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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Violência contra a mulher é tema do Movimento UMA

Serão diversas ações on-line realizadas em outubro, que iniciam nesta terça, dia 6, e que discutem questões do universo feminino

 

A violência contra a mulher, acentuada durante o confinamento, é uma das pautas do Movimento UMA. Em abril, quando o isolamento social imposto pela pandemia completava mais de um mês, a quantidade de denúncias de violência contra a mulher recebidas no canal 180 cresceu quase 40% em relação ao mesmo período de 2019. As informações são do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMDH). 

A ex-modelo e empresária Luiza Brunet sentiu na pele as feridas da violência, que a acompanham desde pequena, e é uma das presenças confirmadas no Movimento UMA. Ela foi testemunha de violência doméstica na infância, vítima de abuso sexual aos 12 e agredida pelo ex-companheiro aos 54 anos. Faz pouco tempo que resolveu denunciar os episódios. Na visão dela, a violência contra mulheres é fundamentalmente por gênero. “É por isso que precisamos lutar. Denunciando, essa questão se manterá viva. Precisamos fortalecer as mulheres a tomarem coragem e denunciar sempre. Acho fundamental que movimentos como o UMA falem abertamente disso, que é um problema de grande magnitude no nosso País”, afirma.

A promotora Gabriela Manssur, idealizadora do Projeto Justiceiras, que atua no combate de violência doméstica, também participa do evento e destaca que a violência contra a mulher perpassa uma questão de machismo estruturante. “Os réus que cometem esse tipo de delito repetem um comportamento que aprenderam por gerações e gerações, de que a mulher é seu objeto e sua propriedade. Além da violência em si, a violência de gênero vem ‘justificada’ por anos e anos de reconhecimento do próprio Direito, de que a mulher não era um sujeito a ser protegido e sequer tinha autonomia de vontade”, ressalta.

Na opinião da líder no Paraná do Projeto Justiceiras, Mariana Bazzo, as melhores estatísticas de prevenção desse tipo de violência se referem à mudança de cultura da sociedade, ou seja, envolvem políticas públicas que ultrapassem o mero punitivismo. “Há uma lacuna também no atendimento especializado às mulheres e às famílias por meio do sistema único de assistência social e de saúde, que deveriam receber maior importância, inclusive, no orçamento específico”.

Claudia Montanha, Tesoureira da Caixa de Assistência dos Advogados do Paraná, explica ainda que uma das medidas que pode ser aplicada pelo juiz em caso de violência doméstica é o comparecimento do agressor a programas de recuperação e de reeducação, além do acompanhamento psicossocial  “Esse  atendimento pode ser individual ou por meio de grupos de apoio, como prevê a legislação Maria da Penha. Ou seja, há uma busca pela recuperação do agressor. Esses programas são formados por operadores do direito, psicólogos e profissionais de assistência social”, conta.

A especialista reforça que no Paraná já existem iniciativas que buscam reabilitar esse agressores, numa ação conjunta do Judiciário com o Ministério Público. “Em Cianorte, num universo de 600 homens que participaram de programas de recuperação, apenas quatro reincidiram no cometimento de atos de violência familiar. Temos cidades onde a reicindência foi zero. Acredito muito nesses tipo de programa de reabilitação, principalmente porque a participação dos agressores é obrigatória. Além do resgate do aggressor, é necessário também investir em ações de prevenção e conscientização contra a violência doméstica, com adoção de políticas públicas relacionadas com essa temática”, complementa Claudia.

Movimento UMA começa nesta terça

Na próxima terça, dia 6 de outubro, inicia a programação do Movimento UMA - Movimento Integrado para o Empoderamento das Mulheres. A ação, que está sendo cocriada com várias líderes de grupos das mulheres e comandada pelo MEX Brasil – Espaço Mulheres Executivas – e Grupo Mulheres do Brasil, é ousada: o objetivo é impactar pelo menos 1 milhão de pessoas, ao longo do mês de outubro de 2020. Todos os eventos serão on-line para respeitar a medida de isolamento social, em virtude da pandemia da Covid-19. A programação completa está disponível no hotsite: www.movimentouma.com.br.

O Movimento UMA conta com a participação ativa de grupos, entidades, organizações e empresas que desejam atuar no empoderamento feminino e trazer o tema para a agenda da sociedade e, sobretudo, estimular o desenvolvimento de soluções para os problemas que permeiam o cotidiano das mulheres. “A união é uma forma de aproximar as mulheres para participarem, de mãos dadas, nas diversas reflexões dos dilemas diários enfrentadas pelo público feminino. Os homens, a sociedade, as empresas também estão sendo convidados a refletirem sobre as diversas causas e propostas concretas para a resolução das dores que permeiam a vida delas”, diz Regina Arns, Presidente do MEX Brasil, Diretora da Lapidus Network e também líder do Núcleo Curitiba do Grupo Mulheres do Brasil, que é idealizadora do Programa.

Personalidades reconhecidas no mundo dos negócios e das empresas, no meio artístico e no cenário político estarão juntos para discutir diversas questões. Já estão confirmados nomes como Miguel Krigsner (Fundador do Boticário), Janete Vaz (Cofundadora do Grupo Sabin), Rachel Maia (CEO RM Consulting Consumer Goods), Sandra Pires (jogadora de voleibol e Medalhista Olímpica), Preta Gil (empresária, cantora e apresentadora) e Ana Fontes (Fundadora da Rede Mulher Empreendedora).

 

Programação de 06 a 08 de outubro

6/10 – 19 horas (Facebook: https://www.facebook.com/movimentoumabr).

O Movimento UMA começa com uma live que vai reunir Janete Vaz (Cofundadora do Grupo Sabin), Ricardo Gondo (CEO Renault), Miguel Krigsner (Fundador Grupo Boticário) e Rachel Maia (uma das CEOs mais influentes dos Brasil e criadora da Capacita-me, que prepara mulheres para o mercado de trabalho). O tema da live será “A força das conexões como alavanca da transformação”. A mediação será feita Regina Arns, idealizadora do Movimento UMA e Presidente do MEX Brasil e Diretora da Lapidus Network; Silvana Pampu, Gerente de Recursos Humanos na Renault do Brasil e membro do Comitê Executivo do Movimento UMA; e Ana Mora Rojas, executiva da Volvo do Brasil.

7/10 – 19 horas

Solange Sobral (EVP CI&T) e Ju Ferraz (Diretora Executiva da Holding Clube) comandam a live “Empoderamento feminino 360 graus”. A mediação será feita por Lênia Luz, fundadora do Empreendedorismo Rosa e líder do Comitê de Empreendedorismo do Grupo Mulheres do Brasil, núcleo Curitiba; além da líder dessa entidade, Margaret Groff.

8/10 – 19 horas

Ana Fontes e Luiza Brunet refletem sobra “A importância do empreendedorismo no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a Mulher”. Luciana Burko, presidente da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios de Curitiba (CMEG); e Silmara Montes, Líder do Projeto Justiceiras em Curitiba e Líder do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher do Grupo Mulheres do Brasil, fazem a mediação.


Sobre o Movimento UMA

O Movimento UMA é colaborativo e voluntário. Trata-se de uma iniciativa inédita no Brasil, fruto da parceria entre o setor público e privado, ativistas e grupos genuinamente engajados nas causas das mulheres. Surgiu na esteira do Outubro Rosa e o seu objetivo é aproveitar os holofotes desse movimento global para refletir sobre outras questões que também são urgentes para o bem-estar do público feminino, que vão além da saúde física. O nome do movimento traduz literalmente seu propósito: a união do público feminino para lutar por diversas causas inerentes à mulher, a soma de todos os clamores em UMA única voz.

 

Nova lei do ISS entra em vigor com liminar do STF limitando sua eficácia, diz especialista

A Lei Complementar 175, publicada no fim de setembro, alterou o regime do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza). A nova lei busca viabilizar o recolhimento do imposto nos mais de 5,5 mil municípios brasileiros. A antiga Lei Complementar 157/16, assim como eventuais legislações municipais dela decorrentes, já haviam sido alvo de decisão liminar concedida pelo Ministro Alexandre de Moraes (STF) na ADI 5.835 para determinar a suspensão de suas disposições acerca do local de incidência do ISS, dada a dificuldade de sua aplicação.

Para o advogado Fábio Cury, especialista em Direito Tributário e sócio do escritório Urbano Vitalino Advogados, a nova legislação tenta superar as inconsistências da Lei 157/16 quando define o que se entende por “tomadores” dos serviços sobre as atividades de planos de saúde, leasings, consórcios e cartões de crédito. Mas o texto dá margens para questionamentos judiciais.

“A nova lei estabeleceu que os tomadores dos serviços de administração de fundos são seus cotistas, quando se sabe que tais serviços são prestados aos próprios fundos, nos termos da legislação civil e regulamentos da CVM. Em síntese, o que se buscou foi sistema eletrônico em que as informações sobre tais tributos se concentrarão de maneira a facilitar e racionalizar a arrecadação”, explica o advogado.

Ele lembra ainda que a liminar concedida no STF ainda está em vigor para suspender a alteração do local de incidência do ISS nos serviços em questão. “Além disso, ainda será necessário que os Municípios regulamentem a matéria por suas legislações ordinárias. Como as mudanças são profundas, contudo, é de rigor que os Contribuintes já passem a avaliar os procedimentos para sua futura adequação ao novo regime de arrecadação”, destaca Cury.


Presente para criança: se for eletrônico, você tem que ler isso

Advogado Fabricio Posocco dá dicas para o consumidor

 

Quem nasceu antes de 2010 sabe que é possível se divertir sem uma tela. Mas, convencer as crianças da geração alpha não tem sido tarefa fácil. Por isso, a tendência de presente para esses pequenos consumidores seja os dispositivos eletrônicos, como computador, tablet, smartphone e videogame. 

Por serem itens de alto valor, o advogado Fabricio Posocco, do escritório Posocco & Advogados Associados, recomenda cautela. “Antes de comprar o regalo na primeira loja que entrar, seja física ou online, os pais devem fazer uma pesquisa de preço. A internet é uma boa ferramenta para isso.” 

Se na busca aparecer uma promoção tentadora desconfie. “Ofertas existem, mas preço muito abaixo do praticado pelo mercado pode ser um chamariz para golpe”, alerta o advogado especialista em direito do consumidor.

Outra dica é optar por lojas confiáveis. O Procon tem uma lista de sites que devem ser evitados https://sistemas.procon.sp.gov.br/evitesite/list/evitesites.php. 

Posocco também aconselha testar o produto eletrônico antes de sair da loja ou no momento que recebe-o em casa. Percebendo algum problema, o comprador tem 90 dias para reclamar, a contar da data da compra (em loja física) ou da entrega (em loja virtual). “Alguns estabelecimentos, para não perder o cliente, oferecem prazos para troca em caso de defeito de fabricação. Mas, isso é uma gentileza. A loja não é obrigada a realizar a troca.” 

O computador, tablet, smartphone ou videogame quando apresenta falha deve ser encaminhado para a assistência técnica. “O consumidor deve pedir um comprovante de que deixou o aparelho para conserto. A empresa tem até 30 dias para devolver o produto em perfeito funcionamento”, esclarece o advogado. 

O Código de Defesa do Consumidor garante que se este prazo de 30 dias for extrapolado ou o produto continuar com problema, o cliente pode exigir a substituição por outro de igual modelo, em perfeitas condições de uso; ou a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada; ou abatimento proporcional do preço em outra mercadoria.

Além disso, os pais devem redobrar a atenção ao manuseio das crianças de posse desses equipamentos. “Aparelho eletrônico, se usado indevidamente ou se for mal projetado ou construído, pode causar graves acidentes, como choque elétrico ou queimadura”, diz Posocco.

Na hora da compra, o advogado orienta ainda que o consumidor deve exigir a nota fiscal, tíquete do caixa, recibo ou documento equivalente fornecido por empresas legalizadas. “Isso favorece a reclamação em caso de defeito e garante ao cliente os direitos previstos na lei.”

 


Posocco & Advogados Associados

www.posocco.com.br

 

Emanuelle Oliveira (Mtb 59.151/SP)


Prefeitura de São Paulo realiza processo seletivo para 700 vagas de emprego

O setor de vendas ocupa por volta de 19% das oportunidades. Pré-seleção on-line recebe inscrições até quarta-feira (7)
 

O Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo da Prefeitura de São Paulo abre processo seletivo para 700 oportunidades de emprego.  Por volta de 19% das vagas são destinadas ao setor de vendas - remuneração de até R$ 1.500. As inscrições vão até o dia 7 de outubro, às 18h, por meio do site www.bit.ly/vagasnocate.
 
São 131 postos para o candidato que quiser atuar na área de vendas. Para o cargo de representante comercial são 50 vagas disponíveis, sendo que o salário é obtido através de comissão. A escolaridade mínima é o ensino médio completo e é necessário possuir seis meses de experiência comprovadas. A carga horária é de quatro horas diárias, podendo ser administradas pelo candidato. É preciso possuir CNH nas categorias A ou B.

Ainda no setor do comércio, o Cate oferece 113 postos para atendente. A função de atendente de lojas requer ensino fundamental completo e não precisa de experiência – salário de até R$ 1.271. As empresas contratantes são das zonas central, norte e sul da capital. São 30 vagas para atendente de lanchonete destinada, exclusivamente, para pessoas com deficiência.  É preciso ter o ensino fundamental completo e os selecionados passaram por treinamento, dispensando a exigência de atuação na área. 

O cargo de atendente de telemarketing tem 45 vagas – remuneração varia entre R$ 1.045 e R$ 1.401. O requisito para concorrer à vaga é ter ensino médio completo e, em alguns casos, não é preciso ter experiência. São cinco vagas para home office, para atuar em um site de tecnologia – salário de R$ 1.066.

Para a colocação de auxiliar de limpeza, são 33 oportunidades - salários de até R$ 1.442. A escolaridade varia entre ensino fundamental e o ensino médio completo. Não é preciso possuir experiência. O candidato deverá realizar serviços como conservação e limpeza de ambientes internos e externos, coleta de lixo, abastecimento de materiais, entre outros. As oportunidades são para as regiões central, leste, oeste, norte e sul de São Paulo.

O interessado em se cadastrar para a função de motorista pode contar com 27 postos disponíveis, sendo a maioria para conduzir ônibus – salário de R$ 1.821. É requisito possuir CNH na categoria D e curso de transporte coletivo. A escolaridade mínima é ensino fundamental completo e será exigida experiência. A empresa atua no bairro Itaim Paulista, na zona leste.

São 25 oportunidades para a função de operador de caixa – remuneração entre R$ 1.179 e R$ 1.560. É preciso possuir seis meses de experiência. A escolaridade varia entre ensino fundamental e ensino médio completo. O prestador de serviços deverá realizar atividades como atendimento ao público, reposição de produtos, abertura e fechamento de caixa, emissão de nota fiscal, entre outros. As vagas são para as zonas sul, norte e leste.



Preparação para processo seletivo 


O programa Elabora, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho promove oficinas gratuitas que ocorrem on-line, para a capacitação de trabalhadores que buscam uma oportunidade de emprego.

Para participar, o interessado deve se cadastrar na plataforma Go Brunch. Após finalizar a inscrição gratuita, o trabalhador será notificado por e-mail e deverá acessar o link para entrar na sala virtual. Ao concluir a participação na aula on-line, o aluno receberá um certificado de conclusão do programa Elabora, emitido digitalmente. 

Durante a atividade sobre Habilidades e Comunicação para o Sucesso Profissional, os participantes podem tirar dúvidas para se sair bem em processos seletivos, pegar dicas práticas de como fazer um bom currículo e saber como aprimorar a participação em entrevistas presenciais ou online. 


Serviço
Habilidades e Comunicação para o Sucesso Profissional
Data: 07 de outubro de 2020.
Horário: 18h
Inscrições: http://gobrunch.com/events/137239

 
 

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho

Riscos aos investimentos privados em infraestrutura

 Quem vai proteger investidor do 'risco judiciário'?

 

Em 2020 completamos um quarto de século da Lei Federal de Concessões e nada aprendemos. Por mais que se anuncie que bilhões de reais precisarão ser investidos em infraestrutura no Brasil como condição básica para retomar o crescimento da economia, inúmeros são os percalços e tropeços que atrasam e encarecem a realização destes investimentos. 

Falamos do denominado risco regulatório globalmente analisado nas matrizes de riscos elaboradas para avaliação da relação riscos versus retornos em investimentos em projetos de infraestrutura. No Brasil, desdobramos, ainda, o risco regulatório em “risco político”. E por que a diferenciação? Porque nossos agentes políticos muitas vezes não agem pela legislação. 

No início dos anos 2000 apresentamos a investidores nacionais e internacionais alguns projetos de infraestrutura, particularmente rodovias pedagiadas, para realização de investimentos de longo prazo. Conseguimos alavancar, na primeira oferta pública de ações de concessionárias de rodovias, centenas de milhões de reais com as necessárias explicações e evidências de que no Brasil contratos públicos têm um marco legal sólido e, principalmente, são devidamente interpretados e suportados pelo Poder Judiciário, a chamada jurisprudência. 

Na época dizíamos aos investidores que a jurisprudência era favorável e consistente com a legislação, protegendo contratos públicos e investimentos privados do chamado risco político, com base em inúmeras decisões dos tribunais federais, do TRF-4 e do STJ, que protegeram as concessões de rodovias dos incessantes ataques politiqueiros do então governador do Paraná cujo mote era “o pedágio abaixa ou acaba”.

O governador tentou, durante seus dois mandatos, alterar as regras contratuais. Declarou a encampação dos contratos de concessão, decretou a desapropriação do capital das concessionárias, preparou a caducidade dos contratos, ensaiou intervir nas concessionárias, descumpriu ordens judiciais para garantir a integridade dos ativos das concessionárias etc. 

Todas as investidas foram levadas ao poder Judiciário que interpretou as manobras populistas do governante e deu razão e segurança às concessionárias. Quase vinte anos depois, podemos dizer que a batalha do Paraná trouxe o benefício da rápida consolidação de uma jurisprudência que tranquiliza o investimento privado frente ao risco político. 

Só que não. Infelizmente assistimos na semana passada à reprise deste filme que deveria estar arquivado há muito, numa versão piorada. O prefeito do Rio de Janeiro, com base em uma autorização legislativa, inovou ao decidir pela encampação da concessão da Linha Amarela sem pagar a indenização prevista na legislação federal de concessões. 

Atitude aparentemente desnecessária e eleitoreira —já havia enviado antes retroescavadeiras para abrir as cancelas— que foi, pasmem, endossada monocraticamente pelo presidente do STJ. Se no passado tínhamos um Judiciário independente e equidistante de pressões políticas, agora vemos um Judiciário que admite a encampação de concessões de serviços públicos mediante a mera apresentação de uma garantia ilíquida —ou seja, inovou também. E agora, quem vai nos proteger do “risco judiciário”?

 


Massami Uyeda Junior - Sócio de Arap, Nishi & Uyeda Advogados. Advogado especializado no setor de infraestrutura e serviços públicos desde 1991.


Saiba mais sobre o processo para adquirir o visto E-2 para os Estados Unidos

Esse visto foi criado para que cidadãos de países, que possuem tratados de navegação e comércio com os Estados Unidos, possam trabalhar e viver no país com suas famílias. Ele é temporário e pode ter duração de até cinco anos., renováveis indefinidamente. Os solicitantes que atendem as exigências do E-2 conseguem iniciar uma atividade nova no país com base em um plano de negócios estruturado e apresentado ao consulado americano.

Muitos países fazem parte deste tratado, inclusive o Brasil. A exceção, por enquanto, fica com Portugal, já que infelizmente ainda não é possível aplicar para essa modalidade de visto com essa cidadania. A esperança era de que essa limitação acabasse até o terceiro semestre de 2020, mas em razão da pandemia muitas coisas ficaram paradas, inclusive o congresso americano, mas acredito que até o ano que vem esses trâmites sejam finalizados e pessoas com a cidadania portuguesa possam solicitar o visto E-2 normalmente.

Aqueles que possuem outras cidadanias de países europeus podem seguir com protocolos tranquilamente. Inclusive, a nossa equipe utilizou essa estratégia durante a pandemia para a solicitação desse visto. Com o foco no Brasil, muitas pessoas se esquecem que é possível realizar o mesmo procedimento em outros lugares. Mas é preciso destacar que o advogado, que realizar essa a petição, deve ter habilitação para atuar no país em que a solicitação for feita. Na Itália, por exemplo, é necessário um advogado que esteja cadastrado na ordem da União Europeia, para que seja possível assinar a documentação nesse país como representante legal, assim como no Brasil é necessário registro na Ordem dos Advogados do Brasil.

No entanto, existem algumas limitações que precisam ser respeitadas, seja para aplicação no Brasil ou em qualquer outro país. Algumas pessoas acreditam que é possível realizar atualização de status de vistos que já possuem, como o B1 ou B2, já nos Estados Unidos, mas essa é uma noção errônea que pode causar confusão e muitos problemas no futuro. O ideal é fazer o protocolo do visto E-2 antes do sair do Brasil, até porque é um visto com processo rápido.

O treinamento para a entrevista é um dos pontos chaves para a estruturação dessa modalidade de visto. Eu procuro fazer inúmeras reuniões com meus clientes para que todos os detalhes do processo sejam esclarecidos, revistos, debatidos e para que eles possam responder com precisão as perguntas dos agentes do consulado americano, até mesmo porque é fundamental o aplicante conhecer a fundo o projeto que pretende desenvolver.

Lembrando que não existe um treinamento específico para a entrevista, e que ele nada mais é do que o conhecimento pleno do processo, que pode ser treinado intensivamente através do projeto aplicado: os números, estratégias de negócio, como será a progressão, conhecimentos de mercado e implementação, contratações, regionalidade. É muito importante ter todas essas informações bem alinhadas antes da entrevista, dessa forma é muito mais seguro relatar ao consulado as especificações.

Sobre o investimento para concretizar a ideia do visto, eu apago o termo “mínimo” do meu vocabulário, pois quando você pensa dessa maneira, passa a conduzir tudo desta forma. Mas quando você pensa no que é necessário para a implantação, é possível visualizar outras coisas e alcançá-las mais facilmente. No caso do E-2, não existe um mínimo necessário, mas sim o que é realmente preciso para estabelecer o seu negócio. Então é importante entender que cada caso precisa ser avaliado individualmente para saber qual será o investimento. De toda forma, o ideal é conversar com um profissional pois ele vai conseguir comparar casos parecidos, entender a demanda do mercado e estipular esse valor.

Algo a ser considerado é que conseguir o visto é apenas a primeira parte de todo o processo, porque após isso surgirão muitas outras questões relacionadas ao empreendimento, como prestação de contas, pagamento de impostos e, especialmente gerar resultados por cinco anos para permanecer no país com a família, que poderá se beneficiar da educação no país, como escolas públicas e também o estilo de vida americano. Vale lembrar que o visto é válido para cônjuge e filhos menores de 21 anos não emancipados. 

 



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e membro da comissão de direito internacional da OAB. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 75 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.


Falta de valorização dos ecossistemas aproxima humanidade da próxima pandemia

A crescente demanda e exploração de recursos naturais alteraram os ecossistemas e levaram as populações humanas a cada vez mais se aproximarem de animais selvagens que podem ser vetores de doenças. Acredita-se que o surto de Covid-19 começou em um mercado úmido, na China, quando a doença foi transmitida de um morcego para um pangolim, e de um pangolim para um humano. Além disso, o tráfico de animais selvagens e outros problemas ambientais relacionados à alteração, destruição e invasão de ecossistemas pela humanidade aumentam a probabilidade de doenças zoonóticas contaminarem populações humanas e atingirem níveis endêmicos.

Isso não é apenas uma teoria. Aconteceu com o vírus de Nipah, em 1999, na Malásia; com o vírus SARS, em 2003, na China; com o vírus Ebola, em 2014, na Guiné, e com os vários casos de influenza (gripe aviária, suína, etc.) que o mundo já enfrentou. Todos esses surtos surgiram de animais e, no caso do vírus de Nipah e do Ebola, devido à aproximação de populações em ecossistemas outrora isolados.

Há várias causas da destruição e invasão dos ecossistemas, porém, as mais relevantes são o crescimento da população humana global, a urbanização e a industrialização da agricultura. O crescimento populacional resulta no aumento da procura por recursos naturais. A tendência de migração para centros urbanos resulta na sua contínua expansão. Esses centros urbanos sempre sobrecarregam mais os ecossistemas por serem grandes consumidores de materiais e energia e também por produzirem altas quantidades de resíduos e esgoto, que acabam impactando o ambiente. A industrialização da agricultura resulta em monoculturas, que ameaçam a biodiversidade e a resiliência dos ecossistemas. Insetos e roedores, por serem vetores principais de doenças, tendem a ser os animais que mais se beneficiam desses impactos antropogênicos. Além disso, o uso excessivo de pesticidas, medicamentos e outros contaminantes que são lançados no ambiente acarretam em mudanças genéticas em microrganismos e aumentam a probabilidade dessas doenças zoonóticas alcançarem populações humanas.

Essas tendências não acontecem por acaso. Os motores centrais da destruição e invasão dos ecossistemas são econômicos e sociais e requerem soluções complexas que, por conseguinte, dependem de profissionais com visão interdisciplinar. São necessárias também pesquisas que fundamentem a proposição de políticas públicas de incentivo para que todos os envolvidos (sociedade, governo, empresas privadas, ONGs) valorizem esses benefícios dispersos e possam, cada vez, mais negar mercados que não considerem os custos verdadeiros das atividades humanas.

A pandemia que estamos vivendo e seus impactos multidimensionais (ambientais, sociais, econômicos e governamentais) nos fazem refletir sobre cenários futuros de dificuldades que ainda enfrentaremos diante de outros problemas altamente complexos, como as mudanças climáticas. Para resolver tais desafios multidimensionais, é importante que os governos orientem suas decisões a partir do fortalecimento da educação e da ciência, porque embora não possamos evitar a próxima pandemia, podemos tomar medidas para recuperar e fortalecer os ecossistemas que, em última instância, servem como barreiras para o surgimento de doenças.

 



Prof. Dr. John James Loomis - doutor em  Gestão Ambiental, mestre em Gestão Internacional de Fluxos de Materiais (Trier University of Applied Sciences); bacharelado em Ciências Políticas e Filosofia (American University). É professor do Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental (PPGAMB) e da Business School na Universidade Positivo (UP). 

 

Não conhecer o cliente é um dos maiores erros de quem aposta no marketing digital

O marketing digital hoje pode ser usado para qualquer coisa que você queira vender ou destacar na internet. Funciona para música, negócios locais, empresas, produtos, autônomos e profissionais de áreas variadas. Basicamente, para tudo, principalmente se você souber embalar um produto e colocar as pessoas certas para verem.

A técnica consiste em deixar a coisa toda ainda mais apetitosa, para quem receber essa informação, sentir uma enorme vontade de consumi-la. Então, se você tem vários concorrentes, o que vai ganhar é o que tem mais apelo. 

Por exemplo, tem um milhão de pessoas em determinada cidade, só que dessas, quantas estão interessadas naquele produto, serviço etc? Quantas estão procurando por dia? Então, estamos falando sobre a arte de encontrar quem quer algo e entregar para elas, e a melhor forma possível de visualizar tal produto ou oferta. 

O marketing digital conecta o consumidor a uma oferta irresistível. E dá pra vender tudo, para todos. Já atuamos na divulgação e venda de diversos e-commerces, mas o emocionante mesmo neste processo é embalar um curso online, uma ideia com profissionais que tenham algo diferenciado transformando em infoproduto. Seguindo essa linha, acertamos em produtos que viraram best sellers. Inclusive, mesmo depois de quatro anos, está sempre entre o segundo ou terceiro lugar no Hotmart, todos os dias. 

Temos que ser mestres sobre o cliente e por isso, quanto mais informação, mais eficaz se dará essa comunicação, ou seja, a venda. Mas até isso virar realidade, muito terá que ser percorrido afinal o marketing não acontece por sorte e sim estratégia e apenas quando a gente estuda, e prepara respostas para confrontar argumentos até relevantes, é que ocorre esse encantamento.

Tem uma regra no marketing que é muito eficaz e quero compartilhar. Se você conseguir explicar um determinado problema que o cliente traz, melhor que ele mesmo, essa empresa prestadora de serviço vira autoridade na hora. Ele simplesmente para e ouve.  Só que, infelizmente, em todos os segmentos e serviços, as pessoas falam as coisas de forma vaga, copiam e colam clichê que há aos montes pela internet. Até olham o concorrente, buscam profissionais para fazer um site, e aí esse contratante apenas “vê” o concorrente, mostra de exemplo, e simplesmente copiam o mesmo tipo porque acham que está funcionando. No lugar disso, é preciso estudar, ver o que está dando certo para ser autêntico e fazer uma comunicação mais limpa, leve, e mais sincera e assim destacar os diferenciais baseados em pesquisa, e não copi e cola.

Muitos tem preguiça, o que é o caminho certo para falir um negócio. É preciso saber todos os dados possíveis e reunir todas as informações, quem busca por um serviço específico, e quem está querendo comprar um produto, vai passar por um padrão. Por exemplo, uma empresa de telemarketing preparou um script para que durante o atendimento os atendentes possam obter respostas para formular algo melhor e, consequentemente, concretizar a venda. E isso é chamado de informação sobre o cliente. Uma vez que essa dor é identificada, o empreendedor pode criar uma resposta nova, colocar uma frase de efeito no site ou produzir um vídeo.

Adaptei a linguagem de um brinquedo para que possamos também ter uma comunicação efetiva com os pais, porque as mães apresentavam dúvida se iriam adquirir ou não o produto. Coloquei um chat na página, o que ajudou a ter ainda mais informação sobre o cliente. Levantando todas as objeções, é possível obter as melhores respostas. Claro que o resultado foi positivo, e também conseguimos mais vendas.

A primeira coisa a fazer é listar as objeções do cliente (motivos pelos quais o consumidor usa para não comprar o produto). Com certeza, dentro destas opções, estarão itens como “é muito caro”, “não e pra mim”, “já tentei e não deu certo”, “não tive resultado”, “já perdi dinheiro com isso”. Pontue também os benefícios, divulgue foto de pessoas realizadas, satisfeitas e tenha uma promoção acontecendo. Mostre há quanto tempo está no mercado, seus diferenciais e histórico.

Além de uma série de cuidados para concretizar a venda, é indicado realizar anúncios em sites de busca, porque é lá que as pessoas vão procurar informações sobre o que elas querem. É diferente das redes sociais, que você manda um anúncio para quem não estava procurando aquilo. Mas no Google é automático e estar bem posicionado lá é fundamental.

Certa vez, orientei um proprietário de salão de estética a fazer o anúncio porque ele não estava lá, diferente dos concorrentes. Então, ele me disse que tinha contratado uma pessoa para desenvolver um site e me disse ‘Ah, eu tentei fazer com um cara’, mas não tinha dado muito certo. Perguntei quais eram as métricas, quantas pessoas ‘clicaram’ e ele não sabia me falar, estava totalmente perdido. Essa é a falta de informação que tanto afeta o pequeno e microempresário. Como contrata uma pessoa para fazer anúncio e ele não tem o retorno de quantas pessoas acessaram a página dele, quantas mulheres procuraram o espaço, a partir dos anúncios? Estava tudo bagunçado. Apontei algumas saídas e soluções, e se aplicar vai quadriplicar o ganho, e acredite, são mudanças bestas. 

Muitas vezes o empresário  é um bom gestor, mas não é um bom ‘marketeiro’.  O marketing envolve tudo isso, e o maior erro das pessoas é não se conectar, não ter informações sobre esses detalhes. 



Davi Sabetta - trabalha com marketing e é especialista em marketing digital. Para mais informações, acesse http://7dmarketing.com.br/ 

 

Como o mundo da moda está se reinventando depois do coronavírus?

Tecnologia que oferece propriedades anti-COVID-19 dá boas-vindas a uma nova tendência para o setor



Se há pouco tempo os lançamentos nas temporadas de moda ficavam limitadas às tendências de cores e modelos, desde que a pandemia do novo coronavírus se alastrou, as inovações do mundo fashion têm preocupações muito mais nobres. Agora, as roupas antivirais são a próxima grande tendência na indústria têxtil. E não pense que estamos falando de roupas que se parecem com as usadas nos filmes de ficção científica, mas sim de moletons, camisetas, vestidos, bermudas e outras peças para o dia a dia.

Esse novo momento está revolucionando a indústria da moda também ao fazer as pessoas reconsiderarem o papel que as roupas desempenham em suas vidas: com o isolamento social, armários lotados de roupas não tiveram grande utilidade, o que fez toda diferença foi o conforto. Além disso, todos também se tornaram hiper conscientes sobre tudo que é tocado, desde maçanetas de portas e carrinhos de supermercado até, obviamente, as roupas em nossos corpos. Afinal, depois de uma ida ao mercado, é preciso trocar e lavar imediatamente as roupas na temperatura mais alta? Qual é o risco de abraçar alguém com as roupas que foram usadas no metrô?

"O tempo de permanência do Sars-Cov-2 em tecidos convencionais, segundo as avaliações feitas por grandes centros de pesquisa, é de em média maior que um dia. Por isso a comprovação de eficácia da adição da solução a base de micropartículas de prata na composição de novos tecidos fez com que rapidamente o mercado de confecções e produtos têxteis voltasse suas atenções a este oxidante que elimina o vírus ", explica o Prof. Elson Longo, pesquisador e professor emérito da Universidade Federal de São Carlos e diretor do CDMF/FAPESP.

Uma das companhias que lançou produtos com propriedades anti-COVID-19 foi a basicamente., empresa parceira do Grupo Malwee. A camiseta com AG+Fresh, um aditivo químico a base de prata, elimina o novo coronavírus em apenas dois minutos de contato e pode ser customizada de acordo com a necessidade do cliente. A ideia é ajudar no retorno das atividades de empresas que estejam preocupadas em garantir a segurança de seus funcionários. A marca possui uma carteira mais de 1000 empresas já atendidas e o número só aumenta.

"É muito importante que os colaboradores das empresas recebam todos os cuidados no retorno aos escritórios. Nossa linha de camisetas e máscaras customizáveis visa isso. Nossa meta é atingir o maior número de pessoas em todo Brasil fazendo com que esse benefício chegue de fato a população, apresentando uma tecnologia 100% nacional", conta Douglas Losacco, sócio da companhia.

A peça possui um QR-Code que mostra para o consumidor todos os benefícios e a autenticidade do produto. 



Indústria têxtil

A demanda do mercado de moda acelerou o processo de desenvolvimento das indústrias nacionais do setor, que nas últimas décadas vinham enfrentando desafios para manter suas produções em mercado nacional diante da forte concorrência da matéria prima originária da China. Para esse segmento da economia, a moda dos antivirais aqueceu as vendas e impulsionou o desenvolvimento de novos negócios.

A exemplo disso a indústria têxtil Delfim Tecidos criou em tempo recorde, ainda no início da pandemia, o DelfimProtect, um produto que inicialmente tinha a missão de atender a demanda de fabricantes de máscaras e uniformes profissionais. O material é composto por 100% poliéster e contém dois tipos de micropartículas de prata impregnadas na superfície por meio de um processo de imersão, seguido de secagem e fixação, chamado pad-dry-cure.

O material não desfia, não desgasta e possui repelência a líquidos. Testes de laboratório realizados pela USP mostraram que o material é capaz de inativar o novo coronavírus de sua superfície em um minuto. Com investimento de cerca de 1 milhão de reais em pesquisa e desenvolvimento, o produto deu à tradicional empresa, estabelecida há mais de 60 anos, uma nova perspectiva. "Não há mais espaço para empresas que desempenhem atividades com um fim meramente econômico. É preciso ter consciência sobre a importância de também promover um impacto positivo buscando soluções para problemas da sociedade", declara Mauro Deutsch, presidente da Delfim Tecidos.

Em comum, tanto a Delfim quanto a basicamente. utilizaram tecnologia 100% nacional para desenvolver seus produtos com propriedades antivirais. A Nanox, empresa de nanotecnologia localizada em São Carlos, foi a responsável pela fabricação dos aditivos utilizados em ambos. Fundada por três estudantes de química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) em 2004, a Nanox já fornecia para indústrias têxteis e de diversos outros segmentos essas micropartículas que apresentam atividade bactericida e fungicida - ou seja, em tecidos evitam a proliferação de fungos e bactérias causadoras de maus odores.

Com o surgimento do novo coronavírus e a chegada da pandemia no Brasil, os pesquisadores da empresa tiveram a ideia de avaliar se esses materiais também eram capazes de inativar o SARS-CoV-2, uma vez que já havia sido demonstrado em trabalhos científicos a ação contra alguns tipos de vírus.

"O aditivo de prata que agora utilizamos para inativar o Sars-Cov-2 já existia e era utilizado para uma na indústria de diversas formas, no entanto, antes da pandemia, não tínhamos como saber que ele também possuía esta função. Para nos certificarmos de sua eficiência, realizamos um estudo com a colaboração com o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) e Universidade Jaume I, na Espanha e descobrimos que as micropartículas conseguem eliminar 99,9% da quantidade do vírus de dois a cinco minutos após o contato , reforça Daniel Minozzi, diretor da Nanox.

Recentemente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que não é possível prever quando, e se, o novo coronavírus (Sars-CoV-2) vai desaparecer, afirmando ainda que ele pode se tornar endêmico —igual a outros vírus, como o HIV, e pode nunca desaparecer. Por conta disso, os cuidados devem permanecer mesmo após o número de mortes diminuir.

"É muito provável que esta mudança de comportamento se torne permanente mesmo após a invenção da vacina, pois além da possibilidade do vírus se tornar endêmico, a pandemia criou um alerta não apenas sobre o Covid-19, mas sobre todos os outros germes aos quais somos expostos. Nossas roupas carregam germes e, quando você chega em casa não quer precisar se trocar antes de abraçar seus filhos", finaliza o pesquisador.


Saiba quando pode ocorrer a perda do direito marcário

O direito de propriedade e exclusividade da marca são conferidos pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e correspondem a um dever legal de uso, decorrente da função social da propriedade, estabelecida na Constituição Federal do Brasil, no artigo 5º, XXIX e no artigo 2º da Lei da Propriedade Industrial nº 9.279/96.

A função social está diretamente relacionada ao uso, além de identificar o produto ou o serviço em meio aos concorrentes, esclarecer sua origem e a do serviço ou produto, bem como, garantir a qualidade e dar visibilidade, criando um elo de identificação com o consumidor e com o mercado.

Após a concessão do registro da marca, o seu titular tem o dever, por lei, de fazer uso dela, sob pena de perder o seu direito. As hipóteses de perda de direito marcário estão previstas na Lei da Propriedade Industrial e ocorrerem nos seguintes casos:

- Expiração do prazo de vigência: o registro da marca tem validade por dez anos, podendo ser prorrogado por igual período, desde que observados os trâmites legais. Em caso de não prorrogação do registro, o titular perde o direito sobre a marca.

- Renúncia: o titular pode renunciar o seu direito de forma total ou parcial, em relação aos produtos ou serviços reivindicados. Além disso, o abandono pode ocorrer por meio do seu representante legal.

- Caducidade: qualquer terceiro interessado, que demonstrar o legítimo interesse, poderá requerer o pedido de caducidade de um registro, observado o princípio da especialidade.

- Ausência de procurador qualificado e domiciliado no Brasil: é imprescindível que as pessoas domiciliadas no exterior estejam representadas por um procurador, com poderes para representação administrativa e judicial.

De acordo com a Lei, o registro caducará se, decorridos cinco anos da sua concessão, na data do requerimento I) o uso da marca não tiver sido iniciado, no Brasil; II) o uso tiver sido interrompido por mais de cinco anos consecutivos ou se, no mesmo prazo, a marca tiver sido usada com modificação que implique alteração do seu caráter distintivo original.

Importante observar da norma legal que o prazo estabelecido para início do uso da marca, no Brasil, começa a contar da data da concessão do registro, logo, enquanto a marca estiver em processo de registro, não há obrigatoriedade de uso, uma vez que não há um direito consolidado, apenas uma expectativa de direito.

Além disso, importante chamar a atenção para a parte final do dispositivo legal, quando prevê a hipótese de caducidade pela alteração da marca.

Não são raros os casos em que nos deparamos com marcas requeridas e concedidas sob uma apresentação visual e, com o passar do tempo, sofrem alterações ou modernizações.

O titular de uma marca deve se atentar para essas modificações, pois, se a marca originalmente registrada, sofrer alteração que implique na perda do seu caráter distintivo original, de acordo com o certificado de registro, está vulnerável a sofrer um processo de caducidade. E para reverter essa situação, caso isso aconteça, é preciso demonstrar o uso da marca, através de todos os meios de prova em direito admitidos. Exemplos: notas fiscais, publicidade, itens promocionais, contratos de licença e cessão, dentre outros.

O período de investigação do uso da marca deve observar a data do requerimento da caducidade, ou seja, se o processo foi instaurado em outubro de 2019, as provas a serem apresentadas devem corresponder aos últimos cinco anos, a contar dessa data, ainda que o titular do registro tenha sido notificado da instauração do processo somente meses depois.

É preciso demonstrar que o uso da marca não foi interrompido. Este uso, previsto na lei, também, não pode ser esporádico ou eventual, na verdade, o titular do registro deve demonstrar o uso contínuo e duradouro, através de diferentes provas, em direito admitidas.

Entretanto, em casos especiais, o titular pode demonstrar que a interrupção ou o desuso da marca ocorreu por razões legítimas, de acordo com as diretrizes do INPI.

O legítimo interesse, ao ser demonstrado pelo terceiro interessado, responsável pela instauração do processo de caducidade caracteriza-se por marcas idênticas ou semelhantes, para distinguir produtos idênticos, semelhantes ou afins, direito de personalidade, direito autoral, dentre outros fundamentos.

Por todos esses fatores, muitas vezes desconhecidos, o registro de uma marca vai muito mais além do titular obter o certificado de registro, pois necessita cuidado, observância da lei e, principalmente, a vigilância por um profissional qualificado, capacitado, capaz de orientar seu cliente na tomada de decisões quando se trata de alteração da marca, orientar sobre os prazos a serem cumpridos, dentre tantas outras funções importantes para manter o registro válido, evitando a perda do direito marcário.

 

 


Roberta Minuzzo - advogada e graduada em direito pela Universidade Luterana do Brasil. Possui especialização em Propriedade Intelectual pela (PUCRS) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, além de ter cursado Direito PenaI e Processual Penal no IDC – Instituto de Desenvolvimento Cultural. A especialista em Propriedade Intelectual também faz parte da Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial (ABAPI) e a Associação dos Criminalistas do Rio Grande do Sul (ACRIERGS).  Recentemente, assumiu o encargo de colunista e conselheira no portal de negócios MD1 Lead, projeto fundado por Franco Scornavacca (o Kiko do KLB) e Francine Pantaleão.

https://dmk.group/ 


sábado, 3 de outubro de 2020

Dia Nacional de Adotar um Animal será comemorado pelo 20º ano consecutivo

 



No dia 4 de outubro de 2000 foi comemorado o primeiro Dia Nacional de Adotar um Animal, criado visando prestar uma homenagem concreta á São Francisco de Assis, o verdadeiro protetor dos animais.

“Vinte anos se passaram, esta ideia se multiplicou e, hoje, existem inúmeras campanhas educativas que também se intitulam como Dia Nacional, provando que uma boa ideia, com as bênçãos deste Santo, permitiu fortalecer a corrente do bem”, salienta Vininha F. Carvalho, idealizadora desta iniciativa e editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.news).

O Dia Nacional de Adotar um Animal é um convite para que aconteça um amplo debate, na tentativa de trocar o problema do abandono pela oportunidade da adoção responsável.


Cerca de 53% dos domicílios brasileiros contam com cães ou gatos. Dentro desse percentual, 44% são habitados por cães e 21% por gatos. Há uma média de 1,72 cães e 2,01 gatos por lares brasileiros. Os gatos, em geral, são os pets de entrada (o primeiro contato de pessoas com os animais de companhia) e contam com um crescimento três vezes maior do que os cães dentro do Brasil, afirma Leonardo Brandão, coordenador da Comissão de Animais de Companhia do Sindan.

Os vira-latas ou Sem Raça Definida (SRD) são a grande maioria dos animais de companhia brasileiros. Entre os cães, 42% são vira-latas. Cerca de 70% daqueles com raça definida são de pequeno porte. As raças favoritas dos brasileiros são, respectivamente, pinscher, poodle e shitzu. Entre os gatos, 65% são sem raça definida. Entre aqueles com raça, os siamês são predominantes.

A população de pequenos animais, que vivem e sobrevivem, em relação direta com as condições do meio ocupado pelo ser humano, não podem continuar sendo abandonados.

Segundo Vininha F. Carvalho, - “esta situação requer a urgência para unir esforços da sociedade, visando obter o controle de natalidade, enfocando a necessidade de orientar a população sobre a importância da posse responsável dos animais de estimação”.

Na causa dos animais não existem vencedores, mas voluntários, ou seja, pessoas bem intencionadas e capazes de convencer seus semelhantes a serem mais sensíveis e unidos em prol do direito dos animais.

“Nesta 20ª edição do Dia Nacional de Adotar um Animal é tempo de refletir sobre todas as conquistas que os animais conseguiram obter neste período, embora ainda exista um longo caminho a ser percorrido para que sejam atingidos os princípios e valores pregados por São Francisco de Assis”, conclui Vininha F. Carvalho.


Complexo Tatuapé promove feira virtual de adoção de cães e gatos 

 Divulgação

Em sua primeira edição, o PetMatch estimula a adoção de  pets resgatados das ruas de São Paulo por ONGs que cuidam do bem-estar animal 


Para os apaixonados por pets, o Complexo Tatuapé, formado pelos shoppings Metrô Tatuapé e Boulevard Tatuapé, promove um evento virtual para lá de especial. Desde 28 de setembro até 4 de outubro, é realizado o PetMatch, uma feira de adoção de cães e gatos, que foram resgatados das ruas de São Paulo pelas ONGs Aliança com Vida e Catland. O perfil dos bichinhos estão disponíveis no Instagram do Complexo Tatuapé

 

No total, a feira de adoção conta com 21 animais, dos quais 11 cãezinhos, da Aliança com Vida, e 10 gatinhos, da ONG Catland,  todos com sua história de superação das ruas paulistanas. Agora, com o trabalho incrível das ONGs, os animais estão em busca de novos lares e de donos que lhes deem muito amor e carinho. 

 

“Em um ano repleto de desafios, o Complexo Tatuapé tem procurado se reinventar e promover ações que engajam seus clientes, mas sempre de forma segura e responsável. Com o PetMatch, encontramos uma forma não só de conectar o consumidor ao empreendimento, mas também de proporcionar um encontro entre pessoas que amam os animais e sempre quiseram ter um cão ou gato como integrante de sua família”, enfatiza Danilo Senturelle, gerente de marketing do Complexo Tatuapé. 

 

No Instagram do Complexo Tatuapé, os interessados poderão conhecer os pets por meio de fotos e vídeos e solicitar os termos e as condições de adoção. Após a confirmação, a retirada dos animais deverá ser combinada com as ONGs participantes. 

 

Saiba Mais

Fundada em 2012, a Catland é uma ONG que tem como objetivo colaborar com o controle populacional dos gatos de rua e encontrar lares responsáveis para o maior número possível deles. Com ações efetivas, como castração solidária, palestras, resgates e adoção, a ONG já resgatou mais de 6.300 gatos e viabilizou diretamente a adoção de quase 6 mil gatinhos. 

 

Atuando desde 2009 em prol de cães que vivem em situação de rua, a Aliança com Vida conta com uma equipe de veterinários parceiros, que cuidam dos pets resgatados nas ruas de São Paulo. Com espaço para atender cerca de 60 cachorros, a ONG trabalha com recursos próprios, contribuições de voluntários e de algumas empresas parceiras, doações financeiras e com a renda dos produtos que são vendidos em bazares

 


SERVIÇO:

PetMatch Complexo Tatuapé

Onde: Instagram do Complexo Tatuapé

ONGs participantes: Aliança com Vida (cães) e Catland (gatos)

Período: até 4 de outubro de 2020

Retirada dos animais: na sede das ONGs, com horário combinado


Continental Shopping promove campanha "Adote um Pet, Adote um Amigo"

Cães e gatos da ONG AVAMA estarão no shopping em busca de um novo lar


O Continental Shopping, em parceria com a ONG AVAMA – Ação Pró Vida Animal e Meio Ambiente retoma a campanha “Adote um Pet, Adote um Amigo” em formato presencial, no período das 12h às 18h. Desde o início da pandemia o empreendimento tem promovido as adoções de forma virtual por meio de suas redes sociais.

Para evitar aglomerações e garantir a segurança de todos, haverá distribuição de senhas para os interessados em participar do processo de adoção. As senhas podem ser retiradas no local.

Os candidatos a tutores de um novo melhor amigo, devem ter 18 anos ou mais, apresentar documento com foto, cópia do comprovante de residência atual, responder a um questionário, passar por uma breve entrevista e se for aprovado preencher um Termo de Adoção Responsável, passando a assumir todos os cuidados necessários para o bem estar e saúde do animal. A adoção é gratuita.


Serviço
“Adote um Pet, Adote um Amigo” – Continental Shopping
Horário:
Aos Sábados e Domingos,  das 12h às 18h
Local: Piso Boulevard
Endereço: Avenida Leão Machado, 100 – Jaguaré – São Paulo – SP
Mais informações: (11) 4040-4981 –
www.continentalshopping.com.br


Adoção consciente é a melhor vacina contra os maus-tratos e o abandono de animais

Esta campanha educativa ressalta que é preciso plantar a semente da caridade para colher os frutos do amor

 

No isolamento social, as pessoas com receio de cair numa rotina estressante resolveram adotar um animal para alegrar a sua casa. A busca por novas emoções, somadas ao tempo livre fez com que a vontade de ter um animal de estimação virasse uma tendência mundial. "É claro que o animal trouxe inúmeras vantagens para a vida do tutor. Mas, é preciso pensar no animal depois que a quarentena passar", salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

O abandono é uma grande preocupação para todos que defendem o direito dos animais. Quando tudo voltar ao normal, a pandemia deixar de ser a razão para manter todos em casa, a responsabilidade, com investimentos e cuidados para manter o animal sempre feliz e saudável jamais pode ser ignorada.

A adoção consciente é a melhor vacina contra os maus-tratos e o abandono de animais. Vale ressaltar a importância que as ONGs sérias têm na escolha dos adotantes e incentivo à castração. Ao longo da vida, os pets se tornam os grandes companheiros dos seus tutores e os protetores dos animais sentem grande satisfação ao constatar o valor do seu trabalho para a sociedade.

Alessandra Gimenez, diretora da AmahVet Clínica Veterinária, voluntária de abrigo Chácara da Dolores e responsável por realizar as entrevistas com os interessados em adotar animais da ONG conta que a cada 100 entrevistados é possível encontrar um lar para apenas dois animais, em média." Isso porque a maioria é considerada inapta por diversos motivos: possuir muitos pets, oferecer qualquer tipo de alimento, não possuir um local com espaço adequado ao porte do animal ou telas nas janelas, no caso da adoção de gatos", afirma a executiva.

O recomendável é que o animal adotado vá ao veterinário. Assim, o profissional fornecerá orientações necessárias sobre os cuidados básicos. As vacinas são medicamentos essenciais para evitar doenças, principalmente se for um filhote. O protocolo mais usado começa aos 45 dias de vida, com a vacina múltipla canina (geralmente V8 ou V10), seguida de 3 a 4 doses a cada 4 semanas. Já a vacina antirrábica é feita em dose única com 12 semanas de vida.

Os gatos, que por muito tempo foram vistos como animais ariscos, muito independentes, e até mesmo perigosos, hoje ganham um espaço maior na casa dos brasileiros. Segundo o levantamento do Google Trends (por meio das pesquisas online), em junho, as pessoas se interessaram por adotá-los 33% a mais em comparação com o mesmo período do ano passado. "No entanto, o que pouca gente sabe, é que os felinos precisam de cuidados muito parecidos com os dos cães", enfatiza Marcio Barboza, médico veterinário e gerente técnico pet da MSD Saúde Animal.

Os gatos são animais limpos e já realizam sua limpeza com a própria língua, não necessitando de uma frequência exagerada de banhos. No entanto, a higiene maior é requerida em sua caixa de areia. "Ao contrário dos cães, o gato não precisa ser ensinado onde irá fazer necessidades fisiológicas, pois o hábito é instintivo", relata Vininha F. Carvalho.

"Os gatos são exigentes com o local onde fazem suas necessidades, por isso, é muito importante sempre mantê-los limpos. Os tutores de primeira viagem vão precisar de uma caixa, areia e uma pá de limpeza. A troca pode ser realizada uma vez por semana", explica o médico veterinário.

No Brasil, comemora-se o Dia Nacional de Adotar um Animal, no próximo dia 4 de outubro. A data enfatiza os cuidados que os animais de estimação merecem. "A pessoa que decide adotar um animal de estimação sabe que, além de ser uma atitude muito positiva, a adoção é um ato de respeito à vida de seres tão especiais e inocentes. Esta campanha educativa ressalta que é preciso plantar a semente da caridade para colher os frutos do amor", conclui Vininha F. Carvalho.


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