Hospital Paulista
alerta para o diagnóstico e tratamento do problema, que gera incômodo e
constrangimento
Conhecida também como mau hálito, a halitose ainda
está cercada de dúvidas e preconceitos. De acordo com a Associação Brasileira
de Halitose (ABHA), 32% dos brasileiros sofrem do problema, que vai muito além
de um mau odor. A halitose pode levar a quadros de depressão, ansiedade,
dificuldade em relacionar-se e insegurança. No entanto, a maior parte dos pacientes
tem receio em procurar atendimento, ou por vergonha ou por achar que não há
solução.
Entretanto, há tratamento para o mau hálito. Para
esclarecer as principais dúvidas relacionadas ao assunto, a
otorrinolaringologista do Hospital Paulista Lígia Maeda, especialista no tema,
elaborou uma série de mitos e verdades envolvendo o problema.
As causas da halitose estão sempre relacionadas à
boca - MITO
A halitose, em sua maior parte, tem causa
multifatorial. A cavidade oral é responsável por 90% dos casos, mas ela também
pode ter origem nasossinusal ou gastrointestinal. Estresse, dietas restritivas
e mudanças hormonais ainda são fatores agravantes do quadro.
É possível desenvolver mau hálito mesmo com uma boa
higiene bucal - VERDADE
É possível ter halitose mesmo com uma higiene
adequada de toda a cavidade oral. Podemos citar como exemplo os quadros de
rinite, rinossinusite aguda ou crônica, amigdalite, xerostomia, gastrite e
doença do refluxo gastro esofágico dentre as doenças que podem gerar mau hálito
mesmo em indivíduos que praticam correta higiene da boca.
Só há um tratamento possível contra a halitose – MITO
Os tratamentos são individualizados e direcionados
à causa. Na maior parte dos casos, são realizados tratamentos contínuos e
sempre com acompanhamento multidisciplinar para garantir que todas as possíveis
causas do problema sejam corretamente diagnosticadas e tratadas.
Não existe exame destinado a diagnosticar a
halitose – MITO
Hoje em dia, o exame mais moderno para identificar
e quantificar a halitose é o Oral Chroma. O aparelho é capaz de medir os três
principais gases causadores do mau hálito em apenas oito minutos. Ele auxilia
no diagnóstico, tratamento e acompanhamento do problema.
Não há diferença expressiva em casos de halitose
entre homens e mulheres – VERDADE
Os estudos mais recentes apontam que não há uma
diferença relevante entre gêneros nos pacientes com halitose. Como o problema
pode ser multidisciplinar, as causas estão associadas a diferentes doenças e,
consequentemente, recebem uma série de influências.
Balas e chicletes podem resolver o problema do mau
hálito – MITO
O uso moderado de balas e chicletes sem açúcar não
causam nenhum prejuízo ao paciente. No entanto, eles apenas mascaram o sintoma.
Não resolvem e podem levar à piora na causa da halitose se não houver o
diagnóstico e o correto tratamento. Utilizar somente balas e chicletes apenas
retarda a solução.
Adiar o diagnóstico e o tratamento da halitose pode
ser muito prejudicial ao paciente - VERDADE
Quando a halitose tem causa
orgânica, postergar seu tratamento leva ao agravamento da doença. Além disso,
gera prejuízo psicossocial, como constrangimento, depressão, ansiedade e
dificuldade para se relacionar.
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