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terça-feira, 6 de outubro de 2020

Doenças do Home Office

 

10 de Outubro Dia Mundial da Saúde Mental

Depressão,  transtornos de ansiedade e bournout  tem aumentando no home office e acomete mais as mulheres


Depois de mais de 6 meses do início da quarenta vivemos o reflexo do isolamento social, provocado pela crise epidemiologia, econômica e social profunda sem precedentes – e dificilmente alguém sairá ileso dos impactos. Resultado: aumento de diagnósticos de depressão, estresse, esgotamento mental, pânico, transtornos de ansiedade. Além das dores na coluna, tendinites, agravamento de problemas circulatórios (varizes), obesidade e o próprio sedentarismo pode vir agravar a saúde como um todo.

A Dra. Edwiges Parra, psicóloga, instrutora de Mindfulness MBCT-D, especialista em Recursos Humanos, nos últimos meses vivenciou o aumento por ajuda no seu consultório, com queixas de medo, ansiedade, depressão e  muitas dores físicas, excesso de telas causadas pela pressão do trabalho e isso leva a um espiral de exaustão mental  e  o isolamento e/ou distanciamento acabam sendo agentes de gatilhos emocionais.

De acordo com os trabalhos desenvolvidos pela Dra. Parra em empresas, o público feminino vem apresentado aumentados níveis de estresse, na tentativa de equilibrar a vida pessoal (afazeres domésticos, cuidados com os filhos e relação conjugal) e vida profissional. Os líderes relatam sobrecarga de trabalho, maior esforço e mais tempo dedicado a realizar as tarefas da empresa. E a geração Z (nascidos após 1997) demonstra mais tédio, desânimo e insegurança com o futuro, o que é representado pelo impacto financeiro e ameaça ao desemprego.

“O medo pode se tornar um problema quando é excessivo, frequente ou quando surge em situações nas quais a maior parte das pessoas não o manifestaria. Nessas situações, ele pode se tornar exagerado ou irracional e, até patológico (desequilibrado), transformando-se em um transtorno de ansiedade ou uma ansiedade aguda, explica Parra.

Segundo a psicóloga os agentes estressores como desemprego, mudanças bruscas de condições financeiras, medo, excesso de telas, e jornadas extensivas de trabalho estão mexendo com o bem-estar mental acarretando:

Síndrome de Burnout - Causado pelo excesso de trabalho. Trata-se do estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, que resulta do acúmulo excessivo em situações de trabalho emocionalmente exigentes e principalmente estressantes, que demandam muita competitividade ou responsabilidade.


Transtorno de ansiedade - pode surgir como uma angústia e desencadear para crise de pânico ou depressão e interferem na vida da pessoa a ponto de paralisar a realização de tarefas e interações e relacionamentos. Provocam sintomas como sudorese, medo, aumento da frequência cardíaca e tremores.


O que as pessoas podem fazer para manter a boa saúde mental no home office:

Estratégias funcionais e adaptativas:

  • Exercícios de Relaxamento
  • Distração temporária durantes as crises
  • Exercício Físico
  • Conectar emoções e valores maiores
  • Substituir uma emoção por outra agradável ou apropriada.
  • Consciência plena (Mindfulness)
  • Aceitação
  • Atividades prazerosas
  • Momentos íntimos compartilhados
  • Alimentar-se de bons nutrientes

Adotar uma psicologia do estilo de vida que considere a respiração, consciência, movimento e a transcendência (senso de valor e propósito de vida) como norteadores integrados para uma  vida com melhor longevidade, produtividade e bem-estar.


O que as empresas podem fazer para ajudar seus colaboradores:

É recomendável que empresas adotem medidas preventivas e de apoio para o próximo ciclo que vamos enfrentar, (a quarta onda), que exigirá adaptabilidade para a retomada aos postos de trabalho.


Medidas básicas que podem ser adotadas:

  • Pesquisa Interna de monitoramento do nível de estresse
  • Webinars ministrados por profissionais da saúde debatendo temas de saúde mental para todos os funcionários (esta é uma boa forma de psicoeducação)
  • Webinars voltados especificamente para líderes para discutir temas específicos de gestão e explicitar a importância do autocuidado.
  • Rodas de conversas internas (com a devida segurança)
  • Programas de meditação Mindfulness
  • Incentivo a terapia online (para prevenção e apoio)
  • Protocolos de intervenção nos casos em que houver um prejuízo ao bem-estar mental do colaborador.

 


Fonte: Dra. Edwiges Parra Psicóloga Organizacional, Terapeuta Cognitiva-Comportamental, Instrutora de Mindfulness MBCT-D e Colunista Você RH


Pesquisa aponta que 87% das pessoas foram impactadas por campanhas do Setembro Amarelo

 AÇÕES DA CAMPANHA SETEMBRO AMARELO NO BRASIL IMPACTARAM 87% DAS PESSOAS, APONTA PESQUISA DA TOLUNA

Freepik




Maior parte dos entrevistados pela Toluna viu anúncios em sites e em redes sociais; apenas 30% lembram de ações realizadas por empresas

As campanhas realizadas por entidades e por empresas em relação ao Setembro Amarelo, mês de conscientização para prevenção do suicídio, impactaram 87% das pessoas, indica pesquisa feita pela Toluna com 850 respondentes. 

A forma de comunicação mais efetiva, segundo a pesquisa, foram anúncios em sites na internet: 45% dos entrevistados disseram ter sido impactados nessa mídia. Logo na sequência aparecem as campanhas em redes sociais (43%), os posts de amigos ou conhecidos nessas redes (39%) e anúncios em rádio ou TV (37%).

O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização para a prevenção do suicídio, criada em 2015 no Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Centro de Valorização da Vida (CVV), com a proposta de associar a cor amarela ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. 

Quando perguntados se viram alguma ação promovida por empresas relacionada à campanha, apenas 30% dos pesquisados respondeu afirmativamente; 51% respondeu que não viram, 19% não souberam dizer. As marcas mais citadas foram (em ordem alfabética):  Bradesco, Globo, Itaú, Natura, O Boticário, Spotify, Uber e Unilever.

 PESQUISA MOSTROU QUE 79% ACHAM IMPORTANTE FALAR ABERTAMENTE SOBRE PREVENÇÃO DO SUICÍDIO COM JOVENS NA ESCOLA
Foto: Pixabay

Questionados se conhecem ações voltadas ao Setembro Amarelo feitas pelo governo ou por ONGs, 62% disse conhecer, mas não ter participado. Já 23% disse conhecer e ter participado ativamente das ações, e 15% disse não saber. 

Com relação ao CVV, que atua desde 1962 oferecendo serviço voluntário de apoio emocional em todo o país, 44% dos entrevistados afirmou conhecer e saber sobre o trabalho desempenhado pela entidade; já 43% disse já ter ouvido falar do Centro, mas não conhece seu trabalho; e 12% não conhece a organização. Entre os que conhecem seu trabalho do CVV, 80% considera suas ações satisfatórias. 

A preocupação com o estado mental de outras pessoas foi identificada como predominante entre os participantes da pesquisa. 62% afirmou que costuma ajudar ou já ajudou quem esteja enfrentando esse problema, independente da relação; 34% também disse ajudar, mas especialmente se for da família ou alguma relação muito próxima. Apenas 3% disse não se importar. 

A pesquisa da Toluna também questionou sobre a importância do governo em ações de prevenção ao suicídio. 93% respondeu que os cuidados com a saúde devem ser prioridade; 5% disse que são fundamentais, desde que não gerem custos elevados; 1% afirmou não saber e 1% disse que não, pois o governo tem outras prioridades. 

A escola foi indicada pelos entrevistados como local ideal para abordar temas relacionados à prevenção do suicídio. Questionados sobre a necessidade de falar abertamente sobre o assunto nas escolas, 79% dos respondentes afirmou que sim, é importante falar abertamente sobre suicídio com os jovens; 15% disse ser favorável ao debate com os jovens, mas com cautela e somente com estudantes de ensino médio; 2% respondeu não saber e 2% disse ser contra, com receio de que isso possa incentivar os jovens. Já 1% disse que esse assunto não deve ser debatido nas escolas, mas sim em casa pelos pais. 

A pesquisa ainda questionou os 850 entrevistados sobre a ocorrência de pensamentos suicidas, e se haviam buscado ajuda profissional. 60% respondeu nunca ter pensado em suicídio. Entre os que responderam que sim, 15% disse não ter pedido ajuda, 11% disse ter pedido ajuda a familiares e profissionais, 8% afirmou ter contado só com o auxílio de pessoas próximas e 4% buscou direto ajuda profissional. 

A pesquisa da Toluna foi realizada entre os dias 20 e 22 de setembro de 2020, com 850 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 4.500 por mês. Estudo feito com pessoas acima de 18 anos, de todas as regiões brasileiras, com 3 pontos percentuais de margem de erro e 95% de margem de confiança.

Recentemente a Toluna passou por um processo de rebranding e tornou-se a marca principal e holding do grupo que conta também com a Harris Interactive e KuRunData. As três empresas têm um histórico de fornecer insights sob demanda para muitas das principais empresas, agências e organizações do mundo, empregando 1.500 pessoas em 24 escritórios em seis continentes. Com 20 anos de inovação, a Toluna reforça sua visão contínua de democratizar a pesquisa de mercado.

 

Toluna

tolunacorporate.com

Sintomas observados na pele ainda não confirmam infecção do Coronavírus, esclarece médica da Sociedade Brasileira de Dermatologia

Mesmo com registros de manifestações cutâneas específicas em pacientes diagnosticados com a Covid-19, a ciência ainda não garante sintomas na pele como marcadores para assegurar a contaminação

 

A pele também é um dos alvos da Covid-19, mas as manifestações cutâneas conhecidas até o momento - ocorridas em decorrência da infecção - não devem servir, ainda, para confirmar a contaminação. "Há alterações dermatológicas, mas nada extremamente específico, que sirva como marcador cutâneo e indique prontamente a presença da infecção", explicou a Dra. Caroline Motta Aguiar, médica dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (CRM: 175434/ RQE 84833).


De acordo com a profissional, embora alguns estudos já relacionem sintomas observados na pele à lista de impactos negativos à saúde provocados pelo Coronavírus, ainda há poucas publicações científicas confirmando, exatamente, quais seriam as manifestações. A pele, naturalmente, apresenta sinais de doenças internas, a exemplo das disfunções metabólicas, neoplasias, doenças nutricionais, reações adversas a medicamentos ou doenças infecciosas sistêmicas.

"A infecção por COVID-19 ainda é algo muito recente e, por isso, há poucas publicações relatando sintomas de pele associados. O que tem sido observado é que, como outras doenças virais, esta afecção pode sim acometer a pele e manifestar lesões cutâneas variadas", acrescentou a Especialista.

Em um artigo recentemente publicado no Journal of the American Academy of Dermatology (JAAD), foi registrado o caso de um paciente com Coronavírus que apresentou erupção purpúrico-petequial, pequenos pontos de hematoma na pele, com baixa contagem de plaquetas no sangue. No texto, os autores orientam os médicos a ficarem atentos ao surgimento de manchas avermelhadas em todo o corpo dos pacientes ou em uma determinada região - Rash Cutâneo. Segundo os cientistas, este sinal pode constituir um alerta para a Covid-19.

Outro documento, publicado em março deste ano, na seção "Carta ao Editor" do Journal of the European Academy of Dermatology, chamou a atenção para ocorrências em um grupo de pacientes também infectados pelo Coronavírus, internados em um hospital da Itália. Alguns apresentaram o Rash, outros um quadro de urticária "disseminada", espalhada pela pele, e em uma pessoa foram percebidas vesículas similares à varicela (catapora). Os médicos identificaram o tronco como a área do corpo mais acometida pelas lesões. Foram relatadas coceiras leves ou até ausentes, que desapareceram em poucos dias.

"Outras manifestações que têm sido relatadas são: queda de cabelo, aftas orais, vermelhidão em mãos e pés, prurido, que está associado a escoriações inflamadas e degradação cutânea, durante e/ou após o período de infecção, porque o vírus pode apresentar tropismo neutral por fibras nervosas da epiderme, prurigo estrídulo em crianças, que são lesões parecidas com aquelas feitas por picadas de insetos, e alguma outras. São manifestações de diversas formas e tipos e já se sabe de casos em que o único sintoma da doença os cutâneos", completou a Médica.

 


Dra. Caroline Motta Aguiar
CRM: 175434/ RQE 84833


Calor dispara contaminação de lentes de contato


Os principais vilões são a maior proliferação de bactérias, ar condicionado, água do mar ou piscina.


Usar lente de contato em dias quentes requer o dobro de cuidado no manuseio e higiene. Segundo o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, os prontuários do hospital mostram que durante o calor o número de contaminações chega a dobrar em relação ao s meses mais frios. Isso porque, facilita a proliferação de bactérias que formam depósitos nas lentes e podem contaminar o estojo. Caso estes depósitos não sejam eliminados por uma higienização profissional, antecipa o vencimento da lente.

Isso explica porque o uso além do prazo de validade ou durante a noite por 45% das contaminações

 

Alerta

Queiroz Neto afirma que vermelhidão nos olhos, sensibilidade à luz e visão borrada são os principais sinais de que algo está errado. “Insistir no uso da lente sentindo desconforto pode provocar úlcera na córnea e até cegar”, comenta. Por isso, quando o olho fica vermelho ele recomenda retirar as lentes e consultar um oftalmologista imediatamente. Colocar um colírio por conta própria pode piorar o problema, mesmo que os olhos fiquem temporariamente mais brancos, adverte.

 

Lente escleral protege os olhos

O oftalmologista explica que a lágrima tem a função de proteger os olhos das agressões externas e pode ressecar em pessoas que permanecem ambientes com ar condicionado.  Uma alternativa são as lentes esclerais que funcionam como um protetor da superfície ocular . Isso porque, cobrem a córnea e a esclera (parte branca do olho), minimizando a evaporação da lágrima. Este tipo de lente, destaca, também é indicado para quem tem ceratocone, abaulamento da parte central da córnea e outras doenças que afetam a mucosa ocular, entre elas, a síndrome de Sögren e a síndrome de Stevens Johnson.

 

Nadar ou dormir com lentes pode cegar

“Quem usa lente de contato deve optar por óculos de grau quando vai à piscina ou praia”, adverte. Isso porque, o contato da lente com água contaminada por bactérias, cloro e até filtro solar pode causar uma infecção na córnea ou uma conjuntivite tóxica. Além disso, entrar na água do mar ou de piscina usando lente aumenta o risco de contrair acanthamoeba, um parasita que dificilmente é controlado com medicamentos. Já durante o sono, o especialista diz que a produção lacrimal diminui e a falta de oxigênio na córnea aumenta entre 10 e 20 vezes o risco de deformação da córnea.

Outro erro comum, observa, é usar soro fisiológico para higienizar a lente e o estojo. O produto pode contaminar os olhos porque não tem conservante. Para pessoas alérgicas às soluções higienizadoras a recomendação é usar frascos de dose única de soro,

 

Manutenção

As principais recomendações do médico para quem prefere usar lente são:

Fazer a adaptação com um oftalmologista. Lentes que não acompanham a curvatura da córnea podem causar lesões graves.


Lavar cuidadosamente as mãos antes de manipular as lentes.


Utilizar soluções higienizadora tanto na limpeza quanto no enxágüe das lentes e estojo.


Friccionar as lentes para eliminar completamente os depósitos

Não usar água de torneira ou sobra de soro fisiológico depois que a embalagem for aberta.


Retirar as lentes antes de remover a maquiagem e quando usar spray no cabelo


Colocar as lentes sempre antes da maquiagem


Guardar o estojo em ambiente seco e limpo


Trocar o estojo a cada quatro meses


Respeitar o prazo de validade das lentes


Jamais dormir com lentes, mesmo as liberadas para uso noturno.


Interromper o uso a qualquer desconforto ocular e procurar o oftalmologista


Retirar as lentes durante viagens aéreas por mais de três horas

Não entrar no mar ou piscina usando lentes.

 

Hipertireoidismo, quando a glândula tireoide funciona demais

 Disfunção acomete cerca de 1% dos pacientes com problemas tireoidianos, mas requer atenção e tratamento


Em nosso pescoço, temos uma glândula pequena, em formato de borboleta, que é extremamente importante para todo o bom funcionamento do organismo. Trata-se da tireoide. Pequenina e poderosa, ela também pode apresentar algumas falhas que comprometem o bem-estar.

Em geral, os principais problemas que afetam a tireoide são o hipotireoidismo, mais comum e prevalente, que ocorre quando há diminuição no funcionamento da glândula; e o hipertireoidismo, que é justamente o oposto: quando a tireoide passa a secretar muito hormônio e funcionar em excesso.

"As alterações da função da glândula tireoide ficam apenas atrás da diabetes em termos de números de casos por doenças endócrinas. Especificamente, o hipertireoidismo acomete algo em torno de 1% das pessoas, variando esse valor conforme a idade", conta o Dr. Murilo Neves, cirurgião de cabeça e pescoço da Unifesp.

Há várias razões pelas quais o problema acontece, sendo a mais comum uma doença autoimune, como a de Basedow-Graves. Neste caso, segundo Dr. Murilo, o corpo passa a produzir em larga escala um anticorpo chamado TRAB, que ataca a tireoide e ativa seu funcionamento. Dessa forma, a glândula aumenta de volume sem a formação de nódulos, e a faz trabalhar sem parar. "Esse anticorpo TRAB também ataca a gordura do olho, levando a uma condição de proptose ocular, que é quando o olho parece esbugalhado; e a pele, especialmente a da perna, que fica edemaciada", diz o médico.

Outra causa de hipertireoidismo são os nódulos que podem se formar na glândula. Apesar de a maioria não produzir hormônio, alguns deles o fazem, em especial quando a tireoide é volumosa por conta de vários nódulos bilaterais. "Mais raramente, apenas um único nódulo da tireoide pode se tornar produtivo, condição conhecida como doença de Plummer."

Dr. Murilo ensina que também há causas externas que podem levar ao hipertireoidismo, como o uso de medicamentos e fórmulas para emagrecer. "Existe ainda os casos de pacientes que fazem uso de iodo (na forma de lugol) ou aqueles que simplesmente usam a reposição de hormônio em uma dose muito alta. Todas essas causas, chamadas exógenas, quando executadas na dose ou forma errada, podem levar ao hipertireoidismo", alerta.

O diagnóstico da condição acontece por meio de exames laboratoriais (hemograma, ultrassom, punção aspirativa etc.) e os sintomas mais comuns são:

- Taquicardia: o coração bate mais rápido, e o paciente pode ter uma sensação de batedeira no peito.

É perigoso porque... quando o paciente é mais idoso, isso é muito arriscado e pode causar batidas erradas do coração. "Quando o coração bate errado e sem coordenação adequada, pode faltar sangue no próprio órgão ou no cérebro. O paciente pode ter um mal súbito ou um desmaio. Essa condição demanda tratamento imediato!"

- Intolerância ao calor: a pele fica quente, suada e úmida constantemente. O paciente sofre com calor mesmo em temperaturas amenas.

- Perda de peso: ocorre por conta do metabolismo acelerado e de maneira desordenada. Não é saudável.

- Irritabilidade: ocorre uma variação do humor importante, chamada de labilidade. "O paciente fica com temperamento explosivo e facilmente irritável. Essa condição frequentemente é seguida de insônia e/ou dificuldade em dormir, o que acaba aumentando o grau de irritação do paciente."

- Tremores: principalmente em mãos e extremidades. Não chega a ser um tremor incapacitante, mas muitas vezes atrapalha quando há a necessidade de movimentos finos e precisos.

O tratamento inicial visa controlar o funcionamento da tireoide com remédios que têm a capacidade de frear a produção de hormônio dentro da glândula. "Dependendo da causa do hipertireoidismo, o tratamento muda bastante. Pode ser apenas com medicação ou algum tratamento mais definitivo pode ser necessário", conta o cirurgião.

No caso da doença de graves, por exemplo, o tratamento pode ser apenas com medicação. "Por ser uma doença autoimune, a própria fisiologia da doença leva a destruição do parênquima da tireoide. Dessa forma, após um controle medicamentoso, a melhor opção é esperar algum tempo (atualmente dois ou mais anos, a depender do caso). Nos casos nos quais o controle medicamentoso não ocorre, ou em situações específicas, pode-se partir para o chamado tratamento definitivo."

O tratamento definitivo conta com duas opções: a iodoterapia ou a cirurgia. Cada uma destas opções tem suas indicações, vantagens e desvantagens.

Na iodoterapia, utiliza-se iodo radioativo que se concentra na glândula tireoide. Há uma radioterapia localizada, que destrói a tireoide, que para de funcionar. É melhor quando a glândula não é muito volumosa, segundo Dr. Murilo, quando a paciente não tem urgência em engravidar e quando a tireoide não tem nódulos.

Nos casos em que o hipertireoidismo é decorrente de nódulos, a medicação serve apenas para controle clínico e para preparar o paciente para o tratamento cirúrgico. "Nestes casos, a cirurgia será sempre necessária para a resolução da doença, pois os nódulos sempre produzirão mais hormônios", conta o médico.

 


Dr. Murilo Neves - Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Formado em Medicina pela Universidade de São Paulo – USP. Residência médica em Cirurgia Geral no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP. Residência médica em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Título de especialista em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço - SBCCP  Pós-graduando em Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP


Casos de miopia em crianças disparam na pandemia

Tecnologia e falta de exposição à luz natural são os principais fatores de risco


Nos últimos meses, os casos de miopia em crianças e adolescentes aumentaram de forma significativa. Uma das razões é o isolamento social.

Dentro de casa, a tecnologia se tornou a única forma de se comunicar com o mundo exterior. Além das aulas on-line e da comunicação com amigos e familiares, os dispositivos eletrônicos se tornaram uma das poucas formas de lazer disponíveis em tempos de coronavírus.  
 
Entretanto, segundo Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra especialista em estrabismo, o uso ilimitado dos equipamentos eletrônicos é prejudicial para a visão, especialmente para crianças abaixo dos sete anos, uma vez que até essa idade a visão ainda está em desenvolvimento.
 
“A recomendação da Associação Americana de Pediatria (AAP) é de limitar o tempo da TV e de equipamentos eletrônicos, como o celular, a no máximo duas horas por dia. Mas, como agora as aulas são on-line, ocorre que esse tempo de exposição está muito maior”, comenta Dra. Marcela.


 
Muito além do abuso das telas


O que poucas pessoas sabem é que os dispositivos não estão sozinhos. Na verdade, o confinamento trouxe outro fator de risco importnate para a miopia: a falta de exposição à luz natural e a redução ou até mesmo nulidade das atividades ao ar livre.
 
De acordo com Dra. Marcela, diversos estudos já provaram que quanto maior o tempo gasto em atividades em ambientes externos, menor o risco de progressão e desenvolvimento da miopia.
 
“As pesquisas apontaram que a exposição aos raios solares estimula a produção da dopamina, um neurotransmissor que previne que o olho cresça alongado, o que leva à distorção do foco de luz que entra no globo ocular, causando a miopia. Além disso, lugares abertos ajudam a treinar a visão de longe, pouquíssimo usada dentro de ambientes fechados”, explica Dra. Marcela.  
 
Caso os pais tenham miopia, a chance de desenvolver a condição é ainda maior. Portanto, é preciso tomar alguns cuidados.
 
“Ainda estamos vivenciando a pandemia e os cuidados devem continuar, inclusive o distanciamento social. Entretanto, com segurança, é possível estimular as crianças e adolescentes a realizarem atividades ao ar livre, principalmente durante o dia, para aproveitar a luz natural”, recomenda Dra. Marcela.


 

Procure um oftalmopediatra


Vale lembrar que as crianças, principalmente as em idade pré-escolar, devem passar por uma avaliação oftamológica de rotina.
 
“A miopia pode ser corrigida com óculos, lentes de contato ou cirurgia, porém nenhuma dessas terapias irá corrigir o alongamento do globo ocular. Quando o grau da miopia é alto, acima de 6, a deformação do globo ocular aumenta o risco de desenvolver condições como o descolamento de retina, catarata e glaucoma, aumentando o risco da perda permanente da visão”, conclui Dra. Marcela.  
 

Lembre-se: Use o bom senso e incentive seu filho a passar mais tempo ao ar livre, praticando esportes ou outra atividade que contribua para o desenvolvimento saudável da visão.


Câncer de Mama é o mais comum entre ulheres no mundo e no Brasil

Campanha do Outubro Rosa busca conscientizar populações sobre a doença


Entre 2020 e 2022, estima-se que o Brasil terá 66.280 novos casos de câncer de mama para cada ano. Esse número corresponde a um risco estimado de mais de 61 novos casos a cada 100 mil mulheres. Os dados fazem parte do estudo "Estimativa 2020 - Incidência do Câncer no Brasil", do Instituto Nacional de Câncer (INCA) do Ministério da Saúde, e mostram a importância da conscientização da campanha do Outubro Rosa que fala da prevenção e controle do câncer de mama e também do de colo de útero.

O câncer de mama é identificado pela proliferação anormal das células do tecido mamário, de forma rápida e desordenada, se desenvolvendo em decorrência de alterações genéticas. Mas isso não significa que os tumores de mama são sempre hereditários. Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia, o câncer de mama hereditário corresponde, em média, de 5% a 10% dos casos, ou seja, quando existem parentes de primeiro grau com a doença. Portanto, os 90% restantes não se encaixam nesse perfil.

Os principais sintomas da doença são: aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular; alguns casos são de consistência branda, globosos e bem definidos. A doença pode também acarretar edema cutâneo na pele, retração cutânea, dor, inversão do mamilo, hiperemia e outros. De acordo com o INCA, a doença também pode afetar os homens, mas é raro - representando apenas 1% do total de casos.

Cuidar da saúde é o primeiro ato de prevenção, afinal os fatores de risco de desenvolvimento da doença estão relacionados com obesidade, sedentarismo, má alimentação e consumo de bebidas alcoólicas.

"Segundo dados do INCA, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados se a pessoa passar a ter hábitos melhores, como manter uma atividade física regular e ter uma alimentação saudável", explica o doutor Aldemir Rizzo, encarregado do Serviço Médico do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM).

Dados do Ministério da Saúde afirmam que com essa mudança de hábitos na alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama. Outro fator que pode ajudar a evitar a doença é a amamentação. "Não ter amamentado não é fator de risco para a aparição da doença. A prática do aleitamento materno, o máximo de tempo, é um fator de proteção para o câncer", explica o médico.

A doutora Sara Scremin, oncologista do Hospital Dr. e Sra Goldsby King | Mackenzie, em Dourados (MS), destaca entre os fatores de risco, os que podem ser modificados, como o tabagismo, nuliparidade (não ter filhos) e o uso de contraceptivo e reposição hormonal.

O empoderamento feminino tem desencadeado uma mudança no cenário atual em que se percebe uma união das mulheres na "tentativa de equidade, reforço do amor próprio e do fortalecimento coletivo. Isso repercute no crescimento das mulheres no cenário político e social, mas também numa autovalorização", pontua a doutora.

Segundo a oncologista, quando falamos em prevenção, a autovalorização entra de uma forma muito forte, uma vez que a prevenção é um ato de amor e cuidado.

"Esse cuidado vem da motivação, idealmente intrínseca, mas que pode ser despertada por um estímulo coletivo. Podemos motivar e ser motivados. Informar e ser informados. Cuidar e ser cuidado. Se autoconhecer e poder cuidar", completa ela.

O diagnóstico precoce é essencial, pois aumenta as chances de um tratamento efetivo e da cura. Por isso é importante cada mulher conhecer o seu corpo, analisar elevação, tamanho ou aparição de manchas. Segundo o INCA, a maior parte dos cânceres de mama são descobertos pelas próprias mulheres.

"Há evidência que mulheres diagnosticadas com câncer de mama em estágios iniciais I/II, têm taxa de sobrevida em 5 anos que varia entre 80% e 99%; enquanto em mulheres em estágios mais avançados, que desenvolveram metástase a distância, a taxa de sobrevida em 5 anos cai para menos de 30%", pontua Sara.

Como explica a doutora, o grande diferencial nessa expectativa de cura é o diagnóstico inicial de achados suspeitos, que pode ser feito por meio de exames radiológicos, como mamografia e USG, mas também por meio da detecção de nódulos pelo autoexame.

O Ministério da Saúde recomenda que mulheres de 50 a 60 anos façam uma mamografia de rastreamento a cada dois anos, pelo menos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia anual para mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando o diagnóstico precoce.

"O que a maioria das mulheres não sabe é que esses exames, bem como o tratamento que envolve a doença, é coberto pelas operadoras de saúde e pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por isso, essa é a maior contribuição do conhecimento adquirido pelo compartilhamento de informações: propiciar condições para o diagnóstico precoce e salvar vidas", explica a oncologista.

Começou no dia 1º de outubro a campanha do "Outubro Rosa", criada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure no início da década de 1990, que tem como principal objetivo conscientizar a população da necessidade de prevenção do câncer de mama e do câncer de colo de útero. Alertar e pontuar a importância do diagnóstico precoce e proporcionar acesso aos serviços de diagnóstico e tratamento é uma maneira de contribuir para a redução da mortalidade.

O câncer de colo de útero, segundo o INCA, é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

"Da mesma forma que o câncer de mama, há meios para o diagnóstico precoce, bem como para detecção de lesões precursoras, essas últimas, se tratadas corretamente, levarão o paciente à cura", explica a doutora.

O Diagnóstico é feito através da coleta da colpocitologia oncótica, o papanicolau. "Outro ponto de relevância é a disponibilidade na rede pública e privada da vacina do HPV, que é, sem sombra de dúvidas, uma estratégia realmente eficaz na prevenção dessa enfermidade", finaliza a doutora Sara.
 

Disco artificial para o tratamento da coluna vertebral. Entenda

Pesquisa brasileira indica técnica, que substitui o disco doente, como a melhor opção para recuperação dos pacientes


Artroplastia de disco é o nome do processo cirúrgico para a substituição de uma articulação doente por uma artificial, também conhecida como prótese de disco. O objetivo do procedimento é devolver à estrutura afetada sua funcionalidade original, ou seja, sem perda de mobilidade e retorno a realização de atividades do dia a dia.

O processo envolve a coluna vertebral, que é composta por vértebras e discos entre elas. Os discos intervertebrais têm a função de absorver os impactos gerados por movimentos e posturas, a fim de minimizar danos à coluna. Tal função, no entanto, causa prejuízos a essa estrutura ao longo do tempo, como: degeneração discal, hérnias de maior gravidade, protusão e espondilose.

“Na especialidade de ortopedia da coluna, artroplastia é a troca do disco intervertebral, que pode ser realizada tanto na área cervical (região do pescoço) quanto lombar (região do abdômen)”, explica Dr. André Evaristo Marcondes, ortopedista, especialista em cirurgia de coluna no Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês.

Uma das vantagens da artroplastia é colaborar com o pós-operatório do paciente. Uma pesquisa publicada na Revista da Coluna, da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), analisou três tratamentos para degeneração dos discos cervicais em 24 pacientes e revelou que o processo é a opção que mais colabora com a qualidade de vida dos pacientes.

Foram observados parâmetros de limitação do aspecto físico, estado geral da saúde, vitalidade, limitação do aspecto emocional, saúde mental e aspectos sociais. “Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, por isso expõe menos o paciente aos riscos inerentes do processo cirúrgico e reflete também em uma recuperação mais rápida”, revela o especialista e coautor do artigo Dr. André.



Diagnóstico precoce evita complicações

As patologias que acometem os discos podem causar compressão de nervos e prejudicar movimentos de braços, pernas, além de uma série de desordens, como: dores de cabeça, fraqueza muscular, perda de sensibilidade nos membros superiores e inferiores, incontinência urinária e intestinal, entre outros.

O diagnóstico precoce evita que a doença evolua até chegar aos pontos incapacitantes. Por isso, é importante procurar ajuda médica ao sentir dor na coluna. 

“A adoção de hábitos saudáveis, como boa alimentação e exercícios físicos, pode colaborar com a prevenção de doenças da coluna, bem como para sua restauração. Mas se houver a necessidade de tratamento, o médico especialista vai indicar a opção mais adequada ao paciente, de acordo com a evolução da patologia e estilo de vida”, encerra Dr. André Evaristo.


Hoje, o especialista é um dos cirurgiões que mais realizou o procedimento no Brasil. Há cerca de dez anos, atende casos de coluna cervical e, desde que a tecnologia foi modernizada no mundo, opera também a coluna lombar.





Dr. André Evaristo – Ortopedista Especializado em Coluna - Formado pela Universidade de Marília, fez residência médica em Ortopedia e Traumatologia no Hospital do Servidor Público Municipal (SP) e é Especialista em Cirurgia da Coluna. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Coluna e da North American Spine Society (NASS). Atualmente, atende no Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, nos hospitais Villa Lobos e AACD. Instagram: @dr.andrecoluna / Facebook: @DrColunaAndreEvaristo.


TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O CÂNCER DE MAMA

O câncer de mama é um dos tipos de câncer com maior incidência no mundo. Para estimular a discussão sobre o assunto, a campanha Outubro Rosa marca o calendário de saúde para conscientizar a população sobre as formas de tratamento, a importância da detecção precoce e, principalmente, da prevenção. 

Segundo o Inca – Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, representando 24,2% do total de casos em 2018, com aproximadamente 2,1 milhão de casos novos. É a quinta causa de morte por câncer em geral (626.679 óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres. No Brasil, excluídos os tumores de pele melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões. Para o ano de 2020 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres.

O câncer de mama se desenvolve mais frequentemente nas células que revestem os ductos mamários, que estão em constante multiplicação. Inúmeros fatores pessoais, ambientais, genéticos, hormonais e idades, entre outros, podem transformá-las em células anormais que vão se dividir descontroladamente perdendo o limite do crescimento tanto local na mama,  podendo se espalhar regionalmente para os gânglios da axila ou em outros órgãos.

Mas, a prevenção ainda é o melhor remédio. A doença pode ser curada se descoberta ainda cedo. A realização da mamografia de rastreamento e as visitas regulares ao ginecologista são as melhores formas de garantir o diagnóstico precoce. Quem já tem casos de câncer de mama na família pode começar a se precaver mais cedo. No autoexame, a paciente deve buscar nódulos ou caroços na região dos seios e na axila. Inchaço, endurecimento, coceira, vermelhidão e sensação de calor nas mamas são outros sintomas que devem ser observados com atenção.

O grupo de risco com mais chances de desenvolver câncer de mama são as pacientes entre 40 e 70 anos, principalmente quem teve casos na família. Reduzir a bebida alcoólica, combater a obesidade e ter uma rotina de vida saudável ajuda a prevenir a doença.  A maior chance de cura é por meio do diagnóstico precoce. Um tumor diagnosticado no estágio 0 ou 1 chega a ter mais 90% de chance de cura. Já um câncer de mama no estágio 3 ou 4 tem de 30 a 40% de chance de cura total. “Mesmo cânceres em estágios mais avançados podem responder bem ao tratamento, podendo ser operados e retirados completamente, por isso, é importante conversar com seu médico e sempre buscar novas formas de lidar com a doença”, sinaliza Dra. Elis Nogueira é ginecologista e obstetra.

 

Há alguns sinais e sintomas que ajudam a identificar esta doença. Eles são:

 

•             Nódulo único endurecido.

•             Irritação ou abaulamento de uma parte da mama.

•             Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo).

•             Inchaço da pele.

•             Vermelhidão) na pele.

•             Inversão do mamilo.

•             Sensação de massa ou nódulo em uma das mamas.

•             Sensação de nódulo aumentado na axila.

•             Espessamento ou retração da pele ou do mamilo.

•             Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos.

•             Inchaço do braço.

•             Dor na mama ou mamilo.

 

“Caso você perceba algum deles, procure seu médico imediatamente. Não deixe de cuidar da sua vida, não deixe para amanhã, pois todo dia é importante e crucial para a cura do câncer de mama”, finaliza a Dra. Elis Nogueira.

 



Dra. Elis Nogueira - Ginecologista e obstetra, concluiu a graduação de medicina na Universidade de Mogi das Cruzes  em 1999. Especializou- se em Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo em 2004 e obteve o título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira – Federação Brasileira das Sociedades  de Ginecologia e Obstetrícia , posteriormente obteve o título em Advanced Life Support in Obstetrics, especializou- se também, em Ginecologia Endócrina, contracepção e planejamento familiar , enfantopuberal, climatério, e patologia cervical. Atualmente é referência em parto normal , obstetrícia de alto risco e infertilidade ; cirurgia ginecológica, inserção de DIU de cobre e prata, SIU, tratamento do HPV e trombofilias. É membro de entidades médicas reconhecidas como a SOGESP  - Associação de obstetrícia e ginecologia do Estado de São Paulo) APM (Associação Paulista de Medicina ) e FEBRASGO (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia). Faz parte do corpo clínico dos hospitais: São Luis, Albert Einstein, Sírio Libanês, Oswaldo Cruz, Pro Matre, Santa Joana, Samaritano e Santa Maria.


Outubro Rosa: A importância da reconstrução mamária no tratamento de câncer de mama


As cirurgias plásticas ligadas ao seio, para aumento ou redução, estão entre os procedimentos mais realizados no país, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Números que mostram a importância da mama para a autoestima das mulheres. Entre as cirurgias reparadoras, a reconstrução mamária também se destaca no ranking. É o quinto tipo de cirurgia reparadora mais realizada no Brasil, segundo o último censo.

De acordo com o levantamento mais recente da SBCP, o número de cirurgias para reconstrução mamária cresceu 6%. A reconstrução da mama, após a mastectomia, é parte fundamental do tratamento do câncer de mama, segundo tipo mais comum entre as mulheres. “Quando a paciente passa pelo trauma da retirada do seio, ou de parte da mama, o tratamento não termina com a remoção do tumor. A cirurgia de reconstrução mamária faz parte do tratamento, é um direito previsto em lei e tem um forte impacto na recuperação das mulheres”, explica o médico Samir Eberlin, cirurgião plástico e membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

De acordo com o cirurgião, estudos mostram que as mulheres com seio reconstruído têm menos chance de voltar a desenvolver a doença porque o câncer também está relacionado ao equilíbrio emocional.

A reconstrução das mamas pode ser realizada com utilização de próteses de mama, expansores de tecido ou tecido da própria paciente retirado de outras partes do corpo.  Dependendo das condições da paciente, a cirurgia reparadora pode ser realizada logo após a retirada do tumor.

O especialista lembra, porém, que apesar de ser um direito garantido em lei, muitas pacientes que dependem do SUS nem sempre conseguem fazer a reconstrução da mama logo após a mastectomia e ficam anos na fila aguardando para fazer a cirurgia reparadora.

OUTUBRO ROSA

O câncer de mama é o segundo tipo mais comum entre as mulheres e representa em torno de 25% de todos os cânceres que afetam o sexo feminino. Para conscientizar sobre a importância de realizar exames preventivos, o Outubro Rosa promove ações em todas as regiões do país. São iniciativas que reúnem voluntários, médicos e pacientes, de diversas especialidades, para informar sobre a doença, prevenção e tratamento. Os principais sinais e sintomas do câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas). Não há uma causa única para o câncer de mama.

Diversos agentes estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.

Quanto antes diagnosticado, mais chances o paciente possui de alcançar a cura. Um tumor mamário detectado no início tem 90% de chances de cura, sem perda da mama. Por isso é muito importante se prevenir e realizar exames regularmente. A prevenção também envolve uma alimentação saudável e prática de atividade física.

Outubro Rosa: exames periódicos a partir dos 40 anos aumentam as chances de diagnóstico precoce do câncer de mama

Fatores de risco como idade avançada, casos na família, obesidade, sedentarismo, menstruação precoce e menopausa tardia estão ligados à doença

 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca) , o Brasil deve registrar este ano 66 mil novos casos de câncer de mama, que é o tipo de neoplasia que mais acomete e leva mulheres a óbito. Uma das principais medidas que podem ajudar no diagnóstico precoce e, consequentemente, aumentar as chances de cura, é a realização dos exames para o rastreamento a partir dos 40 anos. "A mamografia e a ultrassonografia das mamas devem ser feitas anualmente a partir dessa idade. Mulheres com algum componente hereditário ou outro fator de risco estabelecido pelo médico também podem realizar o exame mais cedo ou incluir a ressonância magnética das mamas na rotina", afirma Débora Gagliato, oncologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo e especializada nesse tipo de câncer.

Alguns pacientes podem ser assintomáticos, principalmente quando a doença está no início e é localizada, por isso há tanto apelo para a realização de exames mamários periódicos. "À medida que o tumor evolui, indo para a axila, por exemplo, a paciente pode manifestar outros sintomas como nódulo palpável na mama, alteração do aspecto da pele da mama como vermelhidão, aparência de pele de casca de laranja ou saída de secreção pelo mamilo. Sendo assim, sempre que a mulher tiver algum sintoma, ela deve procurar um médico, de preferência o ginecologista, que deve encaminhá-la a um especialista na área como o mastologista ou o oncologista clínico", ressalta a especialista.

A incidência desse tipo de tumor é muito mais alta entre o sexo feminino, sendo a idade um dos principais fatores de risco. "Estima-se que uma em cada oito mulheres será diagnosticada com neoplasia de mama. Entre homens é mais raro e, quando ocorre, deve-se obrigatoriamente pesquisar causas hereditárias como a mutação no gene BRCA, por exemplo", conta Débora. Outros fatores de risco incluem idade avançada, presença de familiares de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama, paciente que teve menstruação precoce e menopausa tardia, o que mostra exposição mais prolongada aos hormônios femininos, sedentarismo, obesidade, uso excessivo de bebidas alcoólicas, além de tipos de terapia de reposição hormonal na mulher pós-menopausa.


Prevenção e tratamento

A melhor forma de prevenção é adotar um estilo de vida saudável, mantendo uma alimentação equilibrada, praticando atividades físicas regulares, evitando ou limitando o consumo de bebidas alcoólicas, além de optar por tomar medicamentos hormonais apenas sob prescrição médica e se forem realmente necessários. "Além, é claro, de realizar os exames que podem detectar lesões precursoras e que demonstrem que aquela pessoa pode, eventualmente, ter maior predisposição para o desenvolvimento de câncer de mama", comenta a médica.

Já as formas de tratamento são bastante variadas, dependem do subtipo do câncer e podem ser tratamento cirúrgico, radioterápico, quimioterápico, com drogas-alvo e com hormonioterapia. "Isso vai depender do tamanho da lesão, comprometimento do linfonodo, comorbidades da paciente, entre outros fatores. Por isso é importante ter uma equipe multidisciplinar composta por cirurgião oncológico, oncologista clínico e radioterapeuta para determinar o melhor tratamento", ressalta.

Atualmente, há cada vez mais novidades no tratamento desse tipo de câncer como a imunoterapia, que auxilia o próprio sistema imunológico da paciente a identificar e combater o tumor. Ela tem revolucionado o tratamento, tanto em termos de eficácia quanto em toxicidade, pois, em geral, possui menos efeitos colaterais se comparado à quimioterapia citotóxica. "Isso é importante ressaltar, pois estamos falando sobre um tipo de câncer curável. Há cada vez mais remédios eficazes e específicos para o tratamento desse tipo de tumor. Com isso aumentamos a eficácia e reduzimos a toxicidade relacionada ao tratamento", finaliza Débora.


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