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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Pesquisa: calçados com ponta 'curva' podem enfraquecer músculos do pé

Estudo de Harvard indicou situação; especialistas da ABTPé comentam


Estudo feito por cientistas de Harvard indica que o uso de calçados que têm a parte anterior elevada (“pontas curvadas”) pode predispor à fraqueza dos músculos estabilizadores do pé, uma vez que reduz o esforço necessário para andar. A pesquisa foi publicada recentemente na revista científica Scientific Reports, do grupo Nature.

O presidente da ABTPé (Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé), Dr. José Antônio Veiga Sanhudo, explica que durante a marcha, a musculatura intrínseca normalmente age na estabilização da porção anterior do pé no momento em que estamos apoiados na ponta dos pés para impulsionar o corpo para a frente. O estudo demonstrou que calçados com a parte anterior curvada podem limitar os movimentos das articulações entre os metatarsos e falanges, facilitando a passada, mas fazendo com que essa musculatura seja menos exigida. “Segundo os autores, o uso desse tipo de calçado pode levar a atrofia muscular e sobrecarga de estruturas vizinhas, o que predispõe lesões como a fascite plantar”, fala Sanhudo.

“Existe um conceito conhecido como foot core, que é definido como o centro de gravidade do pé. Esse centro é estabilizado pelos músculos intrínsecos, pela estrutura óssea e ligamentar. Com a fraqueza dessa musculatura, realmente pode ocorrer uma desestabilização das forças que atuam no pé durante a marcha, gerando sobrecarga em outras estruturas”, pontua o Diretor da Regional São Paulo da ABTPé, Dr. Danilo Ryuko Cândido Nishikawa.

 

Tênis esportivos

Os tênis esportivos são um exemplo de calçado com a ponta curvada, mas Dr. Sanhudo ressalta que o cenário desportivo apresenta desenvolvimento constante de novos tênis de corrida. O mercado disponibiliza modelos com variações de flexibilidade, formatos e espessuras do solado externo, produzidos a partir de estudos direcionados para melhora de performance e menor risco de lesão. “Alguns anos atrás, os tênis tidos como minimalistas (solado externo fino) pareciam ser os mais adequados para a corrida. Hoje, aqueles com solados mais grossos, menos flexíveis e com ponta curvada, tidos como maximalistas, surgem como proposta para reduzir o impacto da corrida e, com isso, tem o potencial de prevenir lesões”, diz o presidente da ABTPé.

Dr. Nishikawa salienta que, além de escolher um bom tênis para correr, é importante lembrar que isso é apenas um fator no conjunto de medidas que podem prevenir lesões. “Uma rotina adequada de treinamento, associada a exercícios para fortalecimento muscular, melhora da propriocepção (equilíbrio) e da biomecânica da corrida são outros fatores a serem considerados. Em caso de dúvidas, acesse o site da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé e localize o especialista mais próximo, que pode indicar o calçado mais recomendado para a sua necessidade”.

 

Pesquisa

A pesquisa de Harvard envolveu 13 voluntários, que andaram em uma esteira descalços e, depois, usando quatro pares de sandálias personalizadas. A esteira foi especialmente projetada, com plataformas de força e um sistema de câmeras de infravermelho que media a quantidade de energia aplicada em cada passo.

Cada par das sandálias foi desenvolvida com vários graus de ângulos de mola – 10, 20, 30 ou 40 graus – para imitar a rigidez e a forma encontradas em calçados disponíveis comercialmente.

Os autores do estudo observaram que quanto mais curvada para cima for a ponta do sapato (a chamada "mola do dedo do pé"), menos força o pé precisa fazer contra o chão para dar cada passo. Na opinião deles, o uso prolongado desse tipo de calçado pode gerar, então, um acúmulo de desuso da musculatura intrínseca do pé. Eles consideram que uma pessoa comum, que vive em um país industrializado, realiza de 4 a 6 mil passos por dia.

Os pesquisadores trazem a hipótese de que essa fraqueza em potencial pode tornar as pessoas mais suscetíveis a problemas como a fascite plantar, um processo inflamatório ou degenerativo que afeta a fáscia plantar, membrana de um tecido fibroso pouco elástico, que recobre a musculatura da sola do pé e que é responsável pela sustentação do arco longitudinal. No entanto, os autores frisam que a ligação entre as "molas dos dedos dos pés" e a fascite plantar ainda precisa de mais estudos.

“Os achados desse estudo são relevantes, embora apresentem evidências insuficientes para estimar a repercussão do uso prolongado de calçados de ponta curva, especialmente nos praticantes de corrida. Nesse sentido, ainda se fazem necessários mais estudos para entendermos melhor as alterações biomecânicas do pé”, conclui Dr. Sanhudo.

 


Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé)


O novo normal da saúde é entender o poder das pessoas

Coletividade. Talvez essa seja a principal arma para lidarmos com a pandemia. Apesar de isolados, são nas medidas que empresas e pessoas têm tomado, pensando no coletivo, que estamos encontrando caminhos para seguir em frente em uma realidade que deve nos acompanhar por mais tempo do que gostaríamos. Em poucos meses, uma pandemia mudou a rotina das pessoas e o planejamento estratégico e funcionamento de empresas de todos os portes e setores. Mudou não, vem mudando. Condutas de isolamento mais rígidas ou mais flexíveis têm impactado diretamente no número de casos e provocam, consequentemente, novas alterações na rotina.

E, nesse cenário, as instituições de saúde vêm sofrendo os maiores impactos. A necessidade de EPIs cresceu e o valor desses itens subiu vertiginosamente. O tratamento da COVID-19 exige maior tempo, dedicação e número de profissionais de saúde, ao mesmo tempo que eles precisam ser afastados das atividades se pertencerem a grupos de riscos ou apresentarem qualquer sintoma suspeito. A busca por atendimento cresceu para casos com quadros respiratórios, mas afastou pacientes com outras morbidades, derrubou o número de cirurgias e consultas eletivas, prejudicou tratamentos de doenças crônicas, desequilibrando a saúde da população e a saúde financeira das instituições do setor.

A nova realidade exigiu mudanças rápidas, numa luta pela sobrevivência em todos os setores. Nos hospitais, essa exigência foi ainda maior. As instituições de saúde tomaram uma série de medidas que envolveram desde o aprimoramento em protocolos de atendimento, até investimentos em infraestrutura e pessoal. Treinamentos mais frequentes e protocolos rigorosos de uso e manuseio de EPIs, avaliação minuciosa da saúde dos colaboradores, além da realização de testes para a COVID-19 nos primeiros sintomas são algumas medidas básicas e necessárias para oferecer maior segurança aos pacientes.

Algumas instituições foram além e investiram em obras para separar fluxos de atendimento a pacientes com sintomas respiratórios dos demais casos, praticamente criando um novo hospital dentro de outro. Equipes médicas e de assistência passaram a cumprir turnos dedicados ao atendimento da COVID-19 e a contar com áreas diferentes de vestiário, alimentação e descanso. Familiares e pacientes passaram a conviver com novas regras de visitação e a usar a tecnologia para facilitar a comunicação e manter a proximidade.

Hospitais com forte cultura de qualidade e segurança certamente tiveram maior facilidade para trabalhar planejamento e prática quase simultaneamente. Mas se as mudanças foram rápidas é porque houve um comprometimento conjunto, desde equipes gestoras até a linha de frente do atendimento ao paciente.

O cenário futuro ainda é um tanto obscuro. Medidas que inicialmente seriam temporárias devem permanecer por um longo período. O que certamente mudou foram as pessoas. Profissionais aprenderam que podem planejar e executar muito melhor e mais rápido do que imaginavam, em prol do bem comum. Pacientes e familiares aprenderam que têm papéis fundamentais na saúde, na prevenção e no dia a dia das instituições. E o cidadão deve aprender que saúde depende da coletividade.

 


José Octávio Leme - diretor do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), único hospital no Paraná certificado pela Joint Commission International (JCI).


Menstruação atrasada? Saiba o dia ideal para fazer o teste de gravidez!


Especialista explica como deve ser o cálculo para saber o dia em que o teste tem mais chances de estar correto


Quem está tentando engravidar sabe bem o que uma menstruação atrasada pode significar. Ao menor sinal de atraso, geralmente, a primeira coisa que a tentante pensa é: “vou fazer o teste de farmácia”. Entretanto, é necessário saber o dia ideal para fazer o teste, pois se realizado muito no início, ele pode dar um resultado comumente chamado de “falso negativo”. 

Segundo a especialista em reprodução assistida, Cláudia Navarro, é comum que mulheres que iniciaram ciclos de reprodução assistida, ou mesmo as que ainda não buscaram ajuda médica, tenham sempre um teste de farmácia em casa. “O desejo de engravidar é grande, então fazer esses testes, em alguns casos, chega a ser algo frequente”, comenta a médica. 


Então, qual o dia ideal?

Cláudia explica que o dia ideal para que o resultado tenha maior chance de estar correto vai depender de algumas variáveis. E alerta: “Ansiedade não combina com resultado positivo”. Além disso, é preciso conhecer o passo a passo de uma gravidez. 

Normalmente, as mulheres ovulam por volta de 14 dias antes do fim do ciclo (quando chega a menstruação), independente da duração desse ciclo. Essa ovulação dá sinais, como sensibilidade nas mamas, maior desejo sexual e aumento de muco vaginal. Esse dia é o dia ideal para a relação sexual. 

“O óvulo vai viver por cerca de 24 horas e é nesse período que ele deve ser fertilizado”, orienta a médica. Considerando que houve relação sexual e o óvulo foi fecundado, esse óvulo fertilizado vai se mover pelas trompas de Falópio em direção ao útero e se implantar após cerca de 6 a 12 dias. “Nesse processo, as células passam por aquela conhecida multiplicação que dará origem ao embrião e ao trofoblasto, que posteriormente se transformará em placenta”, explica.

“Então, só depois disso é que o organismo começará a produzir o HCG, hormônio que é detectado nos exames de gravidez”, diz. “É por isso que, em casos de Inseminação Intra Uterina (IIU), por exemplo, nós recomendamos a realização do teste após cerca de duas semanas do procedimento”, lembra Cláudia Navarro. “Já na Fertilização in Vitro (FIV), como transferimos o embrião em um estágio mais avançado, o resultado poderá se positivar  mais cedo. É importante seguir as orientações do seu médico sobre a época ideal de realizar o exame”, comenta.


Tem que aguardar!

Em resumo, é necessário memorizar o dia da relação sexual (observando se estava no período fértil) e aguardar cerca de 14 dias, no mínimo, para realizar o teste. “Apesar disso, se a mulher tiver um ciclo desregulado por algum motivo, como acontece com portadoras de Síndrome dos Ovários Policísticos, é possível fazer um cálculo errado”, pondera.

Por isso, nesses casos, muitos médicos orientam que as pacientes o realizem com cerca de 14 dias após a provável ovulação.  “A gente entende que a ansiedade é grande, mas antes de ser possível detectar o HCG, o teste dará negativo e pode ser motivo de uma frustração desnecessária”, diz.


E quando os testes se tornam rotina?

A especialista lembra que se a mulher conhece bem o seu corpo e sempre faz o cálculo correto, a chance de gravidez é alta. “Mas se ela está há mais de um ano fazendo isso e os testes de gravidez negativos se repetem todo mês, é hora de buscar um especialista médico”, alerta. 

Segundo Cláudia, diversos fatores podem dificultar a gravidez e indicar infertilidade. Assim, mesmo que a mulher esteja fazendo tudo corretamente, ela não irá engravidar sem ajuda de um especialista. “Questões hormonais podem atrapalhar a ovulação, bem como doenças, fator idade e condições anteriores podem dificultar a gravidez. Inclusive o parceiro deve realizar um espermograma para observar possíveis alterações”, lembra.

 


Cláudia Navarro - especialista em reprodução assistida, diretora clínica da Life Search e membro das Sociedades Americana de Medicina Reprodutiva - ASRM e Europeia de Reprodução Humana e Embriologia – ESHRE. Graduada em Medicina pela UFMG em 1988, titulou-se mestre e doutora em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela mesma instituição federal.


Síndrome do Esgotamento Profissional: Como a pandemia pode impactar e elevar o número de casos?

De acordo com pesquisa realizada pela Associação Paulista de Medicina com profissionais da área da saúde, mais de 50% estão acometidos pela Síndrome de Burnout

 

Com o surgimento e avanço da pandemia do novo coronavírus, as situações e ambientes de trabalho mudaram, e o home office foi adotado por muitas empresas. Esse novo cenário, associado à pressão no trabalho, ambiente inadequado e preocupação com a estabilidade do emprego, podem ser fatores responsáveis pelo desenvolvimento de ansiedade, sentimentos de insatisfação e levar à Síndrome de Burnout. A síndrome um distúrbio emocional relacionado ao estresse, esgotamento, situações desgastantes e excesso de trabalho.

Segundo a pesquisa The State of Burnout (O estado do Burnout) realizada pela plataforma Blind, 73% dos entrevistados estão exaustos com o trabalho, e os maiores fatores de stress são: preocupações com a estabilidade do emprego, falta de apoio do chefe e falta de equilíbrio entre vida profissional e pessoal. 

No Brasil, a Associação Paulista de Medicina realizou uma pesquisa com 1.984 profissionais da saúde sobre os problemas e possíveis consequências do enfrentamento à Covid-19. Ansiedade, estresse, sobrecarga de trabalho e exaustão física/emocional foram citados por um número considerável de médicos que estão atuando no combate a Covid-19. Esses sintomas são comuns à Síndrome de Burnout e segundo a pesquisa, mais de 50% desses profissionais já estão acometidos por ela.  

Os sintomas são: cansaço excessivo, insônia, alterações no apetite, dor de barriga, dor de cabeça, dificuldades de concentração, alterações repentinas de humor, sentimentos de incompetência, perda de motivação e até depressão.

Ter equilíbrio entre vida profissional e pessoal, descansar e fazer atividades físicas e exercícios de relaxamento, principalmente nessa nova situação que estamos vivendo, são ações fundamentais para a saúde física e mental.

Caso perceba qualquer sintoma, busque ajuda profissional para obter o diagnóstico e o tratamento correto.

 


Trasmontano Saúde

https://www.trasmontano.com.br/


Pezinhos de bebês: podóloga ensina cuidados que protegem até a fase adulta

Saiba o que fazer para cuidar da saúde dos pés das crianças e ajudar a protegê-las de problemas ortopédicos durante a vida toda


Dores nos quadris, tornozelos e, principalmente, nas costas são queixas comuns dos adultos. Mas, o que pouca gente sabe, é que esses problemas podem surgir nos primeiros meses e anos de vida e, na maior parte das vezes, por causa de um problema nos pés. “Cuidados simples e diários podem evitar problemas futuros e assim fazer com que as crianças tenham uma vida mais saudável e livre de dores”, garante a podóloga Malú Pinheiro, coordenadora técnica da Doctor Feet.  Abaixo, a profissional lista sete dicas que não podem passar despercebidas:

 

  1. Higiene diária

Os pés das crianças devem ser lavados e muito bem secos todos os dias. “Capriche ao secar, principalmente entre os dedos, pois isso evita frieiras e micoses nas unhas. Mas tenha cuidado para não machucar a pele delicada do seu pequeno”, orienta a podóloga.

 

  1. Atenção a numeração dos calçados

Assim que suspeitar que os sapatos do seu filho estão muito pequenos, substitua os sapatos que não servem mais imediatamente. Caso contrário, a unha pode encravar com facilidade e as lesões começarão a aparecer. O ideal é haver espaço suficiente na área dos dedos para que os pés possam crescer. Por isso, verifique o tamanho pressionando suavemente a parte superior da ponta enquanto a criança estiver com os sapatos nos pés. Evite comprar números muito grandes pois não proporciona o conforto e sustentação adequada.

 

  1. Compre produtos de qualidade

Vale lembrar que com o tempo os sapatos adquirem o formato dos pés que os usam. Embora seja tentador economizar dinheiro na compra de sapatos, os modelos de baixa qualidade ou compartilhados podem ser prejudiciais aos pés da criança.

 

  1. Escolha as meias com zelo

Verifique regularmente se as meias estão apropriadas e se é a numeração certa para os pés das crianças. Meias feitas de algodão vão manter os pés aquecidos, absorver o excesso de umidade e, ao mesmo tempo, lhes proporcionarão espaço para que possam se desenvolver.

 

  1. O corte correto das unhas

Corte as unhas em linha reta para evitar que fiquem encravadas. Essa é uma das dicas mais importantes para cuidar dos pés! As unhas encravadas surgem quando crescem em direção à pele ao seu redor. Assim, elas podem fazer com que a pele ao lado da unha fique vermelha ou inchada, deixando a área bem dolorida. Você pode usar um cortador de unhas e finalizar lixando com a parte menos áspera, removendo pontas de unha mais afiadas. “Nunca corte a lateral das unhas dos pés do seu filho nem deixe as unhas dele muito curtas”, alerta Malú.

 

  1. Andar descalço faz bem

Dentro de casa, sempre que possível e mesmo enquanto a criança estiver aprendendo a andar, deixe-a sem calçados. Embora isso possa parecer contraditório, o ato de andar descalço é uma das melhores coisas que você pode fazer para o bom crescimento dos pés da criança, pois ajuda os músculos a se desenvolverem e se tornarem mais fortes. Além disso, também permite que o ar circule pelo pé inteiro. “Mas, antes disso, certifique-se de que o chão esteja limpo e livre de qualquer elemento que coloque a segurança do seu pequeno em risco”, finaliza a profissional.

 


Doctor Feet

www.doctorfeet.com.br / Instagram: @doctor_feet / Facebook: /doctorfeet.podologia


Desvio do olho para fora também é uma forma de estrabismo

Desvio pode ocorrer sempre ou de vez em quando



Embora a vesguice seja o tipo mais conhecido do estrabismo, o desvio do olho para fora, em direção às orelhas, também é uma forma dessa condição oftalmológica, muito comum na infância.
 
Segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em Estrabismo, o desvio do olho para fora é chamado de estrabismo divergente.

“Esse desvio pode ser constante ou intermitente, ou seja, pode ocorrer sempre ou de vez em quando. O intermitente é o mais comum, sendo esse o motivo pelo qual os pais têm dificuldade de perceber o desvio”, comenta.
 
“O estrabismo divergente intermitente fica mais evidenciado quando a criança está cansada, com sono ou mais distraída. Esse desvio costuma aparecer após o primeiro ano de vida, mas há casos em que se desenvolve nos primeiros meses”, explica Dra. Marcela.

 

Longa jornada para o diagnóstico

A pequena Valentina, hoje com cinco anos, começou a desviar o olho aos oito meses. “Minha esposa comentou comigo que a Valentina estava entortando o olho para fora. Eu não reparei nada e brinquei que era excesso de preocupação. Até que um dia eu percebi que o desvio era real”, conta Thiago Nassa, empresário e pai da Valentina.  
 
A jornada em busca do diagnóstico foi longa. “Como o estrabismo é uma condição específica, precisamos procurar um especialista e não há muitos que atendem pelo plano de saúde. Só conseguimos encontrar uma oftalmopediatra quando a Valentina tinha um ano. O diagnóstico ocorreu nos primeiros momentos da consulta e não veio sozinho. Descobrimos que ela tinha também cinco graus de miopia”, diz o empresário.  
 
“Optamos por fazer a cirurgia de correção do estrabismo quando ela tinha quatro anos. Hoje ela não tem mais o desvio, porém fazemos acompanhamento para a miopia, pois o grau é alto”, relata Thiago.

 

Correção do estrabismo
 
Atualmente, a maior parte dos estrabismos é tratada com cirurgia. Temos quatro músculos que comandam os movimentos oculares.

"No estrabismo, esse grupo muscular está desalinhado, por isso ocorrem os desvios. Podemos fazer uma analogia desses músculos com as rédeas que comandam um cavalo. Esses músculos precisam estar alinhados para realizar os movimentos de forma simultânea e na mesma direção (para cima, para baixo, para a esquerda e para a direita)", explica Dra. Marcela. 

A cirurgia visa justamente restabelecer o alinhamento e o equilíbrio desses músculos, para que funcionem de forma sincronizada. 
 
A especialista ressalta que há casos em que o desvio divergente intermitente está bem compensado. Assim, é possível acompanhar a evolução do estrabismo em consultas periódicas, postergando a cirurgia.

“Vale lembrar que não há tratamento clínico para o estrabismo, exceto para o desvio convergente (para dentro) causado pela hipermetropia. Esse tipo e estrabismo é corrigido com o uso de óculos. Os demais só se resolvem com a cirurgia”, reforça Dra. Marcela.
 

Consulta de rotina é essencial na infância

“Eu nunca imaginei que fosse tão importante fazer uma consulta de rotina com um oftalmopediatra antes do primeiro ano de vida. Felizmente, minha esposa percebeu precocemente e conseguimos tratar o estrabismo da Valentina”, comenta Thiago.
 
“É importante dizer ainda que o tratamento do estrabismo não é estético, uma vez que o desvio pode causar prejuízos permanentes à visão, levando à ambliopia, popularmente conhecida como olho preguiçoso. Isso significa que a criança pode apresentar perda da capacidade visual para sempre, assim como perda da visão binocular, aquela que permite a visão de imagens em 3D”, finaliza Dra. Marcela.
 
Recomenda-se a correção cirúrgica antes dos sete anos, idade em que o desenvolvimento visual está completo. Depois disso, a correção será estética e eventuais prejuízos visuais serão permanentes.

OUTUBRO ROSA: ESPECIALISTA DA CRIOGÊNESIS APONTA PRINCIPAIS SINTOMAS, CAUSAS E FORMAS DE PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA


 Quando identificada na fase inicial, a doença apresenta até 95% de chance de cura


Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a neoplasia de mama é o segundo tipo que mais acomete as mulheres no Brasil. Até agora, em 2020, foram diagnosticados em torno de 66 mil casos, o que representa uma taxa de incidência de aproximadamente 44 casos a cada 100.000 mulheres. Conhecido internacionalmente, o movimento popular intitulado como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo e simboliza a luta contra o câncer de mama, estimulando a participação da população, empresas e entidades na conscientização e prevenção da doença.

"A doença tem maior incidência em mulheres acima dos 40 anos. Abaixo dessa faixa etária, a mortalidade é menor com menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres, aproximadamente. A partir dos 60 anos, o risco é ainda maior. Pode acometer também os homens, mas é bem raro, apenas 1% do total de casos. Porém, se diagnosticada precocemente e tratada de forma adequada, possui até 95% de chance de cura", declara Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis .

Como todo câncer, o de mama é gerado pela multiplicação desordenada de células mamárias. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. "Por existir mais de um tipo, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a característica própria de cada tumor", explica o profissional.

Entre os possíveis causadores destacam-se a obesidade e sobrepeso após a menopausa, exposição frequente a radiações ionizantes, uso de contraceptivos hormonais e casos de câncer de mama na família - especialmente antes dos 50 anos. O especialista comenta que um dos principais sinais é o nódulo, mas existem outras alterações na mama. "É a principal manifestação, estando presente em cerca de 90% dos casos quando ele é percebido pela própria mulher", ressalta. Além disso, pele avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja e alterações no mamilo também podem ser comuns.

O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento, realizada quando não há sinais nem sintomas suspeitos, seja executada por mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. "É fundamental que as mulheres conheçam seu corpo, em especial, suas mamas e estejam sempre atentas a qualquer alteração que possa indicar alguma anormalidade. Além disso, se deve realizar os exames periodicamente", enfatiza.

Quanto à prevenção da doença, Renato de Oliveira comenta que não é possível afirmar precisamente sobre o que de fato é eficaz, no entanto, além de execução de exames preventivos com regularidade, adotar de alguns hábitos saudáveis pode diminuir o risco. "Praticar atividades físicas, uma boa alimentação, manter o peso corporal adequado, amamentar e evitar o uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal, são as recomendações mais usuais", aponta.

 


Criogênesis

http://www.criogenesis.com.br


Covid-19 é classificada também como doença vascular e pode provocar trombose, diz estudo

Cirurgião vascular comenta pesquisa que mostra que doença pode causar lesões nas células que revestem os vasos sanguíneos, levando à formação de coágulos

 

Um estudo realizado por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) revela que a Covid-19, causada pelo novo coronavírus, também é considerada uma doença vascular, além de ser uma enfermidade pulmonar. Segundo a pesquisa, feita em amostras de pacientes que faleceram pela doença, havia lesões nas células que revestem vasos sanguíneos dos pulmões.

De acordo com o médico cirurgião vascular Gustavo Solano, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, esse tipo de lesão pode levar à trombose. "Também conhecida como Trombose Venosa Profunda (TVP), essa doença é a formação de um coágulo sanguíneo no interior de uma ou mais veias do corpo. Em 90% dos casos, a condição atinge os membros inferiores e causa grande desconforto, mas há o risco de um fragmento do coágulo se desprender e entrar na corrente sanguínea, em direção aos pulmões, provocando um quadro de embolia pulmonar, que pode levar a óbito. O tratamento da TVP pode ser feito por meio de medicamentos e também com o auxílio da terapia de compressão graduada, entre outros procedimentos", explica.

Para as pessoas que já tiveram ou têm um quadro de trombose ou outras doenças venosas, como varizes, por exemplo, o especialista alerta para a maior necessidade prevenir a contaminação pelo novo coronavírus, além de aumentar a atenção com a saúde vascular e usar, com frequência, meias ou canelitos de compressão graduada, que estimulam o fluxo sanguíneo e evitam a formação desses coágulos. O médico, que também é parceiro da SIGVARIS GROUP - empresa suíça líder em acessórios de compressão graduada -, elenca que "essas pessoas precisam evitar ao máximo qualquer tipo de exposição ao novo coronavírus e seguir todas as recomendações de higiene das mãos, em razão dos maiores riscos de graves complicações. É importante, também, que o tratamento da trombose ou das varizes não seja interrompido no caso de a pessoa já ter uma dessas doenças ou tenha histórico familiar de doenças venosas, mesmo que ainda não apresente sintomas", diz.

"A Covid-19 pode lesionar uma camada fina de células, chamada de endotélio, que protege o vaso sanguíneo para evitar tromboses. Sem essa camada, o sangue coagula e obstrui a circulação. No pulmão, além de proteger o vaso sanguíneo contra a coagulação, o endotélio é responsável por promover a troca gasosa, ajudando o ar do pulmão a entrar na corrente sanguínea. Sem o endotélio, a situação clínica do paciente pode se agravar até chegar ao óbito", finaliza o médico.



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Saúde mental: precisamos pensar o que piorou e o que melhorou com a Pandemia

Mais da metade das pessoas - 51% - consultadas em uma pesquisa recente realizada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) indicou que a pandemia da Covid-19 teve um impacto negativo na sua saúde mental. Mas será que nada melhorou? Será que não estamos aprendendo uma nova forma de viver e de nos relacionarmos conosco e com nossa família e amigos? E a consequente valorização da vida e das pessoas a nossa volta? 

Como tudo na vida podemos parar para ver o copo meio cheio, ou o copo meio vazio. Neste sentido, você já parou para pensar em como está lidando com seu copo?

Falar em saúde mental e parar para dar atenção ao lugar das emoções, dos sentimentos e de nossos comportamentos ao longo de nossos dias parece não ter sido uma prioridade para muitos de nós. Mas em 2020 recebemos um convite voluntarioso para nos reconectarmos e entrarmos em contato conosco, com nossos medos, nossos vazios, nossa humanidade. 

Aparentemente a COVID será, acima de todos os outros agravos físicos decorrentes, uma grande revolução em torno da Saúde Mental Mundial. 

Tivemos que olhar para nossa depressão, lidar com crises de ansiedade, transtornos do pânico, que de forma velada sempre estiveram ali, guardados para quando tivéssemos tempo de sentir. 

Vários preconceitos foram quebrados, e assim nos permitimos, sem mais delongas, visitar um psiquiatra e agendar o psicólogo. O tempo deixou de ser pouco para cuidarmos de nossas emoções, mas porque as emoções nos encontraram, e nos pegaram desprevenidos. Não estávamos preparados para não poder fugir para o trabalho, para não termos como nos esconder no happy hour com os amigos, ou torrando o cartão de crédito em shoppings ou supermercados. Fomos obrigados a parar e refletir: Como você está? Como está a sua saúde mental? Talvez hoje tenhamos muito mais consciência de como estamos do que em 2019. Sob esta nova perspectiva, será que a Covid piorou ou é um novo caminho para a saúde mental mundial? Pense nisso!

 

 


Ana Café - Psicóloga Clínica. Especializada na Prevenção e Tratamento da Dependência Química, Especializada em Saúde Mental da Infância e Adolescência e fundadora do Núcleo Integrado. O Núcleo Integrado é um centro de tratamento e prevenção dos transtornos do impulso, que compreende o problema do uso/abuso e dependência de drogas como uma doença, a partir de um modelo de abordagem e tratamento em que a meta principal é a redução da demanda por drogas, seja pelo usuário, abusador ou dependente químico.


Autoexame da mama não substitui ida ao médico periodicamente

No mês dedicado a prevenção do câncer de mama, oncologista alerta para a necessidade de fazer os exames clínicos periódicos para mulheres entre 40 e 69 anos 


Foto ilustrativa 
pexel
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres e chega a 25% dos casos no mundo. No Brasil esse número supera a média mundial com 29% de incidência, segundo informações divulgadas pela Biblioteca Nacional da Saúde. Uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), mostra que podem surgir 66.280 novos casos em 2020. Por isso, neste mês, quando acontece a campanha mundial Outubro Rosa, a médica oncologista Eloise Allen (CRM GO 13574), que atende no Centro Clínico do Órion Complex, alerta para a necessidade de fazer o exame clínico, principalmente para mulheres com mais de 40 anos, de acordo com recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia, que também indica uma mamografia a cada dois anos mesmo para mulheres sem lesões.

 O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada das células da mama formando tumores que podem desencadear a doença. “Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem às características próprias de cada tumor”, detalha Eloise. Por isso, é imprescindível que as mulheres façam exames clínicos periódicos, independente de terem sintomas. Em 2018, a doença levou 1.206 mulheres a óbito apenas no Centro-Oeste, no Brasil, foram mais de 17 mil mortes,  de acordo com o Inca. 

O autoexame, segundo Eloise, tem como objetivo, instituir nas mulheres a importância do conhecimento do próprio corpo para poder auxiliar um diagnóstico de câncer. No entanto, ele não substitui o exame clínico do médico e a mamografia, já que não existe uma forma eficiente de prevenir a doença, que pode estar relacionada à predisposição genética e até mesmo a hábitos pouco saudáveis de vida. Outro ponto importante é que nem só a presença de um caroço indica o câncer de mama e qualquer alteração nas mamas deve ser sinal de alerta. Entre os sintomas estão alteração no tamanho da mama, nódulo único e endurecido, vermelhidão, inchaço, calor ou dor na pele da mama, espessamento na pele do mamilo e secreção. 

Eloise explica que via de regra, o autoexame de mama é sugerido para mulheres adultas. “Partindo disso, ele pode ser estimulado após a primeira menstruação, quando a menina já teria maturidade suficiente para notar as diferenças fisiológicas.” De acordo com ela, o câncer de mama em criança é extremamente raro e entraria no cerne das neoplasias raras da infância com comportamentos e tratamento diferenciados.  “Acredito que o caso mais jovem tenha ocorrido nos EUA em 2015 em uma menina de 8 anos”, exemplifica.

A especialista lembra que inicialmente o tratamento consistia na retirada de toda a mama, com grandes mutilações para as mulheres. Ao longo dos anos as técnicas cirúrgicas conservadoras ganharam espaço graças à associação com quimioterapia no tratamento inicial para redução tumoral e radioterapia com taxas de cura semelhantes à retirada completa da mama. “Hoje temos ainda o uso de drogas-alvo, aquelas que ainda agem em um local específico do tumor, com  menos efeitos colaterais comparados à quimioterapia, e na mesma linha de redução de sintomas do tratamento temos os anticorpos monoclonais, que agem na produção de anticorpos específicos contra o câncer”. 

Mas tudo depende do estágio em que tumor foi detectado e do tipo dele. Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possua  metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. 

Embora também seja raro, os homens também têm tecido mamário e portanto, estão sujeitos a um câncer de mama com uma taxa de casos de  aproximadamente 1%. O alerta seria sobre a importância de notar crescimento de nódulo que configura a principal manifestação no sexo masculino e buscar atendimento médico. “Caso haja algum caso em homem na família,  é considerada a possibilidade de componente de transmissão familiar e as mulheres devem ser investigadas”, pontua. 

Neste Outubro Rosa 2020, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) lançou o movimento de conscientização "Quanto antes melhor". A ideia é chamar a atenção das mulheres para a adoção de um estilo de vida saudável no dia a dia, com a prática de atividades físicas e boa alimentação.


Invista em alimentos anti-inflamatórios para melhorar a saúde do corpo até o verão

Além da prática de exercícios, a alimentação deve ser o foco para quem quer chegar em forma no verão. Especialistas comprovam que uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis pode ajudar a proteger o corpo contra a inflamação e uma série de outros problemas de saúde. 


A má alimentação gera a inflamação sistêmica do corpo, como explica a médica da Clínica Leger, Simone Henriques, pós-graduada em nutrição, metabolismo e exercício físico.

"Vários estudos mostram que a inflamação cerebral pode provocar Alzheimer e doenças neurodegenerativas. No coração, a alimentação inflamatória causa entupimento dos vasos sanguíneos. E na pele, o maior órgão do nosso corpo, as celulites são consequência desse processo", pontua.

Pesquisas sugerem que alimentos processados como carboidratos refinados, refrigerantes, gorduras trans e carnes vermelhas podem promover a inflamação crônica. Para quem está de olho no verão e quer eliminar as celulites, vale apostar em uma alimentação menos inflamatória.

"Quando o paciente consegue ter uma alimentação balanceada e redução do acúmulo de gordura corporal, ele consegue não só amenizar o aspecto de casca de laranja na pele, mas também ter menor pressão subcutânea. Com isso, é possível melhorar a circulação de micro e macro nutrientes, diminuir a retenção hídrica, melhorar a drenagem linfática e, consequentemente, o aspecto geral da pele", diz o cirurgião Roberto Chacur, especialista no combate às celulites.

Aumentar o consumo de fibras, frutas vermelhas, oleaginosas, sementes, peixes ricos em ômega 3, vinho e água é uma estratégia para quem quer diminuir o grau das celulites e melhorar o aspecto da pele até o verão. Para a médica Simone Henriques, a melhor forma de reduzir a inflamação do corpo é a mudança dos hábitos alimentares.

"Uma dieta pobre em açúcar, carboidratos simples, frituras, alimentos processados e industrializados faz bem à saúde do corpo como um todo", diz Simone.

Vale destacar que uma alimentação anti-inflamatória alivia e previne o cansaço excessivo, dores de cabeça, inchaços, vermelhidão, lesões em vasos sanguíneos, dores nas articulações e músculos, além de aumentar a imunidade, evitando gripes e resfriados, e ajudar no controle do peso.


16 de outubro, dia Mundial da Alimentação


Nutricionista Adriana Stavro ressalta a importância da refeição saudável

• A população global deve atingir quase 10 bilhões em 2050. Mais de 2 bilhões de pessoas não têm acesso regular a alimentos seguros, nutritivos e suficientes.

• Quase 690 milhões de pessoas passam fome, um aumento de 10 milhões desde 2019. A pandemia COVID-19 pode adicionar entre 83-132 milhões de pessoas a este número, dependendo do cenário de crescimento econômico.

• O impacto da desnutrição em todas as suas formas, desnutrição, deficiências de micronutrientes, bem como sobrepeso e obesidade, na economia global, é estimado em US $ 3,5 trilhões por ano.

• Aproximadamente 14% dos alimentos produzidos para consumo humano, são perdidos a cada ano entre as fases de cultivo ou criação, até chegar ao mercado atacadista. Mais alimentos são desperdiçados entre estágios de varejo e consumohttp://www.fao.org/world-food-day/home/en/


Por isso no dia mundial da alimentação anote estas dicas da nutricionista Adriana Stavro para reduzir o desperdício de alimentos

1. Planeje suas refeições. Criar um cardápio antes de fazer as compras, permitirá que você compre apenas o necessário.

2. Limpe a geladeira regularmente. Isso é um grande passo para uma vida com menos desperdício, uma vez que que você pode ver tudo o que tem lá dentro, evitando sobras, frutas e vegetais estragados. Tente fazer isso uma vez por semana.

3. Organize sua cozinha para que seja mais fácil cozinhar. Pode parecer óbvio, mas criar um espaço no qual você realmente goste de passar o tempo é fundamental.

4. Tenha cuidado com o tamanho das porções. Uma mudança simples é começar com uma porção menor,e repetir se ainda estiver com fome.

5. Armazene seus alimentos adequadamente. Pequenas mudanças, como manter o coentro em uma jarra de água na geladeira, não armazenar as cebolas e as batatas juntas, ou manter o leite e os ovos longe da porta da geladeira, aumentará muito a duração dos produtos perecíveis.

6. Lembre-se, o"primeiro a entrar, deve ser o primeiro a sair". É um princípio de restaurante que você pode aplicar em casa, para evitar facilmente o desperdício. Isso significa que você deve girar as compras mais antigas para a frente da sua geladeira, para que possa encontrá-las facilmente e usá-las. Tirar um pouco mais de tempo quando guardar seus mantimentos, colocando os novos itens na parte de trás, e os antigos na frente, faz uma grande diferença no longo prazo.

7. Etiquete e date suas sobras. Quantas vezes você olhou para um pote cheio de um alimento, e se perguntou o que exatamente é, e se ainda está bom? Dedicar alguns minutos para etiquetar e datar seus alimentos com fita adesiva,ficará mais fácil saber o que você tem em mãos, e quando deve usá-lo.

8. Aprenda novas receitas. A capacidade de ser criativo na cozinha ajudará a transformar seus alimentos

9. Comece a fazer caldos caseiros. Aproveite talos dos vegetais para fazer caldos, sopa, refogados, molhos, feijão e arroz com um sabor especial.

10. Evite fazer compras quanto estiver com fome. Além de dificultar a concentração, sentir fome durante as compras pode causar um aumento nos seus gastos. Pesquisas mostraram que comprar comida com fome é um risco, pois os compradores têm a tendência de comprar itens que não precisam, ou encher o carrinho com lanches não saudáveis. Por isso, se sentir uma pontada de fome antes de sair, não hesite em fazer um lanche, mesmo que esteja fora da sua rotina típica de refeições.

11. Cozinhe "da raiz à folha". Verduras, legumes e frutas são alimentos ricos em vitaminas e minerais, então o alimento como um todo é saudável. Mas alguns deles têm concentração maior de nutrientes nas partes que costumam ser desprezadas. As cascas de abacaxi podem ser utilizadas para fazer chá. As sementes de abóbora incrementam o preparo de uma salada. Já os talos de agrião ou brócolis podem servir para rechear uma torta ou farofa. 



Bolo de casca de banana funcional 


Ingredientes: 


4 cascas de banana
4 bananas
2 xícaras de farinha de arroz
1 xícara de fécula de batata
½ xicara de polvilho
1 colher de sobremesa de canela
1 colher de chá de gengibre em pó
1 ½ xícara de açúcar mascavo
3 ovos
½ xícara de óleo
1 colher de fermento em pó
1 ½ xícara de leite de coco ou outro de sua preferência


Modo de fazer: 


Faça uma calda com ½ xícara do açúcar mascavo. Corte as bananas em rodelas de ½ cm e distribua na assadeira. Lave bem as cascas e bata no liquidificador junto com os ovos, o óleo e o leite de coco. Depois misture os outros ingredientes, deixando o fermento por último. Mexa bem até formar um creme homogêneo. Despeje na assadeira com a calda e as bananas. Leve ao forno médio pré-aquecido por aproximadamente 40 minutos.

13. Se tudo mais falhar, faça compostagem! Se você simplesmente não conseguir encontrar outro uso para restos de comida, certifique-se de que eles acabem em uma caixa de compostagem ao invés de uma lata de lixo. Quando restos de comida vão para aterros sanitários, eles liberam metano , um gás de efeito estufa muito mais potente que o C02. É do interesse de todos que os restos de alimentos não consumidos, se transformem em compostagem.

 



Adriana Stavro - Nutricionista Funcional e Fitoterapeuta - Especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis - Mestre do Nascimento a Adolescência pelo Centro Universitário São Camilo.

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