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domingo, 1 de agosto de 2021

Com a chegada do inverno, conheça quatro dicas que podem ajudar a espantar o frio e praticar mais exercícios físicos

 Com temperaturas baixas e o frio, o inverno é uma das principais razões para a queda na prática de exercícios físicos; saiba como mudar isso

 

No dia 23 de julho, começaram as Olimpíadas de Tóquio, no Japão. E assistir a uma sequência de grandes esportes como basquete, ginástica artística, atletismo, vôlei, ciclismo e canoagem, dentre outros, pode ser um ótimo estímulo para incentivar a prática de esportes diariamente. 

 

Entretanto, enquanto o Japão está no auge da estação de verão, no Brasil, o inverno já chegou provocando mudanças nos hábitos com temperaturas bem mais baixas principalmente no Sul e Sudeste do País. E essa mudança de clima pode afetar a disposição de fazer exercícios físicos. 

 

Uma cama quente e a sensação de preguiça são os principais fatores que justificam essa diminuição na vontade de se exercitar. Mas vale lembrar que praticar exercícios físicos no inverno pode trazer muitos benefícios. Abaixo, o clínico geral Renan Conde Passos, do hospital HCGS dá dicas de como praticar exercícios físicos no inverno

 

    • Queime mais calorias: ao se exercitar em um clima frio, o corpo humano é obrigado a ajustar a temperatura corporal, para que as células aumentem o consumo energético e transforme em calor, para ficarmos aquecidos. Isso resultará em uma significativa perda calórica;

 

    • Melhore a saúde do seu coração: à medida que você pratica um exercício físico, o seu coração trabalha constantemente para bombear sangue suficiente para suportar o seu ritmo físico. Ou seja, uma ótima forma de manter seu coração ativo e saudável;

 

    • Sinta o bem-estar emocional e mental: praticar uma atividade física auxilia na produção e liberação dos chamados hormônios do “prazer”, tais como: dopamina, serotonina, endorfina e ocitocina. Essa união é capaz de proporcionar um bem-estar emocional e mental, tão importantes em um momento como o atual, de pandemia.

 

    • Durma melhor: um esporte praticado de forma regular e constante é capaz de proporcionar uma noite de sono bem dormida e ainda melhorar a qualidade de vida.

 

Vale destacar que, além das dicas acima, a prática de exercícios físicos no inverno é uma das melhores formas para fortalecer o sistema imunológico, pois a exposição ao frio pode balancear o número de leucócitos e granulócitos, responsáveis pelo funcionamento adequado do nosso sistema de defesa.

 

Se não for possível encarar o frio para se exercitar, não tem problema! Exercite-se dentro de casa, com o auxílio dos móveis – sofá, cadeira, dentre outros. “Uma das grandes vantagens de fazer exercícios físicos no frio é que temos uma rápida perda da temperatura corporal, o que obriga o nosso metabolismo a aumentar para que as células consumam mais energia e se transformem em calor para nos manter aquecidos, os treinar no inverno você usa essa vantagem do gasto calórico extra ao seu favor para reduzir a gordura corporal”, explica Renan. 

 

Por fim, lembre-se sempre de, durante os exercícios, manter-se aquecido com roupas adequadas e específicas para atividades ao ar livre, além do uso da máscara e, sempre, respirar pelo nariz. Isso previne contra a possível infecção pelo coronavírus (Covid-19) e evita o ressecamento das vias aéreas devido ao contato com ar mais frio. 

 


Hospital Casa de Saúde Guarujá

Como perder gordura ao invés de massa magra

  Você vive à base de dietas restritivas e a balança mostra uma boa perda de peso. No entanto, as gordurinhas continuam lá. Já pensou que você pode estar no caminho errado?  

“A gordura em excesso é prejudicial para o nosso corpo e realmente é preciso eliminá-la. Mas, o que ocorre, é que muitas pessoas acabam investindo em dietas que resultam mais na perda de água e massa muscular do que na gordura. Por isso, quando se fala em emagrecimento, deve-se considerar além do número na balança, também a composição corporal”, explica a Dra. Claudia Chang, pós-doutora em endocrinologia e metabologia pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

 

Por que não devo perder massa magra?

Nosso corpo precisa de massa magra (que são os músculos). Sua redução pode causar danos ao organismo, dentre eles, destaca-se a redução da taxa metabólica basal (energia gasta para se viver). Com essa redução há tendência para reganho de peso.

 

E como saber se estou perdendo gordura ou massa magra?

Não é difícil saber se você está eliminando massa magra ou adiposa. Veja algumas dicas:

 

Fique atento ao espelho

Essa é a primeira maneira de identificar como está perdendo peso. Perceba se você continua acumulando gordura em algumas partes do corpo, mesmo com a balança indicando quilos a menos. 

“Mas cuidado com o exagero para não ser acometido pelo famoso body checking, um comportamento perigoso de checagem excessiva e constante do corpo, com uma extrema preocupação com a aparência física, podendo se tornar um distúrbio relacionado à autoimagem. A ideia aqui é perceber sua transformação aos poucos, mas sem ficar se olhando no espelho de hora em hora”, alerta Claudia Chang.

 

Faça uso de uma fita métrica

Outra forma de identificar a perda de massa magra é com a ajuda de uma fita métrica. Meça a sua circunferência abdominal. Caso haja perda de peso e redução predominante na circunferência abdominal significa que está ocorrendo uma perda adequada de gordura. Caso haja perda de peso sem mudança no valor da circunferência, provavelmente deve estar ocorrendo maior perda de massa magra do que gordura, o que acaba sendo ruim.

 

Teste suas roupas

Suas peças podem mostrar o que a balança esconde. Analise o caimento delas no seu corpo, se as blusas estão mais apertadas na barriga e a calça não está fechando.

 

Métodos de avaliação de composição corporal

Existem exames que conseguem avaliar o quanto há de gordura e de massa magra (músculos). Dentre eles, a bioimpedância e a composição corporal por DEXA. “A análise regular desses exames durante o processo de perda de peso auxilia muito nos resultados”, diz a endocrinologista.

 

Consulte um especialista

“Nosso corpo tem uma capacidade muito maior para ganhar do que perder peso. Sem falar nos aspectos que dificultam ainda mais o emagrecimento, como avanço da idade, genética, problemas hormonais, sedentarismo, entre vários outros. Daí a importância de seguir um tratamento personalizado, que atenda às necessidades específicas de cada paciente”, finaliza Claudia Chang.

 

Como conseguir um bumbum na nuca e lisinho sem cirurgia ou malhação

Divulgação
Procedimentos estéticos não invasivos são alternativas para quem não quer enfrentar o bisturi. Associação de tratamentos garante resultado rápido e retorno às atividades rotineiras sem repouso

  

Ter o bumdum empinado e durinho é um desejo de muitas mulheres.  Contudo é possível que algumas ainda não tenham coragem de se arriscar às cirurgias. Por outro lado, a malhação pode exigir muito tempo e dedicação para se chegar ao objetivo. A boa notícia é que a tecnologia evoluiu e procedimentos estéticos não invasivos já são capazes de alcançar resultados tão bons quanto os da cirurgia, isso sem corte, dor, internação, dias de repouso e claro, sem os riscos que uma cirurgia com anestesia podem ter.

A pesquisa mais recente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), divulgada em 2016, mostrou que a procura por procedimentos estéticos não cirúrgicos aumentou 390%, em dois anos. Os números são sentidos no consultório da farmacêutica Mayara Camargo, que explica que é durante o inverno que as clientes começam a focar mais nessa parte do corpo.

Isso porque é agora que se começa a planejar as férias de verão e todas desejam exibir uma boa silhueta usando o biquíni.  “Pedidos para diminuir são raros, a maioria tem vontade de aumentar, modelar e definir o glúteo. A estética não invasiva tem tratamentos direcionados para melhora das disfunções para aquelas que têm o bumbum muito grande,  flacidez, celulite e até mesmo para aumentar o volume”, detalha Mayara, que comanda em Goiânia, a clínica Farmalaser Estética Avançada.  

O famoso bumbum na nuca faz a cabeça das clientes. “A mulherada fica realmente muito empolgada com a possibilidade de ter um glúteo torneado, durinho e sem celulite, sem ter que precisar ir para uma cirurgia. Depois das sessões, as únicas exigências são as massagens na região tratada e vida normal”, diz.

De acordo com Mayara, a idade das mulheres que buscam os procedimentos é de 22 a 55 anos. Entre os tratamentos disponíveis estão: corrente russa que auxilia no fortalecimento muscular tratamento de dentro para fora; A aplicação de bioestimuladores de colágeno tem grande poder em amenizar as celulites e uniformizar a pele, além  de ajudar no aumento do volume por ser um preenchedor; "Já os fios de PDO podem ajudar na sustentação dessa região para aquelas que já tem um certo volume e querem melhorar a flacidez”, completa ao ressaltar que a associação de um ou mais desses procedimentos, garante resultados mais eficientes.

Mayara fala também da carboxiterapia e ozonioterapia que agem na quebra de gordura que pode estar localizada em regiões próximas dos glúteos. Essas gorduras atrapalham na definição da região do bumbum e esses tratamentos quebram as gorduras.  “O mais importante é fazer uma avaliação rigorosa da paciente, alinhar as expectativas com tratamento e desenvolver  um plano de sessões que podem variar de 3 a 10 atendimentos de acordo com cada pessoa. A melhora pode ser notada a partir de  20 dias da primeira sessão”, explica. No ponto de vista da profissional é o corpo da mulher que  vai oferecer as possibilidades pois é preciso valorizar os traços naturais e respeitar a harmonia corporal, sem exageros.

 

Tônicos capilares: será que funcionam mesmo?

Tricologista explica sobre a eficácia dos tônicos capilares para tratar queda capilar


O tônico capilar, normalmente, é um produto de permanência, o que é isso? Diferentemente de um shampoo ou de um condicionador que você usa, deixe alguns minutos e enxágua depois, o tônico capilar é aquele que você vai aplicar no couro cabeludo e deixar agir por muitas horas para a ação plena dos seus componentes na região. Existe grande variedade no mercado, mas os tônicos têm uma característica em comum: eles são formulados para resolver problemas capilares, sejam como coadjuvantes para casos graves ou reverter desordens moderadas do couro cabeludo.

A explicação vem das colocações do médico e tricologista Dr Ademir Leite Junior. Ele complementa: “O uso dos tônicos capilares deveriam ser indicações de terapeutas capilares e tricologistas, sobretudo para cuidados com o couro cabeludo e queda capilar, pois um especialista conseguirá modular essas indicações respeitando a individualidade do paciente”.

Sejam eles industrializados ou manipulados, os tônicos capilares vão fazer um trabalho de fora pra dentro, entregando ingredientes para a pele do couro cabeludo, para que aquelas estruturas foliculares, as raízes do cabelo, possam receber estímulos específicos para melhor função capilar.


Para quem é indicado o uso de tônicos capilares

Por sua forma de apresentação, normalmente líquida e fluida, os tônicos auxiliam na entrega de componentes junto as estruturas mais profundas do couro cabeludo. Normalmente, os pacientes com quadro de queda capilar recebem a indicação de tônico, na intenção de melhor função de crescimento capilar.

Tricologista com mais de duas décadas de atuação, Dr Ademir Junior coleciona experiências de consultório onde um comportamento das pacientes costuma ser recorrente:

“É natural que pacientes, principalmente as mulheres, tenham uma certa resistência a esse tipo de produto porque nem todos os tônicos capilares têm na finalização de penteados ou mesmo na aparência dos cabelos pós aplicação a compatibilidade com a expectativa estética. Ás vezes os cabelos ficam duros, difíceis de pentear, sem brilho ou oleosos. É um efeito pós aplicação e que nada interfere na condição do fio, propriamente dito. O que afirmo para elas é que os tônicos, se estão sendo indicados para combater o problema, são essenciais”.

Solidário a esse tipo de reclamação, o especialista aconselha quem possa estar passando por isso: “Converse com o profissional que está cuidando de você para que avalie se ele não tem opções terapêuticas que possam ser mais cosméticas, se adequa e melhor ao seu penteado, a sua forma de cuidar dos cabelos sem deixar de ter o foco no da indicação do uso crônico capilar que é a melhora da saúde do couro cabeludo e a boa entrega de ingredientes pra raiz do cabelo pra fazer com que esse cabelo cresça de uma maneira saudável, de uma maneira bonita, com mais força e da forma como você quer”, completa.

Dr Ademir lamenta que algumas vezes esse inconveniente estético sabote a constância de tratamentos, mas ele reforça que isso não pode abalar a relação do profissional com o paciente, ao contrário. Por ser entusiasta de uma abordagem mais ampla na investigação, diagnóstico e indicações nos tratamentos, ele valoriza o ganho de confiança por parte do paciente na eficiência do produto, por isso, é sempre categórico quanto ao respeito a individualidade de cada paciente para que alinhem as expectativas durante o tratamento.

 


Fonte: Blog O Tricologista (http://otricologista.com/)

Podóloga ou pedicure? Entenda a diferença entre as profissões

Descubra tudo sobre a terapia responsável por aliviar as dores causadas por calos, unhas encravadas e que, entre as outros males, atingem essa área do corpo


São os pés que nos levam para todos os locais e nos sustentam ao longo dos dias, mas será que cuidamos adequadamente dessa parte do corpo? Para saber qual profissional recorrer em caso de problemas, é preciso, antes, entender a diferença entre as funções de cada um. Quando o assunto é saúde, quem responde é a podologia, ciência que, de forma geral, estuda os pés. A denominação refere-se aos cuidados e tratamentos relacionados a esses membros que, por meio de conhecimentos científicos e técnicos, desenvolvem uma terapia responsável por aliviar as tensões, dores, calos, unhas encravadas, entre outros males. 

Os podólogos são preparados para cuidar da saúde dos pés de forma profissional e possuem conhecimento específico para tratar doenças que atingem as unhas e os pés. “Diferente de pedicures, que focam na estética, o trabalho deste outro profissional é principalmente direcionado em saúde e bem-estar. Os profissionais podem auxiliar na identificação de causas de dores, orientando quanto aos melhores tratamentos e produtos corretivos e preventivos”, explica a podóloga Maria Lourdes Pinheiro, coordenadora técnica da Doctor Feet.

Para atuar como pedicure ou manicure, na maioria das vezes, são realizados cursos livres com duração de 60 a 160 horas, que capacitam para realizar tarefas como corte de unhas, polimento e esmaltagem. Há ainda cursos específicos para quem deseja criar desenhos e aplicar unhas de gel e acrílico. Já para o podólogo, é exigido o técnico em podologia, que dura aproximadamente dois anos e preenche uma lacuna no cuidado e tratamento dos pés, dando ênfase a um atendimento multidisciplinar da área da saúde. 

“O podólogo não substitui um tratamento avançado da área médica, mas o profissional é um auxiliar muito importante na identificação dos sintomas de patologias sérias dos pés nas áreas de ortopedia, dermatologia, angiologia, endocrinologia e outras”, afirma Maria Lourdes. Por isso, é muito comum que os podólogos indiquem médicos quando o problema pode precisar de intervenção medicamentosa ou cirúrgica. 

Os médicos, por sua vez, indicam podólogos para cuidar da saúde geral e dos pés. “Cuidando do bem-estar da população com foco na saúde, o podólogo é cada vez mais reconhecido, principalmente em tempos difíceis como o que estamos vivendo, com sobrecarga no sistema de saúde”, complementa Maria.  

 


Doctor Feet

 www.doctorfeet.com.br /

Instagram: @doctor_feet / Facebook: /doctorfeet.podologia


Cabelo branco é uma questão estética ou um problema de saúde?

Dermatologista Dra Adriana Vilarinho e Hair Stylist Luigi Moretto revelam tudo sobre os fios grisalhos


É natural que o relógio biológico começa a dar sinais quando a idade avança. E um dos primeiros são os temidos fios brancos. Na maioria das vezes, o aparecimento deles causa apenas uma preocupação estética, a qual tinturas, mechas e tonalizantes conseguem por um fim agregando ainda uma mudança estética muito agradável. Mas, quando o embranquecimento das madeixas ocorre de forma precoce, pode star atrelado a uma alteração genética ou, como consequência de alguma patologia.

"Cada pessoa tem um tempo e uma razão para que os fios brancos comecem a aparecer, mas, em geral isso acontece a partir dos 40 anos. Do ponto de vista médico, a coloração dos cabelos depende do pigmento chamado melanina", explica Luigi. São os melanócitos, as células que ficam localizadas na raiz do cabelo e são os responsáveis pela produção da melanina. Os cabelos brancos surgem quando envelhecemos, pois os melanócitos também envelhecem e começam a perder a capacidade de produzir esse pigmento.

O alerta é para que quem apresenta fios brancos antes dos 30 anos. Daí sim, isso pode portar um problema genético, que pode ser uma alteração no gene que é responsável por regular a produção de melanina.

"A etnia também pode ter ligação com os fios grisalhos. Os caucasianos costumam perceber por volta dos 30 anos, os asiáticos quase beirando os 40 e os afrodescendentes só após os 40", fala Luigi.

Entre as principais causas, a médica Dra. Adriana Vilarinho, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD) indicou algumas doenças que precisamos prestar atenção:

"O vitiligo, que é uma doença autoimune, caracteriza-se pela perda da coloração da pele e, em alguns casos, também dos cabelos. O albinismo, que é uma ausência congênita, total ou parcial, de pigmento da pele, cabelos e olhos também pode ter relação com os fios brancos e o
Piebaldismo
que é uma doença congênita em que o paciente apresenta uma mecha frontal de cabelos brancos associada a uma área acrômica triangular na testa completa a lista das doenças que trazem fios mais claros mais cedo", afirma.

Existem ainda diversos outros pontos, que não são doenças, mas que podem levar aos cabelos brancos. Um deles tem sido bem comum nos dias atuais: o estresse.

"Quando o corpo entra em estado de estresse, é natural que haja um aumento de radicais livres em todo o organismo, inclusive nos cabelos. Isso causa agressão às células que fazem a melanina e, como consequência, ocorre um aumento dos fios brancos", lembra a médica.

Luigi lembra ainda que a radiação ultravioleta, a poluição e até o tabagismo podem ajudar a acelerar o envelhecimento dos fios. E os cuidados com os cabelos brancos precisam ser ainda maiores já que possuem uma estrutura diferente, mais porosa, o que facilita a queda e deixa as madeixas mais quebradiças e frágeis.

"É muito importante que certos cuidados sejam tomados para garantir a saúde dos grisalhos. Quem tem cabelo branco geralmente se queixa que os fios vão ficando amarelados. Existem xampus próprios para cabelos grisalhos, pois tiram o amarelado do fio, sem esquecer da tão necessária hidratação e do uso correto dos condicionadores e máscaras capilares especificas para essas madeixas", fala o Hair Stylist.

Os dois especialistas concordam em um ponto importante: nenhum fio branco deve ser arrancado. Isso não ajuda a diminuir, pelo contrario. Só enfraquece a raiz do cabelo e pode gerar problemas no futuro. Para disfarçar os cabelos brancos
existem métodos individuais que salvam a questão estética e devolvem a auto estima.

"Quando a pessoa tem menos de 30% de cabelos brancos, só uns fiozinhos, pode usar um xampu tonalizante, que forma uma espécie de capinha no fio. O problema dele é que, quando você vai lavando o cabelo, a cor vai desbotando. Eles tendem a durar até 20 lavagens. Então, o ideal é que seja usado por quem não tem o hábito ou a necessidade de lavar o cabelo todo o dia. Também tem a tinta permanente, que pinta todo o cabelo até a raiz, recomendada para quem tem mais de 30% de fios brancos", fala Luigi que completa "No mais, eu diria para quem tem cabelo branco que faça procedimentos químicos com atenção de um profissional, já que a química pode ser mais danosa para esses fios mais frágeis".

 

O que significa e em que casos podem ser indicados os produtos "No poo e Low poo"

Antes de adotar a prática é fundamental buscar orientação com o médico dermatologista

 

Os termos “no poo e low poo” tornaram-se muito populares nos últimos tempos com cada vez mais adeptas a essas práticas. Com isso os cosméticos capilares utilizados para essa finalidade ganharam mais espaço nas prateleiras de farmácias e supermercados. Porém primeiro é importante entender a diferença entre "No poo" e "Low poo" já que esses termos, muitas vezes, são usados de forma equivocada.

As técnicas de cuidados com o cabelo chamadas de “No-poo” são aquelas que eliminam totalmente o xampú e os tensoativos da rotina de lavagem dos cabelos, ou seja a lavagem costuma ser apenas com água, vinagre de maçã e outros produtos considerados naturais ( tensoativos são agentes de limpeza e promotores de espuma). É uma técnica que se adequa bem aos cabelos cacheados e crespos.

Já a técnica de Low-poo é descrita na comunidade científica como o uso de xampus com tensoativos mais suaves, sem sulfato. Pessoas com cabelos ondulados e quimicamente tratados costumam se beneficiar bastante com esse tipo de técnica.

Para compreender melhor, a dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS, Daniela Gobbato, reforça que os xampus tem como função primordial a limpeza do couro cabeludo e dependendo do grau de oleosidade do couro cabeludo vamos dar preferência por xampus com um ou outro tensoativo em maior ou menor concentração. Há 3 tipos de tensoativos: aniônicos, que limpam muito, porém pela sua alta detergência, deixam os cabelos mais carregados negativamente e portanto com mais frizz e podem agredir o couro cabeludo e ressecar os fios, são representados pelos sulfatos; os anfotérios, sem sulfato, que promovem uma limpeza mais suave e agridem menos o couro cabeludo e os fios, um dos representantes desse grupo é a cocobetaína; e os não-ionicos , que limpam quase nada, sendo praticamente um condicionador e geralmente são usados nas técnicas de co-wash, que utilizam os condicionadores para a limpeza dos fios.

O alerta é para que antes de adotar a técnica, o médico dermatologista seja consultado. Essas práticas não são indicado para qualquer tipo de cabelo, podendo até piorar o estado geral dos fios.

“Hoje em dia a maioria dos xampus de marcas bem conceituadas costumam mesclar os três tipos de ativos, em maior ou menor concentração, conforme o tipo de necessidade do cabelo. É importante ressaltar que os processos químicos envolvidos na produção dos cosméticos capilares envolvem muito estudos e a indústria investe pesado nisso. Costumo indicar uma rotina de cuidados para os fios envolvendo no-poo ou low poo para cabelos mais ressecados, ondulados a crespos e quimicamente danificados. Importante também é alternar o uso com xampus regulares, pois o acúmulo de produtos que não são devidamente removidos pode se depositar nos fios e deixar os cabelos pesados, opacos e pegajosos, efeito conhecido como “Build up”, especialmente para quem utiliza a técnica de co-wash", explica.

 


Marcelo Matusiak


sábado, 31 de julho de 2021

Multas da LGPD entram em vigor e a mudança da cultura corporativa é o grande desafio das empresas

Política de proteção de dados precisa ser incorporada ao cotidiano empresarial para minimizar os prejuízos aos usuários


As multas e sanções previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) (Lei Federal n.º 13.709/2018) estão previstas para começar a serem aplicadas a partir do dia 1.º de agosto. No Brasil, o grande desafio ainda é mudar a cultura corporativa das empresas, que precisam incorporar a política de proteção de dados ao ambiente organizacional, visando não apenas evitar as punições, mas principalmente a proteção dos dados pessoais dos usuários.

O DPO (Data Protection Officer) e especialista em proteção de dados Mario Toews, diretor da Datalege Consultoria Empresarial, explica que a nova legislação já está vigente desde 18 de setembro de 2020. Porém, em função da pandemia de Covid-19, o Governo Federal optou por adiar o prazo das sanções e multas, permitindo que as empresas tivessem um pouco mais de tempo para fazer as adequações. “A lei já está vigente e permite que qualquer pessoa possa reivindicar o acesso aos seus dados. Por isso, a empresa precisa saber se posicionar e oferecer o tipo de suporte necessário ao usuário. No entanto, até agora as multas não estavam sendo aplicadas, mas, em muitos casos, as empresas já estavam sendo acionadas judicialmente”, comenta.

De acordo com Toews, falta às organizações a adoção de uma cultura de segurança da informação buscando incorporar essa estrutura à rotina dos colaboradores. “A LGPD já está provocando uma nova onda no mercado. A possibilidade de sanções e de multas às empresas vai alterar profundamente a percepção dos gestores e até mesmo dos cidadãos, que tomarão consciência dos seus direitos”, comenta.

Pela LGPD, as instituições públicas e privadas que coletam dados pessoais de clientes, fornecedores e colaboradores devem saber localizar esses dados, além de ter um canal de comunicação, permitindo e facilitando o acesso dos dados pessoais aos titulares. Ao impedir ou dificultar esse acesso, incorrerão em uma infração penal.


MULTAS

Pesquisas de mercado mostram que cerca de 80% das empresas ainda estão alheias à LGPD e a maioria está deixando para a última hora a implantação das medidas previstas na lei. As punições incluem desde advertências até multas que podem chegar a R$ 50 milhões por infração.

Na análise de Toews, hoje em dia ainda não é atribuído o devido valor aos dados pessoais, nem pelo próprio titular e nem pelas organizações, que consideram os dados sob uma ótica ainda bastante utilitarista, apenas como ativos necessários para promover seus produtos e serviços, deixando em segundo plano as questões relacionadas à privacidade dos titulares. “Essas empresas foram deixando a conformidade com a LGPD para depois. Agora, há pouco tempo para implementar as medidas necessárias”, analisa o especialista. Ele salienta que além de ser uma exigência do mercado interno, a adequação à nova lei também é fundamental para as empresas que atuam no mercado internacional, já que é uma das exigências de legislações vigentes em outros países, como é o caso da GDPR, a lei de proteção de dados da Comunidade Europeia.

 


Mario Toews - DPO (Data Protection Officer), especialista em Segurança da Informação, além de sócio e instrutor certificado da Datalege Consultoria Empresarial. Profissional com mais de 25 anos de experiência como gestor de TI de grandes empresas, nacionais e multinacionais, tem experiência na coordenação de projetos na área de Segurança de Informação, Proteção de Dados, Business Intelligence e Infraestrutura. Ministra cursos para profissionais interessados em obter a certificação internacional para a carreira de DPO/encarregado de dados, uma das exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

www.datalege.com.br


Pandemia acelerou e-commerce: no Brasil, aumento de faturamento foi de 72,2%

Empresas podem se adequar à tendência investindo em redes sociais e em profissionais e ferramentas de marketing digital

 

Uma pesquisa realizada pela Neotrust com dados de compra no e-commerce durante o primeiro trimestre de 2021, mostra que houve continuidade do crescimento das vendas online no Brasil: foram realizadas 78,5 milhões de compras online nos três primeiros meses do ano; um aumento de 57,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. 

Essa quantidade de compras, segundo a pesquisa, resultou em um faturamento de R$ 35,2 bilhões para o e-commerce de janeiro a março de 2021. Aumento de 72,2% em comparação com 2020. O principal motivo deste crescimento foi o agravamento da pandemia do coronavírus no Brasil, resultando em uma nova onda de fechamento e redução de circulação no comércio, em diversos estados. 

Com tudo isso, o consumidor tem investido mais nas compras online: aumento de 9,4% no valor do ticket médio em comparação ao mesmo período de 2020. Para o diretor de marketing da MyPharma de Cascavel, startup que auxilia farmácias nas vendas e-commerce com ferramenta especializada para loja virtual, Carlos Henrique Soccol, a pandemia apenas adiantou uma tendência de crescimento de vendas online, que deve se solidificar ainda mais. “O ser humano, quando confrontado com situações em que precisa de alternativas, sempre se adapta. E se a adaptação se provar um hábito mais cômodo e prático que o hábito antigo, dificilmente a população volta atrás”, afirma. 

Segundo ele, as empresas podem se adequar a essa tendência estudando sobre mídias sociais e investindo em um profissional de marketing digital. “Hoje, existem diversos cursos em sites como Udemy, por exemplo. Ter um profissional de marketing digital e tráfego é indispensável, também, hoje em dia, para negócios que queiram verdadeiramente crescer”, ressalta. 

O uso de ferramentas que auxiliam na venda online nos mais diversos setores, e principalmente no de farmácia, é importante para que essa comercialização seja feita de forma segura. “No setor farma, por exemplo, o e-commerce foi um boom, auxiliou nas vendas e, mesmo com a pandemia caminhando para o final, o volume de farmácias que se adequam às lojas virtuais só aumenta, considerando o conforto que as pessoas buscam para comprar, sem sair de casa”, conclui.

 

Dois ouvidos, uma boca: a proporção física que também serve de medida para a comunicação


 

Escuta consciente é uma técnica estudada pela psicologia
Estudos da Gong e da Salesforce apontam que valorizar a audição em detrimento da fala ajuda melhorar as vendas e a performance dos colaboradores; Juliana Algodoal, professora PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho, aponta dicas de como aprimorar a escuta


"Ouvir mais e falar menos": eis um conselho que já não é mais amparado apenas na sabedoria popular. Estudos mostram que valorizar a escuta ajuda nas vendas e também melhora o desempenho do RH das empresas.

Um relatório da Gong (aplicativo de inteligência artificial que analisa interações entre vendedores e clientes do mundo inteiro) aponta que os melhores vendedores falam 46% do tempo e ouvem 54%. Os piores, entretanto, falam 72% do tempo e só ouvem 28%. Os dados são de 2017.

No âmbito corporativo, números de uma pesquisa da Salesforce, de 2019, indicam que colaboradores que se sentem ouvidos têm 4,6 vezes mais chances de se mostrarem capacitados a realizar melhor um trabalho.

Para a especialista em comunicação corporativa, Juliana Algodoal, esses dados reforçam a importância do exercício da 'escuta consciente', uma técnica amplamente desenvolvida pela psicologia, que visa melhorar a comunicação interpessoal e consequentemente, as relações sociais.

"A escuta consciente busca assegurar um diálogo eficiente, em que o ouvinte é capaz de realmente interpretar e assimilar todo o conteúdo que é expresso pelo interlocutor, sem julgar e tentando compreender o ponto de vista do outro. Isso é fundamental em qualquer relação, seja pessoal ou profissional, pois gera confiança, desenvolve a empatia e aumenta o sentimento de segurança".


Efeitos da pandemia

Durante o distanciamento social, a escuta consciente ganhou ainda mais relevância. "A partir do momento que todas as interações passaram a ser virtuais, foi necessário ajustar nossos sentidos para garantir uma comunicação mais assertiva. A escuta, sem dúvida, foi o mais desafiador, pois exigiu de todos nós uma concentração redobrada".

Para quem deseja aprimorar a escuta consciente e mais ativa, Juliana Algodoal destaca algumas técnicas:


1. Tenha foco. Concentração ajuda absorver melhor o conteúdo da conversa. Por isso, evite o uso de celular, redes sociais, e-mails, conversas paralelas e telefonemas. O interesse expresso otimiza o relacionamento e reforça a conexão, especialmente no meio virtual.


2. Não seja seletivo. Ao ouvir o que o outro tem a dizer, não é legal prestar atenção apenas no assunto que lhe interessa e ignorar (ou demonstrar menos atenção) a outros temas que forem abordados. Trata-se de um comportamento muito perceptível ao interlocutor e que denota falta de empatia.


3. Dê tempo ao interlocutor. Deixe que a pessoa que conversa você tenha o tempo necessário para que apresente as informações e finalize o raciocínio. Evite interromper ou mesmo concluir pensamentos. Procure sempre deixar o diálogo fluir, exercitando a audição, sobretudo. Se for o caso defina previamente o tempo para que a conversa ocorra dentro do tempo predeterminado.


4. Atenção com as visões/opiniões. Uma comunicação assertiva requer habilidade para permitir que visões pessoais diferentes construam um ambiente produtivo em termos de comunicação. É fundamental saber lidar com perspectivas e opiniões diferentes das nossas.


5. Esclareça, evite ruídos. É importante ouvir o interlocutor, mas também é fundamental ter a certeza de que a mensagem realmente foi entregue e assimilada corretamente. Portanto, pergunte sempre que precisar de clareza. Ser consultivo gera confiança, desenvolve a empatia e aumenta o sentimento de segurança.


6. Mantenha o contato visual. O olhar ao interlocutor, a postura corporal distendida e relaxada ajudam a demonstrar interesse pelo que é dito.


7. Teste o fone. Nas conversas virtuais, o uso de fones de ouvido ajuda bastante a evitar as distrações. Sem dúvida é uma ótima ferramenta para o exercício da escuta consciente.

 


Juliana Algodoal - Considerada uma das maiores especialistas em Comunicação Corporativa do país, Juliana Algodoal é PhD em Análise do Discurso em Situação de Trabalho - Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem e fundadora da empresa Linguagem Direta*. Acumula mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento de projetos que buscam aprimorar a interlocução no ambiente empresarial - tendo como clientes grandes companhias, como Novartis, Pfizer, Aché, Itaú, Citibank, Unimed, SKY, Samsung, Souza Cruz, dentre outras. Também é presidente do conselho administrativo Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.


Esporte é mesmo sinônimo de saúde?

Rompimentos, torções, sobrecargas, distensões. A carreira de um atleta de alto rendimento costuma ter muitos desses substantivos dolorosos. Em busca de superar limites, esses seres humanos quase deuses, muitas vezes não conseguem evitar que as lesões assombrem seus sonhos dourados. O estresse não é apenas físico, mas também emocional. Quando Simone Biles, considerada por muitos a maior ginasta de todos os tempos, desiste de competir em nome de sua saúde mental, é porque seu corpo jovem já ultrapassou há muito a tênue linha que divide as conquistas dos traumas. E a norte-americana é apenas o exemplo mais recente que prova: o esporte nem sempre é sinônimo de saúde.

Ao longo dos séculos, a humanidade vem organizando a atividade física, necessária para a manutenção do bem-estar, sob diferentes regras, padrões e metodologias. A esse conjunto de normas dá-se o nome de esporte. Enquanto cabeça, tronco e membros se movimentam, o gasto calórico causa transformações no organismo humano. Mexer-se é desenvolver uma melhor condição cardiorrespiratória, potencializar o metabolismo, fortalecer a musculatura e a estrutura óssea, estimular o sistema hormonal. Tudo isso é muito bem-vindo e promove a saúde física e mental. No entanto, no caso de esportistas profissionais, o objetivo é outro.

Ser o primeiro é a finalidade primordial para quem tem o esporte como profissão. Afinal, como em qualquer profissão, entregar bons resultados é o que traz reconhecimento. A rotina de atletas de alto rendimento tem mais a ver com performance do que com saúde. E, para atingir as ambiciosas metas estabelecidas, muitas vezes os quesitos da saúde são extrapolados. Ganhar medalhas, vencer torneios e campeonatos e manter-se no topo de rankings são resultados almejados por qualquer atleta profissional. Embora gerem melhorias para o organismo, esses propósitos aumentam o risco de sofrer lesões.

A dor é uma constante na vida de quem deseja ir além do que outros já foram. Atletas de alto rendimento treinam muitas vezes na semana, durante horas seguidas, impondo a seus corpos cargas muito intensas. O overtraining pode causar lesões que comprometem carreiras para sempre e, para evitar um impacto demasiado grande em músculos, articulações, ossos e tendões, uma equipe complexa de profissionais orienta e monitora os movimentos. Fisioterapeutas se somam a educadores físicos, que, por sua vez, trabalham em sintonia com nutricionistas, que acompanham toda uma horda de psicólogos e médicos de várias especialidades. A ciência contemporânea é capaz de prevenir grande parte dos problemas que, há poucos anos, atormentavam os atletas. Mesmo assim, há um limite que não pode ser ultrapassado. E, às vezes, é exatamente ali que está a pequena lacuna que impede alguém de se tornar um campeão.

Fernando Pessoa dizia o que muitos esportistas aplicam sem notar: “Quem quer passar além do Bojador / tem que passar além da dor”. É aí que mora o risco. Não importa quanto acompanhamento se tem, o excesso é sempre muito perigoso - e pode até mesmo levar à morte ou a sequelas irreversíveis. Na última edição da Eurocopa, o jogador da Dinamarca Christian Eriksen teve uma parada cardíaca em campo. Mesmo sendo a grande estrela da seleção de seu país e da Inter de Milão, constantemente avaliado por toda uma estrutura médica e profissional, ninguém conseguiu prever o que estava para acontecer naquele dia. O nível que se exige hoje nos esportes de alto rendimento é muito alto e, muitas vezes, a intensidade dos treinamentos é superior à capacidade do atleta.

E não importa se o drama é físico, como o do dinamarquês, ou psicológico, como o de Biles. Os problemas causados por ir além dos próprios limites são igualmente graves. É um sprint, um arranque, um levantamento, ou uma puxada em um momento decisivo, que pode trazer consequências com as quais será necessário conviver por muito tempo. Para que o esporte seja igual a saúde, é preciso respeitar o corpo como se respeitam as regras de cada competição.



Zair Candido de Oliveira Netto - doutor em Ciências da Saúde e coordenador do curso de Educação Física da Universidade Positivo.


O Instituto Lado a Lado pela Vida adverte: 20% dos casos de câncer de pulmão acometem não fumantes

Apesar do tabagismo ser o principal fator de risco, quem não fuma também deve estar atento aos sinais, alerta a campanha do Instituto LAL, a Respire Agosto

 

Atrás apenas do câncer de pele não melanoma, o câncer de pulmão é o segundo tipo de carcinoma mais comum no Brasil. O tabagismo é apontado como o principal fator de risco, mas é preciso que todos estejam atentos aos sinais, pois pouco se fala, mas cerca de 20% dos diagnósticos desse tipo de câncer são em indivíduos não fumantes, alerta Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL). O oitavo mês do ano é voltado para a conscientização sobre câncer de pulmão e a campanha “Respire Agosto”, uma realização do LAL, foi criada para chamar a atenção para esse tipo de tumor, cuja incidência global pode chegar a 2,09 milhões de novos casos por ano, sendo o câncer que mais mata no mundo, com 1,76 milhão de óbitos. Acompanhe a programação no Instagram ou no site do instituto. 

Neste ano, a campanha, que tem o apoio do laboratório AstraZeneca, se inicia no dia 1º de agosto, Dia Mundial do Combate ao Câncer de Pulmão, e terá como slogan “Fôlego para a Vida”, ressaltando a importância da saúde dos pulmões para realizar atividades diárias como trabalhar e caminhar. Serão produzidos diversos conteúdos ao longo do mês, como podcast, entrevistas, banners, cartazes, lives e vídeos para engajar a população e fazer os importantes alertas sobre a doença. Marlene explica que a ideia é contribuir para a conscientização das pessoas sobre a importância de conhecerem a doença, seguir as recomendações de prevenção e chamar a atenção de que ela também pode se desenvolver em quem não é fumante ou fumante passivo. “Vamos lembrar as pessoas que respirar bem é fundamental para termos uma vida plena. 

A exposição passiva ao tabaco, doenças pulmonares, histórico familiar de câncer de pulmão e avanço da idade são alguns dos fatores que devem ter a atenção também dos não fumantes. Além disso, exposição recorrente a altos níveis de poluição do ar, gás radônio e amianto encontrado em locais de atividades de mineração também são considerados fatores de risco da doença. “Hoje, os consultórios médicos já registram índices próximos a 20% dos novos casos de câncer de pulmão em pacientes que nunca fumaram. Isso reforça a necessidade do diagnóstico precoce e do conhecimento específico da doença, para elevar o potencial de cura" reforça o Dr. Igor Morbeck, oncologista e membro do comitê científico do LAL. 

De acordo com o INCA, apenas 16% dos cânceres de pulmão são diagnosticados em estágio inicial (câncer localizado), para o qual a taxa de sobrevida de cinco anos é de 56%. É importante ter consciência do corpo e procurar atendimento na rede pública ou privada de saúde se algo sair do comum, alerta a presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira. "É preciso enxergar a importância de criarmos um vínculo com a nossa saúde para que o diagnóstico de doenças como o câncer de pulmão ocorra no início e, assim, possamos mudar o curso da história a favor da vida", destaca. O aumento do número de diagnósticos precoce pode diminuir o número de mortes e contribuir para a qualidade de vida do paciente que enfrenta a doença. A detecção do câncer de pulmão pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. 

Durante a pandemia de Covid-19, a progressão do câncer é três vezes mais rápida. Para se ter uma ideia, só no serviço privado, o diagnóstico precoce de câncer de pulmão geraria economia de R$3,42 bi/ano, o que equivale a R$1.122/minuto, segundo pesquisa do instituto IQVIA em parceria com o LAL. “A falta de diagnóstico precoce já era um problema antes da pandemia. Precisamos enfatizar a importância de manter as consultas em dia, mesmo durante o distanciamento social, porque a interrupção do tratamento faz o tumor evoluir de forma mais veloz de um estágio para o outro”, afirma Marlene.

 

Sintomas

Tosse persistente ou com sangue, falta de ar, dor no peito, rouquidão, fadiga, perda de peso, perda de apetite, pneumonia recorrente ou bronquite, sentir-se cansado ou fraco e, nos fumantes, ritmo habitual da tosse alterado com crises em horários incomuns são sinais para de atenção.

 


Instituto Lado a Lado Pela Vida (LAL)  


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