereça a possibilidade da compra parcelada.


4) Tenha dados em mãos – Fazer com que os clientes comprem mais envolve certa complexidade, inclusive, a utilização de estudos de BI (Business Intelligence). Estudando as compras realizadas anteriormente, a própria plataforma pode sugerir e/ou recomendar, a vários clientes, a reposição de um determinado produto adquirido há tempos e que, pelo histórico de consumo, pode estar próximo ao ponto de reposição.

5) Ofereça gatilhos aos seus clientes – É importante mencionar que um fator que pode incrementar vendas é a realização de campanhas promocionais, já que muitos clientes acabam comprando por impulso. Utilize gatilhos, mostre como aquela oportunidade é única, vantajosa e pode nunca mais voltar.

 



Fernando Rizzatti - sócio-diretor na Neotix Transformação Digital. Tecnologia aplicada ao mundo dos negócios é a essência de sua trajetória profissional, de mais de 25 anos, sempre aliada à inovação que agrega valor. Da indústria de transformação, passando pelo segmento financeiro e de economia mista, tem habilidades para entender necessidades e encontrar soluções. Acredita em equipe e união de talentos. Adora música e a inspiração para compor.  Dirige a Neotix como quem compõe uma sinfonia. Cada nota é fundamental.

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Suspensão de contratos e redução de salários mudam interpretação de valores devidos pelo décimo terceiro

Pandemia alterou a remuneração dos trabalhadores que agora devem entender o cálculo correto deste benefício, diz Marcos Poliszezuk, sócio-fundador do escritório Zanão e Poliszezuk Advogados

 

O prazo para pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário deve ocorrer até o dia 30 de novembro, no entanto, diante de um ano onde muitos tiveram alterações nos contratos e salário, há dúvidas de como se deve pagar este direito. 

Segundo Marcos Poliszezuk, sócio-fundador do escritório Zanão e Poliszezuk Advogados, os empregados que sofreram com a redução da remuneração por força da Medida Provisória  936 ou da Lei 14.020/2020, mas em dezembro estejam com salário integral, têm direito a receber o valo de 1/12 da remuneração de dezembro multiplicada pelos meses trabalhados durante este ano. Já os empregados que estejam com os contratos suspensos em dezembro, o correto é levar em conta a remuneração integral do mês multiplicada pelo número de meses de contrato não suspenso. Neste caso, só é considerado para fins de cálculo de pagamento do décimo terceiro os meses trabalhados, deixando de fora o período de suspensão. 

“Para os empregados cujos salários continuam reduzidos em dezembro, há três possibilidades.  Uma possibilidade é pagar o valor do salário reduzido de dezembro multiplicado pelo número de meses trabalhados do ano. A segunda alternativa é pagar a média duodecimal dos valores recebidos no ano ou pagar o valor do salário sem a redução”, afirma o especialista 

Poliszezuk ressalta, porém, que no caso de o empregador optar pela primeira opção, isso se daria com base na interpretação literal do dispositivo que faz alusão apenas aos meses de serviço e à remuneração devida em dezembro. Já, a segunda alternativa se basearia pela consideração histórica e de finalidade da norma ao prever a remuneração de dezembro, estabelecendo um patamar remuneratório mais favorável. Ou seja, a interpretação pela média, sem desprezar o fim da norma, traria uma solução equilibrada e pode ser fundamentada analogicamente com os artigos 142, parágrafo 6 e 478, parágrafo 40, ambos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) 

Todavia, o Ministério Público do Trabalho editou no último dia 29 de outubro uma Diretriz Orientativa para que seja feito o pagamento integral do valor do 13. Salário e das férias do empregado, considerando o período contínuo de trabalho, sem a dedução do período no qual os empregados estão ou estavam sob as medidas previstas na Lei 14.020.

“Dessa maneira, cada empresa deverá ponderar todos os fundamentados para o pagamento de forma correta do décimo terceiro Salário de seus empregados, consultando ainda os sindicatos de classe a fim de verificarem se há acordos coletivos firmados regulando o pagamento da gratificação natalina”, conclui Poliszezuk.

 

 

Zanão e Poliszezuk Advogados

http://zp.adv.br/


Vagas temporárias apontam queda de 5% em relação a 2019

Mesmo com queda no número contratações temporárias, varejo se mostra otimista para o fim de ano

 

Esperado por grande parte dos lojistas, o final do ano é comumente marcado por um crescimento significativo no volume de vendas e contratações temporárias. Considerando o cenário afetado pela crise econômica causada pela pandemia da Covid-19, a pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo) indica um declínio de 5% na abertura de vagas temporárias em comparação ao ano de 2019.

Neste ano, a expectativa é que sejam abertas 30 mil vagas no setor varejista em todo o estado de São Paulo, o que gera uma queda de 20% em relação ao mesmo período no ano passado. “O ano de 2020, trouxe novos desafios para o cenário varejista. Após meses fechados, esperamos um aquecimento nas vendas e um impacto positivo nas vendas de final de ano, para que as contratações temporárias se tornem efetivas e gerem mais empregos para o estado”, explica o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff. 

Dados da pesquisa apontam que para 70% dos empresários, o segmento que mais deve contratar será as lojas de shopping, seguido de rua e supermercados, respectivamente. Já em comparação aos setores, para 80% dos lojistas, o setor de eletrônicos deve apresentar o maior número oportunidades.

No atual cenário do varejo, 70% dos comerciantes relatam que a recolocação no mercado de trabalho é o principal motivo que leva à procura por vagas abertas nessa época. Já para 20%, o pagamento de contas atrasadas por conta da crise econômica gerada pela pandemia da Covid-19, será o principal fator. Outros 10% acreditam que será a busca pelo primeiro emprego.

Mesmo com o volume baixo de contratações, para atender às demandas do período, os lojistas estão à procura de profissionais com experiência no ramo e melhor qualificação. Mas os representantes estimam que apenas 15% dos temporários devem ser efetivados, o que equivale a metade efetivações do ano de 2019.

A pesquisa foi realizada com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo.


Deputados cobram do governo Doria informações sobre a vacina chinesa

Grupo PDO pede transparência no processo de parceria com a farmacêutica SINOVAC Biotech para a produção da vacina contra o coronavírus


Deputados estaduais do Grupo PDO, através do Ministério Público, pediu explicações para o Governo do Estado de São Paulo sobre a parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech para a produção da vacina contra o Covid-19 onde serão investidos R$ 85 milhões apenas na fase de estudos clínicos.


Segundo a deputada estadual, Leticia Aguiar, é fundamental a transparência nos assuntos relevantes às garantias de saúde e preservação do patrimônio público.
“Providencias precisam ser tomadas. Uma vez que as informações expressas trazem insegurança sem menção aos valores, quantidade de produção das vacinas e a forma de manuseio com a população paulista. É nosso papel fiscalizar as ações para evitar irregularidades nos processos”.


No Portal Eletrônico da Secretaria Estadual da Saúde, criado para divulgar dados sobre as ações do Governo relacionadas à pandemia, não há informações sobre o termo de contrato, valor pago, condições de pagamento e sobre os procedimentos adotados para a aplicação da vacina na população paulista.
Sendo assim, o Grupo PDO (Parlamentares em Defesa do Orçamento) entrou com um pedido no Ministério Público de transparência e acessibilidade nas informações referentes a parceria entre a fabricante chinesa da vacina contra o COVID-19 e o Governo do Estado de São Paulo.


A CNN BRASIL teve acesso a um documento de 21 páginas intitulado como, "Acordo de Colaboração de Desenvolvimento Clínico", entre Instituto Butantan com a Sinovac. O documento trata de maneira superficial as questões referentes a valores e a quantidade de vacinas que serão produzidas.
De acordo com a reportagem da emissora o preço das 6 milhões de doses da vacina que chegarão da China deverá ser definida junto com o fabricante. Além disso, o Instituto Butantan será o responsável pelos custos da terceira fase de testes do processo de imunização da vacina. É nesta fase em que são conduzidos testes em humanos. Caso tudo corra bem, a vacina será encaminhada para aprovação da Anvisa.


No documento fica clara a intenção comercial da SINOVAC com o mercado da América Latina através da parceria com o Instituto Butantan, em vários trechos do acordo é destacado que a SINOVAC detém os direitos de propriedade intelectual da vacina. Além de ficar reservado a SINOVAC o direito de decisão, escolha, eleição, a seu critério de manuseio, uso, divulgação, permissão de uso ou compartilhamento com qualquer terceiro ou suas filiadas de tais dados clínicos.

[...] "a SINOVAC reserva o direito de decisão, escolha, eleição, a seu critério de manuseio, uso, divulgação, permissão de uso ou compartilhamento com qualquer terceiro ou suas filiadas de tais dados clínicos da SINOVAC" e que "o Butantan concorda que apenas irá manusear, utilizar, descartar, divulgar para, permitir o uso ou compartilhar com qualquer terceiro ou suas próprias filiados os dados clínicos da SINOVAC para finalidade única da execução deste acordo. A menos que seja expressamente permitido por este acordo ou com o consentimento prévio e expresso da SINOVAC, o Butantan não deve manusear, utilizar, divulgar para, permitir o uso ou compartilhar com qualquer terceiro ou suas próprias filiadas os dados clínicos da SINOVAC". [...]
A reportagem da CNN Brasil informou que há uma cláusula de confidencialidade contratual e por esse motivo o Governo do Estado de São Paulo não disponibilizou nos portais oficiais a cópia acordo ao qual a emissora teve acesso.

O PDO é um grupo suprapartidário formado com o objetivo de fiscalizar as contas públicas e as medidas adotadas no enfrentamento à pandemia da Covid19. Liderado pelo deputado Sargento Neri, é composto pelos seguintes parlamentares: Coronel Telhada, Adriana Borgo, Leticia Aguiar, Márcio Nakashima, Coronel Nishikawa, Ed Thomas, Conte Lopes, Tenente Coimbra, Edna Macedo e Danilo Balas.

Denúncias em www.grupopdo.com.br


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