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sábado, 17 de outubro de 2020

Dia do médico: 10 tendências do setor para ficar de olho

Profissionais da Sanar apontam o que deve mudar na vida de profissionais e pacientes na nova era da medicina


Domingo, 18, é celebrado o dia do médico. A data, eleita para valorizar o profissional de saúde, também é um período para que especialistas e estudantes de medicina reflitam a respeito das mudanças vividas na área e, claro, se preparem para o que está por vir. Assim como já aconteceu em outros setores, a tecnologia vem transformando a saúde. Esse processo que vinha caminhando lentamente nos últimos anos, tomou impulso com a pandemia da Covid-19, que impôs uma série de restrições e cuidados extras para população e também para os profissionais da saúde. Para Vinícius Côgo Destefani, Médico na Sanar|MED e Cardiologista Intervencionista de Cardiopatias Congênitas da Sanar, a aceleração da transformação digital da saúde traz uma série de reflexões importantes para médicos e para todo o setor.

Veja abaixo as tendências para a saúde do futuro: 


1- Digitalização de parte do atendimento: A jornada do usuário do serviço de saúde pode ser melhor otimizada. Muito tem se falado em ter portas de entrada digitais para o sistema de saúde via aplicativos, por exemplo. Dando mais clareza estatística e direcionamento para unidades dentro do sistema. Para ter um diagnóstico o paciente precisa ir ao médico, fazer exames em lugares diferentes, retornar, comprar medicações. É um processo penoso, custoso e pouco eficiente com vários pontos que podem falhar onerando todo o sistema. Retornos ao médico em grande parte poderiam ser online, por exemplo. É preciso enxergar o paciente como um cliente que deseja uma experiência de cuidado que deve ser satisfatória em toda a jornada, do agendamento da consulta até o pós-tratamento e acompanhamento.


2- Educação e Atualização Médica Online: Grande parte do aprendizado médico e das equipes pode ser feita no ambiente online. Os ambientes de troca de informações virtuais cresceram e provaram que a experiência de aprender pode ser muito boa no ambiente digital, superando inclusive o ambiente presencial para alguns casos. É possível mensurar a aceitação de estudantes com base no aumento na procura das plataformas da Sanar. “Em alguns casos, os estudantes relatam gostar mais das aulas online do que presenciais. O formato que combina ensino digital com experiências práticas será cada vez mais comum”, aponta Felipe Marques da Costa, Médico pneumologista, líder da equipe de pneumologia COPAN no Hospital Beneficência Portuguesa e coordenador da pós-graduação em Medicina da Sanar.


3- Inteligência Artificial no atendimento: O uso machine-learning, uma vertente da inteligência artificial, que oferece a possibilidade de identificar padrões em dados e automatizar a construção de modelos analíticos, será cada vez mais comum na medicina. As pessoas se tornaram mais receptivas pela força da necessidade do isolamento. Com a Covid-19, novos formatos de triagem de pacientes baseado em dados se tornaram cada vez mais comuns, o que ajuda a otimizar os recursos da saúde.


4- Uso do pensamento ágil para criar soluções na área de saúde: O pensamento ágil aplicado ao lean software na indústria têm sido adotado para testar soluções novas na saúde. Testar rápido, aprender, adaptar, com mínimo de custos, evitando-se o desperdício são pilares que estão sendo incorporados na saúde. Pesquisadores estão se unindo para criar coisas incríveis como ventiladores mecânicos que custam dez vezes menos. “Existia uma convicção de que tudo relacionado a saúde deveria ser extremamente complexo e caro, mas com a pandemia profissionais da saúde perceberam que existem outros caminhos”, conta Ricardo Zantieff, cirurgião geral, Professor da Universidade Federal da Bahia e Coordenador pedagógico Sanar.


5- Empoderamento do paciente: O médico deixa de ser a única autoridade em termos de conhecimento. Cada vez mais as pessoas buscam ativamente informações qualificadas sobre doenças, tratamentos, alternativas e possibilidades, há um desejo latente em compartilhar decisões com o médico(a). O paciente e seus entes queridos querem ter protagonismo no acompanhamento da doença. É ilusório achar que duas ou três consultas por ano resolvem todas as dúvidas e necessidades de alguém com uma doença crônica, por exemplo. Existe uma onda de autocuidado acontecendo. Por isso, soluções nesse caminho ganham espaço. O médico deve sempre orientar e explicar os cuidados que o paciente precisará ter ao tomar qualquer decisão com base no que vê na internet. Isso é especialmente importante nessa pandemia de fake news que vivemos.


6- Conexão emocional: O setor está entendendo de uma forma mais estruturada que entregar uma boa medicina está cada vez mais distante de somente fazer o diagnóstico e dar uma conduta, uma vez que tecnologias como a inteligência artificial, por exemplo, podem vir a fazer cada vez mais no futuro. Grande parte do valor para o paciente está na capacidade do médico(a) de se conectar com a sua realidade social, manejar suas expectativa, emoções e dar uma excelente experiência de cuidado para o indivíduo. “Entregar a parte técnica com qualidade é apenas um pré-requisito para um bom atendimento, mas não é mais uma garantia de sucesso ou adesão terapêutica”, explica Tamiris Machado, Médica e Coordenadora pedagógica Sanar.


7- Estruturas descentralizadas e compartilhadas: O cuidado com a saúde deixa de ser centralizado em grandes hospitais e instituições e se torna mais compartilhado. Existem exemplos de unidades de terapia intensivas percorrendo  domicílios na Austrália com monitoramento à distância. Estruturas mais adaptáveis como os hospitais de campanha nos mostraram que é possível pensar nestes novos formatos de atendimento. Há cada vez mais uma perda de protagonismo do hospital como única unidade de cuidado e atenção à saúde. O compartilhamento de dados entre instituições e governos é outra tendência que ajuda bastante o mundo a pensar de forma integrada sobre problemas que tendem a ser globais. Criou-se uma possibilidade de reflexão colaborativa e o cenário de pandemia foi essencial para isso. 


8- Uso de dados: A tendência é de que cada vez mais a medicina leva em conta a análise de dados no tratamento de pacientes e estudo de doenças. A experiência com Covid-19 mostra a importância, por exemplo, de usar dados globais para rastrear os sintomas da doença e as diferenças que apresentadas em cada país. 


9- Médicos Influenciadores: Antes, o eixo da autoridade técnica estava em grande parte na mão das instituições como hospitais e faculdades. Porém, hoje está mais democratizado. Um médico(a) pode lotar seu consultório por ser uma autoridade digital e mostrar que tem expertise e conteúdo necessário. Essa autoridade compartilhada permite que os médicos (as) ganhem protagonismo pessoal e tornem-se menos dependentes das estruturas estabelecidas. Plataformas de teleconsulta tem permitido que eles voltem a ser profissionais autônomos, inclusive. Nesse contexto é importante ressaltar o peso das evidências científicas nas tomadas de decisão e a importância das lideranças ao conduzir processos decisórios do setor.


10- Conhecimento Colaborativo: Profissionais de saúde e pessoas de um modo geral vão sair da pandemia com uma perspectiva mais colaborativa no que tange ao compartilhamento de conhecimento. Isso também acelera plataformas comunitárias de trocas de informação e casos clínicos. Além de colaboração técnica que tende a ser mais acentuada, como no comportamento intensificado por pesquisadores pelo mundo para encontrar a cura da COVID-19. 

“Os profissionais que enxergarem esse processo como oportunidades e menos como ameaças ao seu papel tendem a ter sucesso nesse novo mundo que vem se desenhando, garantindo excelência no atendimento das expectativas da população”, conclui Caio Nunes, Médico Radiologista e Co-founder da Sanar.


 

Sanar - MedTech brasileira que possui a maior plataforma online de educação médica do país.


Alimentação saudável é aliada na prevenção da obesidade e doenças crônicas

Ministério da Saúde aproveita a data mundial para reforçar orientações sobre alimentação saudável para a prevenção da obesidade e outros problemas de saúde 

 

A má alimentação é um dos principais fatores de risco para doenças e mortes no mundo. Por isso, no Dia Mundial da Alimentação, celebrado nesta sexta (16/10), o Ministério da Saúde reforça as ações de promoção à saúde dos brasileiros, incentivando uma alimentação saudável para a prevenção da obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e problemas cardíacos. 

“A alimentação inadequada tem um peso maior do que o tabaco, o álcool e a atividade física na determinação da doença nos brasileiros. Então, no momento em que nós adotamos um padrão de alimentação saudável, estamos reduzindo o risco de ficar doente”, explica Gisele Bortolini, coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde. 

Por meio do Guia Alimentar para a População Brasileira, elaborado pelo Ministério da Saúde, a população pode conhecer, de maneira simples e descomplicada, as recomendações sobre hábitos saudáveis. Segundo o documento, a base de uma alimentação saudável deve ser composta por alimentos in natura ou minimamente processados. Ou seja: quanto menos processamento, melhor para a saúde. Basta prestar atenção nos rótulos dos produtos para diferenciar os alimentos que você está consumindo. Deixar de lado aqueles que possuem ingredientes desconhecidos ou com pouca quantidade de produtos in natura, e valorizar os alimentos brasileiros, como o arroz e o feijão, é uma atitude essencial para a manutenção da saúde e prevenção de doenças.    

“A base da alimentação dos brasileiros ainda é o arroz com feijão, que são os alimentos in natura e minimamente processados, padrão de alimentação que precisa ser preservado. Mas a participação de alimentos ultraprocessados vem aumentando”, diz Gisele Bortolini.

CONSUMO DOS ALIMENTOS

Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2017/2018, houve uma queda no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados se comparado com os estudos de anteriores. Por exemplo, de 53,3% em 2002/2003 caiu para 49,5% em 2017/2018 o valor calórico total dos alimentos adquiridos no domicílio. Também houve declínio no uso de ingredientes culinários (de 25,8% para 22,3%). Em contrapartida, houve um aumento do consumo de alimentos processados (de 8,3% para 9,8%) e ultraprocessados (de 8,6% para 18,4%).

Isso acende o alerta para maior incidência de obesidade, diabetes e hipertensão. Doenças como diabetes, câncer, e relacionadas aos aparelhos circulatório e respiratório são responsáveis por 63% das mortes globais, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis correspondem a 72% das causas de óbito.

A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde dá a dica sobre qual é o prato perfeito para a sua saúde: “O básico é o arroz com feijão, uma salada crua, um vegetal cozido, carnes e, água para beber. Esse é o prato mais perfeito, produz saúde, e pode e deve ser consumido no almoço e no jantar. E é saboroso”, completa.

 

OBESIDADE 

Entre 2006 e 2019, dados do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) mostraram maior prevalência de excesso de peso entre brasileiros (de 42,6% para 55,4%), de obesidade (de 11,8% para 20,3%), de diabetes (de 5,5% para 7,4%) e de hipertensão (de 21,6% para 24,5%). 

Gisele Bortolini destaca a atenção dada aos usuários no Sistema Único de Saúde (SUS): “Ao procurar uma unidade básica de saúde próxima de casa, os indivíduos encontrarão um leque de ações que são ofertadas desde a vigilância, diagnóstico, tratamento e ações de prevenção e promoção. O nosso objetivo é promover saúde para a população por meio dos guias alimentares e diminuir o risco de adoecimento e excesso de peso”, explica. 

Nas crianças acompanhadas pela Atenção Primária à Saúde (APS) do SUS, 14,8% dos menores de 5 anos e 28,1% das crianças entre 5 e 9 anos tinham excesso de peso em 2019. Dessas, 7% e 13,2% apresentavam obesidade, respectivamente. Quanto aos adolescentes acompanhados na APS em 2019, 27,9% e 9,7% apresentavam excesso de peso e obesidade, respectivamente. 

Para orientar pais e responsáveis, o Ministério da Saúde disponibiliza o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos, com recomendações para a alimentação saudável dos pequenos.

 

ESCOLHA DOS ALIMENTOS 

Saiba como fazer boas escolhas alimentares: 

·         in natura ou minimamente processados: são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza. Exemplos: frutas, verduras, legumes, cereais como o arroz, farinhas, raízes e tubérculos como a mandioca, grãos como os feijões,  carne resfriados ou congelados, ovos, castanhas, e leite pasteurizado;


·         produtos extraídos de alimentos in natura ou diretamente da natureza: usados pelas pessoas para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. Exemplos: óleos, gorduras, açúcar e sal;


·         processados: produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado. Exemplos: legumes em conserva, frutas em calda, queijos e pães;


·         ultraprocessados: produtos cuja fabricação envolve diversas etapas e técnicas de processamento e vários ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial. Com pouca ou nenhuma quantidade de alimento in natura ou minimante processado na composição Exemplos: refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e macarrão instantâneo.

 


Marina Pagno
Ministério da Saúde


Afinal, você sabe como surgem as pedras nos rins?

Dr. Marcos Dall’Oglio explica que consumir água é essencial, mas a mudança nos hábitos alimentares e a prática de exercícios regularmente são fundamentais

 

Os cálculos renais ou pedras nos rins, como são mais conhecidos popularmente, se referem a um problema cujo nome científico é litíase urinária. Mais comum do que podemos imaginar, afeta um em cada dez brasileiros.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), houve um aumento de 20% de casos nos últimos dez anos, com incidência predominante em homens na faixa de 30 a 45 anos, mas também em mulheres e crianças.

O Urologista e Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina da USP, Dr. Marcos Dall'Oglio explica que os cálculos renais são condições dolorosas marcadas pela formação de pedrinhas que obstruem o sistema urinário. "A formação endurecida pode surgir nos rins e interromper outro ponto do canal urinário, como, por exemplo, o ureter, canal que transporta a urina até a bexiga. Por ele ser muito estreito, a partícula acaba emperrada e, em decorrência de tentativa de expulsão, surge a dor intensa", complementa.

Mas afinal, como elas surgem? Os rins funcionam como dois grandes filtros de água. Além de reter a água para formar a urina, eles retêm diversos elementos, como, por exemplo, cálcio, ácido úrico e oxalato. Quando essas moléculas aparecem em grande quantidade e há pouco líquido retido para dissolvê-las, surgem cristais ou agregados que se juntam e viram cálculos.

"Não se pode esquecer da pedra estrutiva, que atinge principalmente as mulheres. A origem está associada a uma infecção causada pela bactéria Proteus Mirabilis, que altera o pH da urina, facilitando a junção de partículas de magnésio, fosfato e amônia", explica o urologista.

Abuso de sal, ingestão em excesso de alimentos ricos em cálcio e proteínas, pouco líquido na dieta, obesidade, hipertensão e predisposição genética são alguns dos fatores de risco para os cálculos renais aparecerem. Os sintomas são cólicas que começam na região lombar e migram para outras áreas, dor no baixo ventre, sangue na urina, náuseas, vômito e vontade de fazer xixi a toda hora.


Como prevenir os cálculos renais?

Segundo o urologista, a dieta é um fator preponderante no controle do problema. Para evitar a cristalização dos sais, o organismo humano precisa de água, portanto uma das primeiras regras é tomar bastante líquido. A recomendação diária é de 30ml por quilo de peso corporal, então, uma pessoa de 70 quilos precisa beber 2,1 litros de água por dia.

Maneirar no sal, nos embutidos (como linguiça, salsicha e salame), enlatados e macarrões instantâneos é outra medida aconselhada. Alimentos com alto teor de oxalato (espinafre, nozes, pimenta e chá-preto, por exemplo) também exigem moderação, quando já existe propensão a pedras desse tipo. Pessoas com alta concentração de ácido úrico no sangue devem ainda reduzir a ingestão de cerveja, carne vermelha e frutos-do-mar, uma vez que eles elevam ainda mais as taxas.

"Também é fundamental praticar exercícios regularmente, mudar os hábitos alimentares, evitando o excesso de bebidas alcoólicas e refrigerantes, além de maneirar no consumo de sódio. A quantidade varia conforme o nível de atividade física de cada pessoa, mas a recomendação geralmente é de 0,8 g a 2 g do nutriente por quilo de peso corporal. Ou seja, uma pessoa com 70 kg deve comer até 140 g de proteína por dia", finaliza Dr. Marcos Dall'Oglio.

 



Dr. Marcos Dall'Oglio - Possui graduação em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1993) e doutorado em Medicina (Urologia) pela Universidade Federal de São Paulo (2000). Professor Livre-Docente da Faculdade de Medicina da USP desde 2008. Tem certificação para atuar em cirurgia robótica (Urologia) pela Intuitive Da Vinci Surgical System Training. Atuou como Diretor Médico Oncocirúrgico e Chefe do Setor de Uro-Oncologia do Instituto de Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) e como Chefe do Setor de Uro-Oncologia da Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas (HCFMUSP). Professor Associado da Faculdade de Medicina da USP desde 2012. Atua em Cirurgia Robótica Urológica, com linhas de pesquisa principalmente nos seguintes temas: fatores prognósticos do carcinoma de células renais, câncer de bexiga, de próstata e testículo, neoplasias malignas do trato genitourinário, técnicas cirúrgicas em urooncologia.


Mitos e verdades sobre o mau hálito

Hospital Paulista alerta para o diagnóstico e tratamento do problema, que gera incômodo e constrangimento

 

Conhecida também como mau hálito, a halitose ainda está cercada de dúvidas e preconceitos. De acordo com a Associação Brasileira de Halitose (ABHA), 32% dos brasileiros sofrem do problema, que vai muito além de um mau odor. A halitose pode levar a quadros de depressão, ansiedade, dificuldade em relacionar-se e insegurança. No entanto, a maior parte dos pacientes tem receio em procurar atendimento, ou por vergonha ou por achar que não há solução. 

Entretanto, há tratamento para o mau hálito. Para esclarecer as principais dúvidas relacionadas ao assunto, a otorrinolaringologista do Hospital Paulista Lígia Maeda, especialista no tema, elaborou uma série de mitos e verdades envolvendo o problema.


As causas da halitose estão sempre relacionadas à boca - MITO

A halitose, em sua maior parte, tem causa multifatorial. A cavidade oral é responsável por 90% dos casos, mas ela também pode ter origem nasossinusal ou gastrointestinal. Estresse, dietas restritivas e mudanças hormonais ainda são fatores agravantes do quadro.


É possível desenvolver mau hálito mesmo com uma boa higiene bucal - VERDADE

É possível ter halitose mesmo com uma higiene adequada de toda a cavidade oral. Podemos citar como exemplo os quadros de rinite, rinossinusite aguda ou crônica, amigdalite, xerostomia, gastrite e doença do refluxo gastro esofágico dentre as doenças que podem gerar mau hálito mesmo em indivíduos que praticam correta higiene da boca.


Só há um tratamento possível contra a halitose – MITO

Os tratamentos são individualizados e direcionados à causa. Na maior parte dos casos, são realizados tratamentos contínuos e sempre com acompanhamento multidisciplinar para garantir que todas as possíveis causas do problema sejam corretamente diagnosticadas e tratadas.


Não existe exame destinado a diagnosticar a halitose – MITO                      

Hoje em dia, o exame mais moderno para identificar e quantificar a halitose é o Oral Chroma. O aparelho é capaz de medir os três principais gases causadores do mau hálito em apenas oito minutos. Ele auxilia no diagnóstico, tratamento e acompanhamento do problema.


Não há diferença expressiva em casos de halitose entre homens e mulheres – VERDADE

Os estudos mais recentes apontam que não há uma diferença relevante entre gêneros nos pacientes com halitose. Como o problema pode ser multidisciplinar, as causas estão associadas a diferentes doenças e, consequentemente, recebem uma série de influências.


Balas e chicletes podem resolver o problema do mau hálito – MITO

O uso moderado de balas e chicletes sem açúcar não causam nenhum prejuízo ao paciente. No entanto, eles apenas mascaram o sintoma. Não resolvem e podem levar à piora na causa da halitose se não houver o diagnóstico e o correto tratamento. Utilizar somente balas e chicletes apenas retarda a solução.


Adiar o diagnóstico e o tratamento da halitose pode ser muito prejudicial ao paciente - VERDADE

Quando a halitose tem causa orgânica, postergar seu tratamento leva ao agravamento da doença. Além disso, gera prejuízo psicossocial, como constrangimento, depressão, ansiedade e dificuldade para se relacionar.




Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Saúde da mulher não se trata apenas de câncer de mama 

O câncer de mama é a neoplasia maligna de maior prevalência entre as mulheres no Brasil. Em 2016, ocorreram mais de 57 mil casos novos em nosso país. Também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos desta doença.  

O INCA (Instituto Nacional de Câncer) recomenda o início do rastreamento com exames mais frequentes de mamografia a partir dos 50 anos, a cada dois anos, em casos em que não há sinais e sintomas suspeitos.

Porém algumas sociedades médicas e organizações internacionais indicam o início aos 40 anos, com exame de mamografia anual, visando o diagnóstico precoce, possibilitando assim um tratamento menos agressivo e uma chance de cura de 90%.   

Deve-se levar em conta histórico familiar de câncer de mama para o início do rastreamento da doença. Todas as mulheres, independentemente da idade, devem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas.  

A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres. A mamografia diagnóstica, exame realizado com a finalidade de investigação de lesões suspeitas da mama, pode ser solicitada em qualquer idade, a critério médico.   

No entanto, não apresenta uma boa sensibilidade em mulheres jovens, pois nessa idade as mamas são mais densas e o exame apresenta muitos resultados incorretos.  

Outras doenças comuns em mulheres  

Mês de outubro traz à tona o câncer de mama em decorrência das ações do outubro rosa. Porém, existem muitas outras doenças e é de suma importância destacá-las quando falamos sobre saúde da mulher.  

O câncer de mama é o tumor maligno mais prevalente na população feminina, atingindo 57.000 novos casos por ano no Brasil, seguido do Câncer colorretal (17.000 novos casos/ano) e câncer de colo uterino (16.000 novos casos/ano).  

Apesar de menos prevalente, o câncer de colo uterino é responsável por 5.000 mortes de mulheres por ano. Por isso a importância do diagnóstico precoce por meio de exames de rastreamento e da prevenção com o uso da vacina de HPV.   Além dos tumores malignos, outras doenças são frequentes na saúde feminina como:  


Tumores Benignos

Estes podem ser os miomas, nódulos que crescem na parede do útero. A maioria das mulheres não apresentam sintomas, porém dependendo do tamanho, da quantidade e da localização, é possível apresentar sintomas como dor no abdômen, sangramento uterino, dificuldade para engravidar, entre outros.   

Outro tumor benigno são os pólipos. O pólipo uterino surge por meio do crescimento desordenado de células na parede interna do útero, o endométrio.  

Na maioria das vezes são benignos, não apresentam riscos à saúde e podem ser identificados em exames de rotina. Um dos principais sintomas é um fluxo mais intenso ao longo da menstruação ou um sangramento irregular.  

Os cistos ovarianos também entram nesta lista. Eles significam o acúmulo de líquido dentro do órgão. A maioria ocorre como parte do processo de ovulação. Esses cistos geralmente desaparecem em alguns meses sem qualquer tratamento.   

Quando os cistos são grandes e não desaparecem sozinhos, é necessário o acompanhamento profissional. Os sintomas podem ser: sangramento fora do ciclo menstrual, dor ao ter relações sexuais, dor pélvica, entre outros.  


Infecção do trato urinário  

As infecções do trato urinário (ITUs) estão entre as queixas mais frequentes em consultas de atendimento primário, principalmente quando se trata de mulheres. A explicação para maior incidência em mulheres é devido a anatomia do sistema urinário feminino, já que a uretra é mais curta e mais próxima do ânus.  

De acordo a Sociedade Brasileira de Infectologia e Sociedade Brasileira de Urologia, essa infecção é a segunda mais comum na população mundial, ficando atrás apenas dos problemas respiratórios.   


Vulvovaginites 

A Vulvovaginite é uma inflamação da parte externa do órgão genital feminino.   Os sintomas mais frequentes são: corrimento, vermelhidão e coceira intensa na vulva.   

O diagnóstico pode ser feito apenas analisando os sintomas. Em casos mais severos, será feita a coleta de uma amostra de secreção vaginal para testar e descobrir qual a causa da infecção.   


Endometriose  

A endometriose é uma doença que se caracteriza pela presença do endométrio fora da cavidade uterina. O principal sintoma é dor na região inferior do abdômen e na região pélvica.   

O diagnóstico pode ser feito através do exame de Laparoscopia para verificar a presença de tecido endometrial e algumas vezes através de uma biópsia. 


Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)  

As DSTs são infecções transmitidas através de relação sexual com alguém que seja portador da infecção. Existem aproximadamente 13 tipos de DSTs, a maioria causada por bactérias e vírus.  

O uso da camisinha é a principal formas de evitar as DSTs. Por isso o uso de preservativos é altamente recomendável em qualquer tipo de contato sexual.  


Telemedicina facilitando atendimento  

Vivemos em um país de dimensões continentais. O Sistema Único de Saúde (SUS), implementado há 3 décadas, apesar de possuir as políticas de saúde bem estruturadas, apresenta como desafio atingir uma parcela da população que não tem acesso adequado à saúde, normalmente moradores distantes dos grandes centros.  

A telemedicina pode ser uma grande oportunidade de proporcionar atenção a saúde primária em especial a população feminina, bem como acesso a especialistas muitas vezes não presentes em áreas afastadas.

Também tem como objetivo promover acompanhamento de pacientes que precisam de um serviço mais rápido, acesso direto, sem a necessidade de deslocamento até o ambulatório ou hospital, tudo isso sem contar o custo reduzido.  

Vale ressaltar que a telemedicina não substitui o exame clínico tradicional, com anamnese, exame físico e exames complementares, quando estes se fazem indispensáveis. Nestes casos, as pacientes serão orientadas a procurar um serviço de saúde presencial, porém com informações adequadas para a continuidade no cuidado com sua saúde.  


Prevenção e diagnóstico precoce de doenças  

O Brasil, semelhante ao que ocorre em outros países em desenvolvimento, vive uma transição epidemiológica que marca a diminuição da mortalidade por doenças infecciosas e o aumento da mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis.   

Desta forma, o importante na prevenção de quaisquer doenças são ações que promovem saúde com ações básicas, não de tratamento, mas sim de controle dos agravos.  

No caso do câncer, o diagnóstico precoce permite uma abordagem terapêutica mais efetiva, com melhor prognóstico para o paciente. Para o câncer de mama, o autocuidado e a rotina de acompanhamento tornam-se indispensáveis para o diagnóstico precoce.  

Não obstante, existem atitudes e hábitos rotineiros que podem retardar o aparecimento de doenças, tanto em mulheres quanto homens como: alimentação equilibrada e saudável; manter-se bem hidratado; prática de atividade física; manter o peso corporal adequado; evitar hábitos nocivos como tabagismo e alcoolismo; organizar a agenda adequando as horas de trabalho, lazer e de descanso e cuidar de sua saúde mental.  São ações básicas, mas costumeiramente negligenciadas no nosso dia a dia.  

 

 


Dr. Alexandre Luiz Seo - gestor médico na ViBe Saúde. Formado em Medicina pela FMABC, especialista em ginecologia e obstetrícia pela FMABC e pós-graduado em gestão de saúde pela FGV. CRM-SP: 97.838


Asfixia perinatal: como prevenir

No mundo, segundo estudos epidemiológicos a asfixia perinatal atinge mais de 1,15 milhão de bebês por ano. No Brasil, em um período de doze meses, estima-se que de 15 a 20 mil bebês nascem com falta de oxigenação no cérebro. Trata-se da terceira causa de morte neonatal – 23% da mortalidade de recém-nascidos no mundo inteiro -, além de principal estopim de lesão cerebral permanente em bebês nascidos a termo.

Com vistas a reduzir esses dados alarmantes, associações brasileiras se uniram em campanha de conscientização sobre os riscos e o tratamento da asfixia perinatal. A iniciativa é Instituto Protegendo Cérebros Salvando Futuros, tendo apoio da Academia Brasileira de Neurologia, da Sociedade Brasileira de Pediatria, AACD e Instituto Jô Clemente, entre outras instituições.

“A informação qualificada sobre o problema é de enorme importância social. É necessário destacar a relevância de a gestante ter assistência adequada no pré-natal, particularmente em caso de gravidez de alto risco”, pontua a dra. Letícia Pereira de Brito Sampaio, coordenadora do Departamento Científico de Neurologia Infantil da ABN.

Condição grave decorrente da falta de oxigenação ao recém-nascido em momentos próximos nascimento, a asfixia perinatal representa a terceira causa de morte (23%) neonatal no planeta. Bebês podem ter o futuro comprometido por diversas sequelas neurológicas como paralisia cerebral, deficiência cognitiva, cegueira ou surdez. 

Há, no entanto, possibilidades boas para prevenção, tratamento e acompanhamento desta população. Na última década, novas abordagens tiveram eficácia comprovada. Contudo, estima-se que menos de 5% dos recém-nascidos asfixiados têm acesso ao tratamento e suporte adequado no País. 

Fatores relacionados à gestação, nascimento e período neonatal geralmente evitáveis por meio de cuidados integrados à saúde materno-infantil, podem mudar os resultados da vida dessas crianças e famílias. 

Intervenções adequadas precisam ser elencadas e políticas públicas intersetoriais e de saúde ser colocadas em prática e/ou aprimoradas para reduzir as complicações do parto e nascimento.

  


Com informações do portal https://setembroverdeesperanca.com.br/


Especialista fala da alimentação na recuperação de pessoas com COVID-19

O fortalecimento do sistema imunológico através da alimentação é um importante aliado no combate a infecções e na recuperação


O número de casos de pessoas infectadas com o novo coronavírus não para de crescer. No Brasil, são mais de 5.1 milhões de casos confirmados. Desses, 4.5 milhões de pessoas conseguiram se recuperar. Como ainda não há informações sobre a história natural da doença, nem vacinas ou medicamentos para tratar ou prevenir a infecção, atualmente, o mais indicado para se garantir uma boa recuperação é o repouso, além de uma boa hidratação e o fortalecimento do sistema imunológico através da alimentação, sem deixar de citar algumas medidas farmacológicas para aliviar os sintomas, o que depende de cada caso e da orientação médica.

Uma pessoa infectada pelo vírus pode apresentar os seguintes sintomas e sinais: febre (acima de 37°C); tosse; dispneia (falta de ar); mialgia (dor muscular); fadiga (fraqueza); sintomas respiratórios superiores (espirro, tosse, dor de garganta); sintomas gastrointestinais, como diarreia (mais raros). Vale ressaltar que todos esses sintomas interferem na aceitação alimentar. Em alguns caso, também podem surgir outros sintomas que interferem diretamente na aceitação alimentar, como a anorexia (ausência de apetite), ageusia (perda do paladar) e anosmia (perda do olfato).

Para Lenita Borba, Nutricionista e Conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região SP/MS (CRN-3), "o fortalecimento do sistema imunológico é um importante aliado no combate a infecções, e é uma medida necessária para que a recuperação após o contágio seja mais eficiente e cause menos danos possíveis à saúde. A nutrição e os bons hábitos de vida atuam como reforço da imunidade por meio de uma alimentação saudável e se torna essencial no processo de recuperação."

Quando uma pessoa está com a imunidade baixa, fica mais propensa a ter pequenas ou até grandes infecções e, quando se contamina, neste caso, pela COVID-19, a imunidade baixa traz maior risco de complicações e poderá levar um maior tempo para a recuperação. "Deste modo, ter uma alimentação equilibrada para melhorar o sistema é essencial. Nela, deve conter alimentos com todos os grupos de nutrientes: carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, minerais, fibras e água", destaca a Nutricionista.

Com isso, o cenário atual demanda um cuidado redobrado não só com a higiene, mas também com a alimentação. Vale lembrar que é importante saber quais as outras condições clínicas do indivíduo com COVID-19. "Reconhecendo a história clínica, seja por presença de doenças crônicas, seja em situações específicas, no caso de idosos e outros, as necessidades nutricionais serão diferentes, por este motivo é extremamente necessário o acompanhamento com o profissional nutricionista para que possa individualizar o tratamento", alerta Lenita Borba.


Dicas e cuidados de alimentação para uma boa recuperação da COVID-19

• Hidratação - fazer uso de no mínimo 2 litros de líquidos por dia, de preferência água, que deve ser potável. Ela é essencial para todos os processos metabólicos do nosso corpo. Também podemos contabilizar os líquidos ingeridos em leites, chás, cafés e sucos naturais;

• Frutas, verduras e legumes - Podendo ser três porções de frutas e duas de vegetais, conforme as recomendações da OMS. Ao alcançar essa recomendação, você já garante uma defesa melhor para o seu organismo. Alimentos como manga, papaia, cenoura, batata doce, abóbora, damasco, pimentão vermelho, melão, brócolis, espinafre e o alho são ricos em precursores da vitamina A, que estimula a fagocitose (que o vírus seja eliminado do organismo).

As frutas cítricas como laranja, tangerina, papaia, kiwi, goiaba, morango, manga, maracujá, melão, melancia, caju, limão, abacaxi, limão, tomate, além de vegetais como brócolis, couve, espinafre, agrião, rúcula, repolho, pimentão verde e vermelho, gengibre e alho são ricos em vitamina C, que estimula a formação de anticorpos.

Prefira as frutas e hortaliças in natura. Se for consumi-los crus, preste atenção na higienização de legumes, frutas e verduras para evitar qualquer tipo de contaminação, como a Agência nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA recomenda. Para isso, selecione os vegetais, retirando as folhas, partes e unidades deterioradas; lave em água corrente vegetais folhosos folha a folha, e frutas e legumes um a um; coloque de molho por 10 (dez) minutos em água clorada, utilizando produto adequado para este fim (1 colher de sopa de hipoclorito de sódio para cada 1 litro de água); enxágue em água corrente vegetais folhosos folha a folha, e frutas e legumes um a um. O hipoclorito pode ser adquirido gratuitamente na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua região.

• Alimentos antioxidantes - Várias situações fazem com que sejam aumentados a presença de radicais livres no nosso organismo e enfraquecem o sistema imunológico, inclusive o estresse emocional. Compostos bioativos como polifenois e carotenoides são antioxidantes e, possuem a capacidade de neutralizar ou evitar a formação de radicais livres. Frutas e hortaliças, gengibre e alho podem colaborar neste sentido.

• Zinco - O zinco é um mineral que compõe o grupo de nutrientes que fortalecem o sistema imunológico. Como alimentos ricos em zinco temos: carnes de todos os tipos, fígado, peixe, alho, cereais integrais, oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas) e leguminosas (feijões, lentilha, ervilha, grão de bico), etc.

• Alimentos fontes proteicas - Além das proteínas, que são essenciais para a recuperação e regeneração de nossas células, as carnes, fígado, leites, queijo, ovos, são ricos em vitaminas do complexo B, A e E, que atuam diretamente no fortalecimento da imunidade.

• Omega-3 - o ômega-3 exerce um importante efeito anti-inflamatório, contribui para fluidez das membranas celulares, e auxilia na formação de substâncias que atuam como cofatores enzimáticos, contribuindo para a regulação do sistema imunológico. Pode ser encontrado principalmente em óleo de peixes, sardinha, salmão, anchova, arenque, cavalinha, atum, chia, linhaça (óleo, farinha e o grão), e oleaginosas como nozes e amêndoas.

• Suplementos nutricionais completos - Os suplementos podem ser utilizados na forma líquida ou em pó durante os lanches ou enriquecendo as principais refeições, o que pode otimizar a necessidade de nutrientes no caso do consumo alimentar estar abaixo de 75% das necessidades nutricionais. Esta prescrição deve ser definida por um nutricionista que é o profissional habilitado para diagnosticar qual a necessidade nutricional de cada pessoa e avaliar o suplemento que atenda às necessidades nutricionais no momento.

• Rotina de refeições - neste período, é necessário tentar manter a rotina das refeições diárias, evitar lanches e petiscos com excesso de açúcar, gordura e sal. Se possui algum sintoma associado a falta de apetite, paladar ou olfato, faça pequenas refeições, mais vezes ao dia. O fracionamento vai colaborar para que seja mantido o aporte necessário de nutrientes diariamente.

• Não existe nenhum tipo de dieta milagrosa, medicamento ou suplemento que possa prevenir o contágio da COVID-19. O que podemos fazer é reforçar a higienização, limitar o contato social e melhorar o nosso sistema imunológico, dando atenção especial a uma alimentação saudável e planejada ao longo do dia.


Os doentes crônicos sumiram durante a pandemia. Pesquisa da Sharecare revela dados importantes e faz um alerta: esse grupo precisa de suporte contínuo

Durante a pandemia de Covid-19, grande parte dos doentes crônicos deixaram de manter o acompanhamento clínico das suas condições devido ao isolamento social e ao medo do contágio. O desafio é que essa população, que está no grupo de risco, apresenta mais riscos associados à Covid-19 e não pode ser exposta sem necessidade, ao mesmo tempo que precisa de um acompanhamento constante, para manter a saúde sob controle. A grande dificuldade está em equilibrar as duas coisas no cenário atual.

Uma coisa não se pode negar: a pandemia de alguma forma serviu para que as pessoas se mostrassem mais abertas a serviços remotos, e com a saúde não é diferente. Programas de monitoramento clínico, aliados a recursos digitais que facilitam a interação segura com o paciente têm se mostrado um grande recurso para que as organizações mantenham suas populações cuidadas, incluindo os doentes crônicos.

A Sharecare, líder em gestão de saúde integrada e digital, conta com anos de expertise no assunto. Em um estudo realizado entre os meses de março e junho de 2020, no auge da pandemia com mais de 40 mil pacientes crônicos que tiveram monitoramento e suporte da empresa, os dados revelaram que:

  • 44% são portadores de hipertensão, 27% de diabetes, 17% são obesos e 4% apresentam doença respiratória;
  • 85% dessa população se vacina corretamente contra a gripe comum;
  • 5,8% apresentaram sintomas sugestivos de Covid. Desses, 0,5% foram considerados mais graves;
  • O índice de internação hospitalar foi baixo: 0,07%;
  • 3,4% pacientes de um total de 28.130 respostas relataram piora no humor, de acordo com o questionário PHQ2, de saúde mental.
  • A adesão ao tratamento é um dos principais pontos de atenção identificados.

“Dados apontam que apenas 50% dos pacientes agem em conformidade com as orientações recebidas pelos profissionais da saúde e o fator econômico é um dos motivos que leva à baixa adesão ao tratamento. A atuação da equipe de Consultores de Saúde é fundamental para identificar as barreiras da adesão e trabalhar a mudança de comportamento nos indivíduos. Programas bem estruturados para a gestão das doenças crônicas podem desacelerar significativamente a progressão das doenças e evitar a hospitalização, que no cenário pandêmico é ainda mais crítica para o paciente. Isso sem falar nos custos gerados para as empresas e planos de saúde.”, explica Dr. Gentil Alves, diretor de novos negócios da Sharecare.

As possibilidades para pacientes crônicos dentro da Sharecare são muitas. O paciente é acompanhado por um time de cuidados, interage com a Sara, a enfermeira virtual, conta com recursos intensivos como as visitas domiciliares e o acompanhamento de internações até a recuperação pós-alta. A jornada é preparada para que a mudança comportamental seja trabalhada de uma forma fluida e gradativa, com resultados refletidos na estabilidade clínica e na redução das complicações. O paciente conta ainda com uma central de saúde 24h, com enfermeiros e médicos à disposição para atendimento. Com os recursos oferecidos pela Sharecare, é possível oferecer ao paciente atendimento remoto resolutivo, com conforto e segurança, de qualquer lugar, sem a necessidade de deslocamento, reduzindo a utilização evitável do Pronto-Socorro.

“Durante a pandemia, fizemos mais de 60.000 atendimentos digitais e conseguimos reverter até 70% das solicitações com nossos próprios recursos, sem a necessidade de direcionar o paciente ao pronto-socorro. Estes números representam crescimento de 30 a 40 vezes em chamadas no pico da pandemia, sendo que o volume de ligações é ainda maior, pois há uma triagem na URA telefônica antes do encaminhamento à central clínica 24 horas. Temos ainda um canal apenas para atendimento de Covid-19, que registrou mais de 22.000 atendimentos”, finaliza Nicolas Toth, CEO da Sharecare Brasil.


Tratamentos ortodônticos proporcionam harmonização facial aos pacientes; saiba como


A estética sempre foi uma preocupação dos brasileiros, mercado que cresceu 567% em cinco anos, de acordo com dados (2019) da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). 


Neste ano, a procura por "harmonização facial" em mecanismos de busca como o Google, registraram aumento de 540%, demonstrando o interesse da população em alcançar uma face mais equilibrada.

A ortodontia sempre esteve ligada à beleza do sorriso, preocupada com o alinhamento dos dentes e correção da mordida dos pacientes. Atualmente também é possível trabalhar a harmonização facial com resultados naturais junto ao tratamento ortodôntico, com o objetivo de alcançar um sorriso mais harmônico e equilibrado com a face. 



Ortodontia x resultados funcionais e estéticos 


De acordo com o ortodontista Vladimir Cerci, na ortodontia realiza-se uma associação entre os resultados funcionais e estéticos. "Trabalhamos tanto para o sorriso e o rosto, quanto para a saúde bucal do paciente. Com alguns procedimentos conseguimos corrigir assimetrias, a posição da mordida, melhorar proporções faciais e alcançar um aspecto mais jovem", afirmou.

Antes da indicação dos procedimentos, os especialistas realizam uma avaliação completa das estruturas da face, do sorriso e das arcadas dentárias. Considerando as principais queixas do paciente, é possível traçar um plano de tratamento eficaz e personalizado para cada caso.

O ortodontista, Bruno Cerci, que atua em Curitiba, explica que o objetivo é alcançar um resultado natural e agradável. "Para adultos que não realizaram as possíveis intervenções durante a infância ou a adolescência, existem algumas opções de tratamento em que conseguimos realizar o encaixe dos dentes e melhorar significativamente a aparência do sorriso", explica.

Segundo ele, os tratamentos são indicados e eficazes para crianças, adolescentes e adultos, de acordo com os sintomas apresentados. 



Crianças e Adolescentes 


É extremamente importante consultar o ortodontista em todas as fases da vida, inclusive durante a infância e a adolescência. 



Crianças: O tratamento realizado na infância é capaz de reduzir o risco de trauma de dentes projetados, melhorar a aparência e criar uma harmonia mais agradável dos dentes, lábios e face.

Acompanhar o crescimento das crianças com o objetivo de realizar uma intervenção precoce, permite reconhecer problemas ósseos sutis mesmo em fase inicial de desenvolvimento.

Problemas ortodônticos e ortopédicos, quando não tratados, podem se agravar com o tempo, tornando o tratamento mais difícil após o crescimento da criança. 



Adolescentes: Nesta fase que ocorrem as modificações de crescimento da face e principalmente da mandíbula, essas mudanças são determinantes para um sorriso estético e uma mordida (oclusão) funcional, além de harmonização facial; é essencial guiar o crescimento de forma adequada nesse período.


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