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terça-feira, 25 de setembro de 2018

A doação de órgãos salva vidas


 Aval da família tem um papel preponderante, pois um único doador pode salvar a vida de pelo menos 10 pessoas


A decisão das famílias pela doação de órgãos é determinante para redução das listas de espera. O Brasil é o segundo país com maior número de transplantes realizados no mundo, atrás apenas da Espanha. No ano passado, 23.742 transplantes foram realizados, segundo dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos).

Porém, a fila de espera ainda é significativa e para que haja maior movimento e sensibilização das famílias de potenciais doadores, no dia 27 de setembro comemora-se o Dia Mundial da Doação de Órgãos. Segundo o Dr. Américo Cuvello, coordenador do Centro de Nefrologia e Diálise do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a família é protagonista para que esse processo seja de fato concretizado. "No transplante de doador falecido, ou seja, com morte encefálica, depois de seis horas que a falência cerebral é atestada, é feito um novo teste clínico para confirmar o diagnóstico. Em seguida, a família é questionada sobre o desejo de doar os órgãos e é orientada sobre o processo".
De acordo com o Art. 20 da Lei nº 9.175, de 18 de outubro de 2017, "a retirada de órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano, após a morte, somente poderá ser realizada com o consentimento livre e esclarecido da família do falecido, consignado de forma expressa em termo específico de autorização". Portanto, o Dr. Cuvello reforça a importância de avisar esse desejo ainda em vida para a família e relembra que essa informação em documentos como carteira de motorista não é considerada válida para a doação.

A aceitação da família tem impacto direto e determinante na vida de diversos pacientes, pois um único doador pode mudar a vida de pelo menos 10 pessoas que estão na fila de espera. No Brasil, 70% dos transplantes são de doadores falecidos, em sua maior parte em decorrência de morte encefálica, que permite transplantes de coração; de fígado; pâncreas; rim; córnea; multivisceral - fígado, intestino e pâncreas; pulmão e dois de rim. A pele do doador pode ser utilizada na reparação de feridas e em grandes queimaduras e os ossos podem ser enxertados para fixar implantes e próteses de quadril.

Ainda há muito a se fazer para superar as superstições que ainda impedem a aceitação familiar. Em 2017, 42% das famílias consultadas pelo Registro Brasileiro de Transplantes recusaram a doação de órgãos de familiares. Porém, isso não impediu o aumento de doadores efetivos. Dados do Registro Brasileiro de Transplantes apontam que em 2017 havia 16,6 doadores efetivos para cada 1 milhão de pessoas no país, tendo crescido 14%. Nos últimos oito anos a taxa cresceu 69%.

Esses números podem se tornar ainda mais expressivos nos próximos anos com a conscientização de que se pode doar órgãos em vida. Transplantes de rim, pâncreas (parcialmente), medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue), fígado (apenas parte dele, em torno de 70%) e pulmão (apenas parte dele, em situações excepcionais) podem ser feitos por doadores vivos.

"Existem vários tabus, o mais comum é que o doador pode se prejudicar doando um órgão. Isso não existe se a avaliação médica é criteriosa e precisa. Há vários trabalhos na literatura médica, principalmente em rim, que a doação é extremamente segura. Em estudos de seguimento de 25 anos após a doação de rim a probabilidade de desenvolvimento de um problema renal é igual ao da polução geral. O mais importante é a análise criteriosa e sistemática dos casos", comenta o Dr. Cuvello.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) se destaca entre as realizações de transplantes de órgãos no mundo. Cerca de 87% são feitos com recursos públicos. Dentre o total realizado em 2017, o de córnea lidera o ranking com 15.212, seguido na ordem pelo de rim (5.929), fígado (2.109), coração (380) e pulmão (112).

O aumento no número de doação de órgãos deve-se em parte ao crescimento exponencial dos recursos governamentais direcionados à essa causa. Em relação ao valor de 2008, o dispêndio em 2017 mais que dobrou, correspondendo a mais de R$ 1 bilhão investidos em capacitação de equipes, estruturação do serviço e redução na lista de espera e na taxa de recusa familiar, segundo dados do portal Governo do Brasil, com informações do Ministério da Saúde.

Medidas como o treinamento de equipes de captação de órgãos e transplantadores, campanhas informativas para conscientização em todo o Brasil, aumento de recursos em tecnologia da informação para unificar listas em regiões diferentes do país para aumentar a demanda de órgãos devem ser priorizados para redução da espera do paciente por um órgão.






Hospital Alemão Oswaldo Cruz – www.hospitalalemao.org.br


Campanha Juntos Pela Visão Infantil alerta sobre a importância de diagnóstico precoce na visão do recém-nascido


Por meio de tecnologia específica, hospitais e clínicas de São Paulo já oferecem o teste digital do olhinho, que pode diagnosticar precocemente mais de 20 enfermidades no recém-nascido


No próximo dia 2 de outubro acontece, em São Paulo, o lançamento da campanha Juntos Pela Visão Infantil. A ação, promovida pela empresa Advance Vision, com apoio das principais associações e clínicas oftalmológicas do país, tem o objetivo de conscientizar o maior número de pessoas sobre a importância de um diagnóstico digital e precoce na visão do recém-nascido.  

No Brasil, a retinopatia de prematuridade, ocasionada pelo mau desenvolvimento da retina do bebê prematuro, pode causar a cegueira em crianças. Além de doenças infecciosas quem vem crescendo em todo o país, como a toxoplasmose e sífilis.  Essas doenças podem ter o auxílio do tratamento mais eficaz com o exame digital.

Por meio dessa campanha, alguns hospitais públicos de São Paulo já estão oferecendo o teste digital do olhinho, além de algumas maternidades particulares, que também já incluíram a realização do exame na rotina com o recém-nascido, apoiando a causa.

"A proposta é realizar o teste digital do olhinho em todos os recém-nascidos para proporcionar o diagnóstico precoce de alguma possível patologia e conscientizar especialistas e as famílias sobre a importância de realizar esse tipo de exame, já no nascimento”, explica Prof. Nilva Moraes.

A médica acrescenta que a precisão desse exame é tanta que crianças diagnosticadas precocemente podem reduzir os riscos da cegueira, visto há a possibilidade de um tratamento adequado e a diminuição de sequelas.


Os números assustam

A Agência Internacional de Prevenção à Cegueira, órgão ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), alerta que, por ano, 33 mil crianças deixam de enxergar por conta de doenças oculares evitáveis. Ainda segundo a OMS, de cada dez casos de perda de visão, oito poderiam ser evitados, se detectados precocemente.

Além disso, cerca de 15 milhões de crianças em idade escolar apresentam algum erro de refração capaz de gerar problemas de aprendizado, baixa autoestima e dificuldades de inserção social.

E com uma incidência tão alta de enfermidades oftálmicas, comparado a outras patologias detectáveis em recém-nascidos, é essencial avaliar os olhos de todos os bebês ao nascerem para evitar cegueira e para um tratamento adequado das doenças oculares.


Como funciona hoje o teste do olhinho nos hospitais?

Ainda no hospital, é realizado um exame, de forma manual, para verificar a saúde ocular da criança, chamado exame de reflexo vermelho. Este exame é uma triagem importante para detectar algumas patologias como a catarata congênita e alguns tipos de tumores, porém ele não é completo, pois o médico não consegue identificar patologias de fundo de olho.

Mesmo com a realização de exames manuais mais precisos, estudos comparativos mostram eles conseguem mapear apenas 30 graus do campo ocular, enquanto que o exame digital tem o mapeamento de 130 graus do fundo de olho. Para o oftalmologista, esta é uma excelente ferramenta de tratamento e cuidados com os bebes.


Sobre o teste digital do olhinho

O teste digital do olhinho é um exame realizado por um aparelho de última geração que permite avaliar 130 graus do globo ocular e, assim, detectar precocemente inúmeros possíveis problemas na visão dos bebês.

Esse exame é minimamente invasivo, gerando imagens digitais de alta resolução, o que permite diagnósticos precisos das mais diversas patologias oculares.


Como é feito?

 Para realizá-lo, a pupila é dilatada com o uso de um gel anestésico. Posteriormente uma sonda é encostada no olho do bebê para fotografar a retina.

A câmera de alta resolução do retinógrafo, considerado um equipamento de última geração, captura as imagens e as amplia em um monitor, onde é possível ajustar brilho, contraste e equilíbrio de cores, permitindo que o diagnóstico oftalmológico seja feito de forma rápida e com incomparável precisão.

As imagens são armazenadas no aparelho e podem ser gravadas, impressas ou enviadas eletronicamente, no caso do acompanhamento médico ser feito à distância. Isso facilita a interação com centros especializados e troca de informações entre os profissionais da área.

O aparelho facilita o trabalho dos oftalmopediatras e neonatologistas, pois os exames podem ser feitos com o paciente sentado ou deitado, tornando-o ideal para exame em crianças, recém-nascidos e inclusive em bebês prematuros. O aparelho oferece total mobilidade para o médico e é praticamente indolor para o paciente.

É importante que os pais e se conscientizem cada vez mais sobre a importância do diagnóstico precoce das doenças oculares. Muitas sequelas podem ser evitadas, se tratadas precocemente.





SERVIÇO
Lançamento da campanha Juntos pela Visão Infantil
Data: 2/10/2018
Horário: a partir das 19h
Local: Eataly (Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1489 – São Paulo


Campanha "Neuro em Ação" faz alerta sobre mau uso do celular e erros posturais


Ação da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia será realizada de 08 a 14 de outubro em todo país


A Sociedade Brasileira de Neurocirugia (SBN) realiza em todo o país, de 08 a 14 de outubro, a segunda edição da campanha "Neuro em Ação", com o objetivo de alertar a população sobre os riscos relativos ao mau uso do celular e as dores no corpo provocadas por erros posturais, uma das principais causas de absenteísmo. "Em 2017, tivemos uma adesão muito grande de profissionais e estudantes. Nós vamos disponibilizar materiais gráficos e aulas no site da SBN (http://sbn.org.br/publico) para que esta campanha possa ser reverberada por todo o Brasil", explica Dr. Ronald Farias, neurocirurgião presidente da SBN.

O celular está definitivamente presente na vida das pessoas, porém o mau uso desses dispositivos pode causar muitos problemas aos usuários. Não raro é possível ver pessoas dirigindo usando o telefone, o que pode causar graves acidentes, e também pedestres digitando mensagens enquanto caminham, o que tem ocasionado uma série de atropelamentos, além de outros acidentes provocados pela falta de atenção. A luz das telas de smartphones também é bastante prejudicial, o movimento do pescoço para digitar ou ler prejudica o eixo da coluna.

E mais! O excesso de utilização dos dispositivos prejudica também as relações interpessoais. Segundo um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 44% dos jovens enquadrados como dependentes substanciais de tecnologias apresentaram problemas significativos em diversas áreas de sua vida.

O que pouca gente sabe é que durante essas atitudes rotineiras e "inocentes", concluídas em segundos, o cérebro entra em transe e tira total atenção, visualização e audição do que acontece no entorno, criando a possibilidade para acidentes com sequelas graves, como traumas e morte, de acordo com o neurocirurgião Ronald Farias.

De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran), por exemplo, os pedestres que digitam, leem ou falam ao celular enquanto caminham possuem chances de acidentes de até 80% mais altas. Segundo, ainda, um estudo realizado pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), quando o motorista desvia sua atenção para responder uma mensagem no Whatsapp à velocidade de 80 km/h, por exemplo, é o mesmo que dirigir a extensão de um campo de futebol inteiro com os olhos fechados.

A dica do especialista é, em casos de urgência, enviar mensagem de áudio (usando um dos fones de ouvido) ou, o mais indicado, manter a paciência e aguardar até que se esteja parado e em local seguro para as ações no dispositivo. "Ao contrário do que parece, dar uma pausa ou responder mais tarde não é perda de tempo, é ganho de segurança e de vida", assegura o especialista.

Outra preocupação da SBN, foco igualmente importante da campanha, são os problemas causados pela má postura. Considerada a principal causa de absenteísmo, a lombalgia é causada em diversas situações cotidianas, até mesmo ao sentar no sofá da forma incorreta. Algumas profissões também estão sujeitas a maior incidência dores causadas por erros posturais, como trabalhadores da construção civil, profissionais de saúde que precisam movimentar pacientes, além de pessoas que realizam exercícios físicos da forma incorreta. Além dos prejuízos à saúde das vítimas, isso tem um alto custo para a saúde pública.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a dor nas costas é a doença que mais afasta trabalhadores no Brasil por mais de 15 dias. Mais de 100 mil pessoas se ausentam anualmente devido à lombalgia, o que representa 4,71% de todos os casos. Ainda de acordo com o MTE, não são as atividades a principal causa de, e sim pessoas que desempenham atividades repetitivas e até mesmo coisas cotidianas, como sentar-se de forma incorreta.

"Os riscos decorrentes do mau uso do celular e da má postura, problemas destacados pela campanha 'Neuro em Ação' para conscientização, segundo vários trabalhos científicos, são fatores que interferem perigosamente no cotidiano das pessoas", finaliza Carlos Roberto Sampaio de Assis Drummond, diretor de Responsabilidade Social da SBN.




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