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quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Quarentena: como preparar um piquenique em casa

 Divulgação

Após sete meses de isolamento social, montar uma mesa de piquenique pode ser uma ótima opção para fugir da mesmice e distrair as crianças

 

 

Mesmo com a reabertura de algumas escolas e com a volta às aulas em alguns estados e cidades do país, muitas crianças continuam em casa, seja por decisão dos pais para evitar expor as crianças ao risco de contaminação com a COVID-19, ou porque suas escolas ainda não retornaram.


Após sete meses de quarentena, entretanto, fica cada vez mais difícil entreter os pequenos e inventar novas atividades para afastar a ansiedade e o tédio que podem surgir com tanto tempo em casa. O piquenique pode ser uma ótima opção para passar o tempo em família e criar momentos de descontração, tanto para quem tem varanda ou quintal, quanto para quem mora em um apartamento fechado.


Separamos, a seguir, algumas dicas para preparar um piquenique no conforto e segurança do seu lar. Confira!

 

1.   Escolha o espaço

Antes de qualquer coisa, decida em que cantinho da casa será realizado o piquenique. Caso você more em uma casa e tenha terraço, quintal ou varanda, é melhor ainda. Caso contrário, afaste os móveis da sala, crie um espaço, abra a janela e torne o ambiente o mais aconchegante possível. 

 

2.           Prepare a superfície

         Depois de escolher o cômodo e afastar os móveis, agora, é a hora de tirar a poeira da toalha de piquenique e colocar no piso. Se você não tiver, tapetes, mantas ou lençóis também são ótimas opções. Capriche!

 

3.           Decida o cardápio

         Torradas, frutas, geleias, pães, patês, sanduíches, sucos e vinhos não podem ficar de fora da sua cesta. Nesta etapa, convide as crianças para colocar a mão na massa e ajudar no preparo dos petiscos – elas adoram! Uma cesta de chocolate também é uma ótima alternativa para a sobremesa.

 

4.           Não se esqueça da decoração

         Para tornar o momento ainda mais legal, invista na parte decorativa: coloque um cordãozinho de luzes, caso tenha, velas aromáticas, capriche na mesa posta e use seus melhores copos, pratos, canudos e guardanapos, para tornar o momento ainda mais especial. Fazer uma cabana com lençol também pode ser superdivertido para os pequenos. Aproveite para registrar o momento e tirar ótimas fotos. 

 

5.           Escolha o que fazer

         Depois de deixar tudo pronto, agora, é a hora de escolher as atividades para passar o tempo. A dica é utilizar jogos interativos e de raciocínio, como quebra-cabeça, jogo da memória, jogo da vida e outros jogos de tabuleiro, ou colocar filmes, músicas e desenhos animados. 

 

6.           Chame o pessoal

         Para deixar tudo ainda mais animado e sem quebrar o isolamento social, coloque os pets e ursinhos de pelúcia para sentarem à mesa – isso animará ainda mais as crianças. Outra alternativa é fazer uma videochamada com a família e os amigos para curtir o momento juntos, mesmo que à distância.



5 passos essenciais para seu filho comer melho

Dra. Sonia Tucunduva Philippi apresenta passos para ajudar na alimentação dos pequenos

 

É muito comum que na fase do desenvolvimento nutricional e da introdução alimentar, as crianças tenham dificuldades e até mesmo receios para experimentar novos gostos, sabores e texturas.

O medo de provar novas comidas é conhecido como neofobia alimentar, que deve ser identificada e tratada rapidamente, para evitar carências nutricionais. No entanto, nesta fase, os famosos "chiliques" na hora das refeições podem ocorrer caso determinado alimento ou grupos de alimentos sejam servidos.

Segundo a pesquisadora e professora associada da Faculdade de Saúde Pública da USP e parceira do Comitê Umami, Dra. Sonia Tucunduva Philippi, é natural que essas rejeições ocorram, uma vez que a criança é seletiva e o paladar está sendo desenvolvido. "Deve-se insistir na oferta e programar o alimento recusado em uma nova oportunidade, sem desistir", ressalta. "Lembre-se que existem preferências e aversões pelas comidas e que ambas situações devem ser tratadas com paciência, considerando os momentos e oscilações do apetite", completa.

Pensando em ajudar nesse processo, a professora lista alguns passos essenciais para auxiliar e facilitar o período de adaptação alimentar, garantindo o equilíbrio nutricional.


Brinque com a apresentação no prato

A pesquisadora explica que a alimentação apropriada na infância requer cuidados relacionados aos aspectos sensoriais, principalmente a apresentação visual, como: as cores, os formatos atrativos e a forma de preparo das receitas. "É fundamental que a composição no prato tenha a presença de verduras, legumes e frutas, respeitando os queridinhos da criança. Vale até investir em formatos criativos. Por exemplo, pegue um ovo cozido e corte ao meio, coloque dois olhinhos de semente de chia e um bico de damasco, voilà, temos um pintinho".


Fique atento às reações

Dra. Sonia afirma que é importante ficar atento às atitudes que a criança tem demonstrado ao receber cada alimento. "São momentos de desenvolvimento em que as reações devem ser observadas, desde o preparo da refeição, as porções oferecidas, a autonomia ao comer, os utensílios utilizados e o tipo de comida", alerta a especialista.


Tenha hábitos semelhantes

O adulto responsável se torna automaticamente a referência comportamental da criança, que passa a ser um reflexo do que se come em casa. "Esses hábitos são construídos na infância e a família deve estabelecer regras de convívio, impondo limites de quantidade de refeições, mas sem medidas autoritárias, proibições e castigos. Em uma certa idade eles começarão a construir sua identidade alimentar, dando espaço para seus prediletos, e os pais e cuidadores precisam trabalhar positivamente nas possíveis neofobias e na construção de um padrão saudável", complementa a professora Sonia.


Inclua ingredientes saborosos

As células sensoriais da boca enviam sinais ao cérebro, que são responsáveis por registrar diferentes gostos, como: doce, salgado, azedo, amargo e umami. A pesquisadora destaca que existem crianças que apresentam um paladar muito apurado e seletivo. "Tem aquelas que gostam de gostos combinados, como o doce e o salgado, por isso, conhecer os outros gostos, como o umami, que realça o sabor dos alimentos, é uma ótima forma de estimular o paladar", ressalta. "Harmonizar os alimentos certos pode ser uma excelente estratégia para tornar o prato mais atraente. Faça um teste: ofereça uma alface crespa, acrescente opções umami: tomate cereja, milho cozido, cogumelo paris ou queijo parmesão ralado. Além de colorido, fica muito mais saboroso", exemplifica.


Convide para colocar a mão na massa

Envolvê-los na elaboração das receitas pode fazer com que criem mais gosto pela comida. "Quando as crianças participam do processo de preparação em família, têm melhores chances de ter uma alimentação saudável, assim como estarem motivadas a comer o que elas mesmas escolheram, compraram e prepararam", aconselha Tucunduva. "Elas tornam-se capazes de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo, desenvolver maior raciocínio de causa e efeito, de classificar, reclassificar, generalizar e adotar como hábito alimentar".


E se mesmo assim a criança apresentar falta de apetite constante?

Dra. Sonia ressalta que a falta de apetite não deve ser constante se forem excluídas as possibilidades de morbidades associadas. Por isso, o acompanhamento com o pediatra e com o nutricionista precisa ser regular para o monitoramento do crescimento e desenvolvimento,

 



UMAMI

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Rótulo ajuda consumidor ter escolhas conscientes

O oncologista Ramon Andrade de Mello destaca a importância de alimentação saudável para evitar o câncer


Os consumidores brasileiros agora podem escolher melhor os alimentos embalados. A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou no início de outubro a nova norma sobre rótulo nutricional, que traz a adoção das informações na frente da embalagem.

As empresas terão 24 meses para se adaptarem às novas regras, a partir de sua publicação no Diário Oficial da União. O novo rótulo traz um design de lupa para identificar no alto da embalagem três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio.

O médico oncologista Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), da Uninove e da Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal), ressalta que as novas regras ajudam o consumidor a evitar alimentos que podem contribuir para o surgimento de doenças como o câncer: "A alimentação é a base de uma vida saudável. Quanto mais temos informações sobre o que consumimos, melhores serão as escolhas".

O professor da Unifesp lembra que a rotulagem dos produtos alimentícios permite ao consumidor evitar o sobrepeso, um dos fatores de risco de câncer: "aproximadamente 30% dos tumores oncológicos estão relacionados à obesidade".

O câncer de estômago é outra doença que está diretamente relacionada à alimentação. "Cada vez mais comum entre os mais jovens, muito provavelmente relacionado ao estilo de vida e consumo de alimentos dessa geração, esse tumor é considerado um dos mais agressivos", alerta o oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

O médico orienta que o consumo de alimentos com excesso de sal, gorduras, condimentos, conservantes e itens defumados deve ser evitado, assim como o álcool e o tabagismo: "A escolha de alimentos in natura e exercícios físicos regulares podem fazer uma grande diferença na melhoria da saúde e ajudar a evitar os tumores oncológicos relacionados à alimentação".



Ramon Andrade de Mello - Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (Portugal). O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO). Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (European Society for Medical Oncology - ESMO), Membro do Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de Oncologia (European School of Oncology - ESO) e ex-membro do Comitê Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2016-2019) da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of Clinical Oncology - ASCO). O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da Unimed (CDU), em Bauru (SP). 


Neste dia dos professores: veja 5 passos para ensinar educação financeira para as crianças

Quase 200 anos depois criou-se a obrigatoriedade das escolas lecionarem educação financeira

15 de Outubro, dia dos professores. A origem da data é marcada pela regulamentação dos conteúdos a serem ministrados nos vilarejos e cidades brasileiras. O ano é 1827 e o responsável pelo decreto foi D. Pedro I. 192 (cento e noventa e dois anos) depois, mais precisamente em Dezembro de 2019, foi instituído o ensino obrigatório da educação financeira nas escolas.


                         O clássico Jogo da Vida pode ser usado p/ o aprendizado em sal de aula


A partir de dezembro de 2019 todas as instituições escolares tiveram que atender às novas diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Entre elas, a educação financeira no ensino fundamental e médio. Para se ter ideia da importância de ensinar finanças para as crianças e adolescentes: 40% da população adulta, brasileira, tem problemas financeiros. São mais de 63 milhões de pessoas com dívidas e/ou nome "sujo". Esse dado é da Serasa Experian.

Com a pandemia, o ensino letivo e profissionalizante tiveram que ser adaptado. Aulas EAD e ao vivo online começaram a fazer parte da rotina de estudantes de todo o país. " Se adaptar a Base Nacional Comum Curricular já não era uma tarefa fácil presencialmente. Imagine de forma remota. Foi desafiador. Por isso, que aliar o ensino letivo com o profissionalizante agrega conhecimentos aos jovens e traz a oportunidade deles aprenderem a lidar bem com o dinheiro. Principalmente em uma época de escassez de recursos como essa que estamos enfrentando", explica Jefferson Vendrametto, Diretor da rede de escolas CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos).

De acordo com a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) há mais oportunidade para o empreendedorismo individual em todas as classes sociais. Por isso, a importância de ensinar a administrar recursos financeiros nas escolas. A pandemia veio para corroborar esse dado do BNCC: no período de Março a Agosto deste ano houveram 43 mil registros a mais de MEI (Microempreendedores individuais) quando comparado com o mesmo período do ano passado. Esse dado é do Simples Nacional.

"Seja para ensinar os pequenos a empreender na fase adulta e/ou lidarem melhor com as suas tomadas de decisões acerca do dinheiro, a educação financeira está ligada a inteligência emocional. Por isso, a importância dos docentes a ensinarem. No curso de administração que temos no CEBRAC, uma das disciplinas é como usar os seus recursos financeiros de forma inteligente na vida pessoal e profissional. Nosso curso teve um aumento na procura, na pandemia, de 10%", evidencia Luciana Fontes, Superintendente do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos).

Pensando nesse cenário, 700 docentes do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos), separaram 5 dicas de como ensinar educação financeira para os pequenos:


1) Use jogos de tabuleiro (Board Games) na sala de aula

As crianças têm diferentes formas de captar conteúdos. Por isso, além dos livros e o formato lousa, debates e testes se divirta com os estudantes. Promova competições de board games (Jogos de tabuleiro) que tenham como temática administração financeira. Vale jogo da vida, banco imobiliário, entre outros.


2) Ensine os estudantes a fazerem a tabela de metas de poupança

Faça os alunos escreverem o que querem em curto, médio e longo prazo. Aqui vale objetivos como uma viagens, brinquedos, videogame, celulares, e etc. Essa atividade fará com que os estudantes consigam discernir entre pequenos e grandes objetivos. E que cada um deles custa um valor. Após escrever as metas faça os estudantes analisarem quanto tempo demora para a realização de cada objetivo e os faça escolher entre os projetos. Isso dará aos estudantes o aprendizado de escolha e de custo de cada atividade. O custo de oportunidade dará a dimensão que se ele adquirir uma roupa da moda pode não ter o videogame do momento.


3) Ensine sobre os juros do cartão de crédito e cheque especial - A era de pouco dinheiro físico nas mãos

As crianças e jovens replicam o que experienciam. Com o advento dos cartões de débito e crédito, os filhos perdem a noção da onde vem o dinheiro e da importância de cobrir os gastos 100% do cartão de crédito. Ensine os estudantes como funciona os juros do crédito e limite de cheque especial. Quase não pegamos no dinheiro físico. Essa falta de contato modifica a forma de se relacionar com o capital.

4) Envolva os pais dos estudantes

Tenha reuniões periódicas com os pais, mesmo que virtual. O trabalho de ensinar sobre finanças fará sentido se reforçado pelos responsáveis das crianças. Os pais podem incentivar aos filhos pouparem por meio de exemplo: dando a oportunidade deles participarem de algumas decisões de manutenção do lar; dando comissões e não só subsídios, isso é oferecer uma mesada, porém pagar comissões por tarefas em casa como tirar o lixo ou ordenar o quarto; e dando exemplo de boa conduta com o dinheiro, evitando brigas sobre do dinheiro na frente dos pequenos.


5) Reforce a importância da doação


O Brasil é um dos países que tem mais pessoas adeptas a doações, porém sem periodicidade. Evidenciar aos estudantes a importância de separar uma parte do que ganha para doação com periodicidade fortalecerá a sua cidadania e empatia. Isso promove uma sociedade mais justa. Para ajudar os alunos a entenderem para quem doar promova testes para que eles possam enxergar quais causas são mais adeptos. Causas como: proteção animal, proteção do meio ambiente, fome, violência contra mulher, e etc.

 


CEBRAC próximo a você, acesse

 

Você conhece o ciclo de vida das embalagens dos produtos que auxiliam na limpeza e cuidado com a sua casa?

Quantos produtos de limpeza você utiliza em sua casa por ano? E o que isso representa em quantidade de embalagem plástica utilizada? Na pandemia, nós tivemos que nos adaptar a uma realidade complexa e singular. Os hábitos de limpeza e higiene tornaram-se prioridade nas casas brasileiras, com o objetivo de cuidar da saúde dos familiares e dos que estão ao nosso redor. 


Segundo estudos, esse é um hábito que realmente veio para ficar. Isso, de uma forma positiva, significa mais segurança para os consumidores, mas o que isso representa em quantidade de plástico utilizado e qual a importância de escolher marcas e empresas que atuem diretamente no descarte correto dessas embalagens? Como funciona esse ciclo? Como os produtos que os brasileiros consomem colaboram com a saúde do planeta e como os consumidores podem se tornar verdadeiros agentes da transformação de dentro de suas casas? 


De acordo com uma pesquisa da Abrelpe sobre o "Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil", em 2018, foram geradas no Brasil 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos no país. Desse montante, 92% (72,7 milhões) foi coletado. Esse número evidencia que 6,3 milhões de toneladas de resíduos não foram recolhidas junto aos locais de geração. Ou seja, 29,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos acabaram indo para lixões ou aterros controlados, que não contam com um conjunto de sistemas e medidas necessários para proteger a saúde das pessoas e o meio ambiente contra danos e degradações. Em média, cada brasileiro gerou pouco mais de 1 quilo de resíduo por dia. 



Qual é o ciclo das embalagens atualmente no Brasil?

O Brasil está entre os países que mais produzem resíduos e menos adotam políticas de reciclagem no mundo. Anualmente são produzidas mais de 78,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos, dos quais mais de 10 milhões de toneladas são de plástico, incluindo - é claro - as embalagens que utilizamos dentro das nossas casas. (Fonte: CEMPRE - Compromisso Empresarial Para a Reciclagem).

Desse montante, apenas 13% dos resíduos sólidos urbanos são reciclados, isso equivale a dizer, por exemplo, que apenas 1 em cada 10 embalagens volta para a reciclagem, sendo que o potencial para reciclagem é de 50%. O restante das embalagens sofre um descarte incorreto, agredindo e poluindo o meio ambiente. São números alarmantes. (Fonte: CEMPRE - Compromisso Empresarial Para a Reciclagem).
Estima-se que até 2015, mais de 6,3 bilhões de toneladas de resíduos plásticos foram gerados em todo o mundo e mais de 80% destes materiais foram incinerados, acabaram em aterros ou meio ambiente (fonte: Material Global "Our Ocean Conference").

Segundo um documento divulgado pelo fórum de Davos em parceria com a fundação da navegadora Ellen MacArthur e a consultoria McKinsey, a proporção de toneladas de plástico jogadas no oceano por toneladas de peixes era de uma para cinco em 2014, mas será de uma para três em 2025 e vai ultrapassar uma para uma em 2050. Ou seja, o estudo mostra que os oceanos terão mais plástico do que peixes em 2050. 



Diante dessa realidade alarmante, onde entra o consumo consciente?

Os números são alarmantes, mas os consumidores podem colaborar para mudar essa realidade, sem sair de suas casas. Preferir produtos que tenham embalagens mais sustentáveis, além de reciclar e descartar corretamente os resíduos são ações práticas que têm efeito direto no cuidado com o meio ambiente. Essa é uma forma de consumir de forma consciente.

Por outro lado, as empresas precisam revisitar seus portfólios de produtos para oferecer ao consumidor produtos sustentáveis e ao mesmo tempo mais acessíveis. Com os rápidos avanços da ciência e da tecnologia, já é possível oferecer produtos que sejam bons para os consumidores e muito melhores para o meio ambiente.

Uma em cada três pessoas em todo o mundo usa as marcas da Unilever diariamente, por exemplo. Reconhecemos nosso impacto na cadeia, afinal a Unilever produz, mundialmente, 40 bilhões de embalagens por ano. Com esse alcance vem a responsabilidade - e a oportunidade. Queremos usar nossa escala e influência para criar mudanças positivas muito além das portas da Unilever. Por isso, temos alguns compromissos como: reduzir em um terço o peso das embalagens até 2020 e aumentar em ao menos 25% a utilização de plástico reciclado nelas até 2025. Além disso, também tem como objetivo ter 100% das embalagens de plástico recicláveis, reutilizáveis ou compostáveis até 2025.
Em continuidade a essas metas, a Unilever anunciou nos últimos meses um investimento de 1 bilhão de euros em pesquisas e desenvolvimento, em um Programa chamado Futuro Limpo, que quer transformar a pegada ambiental de suas marcas globais de limpeza e lavanderia como OMO, Brilhante, Cif, Sétima Geração, entre outras.

Ainda há muito para ser percorrido, as empresas e a sociedade ainda estão no início de uma longa trajetória para reverter danos causados na natureza por milhares de anos. Mas sempre existem novas chances para fazer diferente. Fazer melhor. Certamente o consumo consciente é um grande passo para isso: as empresas abraçando causas ambientais e os consumidores potencializando essas iniciativas dentro de suas casas. Juntos, podemos fazer grandes mudanças.


 


Unilever

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Recomendação do MPT não é lei, mas norteia novo normal

Especialistas avaliam nota técnica do Ministério Público do Trabalho para o home office


Após sete meses de pandemia e com o movimento do home office, o Ministério Público do Trabalho (MPT) publicou uma nota técnica com 17 diretrizes sobre trabalho remoto direcionadas a empresas, sindicatos e órgãos da administração pública. No texto, há orientações sobre a necessidade de se firmar aditivos nos contratos de trabalho, a observância de parâmetros de ergonomia e ainda a especificação de horários que assegurem repousos legais e o direito à desconexão.

Na opinião de Decio Sebastião Daidone Jr., mestre em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e sócio do Barcellos Tucunduva Advogados, a empresa que já se mostrava preocupada com o seu empregado não terá dificuldade em atender às recomendações do MPT. "Cabe às empresas voltarem seu olhar para uma condição de trabalho que está crescendo com raízes fortes em sua sistemática operacional e implementar condições seguras e balizadas”, destaca.
 
Apesar de existir um temor quanto ao excesso de imposições e ao desestímulo do home office, algumas recomendações são importantes. "Ultimamente tem havido muitas reclamações de empregados com sintomas de estresse por se sentirem sobrecarregados, por ficarem o tempo inteiro ligados ao trabalho com a sensação de não terem o ponto final da jornada. Acho válido que seja debatido e aplicado pelas empresas, não de forma impositiva, mas, sim, negociada entre as partes, de não enviar mensagens altas horas da noite ou fazer reuniões em horários absurdos, por exemplo", salienta Karolen Gualda Beber, coordenadora da área trabalhista do Natal & Manssur Advogados.

Ainda é preciso ficar claro que o MPT não tem o poder de criar leis, mas de fiscalizar a sua aplicação. "O papel do MPT é de fiscalizar. Se a empresa está cumprindo a lei, ela não pode sofrer sanção com relação ao não cumprimento de uma nota técnica ou recomendação. As recomendações são importantes, mas não podem ser impostas", afirma Karolen Gualda.

Na opinião de Daidone Jr, faltou à nota técnica algum detalhamento sobre os deveres dos empregados nesse regime. "O empregado está longe dos olhares de seu empregador e, da porta pra dentro de sua residência, quem manda é ele, ou seja, ainda que o empregador siga rigorosamente todas as cautelas discriminadas, ao empregado caberá cumpri-las como obrigação ética, moral e contratual, em um ambiente em que o empregador pouco poderá fazer para fiscalizar esse cumprimento", destaca.
 
Daidone Jr ainda lembra que a atuação do MPT em relação ao home office não será diferente daquilo que já é feito com o trabalho presencial. "Visando assegurar a ordem pública, o MPT exigirá dos empregadores o cumprimento da lei. Aos empregadores, caberá agir como fiscalizadores do cumprimento das atividades por seus empregados, tarefa árdua para quem estará longe de seu olhar. Os mecanismos de aferição das atividades deverão ser pensados e implementados sem configurar assédio, ou desvirtuar a benesse da liberdade em se trabalhar de casa, ou, ainda, sem extrapolar a privacidade e intimidade do empregado regida pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)".

 



Karolen Gualda Beber - advogada especialista na área do Direito do Trabalho com experiência em contencioso trabalhista, gerência de equipes, coordenação de pessoal, redação de peças processuais, realizações de audiências e sustentações orais. Formada pela Universidade  Metodista de Piracicaba e pós-graduada em Direito e Processo do Trabalho pela UNIRP (Universidade de São José do Rio Preto). É coordenadora da área trabalhista do escritório Natal & Manssur.

 



Decio Sebastião Daidone Jr. - Mestre em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP. Possui especialização em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP e especialização em Direito Processual Civil pela Faculdade de Direito da UniFMU. É professor universitário desde 2001 para alunos de graduação e pós-graduação, sócio do Barcellos Tucunduva Advogados e membro do Comitê Jurídico Trabalhista da ABIPLA (Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Higiene, Limpeza e Saneantes de Uso Doméstico e de Uso Profissional). Coautor do livro "Reforma Trabalhista Brasileira em Debate: Grupo de Estudos de Direito do Trabalho" - Editora Ltr, 2018.



Novo consumidor aprova novas práticas on-line mas mantêm-se fiel as lojas físicas

 Divulgação / Internet
Pesquisa digital é realidade para 73% dos shoppers e esse número tende a aumentar pós pandemia


O novo consumidor, principalmente este novo perfil (durante a pandemia) apresenta nível de exigência elevado e total adaptação ao digital, visto que possui fácil acesso à informação. Toda esta informação faz com que ele necessite se sentir envolvido com o produto ou serviço antes de consumí-lo, afinal os valores da marca precisam estar alinhados com os seus. 

Segundo o estudo High Tech Retail segunda edição, do Grupo Croma, mesmo declarando que pretende migrar boa parte das suas compras para o canal on-line, o shopper ainda vai se manter fiel à loja física em determinadas categorias. Isso porque, em alguns segmentos, a experiência com o produto ainda será fundamental para uma boa compra. As lojas físicas têm maior participação entre os produtos destinados ao consumo imediato ou perecíveis, como alimentos (88%), limpeza (83%) e medicamentos (81%) ou quando as experiências sensoriais e a experimentação são mais importantes, como cosméticos (70%), moda (66%) e casa e móveis (60%).

A tendência é que a oferta de produtos seja unificada entre os canais e que o sistema de entrega consiga atender a agilidade e a praticidade das demandas tanto de quem compra on-line quanto de quem compra na loja, mas prefere receber em casa, segundo o estudo.

As compras on-line ganham incremento principalmente nas categorias nas quais já se tem ideia do funcionamento do produto, como itens de lazer (67%), eletrônicos (63%), informática (62%), celular (61%), eletrodomésticos (53%) e livros (53%). Estas categorias proporcionam produtos similares, oferecidos em várias lojas, que podem ser detalhadamente comparados com facilidade no mundo virtual, aponta o estudo. Os aplicativos de compra pelo celular vão evoluir e oferecer cada vez mais opções de interação e entregas. Hoje eles já permitem a compra do que se quer e onde se quer, com entregas onde o consumidor estiver. Assim, os ambientes físicos deverão se adaptar a esse tipo de tecnologia para atender demandas de compra, mesmo que o cliente não tenha entrado na loja física.

“Segundo o estudo, a tendência é aumentar cada vez mais a pesquisa e a compra on-line. Hoje a pesquisa on-line de produtos já é uma realidade para 73% dos shoppers e nos próximos 3 anos esse número tende a aumentar para 77%. Já a compra on-line faz parte do hábito de 43% dos shoppers e em 3 anos deverá chegar a 58%. Porém, ainda há quem vai preferir pesquisar e comprar na loja física (11%) e quem vai pesquisar on-line, mas comprar em loja física (31%)”, declara Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma.
Para conquistar o novo consumidor, as marcas precisam acompanhar cada passo de seus clientes para estar com a expectativa e as entregas sempre alinhadas. Ter o consumidor no centro das decisões, atentando-se às suas necessidades e hábitos, trará cada vez mais valor à marca e maior consideração do shopper no momento da compra.

 


Edmar Bulla - CEO e fundador do Grupo Croma de design de inovação. Graduado pela ESPM, possui mestrado em Neurociência e Comportamento pela PUCRS e especialização em Marketing Digital por Harvard, além de ser formado em Música, Filosofia e Conselheiro de Administração pelo IBGC. Atuou em empresas como Nokia, PepsiCo e Grupo WPP, ocupando posições de liderança regionais e globais. Bulla é idealizador do aplicativo Rainbow para o público LGBT+, que oferece mais de 30 serviços integrados. É coautor do livro Líderes de Marketing, colunista da IstoÉ Dinheiro, autor do podcast sobre inovação Ouça Bulla, além de professor convidado e palestrante em eventos no Brasil e exterior. Também é apaixonado por cultura, cognição e comportamento.

https://cromasolutions.com.br/

 

Profissionais da saúde e professores com mais de um vínculo têm direito a restituição de IR

Um direito que poucos trabalhadores conhecem e exercem é o de não recolherem a contribuição previdenciária (INSS) sobre suas remunerações no valor que ultrapassar o teto dos benefícios, hoje de R$ 6.101,06. 

Quando possui apenas um vínculo (empregatício ou de prestação de serviços) essa garantia geralmente é respeitada, porém, o problema ocorre quando o trabalhador mantém mais de um. É muito comum, por exemplo, entre profissionais da saúde e da educação, que acabam trabalhando em dois ou mais estabelecimentos e contribuindo em cada um deles. 

Nos casos em que o segurado exerce mais de uma atividade remunerada, o controle dos valores a serem recolhidos deve ser feito por ele próprio, pois, a Autarquia Previdenciária e a Receita Federal não realizam uma fiscalização para averiguar se há recolhimento acima do teto previdenciário e, por esse motivo, o trabalhador sofre prejuízos financeiros ao pagar valor superior ao que é devido. 

A Instrução Normativa nº. 971/09 da Receita Federal do Brasil esclarece em seu art. 87, § 2º, inciso I, alínea “b”, que quando a remuneração global do segurado for superior ao limite máximo do salário de contribuição, ele poderá eleger qual a fonte pagadora que primeiro efetuará o desconto, cabendo às que sucederem efetuar o desconto sobre a parcela do salário de contribuição complementar até o limite máximo do salário de contribuição. 

Assim, deverá eleger uma fonte pagadora principal sobre a qual incidirá a contribuição previdenciária e, sendo esta inferior ao teto máximo do salário de contribuição, a fonte secundária/subsidiária será responsável por complementar o montante a ser recolhido até o limite imposto. O salário de contribuição será obtido a partir da soma das remunerações recebidas pelo segurado, podendo ser consultada através de sua folha de pagamento.

Por exemplo, um professor que exerce docência, de modo concomitante, em duas universidades e que em cada um recebe uma remuneração de R$ 3.500,00, como a soma dos salários de contribuição ultrapassa o teto estabelecido pela autarquia previdenciária, este professor poderá informar a uma das empregadoras que os descontos a título de contribuição previdenciária deverão recair sobre valor inferior ao total da remuneração mensal, uma vez que possui fonte pagadora principal, ao passo que a secundária deve apenas complementar o valor até atingir o teto da contribuição.

Na prática são comuns os descontos sobre o valor total das remunerações mensais, ultrapassando o limite de contribuição. Nestes casos, é possível a restituição dos valores pagos a maior, com a devida correção monetária. Para tanto, o segurado poderá requere-la através d da Receita Federal e, havendo embaraços pelo órgão quanto ao dever de restituir, será possível o ajuizamento de ação judicial a fim de reaver os valores pagos acima do teto de contribuição. 

Portanto, o segurado que exerce ou exerceu atividades concomitantes e efetivou o recolhimento de contribuições previdenciárias sobre valor superior ao teto estabelecido pelo Regime Geral da Previdência Social à época de cada competência recolhida poderá reaver tais valores, observado o prazo prescricional de cinco anos.

 


Rita Riff - advogada especializada em Direito Previdenciário. Diretora do Brazilian Prev Consultoria em Previdência no Brasil e exterior


E-COMMERCE: COMO OBTER SUCESSO COM SUA LOJA DIGITAL

Ainda que não seja preciso investir muito para começar no comércio eletrônico, é necessário desenvolver planejamento e estratégia para se destacar no mar de lojas virtuais.

 

Observando 2020, os empreendedores podem perceber que não apenas vivemos em um mundo diferente que tornou-se amplamente digital, mas também que possuir uma presença de negócio online é crucial para o sucesso no universo do e-commerce.  Em outras palavras, se os produtos e serviços não são facilmente acessíveis online hoje, as chances de vender menos são gigantes.

Isso é o que confirma a mestre em comportamento de consumo digital, implantação de e-commerce e negócios digitais, Fátima Bana. Para a especialista, a proximidade física com os clientes já foi o sucesso dos varejistas, mas não é necessariamente o caso de hoje em dia. “Obviamente a era digital mudou o cenário como as empresas vendem e se comunicam com seus clientes. Empreendedores experientes precisam não apenas focar em seus produtos e serviços, mas também em como comercializar a sua marca por meio de um conteúdo forte e relevante que fala com seus clientes atuais e potenciais” – explica. 

De acordo com Fátima para obter sucesso na loja virtual, antes é preciso construir uma estratégia digital. “ Um método de marketing eficaz é a abordagem de vendas omnicanal, ou seja, ter uma comunicação que atua de forma linear em todos os canais. A experiência do cliente com uma empresa, quer ele esteja usando um computador, celular, tablet ou mesmo comprando em uma loja física, deve ser perfeita, é preciso fornecer ao cliente uma experiência integrada” – Pontua a especialista que também possui formação internacional em Marketing. 

Em uma época em que fazer compras online parece mais conveniente do que entrar em uma loja física, a profissional aponta que ter inovação é sinônimo de sobrevivência. “ Investir na transformação digital pode ser uma das melhores decisões que uma empresa pode tomar, porém o sucesso da implementação depende dos seus processos de planejamento e execução”. 

E para ajudar aqueles que ainda não sabem como obter sucesso com a loja online, a especialista citou quatro dicas para ajudar a sua empresa a desenvolver uma estratégia que o ajudará a obter sucesso na transformação digital. Confira:

 

  1. Priorize soluções que valorizem a privacidade do cliente:

De acordo com a especialista, mesmo que o empreendedor já tenha experiência com o mercado tradicional, é importante entender as técnicas de venda no universo online. “Assim como existem necessidades especificas nas vendas presenciais, no comércio digital é necessário tomar medidas para garantir que o negócio funcione adequadamente. Escolher a melhor plataforma de hospedagem de sites é uma delas” – aconselha. 

Para ter sucesso, a plataforma de e-commerce precisa garantir uma navegação intuitiva e uma experiência de compra segura. Ainda segundo Fátima, é importante buscar um software de e-commerce que possua uma boa politica de privacidade, esteja em conformidade com as leis de proteção de dados e seja fácil de manter e atualizar.

 

  1. Conheça o seu consumidor:

Vender no mercado digital elimina a necessidade de reservar um espaço físico para o seu cliente, mas é fundamental estabelecer contato com os consumidores. “Para acompanhar os clientes nos canais de vendas, é necessário escolher uma plataforma de CRM que permita acompanhar todas as vendas, preferências, visualizações de páginas e cliques no site. Existem várias plataformas no mercado que atendem a diversos públicos, com diferentes preços e complexidades. Encontre a plataforma que melhor de adeque ao seu orçamento e ao tipo de negócio que você está prestes a iniciar” – Diz Bana.

 

  1. Esteja sempre presente:

O sucesso do empreendedor sempre dependerá de atrair consumidores. Portanto, segundo Fátima, investir em marketing é fundamental. “Ao iniciar no e-commerce, é importante entender as estratégias de marketing digital para atrair o maior número de clientes e fortalecer a marca. SEO, Inbound Marketing, Google Ads e redes sociais são as estratégias básicas.” 

A maioria dos clientes estão na internet, portanto, a especialista aconselha a estudar o perfil do consumidor e descobrir quais redes sociais ele usa com mais frequência, o tipo de conteúdo que ele acessa e suas preferências. “A  partir disso, você poderá começar a procurar plataformas que auxiliem na postagem, criação de conteúdo e gerenciamento de mídias. Algumas plataformas permitem que a empresa responda comentários, mensagens diretas e agendem postagem em um só lugar, facilitando o contato”.

 

  1. Organize suas operações:

Embora não seja necessária a contratação de uma equipe especializada em tecnologia  para a condução dos negócios a especialista em marketing sinaliza que é importante utilizar ferramentas que possam facilitar a implantação e gestão de negócios online. De acordo com Fátima, utilizar ferramentas de planejamento e organização é essencial para rastrear estoque, entrega de produtos, pagamentos necessários e processos de venda. “É muito importante escolher um fornecedor de software que tenha funções integradas e concentre todo o conteúdo em um programa para simplificar e promover o gerenciamento de negócios”. 

Migrando do mercado presencial ou não, é importante analisar os detalhes do mercado digital. Para Fátima, analisar tendências nos concorrentes e na sua área de atuação é uma parte importante da adoção de uma estratégia de e-commerce. “Fornecer bons produtos ou serviços, investindo no marketing, com uma estrutura logística e operacional podem ser o diferencial para que o seu negócio prospere no mercado digital” – Finaliza.




Fatima Bana,- mestre em comportamento de consumo digital e especialista em liderança de equipes, planejamento, implantação de e-commerce, gestão empresarial e negócios digitais. A especialista possui formação internacional na área de marketing pela University of Califórnia (UCLA / USA) e atualmente, é graduanda em Neuropsicologia o que garante análises com base nos processos cognitivos. Fatima já atuou como líder em grandes empresas: foi diretora executiva em companhias como Gafisa, Accenture e Tivit, e ocupou o cargo de Head de Marketing na LATAM e CMO da Buser.

 

Ciência: legado inexorável da Pandemia

 

Nem a mais pessimista das previsões poderia sugerir um ano tão atípico. Embora seja possível argumentar a favor de alertas como o de Bill Gates, feito há 5 anos, e análises como a de Nassin Taleb, contestando o rótulo de imponderável, a verdade é que ninguém imaginaria a profundidade das mudanças impostas pela COVID-19.

Neste contexto, o assombroso número de mais de 1 milhão de óbitos atesta resultado amplamente negativo. Ainda que a escalada diária dos números, por vezes, pareça tentar relativizar o impacto de uma vida, esta será a principal e mais dolorosa lembrança da pandemia. 

Além disso e à medida que se inicia período de flexibilização do fluxo de pessoas, é inevitável lembrar dos longos períodos em quarentena. O isolamento social imposto na tentativa de diminuir a velocidade de propagação do vírus teve pico de 63% da população e nos manteve afastados de pessoas queridas e de hábitos outrora inquestionáveis. Economicamente, o impacto era inevitável: no Brasil, mais de 700 mil empresas fecharam as portas e o último trimestre apresentou tombo histórico de 9,7% no PIB. Podemos enumerar, também, as crianças tanto tempo longe da escola, o aumento do desemprego...enfim, a lista é extensa. 

Entretanto, sem a menor intenção de mostrar um copo meio cheio – quando se perdem vidas, o vazio impera – apresenta-se a oportunidade de observarmos o legado colateral otimista exposto pela pandemia: a valorização da ciência. Desde o primeiro caso, ela foi crucial para elucidar o agente causador da COVID-19. Somente por meio do sequenciamento genético nos foi permitido identificar o coronavírus, posteriormente chamado de Sars-CoV-2. Em seguida, talvez ofuscada pela disseminação das dúvidas ante o desconhecido, pouco crédito foi dado à ciência quando abordagens diagnósticas, como os testes moleculares e os sorológicos, começaram a ser apresentadas. Neste sentido, a pesquisa e desenvolvimento em diversas empresas e instituições possibilitaram a sadia diversidade de soluções disponíveis. 

Se a prática da ciência, de maneira contínua, tem permitido o vital aumento de possibilidades diagnósticas, o conhecimento por trás das vacinas segue o mesmo curso. Se nem as mais estudiosas e experientes autoridades no assunto concordam entre si sobre quando uma vacina estará disponível (e acessível) no país, existem apenas duas certezas sobre o tema: ela chegará e será graças à ciência. 

Esta tem sido mais uma dentre as incontáveis mudanças em nosso cotidiano: estamos todos mais conectados e próximos à ciência, tentando entender, por meio dela, o que acontece. De acordo com pesquisa recente do Ibope, 58% dos brasileiros acreditam que a ciência será mais valorizada após a pandemia. Já o Google mostra que buscas pelo termo “artigo científico” tiveram salto de 67% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Instituições de pesquisa, empresas de diagnóstico e produtores de vacina tiveram relevância ampliada para a sociedade. 

Em meio a uma conjuntura predominantemente negativa, nasceu o que podemos chamar de Momento Pró-Ciência. Um período potencialmente transformador de seu protagonismo, cujos impactos podem moldar o futuro. A importância dada à ciência e a velocidade de resposta a futuros novos surtos serão diretamente proporcionais. O momento vai passar, mas tais reflexões talvez concentrem a herança mais importante deixada pela COVID-19.

No Brasil, é preciso entender incentivos à saúde e pesquisa básica como investimentos imprescindíveis ao bem-estar da população. Recorrer à ciência com surtos já em curso custa mais dinheiro e mais vidas. Torna-se igualmente crítico repensar os modelos atuais das universidades, questionando (a falta de) alinhamento à agilidade e necessidades do mundo “lá fora” e à postura relativamente contemplativa ao fomento do estado. Soma-se ainda a necessidade de maior participação da iniciativa privada em meio a esta dinâmica, expandindo presença local e ampliando parcerias com entidades públicas.

Acima de tudo, esse ecossistema demanda atuação sinérgica, não permitindo se tomar partido (sem o perdão da palavra). Nenhuma esfera deve se preservar da responsabilidade e nenhum de nós esquecer da protagonista do momento: é verdade que ainda não temos resposta para tudo, mas certamente sem a ciência, não teríamos para nada.

 



Nicolas Marchon - executivo sênior de marketing para a América Latina da Thermo Fisher Scientific.

 

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