"Diversos estabelecimentos desenvolvem a identidade visual e divulgam seu negócio, sem ao menos terem realizado uma pesquisa", aponta advogada
Na elaboração de uma marca, seja para qualquer ramo
de atividade, é imprescindível verificar através de um profissional, que deve
ser um advogado especializado ou agente da propriedade industrial, se
aquele nome escolhido está disponível para uso e registro junto ao Instituo
Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A pesquisa de anterioridade, para
saber se a marca é viável para realizar o registro, é o primeiro passo após
escolha do nome da empresa.
De acordo com a advogada Roberta Minuzzo,
especialista em propriedade intelectual, e sócia da DMK Group, empresa que atua
na representação de milhares de pessoas, sejam elas, físicas ou jurídicas, que
desejam proteger seu patrimônio intelectual, esse cuidado é fundamental para
evitar prejuízos e aborrecimentos futuros. “Infelizmente, há diversos
empresários que, apaixonados e ansiosos por verem seus projetos iniciarem,
criam identidade visual, fachada e divulgam seus negócios e ignoram essa
importante etapa”, destaca.
Em qualquer ramo de atividade, a marca representa
muito. Normalmente, muitas valem mais do que todo o patrimônio tangível de uma
empresa, afinal um nome bem pensado cria uma conexão com o desejo do
consumidor. “Por isso, é importante ter uma cultura organizacional bem definida
para estreitar os laços entre as partes”, aconselha Ricardo Monteiro,
especialista em gestão de marcas e sócio da DMK Group.
O público-alvo também representa uma grande
influência sobre a criação da marca. “Através de uma pesquisa de mercado, para
desenvolver um novo negócio e consequentemente uma nova marca, deve-se estudar
o público-alvo. Com target definido, principalmente para restaurantes simples,
self-service e lanchonetes, por exemplo, a escolha deve estar associada a algo
que faça sentido. O ideal é ter um nome curto, com muita facilidade de se
escrever e principalmente de se pronunciar”, aconselha.
Apostar na inovação também é extremamente
importante. No ramo gastronômico, por exemplo, a única referência em fast food
até 15 anos atrás era o Mc Donalds, mas agora diversas cidades possuem inúmeros
estabelecimentos deste segmento, seja uma marca caseira ou não.
Para estabelecimentos deste segmento, normalmente
são usadas cores quentes e atrativas, que sejam associados ao desejo de se
alimentar. “As grandes marcas de alimento e restaurantes usam muito o vermelho.
Basta observar as lojas de fastfood, Sadia, Pizza Hut e Perdigão”, aponta
Ricardo.
Mas vale lembrar que a marca vai além. Desde a
fachada, materiais gráficos, a comunicação, identidade visual, uniformes e como
a equipe realiza o atendimento impactam na atração do cliente. Todos esses
elementos acabam remetendo e criando o conceito da empresa. “Para desenvolver o
branding, é preciso alinhar esses aspectos e adotar a mesma linguagem e
preceitos, em todos os itens, que envolvem o conceito geral”, destaca.
A especialidade da casa também é um fator relevante
e que deve ser levado em consideração para a criação da marca. “Para essa
atividade, é importante não apenas servir o carro-chefe, mas oferecer uma experiência
ao cliente. Quando alguém vai até o restaurante, precisa ter o entendimento de
que não vai apenas para comer e se saciar, mas para ter uma experiência
agradável com amigos e familiares”, destaca.
Ricardo
Monteiro - gestor de marcas (Branding) pela ESPM Sul e entrou
para o anuário de 2009 pelo trabalho realizado na conclusão de curso. Em
projetos de branding, Ricardo já desenvolveu marcas e rótulos para vinhos,
cervejas e demais tipos de produtos e serviços. O especialista é programador e desenvolvedor
web “Full Stack”. Desenvolve e-commerce (lojas virtuais) integradas com
diversas ferramentas nativas. Atualmente, é sócio da DMK GROUP, empresa
especializada em registros de marcas e patentes nos Estados Unidos. www.dmk.group
Roberta Minuzzo - advogada e graduada em direito
pela Universidade Luterana do Brasil. Possui especialização em Propriedade
Intelectual pela (PUCRS) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,
além de ter cursado Direito PenaI e Processual Penal no IDC – Instituto de
Desenvolvimento Cultural. A especialista em Propriedade Intelectual também faz
parte da Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial (ABAPI) e
a Associação dos Criminalistas do Rio Grande do Sul (ACRIERGS https://dmk.group/