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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Possíveis candidatos à presidência do Brasil apostam nos vídeos para impactar o público nas redes sociais



 Estudo da Socialbakers revela que 8 pré-candidatos foram responsáveis por mais de 14 milhões de interações no Facebook, ao longo do ano. 


A menos de um ano para as eleições de 2018, o movimento nas redes sociais dos possíveis candidatos à presidência começa a crescer, com destaque ao Facebook. Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT, registrou o maior volume de postagens no ano, um total de 365. O atual prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), por sua vez, teve 200 posts em sua página, volume semelhante ao deputado federal Jair Messias Bolsonaro (PSC-RJ) e ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Os dados fazem parte de levantamento realizado pela Socialbakers que acompanhou o desempenho de oito perfis de possíveis candidatos à presidência no Facebook de janeiro a novembro de 2017, a fim de avaliar a evolução de cada um. Para a análise comparativa, foram utilizados dados dos meses de outubro e novembro de 2017, que apresentam um retrato mais atual do desempenho de cada político. Os dados foram levantados dos perfis de João Doria (PSDB), Jair Messias Bolsonaro (PSC-RJ), Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio Neves (PSDB-MG), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Marina Silva (Rede).

Segundo o estudo, o vídeo foi o formato de publicação mais utilizado pelos políticos. Bolsonaro, com mais de 160 vídeos postados, e Doria com aproximadamente 150, foram os políticos que mais se apoiaram neste formato para impactar os usuários, sendo que o pré-candidato do PSC utilizou os vídeos para criticar ideias e veículos de mídia e divulgar o seu ponto de vista sobre assuntos ligados a ação da polícia e comunidade LGBT. Doria, por sua vez, se aproveitou deste formato para comunicar principalmente ações, discursos e aparições próprias. "Notamos que os políticos estão acompanhando uma tendência de mercado, que é a maior utilização de vídeos e lives na estratégia de comunicação. Atualmente, as fotos ainda representam cerca de 70% das postagens no Facebook, porém os vídeos têm apresentado, em média, maior relevância na rede e, consequentemente, maior alcance", destaca Alexandra Avelar, Country Manager da Socialbakers no Brasil.

Quando falamos em engajamento (vide gráfico), João Doria saiu na frente no início do ano - aproximadamente 8 milhões nos 3 primeiros meses, período no qual explorou principalmente suas ações como prefeito de SP -, mas após o mês de abril houve uma grande queda em suas interações, chegando a menos de 1 milhão em novembro. Já as interações de Lula e Bolsonaro variaram de acordo com a variação do volume de postagens, indicando públicos mais fieis e ativos durante todo o período. Bolsonaro apresentou o maior volume de engajamento por post, chegando a registrar 300 mil interações em apenas um de seus conteúdos, além de apresentar mais de 50% das interações entre todos os pré-candidatos analisados, o que pode ser explicado pela produção constante de conteúdo aliada à grande base de fãs do deputado.

A variação no número de fãs dos pré-candidatos foi grande principalmente para João Doria, que registrou um aumento de 588% de janeiro a novembro de 2017. Bolsonaro cresceu 35% e Lula registrou um aumento de 24% na quantidade de fãs principalmente durante o primeiro semestre do ano, enquanto o senador Aécio Neves (PSDB-MG) perdeu 6% dos seus fãs. Os demais políticos analisados não apresentaram variação significativa no número de fãs ao longo do ano. 

Ao todo, os oito pré-candidatos analisados fizeram 1.157 postagens que renderam 14 milhões de interações ao longo do ano, sendo 7,4 milhões somente de Bolsonaro, que também foi destaque em compartilhamentos, representando 20% de suas interações. O maior volume absoluto de comentários veio dos posts de Lula, um total de 871,5 mil comentários.

 





Cinco questões fundamentais para planejar a aposentadoria com decisões assertivas sobre investimentos, tempo de poupança e diversificação de ativos



1.  Ao optar por planejar a própria aposentadoria, quais aspectos devem ser levados em conta na hora de se planejar financeiramente? 

Em primeiro lugar, poupar desde cedo, consciente de que um plano de previdência privada é um produto de longo prazo, por exemplo. Em segundo lugar, considerar que a idade mínima estabelecida na reforma da previdência não será abaixo de 60 anos, provavelmente ficando em 65 anos. Como a aposentadoria oficial pagará cada vez menos, adquirir uma previdência privada é vital para que no futuro a pessoa tenha uma renda mensal digna, compatível para manter um bom padrão de vida.


 2.  O que deve ser avaliado ao montar uma carteira de investimentos com foco em uma aposentadoria tranquila, com qualidade de vida?

 Bem, aposentadoria tranquila e qualidade de vida são conceitos que sempre variam de pessoa para pessoa. Em termos gerais, é preciso considerar a idade do investidor, sua composição familiar, o numerário disponível para o investimento, o projeto de vida e a idade pretendida para passar a receber a aposentadoria. 


3.  Que itens precisam ser ponderados antes de optar pelo que vai compor a “ cesta” efetivamente?

No caso de investimentos em planos de previdência, por exemplo, é comum que o produto permita escolher como o patrimônio acumulado ao longo dos anos será transformado, se em renda temporária por um prazo determinado ou  em renda vitalícia. Sendo renda temporária, se o titular vier a falecer o beneficiário continuará recebendo a mesma renda até o final do período.



4. Além de poupar o mais cedo possível, é importante ter uma carteira de investimentos adequada a esse objetivo de longo prazo. Que aplicações podem compor o portfólio?
 
Recomenda-se que o portfólio de aplicações sempre seja  definido conforme o perfil: conservador, moderado ou agressivo, além, é claro, adequado à idade do poupador. Sendo conservador, avesso ao risco, a carteira de investimentos pode ter apenas 5% em renda variável, 40% no Tesouro Direto e 55% em um plano de previdência privada. O plano de previdência deve ter uma taxa de administração de no máximo 1,5%. Mas para este ou para qualquer outro tipo de recomendação é necessário que o poupador ouça ao menos 3 especialistas de mercado, sendo um deles, de preferência, o seu Corretor de Seguros.


5.  Qual a importância da diversificação de ativos para um planejamento de aposentadoria? 

É Fundamental! Hoje, com a redução da taxa Selic, a queda da inflação e as diversas opções de investimentos disponíveis, com amplo, total e irrestrito acesso a todo o tipo de público, é interessante o poupador se interessar por obter uma educação financeira. O mercado é muito competitivo, as possibilidades de comparação de produtos é ilimitada. O cliente precisa entender o conceito da compra de renda, as variações de rentabilidade, os riscos inerentes e as opções que ele poderá ter no futuro. Como Corretor de Seguros, entendo que o mais importante é não acreditar em verdades definitivas: não invista somente em um plano de previdência privada, ou somente no mercado de ações, ou somente no Tesouro Direto, ou somente em fundos imobiliários. Se informe, mas acima de tudo esteja consciente de que é necessário ter uma visão de longo prazo e começar a poupar o quanto mais cedo melhor. Em qualquer circunstância, para qualquer perfil de investimento recomenda-se também que se tenha uma reserva de emergência para o curto prazo, em um investimento de liquidez diária, que corresponda a pelo menos 6 meses da sua despesa mensal.





Grupo Nunes & Grossi




A revolução que mudaria o mundo criou uma pilha de cadáveres



Um século. Mais de 100 milhões de mortos pelo mundo afora em nome da Revolução que prometia mudar a face da Terra. Purgas sangrentas no país de origem, a Rússia, efetivadas sem dó pelos herdeiros bolcheviques do antigo império dos czares. Esperança de libertação que, à semelhança da Revolução Francesa, passou a se espalhar pelo mundo como estrela de esperança, mas que terminou, após 70 anos de domínio totalitário sobre a sociedade, desabando como castelo de cartas. Não foi disparado um tiro no grande movimento insurrecional que em 1989 percorreu o império soviético, dando fim a um modelo de poder unipessoal que pretendeu se tornar eterno. O império bolchevique morreu de dentro para fora.

Uma das notas dessa revolução foi a determinação inabalável dos seus líderes, notadamente de Lenin. "Temos diante de nós", frisava o líder dos bolcheviques em dezembro de 1900, no primeiro número do panfleto Faísca, "a força inimiga em toda a sua plenitude, atacando e eliminando os nossos melhores elementos. Nós devemos tomar este poder e nós o tomaremos". Foi exatamente o que aconteceu 17 anos depois.

Para Alexis de Tocqueville, a Revolução Francesa ficou marcada na memória da humanidade porque se apresentou como uma "revolução religiosa" que prometia mudar a natureza humana. Se tivesse assistido à Revolução de Outubro de 1917, Tocqueville aplicaria a esta as mesmas palavras com que se referiu ao caráter salvífico da Revolução Francesa. Ambas, afinal de contas, eram filhas da Religião Civil rousseauniana.

O império czarista, ao longo dos três séculos de duração da dinastia Románov, se revelou como uma grande máquina expansionista. Simon Sebag Montefiore, em Os Románov - 1613-1918, escreve: "Era difícil ser czar. A Rússia não é um país fácil de governar. Vinte soberanos da dinastia dos Romanov reinaram por 304 anos, de 1613 até a derrubada do regime czarista pela Revolução de 1917.

 Sua ascensão começou no reinado de Ivan, o Terrível, e terminou na época de Rasputin. (...). Estima-se que o Império Russo aumentou cerca de 140 quilômetros por dia depois que os Románov chegaram ao trono, em 1613, ou mais de 520 mil quilômetros quadrados por ano. No final do século 19, eles governavam um sexto da superfície da Terra - e continuavam em expansão. A construção de impérios estava no sangue dos Románov".

A Rússia, como lembrou Antônio Paim em A querela do estatismo, recebeu uma dupla herança do denominado "despotismo asiático": a proveniente de Bizâncio e a decorrente da dominação mongólica. Disso resulta uma circunstância que em geral se perde de vista: a concentração do poder total em mãos da burocracia czarista.

Os bolcheviques derrubaram o czarismo e o substituíram por um regime totalitário. Implantaram a "ditadura do proletariado", a fim de estabelecer o regime que redimiria todos das injustiças: o comunismo. Mas o que de fato ocorreu foi a implantação, pelos revolucionários sob a liderança de Lenin e Trotski, da ditadura do aparelho revolucionário sobre os proletários russos e sobre o resto da antiga sociedade czarista. Esse primeiro passo foi reforçado pela longa e sanguinolenta ditadura stalinista.

Marx não acreditava na implantação do socialismo pela via democrática das eleições e dos partidos ligados aos sindicatos. Enquanto na Alemanha e nos demais países da Europa apareciam formas variadas de social-democracia (e a maior contribuição nesse terreno foi dada, na Alemanha, por Edward Bernstein), firmava-se na União Soviética uma forma de totalitarismo e se consolidava, como frisou Milovan Djilas (citado também por Paim em Marxismo e descendência), o domínio totalitário de uma "nova classe", a dos burocratas do Partido Comunista ao redor dos seus líderes.

Lenin elaborou a proposta de passagem do autocratismo russo para o totalitarismo comunista. Stalin consolidou essa passagem, mediante a utilização da máquina do Estado para exterminar qualquer oposição e para converter a indústria russa numa espetacular máquina de guerra. O trabalho preliminar de Lenin consistiu em aplainar o caminho para a pregação do marxismo ao povo russo, traduzindo os conceitos complexos do hegelianismo em fórmulas práticas.

 O pai de Lenin tinha sido professor primário e conselheiro do czar para assuntos ligados aos camponeses. Quando saiu da longa prisão a que o governo czarista o condenou em Samara, Lenin assumiu as funções de pedagogo da revolução.

A doença da Revolução de 1917, como das demais revoluções comunistas do século 20, consistiu no primado do bem particular da Nomenklatura sobre o resto. Lenin deixou claro o tipo de república almejada pela Revolução, quando fixou duas coisas: em primeiro lugar, indicando qual seria o ideal institucional, definindo-o como "um poder não controlado por leis"; e, depois, ao descrever qual seria o processo revolucionário acalentado por ele, ao frisar que "uma revolução sem pelotão de fuzilamento de nada vale". Essas foram as duas colunas institucionais, nitidamente despóticas, que sustentaram a Revolução de Outubro.





Ricardo Vélez Rodríguez - docente da Universidade Positivo e da Facultade Arthur Thomas (Londrina).





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