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segunda-feira, 27 de agosto de 2018

29 de agosto é o dia do combate ao fumo


A data é um bom motivo para parar de fumar


O tabagismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a principal causa de morte evitável em todo o mundo, porém os dados ainda são alarmantes. A estimativa é que 1,7 milhões de casos de câncer serão detectados no Brasil até 2030, e mais de 1 milhão de mortes ocorrerão anualmente – segundo pesquisa realizada pelo Inca em abril deste ano.

De acordo com o médico pneumologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Omar Barghoutti, a cada 10 pessoas que tentam parar de fumar, 8 não conseguem e voltam ao vício. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental, e diminui as chances de recaídas. “Ansiedade e depressão são alguns dos fatores que estimulam o hábito de fumar”, explica o médico.

Na consulta, o especialista pode avaliar o melhor tratamento individual, seja por meio de antidepressivos, aconselhamento psicológico e a reposição de nicotina – que pode ser feita com adesivos, spray nasal , gomas de mascar entre outros métodos. “É importante que o paciente estabeleça uma data para ser o seu primeiro dia sem cigarro”, orienta o médico. Neste período o especialista deve trabalhar a autoestima do paciente e reforçar os benefícios que ele vai ter ao largar o vício”, complementa.


Período de Abstinência

Considerada uma droga que cria dependência, a nicotina atua no sistema nervoso central como a cocaína e a heroína, com uma diferença - chega ao cérebro em apenas 7 a 19 segundos. É normal, portanto, que ao parar de fumar, os primeiros dias sem cigarros sejam os mais difíceis, porém as dificuldades são menores a cada dia.

Alguns sintomas de abstinência são - vontade intensa de fumar, dor de cabeça, tontura, irritabilidade, alteração do sono, tosse e indisposição gástrica. Estes sintomas, quando se manifestam, duram de 1 a 2 semanas. “O fumante que acorda e precisa acender um cigarro ou não consegue passar duas horas sem fumar, precisa de muita ajuda”, afirma o médico.


domingo, 26 de agosto de 2018

E O ELEITOR CONSERVADOR?

        Observe a conduta de muitos dos principais meios de comunicação brasileiros, seus editoriais e badalados comentaristas. Não precisará muito tempo para concordar com esta afirmação: eles decidiram que o problema do Brasil não são os corruptos, nem é a esquerda retrógrada, nem a irracionalidade do modelo institucional, nem a irresponsabilidade fiscal dos parlamentos, nem a instabilidade criada pelo STF. O que tem que ser combatido no Brasil é o conservadorismo. Não lhe deve ser concedido direito de representação e precisa ser alvejado até que não reste em pé um só desses idiotas para que suas pautas não ganhem força institucional.
Ampla maioria da população crê em Deus e reconhece a importância da religião e da instituição familiar. É contra a ideologia de gênero e quer proteger as crianças dos abusadores que pretendem confundir sua sexualidade. É contra o aborto, o desarmamento e a liberação das drogas. Quer segurança e bandidos na cadeia. Repudia o feminismo como pauta política, movimento revolucionário, ou fundamento de uma nova moral. Não admite a transformação da sala de aula em oficina onde o professor opera como torneiro de cabeças. Rejeita o deliberado acirramento de conflitos que se tenta impor em vista de diferentes cores de pele, olhos e cabelos; ou de classe, apetite sexual, faixa etária, renda. E por aí vai.
        Os grandes veículos a que me refiro, ou advogam do lado oposto, ou jamais revelaram qualquer interesse por tais posições. Da ideologia de gênero ao feminismo mais transgressor. Degeneradas fazem orgia com símbolos sacros em via pública? Noticia-se o ocorrido como quem descreve um pôr do sol sobre a Lagoa, ou se fala em liberdade de manifestação e em tolerância. É a pretendida tolerância com o intolerável e com os intolerantes...
De fato, o período que estamos vivendo oferece oportunidades extraordinárias para observarmos o principal alinhamento de grandes meios de comunicação. Mesmo quando há diferenças importantes entre eles, sobressai um denominador comum que resiste à desilusão de muitos profissionais com as antigas convicções. Até os que delas se divorciaram antes de ficarem viúvos da esquerda participam da confraria que pode ser definida como a união de quase todos no repúdio às posições conservadoras. E essa intransigência, hoje, tem como alvo o candidato Bolsonaro, saco de pancadas da eleição presidencial. Dedicam-se a malhá-lo, haja ou não motivo para isso. Aliás, não precisaria motivo. O conservadorismo basta.
Tal atitude reforça a natural conduta dos demais candidatos. A posição de Bolsonaro nas pesquisas já seria motivo suficiente para todos o atacarem. Com a mídia comandando a artilharia contra o adversário comum, o que pudesse haver de conservadorismo em qualquer deles foi jogado no arquivo morto. “A mídia rejeita e está ajudando”, dirão. Objetivo alcançado: há um único representante dessa importante corrente de opinião indispensável para realinhar aspectos essenciais da vida nacional. Agora, basta abatê-lo e esperar, ali adiante, a colheita integral do “progressismo” plantado por ação ou omissão.



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o Totalitarismo; Cuba, a Tragédia da Utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.



sábado, 25 de agosto de 2018

NÃO FALO MAIS NADA


 
Bem mesmo fez um amigo meu, grande articulista e cronista. Tirou férias. Largou a caneta, não está batucando nas pretinhas, saiu fora, só volta depois das eleições e isso só depois do segundo turno. Ele tem lá suas razões pessoais, mas na geral a coisa está difícil. Não quero brigar com ninguém – até porque, acreditem, nenhum desses que nos disputam vale qualquer aborrecimento


Como vocês estão se virando nesse tempo estranho que estamos passando? Como têm mantido a paz com quem se relacionam? Tenho ficado bem quietinha aqui no meu canto. Redes sociais, leio tudo, tenho conhecidos e amigos do mais amplo espectro da política, que nunca fui de misturar opinião política e amizade por ser uma combinação explosiva.

Não opino. Mas leio. E nunca li tantas bobagens, conspirações, mentiras, argumentos vergonhosos, comentários vis, absurdos, como agora, vindo de todos os lados. Nem naquele tempo. Mas na época não tinha tantas redes sociais, tanto entrelaçamento. Nem tanto ódio entre as pessoas. Estávamos praticamente todos no mesmo campo de batalha.

Eu temia isso, e o que eu temia aconteceu. Outro dia sai e encontrei queridos amigos, verdadeiramente, pessoas que conheço das priscas eras quando também eu acreditei em certos líderes que queriam  mudar o país, melhorar as desigualdades, proteger os trabalhadores, que juravam ética e luta pelo bem-estar dos cidadãos num país rico, orgulhoso, em crescimento, e principalmente em sintonia com o mundo cada vez mais globalizado. O sonho. O Éden.

     (Só para esclarecer: participei da fundação do PT, de onde me mandei logo que os primeiros sinais de desvio apareceram e não demoraram muito, fui da Anistia, participei de movimento estudantil – enfim, minha ficha na vida e no DOPS é grande: sou do Bem! Mas não sou do A nem do B, e acho mesmo que não estamos com sorte para escolher dessa lista.)

Tudo ia correndo bem na conversa até que as quatro letrinhas apareceram: L-u-l-a. Do nada, ouvi pasma uma declaração romântica, apaixonada, cega, religiosa, de uma fé absurda, seja nele, seja aliás em qualquer outro ser humano, já que todos viemos ao mundo com fortes defeitos de fábrica. Meus olhos que já são grandes aumentaram. Minha boca secou. E agora? Minha opinião seria a última coisa que gostariam de ouvir naquele momento e de nada mudaria – só criaria uma tensão desnecessária. Se o povo não mudou até agora, após dois processos gigantescos e rumorosos, mensalão, lava Jato, julgado e rejulgado, listas de petistas presos ou em vias de, gravações, marcas de batom em malas, bolsinhas, cuecas e calcinhas não vou ser eu a reorientá-los, modestamente falando. Nem quero, não adiantaria mesmo.

Me fiz de morta, de Cleópatra, e sai andando, como se nada tivesse escutado. Feliz porque acho que consegui controlar as emoções do meu rosto, que transparecem com muita facilidade.

Mas descobri o que acontece: ficam tanto tempo caçando tucanos, essa espécie já tão démodé, que não veem que o inimigo – de todos, o pior, antiquado e inadequado, o mais perigoso, velho de ideias e ações, ventríloquo de milico – é o lado para o qual deviam ser apontadas todas as forças contrárias. Obrigação de todos nós, que estudamos; é um dever que temos.

Só que não quero magoar e perder amigos. Principalmente os que tendem para o lado esquerdo do coração; os que acham que o Bolsonaro é solução já não faço tanta questão de manter, se vierem para cima de mim – aliás, tenho tido de decepar uns e outros. Desculpem, mas a ignorância mata. Já matou e feriu muita gente minha.

Para terminar: eleições passam. Mas pelo menos em minha memória ficarão bem claras a índole e a lista dos que para se sentirem em cima da carne seca comemoram a morte de pessoas e empresas, jornalistas que atacam a... imprensa! especialmente porque nela não têm ou tiveram lugar, e os que fazem de conta que não estão ganhando nada para passar o dia inteirinho no bombardeio.




Marli Gonçalves - jornalista – Mais não falo. Mas estarei sempre pronta para me defender e aos meus.



Brasil, triste 2018



                                                     

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