Pesquisar no Blog

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Eleitores devem ter cuidados redobrados antes e depois da votação

Especialista do HCor lista dicas para minimizar riscos de contaminação nas seções eleitorais


         Com a proximidade das Eleições Municipais, este ano adiadas para novembro (15/11), uma das maiores preocupações dos eleitores é manter a segurança na hora da votação em ambientes que costumam contar com filas e aglomeração.

         A infectologista Daniela Bergamasco, coordenadora do Serviço de Controle de Infecção do HCor, ressalta que é possível exercer a cidadania e comparecer às seções eleitorais mantendo atenção redobrada às medidas de segurança e higiene das mãos.

          Assim como o documento de identidade, a máscara e o frasco de álcool gel não podem ser esquecidos no domingo eleitoral. A orientação é para manter o equipamento de proteção facial o tempo inteiro no rosto e só retirar quando estiver de volta em casa.

          Já as mãos devem ser higienizadas no momento de chegada, após a assinatura do caderno de votação e antes e depois do contato com a urna. Levar sua própria caneta junto com a “cola eleitoral” também é boa opção.

          Outra recomendação é manter a distância de pelo menos um metro de outros eleitores e dos mesários, além de não consumir bebidas e alimentos no local. “Também é importante evitar levar acompanhantes, mesmo crianças pequenas, e, no retorno, lembrar de higienizar os carteiras, objetos e o aparelho celular, se utilizado durante o período na rua”, reforça Bergamasco.

          Devido a pandemia, o tempo de votação foi ampliado em uma hora (7 às 17 horas) e o período da manhã, entre 7 e 10 horas, será preferencialmente dedicado a pessoas com mais de 60 anos.


Quem não deve comparecer a votação?

          Os eleitores que estiverem com febre no dia da votação ou que tenham testado positivo para a Covid-19 nos últimos 14 dias anteriores à data da eleição precisarão ficar em casa e justificar a falta, posteriormente.

          Pacientes do grupo de risco como os cardiopatas e que fazem tratamento oncológico devem seguir as recomendações médicas individualizadas.

 

Reforma tributária: SIMPLIFICA JÁ vai contribuir para aumento na oferta de bens e serviços

Ao contrário de outras propostas em tramitação no congresso, o SIMPLIFICA JÁ é a que mais propicia, de forma imediata, um aumento na oferta de bens e serviços, consequente aumento na oferta de empregos e crescimento econômico. Entenda por que.


A principal característica do SIMPLIFICA JÁ, emenda substitutiva global nº 144 à PEC 110, que ingressou oficialmente para os debates legislativos em agosto deste ano, é a simplificação. A proposta também inclui o não aumento de carga tributária, maior crescimento econômico, sem perdas para os agentes e com ganhos reais e substanciais desde o primeiro momento.

Alberto Macedo, Mestre e Doutor em Direito Econômico, Financeiro e Tributário pela USP, Consultor Técnico da ANAFISCO e Professor do Insper, integrante do comitê de criação da proposta, explica, passo a passo, as razões pelas quais o SIMPLIFICA JÁ é a melhor reforma para o país.

Não traz os efeitos colaterais perversos com

 a junção de tributos de entes federativos diversos

O SIMPLIFICA JÁ não traz aumento de carga tributária, não demanda fundos bilionários da União, não acarreta perda, pelos Municípios, de boa parte da base de tributação dos serviços, cuja arrecadação tem dado conta das crescentes atribuições ao longo das décadas, e que será melhor distribuído para todos os Municípios com o SIMPLIFICA JÁ, e não enfraquece o pacto federativo com os Municípios e Estados perdendo sua governança sobre seus respectivos impostos sobre o consumo.


Ataca os principais problemas dos impostos não cumulativos

Com a previsão de crédito financeiro no ICMS e na CBS não cumulativa, unificação de suas legislações, efetivação de compensação automática de saldos credores do ICMS e da CBS não cumulativa e limitação do uso da substituição tributária, o SIMPLIFICA JÁ resolve os principais problemas dos tributos não cumulativos estadual e federais.

A manutenção do ISS, cumulativo, mas devidamente modernizado, não causa maiores problemas para a indústria, porque sua alíquota máxima é baixa. A prova disso é que, em pesquisa realizada pela CNI em 2019 sobre qual tributo mais impacta negativamente na competitividade, o ISS foi citado por apenas 1% dos respondentes, enquanto que o ICMS por 42%, e a PIS/COFINS e as contribuições previdenciárias (INSS) por 16% cada.


Aumenta produtividade, ao combater distorções alocativas e entregar simplificação imediata

As principais distorções alocativas que existem hoje não são causadas pela separação ISS e ICMS, que, aliás, se existirem, podem ser resolvidas por pequenas alterações em lei complementar. O grande problema está no ICMS, que hoje incide muito ainda no Estado de origem, ocasionando guerra fiscal. Portanto, o SIMPLIFICA JÁ leva o ICMS cada vez mais para o destino, mas de forma racional, e com base em informações extraídas de um ambiente de dados alimentado por emissão de nota fiscal eletrônica nacional, ou seja, economia real, e não estimativas que podem ser frustrantes, aumentando a produtividade de uma forma mais equilibrada ao eliminar, gradativamente, as distorções alocativas.

Alberto lembra que as dificuldades de crescimento no Brasil acontecem, em grande parte, por conta do sistema tributário complexo. “Se entregamos uma simplificação imediata, conseguimos oferecer um crescimento econômico imediato. Além disso, se observarmos as outras propostas vigentes no momento, vemos que qualquer crescimento econômico se inviabiliza com uma alíquota de IBS acima de 27%, sendo que a própria Receita Federal confirma que, provavelmente, ficaria acima de 30%”, enfatiza.

Ele reforça que, se aprovado o SIMPLIFICA JÁ, entrega-se simplificação desde o dia zero, sem aumento de carga, sem intervenções mirabolantes, com chances de crescimento imediato muito maiores. “Ao invés de contratar perdas de maior complexidade e aumento de carga imediata para acolher um crescimento incerto e improvável e uma simplificação incerta 5 ou 10 anos à frente, é melhor entregar uma simplificação imediata, com ganhos certos e crescentes, que permitirão, inclusive, mais esforços de simplificação no decorrer do tempo”, resume o especialista. Não é à toa que o SIMPLIFICA JÁ ganha adesão crescente e massiva dos agentes envolvidos e da sociedade, certos que a diminuição na burocracia é o melhor caminho para todos.

Entenda de forma rápida como cai funcionar o SIMPLIFICA JÁ no vídeo AQUI.

  

Tesouro Selic sofre impacto negativo junto com a queda da bolsa

Setembro marca terceiro pior impacto no ano com -5,23%; Profissional de investimentos aponta variações com taxas CDI e SELIC

 

Setembro foi marcado como o terceiro pior mês para as ações do Ibovespa de 2020. A queda foi de -5,23%, e adicionalmente também houve um impacto negativo no Tesouro Selic - considerado o título público mais tradicional, de acordo com a iHUB Investimentos. “Quanto ao mercado de ações: No primeiro trimestre, ocupam as duas primeiras posições com números negativos: fevereiro com -8,50% e março com -30,18%”, comenta, o sócio fundador da iHUB, Paulo Cunha.

 

Entenda as variações do Tesouro Selic com taxas CDI ou Selic

Os papéis do Tesouro Selic, no mês de setembro, estavam sendo negociados com deságio no mercado secundário por falta de compradores interessados no papel. “Os fundos que investem 100% nesses papéis tiveram um retorno de 0,04% em setembro, contra 0,18% do CDI, uma diferença considerável”, comenta Cunha.

Outro ponto a ser destacado é que o mercado aponta que essa distorção deve ser momentânea, pois o natural é que os papéis voltem a acompanhar as taxas SELIC e CDI.

“O pano de fundo dessa movimentação é o receio com a agenda fiscal e de reformas com o governo. O mercado começa a por no preço que possivelmente os juros não fiquem mais estacionados em 2% ao ano com a SELIC, por tempo considerável, assim como se previa no mês de agosto”, completa Cunha.

 

Títulos pós-fixados

De maneira geral, os papéis do Tesouro são considerados os mais seguros do mercado, referente ao risco de calote, principalmente quando falamos do Tesouro Selic, que é pós-fixado, logo não deve sofrer com a volatilidade do mercado.

“São considerados títulos pós-fixados todos aqueles que possuem algum tipo de indexador de rentabilidade, que é calculado posteriormente a aplicação, segundo condições do mercado. A grande maioria segue os índices da SELIC ou CDI”, explica Cunha.

Para ilustrar esse cenário, Paulo Cunha aponta quatro simulações de rendimento para um ano, considerando 252 dias úteis:

  • Poupança: 1,4% - Isento de imposto de renda para pessoa física;
  • Tesouro Selic: 2% (bruto)  e 1,65% (líquido)
  • CDB a 140% indexado ao CDI: 2,66% (bruto) e 2,19% (líquido)
  • LCI a 109% indexado ao CDI: 2,07% - isento de imposto de renda para pessoa física.

“Esse levantamento considera papéis possíveis de serem encontrados nas plataformas das principais corretoras, porém, para vencimentos que podem ser maiores que um ano, a venda anterior antes do vencimento pode acarretar em perda da rentabilidade”, explica Paulo Cunha.

 

Tesouro Selic como reserva de emergência

De acordo com Cunha, apesar dos resultados de setembro, o Tesouro Selic é considerado uma reserva de emergência natural, porque possui baixíssimo risco de calote e também de apresentar retorno negativo no mês a mês, além disso, possui elevada liquidez para poder reaver os valores, em até um dia, caso precise do dinheiro.

“Setembro foi um mês incomum, por ter mostrado contradição sobre os benefícios do Tesouro Selic, devido à ameaça do cenário de forte aversão a risco e preocupações com as contas do governo”, explica. Para o portfólio, geralmente, recomenda-se entre 5% a 30% de investimento nesse tipo de aplicação, completa Cunha.

 


Paulo Cunha - sócio fundador da iHUB Investimentos, empresa especializada em assessoria de investimentos, com mesa de operação atuante em ações, derivativos e câmbio em tempo real. Possui mais de 1,5 mil clientes no Brasil e em 2014, firmou parceria com a maior plataforma de investimentos da América Latina, fundando a iHUB e sendo um escritório credenciado a XP Investimentos. Desde então, é diretor executivo da empresa, que possui matriz na Vila Olímpia e Alphaville, em São Paulo e Barueri. Também é palestrante e professor sobre investimentos de cursos em plataformas EAD.

Investimentos em sustentabilidade podem dar às marcas de bens de consumo massivo parte de um mercado consumidor da ordem de US$ 493 bilhões

As marcas de bens de consumo massivo que investirem em sustentabilidade poderão crescer no mercado consumidor conhecido como Eco-Ativo, aquele ambientalmente consciente e que representa US$ 493 bilhões. É o que aponta a segunda edição do estudo Who Cares, Who Does? da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria. Somente em 2019, este público cresceu entre 16% a 20% mundialmente.

Os ganhos também podem vir dos compradores convencionais. Um a cada 5 afirma que durante a pandemia adquiriu hábitos mais amistosos com o meio ambiente e 16% deles estão focando em iniciativas mais ecológicas. “Nossos dados continuam a sugerir que a inovação na redução do uso de plástico permanece como oportunidade”, comenta Natalie Babbage, Diretora Global de LinkQ da Kantar. “Observamos que os compradores estão altamente conscientes sobre as embalagens que adquirem semanalmente, e que para eles passou a ser primordial considerar como podem pessoalmente reduzir o impacto no meio ambiente. O papel reciclado e embalagens com qualidade garantida estão sendo mais utilizados, demonstrando a demanda por uma alternativa verde”, completa ela.

A pesquisa contou com a participação de 80 mil consumidores de 19 países, localizados na Europa, América Latina, Estados Unidos e Ásia, sendo que quase metade se sente pessoalmente afetada pelos problemas ambientais. Entretanto, a maioria é encorajada a ser mais responsável ambientalmente pelo incentivo especialmente dos filhos (50%), amigos (43%) e cônjuges (41%).

As intenções são boas, mas ainda não estão sendo colocadas em prática. Enquanto 87,5% dos entrevistados dizem que comprar produtos com embalagens recicladas é importante para eles, apenas 20% fazem isso regularmente.

Diante deste cenário, os fabricantes de bens de consumo massivo ganham um papel importante e uma ótima oportunidade de mercado. Atualmente, apenas 22% dos consumidores conseguem nomear uma marca que esteja fazendo um bom trabalho ao que se refere a inciativas sustentáveis.

A apresentação do estudo Who Cares, Who Does? Foco na América Latina acontecerá no próximo dia 14/10, às 11h (horário de Brasília), em espanhol. Os interessados em participar gratuitamente devem se inscrever no link encurtador.com.br/gqwMZ. Mais informações em www.kantar.com/whocareswhodoes

 



Kantar

www.kantar.com/worldpanel

 

Imposto sobre transações digitais para compensar desoneração da folha enfrenta resistência

 


Setor produtivo, parlamentares, analistas e consultores veem com preocupação novo imposto. Para Lucas Ribeiro, da ROIT, indefinição prejudica planejamento das empresas


A criação de um novo tributo para compensar a desoneração da folha de pagamento enfrenta resistência entre parlamentares e setor produtivo, e é vista com críticas por analistas e consultores. A desoneração, em vigor desde 2011 e que termina em dezembro deste ano, atualmente beneficia 17 atividades econômicas.

O governo federal, por meio de declarações do presidente Jair Bolsonaro, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do líder da bancada governista na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), tem condicionado a prorrogação da desoneração da folha de pagamento ao estabelecimento de um novo instrumento arrecadatório. Um imposto sobre transações digitais é a mais recente ideia.

A criação do imposto viria na segunda parte da reforma tributária proposta pelo governo. A primeira parte foi apresentada em julho, por meio do projeto de lei 3887/2020, que se resume a criar a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), substituindo o PIS/Cofins.

Esse imposto sobre transações digitais teria uma alíquota de 0,2% sobre operações de débitos e créditos. A proposta tem repercutido mal por duas razões centrais: a primeira, porque, ao contrário do que vem prometendo o próprio governo, trata-se do estabelecimento de mais um tributo; a segunda, por se tratar de imposto que incide sobre o consumo.


CRÍTICAS

Uma das maiores críticas ao sistema tributário brasileiro é, além da sobreposição de taxações, a excessiva carga tributária sobre o consumo e sobre o setor produtivo. Na avaliação do consultor Lucas Ribeiro, sócio-diretor da ROIT, accountech de Curitiba, o que o Brasil precisa é de uma reforma tributária que corrija de vez essas distorções, em vez de atenuá-las ou, pior, mantê-las.

O consultor questiona, ainda, a metodologia adotada pelo governo de apresentar a reforma tributária de maneira “fatiada”. “O sistema tributário atual é insustentável. Mas o que precisamos é de uma proposta abrangente, consistente, em vez de modificações pontuais e compensatórias”, argumenta Lucas Ribeiro, lembrando que há propostas de emendas constitucionais (PECs) tramitando no Congresso Nacional que precisam ser inseridas nos debates.

“Há duas em tramitação desde o ano passado, a PEC 45/2019 e a PEC 110/2019; e uma terceira, apresentada neste ano, a PEC 7/2020. A PEC 110/2019, por exemplo, é fruto de anos de debates com vários setores; implanta modificações profundas, com período de transição do atual para o novo modelo que traz segurança jurídica e econômica às empresas”, compara.


INSEGURANÇA

Lucas Ribeiro vê na indefinição sobre a desoneração da folha de pagamento mais um fator que contribui para a insegurança das empresas. Justo neste período do ano em que as organizações consolidam planejamentos para o exercício seguinte, elas estão impossibilitadas de realizar planificações financeiras e tributárias por conta dessa incerteza.

A prorrogação da desoneração da folha de pagamento tinha sido vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. No último dia 30 de setembro, ocorreria uma sessão do Congresso Nacional para avaliar esse e outros 27 vetos, sobre assuntos diversos. Inesperadamente, a sessão foi cancelada, sem que tenha sido remarcada, reforçando indícios de que a matéria só será apreciada quando o governo apresentar projeto de criação de compensação arrecadatória.


REPERCUSSÃO POLÍTICA

O cancelamento, sem previsão de nova data, estabelece um “vácuo que provoca insegurança jurídica”, assinalou o senador Álvaro Dias (Podemos-PR), em entrevista à Agência Senado. “A questão da desoneração da folha é fundamental, uma vez que são seis milhões de interessados. Empresas estarão comprometidas na geração de emprego”, assevera.

Outro que se manifestou contrário à indefinição, defendendo a prorrogação da desoneração da folha, foi o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). “Ela é fundamental para preservar os empregos no Brasil. São inúmeros setores que demitirão [caso a desoneração não seja estendida]”, pontua.

Em linhas gerais, de acordo com a Receita Federal, a desoneração da folha de pagamentos consiste na substituição da Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) de 20% que incide sobre a folha de pagamento dos empregados (ou sócios e autônomos) por uma contribuição sobre a receita bruta da empresa.

 

5 formas para validar uma ideia de negócio

Os desafios de empreender, lançar novos serviços e produtos muitas vezes impedem o início ou mesmo a continuação das organizações; especialista lista as principais dicas para tirar o sonho do papel, evitar transtornos e driblar esses riscos

 

Com a chegada da pandemia, muitas pessoas enxergaram o empreendedorismo como uma forma de ganhar dinheiro. Para se ter uma ideia, entre março e julho deste ano, 600 mil trabalhadores se tornaram MEIs (Microempreendedor Individual), atingindo um crescimento de 20% em comparação com o mesmo período de 2019.  

Mesmo com o cenário de crescimento de empreendedores aqui no Brasil é preciso mostrar uma realidade: a maioria dessas organizações nasceram sem um planejamento, sem um estudo de mercado e, muitas vezes, no susto. A prova disso é em relação ao desempenho das empresas, em que uma em cada quatro não sobrevive aos primeiros dois anos, e esse índice pode chegar a 50% nas corporações com menos de quatro anos, segundo dados do SEBRAE. Toda grande empresa enfrenta seus desafios e nas pequenas e médias, isso não é diferente.  

De acordo com Gilberto Filho, CEO da Prolifere, todos os dias alguma área dá passos para inovar e mudar o mercado, independente do momento, a diferença é que com a pandemia tudo ficou mais complicado. “Muitas empresas jamais pensaram em passar por uma crise como essa e muito menos tinham reservas técnicas, isso fez com que os faturamentos congelassem, o “pânico” foi instaurado e o prejuízo bateu forte. Alguns usaram lucro de outros anos para segurar as pontas. Mas, precisamos dizer sobre algumas oportunidades que nasceram: empresas físicas que experimentaram o home office e já até devolveram suas sedes, entenderam que sim, é mais produtivo e proporciona qualidade de vida. Isso faz com que muitos locais percam suas rendas”, comenta o especialista.

Ainda de acordo com ele, antes de começar um negócio, todo empreendedor precisa saber que fracasso e sucesso andam na mesma linha e que empreender não é uma coisa fácil e crises vão aparecer. Abaixo, ele lista algumas dicas para realizar um plano de negócios e tirar a ideia do papel:

 

1- Estude o mercado: antes de investir em um negócio é preciso entender o porquê a pessoa quer desenvolver a ideia, é preciso ter um propósito. “Faça as seguintes perguntas: É uma cópia? Já existe algo semelhante? Tem alguma inovação de algo já existente, ao menos 1%? Está ciente que o processo é doloroso? Caso seja o que você deseja fazer, ainda se questione: Existe mercado? Por que nunca pensaram nisso? Importante: comece a girar seu primeiro MVP (Mínimo Produto Viável da Ideia), converse com amigos, conhecidos, desconhecidos e fale muito sobre o que deseja lançar”, aconselha Gilberto.

 

2- Valide a sua ideia: um dos maiores erros de quem está começando a empreender é que mesmo cheio de ideias, nem sempre elas são validadas por  medo de serem “copiadas”. “Mas isso não deve ser um motivo de preocupação, pois uma empresa pode até amar o que você faz, investir em uma estrutura 10 vezes maior que a sua, mas no fim das contas ela não terá a sua expertise. Por isso, não tenha receio de validar a sua ideia, mas cuidado também para não revelar a cereja do bolo”, pontua.

 

3- Aposte em apenas uma ideia: não é necessário apostar em 10 possibilidades ao mesmo tempo, é preciso manter o foco e investir apenas em uma bem feita. “Sempre digo para as pessoas entenderem sobre tributos e impostos que são preciosos para que o resultado aconteça. Em paralelo, desenhe muito bem a persona e mantenha os pés no chão. Muitos acreditam na romantização do empreendedorismo e isso não existe. Empreender leva tempo, é difícil, duro, onde é preciso trabalhar para alcançar o sucesso”, comenta.

 

4- Não misture vida profissional com pessoal: por mais que seja uma dica clássica, esse é um erro que ainda persiste em muitos negócios. “Ter uma empresa não é só pensar em ganhar dinheiro, também é preciso construir resultados. A maioria das corporações precificam errado e misturam gastos pessoais com profissionais. Gerir um negócio é como viver a vida, terá alegrias, dias bons, tristezas, dias ruins, e sim, pode subir e descer”, explica.

 

5- Nunca deixe de estudar: investir em cursos é muito necessário para um empreendedor sempre se manter atualizado e crescer a sua empresa. “Estude, tenha objetivos claros, monte cenários escalonados, tenha metas e sempre tenha uma coisa em mente: o problema vai aparecer e, quando acontecer, saiba resolvê-lo, apenas o trabalho faz a gente recuperar os prejuízos”, finaliza Gilberto.

 

 

Prolifere

https://www.prolifere.com.br/

Em homenagem à luta das pessoas com deficiência, Governo de SP anuncia Museu da Inclusão

Com a mudança de Memorial para Museu da Inclusão, além de uma reforma física, o escopo de trabalho será ampliado levando em conta a necessidade de preservação ampla do patrimônio das pessoas com deficiência no Estado de São Paulo

A partir desta quinta-feira, 8, o Museu da Inclusão, equipamento museológico da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, assumirá sua atuação de forma ampla e como uma rede de preservação de memórias da luta por direitos das pessoas com deficiência.

O processo de remodelação e manutenção desse compromisso foi iniciado em 2018 e se consolida hoje, levando em conta tanto as memórias do movimento, quanto as atualidades de um processo permanente de luta das pessoas com deficiência.

"A luta por direitos e oportunidades iguais vem de vários anos, mas, nas últimas quatro décadas que tomou um caminho claro, definido e definitivo pela acessibilidade e inclusão. A história contada no Memorial agora se eterniza com o Museu da Inclusão. O Governo de SP, desde o 1º dia, assumiu de forma incondicional o trabalho voltado às pessoas com deficiência", afirmou a Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão.

O Museu da Inclusão tem suas operações geridas pela Organização Social Abaçaí Cultura e Arte, que continuam na prerrogativa de preservar e comunicar a luta por direitos das pessoas com deficiência, no que tange o movimento social e sua busca histórica por direitos pela inclusão.

Além de uma reforma estrutural no espaço, prevista para o próximo ano, será lançada, em novembro, uma exposição virtual totalmente acessível sobre Direitos Humanos, já sob a nova marca do Museu da Inclusão. A mudança também auxilia na busca por tornar cada vez mais imediata e presente essa luta.


Maior abrangência e representatividade

A mudança de Memorial da Inclusão para Museu da Inclusão vai além da nomenclatura, pois ser museu é uma ação, um compromisso social. Trata-se de um investimento físico na estrutura com o espaço acessível, mas, também, da aproximação das novas gerações de ativistas, de produção compartilhada de exposições, discussão de pautas contemporâneas, ações educativas acessíveis e inclusivas e produção de pesquisa e conhecimento.


Escrevendo histórias

Essa mudança não anula nem apaga a história e o legado construído até aqui, a exposição "Memorial da Inclusão: os caminhos da pessoa com deficiência", continua existindo dentro do Museu da Inclusão e constitui a primeira exposição de longa duração. Outras exposições serão montadas e concebidas em breve nesse novo modelo e formato.


Brasil gasta R$ 3,83 ao dia com a saúde de cada habitante

Novo levantamento do CFM revela gasto per capita da União, Estados e Municípios com ações e serviços de saúde desde 2008


R$ 3,83 ao dia: esse é valor per capita que o governo utiliza – em seus três níveis de gestão (federal, estadual e municipal) – para cobrir as despesas com saúde dos mais de 207 milhões de brasileiros. Esse é o resultado de uma análise detalhada das informações mais recentes disponíveis, relativas às contas públicas do segmento em 2019. Segundo cálculo do Conselho Federal de Medicina (CFM), a partir de dados oficiais, naquele ano, o gasto por habitante com saúde em todo o País foi de R$ 1.398,53.

As informações levantadas pelo CFM, com a consultoria da ONG Contas Abertas, consideraram as despesas em Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) declaradas no Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), do Ministério da Saúde. Pela lei, cada ente federativo deve investir percentuais mínimos dos recursos arrecadados com impostos e transferências constitucionais e legais. No caso dos Estados e do Distrito Federal, este índice deve ser de pelo menos 12% do total de seus orçamentos. No caso dos municípios, o valor de base corresponde a 15%. Para a União, a regra prevê aplicação mínima de 15% da receita corrente líquida, mais a correção da inflação.



Segundo o apurado, em 2019, as despesas nos três níveis de gestão atingiram a cifra de R$ 292,5 bilhões. O montante agrega a cobertura das ações e serviços de aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS), como o custeio da rede de atendimento e pagamento de funcionários, dentre outras. Na avaliação do presidente da autarquia, Mauro Ribeiro, os indicadores de saúde e as más condições de trabalho no setor revelam que os valores gastos ainda estão abaixo do ideal.

Na avaliação dele, embora o número absoluto tenha aumentado ao longo dos 12 anos avaliados pela autarquia – algo em torno de R$ 85,8 bilhões –, o valor continua abaixo de parâmetros internacionais e tem sido insuficiente para responder às demandas crescentes da população, impulsionadas por mudanças nos perfis socioeconômico e epidemiológico.

“É preciso lembrar que o Brasil e o mundo enfrentam hoje maior incidência de doenças crônicas, o envelhecimento da população e o impacto crescente das causas externas (acidentes, violência, etc.), o que têm gerado maior procura por produtos e serviços de média e alta complexidade. Além disso, o aumento da população de desempregados, que fez com que 3,5 milhões de brasileiros abandonassem os planos de saúde, especialmente a partir de 2014, repercute na procura por atendimento em cuidados básicos e ambulatoriais na rede pública”, afirmou o presidente do CFM.

Ribeiro acredita que, seja qual for a perspectiva, é nítido o subfinanciamento do gasto público em saúde no Brasil. “A gestão financeira do setor é um desafio crônico para os governos federal e estaduais e será também significativo aos próximos prefeitos do País” avalia. Segundo ele, sem recursos os gestores terão dificuldades para comprar equipamentos, realizar obras e reformas, fazer a manutenção adequada dos estoques de medicamentos e outros insumos.

“O prejuízo atinge ainda a atualização da Tabela SUS, que há duas décadas não passa por uma revisão ampla, fazendo com prestadores de serviço à rede pública percam o interesse de manter seus contratos. Na prática, são menos leitos, menos UTIs, menos médicos e mais tempo de espera por cirurgias eletivas, consultas e exames. Ou seja, a população arca diretamente com as medidas adotadas na esfera governamental”, acrescentou. 

 

Estados reduzem participação no gasto com Saúde

 Apesar do gasto médio per capita com saúde no País ser de R$ 1.398,53, no ano passado, entre os 26 Estados esse valor varia de R$ 787,07, no Pará, a R$ 1.770,29, em Roraima. Esses montantes resultam da soma de recursos de impostos e transferências constitucionais da União a cada uma das unidades federativas e do que é dispensado também pelos Estados e Municípios, com recursos próprios para pagamento de despesas em Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS). Essas despesas são voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde que atendam, simultaneamente, a princípios da Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/1990).

Além de Roraima, tiveram valores per capita acima da média nacional apenas três outros estados: Tocantins (R$ 1.601,18), Mato Grosso do Sul (R$ 1.514,14), e Acre (R$ 1.390,59). Estados com alta densidade populacional e índices elevados de desenvolvimento econômico apresentaram índices menores. São os casos de Mato Grosso (R$ 1.390,59), São Paulo (R$ 1.353,23), Santa Catarina (R$ 1.339,33) e Rio Grande do Sul (R$ 1.322,13). Na base do ranking dos gastos totais per capita em saúde, além do Pará, surgem: Maranhão, com despesa total por ano de R$ 832,81; Bahia (R$ 924,33); Ceará (R$ 989,06); e Paraíba (R$ 998).

Diferenciado – No caso do Distrito Federal, esse número tem um cálculo diferenciado por conta do maior volume de recursos dispensados ao Ministério da Saúde, cuja sede é em Brasília. No nível federal, uma despesa de quase R$ 39,6 bilhões foi identificada em 2019 com a descrição “nacional”, que em parte reflete despesas com pagamento de pessoal, além de itens que o Ministério da Saúde executa de forma centralizada em benefício de todos os entes – como a compra de medicamentos de alto custo, vacinas e insumos.

Além disso, a partir de 2015, o volume principal de pagamento de servidores ativos da União passou a constar do volume de recursos do Distrito Federal (até então carimbados como “nacional”). Dado o impacto na proporção do DF em relação aos demais estados, a unidade não foi incluída no ranking elaborado pelo CFM. Isso fez com que o volume de transferências da União ficasse em R$ 2.311,64, quase cinco vezes o segundo lugar na lista (Roraima, com R$ 511,03).

Papel da União – O cálculo do volume de recursos enviados pela União aos Estados e municípios para ajudar no custeio e no investimento em ações e serviços de saúde é feito com base em critérios baseados nas necessidades da população; nas dimensões epidemiológicas, demográficas, socioeconômicas e espacial; e na capacidade de oferta de ações e de serviços de saúde. Além disso, o rateio deve ter como objetivo a “progressiva redução das disparidades regionais”, conforme estabelece a Constituição Federal.

Ao avaliar os dados disponíveis no Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP), administrado pelo Ministério de mesmo nome, o CFM conseguiu identificar o total dos repasses por Estado, no período (2008 a 2019). Depois, dividiu esses números pela população residente em cada unidade da federação, conforme estimativa do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), o que permitiu identificar o valor médio per capita dos repasses por Estado.

Ranking estadual – O segundo item da operação que permitiu ao CFM saber exatamente o gasto per capita por Estado se baseia na análise dos valores destinados especificamente a Ações e Serviços Públicos de Saúde descritos nos orçamentos de cada Governo Estadual. Esses números integram relatórios que bimestralmente são encaminhados à União por meio do Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops).  De acordo com o declarado, os governos dos 26 estados e do Distrito Federal dispensaram, em média, R$ 366,22 na saúde de cada habitante, a partir de seus recursos próprios (sem contar com os repasses da União e os gastos de municípios). Treze estados se colocaram abaixo desse patamar. Os piores desempenhos foram percebidos no Maranhão (R$ 263,87), Bahia (R$ 272,04) e Pará (R$ 278,75). Na outra ponta, se destacaram Distrito Federal, com per capita em saúde de R$ 1.260,79 ao ano, seguido por Roraima (R$ 967,85) e Tocantins (R$ 772,17).

Municípios – Para fechar a conta da despesa per capita por unidade da Federação, também se buscou saber qual o comprometimento orçamentário dos municípios com essa responsabilidade legal. Nesse caso, foram analisadas as informações oficiais das Prefeituras enviadas ao Ministério da Saúde, também por meio do Siops.

A alimentação desse sistema é uma das condições, por exemplo, para que Estados e municípios possam continuar recebendo transferências constitucionais e voluntárias da União, como os Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Dessa contabilidade dos recursos municipais, foram excluídos apenas Fernando de Noronha (PE) e Brasília (DF), por terem configurações administrativas específicas. Assim, somou-se o declarado por todos os municípios de um Estado e dividiu-se o resultado pela população total. O resultado mostra que os 5.568 municípios que têm essa obrigação legal e administrativa responderam, em 2019, por uma despesa per capita em saúde que ficou, em média, em R$ 441,88.

Por unidade, os melhores desempenhos médios foram percebidos entre os municípios de São Paulo (R$ 652,70), Mato Grosso do Sul (R$ 611,90), Santa Catarina (R$ 549,62), Mato Grosso (R$ 543,5) e Paraná (R$ 512,78). Já nas últimas posições ficaram as médias das cidades do Amapá (R$ 166,31), Acre (R$ 200,78), Maranhão (R$ 223,95), Pará (R$ 236,08) e Alagoas (R$ 264,22). Considerando a média nacional, os municípios de 19 unidades da Federação ficaram abaixo do parâmetro nacional.


Comprometimento
– “Enquanto os municípios brasileiros aumentaram gradativamente sua participação na composição das despesas públicas, os Estados, aos poucos, têm retraído sua presença proporcional nas contas da saúde”, avalia o 1º secretário do CFM, Hideraldo Cabeça, ao observar o comprometimento dos percentuais do orçamento com o setor entre 2008 e 2019.

Os municípios e os Estados ampliaram o gasto, especialmente a partir dos anos 2000, com o estabelecimento da Emenda Constitucional nº 29, que vinculou os recursos da saúde às suas receitas (12% para Estados e 15% para municípios). Em 2008, as prefeituras assumiam 29% do gasto total público, percentual que, em 2019, alcançou 31,3%. No mesmo intervalo, no caso dos estados, eles respondiam por 27,6% das despesas, percentual que caiu para 26,3%, no ano passado.

“No caso da União, essa vinculação, que na década de 1990 chegou a ser responsável de 75% da participação do Estado com o gasto sanitário total, no período analisado se manteve em torno de 43%”, complementou o conselheiro.




Despesas em saúde aumentam nas capitais, mas não resolvem problemas


A demanda pelos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) tem pressionado cada vez mais as despesas dos municípios com saúde, em especial nas capitais, que na maioria dos estados são as localidades com maior população e ocupam a posição de referência no acesso aos serviços assistenciais, em todos os níveis de complexidade. De modo geral, essa sobrecarga sobre as prefeituras levou ao aumento do comprometimento percentual dos orçamentos com a área.

“Com o aumento significativo do desemprego, especialmente a partir de 2015, muitos perderam seus planos de saúde, ampliando a demanda por serviços na rede púbica. Como é de responsabilidade dos municípios a gestão plena da atenção básica, as cidades estão ampliando gradativamente seus gastos para compensar a redução do governo federal e manutenção dos gastos estaduais estados”, destacou o coordenador da Comissão Nacional Pró-SUS, o Adriano Sergio Meira.



Sobrecarregados – Para o conselheiro, grande parte dos municípios brasileiros estão se vendo cada vez mais sobrecarregados, investindo, em média, quase 30% de seus orçamentos na saúde. Segundo os dados oficiais só as despesas municipais com recursos próprios aumentaram 53% entre 2008 e 2019, passando de R$ 59,9 bilhões para R$ 91,5 bilhões, em valores atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor amplo (IPCA). No mesmo período, os gastos federais e estaduais subiram 38% e 35%, respectivamente.

Em 2008, as prefeituras assumiam 29% do gasto público. Esse percentual em 2019 alcançou 31,3%. Já a União, que na década de 1990 chegou a ser responsável por 75% do financiamento da saúde no Brasil, praticamente se manteve próxima de 43% nos últimos anos. No caso dos estados, o índice teve pouca variação no período, oscilando entre 25,4% e 27,6% das despesas.



Capitais – Nos últimos doze anos, só as despesas das capitais com recursos próprios aumentaram 52%, passando de R$ 15,2 bilhões, em 2008, para R$ 22,9 bilhões, em 2019. No ranking, o destaque positivo no ano passado recai sobre Teresina (PI), com um valor correspondente a R$ 703,76 per capita ano. Na sequência, aparecem São Paulo (SP), com R$ 673,71; Vitória (ES), que dispensou R$ 667,70; Campo Grande (MS), com R$ 615,94; e Cuiabá (MT), com R$ 596,97.

Os piores desempenhos foram registrados em Macapá (AP), com R$ 173,74; Rio Branco (AC), com R$ 255,76; Salvador (BA), com R$ 275,56; Belém (PA), com R$ 301,72; e Maceió (AL), com R$ 316,64. Considerando-se 26 capitais, à exceção de Brasília, que possui uma especificidade administrativa que não permite esse cálculo, a média nacional ficou em R$ 490,72 per capita aplicados pelas Prefeituras em ações e serviços de saúde. Além dos cinco municípios com pior desempenho, já citados, outros 13 não conseguiram superar esse parâmetro dentre as capitais.



Menos de R$ 1,00 ao dia – Cerca de 2.200 municípios brasileiros gastaram menos de R$ 365 na saúde de cada habitante durante todo o ano de 2019. Segundo a análise do CFM, o valor médio aplicado pelos gestores municipais com recursos próprios em Ações e Serviços Públicos de Saúde (ASPS) alcançou quase R$ 442 per capita naquele ano.

O levantamento mostra, por exemplo, que os municípios menores (em termos populacionais) arcam proporcionalmente com uma despesa per capita maior. Em 2019, nas cidades com menos de cinco mil habitantes, as prefeituras gastaram em média R$ 809,25 na saúde de cada cidadão – quase o dobro da média nacional identificada. Além disso, os municípios das regiões Sul e Sudeste foram os que apresentaram uma maior participação no financiamento do gasto público em saúde, consequência, principalmente, de sua maior capacidade de arrecadação




Ranking nacional
– Entre os mais altos valores per capita naquele ano, estão os das duas menores cidades do País. Com menos de 840 habitantes, Borá (SP) lidera o ranking municipal, tendo aplicado R$ 4.350,79 na saúde de seus munícipes. Em segundo lugar, aparece Serra da Saudade (MG), cujas despesas em ações e serviços de saúde alcançaram R$ 3.262,41 para cada um dos 812 habitantes no ano passado. Na outra ponta, entre os que tiveram menor desempenho na aplicação de recursos, estão duas cidades do Pará: Cametá (R$ 69,72) e Muaná (R$ 77,44).


Recolocação no mercado ou abrir um negócio próprio?

BigStock

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 3,1 milhões de brasileiros perderam seus empregos durante a pandemia, o que gerou um grande impacto econômico no país e na vida de milhares de brasileiros que buscam uma opção para sair desse contexto.

E sei que por conta disso, muitos estão em dúvida sobre qual o melhor caminho para retomar uma vida profissional. Tentar uma nova vaga de emprego e se recolocar no mercado ou abrir o próprio negócio? A verdade é que cada pessoa tem um perfil e se descobrir é primordial para definir qual lado de seguir.

Acredito que o primeiro passo é responder algumas perguntas com máxima sinceridade para si mesmo:  Estou feliz com a minha carreira? O que me satisfaz ou me satisfaria profissionalmente? O que sei sobre o que eu quero? Qual a minha melhor habilidade? Como quero estar daqui a um ano? Sou um bom líder? Sou organizado o suficiente para lidar com um novo negócio que será gerido exclusivamente por mim?

Essas questões por si só já devem nortear o caminho a seguir, mas vale saber também que muitas vezes só descobrimos um determinado talento quando colocamos a mão na massa, como foi o meu caso.

Eu comecei minha carreira como jogador de futebol, na função de meio-campista e passei por clubes nacionais e internacionais e acredito que a convivência no meio dos esportes foi primordial para o meu sucesso de agora. Mas chegou um momento em que eu precisava programar meus próximos passos. Continuar jogando futebol por mais 4 ou 5 anos e depois tentar a carreira de treinador ou empresário de jogador ou recomeçar investir em outro negócio e segmento?

A minha vantagem é que não precisei tomar essa decisão durante uma pandemia, por isso, minha sugestão é que cada pessoa avalie com muito cuidado o atual cenário. Tanto porque uma recolocação no mercado atual não tem sido uma tarefa fácil, seja por acúmulos de exigências já que as equipes estão reduzidas, quanto porque as empresas não estão conseguindo pagar o valor necessário por conta de corte de custos, ou ainda porque abrir um novo negócio exige dedicação, investimento e persistência.

Eu posso dizer, como ex-jogador de futebol, que não me imaginava como CEO de uma rede de franquias, mas entendo que as minhas qualidades como esportista me ajudaram muito a tocar e prosperar com a minha empresa.  Por isso, avalie quais são seus conjuntos de habilidades e competências, os chamados soft skills, porque após quase 20 anos no esporte, decidi investir no mercado de seguros e, de forma intuitiva ou não, minha experiência de vida foi imprescindível para fazer da TSValle o que ela é hoje.

Descobri um talento em vendas, que estava muito atrelado a uma característica comum ao esportista: a capacidade de negociação e comunicação. Afinal, sempre tive que explorar esse lado para negociar com clubes, empresários, coachs e times em campo. E isso fez com que eu dobrasse os resultados da corretora do meu sogro. Somei esse aspecto com a capacidade de inovação para conquistar mais clientes e transformei a empresa em uma rede de franquias que, atualmente, possui 36 franqueados em diferentes capitais do Brasil.

Empreender não é uma tarefa fácil e precisa de estratégia e liderança para alcançar bons resultados, mas se você se identificou com esse perfil, trago boas notícias: apesar da pandemia, o mercado de franquias se manteve em ascensão. Segundo o relatório do primeiro trimestre da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o setor teve aumento de 5,2% no faturamento dos últimos 12 meses, quando comparado com o mesmo período do ano passado, tornando-se uma escolha para quem deseja contornar a situação causada pelo coronavírus.

As nanofranquias têm sido uma ótima alternativa para quem quer investir até R$9 mil parcelados, como no caso da TSValle, franqueadora do segmento de seguros, consórcios e planos de saúde, em formato home office, que não exige experiência anterior na profissão.

Além disso, investir em franquia pode ser mais vantajoso do que abrir um negócio do zero. Isso porque, trata-se da aquisição da unidade de uma marca já consolidada, além dos diversos suportes inerentes como estratégias de marketing, treinamento para colaboradores e seleção de fornecedores, por exemplo. Assim, esse pode ser a chance da transformação bastante favorável, fazendo da pandemia uma nova oportunidade de carreira.

 

Bruno Bronetta - CEO da TSValle, A rede de franquia que atualmente possui 36 franqueados distribuídos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Recife e Alagoas.

 

Precatórios: setor público fechou 2019 com R$ 183,6 bi a serem pagos


O Brasil fechou o ano de 2019 com cerca de R$ 183,6 bilhões em precatórios a serem pagos pela União, estados e municípios, inclusive autarquias e fundações. A informação foi divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no Mapa Anual dos Precatórios. O montante representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2019.

 

Precatórios são requisições de pagamentos decorrentes da condenação de órgãos públicos e entidades governamentais em processos nos quais não há mais possibilidade de apresentação de recurso contra a sentença. A importância do tema é dada, em boa parte, pela magnitude das cifras envolvidas. Em dezembro de 2019, a União precisava pagar R$ 45,5 bilhões. O total dos 26 estados e o DF era de R$ 85,8 bilhões e os mais de 5,5 mil municípios deviam R$ 52,1 bilhões.

 

De acordo com o conselheiro do CNJ e presidente do Fórum Nacional de Precatórios (Fonaprec), Luiz Fernando Tomasi Keppen, a União está em dia com os pagamentos. Já no âmbito estadual, a situação é diferente. “Os referidos entes federados, em sua grande maioria, estão a cumprir uma moratória com vigência até 31 de dezembro de 2024.”

 

A Emenda Constitucional 99/2017, aumentou o prazo para estados, Distrito Federal e municípios quitarem seus precatórios dentro de um regime especial, passando ele de 2020 para 2024. Mesmo com a decisão, os entes federados continuaram a ter de depositar mensalmente, em conta especial do Tribunal de Justiça local, 1/12 de sua receita corrente líquida para fazer os pagamentos.

 

No entanto, quanto aos depósitos relativos a ações na Justiça e a recursos administrativos, relativos a processos em que os estados, o DF ou os municípios sejam parte, a PEC manteve a permissão de uso de 75% do total para pagar precatórios. Mas ainda continuou a obrigação de constituição de um fundo garantidor com o que sobrar (25%) para pagar as causas perdidas por esses entes federados ou suas autarquias, fundações e empresas estatais dependentes.

 

“A função do Poder Judiciário é velar pelo cumprimento das decisões judiciais, na forma prevista na Constituição, gerindo, da melhor forma, os recursos recebidos do Poder Executivo para o pagamento de precatórios”, enfatizou Keppen. “A especialização técnica da gestão de precatórios, a utilização de soluções de tecnologia da informação para otimizar a expedição de precatórios, bem como a padronização de rotinas que visem dar celeridade ao julgamento de recursos são medidas necessárias para que se promova a redução dos estoques de precatórios.”


 

Painel

 

A Resolução CNJ 303/2019 deu um grande passo no processo de padronização de rotinas pelos Tribunais na gestão de precatórios. E a criação do Mapa Anual dos Precatórios, previsto na norma, concretiza uma meta antiga da Justiça: dimensionar, discriminar e revelar, ano a ano, o tamanho e a evolução da dívida judicial dos entes públicos.

 

Essas informações geram subsídios, de forma oficial e transparente, para pesquisa, diagnósticos e formulação de ações sobre o tema por todos os poderes, incluindo Tribunais de Contas e Ministério Público. A publicação consolida valores informados pelos tribunais e espelha a evolução da dívida de precatórios.

 

Os dados mais recentes mostram o montante da dívida anterior a 2019, os pagamentos efetuados, o saldo após os pagamentos, o montante dos novos precatórios expedidos e a dívida consolidada ao final do ano. Considerando que a dívida de precatórios de um ente é constituída de condenações sofridas perante mais de uma Justiça (estadual, trabalhista e federal), bem como o grau de especificidade das informações sobre ela publicadas, as consultas podem ser feitas por dois critérios distintos: por ente devedor e por tribunal gestor dos precatórios. A ferramenta ainda permite o uso de outros filtros, como esfera (federal, estadual ou municipal), administração (direta ou indireta) e entidade (administração direta ou indireta).


Saiba mais sobre a gestão de precatórios no Judiciário e acesse o mapa

 





Paula Andrade

Agência CNJ de Notícias

 

Posts mais acessados