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terça-feira, 14 de janeiro de 2020

CASHBACK PODE FAZER PARTE DA ESTRATÉGIA FINANCEIRA PESSOAL


Saber lidar com o dinheiro, entender como programar despesas, analisar formas de investir adequadamente e até como gastar de forma inteligente deveria ser passado de pai para filho ou ensinado na escola. Aliás, soube recentemente que as escolas deverão incluir o tema Educação Financeira no currículo. Achei incrível!

Uma pesquisa realizada em 2018 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em todas as capitais, apontou que educação financeira realmente não é uma tarefa que atrai os brasileiros. 58% das pessoas que participaram do estudo disseram que nunca, ou somente às vezes, dedicam tempo as atividades de controle da vida financeira. Aliás, essa mesma pesquisa mostra que 17% dos consumidores recorre ao cartão de crédito, cheque especial ou tomam dinheiro emprestado para quitar as contas do mês.

O que muitas pessoas não sabem, no entanto, é que existem inúmeras ferramentas que podem ajudar no planejamento financeiro e, mais do que isso, trazer de volta percentuais de valores investidos em compras diversas. Isso é o que se chama de Cashback. A ferramenta tem sido utilizada especialmente pelos e-commerces como uma forma de atrair e fidelizar seus clientes, mas pode funcionar como uma ferramenta importante e interessante também para os consumidores.

Imagine só se você tomar a decisão de comprar apenas em estabelecimentos que ofereçam cashback. Vamos supor que seus gastos mensais, com compras para abastecer sua casa, itens de higiene pessoal, roupas e presentes seja de R$ 1 mil e que você concentre essas despesas apenas em lojas que ofereçam 5% de cashback. Isso significa que ao final de um mês, você pode ter cerca de R$ 50 de volta, um dinheiro que você, teoricamente, não veria mais. Afinal, esse montante já teria sido empregado em compras importantes para sua rotina. Dei o exemplo falando em 5%, mas as lojas estão praticando cashback que varia de 1% a 50% atualmente. Definitivamente, podemos chamar esse tipo de mecanismo de compra inteligente, não podemos?

Agora, você pode estar se perguntando por que nunca pensou em procurar algo do gênero antes. Apesar deste ser um mercado relativamente sólido nos Estados Unidos, podemos dizer que é algo mais recente no Brasil. Enquanto nos Estados Unidos o cashback é praticado desde 1998, por aqui o cashback começou em 2007, mas a quantidade de plataformas de cashback começou a ganhar mais vigor, realmente, nos últimos dois anos.

Há uma série de plataformas disponíveis. Minha dica é que você faça um cadastro naquelas que forem mais interessantes ou estratégicas de acordo com a sua rotina. Isso significa utilizar aquelas as quais as lojas onde você realiza suas compras estão vinculadas. Cadastre-se e faça o exercício de só realizar suas compras mediante cashback durante um mês inteiro. Tenho certeza de que ao ver o retorno do dinheiro à sua conta você se dará conta de que o cenário é realmente favorável. Experimente!





Felipe Rodrigues - especialista em e-commerce, fundador e CEO do ENVIOU - suíte de ferramentas que ajudam os e-commerces a vender mais – e do Meu DimDim – plataforma de cashback 100% brasileira. 


Fila de benefícios retrata cenário caótico e falta de planejamento do INSS


Em razão da aprovação da reforma da Previdência e o consequente aumento nos pedidos de benefícios, somado com a demora da adaptação do sistema do INSS para a concessão e cálculos de acordo com as novas regras, formou-se uma enorme fila de pedidos de benefícios previdenciários a serem analisados. Segundo estimativas recentes são mais de 1 milhão de pedidos parados.

Por conta deste entrave, o Governo Federal planeja realizar uma força-tarefa para diminuir este número de pedidos em espera e também para agilizar novos pedidos de aposentadorias. O que provoca estranheza é que se noticiou que o mutirão teria a presença de militares da reserva, funcionários temporários e também com servidores de outros órgãos federais.

Importante ressaltar que a legislação previdenciária é extremamente complexa, onde o servidor necessita de grande conhecimento técnico para analisar o pedido feito pelo segurado. Essa terceirização com servidores emprestados de outros setores, contratação de temporários e até mesmo o uso de militares é uma medida ineficaz e poderá gerar um grande número de benefícios indeferidos ou concedidos de maneira equivocada. Ou seja, a emenda será pior que o soneto.

Friso que trata-se de um erro de planejamento, pois tal convocação busca resolver a curto prazo um problema que necessariamente leva tempo. Não é da noite para o dia que um técnico será criado, pois uma matéria com as suas milhares de especificidades exige estudo e dedicação aprofundados. E é preciso levar em conta que passamos por uma momento de transição de regras, imposta pela reforma da Previdência.

Vale lembrar também que o governo tentou, por meio de um bônus ao servidor, aumentar a efetividade nas análises, diminuindo a fila de pedidos. Foi em vão. Tentou também por meio da digitalização e a implantação do processo eletrônico trazer agilidade, novamente em vão. É necessário que haja maciço investimento, não existe mágica.

Hoje enfrentamos um grande déficit no atendimento do INSS pelo reduzido número de servidores, visto que é gigantesco o volume de trabalho a ser realizado. A equação não fecha: milhões de pedidos dos segurados versus um pequeno contingente de servidores no momento e um obsoleto sistema do INSS.

A reforma da Previdência foi aprovada, uma grande vitória do governo, mas o sistema do INSS não está ainda pronto para conceder e calcular benefícios. Desde 13 de novembro a Nova Previdência está em vigor, porém a DATAPREV ainda não entregou a atualização do sistema. Isso trará maior fila na espera de benefícios.

Apenas estão habilitados para operação os sistemas para concessão de salário-maternidade, auxílio-doença, auxílio-reclusão, benefícios de prestação continuada ao idoso e à pessoa com deficiência e a pensão especial destinada a crianças com microcefalia decorrente do zika vírus.

O segurado do INSS que já tem o direito de pedir sua aposentadoria deve, primeiro, realizar um planejamento de aposentadoria para saber qual o melhor momento de requerer sua concessão. Cabe destacar  que para quem atingiu os requisitos antes da reforma (13/11/2019) poderá requerer a mudança no período básico de cálculo para 12 de novembro de 2019, com a sistemática antiga de cálculo (desconsideração dos 20% menores salários de contribuição). Para realizar tal pedido é necessário verificar se o benefício realmente será mais vantajoso.

Os milhões de segurados que enfrentam essa fila têm direito a indenização por dano moral pela espera. Isso porque o benefício previdenciário tem o cunho alimentar, o que significa que muitos trabalhadores passarão dificuldades econômicas, que não se configuram apenas como mero aborrecimento. Imagine a dona de casa com dois filhos pequenos e o marido faleceu, ela necessariamente precisa da pensão por morte para alimentar sua família. Ou até mesmo o caso de um trabalhador incapaz que precisa continuar trabalhando doente, agravando a sua incapacidade para poder pagar as contas da casa, visto que seu benefício não foi analisado.

Em 2020 enfrentaremos muita espera na análise dos pedidos e será necessário que o governo realize a contratação e treinamento de novos servidores, por meio de concurso público e também o investimento no aparelhamento do INSS, visando melhorar a automatização, atualização de dados e digitalização de documentos trazidos pelos segurados. No curto prazo nenhum milagre resolverá de forma técnica e concreta o problema.

A reforma buscou apenas trazer economia aos cofres públicos, mas em contrapartida não trouxe a previsão de investimentos na estrutura, treinamento dos servidores, novas contratações, melhorias nos sistemas, dentre outros. O INSS precisa melhorar muito sua contraprestação com àqueles que o mantém: os segurados.




João Badari - advogado especializado em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados


Entenda porque 2020 é o ano definitivo de mudanças no comércio exterior



O ano mal começou e muita coisa já aconteceu no cenário internacional. E muitos episódios, no que diz respeito à diplomacia entre países, afetam o nosso comércio exterior. Vamos aos cenários:

Comex 4.0

Estamos em pleno início da quarta revolução industrial, onde deixamos de viver em uma sociedade de descobertas da eletrônica, pessoas passam a estar completamente conectadas   entre pessoas e objetos.  Das grandes navegações até a globalização, o comércio exterior é um grande protagonista na execução de novas tecnologias. O ano de 2020 é um ano definitivo para as novas mudanças que essa revolução promete.

Com certeza você já ouviu falar em Big Data, BlockChain, Automação e Internet das Coisas. Essas ferramentas trarão agilidade e otimização nas operações de importação e exportação, mas como cada um desses fatores podem ajudar? E quais são as consequências em nível internacional?

Big data no comércio exterior é essencial para o gerenciamento de informações e cada vez mais será demandada por empresas que precisam administrar uma grande quantidade de dados para se manter no mercado.

BlockChain já ajuda importadores e exportadores a rastrear produtos desde sua fabricação, a fim de evitar falsificações ou outras atividades ilegais.

A internet das coisas permite a conexão entre pessoas e objetos e hoje já está sendo utilizada para conectar máquinas e cargas em portos e aeroportos. Nesse cenário, é possível que a liberação de caminhões, por exemplo, seja feita de forma mais rápida, pois há sensores e sistemas embarcados para ler e transmitir diferentes informações.

A Automação ocorrerá de formas diferentes no comércio internacional. A primeira utilização será em máquinas e portos conectados, como já existem portos na Europa com máquinas sendo operadas sem nenhum ser humano. A outra utilização da automação, não é vista de forma física, mas revolucionará o comércio exterior trazendo mais agilidade nesse ambiente. Estamos falando de atividades automatizadas, como o envio de um follow up, o rastreio de cargas, a consulta e monitoramento de atualização nos sistemas da receita federal e alfândegas

Essas tecnologias vão gerar alguns eventos jamais vistos anteriormente, influenciando de forma direta o comércio internacional.


Um novo tipo de guerra comercial

Com todas as novas tecnologias, a guerra comercial entre países mudou de patamar, sanções anteriormente realizadas sobre commodities, serão realizadas sobre tecnologia. O exemplo disso são as patentes de 5G da China e Estados Unidos.

A China já começou a guerra retaliando alguns países europeus que não consomem a tecnologia, são eles a Dinamarca e a Alemanha.


Visão ambiental 

Em 2020, um assunto que será muito comentado é o meio ambiente, por esse motivo grandes corporações começaram a se preocupar com poluentes e descarte de resíduos.  No comércio exterior, este ano está marcado com o chamado IMO (International Maritime Organization) 2020, onde os armadores deixarão de consumir até 8,5 milhões de toneladas de poluentes emitidos por navios.

Para deixar o combustível mais limpo e cumprir com o acordo, é necessário mais diesel na mistura, aumentando as tarifas de frete. Dessa forma, no primeiro logo em janeiro, os armadores já sentiram aumento nos preços do combustível e repassaram uma nova taxa aos agentes de carga o BAF (Bunker Adjustment Fee) IMO 2020, encarecendo o valor do frete total.

Outra atitude dos portos brasileiros será o PSP (Porto Sem Papel), que ajudará o meio ambiente e trará agilidade nas liberações das mercadorias, o objetivo é que todos os documentos sejam convertidos em um único. As companhias aéreas não ficam de fora, estão reduzindo ao máximo a utilização de papel, dessa forma, utilizam menos combustível na aeronave, pois o peso é menor.


Desaceleração da economia mundial

Com alguns conflitos internacionais acontecidos no início deste ano, somado com a não finalizada guerra comercial de China e Estados Unidos, especialistas afirmam que haverá uma desaceleração na economia a nível mundial. 

A Associação Brasileira de Comércio Exterior do Brasil (AEB) projetou uma queda nas exportações no primeiro mês do ano, gerando um déficit na balança comercial.  Isso exigirá do exportador uma maior criatividade para inovar e atingir novos mercados, e conseguir passar pelos entraves burocráticos e contábeis que imperam no país.




Plataforma LogComex - http://www.logcomex.com/
 

Helmuth Hofstatter - Empreendedor apaixonado por tecnologia e inovação, possui mais de 12 anos de experiência no segmento de logística internacional, fundador da LogComex, startup de big data, inteligência e automação para logística internacional. É especialista em gestão de produtos e nas mais diversas soluções voltadas ao universo do comércio exterior.

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