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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Proteja seu pet contra a raiva


 Embora a raiva seja considerada uma doença controlada no Brasil, a vacinação anual é essencial para a sua prevenção; Primeira dose deve ser aplicada a partir dos três meses do pet


Se você tem um cachorro ou gato em casa, com certeza já ouviu falar na importância da prevenção da raiva. A doença é fatal e acomete todos os mamíferos, podendo inclusive afetar os humanos. A vacinação é a principal medida para o controle da doença no meio urbano, devendo ser feita anualmente em todos os animais saudáveis a partir dos três meses de idade. 

A campanha de vacinação gratuita em cães e gatos contra a raiva costuma ser promovida em agosto, mas os tutores que não puderem levar o seu pet durante o mês podem fazer a aplicação posteriormente com seu médico veterinário. Embora seja considerada praticamente erradicada no Brasil, a doença tem uma taxa de mortalidade para os animais perto dos 100%.

Entre os principais transmissores da raiva estão morcegos, macacos e gambás, animais silvestres que quando em contato com cachorros, gatos e humanos podem infectá-los com o vírus da doença, principalmente, através de mordidas, pois a saliva dos animais infectados contém o vírus rábico.

O vírus vai da ferida, por meio da corrente sanguínea, até o cérebro, provocando inflamação ou inchaço que causam os principais sintomas da doença, que são: mudanças no comportamento do pet, nervosismo, isolamento, ansiedade, febre, vômitos e diarreia. 

Os sintomas da raiva nos animais variam de acordo com a fase da doença, e aparecem após o período de incubação, que pode levar de três a seis semanas. Ao notar qualquer alteração no comportamento do pet, o tutor deve isolar o animal do contato humano e de outros animais e procurar auxílio veterinário.

Segundo Andrei Nascimento, médico veterinário e gerente de produtos da unidade Pet da MSD Saúde Animal, mesmo sendo rara no país, a raiva é a doença infecciosa com a taxa de mortalidade mais alta entre os pets e deve ser prevenida por meio da vacinação. “O número de animais e pessoas infectadas no mundo diminuiu drasticamente devido ao aumento da conscientização sobre a importância da vacinação periódica. Nesse sentido, é fundamental que os tutores tenham atenção ao calendário de vacinação e sigam as orientações de um colega veterinário”, afirma Nascimento.






MSD Saúde Animal


Pets em apartamento- Dicas para um ambiente seguro e saudável


Para criar um animal de estimação em apartamento é preciso se atentar ao ambiente em que ele viverá, e se terá espaço e atividade adequados; confira dicas do especialista em comportamento animal Cleber Santos


 Crédito: iStock


No Brasil, existem mais de 500 milhões de cães e 200 milhões de gatos de estimação. Os números são de pesquisa do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em 2016. Os pets hoje são considerados por muitos tutores como membros da família e, por isso, é necessário dar a eles um tratamento adequado, prezando por conforto e segurança.

"A moradia é um dos principais fatores que influencia os brasileiros na hora de adquirir ou adotar um animal, já que muitas pessoas vivem em condomínios ou em casas que não possuem grandes espaços, o que causa a preocupação com o bem-estar do pet", explica o adestrador e especialista em comportamento animal Cleber Santos, proprietário da ComportPet.

No entanto, de acordo com o especialista, é possível ter um pet com segurança e de forma saudável, mesmo morando em apartamento. "O tutor precisará adaptar sua rotina para proporcionar ao animal a atividade e o espaço que ele precisa, seja com passeios pelo bairro, em parques, ou até mesmo recorrendo a um day care (creche para pets). Mas hoje as opções são muitas", explica Cleber.

Para ele, investir em uma casa grande com quintal não é mais um pré-requisito para ter um animal de estimação. "Com o crescimento do setor pet no Brasil, é possível proporcionar um lar confortável e uma vida saudável, mesmo que o lugar seja pequeno", avalia ele.

Abaixo, ele lista dicas para quem tem pet e vive em condomínio:


Organize o ambiente de forma segura

Para garantir a segurança do animal, principalmente em ambientes altos, antes de mais nada é preciso verificar todas as janelas/varandas do apartamento e descobrir até onde o animal terá acesso. "O ideal é instalar redes de proteção para manter os pets fora de perigo, e isso não só para gatos, como também para cães.

As redes trazem segurança para o pet correr e brincar pelo ambiente", diz.

Outra dica, de acordo com o especialista, é deixar o piso sempre limpo e longe de qualquer objeto potencialmente perigoso que possa ser ingerido. "Manter plantas, alimentos, revistas e sapatos em locais altos, fora do alcance do animal, também é importante", pontua Cleber.


Crie uma rotina de exercícios para o pet

Os apartamentos muitas vezes são pequenos, e alguns condomínios não têm área de lazer adequada para o pet, ou não permitem a circulação de animais. Mas o especialista alerta: isso não é desculpa para deixar seu cão sedentário e estressado.

"É necessário criar uma rotina de atividades, para que o seu animal se exercite de forma divertida.  Mesmo dentro do próprio apartamento, é possível entreter o animal e fazer com ele brinque e se exercite, aliando petiscos as brincadeiras".

"Além disso, antes de comprar ou adotar um bicho de estimação, certifique-se de que poderá passear com o animal ao menos duas vezes ao dia para que ele faça suas necessidades e não cause problemas dentro da casa", esclarece.

Além dos passeios diários, visitas mais longas a parques, praças e outros locais onde o cão possa correr e se exercitar são bem-vindos. "O tutor deve ter em mente que o animal precisa gastar energia, e também conviver com outros cães. Caso o dono não tenha disponibilidade, vale considerar investir em um day care, ao menos algumas vezes na semana. O cão irá brincar, ter atividades adequadas e conviver com outros cães, voltando para o apartamento muito mais relaxado".


Escolha o piso adequado

Se você pretende ter um animal no seu apartamento, antes de trazê-lo para o lar, é recomendável verificar qual o piso mais adequado, que não irá fazer barulho conforme eles andarem ou correrem pelos cômodos, nem prejudicar o pet.

"Sugiro investir em piso de cerâmica que, além de diminuir os ruídos, também proporcionam maior facilidade na hora da limpeza, caso o cachorro solte muito pêlo, por exemplo", diz o especialista.

Outro ponto importante é que deve-se evitar pisos muito lisos e escorregadios. "Além de causarem acidentes, esse tipo de piso força o cão a fazer um esforço muito grande nas articulações para manter o equilíbrio em tarefas simples, como sentar ou se levantar. Segundo estudos, isso pode causar displasia coxo-femural, que afeta as articulações e é muito dolorosa, ou agravar casos já existentes da doença", alerta  Cleber.


Reserve um espaço para o animal

Mesmo que o lar seja pequeno, o pet precisa ter um espaço específico com seus objetos e acessórios, para manter uma disciplina. Deixe os brinquedos, potes de comida e caminha em seu devido lugar, para que ele entenda onde fica cada um.

"Incentivar os animais e interagir com eles por meio de brincadeiras e recompensas são ótimas dicas para não deixá-los entediados e estressados no apartamento, principalmente se passarem muitas horas no ambiente", diz.


Respeite os vizinhos

Nem todo mundo gosta de conviver com animais de estimação. Por isso, latidos e barulhos excessivos podem incomodar os vizinhos. "É responsabilidade do tutor fazer com que a convivência com o animal em áreas comuns (elevador, jardim, hall) não prejudique a rotina dos demais moradores do prédio".

"Alguns cachorros costumam latir muito e podem causar problemas com os vizinhos e até com a administração do condomínio. Nestes casos, indico procurar um especialista que treinará o cão para que fique mais tranquilo, principalmente quando ficar sozinho no apartamento", comenta o especialista.





 Cleber Santos - Especialista em comportamento animal, atua como adestrador de cães há 12 anos, quando cuidava do canil de treinamento durante o serviço militar. Trabalhou para grandes canis do interior de São Paulo, treinando cães de policiais de todo o Brasil. Além da experiência profissional, fez diversos cursos, estágios e especializações, inclusive em outros países - Canadá, Estados Unidos, Argentina, Chile e Alemanha. Desde 2010, está também à frente da ComportPet, centro que oferece consultoria comportamental, adestramento e serviços de hotelaria e creche, além de atendimento veterinário, estética animal e terapias alternativas para pets, como a musicoterapia. É um dos únicos profissionais do Brasil que também adestra gatos, e vem sendo requisitado como adestrador de pets de famosos, entre eles o DJ Alok

Veterinários atuam onde nem se imagina


Quando falamos em veterinários, logo vem à mente a cena mais comum: a dos profissionais cuidando de gatos ou cachorros. Mas a carreira é ampla e permite a atuação em diversas frentes. Muitas delas nem são percebidas pela maioria.
Os cuidados dos veterinários estão em todo o lugar, assegurando a saúde e a qualidade de vida – humana e animal. Explicando melhor: o campo de atuação dos veterinários vai desde o acompanhamento da saúde de animais de estimação até o controle de doenças em populações de grandes animais silvestres. Além disso, o médico veterinário pode atuar no controle de qualidade de produtos industriais e em pesquisas na área de zoonoses. O profissional tem à disposição várias escolhas, como clínicas veterinárias, fazendas, indústrias de alimentos de origem animal, centros de controle de zoonoses, órgãos fiscalizadores, zoológicos, institutos de pesquisa e universidades, entre outros exemplos.
O veterinário tem a responsabilidade de garantir que o alimento seja produzido com eficiência e que chegue à casa do consumidor em condições de consumo. Além disso, ele pode atuar desde a criação dos animais até o manejo e a venda de produtos.
O profissional é responsável por toda a parte de fiscalização em qualquer indústria que produza, utilize ou processe alimentos com origem animal, como frigoríficos e supermercados. Ele vai ao local, realiza a vistoria e verifica se as instalações seguem de maneira correta para continuar a produção.
Além disso, o mundo acadêmico precisa do veterinário, que tem muita coisa a ensinar. Ele pode ser professor universitário, ministrando cursos ou palestras. Porém, para isso, é necessário investir na especialização. E a área rural também carece do profissional. O veterinário trabalha diretamente com produtos rurais, que geralmente estão ligados ao agronegócio - são novas tecnologias que beneficiem a produção.
Mas a atividade vai além. Não é segredo que a convivência com os bichos traz inúmeros benefícios aos humanos. Esse aspecto “psicológico” passou a ser estudado e explorado com mais frequência. Até mesmo os cavalos estão sendo usados no trabalho dos coaches, para que profissionais de várias áreas tenham segurança e autoconfiança. Outra novidade são os animais que visitam doentes e idosos em hospitais. A atividade tem resultado positivo comprovado na melhora do quadro do paciente. Mas os sorrisos deles já valeriam a iniciativa. E a presença dos veterinários nos projetos é imprescindível.
Como disse a veterinária e psicóloga da Universidade de São Paulo (USP), Hannelore Fuchs, há alguns anos: “Colocamos os animais no patamar afetivo de seres humanos e preenchemos um vazio”. Se é assim, precisamos assegurar que a saúde dos bichinhos esteja sempre em dia. 




Dr. Paulo Sallum - médico veterinário, sanitarista e diretor da ProAli Segurança de Alimentos

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