Pesquisar no Blog

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

6 receitas saudáveis com abóbora para celebrar o Halloween em casa


Gostosuras ou travessuras? O Dia das Bruxas, celebrado no próximo sábado, 31 de outubro, é conhecido por ser uma data em que as pessoas se divertem com decorações, brincadeiras, fantasias e várias receitas. Mesmo que não seja ainda tão propagada no Brasil, essa comemoração - tradicional nos Estados Unidos e com origem na Europa - vem ganhando força por aqui nos últimos anos. Um dos destaques do Halloween é a abóbora, que pode aparecer em decorações ou em receitas especiais. Com 90% de sua composição sendo água, alto teor de fibras e baixo teor calórico, a abóbora mantém a saciedade por mais tempo e diminui a sensação de fome entre as refeições. Segundo David Wiener, especialista em nutrição do Freeletics, aplicativo líder em exercícios físicos e estilo de vida com uso de inteligência artificial, a abóbora é uma das melhores fontes de beta-caroteno, importante antioxidante que protege contra asma e doenças cardíacas.  “A abóbora contém mais nutrientes e vitaminas do que podemos imaginar, trazendo benefícios para nossa saúde e nossos treinos de muitas maneiras. Além disso, rica em vitamina C, a abóbora diminui as chances de um temido resfriado”, destaca. Pensando nisso, o especialista do Freeletics listou seis receitas saudáveis com abóbora para celebrar o Halloween em casa e aproveitar ao máximo os benefícios desse superalimento. 

 

1) Muesli de abóbora apimentada

 

Ingredientes:

2 porções

 

·  150g de abóbora

·  20g de sementes de linhaça moídas

·  50g de sementes de soja ou flocos de soja (sem sal)

·  20g de avelãs picadas

·  100ml de leite de amêndoa (não açucarado)

·  1 pitada de noz-moscada ralada

·  1 pedaço de canela em pó

·  1 pitada de gengibre em pó

 

 

Modo de preparo:

 

1.   Ferva água em uma pequena panela;

2.   Corte a abóbora em cubos e cozinhe por cerca de 15 minutos;

3.   Drene a abóbora e amasse-a com um garfo, enquanto mistura o leite de amêndoas e as especiarias;

4.   Acrescente os outros ingredientes e deixe descansar durante a noite.

 

 

2) Abóbora assada com molho de ricota

 


 

Ingredientes:

2 porções

 

·  400g de abóbora

·  10g de gengibre ralado

·  1 dente de alho picado

·  1 colher de chá de azeite

·  250g de ricota com baixo teor de gordura

·  1 colher de sopa de manteiga de caju natural

·  1/2 colher de sopa de canela em pó

·  1/2 colher de sopa de flocos de pimenta

 


Modo de preparo:

 

1.   Pré-aqueça o forno a 180 °C. Cubra uma assadeira com papel alumínio;

2.   Descasque a abóbora, corte-a em fatias com aproximadamente 2 cm. Misture com o óleo de côco, gengibre ralado, alho picado, flocos de canela e pimenta em uma tigela grande. Tempere com sal e pimenta à gosto;

3.   Coloque as fatias de abóbora na forma e asse na grade do meio por cerca de 30 minutos;

4.   Misture a ricota com suco de limão ou limão siciliano e com a manteiga de castanha de cajú e mergulhe as fatias de abóbora.

 


3) Abóbora cozida com couve e pedaços de pão 



 

Ingredientes:

2 porções

 

·  200g de abóbora

·  100g couve

·  80g de queijo de cabra

·  1/4 de romã

·  ½ fatia de pão integral

·  10g de avelãs

·  1/2 limão (suco)

·  1/2 colher de chá de mel ou de xarope de bordo

·  1/2 colher de chá de mostarda Dijon

·  1 colher de chá de óleo de avelã

 

 


Modo de preparo:

 

1.   Pré-aqueça o forno a 180 °C. Cubra uma assadeira com papel alumínio;

2.   Fatie o pão e a abóbora em pedaços de aproximadamente 1 cm. Misture ambos na tigela com metade do óleo de avelã e uma pitada de sal. Leve ao forno e asse na grade do meio por cerca de 25 minutos até dourar;

3.   Aqueça uma panela. Torre as avelãs por cerca de 4 minutos em fogo médio;

4.   Corte a romã na porção necessária, segure sobre uma tigela e aperte suavemente até que as sementes saiam. Remova a pele branca;

5.   Misture o óleo restante, o suco de limão, o mel/xarope de bordo e a mostarda para criar o molho. Tempere com flocos de pimenta, sal e pimenta à gosto.

6.   Triture o queijo de cabra e a couve e, em seguida, misture com os outros ingredientes.

 


 

4) Abóboras picantes de massa marzipan



Ingredientes:

Rende de 12 - 15 abóboras

 

 

● 200g (2 xícaras) de farinha de amêndoas

● 100g (½ xícara) de purê de abóbora, sem açúcar

● 50 ml (¼ xícara) de xarope de bordo

● ½ colher de chá de canela em pó

● ¼ colher de chá de cravo-da-índia moído

● ¼ colher de chá de noz moscada

● 12 - 15 cravos-da-índia com o talo

 

Modo de preparo:

1.   Combine todos os ingredientes em uma tigela e misture bem. Com as mãos, amasse a mistura por vários minutos até obter uma massa suave de marzipan;

2.   Retire uma colher de sopa de marzipan e faça uma bolinha com as mãos. Usando uma faca afiada, faça 6 cortes rasos, na vertical, nas laterais. Suavize as bordas para deixar o topo igual ao da abóbora. Coloque um cravo-da-índia no topo como se fosse o caule. Repita com o restante da massa marzipan.




5) Grão-de-bico com abóbora ao curry

 


Ingredientes:

·  250g de abóbora 

·  100g de grão-de-bico cozidos

·  100g de tomates picados 

·  200ml leite de côco com baixo teor de gordura

·  10g de gengibre picado

·  1/2 colher de chá de curry em pó

·  1 pitada de chili

·  1/4 de um punhado de coentro fresco

 

Modo de preparo:

1.   Descasque e corte a abóbora em cubos de aproximadamente 1 cm;

2.   Aqueça os tomates picados e o leite de côco em uma panela. Adicione a abóbora, o grão-de-bico, o gengibre e o curry e deixe ferver. Em seguida, baixe o fogo e cozinhe por cerca de 30 minutos, mexendo de vez em quando;

3.   Sirva polvilhado com coentro picado.

 

 


6) Tigela de abóbora com banana e avelãs



Ingredientes:

2 porções

Para a tigela:

 

·  1 abóbora grande

·  1 colher de sopa de óleo de côco

Para o recheio:

·  3 colheres de sopa bem cheias de iogurte de soja

·  1 banana grande

·  2 colheres de manteiga de avelã

·  1 punhado de avelãs

·  2 colheres de sopa bem cheias de sementes de cânhamo

·  3 colheres de sopa bem cheias de flocos de côco

·  1 pitada de canela

·  Mel

 

Modo de preparo:

1.   Pré-aqueça o forno a 180 °C;

2.   Cubra a assadeira com papel alumínio;

3.   Lave abóbora, corte-a ao meio e remova as sementes, deixando-a igual a uma tigela;

4.   Regue com óleo de côco e coloque na bandeja de assar por 30-40 minutos, ou até que o miolo esteja macio;

5.   Enquanto a abóbora estiver no forno, corte as avelãs e torre em uma panela por 10 minutos, ou até que elas fiquem douradas, junto com as sementes de cânhamo e os flocos de côco;

6.   Tire a abóbora do forno e recheie com os ingredientes, como se fosse sua tigela usual de café da manhã – coloque as colheres de iogurte de soja, adicione a banana picada, cubra com manteiga de avelã e mel e complete com as avelãs, sementes de cânhamo e flocos de côco torrados.

 

 


Freeletics

 www.freeletics.com

Para baixar gratuitamente o aplicativo Freeletics, visite a App Store ou a Google Play Store.


Os clássicos para o Halloween

 Quer passar o Halloween lendo ou revisitando os clássicos? O escritor romancista AT Sergio, que tem uma predileção pelos temas de terror e ficção, fala um pouco sobre os autores que considera indispensáveis para quem quer conhecer o tema a fundo.


Semana de Halloween e o que você pode fazer? Revisitar os clássicos do horror, claro! Quem não conhece ainda Bram Stocker, Mary Shelley ou Edgar Allan Poe precisa aproveitar a oportunidade. AT Sergio, escritor romancista com predileção pelas histórias de horror e ficção ajuda a escolher os clássicos. E, de quebra, dá sua opinião pessoal sobre alguns dos escritores mais famosos de todos os tempos. Confira:


Abraham "Bram" Stoker – nascido em Dublin, o escritor conhecido como Bram Stocker foi o criador de uma das obras mais famosas de todos os tempos, lançada em 1897. Drácula tornou-se a mais famosa obra sobre vampiros da história da literatura. Antes de escrever seu clássico, o escritor passou anos imerso em pesquisas sobre folclore, mitologia e, por isso, suas histórias são carregadas de detalhes e simbologias. “Nem todo mundo gosta de Bram Stocker, já que sua escrita não é do tipo dinâmica. Mas não podemos negar que ele é essencial para quem ama ou quer conhecer terror. Eu diria que Bram Stocker, especialmente Drácula, é necessário”.


Mary Wollstonecraft Shelley – A escritora londrina é, nada mais nada menos, do que a criadora de outro personagem clássico do terror, Frankenstein. Além de autora, também teve suas incursões pelo teatro, pelas biografias e até mesmo pela literatura de viagens, pasmem. Mas seu romance gótico Frankenstein: ou O Moderno Prometeu, de 1818, é considerada a primeira obra de ficção científica da história e, além disso, ainda ajudou a lançar um novo modelo de história de horror, que mistura o romantismo, também! “Mary é mais dinâmica que Bram, e seu monstro é uma criação essencial na literatura de terror. Eu diria até que a parte de drama da história de Frankeinstein é referência para a literatura de entretenimento até hoje. Um monstro com coração”, lembra AT.


Clive Barker – quem não conhece Hellraiser e Pinhead? Sim, Clive Barker, um artista inglês multifacetado (dramaturgo , romancista , diretor de cinema e artista visual) teve seu primeiro sucesso com a série de contos Os Livros de Sangue, na década de 1980. É do tipo que gosta de fazer tudo, inclusive ilustrar os próprios livros e, talvez esse seja o maior motivo por eles ganharem notoriedade tão visual. Para AT, Clive é o “cara do sangue, da ação, de nos tirar no chão! É um mestre na arte de descrever cenas com vísceras e muita crueldade com os personagens e com o leitor. Fundamental para quem escreve e gosta do gore”.


P. Lovecraft, escritor americano que, segundo muitos autores, revolucionou o gênero de terror, atribuindo-lhe elementos fantásticos típicos dos gêneros de fantasia e ficção científica. “Não sou dos seus maiores fãs, mas não posso negar a importância de suas histórias para o desenvolvimento do terror cósmico, fora da caixa total. Sua escrita não é nada dinâmica, mas precisa estar na lista dos que merecem ser lidos e apreciados”, revela AT Sergio. O próprio Lovecraft chamava seu princípio literário de "Cosmicismo" ou "Horror Cósmico", pelo qual a vida é incompreensível ao ser humano e o universo é infinitamente hostil aos seus interesses.


Edgar Allan Poe, autor poeta, editor e crítico literário, integrante do movimento romântico – sim! Foi um dos primeiros escritores norte-americanos de contos e é, geralmente, considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Foi um influenciador da literatura ao redor do mundo, e suas obras mais conhecidas são góticas, um gênero que ele seguiu para satisfazer o gosto do público. Para AT Sergio, um mestre: “sua escrita abriu as portas para o policial, o terror, com pitadas de drama na dose certa. Ele escreve com a alma e nos faz mergulhar em suas histórias a ponto de nos fazer sofrer com cada cena, cada sentimento dos personagens”.


F. Lucchetti, conhecido como o "Papa da Pulp fiction" no Brasil, é paulistano de Santa Rita do Passa Quatro, e trabalhou como ficcionista, desenhista, articulista e roteirista de filmes, histórias em quadrinhos e fotonovelas. São 1547 títulos publicados, 300 quadrinhos assinados, mais de 25 roteiros de filmes, três programas de televisão, centenas de artigos divulgados em revistas e jornais, e produções para rádio. “Lucchetti é um mestre do pulp nacional, com seus personagens cheios de sensações e descrições perfeitas de cenas de ação e suspense. Ele sabe envolver, mesmo usando às vezes uma linguagem mais afastada do que hoje usamos como usual. Não há literatura pulp/terror/horror no Brasil se não citarmos ou considerarmos o mestre Lucchetti”, finaliza AT.



 

A.T. Sergio - escritor pernambucano, romancista, organizador e participante de antologias nos gêneros terror, suspense, mistério e policial, publicado por diversas editoras nacionais e através da plataforma independente da Amazon. Autor Hardcover, plataforma de aperfeiçoamento da escrita desenvolvida pela Vivendo de Inventar, depois de publicar contos em mais de 25 antologias, estreia em romances com essa publicação, “Eles”, após ter sido finalista no prêmio SweekStars, edição 2018. Redator da revista eletrônica “A Arte do Terror”, é também colunista do portal literário “Literanima”, onde publica textos periódicos sobre criatividade e forma de escrita.

 

Bloqueio da inflamação induzida por peçonha de escorpião precisa ser imediato, diz estudo

 

 Em artigo publicado na Nature Communications, pesquisadores da USP demonstram, pela primeira vez, que em casos severos de escorpionismo é a reação neuroimune provocada pela peçonha que leva à morte (foto: Wikimedia Commons)


O escorpião (Tityus serrulatus) é o animal peçonhento que mais mata no Brasil. Uma ferroada pode ser fatal e provocar ataque cardíaco e edema pulmonar, sobretudo em idosos e crianças. De acordo com o Ministério da Saúde, só em 2019, foram mais de 156 mil casos de envenenamento por escorpião registrados no país, levando 169 pessoas à morte.

Pesquisadores da Universidade de São Paulo demonstraram, pela primeira vez, que nos casos severos de escorpionismo ocorre uma reação neuroimune sistêmica com produção de mediadores inflamatórios que levam à liberação de neurotransmissores. O estudo publicado na revista Nature Communication sugere ainda que o bloqueio do processo inflamatório pode ser realizado por meio do medicamento corticoide, o qual deve ser administrado quase que imediatamente após a picada.

Já é sabido que, além da reação inflamatória local que causa fortes dores, mas não leva à morte, a peçonha do escorpião pode ainda desencadear reação inflamatória sistêmica, que tem como resultado edema pulmonar (acúmulo de líquido no pulmão), alterações no coração e consequente dificuldade para respirar.

“Apesar de o mesmo grupo ter desvendado em artigo prévio o mecanismo inflamatório que leva ao edema pulmonar e à morte nos casos graves, o impacto do envenenamento no coração e a relação entre os neurotransmissores e mediadores inflamatórios ainda não eram claros. Havia uma discussão sobre quem seriam os vilões, os neurotransmissores ou os mediadores inflamatórios. Também havia a discussão sobre o que ocorre primeiro, o edema pulmonar que leva às alterações no coração, ou o contrário. Nosso estudo sugere que mediadores inflamatórios produzidos nos pulmões, além de induzirem o edema pulmonar, também afetam o coração, via os neurotransmissores. É o processo inflamatório que causa uma série de danos e que, se não for bloqueado o quanto antes, pode levar à morte”, diz Lúcia Helena Faccioli , professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), que liderou o estudo.

O trabalho foi desenvolvido com o apoio da FAPESP durante o doutorado de Mourzallem Barros dos Reis , no âmbito de um Projeto Temático  coordenado por Faccioli na USP.

No estudo realizado em camundongos, os pesquisadores analisaram o processo inflamatório desencadeado pelo envenenamento e a relação com os neurotransmissores. Após a ferroada, a peçonha do escorpião se alastra rapidamente até atingir a circulação sanguínea do animal. Nos casos severos, o reconhecimento da peçonha por células de defesa (macrófagos) resulta na liberação de mediadores de inflamação, sobretudo interleucina 1 beta (IL-1β), que leva à produção de prostaglandina-2 (PGE2), que, por sua vez, induz a produção do neurotransmissor acetilcolina. Produzidos no pulmão, esses mediadores promovem tanto o edema pulmonar quanto as alterações cardíacas.

“São esses mediadores, produzidos no pulmão em resposta à peçonha, que vão ativar a produção do neurotransmissor acetilcolina, que tem impacto muito grande no coração por estar relacionado ao controle do tônus (batimento) cardíaco. É esse neurotransmissor que vai fazer com que o coração bata descompassado. Em um mesmo processo, temos edema pulmonar e distúrbios do coração”, explica Faccioli.

Em estudo anterior, publicado em 2016, o grupo de pesquisadores já havia demonstrado que o edema no pulmão é resultado da ativação de um complexo proteico existente no interior das células de defesa – o inflamassoma que induz a produção de IL-1β. Mostraram ainda que esse processo é regulado por mediadores lipídicos, sendo ativado pela PGE2 e inibido pelo leucotrieno B4 (LTB4). No entanto, ainda não tinham demonstrado a interação neuroimune e o papel determinante da acetilcolina.


Bloquear o processo o quanto antes

Outro achado do estudo foi a demonstração da necessidade de inibir o processo neuroimune desencadeado pelos mediadores inflamatórios o quanto antes para que o paciente não atinja o que os cientistas estão chamando de "ponto de não retorno", quando os efeitos dos mediadores já estão tão críticos que já não há mais como promover melhora.

“Demonstramos que a utilização do anti-inflamatório corticoide (dexametasona) até 30 minutos após o camundongo receber a peçonha ainda evita a morte do animal. O intuito foi bloquear o processo inflamatório antes que fosse impossível revertê-lo. É importante ressaltar que o estudo foi realizado em camundongos, portanto, não é possível extrapolar o tempo de não retorno para humanos”, diz Faccioli.

A pesquisadora informa que a administração quase imediata de corticoide não anula a necessidade do uso do soro (anticorpos que bloqueiam a atuação da peçonha). “A dexametasona vai bloquear o processo que gera o neurotransmissor acetilcolina e, com isso, inibir os danos pulmonar e cardíaco. Já o soro é importante para inibir outros possíveis efeitos das toxinas da peçonha que também podem gerar dano ao indivíduo, como o tecidual.

“Em estudos anteriores mostramos que a indometacina e o celecoxibe podem evitar, ou pelo menos minimizar a reação inflamatória induzida pela peçonha e evitar a morte. No entanto, esses medicamentos podem não ser efetivos em 100% da população. A dexametasona, embora possa induzir efeitos colaterais em uma pequena parcela da população, é muito mais eficiente”, diz (leia mais em: agencia.fapesp.br/22732/). O uso inadequado de corticoides pode trazer riscos relevantes para o organismo. É importante buscar orientação médica no que diz respeito à dose e à duração do tratamento.


Serpentes

Outro estudo realizado pelo grupo de Faccioli, e publicado na revista Archives of Toxicology, mostrou que além de toxinas, que são proteínas, as peçonhas de jararacas (Bothrops moojeni) e de cascavéis (Crotalus durissus terrificus) também possuem lipídios – o que pode vir a explicar uma série de efeitos biológicos do envenenamento.

“E se tem lipídio é sinal de que existe uma função biológica. A análise bioquímica da peçonha de jararacas e cascavéis mostrou que entre os lipídios presentes existe um semelhante ao fator agregador de plaquetas. Isso significa que a formação de trombo após picadas de serpentes pode ser resultado da presença destes lipídios. E é o que se tem normalmente após as picadas de serpente: coágulo e trombose”, diz Faccioli.

A descoberta, portanto, acrescenta um maior entendimento sobre os mecanismos que levam a complicações por causa da peçonha. “Sem contar que esse lipídio também é importante para induzir inflamação”, diz.

A descoberta e a análise lipídica da peçonha das serpentes tiveram abordagem com base em cromatografia líquida e espectrometria de massa de alta resolução – equipamento financiado pela FAPESP – que permitiu identificar, pela primeira vez, vários dos lipídios que constituem a peçonha de jararacas e cascavéis.

O trabalho foi desenvolvido com o apoio da FAPESP durante o pós-doutorado de Tanize dos Santos Acunha , também no âmbito do Projeto Temático  coordenado por Faccioli na USP.

A pesquisadora explica que a peçonha é uma substância complexa, composta por moléculas com uma ampla gama de funções biológicas que causam manifestações locais e sistêmicas. A despeito da variedade de estudos focados na composição da peçonha e seus efeitos, a maioria é focada na fração proteica (toxinas), sem haver maior atenção na fração lipídica.

O artigo Interleukin-1 receptor-induced PGE2 production controls acetylcholine-mediated cardiac dysfunction and mortality during scorpion envenomation/i> (doi: 10.1038/s41467-020-19232-8), de Mouzarllem B. Reis, Fernanda L. Rodrigues, Natalia Lautherbach, Alexandre Kanashiro, Carlos A. Sorgi, Alyne F. G. Meirelles, Carlos A. A. Silva, Karina F. Zoccal, Camila O. S. Souza, Simone G. Ramos, Alessandra K. Matsuno, Lenaldo B. Rocha, Helio C. Salgado, Luiz C. C. Navegantes, Ísis C. Kettelhut, Palmira Cupo, Luiz G. Gardinassi & Lúcia H. Faccioli , pode ser lido em www.nature.com/articles/s41467-020-19232-8.

O artigo A lipidomics approach reveals new insights into Crotalus durissus terrifcus and Bothrops moojeni snake venoms (doi: 10.1093/nar/gkaa609), de Tanize Acunha, Viviani Nardini e Lúcia Helena Faccioli, pode ser lido em https://link.springer.com/article/10.1007/s00204-020-02896-y

 

  

Maria Fernanda Ziegler

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/bloqueio-da-inflamacao-induzida-por-peconha-de-escorpiao-precisa-ser-imediato-diz-estudo/34485/

 

GATOS PRETOS E O HALLOWEEN: MITOS E VERDADES SOBRE O ASSUNTO

O folclore entra em alta durante a temporada do Halloween e histórias de que gatos pretos trazem má sorte e causam doenças são algumas suposições propagadas durante séculos.

Conheça o que é verdade e o que deve ser esquecido sobre os gatos pretos.

Durante a temporada do Halloween, ou Dia das Bruxas no Brasil, histórias antigas de fantasmas, contos assustadores, vampiros e gatos pretos com olhos brilhantes tomam conta da imaginação das pessoas. Mas, afinal, por que os gatos pretos são constantemente associados ao Halloween? Existem uma série de mitos que podem confundir os mais supersticiosos, fazendo com que tenham atitudes baseadas em pura fantasia. E para esclarecer de vez a relação dos gatos pretos com o Halloween, a Mars Petcare reuniu alguns mitos e verdades sobre o assunto.

Gatos pretos são diabólicos

Mito! Essa fama errônea vem de tempos antigos da Idade Média quando a bruxaria e a caça às bruxas eram temas comuns na época. Geralmente, os gatos pretos podiam ser encontrados com mulheres mais velhas que viviam sozinhas, fazendo crescer o imaginário da população sobre sua relação com as bruxas e com a feitiçaria. Desde então, essa ideia foi perpetuada em filmes, histórias e decorações de Halloween, quando vemos bruxas com seu caldeirão e um gato preto ao lado.


Gatos pretos trazem má sorte

Mito! Não existem provas de que gatos pretos trazem sorte de qualquer tipo, seja boa ou má. O que podem ser encontradas são superstições, que novamente são criadas através de histórias antigas de folclore. Mas, a verdade é que muitos tutores se consideram sortudos por terem seus gatinhos pretos e isso não é novidade.


Gatos pretos nem sempre fotografam bem

Verdade! Até mesmo os amantes de gatos pretos sabem que seus adoráveis felinos nem sempre fotografam bem. Mas, nada tem a ver com o humor do bichano. Seu nariz fofo, olhos elétricos e rosto adorável não são captados tão bem sem iluminação adequada. Uma dica é certificar-se de haver muita luz natural, como o sol entrando pela janela, e a iluminação estar atrás do fotógrafo - não atrás do gato - no momento da foto.


Gatos pretos são inteiramente pretos e possuem olhos verdes

Mito! Quando olhamos para imagens reproduzidas dos gatos pretos vemos o pelo totalmente escuro, mas isso não é verdade, a maioria deles não são inteiramente pretos. Se olharmos para sua pelagem, principalmente na luz solar, é possível perceber algumas partes marrons. Geralmente essa característica depende da genética do gato e da sua quantidade de melanina. Ou seja, tudo se resume aos genes de um gato preto (quais são os dominantes ou recessivos) e a melanina.


Gatos pretos podem ser mais resistentes à algumas doenças

Verdade! Há evidências científicas que sugerem que os gatos pretos podem ser geneticamente mais resistentes a algumas doenças. Alguns pesquisadores acreditam que o gene que faz a pele do gato ficar preta também pode garantir a eles mais formas de combater doenças. Algumas pesquisas indicam, por exemplo, resistência à HIV felino.


Gatos pretos causam epidemias

Mito! A ideia de que se um gato preto cruzasse seu caminho mortes por pragas aconteceriam no futuro foi originada na Europa em tempos antigos e é apenas um mito, já que se um gato preto passa por você, o único significado é que ele deseja chegar a outro lugar. Atualmente, nós temos acesso a informações de como o contágio de doenças acontece e sabemos que gatos pretos não são causadores delas.


Gatos pretos são adotados na mesma proporção que gatos de outras cores

Verdade! Ao contrário do senso comum, na realidade os gatos pretos são adotados na mesma proporção ou até mais do que gatos de outras cores. Pelo fato da genética que escurece a pelagem ser dominante, a chance de nascer um gatinho preto é maior. Por isso, temos a impressão de que eles são maioria nos abrigos para adoção, mas isso não significa que eles não são adotados e sim que estão em maior número.


A maioria dos abrigos e ONGs suspendem adoção de gatos pretos em outubro

Mito! Com os estereótipos que rondam os gatos pretos, não é surpresa que alguns abrigos e ONGs decidam suspender em outubro o processo de adoção desses felinos por medo de que coisas ruins aconteçam com eles após a adoção. Mas, atualmente, existe uma abordagem mais proativa por parte dos abrigos e ONGs para que eles sejam adotados durante o ano todo e que os mitos que circulam sejam extintos. Um caminho utilizado nos tempos atuais é obter informações sobre os possíveis futuros tutores e conhecê-los através de conversas, entendendo se trata-se de uma adoção responsável.

 


Mars, Incorporated

www.mars.com/brazil/pt

 

Como proteger meu pet do calor?

Muitas cidades brasileiras estão apresentando temperaturas elevadas, algumas chegando a mais de 40 graus. Esse calor excessivo não causa danos apenas ao ser humano, mas também aos animais de estimação. Aliás, os animais sofrem ainda mais do que nós, humanos. Além da pelagem, eles não possuem as importantes glândulas sudoríparas pelo corpo, ou seja, os pets eliminam calor apenas por entre os dedos, boca e nariz. “Todo o cuidado é pouco no verão”, alerta a veterinária Luana. “Quadros graves de desidratação, queimaduras e problemas no coração são apenas alguns dos transtornos que o calor provoca nos animais”, diz. 


Confira as dicas da especialista para manter seu pet protegido:


Água, muita água fresca!

Uma das coisas mais importantes na vida de um animal é a ingestão de água, mais ainda nos climas quentes. “A desidratação é o problema mais comum no verão, mas que poderia facilmente ser evitada se o pet bebesse a quantidade certa de líquidos diariamente”, revela.

A quantidade ideal de água que o pet deve beber por dia fica entre 80 e 100 ml por quilo de peso. Felinos costumam beber menos, o que exige ainda mais atenção, visto que desenvolvem problemas nos rins com a deficiência de líquidos no organismo. A água pode ser filtrada ou corrente, mas precisa ser limpa, fresca e, claro, potável. 

“Uma dica para incentivar os pets a beberem mais água, especialmente os gatinhos, é distribuir mais de um recipiente pela casa. Os felinos, por exemplo, ingerem mais líquidos se mais de uma opção de potinho for oferecido", acrescenta Luana. Além disso, pedras de gelo podem ser colocados junto da água, pois alguns animais (não são todos) preferem bebê-la mais gelada nesses dias de calor.

As fontes de água também são uma boa opção para estimular os pets, especialmente os felinos.


Desidratação é grave!

A desidratação é mais frequente entre raças de focinho curto, como bulldog, pug e boxer, mas podem ocorrem em qualquer animal. “Leve uma garrafinha com água toda vez que sair para passear com seu animalzinho, ofereça aos poucos durante a caminhada. E, claro, fique atento aos sinais de desidratação: gengivas e língua seca, olhos saltados, diarreia, respiração ofegante, batimentos cardíacos alterados e falta de elasticidade na pele. Ah, e se o pet não quiser sair, não insista”, explica Luana. Ao sinal de qualquer um desses sintomas leve o cão ou gato ao veterinário imediatamente. 

Não esqueça: redobre a quantidade de água oferecida aos animais nesses períodos. Além disso, evite passeios nos horários mais quentes, opte sempre pelos finais de tarde. Nunca deixe seu cão ou gatinho preso num ambiente quente, sem nenhuma ventilação. “Não precisamos nem falar dos perigos dos carros fechados para os animais, não é? Deixar o bichinho sozinho dentro de um automóvel é cruel e extremamente prejudicial à saúde dele”, alerta a especialista.


Pulgas e carrapatos

Não tem jeito, esses parasitas são mesmo insistentes nos períodos quentes. “Se no frio eles já incomodam, imagine com a temperatura ideal para que se desenvolvam? Os tutores devem se empenhar ainda mais no calor para que não haja infestação, ou seja, utilizar rigorosamente os medicamentos recomendados pelo veterinário ainda é a melhor forma de combater as pulgas”, conta Luana.

Carrapatos exigem um pouco mais, já que são ainda mais difíceis de exterminar. “Além do remédio indicado pelo especialista, também é recomendada avaliação minuciosa do quadro em que se encontra o pet, visto que as doenças ocasionadas por esses parasitas podem ser letais. Hemogramas e outros exames podem dizer se há algum problema e que tipo de tratamento é o mais indicado”, alerta.


Queimaduras acontecem, sim!

Muitas pessoas não acreditam que os pets queimam as patinhas se expostos às caminhadas em horários inadequados. “Eles sofrem queimaduras graves e extremamente dolorosas nas “almofadinhas” dos pés. As lesões podem ser evitadas se o animal passear somente nas primeiras horas da manhã ou no final do dia”, aconselha. 

Além disso, cães e gatos com pelagem branca podem sofrer queimaduras nas orelhas, pálpebras e focinho. É muito comum que os felinos brancos tenham câncer por causa do sol em excesso. “A vermelhidão da pele é um dos primeiros sintomas de que o pet está sofrendo com queimaduras. A pele fica vermelha, os pelos caem e eles coçam até ocasionar feridas graves e de difícil tratamento”, explica.  


Como detectar úlceras gástricas em cavalos?


As úlceras gástricas são muito comuns em cavalos e pode afetar animais de qualquer idade. Isso acontece porque a secreção de ácido gástrico é contínua no estômago dos equinos, diferente da maioria das outras espécies que ocorre com o estímulo alimentar. Por isso, é recomendado que comam porções pequenas e frequentes de ração e ter volumoso disponível à vontade durante todo o dia. Longos períodos de jejum são a principal causa das gastrites, precursoras das úlceras gástrica.

Há outras razões que podem fazer desencadear a doença como: estresse físico, confinamento, transporte e uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). “O importante é que o criador e/ou tratador fique atento a qualquer comportamento alterado do animal. Caso ele apresente qualquer um destes sintomas como pouco apetite, perda de peso, agitação, mudanças de atitude e relutância em treinar, brincar com água, passar tempo excessivo deitado, desconforto abdominal, procure imediatamente um veterinário. Em casos mais graves, o animal pode ranger os dentes e apresentar cólicas mais severas. Nos potros, os sinais mais perceptíveis são a cólica após mamar ou comer, falta e apetite e salivação excessiva”, alerta a médica veterinária e supervisora técnica de Equinos da Guabi, Claudia Ceola.


Prevenção

Alimentar os cavalos com frequência, pois isso ajuda a reduzir os efeitos deletérios do ácido no estômago vazio e estimula a salivação.

Reduzir a quantidade de grãos concentrados e aumentar o feno de alfafa à dieta.

Evite ou diminua o uso de anti-inflamatórios.

Permita sempre que o cavalo socialize ou veja outros cavalos para minimizar seu estresse.

É importante deixar o cavalo ter acesso livre à pasto ou feno.

Ficar solto o máximo de tempo possível.

 


Guabi Nutrição e Saúde Animal

 

PENSANDO EM TER MAIS PETS EM CASA?

 CONFIRA 5 DICAS DE COMO SE PREPARAR PARA SUA CHEGADA 


É importante considerar algumas recomendações para a adaptação segura de um novo pet em casa, principalmente quando já existe um outro animal de estimação


Já é comprovada que a convivência com os animais é benéfica para os seres humanos e, por isso, não é estranho que as pessoas que já têm um pet em casa queiram aumentar a família trazendo outros membros. No entanto, é preciso ficar atento a alguns cuidados importantes. A Médica-Veterinária Amanda Correa, da Mars Petcare, separou algumas 5 dicas essenciais para auxiliar no processo de adaptação desse novo pet.


• Espécies diferentes no mesmo ambiente

Caso o tutor tenha interesse em ter cães e gatos, por exemplo, é interessante ressaltar que a adaptação é mais fácil quando são filhotes. É preciso ter em mente que por serem animais muito distintos, exigem tratamentos específicos a cada perfil. Portanto, o ambiente deve ser planejado para que eles possam expressar suas respectivas personalidades e instintos. Se a adaptação ocorrer na fase adulta, a introdução deve ser gradual e o tutor deve monitorar de perto o comportamento, já que gatos costumam não se sentir confortáveis na presença de cães. Uma boa opção é deixar alternativas de proteção caso ele se sinta ameaçado, como lugares altos que possa escalar. Vale ressaltar que o temperamento de ambos interferirá na receptividade e adaptação.


• O momento da interação

No primeiro encontro, o tutor deve fazer uma introdução gradativa, sempre com supervisão e atenção aos sinais corporais que o animal expressa. Com os cães, caso haja necessidade, pode ser utilizada a coleira de contenção, mas o esperado é que com o tempo eles se acostumem com o cheiro um do outro e a convivência seja mais natural e tranquila.

Uma prática interessante para facilitar a adaptação é a inclusão de brincadeiras que promovem o contato entre os pets. Para os cães, a utilização de bolas e recompensas por bom comportamento são bem-vindas. Já para os gatos, é interessante enriquecer o ambiente com itens que estimulam a personalidade caçadora dos felinos, como as varinhas de pescar, entre outros.


• Alimentação

Os comedouros e bebedouros devem ser separados para evitar disputa de território. Entretanto, o momento da alimentação é uma excelente oportunidade para criar conexão entre os pets. Petiscos, por exemplo, são muito usados como forma de recompensa para bons comportamentos. Esta metodologia é uma tendência que vêm ganhando espaço expressivo no cenário mundial, pois o treinamento se baseia nos princípios científicos da aprendizagem animal via motivação. Vale só ficar de olho na quantidade diária de calorias que o pet consumirá, evitando o sobrepeso.


• Ciúme entre os pets

O ciúme pode ocorrer principalmente entre cães e se a chegada deles acontecer em momentos distintos, já que o cão que já residia na casa pode sentir que está perdendo espaço. O recomendado é o tutor agradar e dedicar atenção aos pets de forma igualitária. Já os gatos podem adotar um comportamento mais competitivo na presença de outros gatos, por serem animais territorialistas.


• Necessidades fisiológicas

Entre os cães, é improvável que eles façam suas necessidades em locais diferentes, pois o cheiro é o principal atrativo e a maneira instintiva de demarcação de território. Nos gatos esse comportamento muda e caso tenham dois ou mais felinos, as caixas de areia devem ser separadas. Um ponto de atenção é que a limpeza diária da caixa interfere diretamente na saúde urinária da espécie, os felinos evitam o uso da caixa de areia caso ela esteja suja, ou seja eles tendem a diminuir o número de micções favorecendo a saturação da urina e propiciando a formação dos cálculos urinários, por isso, a adaptação e o manejo correto é crucial.



 

A MARS, Incorporated

www.mars.com/brazil/pt

 

Descubra quais são os principais perfis de tutores de pets, de acordo com pesquisa Radar Pet 2020

Levantamento da Comac apontou três tipos de tutores de animais de companhia com base em aspectos emocionais e como eles se relacionam com os pets. Entenda cada um dos perfis!

 

Mais de 37 milhões de domicílios no Brasil contam com algum pet, de acordo com a pesquisa Radar Pet 2020. Além de desvendar dados da população pet, o levantamento realizado pela Comissão de Animais de Companhia (COMAC) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) também descobriu os principais perfis dos tutores dos animais.

De forma geral, a maior parte das pessoas responsáveis pelos cuidados dos animais de companhia são mulheres, com uma média 60%. Além disso, 58% dos tutores são casais ou pessoas que moram juntas. Grande parte dos responsáveis, tanto por cães ou gatos, também são famílias com filhos de diversas idades. Apenas cerca de 10% dos tutores moram sozinhos. 

Através de pesquisas quantitativas e qualitativas com mais de 3.500 brasileiros de todas as idades, gêneros e classes sociais, a Comac identificou três tipos de tutor, com base em aspectos emocionais: “Pet Lover”, “Amigo dos Pets” e “Desapegado”. Todos eles são apegados aos bichinhos, porém de maneiras diferentes. Entenda a distinção entre cada um:


Os “Pet Lovers”

Representando 55% dos tutores de pets, os “Pet Lovers” são os que mais se identificam com mães/pais de pet e possuem um vínculo afetivo muito forte com os animais. Em sua maioria, esse grupo é composto por jovens, mulheres, pessoas casadas com filhos. Também corresponde à maior proporção de LGBTQIA+ e casais sem filhos.

Os “Pet Lovers” costumam investir mais em produtos e serviços do segmento pet e são os mais preocupados com a saúde dos animais, com visitas mais frequentes ao veterinário. São pessoas que não conseguem imaginar viver sem o seu pet.


Os “Amigos dos Pets”

Com 21% do total, esse grupo possui uma predominância de mulheres, pessoas da Classe A, casadas e famílias com filhos pequenos. Esse é um perfil considerado intermediário entre os “Pet Lovers” e os “Desapegados”. Possuem vínculos com os animais, mas sem necessariamente considerá-los como parte da família.

Amam seus pets, mas não apresentam um vínculo tão forte, cuidando deles com carinho mas sem tantos “mimos”. Além disso, 46% enxerga o pet como um animal, e não como um filho.


Os “Desapegados”

Correspondem a 24% dos tutores e são majoritariamente homens. Não costumam ter um vínculo afetivo tão forte quanto os “Pets Lovers” e quase 44% deles já consideraram deixar de ter um animal. São pessoas mais pragmáticas e que tem o costume de levar o pet ao veterinário apenas em casos de emergência.

Além disso, os “Desapegados” também tendem a gastar menos com os pets e evitam antropomorfizar os animais, ou seja, não gostam de atribuir características humanas a eles e consideram estranha a visão do bichinho como um familiar.


Confira outros destaques do levantamento:

Presença dos pets: Cerca de 53% dos domicílios brasileiros contam com cães ou gatos. Dentro desse percentual, 44% são habitados por cães e 21% por gatos. Há uma média de 1,72 cães e 2,01 gatos por lar brasileiro. Os gatos, em geral, são os pets de entrada (o primeiro contato de pessoas com os animais de companhia) e contam com um crescimento 3 vezes maior do que os cães dentro do Brasil, de acordo com Leonardo Brandão, médico veterinário Coordenador da Comac.

“Temos mais cães, mas os gatos têm ganhado um grande espaço nos lares brasileiros. É o pet de entrada para muitas famílias. No Nordeste, por exemplo, há uma predominância dos gatos. Um dos possíveis motivos para isso, além do perfil do animal, é um custo mais baixo de cuidados. Pelo perfil de vida das pessoas (morando em cidades, com pouco espaço e tempo restrito) os gatos tem se firmado cada vez mais como o pet do futuro”, observa. 


Perfil do pet: Os vira-latas ou Sem Raça Definida (SRD) são a grande maioria dos animais de companhia brasileiros. Entre os cães, 42% são vira-latas. Cerca de 70% daqueles com raça definida são de pequeno porte. As raças favoritas dos brasileiros são, respectivamente, pincher, poodle e shitzu. Entre os gatos, 65% são sem raça definida. Entre aqueles com raça, os siamês são predominantes. 


Gastos mensais: Os tutores de cães gastam uma média R$ 224 por mês para cuidar dos pets, entre banho, tosa, alimentação e acessórios para o animal. Já os tutores de gatos investem cerca de R$ 168 mensais nos cuidados com o pet. 


Adoção: A grande maioria dos pets, sejam cães ou gatos, chegaram aos seus tutores como um presente ou por meio de processo de adoção. Entre os animais nos lares brasileiros, 33% dos cães e 59% dos gatos foram adotados. Leonardo analisa que, durante a pandemia, é provável que os números tenham crescido consideravelmente. 


Relação com os pets: Cada vez mais, os brasileiros estão criando laços afetivos com seus pets. A maioria enxerga os animais como um filho ou membro da família. Um dos dados da pesquisa revela que, por exemplo, a saúde dos pets é tão importante para seus tutores quanto das demais pessoas da casa. Também existe uma grande preocupação com o envelhecimento do pet e o cuidado com a saúde preventiva dos animais. Contudo, ainda é baixa a frequência de idas ao veterinário. 

Apesar do grande número de animais, Leonardo percebe que o Brasil precisa muito evoluir em relação aos cuidados e bem-estar com os Pets. Não à toa, esse é um dos mercados mais promissores dentro do Brasil por conta do seu potencial de crescimento. 

 


COMAC - Comissão de Animais de Companhia

 

Posts mais acessados