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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Como estão os tratamentos experimentais para a Covid-19

Quais são os principais remédios em testes para atenuar os efeitos do Coronavírus


Como ficou claro após meses de pandemia, a COVID-19 pode afetar as pessoas de diversas formas. Algumas são assintomáticas, ou seja, podem ser infectadas e não manifestar sintomas. Outras podem apresentar sintomas, mas não evoluir para uma doença grave. No entanto, uma terceira categoria pode precisar de hospitalização para complicações graves. Para as pessoas com sintomas ou para aquelas que estão progredindo para hospitalização, os pesquisadores estão analisando o que pode funcionar e encontrando sinais de esperança em terapias experimentais, tanto novas quanto antigas. No hospital, existem algumas formas pelas quais os pacientes podem receber assistência durante a doença. Há duas grandes categorias de terapia experimental: medicamentos antivirais e moduladores imunológicos. 

 

Medicamentos antivirais

Esse grupo de medicamentos impede que um vírus se replique. A interrupção do RNA funciona porque, diferentemente de células humanas e de DNA, o SARS-CoV-2 carrega suas instruções de replicação no RNA. Como os vírus não conseguem se replicar por conta própria (ou seja, eles não estão vivos da mesma forma que as pessoas estão), eles só conseguem criar mais vírus ao sequestrar uma célula hospedeira. Normalmente, os medicamentos antivirais têm como alvo um aspecto desse processo de sequestro/replicação e o bloqueiam. 

Um exemplo de medicamento antiviral é o Remdesivir. Remdesivir bloqueia a tradução do RNA que permite que o vírus se copie. De acordo com dados publicados em 22 de maio de 2020, no The New England Journal of Medicine, o medicamento encurtou o tempo de recuperação em quatro dias entre os pacientes hospitalizados, em comparação com um placebo. Foi autorizado pelo FDA para uso experimental no tratamento de COVID-19 grave em 1º de maio de 2020. No entanto, o efeito do remdesivir foi recentemente questionado em um artigo não revisado por pares do estudo SOLIDARITY da Organização Mundial de Saúde. Nesse relatório, entre 405 hospitais em 30 países, 2.750 adultos foram incluídos em um braço remdesivir. O remdesivir, nem qualquer uma das outras drogas testadas, mostrou uma redução definitiva na mortalidade de acordo com esta análise inicial.

Outra classe de terapias experimentais que está sendo analisada para pacientes deixa de se concentrar no vírus e foca o sistema imunológico do corpo. Esses novos medicamentos e terapias são baseados em medicamentos que existem para outras finalidades, assim como novos medicamentos que estão em desenvolvimento especialmente para o tratamento da COVID-19.


Tratamento experimental com foco no sistema imunológico

Conhecidas como terapias imunomoduladoras, esses medicamentos têm como foco a resposta do sistema imunológico ao vírus. Um grupo de medicamentos, chamados de esteróides, acalma o sistema imunológico. Normalmente, as pessoas usam esteróides para tratar doenças como artrite ou asma ou como parte do tratamento de alguns cânceres ou surtos de esclerose múltipla. Os esteróides agem na inflamação e nas formas com que a inflamação se desenvolve e continua aumentando. Pesquisadores estão analisando se esse tipo de intervenção é útil para casos graves de COVID-19. Em um artigo publicado em 17 de julho de 2020 no New England Journal of Medicine, reportou-se que um esteróide chamado dexametasona diminuiu a taxa de mortalidade, conforme mensurado durante 28 dias, de pacientes em ventilação ou que estavam recebendo oxigênio de 41,4 % para 29,3 % e de 26,2 % para 23,3 %, respectivamente.

Outros medicamentos imunomoduladores têm como foco a parte do sistema imunológico chamada anticorpos. Esses fragmentos de proteína em forma de Y têm várias funções, mas, basicamente, eles se prendem a algo que o corpo precisa prestar atenção e sinalizam a necessidade de cuidados para o sistema imunológico. Por exemplo, quando um vírus invade uma célula, ele perfura a membrana da célula, assume o controle e faz cópias até a célula explodir, enviando as novas partículas de vírus pelo corpo para infectar outras células. Conforme o vírus é disseminado, alguns desses agentes mal-intencionados acionam um “alerta vermelho” do sistema imunológico. Depois de uma série de eventos, células imunológicas chamadas células B se transformam em células plasmáticas e começam a produzir anticorpos. Alguns anticorpos sufocam o vírus invasor, basicamente colando-o em uma massa imóvel e pegajosa. Outros anticorpos se encaixam como uma chave em uma fechadura na membrana do vírus, impedindo-o de perfurar uma nova célula e de continuar o processo de replicação. 

De acordo com um artigo na Nature, os anticorpos foram descobertos pela primeira vez no sangue de animais expostos à difteria ou à toxina do tétano há mais de 100 anos. Porém, era difícil isolar apenas um tipo de anticorpo e reproduzi-lo para estudos. 

Em 1975, os pesquisadores encontraram uma forma de produzir somente o anticorpo que queriam. Para isso, combinaram a célula que produzia esse anticorpo com uma célula cancerosa de mieloma, que se replica sem as quebras celulares normais na divisão. As células foram clonadas e cultivadas até que uma linha que produziu apenas o anticorpo desejado foi isolada. Por fim, elas foram chamadas de anticorpos monoclonais. Medicamentos baseados em anticorpos monoclonais foram concebidos para colocar o sistema imunológico em ação ou bloquear sua atividade. Esses medicamentos também podem ajudar pesquisadores a desenvolver novas formas de diagnosticar e tratar doenças. Esses medicamentos ajustam ou modulam proteínas ou células responsáveis pelas respostas imunológicas.

 

COVID-19 e anticorpos monoclonais

No que diz respeito à COVID-19, os anticorpos monoclonais estão sendo analisados como um tratamento para pacientes com manifestação grave da doença e como uma forma de melhorar a resposta imunológica (chamada de imunidade passiva) entre as pessoas para as quais uma vacina não está disponível, não é eficaz ou não é recomendada. Pesquisadores estão analisando os anticorpos de pacientes recuperados para identificar quais são mais eficazes para impedir que o vírus sequestre células ou para controlar a resposta imunológica ao SARS-CoV-2. Até o momento, a grande maioria tem como alvo a proteína Spike do SARS-CoV-2, que ajuda o vírus a infectar uma célula humana.

Além disso, os pesquisadores também estão analisando medicamentos de anticorpos monoclonais existentes para determinar quais podem ser úteis no tratamento da COVID-19. A ClinicalTrials.gov lista cerca de uma dúzia de estudos que estão usando anticorpos monoclonais, isoladamente ou combinados, no contexto de infecção por COVID-19, pneumonia, lesão pulmonar ou síndrome do desconforto respiratório agudo. Os candidatos participam para tratar doenças tão comuns quanto câncer ou artrite reumatoide ou tão raras quanto linfo-histiocitose hemofagocítica

Um exemplo é o medicamento lenzilumab. Ele bloqueia um “alerta vermelho” químico do sistema imunológico que leva à solicitação de mais glóbulos brancos, como monócitos, macrófagos ou granulócitos. O medicamento é aprovado para o tratamento de asma, artrite reumatoide e leucemia. Testes estão sendo realizados para determinar se esse anticorpo monoclonal pode moderar os danos causados pelo sistema imunológico durante a manifestação grave da COVID-19. 

 

Como identificar os alvos mais promissores

Alguns dados já são conhecidos sobre os medicamentos de anticorpos monoclonais. Dois dos primeiros medicamentos estudados, o sarilumab e o tocilizumab, têm como foco um componente químico usado pelo sistema imunológico para se comunicar chamado de interleucina 6. Liberado por glóbulos brancos durante a infecção, a interleucina 6 aumenta as ações imunológicas e a inflamação. No entanto, se o rígido controle da interleucina 6 falhar, o resultado pode ser uma inflamação incessante e, por fim, um transtorno autoimune. Os medicamentos de anticorpos monoclonais bloqueiam o receptor da interleucina 6, impedindo que ela chegue até as células. Contudo, os dois medicamentos não apresentaram benefícios em relação ao placebo ou ao tratamento padrão de pacientes com COVID-19. 

Apesar disso, a IL-6 é somente um alvo. Pesquisadores de todo o mundo estão dividindo o vírus SARS-CoV-2 e desvendando como o sistema imunológico responde a esse novo vírus humano. De acordo com a Antibody Therapeutics Tracker, pelo menos 234 empresas em 26 países estão em busca de terapias baseadas em anticorpos para 48 alvos no vírus ou no sistema imunológico. Dos laboratórios de pesquisa aos estágios finais de aprovação de medicamentos, pesquisadores em todo o mundo esperam encontrar uma solução de novos anticorpos monoclonais para lidar com a COVID-19. 

 

Plasma convalescente

A opção mais histórica para moderar o sistema imunológico é usar os anticorpos criados pelas pessoas já que se recuperaram. Esses anticorpos são coletados do sangue de pacientes antigos e administrados em pacientes com manifestação grave da COVID-19. Em abril de 2020, a Mayo Clinic foi selecionada pela FDA para liderar um Programa de Acesso Expandido para a administração de plasma convalescente de COVID-19 em pacientes. O programa nacional dos Estados Unidos publicou dados sobre a segurança desse tipo de terapia e possíveis sinais de como ela poderia ajudar pacientes. Com base nesses relatórios, o plasma convalescente atendeu aos padrões de Autorização para Uso Emergencial da FDA e o Programa de Acesso Expandido foi suspenso. A autorização significa que pacientes podem continuar recebendo plasma convalescente enquanto as pesquisas na Mayo e no mundo todo continuam.  

 

Do antigo ao novo

Da sabedoria histórica a uma das mais recentes ideias na pesquisa de envelhecimento, os pesquisadores da COVID-19 estão considerando todas as possibilidades. Os pesquisadores da Mayo Clinic estão analisando um novo tipo de medicamento chamado de senolítico para o tratamento de suporte para pacientes com COVID-19. Os medicamentos senolíticos têm como alvo as chamadas células senescentes. Essas são células que o corpo encaminhou para serem desativadas, mas que se recusam a morrer. As células senescentes, ou células zumbis, foram associadas a diversas doenças de envelhecimento. No entanto, agora, um medicamento que tem essas células como alvo está sendo analisado para o tratamento da COVID-19. Em um ensaio clínico realizado na Mayo Clinic, os pesquisadores estão investigando se o medicamento pode impedir que pacientes com COVID-19 piorem. A piora é mensurada pela maior necessidade de suporte respiratório, pelo aumento de medidas gerais de fragilidade ou pela progressão de COVID-19 leve para doença grave. 

Ao agregar um grande número de pacientes a esses esforços, iniciando ensaios clínicos como os que estão em andamento na Mayo e coletando dados em programas como a iniciativa de plasma convalescente, os pesquisadores serão, com o tempo, capazes de separar o que funciona do que não funciona e compreender o que pode ser prejudicial. 

 


Mayo Clinic


VACINA POTEGE A VIDA DE GRÁVIDAS E RECÉM-NASCIDOS

Parte da preparação para o parto, as vacinas são essenciais para as gestantes e para os bebês; vacinas aplicadas no recém-nascido podem durar até a fase adulta

 

Vacinas aplicadas nas gestantes e nos recém nascidos nos primeiros meses após o nascimento são fundamentais para o desenvolvimento adequado. Especialistas da Rede Ímpar de Brasília explicam a importância da imunização no tempo adequado.

Segundo a infectologista e especialista em vacinas do Laboratório Exame/Dasa Maria Isabel de Moraes Pinto, as gestantes precisam se vacinar, pois algumas doenças podem facilmente evoluir para quadros graves. “A vacinação da mãe também transmite anticorpos para o bebê, que irão protegê-lo contra doenças que podem ser fatais”, alerta.

De acordo com a médica, as principais vacinas durante a gestação são a gripe/influenza e dTpa/tríplice bacteriana. Segundo a infectologista, mesmo que a mulher já tenha tomado alguma dose, é necessário fazer uma nova dose a cada gestação.

Pediatra e gerente médica da Maternidade Brasília, Sandi Sato informa que as primeiras vacinas que o bebê deve receber são a BCG e a Hepatite B. “Essas vacinas vão garantir a imunidade não só no período da infância, mas por toda a vida. Muitas delas protegerão até a vida adulta, outras precisarão de doses de manutenção”, destaca.

Agora, conheça um pouco sobre as vacinas citadas:

 

Influenza (contra a gripe)

Durante a gravidez, as funções imunológicas, cardíacas e pulmonares variam de mulher para mulher, mesmo que tenham a mesma idade. Com isso, o risco de contrair uma simples gripe aumenta. Entretanto, o que é “simples” pode afetar de forma grave o organismo da gestante. Há riscos de complicações, como trabalho de parto prematuro. Assim, é indicada a vacinação contra a gripe, que pode ser realizada em qualquer trimestre da gestação.

 

dTpa/tríplice bacteriana (protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche)

A tríplice bacteriana visa a proteger, principalmente, o recém-nascido. Sem a imunização, o bebê pode adquirir a coqueluche (tosse comprida), levando até mesmo a morte. Metade dos bebês com menos de 1 ano que apresentam essa condição precisa de tratamento intensivo no hospital. A dTpa também protege o pequeno do tétano, que pode ocorrer pela contaminação do cordão umbilical, e da difteria, que pode causar obstrução respiratória, com alta taxa de mortalidade entre os recém-nascidos. A vacina dTpa/tríplice bacteriana deve ser administrada entre o quinto e sétimo mês de gestação.

 

BCG 

BCG é aquela que, na maioria das vezes, deixa uma marquinha no braço. A BCG (Bacilo de Calmette-Guérin) é a vacina que protege o bebê contra as formas graves da tuberculose. Ela deve ser aplicada nos primeiros dias de vida. Apenas em casos de complicações ela pode ser aplicada depois, devendo respeitar o prazo de até um mês após o nascimento.

 

Hepatite B

Aplicada ainda na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida, na coxa do bebê, a vacina tem uma segunda dose após o primeiro mês e uma terceira após seis meses de nascimento. Ela protege contra a hepatite B, que pode levar a uma infecção crônica do fígado e, em alguns casos, levar até ao câncer. 

 

Cuide-se!

Antes do parto as gestantes passam por vários cuidados para que tudo corra bem. A vacinação é parte essencial nesse processo. É dentro do útero que se inicia a imunização do bebê. Ele recebe todo o cuidado necessário ainda dentro do corpo da mãe. Ao entrar no mundo, o bebê também precisa se adaptar às mudanças externas.

 “A vacinação é uma forma de proteger contra uma série de infecções, sem expor as pessoas aos riscos. Além disso, a intenção é proporcionar uma imunidade coletiva, ou seja, quando a maioria das pessoas está imunizada contra o vírus ou bactéria, diminui a circulação dele no mundo. Então, a vacinação faz parte de um projeto para uma sociedade melhor”, destaca a infectologista Maria Isabel.

As vacinas citadas estão disponíveis no laboratório Exame. Confira mais sobre as imunizações antes do parto e as necessárias para o recém-nascido e ao longo da vida clicando aqui.

 


Maternidade Brasília


Alergia alimentar infantil: causas e diagnóstico

O alergista José Roberto Zimmerman comenta sobre os alimentos de maior potencial alérgico em crianças


No mês das crianças é comum presentear os pequenos, porém as alergias alimentares ou problemas para digerir alguns alimentos podem ser fatores restritivos à oferta de guloseimas. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 8% das crianças brasileiras com até dois anos de idade sofrem com algum tipo de restrição alimentar (http://asbai.org.br/alergia-alimentar-e-o-tema-central-da-semana-mundial/#:~:text=No%20Brasil%2C%20n%C3%A3o%20h%C3%A1%20estat%C3%ADsticas,algum%20tipo%20de%20alergia%20alimentar.).

Segundo a Asbai, mais de 170 alimentos são considerados potencialmente alergênicos, ou seja, aqueles com maior chance de causar reações alérgicas. Diretor da rede de clínicas Alergo Ar há 40 anos, o alergista e pneumologista doutor José Roberto Zimmerman explica que os principais vilões das crianças são os laticínios, comumente ingeridos na infância, como leite de vaca/cabra, iogurtes e leite condensado. Os responsáveis devem ficar em alerta também com o trigo, ovos, amendoim, frutos do mar e alguns snacks de farinha de milho: “O aditivo alimentar tartrazina, muito presente em camarões e batatinhas chips, por exemplo, é um potencial desencadeador de alergia em crianças. Ele inclusive pode desencadear uma reação cruzada com o ácido acetilsalicílico (AAS), pois confunde o sistema imunológico por terem a composição semelhante. Geralmente quem tem alergia à tartrazina, terá também ao AAS”, complementa.

Os sintomas mais comuns dessa resposta exagerada do organismo à certos alimentos são apresentados como erupções cutâneas, vermelhidão ou coceira na pele, olhos e boca; inchaço da língua; dores abdominais acompanhados ou não de diarreia; podendo evoluir, nos casos mais graves, para dificuldade para respirar, tonturas e desmaios.

O alergista acrescenta que é preciso diferenciar a alergia ao leite da intolerância à lactose: “A intolerância à lactose é desencadeada devido à dificuldade do organismo em processar a enzima lactase, causando, exclusivamente, reação digestiva. Quem tem alergia ao leite, geralmente apresenta manifestações cutâneas, como inchaço e urticárias”, explica.

Segundo o doutor Zimmerman, o diagnóstico efetivo é realizado de acordo com o histórico de sintomas relatado pelos responsáveis e testes alérgicos podem apresentar uma espécie de falso positivo: “Os testes alérgicos podem evidenciar sensibilidade à diversos tipos de alimentos, porém sensibilidade não quer dizer necessariamente alergia. Se a criança come abacaxi sem manifestar reação alérgica, mesmo tendo apresentado sensibilidade no teste, não há porque retirar. A exclusão de vários tipos de alimento da dieta pode resultar em deficiências alimentares graves, por isso essa observação é importante”, alerta.

Durante a pandemia, o doutor José Roberto e demais médicos em grupo de risco da Alergo Ar realizam atendimentos virtuais. Porém, a rede de clínicas especializada em alergias e respiração conta com uma equipe de 30 médicos em atendimento presencial de cerca de cinco mil pacientes por mês nas unidades do centro do Rio, Madureira, Tijuca e Niterói.



Instagram: @alergoar
Facebook: /clinicaalergoar
https://www.alergoar.com.br/


Cuidados e exames para gestantes devem continuar na pandemia

A pandemia do novo coronavírus resultou em uma queda significativa no número de exames de pré-natal, ainda que a atividade médico-obstétrica, tanto de pré-natal como de ultrassonografia, nunca tenha sido alvo de recomendação de parada. Ainda assim, o medo da contaminação fez com muitas gestantes deixassem de realizar exames no período gestacional. Na realidade, a atividade obstétrica previne a possibilidade de complicações na gestação advindas do fato de não se realizarem exames adequados e de rotina.

Exames como ultrassonografia e US obstétrica são procedimentos primordiais para diagnosticar doenças e deficiências, no primeiro e no segundo trimestre de gravidez, bem como tratá-las e corrigi-las com medicações ou suporte nutricional. Quaisquer irregularidades na formação saudável do feto devem ser expostas e solucionadas, sempre tendo em mente o que é próprio da fase avaliada e o que merece investigação. Ao mapear o desenvolvimento da criança podemos realizar diagnósticos e tratamentos mais eficazes, tanto para a mãe quanto para o bebê. Em meio à pandemia, não existem evidências científicas que comprovem que a fase gestacional exige mais cuidado.

Assim, é fundamental que as gestantes e puérperas tomem ciência de que a ida ao laboratório e ao médico são fundamentais para manter a boa saúde delas e das crianças. Os locais onde são realizados os exames, como os laboratórios CDB Medicina Diagnóstica - pertencente ao Grupo Alliar -, encontram-se devidamente equipados e executam todos os procedimentos de segurança e higienização para manter a proteção das pacientes. Outro ponto a ser levado em consideração é a qualificação dos médicos, sendo eles os mais indicados para fornecer informações atualizadas sobre assuntos do período gestacional relacionada à Covid-19 e as particularidades da gravidez de cada paciente.

Os cuidados durante a gestação, parto e amamentação podem variar de acordo com os sintomas da mãe. A passagem do vírus de mãe para o feto parece não ocorrer, a não ser no periparto, mas não há uma malformação embrionária que possa ser indubitavelmente imputada ao Covid-19. Durante a amamentação, pode ocorrer a transmissão pela via respiratória. Porém, os benefícios da amamentação parecem superar os riscos da infecção, mas é recomendado o uso de máscaras e higienização das mãos durante o ato.

Finalizando, os exames e o atendimento pré-natal podem ser oferecidos normalmente e as grávidas podem manter a programação de exames e consultas em dia, sem precisar se preocupar com nada além da gestação em si, assim tomando os cuidados necessários. Esses incluem lavagem frequente das mãos com água e sabão, uso de álcool em gel a 70%, limpeza e desinfecção regulares de superfícies frequentemente tocadas em casa, monitoramento de quaisquer sinais ou sintomas consistentes com a Covid-19, buscando atendimento precoce por um profissional de saúde, caso apresentem quadro clínico ou resultado positivo de exame para Coronavírus.

 


Doutor Victor Bunduki - ginecologista e especialista em saúde materno-infantil do CDB Medicina Diagnóstica


Estudo inédito mostra que tratamento diminui risco de 25% na recorrência de câncer de mama

Verzenios (abemaciclibe) adicionado à terapia endócrina também reduz em 28% o risco de pacientes com câncer de mama desenvolverem doença metastática

 

Um estudo denominado monarchE, da Eli Lilly, mostrou que o medicamento oral Verzenios (abemaciclibe) - em combinação com terapia endócrina adjuvante padrão (ET) -, diminuiu em 25% o risco de recorrência do câncer de mama em comparação à terapia endócrina adjuvante padrão sozinha para pessoas com câncer de mama HR+/HER2- (receptor hormonal positivo / receptor de fator de crescimento epidérmico humano 2 negativo) precoce de alto risco. O estudo acaba de ser apresentado no Simpósio Presidencial do Congresso Virtual da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) 2020 e publicado, simultaneamente, no Journal of Clinical Oncology.

"Este é um marco importante para as pessoas que vivem com câncer de mama HR +, HER2- precoce de alto risco, potencialmente um dos avanços mais notáveis no tratamento nas últimas duas décadas para esta população de pacientes com câncer de mama", disse Stephen Johnston, MD, Ph. D., Professor de Medicina de Câncer de Mama e Oncologista Consultor da The Royal Marsden NHS Foundation Trust (Londres, Reino Unido) e investigador principal do estudo monarchE. "O abemaciclibe adicionado à terapia endócrina adjuvante melhorou significativamente a sobrevida livre de doença invasiva em mulheres e homens com câncer de mama HR +, HER2- precoce com alto risco de recorrência e, se aprovado, pode representar um novo padrão de tratamento para essa população".

"Estamos entusiasmados com o fato de Verzenios ter demonstrado uma redução clinicamente significativa no risco de recorrência do câncer em pessoas com câncer de mama HR +, HER2- precoce de alto risco, e a Lilly gostaria de agradecer aos pacientes e investigadores em todo o mundo que tornaram este estudo possível," disse Maura Dickler, MD, vice-presidente de desenvolvimento de fase tardia da Lilly Oncologia. "Os resultados da sobrevida livre de doença invasiva são significativos e fornecem esperança para pessoas com câncer de mama precoce de alto risco que temem por uma possível recorrência. A Lilly enviará esses resultados aos órgãos reguladores em todo o mundo o mais rápido possível e esperamos poder oferecer Verzenios como uma nova opção de tratamento para esses pacientes. Estamos orgulhosos da forma como o monarchE se baseia no vasto corpo de evidências clínicas estabelecidas para Verzenios."

"Os resultados do monarchE são uma boa notícia para pacientes com câncer de mama", disse Jean Sachs, MSS, MLSP, CEO da Living Beyond Breast Cancer. "Até 30% das pessoas com câncer de mama precoce HR + podem ter uma recorrência, então este é um desenvolvimento empolgante para pessoas com câncer de mama precoce HR +, HER2-, especialmente porque o ensaio incluiu mulheres em qualquer estado de menopausa, bem como homens."


Sobre o estudo monarchE

O estudo monarchE foi realizado com 5.637 pacientes com câncer de mama HR +, HER2- precoce de alto risco, em mais de 600 locais espalhados por 38 países, incluindo o Brasil, que contou com 297 participantes, de 21 centros de estudo no país, e ficou entre os cinco maiores recrutadores, com destaque para um centro de pesquisa em São Paulo que registrou o maior número de pacientes no estudo no mundo. Os dados de segurança do estudo monarchE foram consistentes com o perfil de segurança conhecido de Verzenios e nenhum novo evento adverso foi observado. No momento da análise, aproximadamente 70% dos pacientes em cada braço ainda estavam no período de tratamento de dois anos. O acompanhamento médio foi de aproximadamente 15,5 meses em ambos os braços. A duração média com Verzenios foi de 14 meses.

Todos os pacientes recebem terapia endócrina padrão por pelo menos 5 anos se considerado clinicamente apropriado. O objetivo principal é avaliar a sobrevida livre de doença invasiva que, no monarchE, é definida como o período antes do câncer voltar ou morte. Os objetivos secundários incluem sobrevida livre de recidiva à distância, sobrevida global, segurança, farmacocinética e desfechos de saúde do paciente.

O alto risco foi definido especificamente como mulheres (qualquer estado da menopausa) e homens com câncer de mama HR +, HER2 precoce com quatro ou mais linfonodos axilares patologicamente positivos (pALNs) ou 1 a 3 pALNs patológicos com pelo menos uma das seguintes características de risco: tamanho primário do tumor invasivo maior ou igual a 5 cm, tumor histológico de grau 3 ou índice central da proteína Ki-67 maior ou igual a 20%. Se aplicável, os pacientes também devem ter concluído quimioterapia e radioterapia adjuvante antes da inscrição e se recuperado de todos os efeitos colaterais agudos.


Sobre o câncer de mama precoce

O câncer de mama é o câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo.1 Estima-se que 90% de qualquer câncer de mama seja diagnosticado em estágio inicial.2 Aproximadamente 70% de todos os cânceres de mama são HR +, HER2-, o subtipo mais comum.3 Mesmo dentro deste subtipo, HR +, HER2 -, o câncer de mama é uma doença complexa e muitos fatores podem afetar o risco de recorrência, como o fato de o câncer acometer gânglios linfáticos ou não e ainda as próprias características biológicas do tumor, por exemplo. Aproximadamente 30% das pessoas diagnosticadas com câncer de mama HR +, HER2- precoce correm o risco de seu câncer retornar, podendo chegar a uma doença metastática incurável.4


Sobre Verzenios

Verzenios é um inibidor das enzimas CDK4 e CDK6 utilizado para o tratamento do subtipo mais comum de câncer de mama metastático, chamado HR+/HER2- (receptor hormonal positivo / receptor de fator de crescimento epidérmico humano 2 negativo). Verzenios é administrado em combinação com inibidor de aromatase (anastrozol ou letrozol) como tratamento inicial ou em combinação com fulvestranto em casos de progressão da doença após terapia hormonal inicial ou ainda em monoterapia em mulheres refratárias à terapia endócrina cuja doença progrediu e já tenha recebido de 1 a 2 regimes quimioterápicos anteriores.5



Lilly

www.lilly.com.br

 

 

• World Health Organization. Breast cancer: prevention and control. http://www.who.int/cancer/detection/breastcancer/en/index1.html. Acessado em: 14 de junho de 2020.

• Howlader N, et al. SEER Cancer Statistics Review, 1975-2013. http://seer.cancer.gov/csr/1975_2013/. Acessado em: 14 de junho de 2020.

• Howlader N, Altekruse S, Li C. US incidence of breast cancer subtypes defined by joint hormone receptor and HER2 status. J Natl Cancer Inst. 2014;106(5).

• Reinert T and Barrios CH. Optimal Management of Hormone Receptor Positive Metastatic Breast Cancer in 2016. Ther Adv Med Oncol. 2015;7(6):304-20.


Obesidade dispara e aumenta riscos de câncer, alerta professor da Unifesp

Oncologista Ramon Andrade de Mello recomenda drásticas mudanças de hábitos alimentares e combate ao sedentarismo


O número de brasileiros obesos com mais de 20 anos disparou a partir de 2003 até 2019 segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados recentes divulgados pela instituição mostram que, no ano passado, 26,8% dos pesquisados nessa faixa etária estavam obesos, mas há 16 anos, apenas 12,2% estavam nessa condição.

Ramon Andrade de Mello, oncologista e professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal), vê com preocupação a pesquisa do IBGE: "É urgente que o poder público, as autoridades médicas, empresas e instituições se engajem em campanhas para mudar essa ascensão vertiginosa da obesidade na população. Caso contrário, teremos sérios impactos na saúde pública nas próximas décadas".

O professor da Unifesp destaca que a obesidade pode aumentar o risco para o câncer de mama, de fígado, próstata, esôfago, colorretal, entre outros. "Ou mudamos drasticamente os hábitos alimentares com uma dieta saudável, evitando produtos industrializados com excesso de gorduras e sódio, ou então vamos acompanhar uma evolução rápida de doenças. Além do câncer, o excesso de peso vai provocar problemas cardiovasculares e diabetes, por exemplo".


A pesquisa do IBGE detalha que a prevalência da obesidade feminina passou de 14,5% para 30,2% no período, enquanto a masculina aumentou de 9,6% para 22,8%. "Mais de 60% da população está acima do peso. O atendimento multidisciplinar de saúde voltado à prevenção, com uma conscientização sobre uma alimentação saudável e o incentivo de exercícios físicos regulares, pode mudar esse panorama", esclarece o oncologista.




Ramon Andrade de Mello - Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology - ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology - ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology - ASCO). O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP).


O espaço escolar não pode esperar até a vacina chegar

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o fechamento das escolas tem causado consequências adversas. As perturbações resultantes desse movimento acentuam as disparidades já existentes nos sistemas educacionais, além de afetarem outros aspectos fundamentais da vida. Em recente publicação sobre o tema, a Unesco aponta itens sob a ótica da Educação que foram especialmente atingidos. São alguns deles: aprendizagem efetiva interrompida, agitação e estresse para professores, pais despreparados para a Educação remota, desafios na criação e manutenção do ensino não presencial, altos custos econômicos e aumento das taxas de abandono escolar.

A retomada presencial passa, naturalmente, pela opção de aguardar o momento supostamente mais seguro resultante de uma vacina. Ainda que o mundo viva uma corrida por uma solução contra a Covid-19, existe muita responsabilidade e milhares de testes antes que um imunizante seja distribuído. A cada nova notícia sobre o assunto, somos remetidos às possibilidades de se alcançar uma vacina eficaz e segura somente ao longo de 2021.

O fechamento de escolas tem evidentes impactos negativos sobre a saúde e desenvolvimento infantil, Educação, renda familiar e economia, a médio e longo prazos. Condicionar a decisão de retorno presencial das aulas à imunização global da população pode até parecer uma decisão 100% segura, mas, no entanto, escora e prolonga um cenário educacional que as instituições de ensino sustentaram até o momento com esmero, mas que começa a dar sinais de esgotamento do modelo e necessidade imediata de ajuste.

Para além da defasagem educacional constantemente mensurada pelas instituições e já mapeada para recuperação futura, têm se agravado as desigualdades e violências nos últimos seis meses. As crianças, além de terem seus estudos prejudicados, também enfrentam questões graves de violência em meio à pandemia. As crianças e adolescentes se mostram mais irritadas por estarem tanto tempo longe de seus colegas e de outros familiares.

O afastamento social tem mexido com as sensações da população mundial – e as crianças são especialmente vulneráveis. A perda dos espaços de apoio e convivência é um dos motivos para o aumento do estresse e, consequentemente, da violência contra as crianças e adolescentes. No mês de abril, o Governo Federal recebeu 19.663 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, sendo um aumento de 47% em relação ao mesmo período do ano passado.

A escola, mais do que nunca, deve ser compreendida como atividade essencial. Se, em algum tempo, houve quem acreditou que poderia fazer educação escolar em casa, a quarentena trouxe os argumentos para dissuadir quem defendia esse conceito. O ambiente escolar não é apenas um espaço para construção de conhecimento, é sim um local seguro com um ambiente profilático propício para essas crianças e adolescentes. Nenhum outro espaço social está tão comprometido em cumprir as normas e regras para mitigar a doença, pois, afinal, tudo na escola é educativo, enquanto protegemos os alunos, ensinamos como devem proteger a si e aos outros, ao passo que nos adaptamos a viver com a Covid-19, até que uma vacina esteja acessível a toda a população.




Milena Fiuza - gerente pedagógica do Sistema Positivo de Ensino.


Ensino Médio está autorizado a voltar em novembro

Retorno das aulas para estudantes do Ensino Médio está autorizado para as redes de ensino, municipal, estadual e particular. Desde que sejam seguidas todas as normas estabelecidas no Protocolo de retorno às aulas


Está autorizado o retorno das aulas para o Ensino Médio, a partir de 3 de novembro, na cidade de São Paulo, para as redes públicas e particulares da cidade. Todas as escolas podem observar as diretrizes do Protocolo de Volta às Aulas , escrito em parceria com os professores da rede municipal de ensino.

A rede municipal conta com 8 escolas de Ensino Médio e todas retornaram com as aulas presenciais, a partir de 03 de novembro. Serão realizadas atividades de acolhimento e uma prova diagnóstica que pretende verificar os índices de aprendizado e traçar a partir daí trabalhos para a recuperação das aprendizagens.

Para os demais ciclos de ensino, a Prefeitura de São Paulo anunciou que manterá a atenção para as atividades extracurriculares, que estão permitidas desde 07 de outubro, na cidade. Novas datas de retorno foram anunciadas, dias 03 e 19 de novembro. A decisão final caberá ao Conselho de cada escola. Essas duas datas visam permitir que as escolas tenham tempo para se reunir com os Conselhos de Escola e, caso decidam pelo retorno, a Pasta terá prazo para enviar, merenda, acertar a equipe de limpeza e organizar demais questões necessárias.

Para as unidades que seguem o protocolo de atendimento das extracurriculares a recomendação é que se dê maior atenção para as atividades de recuperação de aprendizagens para o 9º ano. As unidades poderão receber até 20% dos alunos, por turno. Estudantes e profissionais deverão utilizar Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e respeitar o distanciamento social mínimo de 1,5m.

Estudantes a partir do 1º ano do Ensino Fundamental poderão realizar, preferencialmente, atividades extracurriculares, como: atividades culturais, cursos de idiomas, atividades esportivas (exceto aquelas que demandem contato físico e organização coletiva) e atividades de reforço escolar, preferencialmente de Língua Portuguesa e de Matemática.

Os bebês e crianças matriculados em educação infantil poderão participar de atividades de acolhimento, teatro de fantoches, contos literários, atividades recreativas, entre outras. A permanência dos estudantes nas escolas será limitada a duas horas diárias e dois dias da semana.

Está assegurado o fornecimento de alimentação escolar aos estudantes que participarem das atividades extracurriculares, bem como o oferecimento de Transporte Escolar Gratuito (TEG) aos alunos que fazem parte do programa.


Unidades da Rede Parceira

As Organizações Sociais/ Instituições que mantém Termo de Colaboração com à SME deverão por meio do seu Conselho Gestor decidir se irão ofertar atividades extracurriculares às crianças atendidas. As Organizações que optarem pela oferta de atividades extracurriculares deverão promover consulta aos pais e responsáveis a fim de definir o número de crianças que serão atendidas.


Centros Educacionais Unificados - CEUs

Os Centros Educacionais Unificados não poderão realizar atividades nos teatros e nas piscinas. As atividades extracurriculares nestas unidades poderão contar com a participação somente das crianças e estudantes matriculados na Rede Municipal de Ensino.


COMO PREPARAR A SUA PEQUENA EMPRESA PARA A BLACK FRIDAY

 Especialista em consumo digital listou orientações para os empreendedores aproveitarem as oportunidades da campanha que promete ser a mais concorrida.

 

A  Black Friday é um termômetro importante para o varejo e em um ano marcado pelo crescimento do comércio eletrônico e aumento de 11% no mês de março, passando para 31% em julho em compras de itens domésticos, segundo uma pesquisa divulgada em 21 de outubro pela Serasa Experian, as vendas podem surpreender, é o que afirma a mestre em  comportamento de consumo digital e especialista em implantação e gestão de e-commerce, Fatima Bana. 

A edição da Black Friday de 2020, realizada em 27 de novembro, além de dar início as compras de Natal será uma das maiores oportunidades do ano de realizar boas vendas. No entanto, participar desse evento como proprietário de uma pequena empresa pode ser extremamente cansativo, principalmente quando alguns dos maiores varejistas estão oferecendo grandes descontos. Ainda de acordo com a especialista, mesmo sendo um pequeno empreendedor é possível se dar bem e faturar bastante na Black Friday. “Para começar, o empresário precisa garantir que a empresa e o seu site estejam preparados para a demanda. Uma vantagem de ser pequeno nesse caso é que você pode oferecer uma experiência de compra mais personalizada para o seu cliente” – resume. 

Para a profissional, se os clientes acreditam na missão e na mensagem da empresa é mais provável que escolham seus produtos ou serviços em vez de um concorrente. O comprador está ficando mais sagaz, pesquisando e se mantendo atento as promoções mentirosas e por isso, criar essa relação de confiança é tão valioso. “Não adianta falar que é Petlover se não permitir entrada de animais ou fizer discursos contraditórios. Chegou a hora de mostrar a verdade, consumidor está com bem menos paciência para as meias verdades” – afirma. 

Se ainda restaram dúvidas de como se portar durante esse evento, Fátima Bana que também possui formação internacional em Marketing listou algumas dicas que podem ajudar as pequenas empresas. Anote:

 

1-Veja e ouça os clientes nas redes sociais.

 Algumas empresas cometem o grande erro de ignorar os seguidores e possíveis clientes nas redes sociais, principalmente no período de eventos grandes como a Black Friday e datas comemorativas, esquecendo-se do aspecto mais valioso da mídia social: a percepção do cliente em tempo real.  Através de postagens e comentários é bem possível saber o que ele gosta, do que não gosta e isso te dá uma vantagem, por isso dê aquela famosa stalkeada e passe a priorizar

seu tempo na mídia social para revisar esses conteúdos valiosos.

 

2-Estude grandes empresas e replique em menor escala.

 Claro que você não precisa tentar ser a próxima Amazon da vida. Mas por que não dar um mergulho profundo no que grandes empresas como Magazine Luiza  fazem para descobrir mais sobre por que seus clientes estão ou não respondendo às suas promoções?  Provavelmente, você pode aplicar as lições aprendidas à sua própria estratégia de vendas.

 

3-Priorize o celular. 

Você deve estar cansado de ouvir que precisa de uma estratégia online, certo? Mas essa mensagem nunca foi tão importante do que agora. A esmagadora maioria das pessoas tem celular e fazem tudo através dele e ainda mais com a pandemia, muitos preferirão realizar suas compras através do smartphone. Você não precisa necessariamente ter um site ou aplicativo (ainda que seja importante). Comece pequeno, venda pelo WhatsApp, pelo Instagram, peça feedbacks e os compartilhe, isso te trará um bom retorno.

 

4-Faça um brainstorm de táticas de engajamento da perspectiva de um cliente. 

Para descobrir maneiras de realmente conquistar seus clientes, reserve um tempo para se colocar no lugar deles. Como você pode atender às necessidades de seus clientes e, ao mesmo tempo, tornar outros aspectos de suas compras um pouco mais fáceis? Oferecer inspiração e assistência na hora da compra é uma forma de ajudar.

 

5-Concentre seu pequeno orçamento em um objetivo ou evento. 

Existem várias maneiras diferentes de causar impacto na Black Friday, mas seria necessário um orçamento enorme para poder fazer todas elas. Em vez disso, decida qual objetivo é mais importante para o seu negócio e, em seguida, escolha as táticas que o ajudarão a alcançá-lo. Você terá mais sucesso dedicando sua energia e recursos em um grande evento do que tentando fazer mais do que pode/consegue.

 

6-Use e abuse das redes sociais.

Divulgue seus itens, serviços e promoções especiais. Devido às constantes mudanças no algoritmo do Facebook , pode ser difícil alcançar os clientes de forma orgânica. Você pode considerar o uso de anúncios pagos. Use tudo o que tiver, Instagram, WhatsApp. Peça para os amigos compartilharem em seus stories, você verá como o “boca a boca” digital faz sucesso.

 

7- Atente-se à segurança dos seus clientes físicos.

Apesar de muitos já estarem saindo na rua, a pandemia ainda não acabou, por isso, como empresa é necessário que você tome medidas de segurança tanto para o bem-estar do cliente quanto para o seu e de seus funcionários. Por isso, distribua os itens que estão à venda em diferentes partes da loja para evitar a superlotação em um mesmo local. Deixe corredores largos o suficiente para mais de um cliente passear ao mesmo tempo. Se você tiver um número limitado de determinados itens em promoção, coloque-os atrás do balcão para que os clientes não agarrem. Esses truques ajudam a empresa controlar os clientes sem que eles percebam. Além disso, não se esqueça de sempre verificar a medição de temperatura de cada um e disponibilizar álcool em gel para todos.

 



Fatima Bana - mestre em comportamento de consumo digital e especialista em liderança de equipes, planejamento, implantação de e-commerce, gestão empresarial e negócios digitais. A especialista possui formação internacional na área de marketing pela University of Califórnia (UCLA / USA) e atualmente, é graduanda em Neuropsicologia o que garante análises com base nos processos cognitivos. Fatima já atuou como líder em grandes empresas: foi diretora executiva em companhias como Gafisa, Accenture e Tivit, e ocupou o cargo de Head de Marketing na LATAM e CMO da Buser.


Varejo digital fatura R$ 33,4 bilhões no terceiro trimestre e setor mantém crescimento

Cifra representa aumento de 85,1% em relação ao mesmo período do ano passado


Mesmo com a reabertura parcial das lojas físicas e shoppings centers, o varejo digital vem se consolidando como aliado dos consumidores. Prova disso são os resultados obtidos pelo e-commerce brasileiro nos meses de julho a setembro.

No terceiro trimestre de 2020, o setor faturou R$ 33,4 bilhões, crescimento significativo em relação ao mesmo período do ano passado: ao todo, o crescimento foi de 85,1%. O resultado foi apurado pela Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce, e apresentado no relatório homônimo, apresentado trimestralmente pela companhia com foco total no varejo eletrônico do país. O conteúdo completo está disponível no site: https://www.neotrust.com.br.

Apesar da flexibilização das medidas de isolamento social, os brasileiros continuaram a buscar pelos itens utilizados em seu dia a dia na internet. No período, 79,2 milhões de pedidos foram realizados – aumento de 76% em relação ao mesmo trimestre em 2019.

A popularização do varejo digital segue em alta e atraindo cada vez mais novos consumidores. De julho a setembro, 23,2 milhões de pessoas compraram pelo menos um item durante o período, volume 59,7% maior do que o registrado no período do ano passado. Desse total, 5,80 milhões de pessoas ingressaram no e-commerce pela primeira vez.


Categorias

Analisando o varejo digital pelas categorias compradas, é possível notar que os produtos de ticket médio menor seguem como os mais procurados, abarcando mais da metade do volume de vendas nas primeiras categorias. Apesar disso, as categorias de produtos com valores elevados e maior faturamento estão voltando a ocupar os primeiros lugares. Prova disso é o fato de que as categorias campeãs em volume de vendas foram: Moda e Acessórios, responsável por 20% do total de pedidos realizados no período, Beleza, Perfumaria e Saúde (com 15,1% desse volume) e Entretenimento (11,8%).

Já a análise das categorias que geraram maior faturamento durante o período mostra que Telefonia ocupa o primeiro lugar, com 21,2% da cifra gerada no trimestre. Em segundo lugar está Eletrodomésticos e Ventilação (15,4% do total) e, em terceiro, Entretenimento (11,0%). As compras refletem a necessidade de se adaptar rapidamente ao home-office bem como a volta das temperaturas climáticas maiores.


Perfil

Ao segmentar os consumidores entre os gêneros feminino e masculino, nota-se que as mulheres mantêm o protagonismo em volume de compras pela internet, representando 58,8% de todos os pedidos realizados no varejo online brasileiro. Porém, apesar de comprarem em menor quantidade, os homens ainda gastam valores mais altos com suas compras online, com ticket médio de R$ 503.40, ante R$ 365.50 do público feminino.

Na divisão por faixa etária, é possível compreender que a idade média dos consumidores durante o trimestre segue em 37 anos. Os principais grupos consumidores foram os de 26 a 35 anos, que representam 33,6% do total de pedidos realizados, e os de 36 a 50 anos, com 33,2% da soma. Nas últimas posições, ficaram os extremos: brasileiros até 25 anos geraram 19% dos pedidos feitos no período e os internautas com mais de 51 anos, responderam por 14,2% desse total.


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