O alergista José
Roberto Zimmerman comenta sobre os alimentos de maior potencial alérgico em
crianças
No mês das crianças é comum presentear os pequenos,
porém as alergias alimentares ou problemas para digerir alguns alimentos podem
ser fatores restritivos à oferta de guloseimas. De acordo com a Associação
Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 8% das crianças
brasileiras com até dois anos de idade sofrem com algum tipo de restrição
alimentar (http://asbai.org.br/alergia-alimentar-e-o-tema-central-da-semana-mundial/#:~:text=No%20Brasil%2C%20n%C3%A3o%20h%C3%A1%20estat%C3%ADsticas,algum%20tipo%20de%20alergia%20alimentar.).
Segundo a Asbai, mais de 170 alimentos são
considerados potencialmente alergênicos, ou seja, aqueles com maior chance de
causar reações alérgicas. Diretor da rede de clínicas Alergo Ar há 40
anos, o alergista e pneumologista doutor José
Roberto Zimmerman explica que os principais vilões das
crianças são os laticínios, comumente ingeridos na infância, como leite de
vaca/cabra, iogurtes e leite condensado. Os responsáveis devem ficar em alerta
também com o trigo, ovos, amendoim, frutos do mar e alguns snacks de farinha de
milho: “O aditivo alimentar tartrazina, muito presente em camarões e batatinhas
chips, por exemplo, é um potencial desencadeador de alergia em crianças. Ele
inclusive pode desencadear uma reação cruzada com o ácido acetilsalicílico
(AAS), pois confunde o sistema imunológico por terem a composição semelhante.
Geralmente quem tem alergia à tartrazina, terá também ao AAS”, complementa.
Os sintomas mais comuns dessa resposta exagerada do
organismo à certos alimentos são apresentados como erupções cutâneas,
vermelhidão ou coceira na pele, olhos e boca; inchaço da língua;
dores abdominais acompanhados ou não de diarreia; podendo evoluir, nos casos
mais graves, para dificuldade para respirar, tonturas e desmaios.
O alergista acrescenta que é preciso diferenciar a
alergia ao leite da intolerância à lactose: “A intolerância à lactose é
desencadeada devido à dificuldade do organismo em processar a enzima lactase,
causando, exclusivamente, reação digestiva. Quem tem alergia ao leite,
geralmente apresenta manifestações cutâneas, como inchaço e urticárias”,
explica.
Segundo o doutor Zimmerman, o diagnóstico
efetivo é realizado de acordo com o histórico de sintomas relatado pelos
responsáveis e testes alérgicos podem apresentar uma espécie de falso positivo:
“Os testes alérgicos podem evidenciar sensibilidade à diversos tipos de
alimentos, porém sensibilidade não quer dizer necessariamente alergia. Se a
criança come abacaxi sem manifestar reação alérgica, mesmo tendo apresentado
sensibilidade no teste, não há porque retirar. A exclusão de vários tipos de
alimento da dieta pode resultar em deficiências alimentares graves, por isso
essa observação é importante”, alerta.
Durante a pandemia, o doutor José Roberto e
demais médicos em grupo de risco da Alergo Ar realizam atendimentos virtuais.
Porém, a rede de clínicas especializada em alergias e respiração conta com uma
equipe de 30 médicos em atendimento presencial de cerca de cinco mil pacientes
por mês nas unidades do centro do Rio, Madureira, Tijuca e Niterói.
Instagram: @alergoar
Facebook: /clinicaalergoar
https://www.alergoar.com.br/
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