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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Check Point faz parceria com Harvard e MIT para oferecer cursos on-line gratuitos de cibersegurança na plataforma edX

 O principal objetivo é reduzir até eliminar a escassez de qualificação em cibersegurança visando atender a demanda do mercado e desenvolver as habilidades dos atuais e de futuros profissionais

 

A Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora global líder em soluções de cibersegurança, anuncia parceria com a Harvard University e o MIT (Massachusetts Institute of Technology) para oferecer cursos on-line gratuitos de cibersegurança pela edX , a plataforma de educação e aprendizagem on-line fundada pela Harvard e pelo MIT, utilizada por 30 milhões de pessoas, bem como pelas melhores universidades e empresas líderes em seus setores em nível global. A parceria oferecerá uma série progressiva de cursos e conteúdo de cibersegurança da Check Point destinados a profissionais de segurança e de rede.

Agora, os cursos de cibersegurança da Check Point estarão disponíveis na plataforma edX, incluindo as séries Check Point Jump Start, que oferece cursos de segurança de rede e hiperescala. Outros módulos estarão disponíveis em breve nas soluções de segurança em nuvem CloudGuard e de segurança PMEs (Pequenas e Médias Empresas) da Check Point. Todos os cursos visam capacitar os estudantes e profissionais de TI em ciberameaças e gerenciamento de segurança, bem como atender àqueles profissionais que buscam iniciar uma nova carreira no setor.

Todos os cursos da Check Point disponíveis na plataforma edX são totalmente gratuitos, de forma a remover quaisquer barreiras de custo e localização e, assim, reduzir a falta de profissionais qualificados na área. Um estudo recente demonstra que, no ano passado, quase dois terços das organizações relataram a escassez de pessoal na área de cibersegurança, com 36% das empresas apontando a falta de pessoal de segurança qualificado ou experiente como sua principal preocupação no local de trabalho.

"A parceria com a reconhecida plataforma edX nos permite contribuir para a diminuição da falta de qualificações na área da cibersegurança. Com a escassez global ultrapassando os 4 milhões de profissionais, as organizações precisam acelerar os esforços para tentar ajudar e mudar esse problema", diz Liat Doron, vice-presidente de aprendizado e treinamento da Check Point Software Technologies. "Trabalhar com a edX, combinado com nossas outras iniciativas, como o SecureAcademy, ajudará a reduzir até eliminar essa escassez global de qualificação e atrair a próxima geração de profissionais de cibersegurança."

Esta parceria reforça o compromisso da Check Point em proporcionar educação e formação essenciais ao setor, ajudando a atrair mais pessoas para área e, assim, garantir fácil acesso a materiais de aprendizagem. Em março deste ano, a Check Point anunciou a centésima instituição acadêmica a inscrever-se no programa SecureAcademy, que oferece aos alunos um amplo currículo de cibersegurança, com cursos disponíveis em mais de 100 universidades espalhadas por 40 países, incluindo o Brasil.

"A falta de qualificação é enorme e cresce diariamente; então, precisamos ser ambiciosos no que se refere à formação em cibersegurança porque a nossa privacidade depende disso," acrescenta Lee Rubenstein, vice-presidente de Business Development na edX. "Trabalhamos com fornecedores líderes como a Check Point para ajudar a capacitar pessoas que possam trabalhar no setor e, assim, contribuir para atrair novos talentos protegendo os negócios e as organizações contra os ciberataques do futuro."

A Check Point também oferece treinamento CloudGuard Cyber-Range . Esses cursos promovem treinamento imersivo em cibersegurança em ambientes simulados por meio da plataforma flexível em nuvem Cyber Range, proporcionando um ambiente de aprendizado envolvente e de gamificação. O treinamento é totalmente adaptável às necessidades dos usuários com "debriefing" (ferramenta para potencializar a aprendizagem por meio da experiência) integrado e rastreamento de progressão.

Para mais informações relativas à parceria da Check Point para oferta de cursos on-line gratuitos na plataforma edX, acesse: https://www.edx.org/school/checkpoint

 

Check Point Software Technologies Ltd.

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O ensino híbrido acelera a necessidade da aplicação de tecnologias educacionais nas escolas

Alternar o ensino presencial e remoto pode trazer benefícios como a democratização do ensino, mas apenas quando os desafios forem superados. A implantação de tecnologias educacionais é um passo essencial nesse processo.

 

Ronaldo Balsalobre: “O momento atual será de dificuldades e grandes desafios na implementação do ensino híbrido, mas vem com a oportunidade de transformação para democratizar o acesso à tecnologia e levar o ensino a todos, tanto na educação privada quanto pública.

O impacto da pandemia na educação vai refletir na redução das aulas tradicionais e expositivas. Mesmo com a retomada das aulas presenciais, o ensino remoto continuará fazendo parte da rotina de professores e estudantes, pois na maior parte do país será preciso adotar o ensino híbrido

Esse modelo promove uma mistura entre o ensino presencial e propostas de ensino on-line. Apesar de já ser discutido há algum tempo, a necessidade de sua implantação foi acelerada pela pandemia e trouxe consigo muitos desafios. O ensino híbrido também é uma adequação às competências propostas pela Base Nacional Comum Curricular, que inclui a implementação da cultura digital nas escolas.

A ideia é que os recursos digitais complementem e reforcem tudo que o professor transmite em sala de aula, estimulando a aprendizagem com ferramentas adicionais para que o aluno busque e desenvolva maior compreensão dos conteúdos. Para isso, o plano de aula deve ser pensado e elaborado para incluir e integrar a tecnologia de maneira relevante, como a utilização de textos em formato digital, discussão de temas em fóruns on-line, multimídias para expor os conteúdos, entre outros.

É certo que essa metodologia transforma a maneira de ensinar do professor e a maneira de aprender dos alunos, distanciando-se do modelo tradicional de educação para se adequar às mudanças trazidas pela tecnologia. Sendo assim, é preciso reestruturar o plano pedagógico, a gestão da escola e a organização da sala de aula, e trabalhar na adesão e adaptação dessa metodologia por parte de toda a comunidade escolar.

Trabalhar o ensino híbrido na Educação Infantil será um desafio ainda maior, pois as crianças precisam de acompanhamento constante. Para isso, vale utilizar de atividades lúdicas, com brincadeiras interativas relacionadas ao que foi ensinado nas aulas presenciais, para que as crianças possam praticar em casa, com o apoio dos pais.

O papel do professor no ensino híbrido será estimular a interação, a colaboração e o envolvimento dos alunos com as tecnologias digitais, ao passo em que os relaciona aos conteúdos a serem aprendidos, favorecendo esse processo. Para que isso ocorra, os professores precisam de uma formação continuada voltada para a utilização dos recursos tecnológicos na educação para saberem integrar, de forma adequada, ao plano pedagógico.

Algumas das possibilidades de combinar o ensino presencial e remoto são o esquema de rotação, que propõe o estudo de uma mesma disciplina ou tema específico, ora por meio de plataformas digitais, ora realizando projetos em grupo, alternando quem estuda na modalidade virtual e presencial; a sala de aula invertida, que utiliza o conhecimento prévio do aluno, obtido por meio digital, para discutir em sala de aula o tema estudado e compartilhar com os colegas e o professor; o sistema Flex, permitindo que o estudante aprenda através de recursos digitais com maior autonomia, mas tem o professor disponível para tirar dúvidas sempre que precisar; e o laboratório on-line, que disponibiliza o curso inteiro em plataforma digital, mas em um ambiente físico, assim os alunos estudam no laboratório e também assistem às aulas tradicionais.

Tudo isso, no entanto, não será possível se não houver uma mudança na infraestrutura, no currículo, nas práticas pedagógicas e na formação dos professores. É preciso, também, dispor dos recursos tecnológicos que permitam o ensino virtual de forma adequada e eficaz, saber usar ambos como complementares e interagir uma modalidade com a outra. Tudo isso mostra a importância do investimento constante na tecnologia educacional, o meio mais eficiente para suprir essa necessidade de se adaptar e interagir com as novas gerações, tornando os alunos mais envolvidos com o processo educacional.

O momento atual será de dificuldades e grandes desafios nessa implementação. O ensino híbrido, contudo, provoca uma discussão importante, que sempre foi deixada em segundo plano no Brasil, e agora vem com a oportunidade de transformação para democratizar o acesso à tecnologia e levar o ensino a todos, tanto na educação privada quanto pública.

 




Ronaldo Balsalobre - formado em Pedagogia e Mestre em Educação pela PUC-SP. Possui ampla experiência na área educacional, atuando como Professor do Ensino Superior, Consultor Pedagógico e Supervisor Educacional. Atualmente Ronaldo é Coordenador da Assessoria Pedagógica do SAE Digital. 


Mudanças importantes na lei da nacionalidade portuguesa são aprovadas

O parlamento de Portugal aprovou uma importante mudança na Lei da Nacionalidade de netos de cônjuges de portugueses. A nova legislação visa diminuir a burocracia e tornar o processo de naturalização mais justo e simplificado. O advogado Anselmo Costa explica estas novidades para quem deseja reconhecer a cidadania do país europeu



Os deputados portugueses aprovaram alterações na lei da nacionalidade portuguesa que vão facilitar a vida dos imigrantes em Portugal. A medida foi aprovada por 144 votos a favor, 82 contra e uma abstenção e agora segue para sanção presencial.  A lei anterior (aprovada em 2018), reconhecia a nacionalidade dos filhos nascidos em Portugal dos pais que tivessem pelo menos 5 anos de residência no país luso.

Segundo o advogado Anselmo Costa, “a nova lei vai facilitar muito para os brasileiros que são netos de portugueses e que desejam adquirir a nova nacionalidade, pois as exigências para este processo caíram pela metade”. A versão anterior da lei era de 1981, que teve sua última atualização em 2018, e exigia a comprovação de laços com a comunidade portuguesa, que de fato era de difícil prova.

O advogado lembra que “a mudança permite que os filhos dos imigrantes legais com autorização de residência ou que fixaram residência há pelo menos um ano e que nasceram em território nacional possam ter nacionalidade portuguesa, sendo esse o desejo dos pais”. Ele lembra que simplificação do processo de nova naturalidade também facilitou inclusive para obtenção de nova nacionalidade do cônjuge. A Lei prevê o reconhecimento por casamentos com pelo menos 6 anos. Em caso de o casal ter filhos em comum, o processo pode ser solicitado sem cumprimento de prazo. A versão antiga da lei exigia, além de 3 anos de casado com o nacional português, a comprovação de laços com a comunidade.

Para os netos de portugueses, Anselmo destaca que “foi retirado também o requisito de comprovação de vínculo com a comunidade portuguesa”. Agora a comprovação será feita através do conhecimento suficiente da língua portuguesa.

A nova legislação também traz outros tópicos que mudarão esta maneira de adquirir a nacionalidade portuguesa. O advogado Anselmo Costa está disponível para entrevistas e explicar mais detalhadamente estas mudanças.

 

Virando o jogo: a Geração Z está redefinindo os limites do comércio

A Geração Z, que engloba quem tem menos de 24 anos, representa uma ruptura fundamental com todas as outras gerações da história humana, já que eles nunca viveram em um mundo não digital. Eles são 24%[1] da população brasileira, o equivalente a 51 milhões de pessoas, e seus comportamentos, que são muito diferentes dos de gerações anteriores, dão uma prévia de como poderá ser o futuro da sociedade.

Se pulássemos dez anos no futuro, veríamos como o tamanho, o poder aquisitivo e a influência da Geração Z cresceram à medida que seus integrantes ingressaram na força de trabalho e que seus antecessores se aposentaram. Sua importância para os varejistas globais é considerável e não pode ser ignorada, já que são seus comportamentos que vão remodelar o comércio nas próximas décadas.

Como a Geração Z exige uma nova experiência de varejo, empresas precisam implementar tanto estratégias imediatas quanto de longo prazo para garantirem que ela seja ouvida. Três atitudes são essenciais:


Seja pessoal e autêntico

Nos últimos anos, a rápida urbanização em alguns países, o crescimento populacional e o aumento do comércio mobile e on-line mudaram profundamente a noção de individualidade da sociedade. Com o tempo, os compradores trocaram experiências no ponto de venda pela velocidade e conveniência das compras eletrônicas, especialmente após a epidemia de COVID-19 fechar lojas e forçar as pessoas a se isolarem socialmente. No entanto, recentemente, também estamos vendo a sociedade completar um ciclo. Os consumidores da geração Z estão colocando foco renovado no indivíduo e retomando as raízes do comércio individualizado. Para essa demografia, não existe tamanho único: a Geração Z procura experiências pessoais que se encaixem em seus valores e em seu estilo de vida e que a mantenha constantemente interessada.

A tecnologia e os dados, que tornam a personalização possível, estão potencializando experiências de consumo customizadas nesta era digital. A cultura da compra em massa não se encaixa bem com uma geração imersa na expressão individual. Assim, os varejistas estão deixando de falar com segmentos para falar com pessoas.

De acordo com as descobertas do Global Payments Report 2020, da Worldpay from FIS, uma pesquisa que ouviu consumidores de 40 países, incluindo o Brasil, 60% da Geração Z acreditam que é importante que as marcas valorizem sua opinião. Inclusive, 35% sentem que sua marca favorita os entende como indivíduos.

A Geração Z promoveu um senso saudável de ceticismo, transformando a autenticidade em algo fundamental para as marcas. Ter crescido em um mundo na era das “fake news”, com suas vidas digitais marcadas por mensagens de qualidade e origem questionáveis, fez deles críticos astutos. Eles são movidos a autenticidade e se afastam de marcas que não aderem aos seus valores.


Proporcione uma experiência mobile amigável

As marcas que buscam ganhar as graças da Geração Z precisam atender também às suas preferências de pagamento. Assim como suas vidas, elas são mais digitais, mais sociais e mais focadas em dispositivos móveis do que as de qualquer outra época. A Geração Z costuma usar serviços digitais e eWallets com mais frequência do que seus antecessores, um fato relevante em um país como o Brasil que possui uma alta penetração de smartphones, com o uso de tecnologias móveis atingindo 66% da população e 71% de penetração de internet, segundo o estudo da Worldpay.

Aceitar uma variedade de carteiras digitais mobile é essencial para atender a uma geração que está a caminho de superar o uso de cartões plásticos como forma de pagamento. Esta tendência deve se acelerar após a pandemia, já que as pessoas estão com medo de se contaminar ao encostar em cédulas ou ao digitar a sua senha. Assim, é fundamental trabalhar com um mix ideal de eWallets, já que, embora opções mundialmente reconhecidas, como o PayPal, tenham uma grande participação proporcional, as eWallets estão resistindo à homogeneização, com alternativas locais e regionais prosperando ao redor do mundo. No Brasil, Rappi, iFood e Ame Digital, entre outras, estão fazendo o mercado florescer.


Inove para uma geração hiperconectada

Por instinto, a geração Z não é atraída pelas mesmas ferramentas bancárias, de pagamento e de investimento que seus pais. Esses consumidores são conquistados por produtos e serviços financeiros que oferecem praticidade e conveniência. Como nativos digitais, eles também têm mais consciência do que as empresas podem entregar. Cada vez mais, esperam por experiência de alto nível, independentemente de estarem comprando na Amazon, pedindo uma pizza ou entrando em contato com seu provedor de serviços financeiros.

A geração Z está pronta e sedenta para se engajar com serviços financeiros de ponta e com inovações na área de pagamentos. Estabelecer conexões significativas com eles deve ser uma abordagem focada e de longo prazo. Comerciantes que buscam o sucesso devem explorar estratégias levando em conta os cuidados e a urgência que a Geração Z espera cada vez mais.

Sobre os dados:Os números citados foram retirados do Global Payment Report 2020, da Worldpay from FIS, a menos que seja indicado ou referenciado de outra forma. Para metodologia de pesquisa, consulte a página 128 do relatório.

 



 Juan D'Antiochia - Gerente Geral para Global eCommerce, LATAM, Worldpay Merchant Solutions, FIS

 


[1] Itaú BBA: https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2019/09/millennials-ja-sao-maioria-da-populacao-do-pais-e-70-da-forca-de-trabalho.html


Pandemia: o que não mata fortalece!

Em meio a todos os transtornos causados pela pandemia, inovar se tornou a palavra de ordem para empresas e até profissionais autônomos. No susto, do dia para a noite, rotinas foram totalmente alteradas e pessoas de todo o mundo se viram obrigadas a se reinventar para sobreviver. Por mais difícil que tenha sido nas primeiras semanas, hoje, já começam a surgir relatos que comprovam o quanto as coisas mudaram – e muitas para melhor!

Existe um fenômeno na biologia que explica esse efeito, a hormese. Observado pelo toxicologista alemão Hugo Paul Friedrich, em 1888, o fenômeno revelava que pequenas doses de veneno estimulavam o crescimento do fermento. Por outro lado, doses maiores causavam prejuízo. De lá para cá, muitas indústrias, como a de pesticidas, fertilizantes e até medicamentos, se valeram dessa lógica. Não por acaso, existe um senso comum de que o que diferencia o veneno do remédio é a dose. Da mesma forma, podemos concluir que, aquilo que não mata, fortalece.

E o que isso tem a ver com o momento atual? Tudo! Excluindo, obviamente, a tragédia humanitária que a Covid-19 vem causando em todo o mundo, podemos observar que muitas pessoas e empresas usaram o momento ruim para criar oportunidades. Estão surgindo várias reportagens com histórias de brasileiros que usaram o auxílio emergencial para abrir seus próprios negócios. Ou seja, a água batendo no nariz fez muita gente se mexer!

Isso me lembra o conto da vaca no penhasco. Reza a lenda que mestre e discípulo caminhavam por uma área muito pobre, quando se depararam com uma humilde casinha. Ali, tudo que a família tinha era uma magra vaca leiteira. Sem hesitar, o mestre ordenou que o discípulo empurrasse a vaca no penhasco, acabando com a única fonte de sustento da família. Relutando, o discípulo acabou cumprindo a ordem de seu mestre. Algum tempo depois, o mesmo discípulo, andando por aquela região avistou uma bela e confortável residência naquele mesmo local.

Curioso e se sentindo culpado pelo destino daqueles pobres coitados, o discípulo se aproximou e perguntou ao novo morador sobre uma família muito simples que morava ali. Para sua surpresa, o morador disse que eram eles mesmos, e que a família estava estabelecida ali há muito tempo! Então, o homem lhe contou que, em uma noite, um terrível acidente matou a única fonte de sustento da família, a pobre vaca leiteira. Sem alternativas, eles tiveram que começar a buscar trabalho. Descobriram suas próprias capacidades e as potencializaram, transformando-as em fontes inesgotáveis de recursos.

Histórias como essa não estão presentes apenas nos contos fictícios. Cada vez mais, temos visto o quanto as crises são darwinistas, demonstrando que os que sobrevivem não são os maiores ou melhores, mas sim os que melhor se adaptam. Mais que isso, aqueles que são capazes de fazer o que a psicologia chama de sublimação, que é transformar algo ruim em algo bom. No popular, costumo chamar isso de transformar limões em caipirinhas.

No livro “Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos”, o autor Nassim Nicholas Taleb, descreve o conceito de antifragilidade. Segundo ele, embora o termo resiliência sejam amplamente utilizado nos dias atuais, ele não é suficiente. Taleb diz que o resiliente, resiste. O antifrágil supera e, como diz o próprio título da obra, ele tem ainda a incrível capacidade de se beneficiar com o caos.

O antifrágil tem consciência de que existem fatores externos, inesperados e incontroláveis. Ele não tenta mapear, prever, prevenir e mitigar falhas ou crises. Ao contrário, ele encara as intempéries como algo natural e parte integrante de qualquer processo. Portanto, quando elas acontecem, não são motivo de pânico, estresse ou desespero. O antifrágil busca oportunidades em meio às crises para continuar crescendo. E isso é senso de oportunidade, não de oportunismo.

E você, se rende aos problemas, é resiliente ou antifrágil? Desejo que a pandemia esteja sendo uma boa alternativa para você aprender que o que não mata, pode sim te fortalecer e fazer ainda mais forte. Aposte no seu potencial e arregace as mangas!




Marília Cardoso - sócia-fundadora da PALAS, consultoria pioneira na implementação da ISO 56.002, de gestão da inovação.

www.gestaopalas.com.br


Direitos e Deveres na união homoafetiva

Há sete anos, o Público LGBTQ+ vive no Brasil com os mesmos direitos ao casamento e à união estável que um casal heterossexual. Mas ainda chama a atenção o número de pessoas que desconhecem esses direitos. A Resolução 175 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 16 de maio 2013, estabeleceu que os cartórios não podem recusar a celebração de casamentos civis de casais do mesmo sexo ou deixar de converter em casamento a união estável homoafetiva, que já tinha sido concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 5 de maio de 2011.

Hoje, esse público tem o casamento como um direito conquistado. Isso mostra que eles foram equiparados, uma vez que não existe no universo jurídico um ato jurídico tão solene quanto o casamento. Portanto, não há mais espaço para preconceitos.

Caso algum cartório se negue a realizar o casamento homoafetivo, o casal pode procurar o Ministério Público ou o juiz corregedor, que irá obrigar o cartório a realizar o casamento e ainda aplicar sanções administrativas.

Tanto no casamento, quanto na união estável, existe a opção de escolher o regime que melhor interessar ao casal, como por exemplo o da comunhão parcial de bens, da separação total ou da comunhão universal.

Em se falando de casamento, podemos observar que o que muda em relação à união estável é a solenidade do ato e o estado civil que o casal irá adotar, sendo que, na união estável, permanece o estado civil de solteiro.

Como no Brasil existem liberdades de crenças, ainda não há a possibilidade de realização da cerimônia de forma religiosa, mas existem outras alternativas para fazer uma solenidade emocionante e inesquecível para marcar esse momento, afinal, o casamento civil hoje é oficializado no cartório e é um ato legal e legítimo.

Conheça os direitos e deveres do casamento tanto homoafetivo quanto heteroafetivo:

- Direito a escolha do regime de bem (tanto na união estável, quanto no casamento);

- Direito a constituir família, ou seja, o casal homoafetivo pode adotar crianças;

- Direito ao divórcio ou à dissolução da união estável;

- Direito sucessório, ou seja, participa da herança do seu cônjuge ou companheiro;

- Dever de cuidado e sustento dos filhos;

- Dever de lealdade;

 - Direito e dever de respeito mútuo. Afinal, no casamento tudo que é direito é dever, ou seja, você tem o direito de ser respeitado e deve respeitar.

O Direito de Família vem conquistando, ao longo dos anos, ainda mais direitos em favor da família e das diversas formas de amor, mesmo que, em muitos casos, ainda exista preconceito. É dever do profissional da área de família zelar por direitos no que tange à constituição de família, em suas diversas formas.

 




Dra. Catia Sturari - advogada especializada em Direito de Família, atuando há 12 anos na área. Formada pela IMES (Hj, USCS), em São Caetano do Sul, atualmente cursa pós-graduação em Direito de Família pela EBRADI. Condutora do programa Papo de Quinta, no Instagram, voltado às questões que envolvem o Direito de Família, também é palestrante em instituições de ensino e empresas e é conhecida pela leveza em conduzir temas difíceis de aceitar e entender no ramo do Direito de Família.


MSF recebe autorização para trabalhar em áreas indígenas no Mato Grosso do Sul

Ampliação das atividades na região de Aquidauana deve beneficiar mais de 6 mil pessoas

 

A organização internacional de ajuda humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) recebeu autorização para ampliar o trabalho de resposta médica à COVID-19 nas comunidades indígenas próximas ao município de Aquidauana, no estado do Mato Grosso do Sul. Um novo plano de trabalho apresentado às autoridades responsáveis pela saúde indígena foi aceito hoje pela SESAI (Secretaria Especial de Saúde Indígena). As atividades previstas por MSF devem beneficiar mais de 6 mil pessoas que vivem em 11 comunidades e levarão sempre em conta os aspectos culturais da etnia terena, que será atendida.

MSF irá trabalhar nas áreas indígenas sempre em conjunto com as equipes de saúde do município e do Distrito Sanitário Especial Indígena do Mato Grosso do Sul (DSEI-MS). O principal objetivo da organização de ajuda humanitária é oferecer assistência médica com foco na triagem de pacientes com COVID-19. Para isso, MSF irá trabalhar com equipes móveis que visitarão as comunidades e realizarão também visitas domiciliares, com base na necessidade de cada aldeia e em coordenação com a equipe parceira.

No município de Aquidauana, MSF já apoia o hospital regional e as equipes de saúde locais com supervisão médica e capacitação. Agora, com a autorização para a entrada em comunidades indígenas, MSF pretende atuar também com três equipes móveis. Cada uma delas será formada por ao menos um médico e um enfermeiro e pode também contar com um psicólogo, um promotor de saúde e um especialista em água e saneamento, que se revezarão para atender as três equipes. Os profissionais se deslocarão diariamente a comunidades indígenas da região, de acordo com um cronograma previamente definido, para prestar cuidados médicos e fornecer orientações de saúde.

MSF entende a necessidade urgente de assistência nas áreas indígenas e está pronta para começar as atividades com as clínicas móveis o quanto antes.


MSF no Brasil

Médicos Sem Fronteiras está trabalhando na resposta à COVID-19 em mais de 70 países. No Brasil, a organização começou o combate à pandemia no começo de abril. Além da região de Aquidauana, as atividades acontecem atualmente na cidade de São Paulo e em Boa Vista. Desde o início da pandemia, atuamos anteriormente também na cidade do Rio de Janeiro e no estado do Amazonas, em Manaus e nos municípios de São Gabriel da Cachoeira e Tefé.

 

Sobre Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos. Para saber mais acesse o site de MSF-Brasil.

 

 

Estudo aponta que 4 em cada 10 pessoas deixaram de ir ao médico durante a pandemia por medo de contágio

Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing também entrevistou médicos em um estudo qualitativo que mostra grande preocupação da pandemia refletir no agravamento de outras doenças, como o câncer


A Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing realizou em julho sua terceira edição da pesquisa Coronavírus e seu Impacto no Brasil. Esse levantamento foi realizado por meio de questionários online, entre os dias 16 e 21/07, e obteve 1.090 respostas, de todas as regiões do Brasil. O foco desta terceira onda era abordar o sentimento geral da população em relação ao momento atual e à retomada das atividades, principalmente olhando para os setores do Trabalho, Turismo, Saúde e Lazer.

A maior parte das pessoas (65%) acredita que sua Saúde permanece nas mesmas condições pré-pandemia, enquanto para apenas 19% ela piorou neste período recente. No entanto, quatro em cada 10 (42%) precisaram de alguma ajuda média neste período e não foram ao médico por medo de contágio. Os motivos relacionados a esta necessidade variam muito, desde problemas dermatológicos (23% dentre os que precisaram e não foram), dores na coluna (21%), crises de ansiedade ou agravamento de depressão (15%), entre muitos outros. Para quase metade destas pessoas (44%), o problema que a teriam feito ir ao médico em condições normais persiste ou está piorando na falta de cuidado especializado.

 A telemedicina, recentemente regulamentadas no Brasil, não encontram rejeição conceitual neste novo ambiente pós-pandemia. Apenas 6% dizem que não gostam dessa ideia e não fariam uma consulta assim. Outros 29% não simpatizam muito com a ideia, mas recorreriam a ela se houvesse necessidade. Já os demais 55% de entrevistados são simpáticos a essa nova modalidade de atendimento médico. Apesar disso, a maioria ainda não experimentou a nova tecnologia – somente 1 em cada 5 entrevistados (22%) já esteve numa consulta por vídeo.

“Assim como em todos os campos da vida, médicos e pacientes também se viram na necessidade de trazer a tecnologia para suas relações. E essa é uma notícia boa. Abre-se um campo muito interessante para ampliar e diversificar o alcance da medicina por caminhos que até ontem eram cheios de barreiras, inclusive legais”, opina Gabriela Prado, diretora executiva da Demanda.


O que dizem os médicos

Além do estudo com a população, em junho a Demanda também fez um levantamento com médicos, para entender como estão lidando com as mudanças de rotina e o estresse que a pandemia trouxe para seu trabalho e vida pessoal. Doze médicos de diferentes especialidades passaram por entrevistas em profundidade com cerca de 1h cada, e é quase unânime o testemunho de que estão sobrecarregados e emocionalmente expostos diante de toda a situação vivida.

Entre os principais relatos, destacam-se as jornadas extensas para estudar e se apropriar de todo conhecimento novo que o enfrentamento ao vírus requer. “É muito pesado, defino novos protocolos regularmente. Além de um cuidado intensivo dos pacientes, temos que aprender o tempo todo, isso esgota os profissionais”, afirma um médico infectologista participante da pesquisa.

Muitos, ainda, enfrentam problemas estruturais e condições inadequadas em seus locais de trabalho. Falta apoio aos médicos que estão lidando com o problema na ponta, e nesse contexto eles ficam emocionalmente fragilizados, procurando ser o suporte uns dos outros. “A gente dá o ombro um para o outro para chorar, quem estiver melhor, dá uma palavra de positividade. Temos amigos com Covid, temos medo de nossas famílias pegarem”, relata outro participante.

Além dos cuidados consigo mesmos, também afetam os médicos os problemas de saúde que vão se agravando em seus pacientes, ainda que sem relação direta com a pandemia. O isolamento e o medo do contágio têm feito muitas pessoas deixarem de procurar os médicos, e isso pode ocasionar problemas graves num futuro próximo. Um urologista destaca que “sem vir às consultas, muitos deixam de diagnosticar um câncer, por exemplo. Vai haver outra epidemia”

Para Gabriela Prado, o momento é de amparar os profissionais de saúde, tão expostos e ao mesmo tempo imprescindíveis para que o Brasil supere o difícil momento atual. “Como sociedade, precisamos cuidar dos médicos e todos os profissionais de saúde, para que eles possam continuar cuidando de nós. Isso envolve governos, entidades de classe, indústrias parceiras, sociedade civil, enfim, todos nós”, conclui a executiva.


 Pandemia desanima, mas não impede brasileiro de planejar o futuro

 O sentimento geral das pessoas com o momento da pandemia é de desânimo. Cerca de 3 em cada 4 (73%) se diz desanimado atualmente. Ao serem perguntados sobre o que mudou para pior ou para melhor do início da pandemia para cá, metade deles (49%) afirma que a vida mudou para pior no que diz respeito à vivência social e às oportunidades de lazer. Outros 37% sentiram piora no estado psicológico, em seu equilíbrio emocional. Em outro sentido, 41% observaram que melhorou seu engajamento em ações solidárias e 53% estão se relacionando melhor com suas famílias.

 Muitos brasileiros fazem planos para quando a pandemia acabar e somam 70% os que pretendem viajar assim que possível. Outros planos muito presentes são rever familiares ou amigos (58% dos entrevistados) e retomar ou iniciar a prática de algum esporte (42%). Enquanto isso tudo não é possível, boa parte deles admite ter incorporado ou intensificado alguns maus hábitos. A ingestão de chocolates ou doces em geral brotou ou cresceu em nada menos do que 38% do público pesquisado. E o hábito de beber álcool agravou-se ou incorporou-se à rotina de 20% dos internautas brasileiros participantes da pesquisa.

 

A esperança da telemedicina no pós-quarentena

Há anos, no Brasil, que o Conselho Federal de Medicina (CFM) vem tentando regulamentar, de maneira eficaz, a telemedicina. Na morosidade desse processo, todos fomos pegos de surpresa com a pandemia causada pelo novo coronavírus. 

Em países da Europa e nos EUA, por exemplo, consultas realizadas por médicos e especialistas, por meio de videoconferência, já faziam parte da vida das pessoas bem antes da crise sanitária afetar a população em geral. Segundo estudo realizado pela empresa de consultoria McKinsey, nos EUA pré-covid, 11% da população já acessava a telemedicina. Durante a pandemia, pelo menos 49% dos americanos estão usando a ferramenta.

As healthtechs espalhadas pelo mundo oferecem um serviço que, por muitas vezes, foi questionado no Brasil, mas que se mostrou extremamente essencial para desafogar hospitais e prontos-socorros em meio à pandemia. E com o avanço da Covid-19 na população brasileira, a atitude de validar a telemedicina em caráter emergencial foi de suma importância por aqui.

O Ministério da Saúde, por meio da portaria GM/MS 467/2020, trouxe a esperança de que, mesmo após o período de emergência, o atendimento de pacientes por vídeo ganhe mais atenção e seja finalmente regulamentado em moldes assertivos, visando principalmente mais acessibilidade para aqueles que não possuem um plano de saúde.

Mas algumas questões começaram a preocupar e comprometer novamente o andamento dessa regulamentação, como o veto presidencial de um dispositivo que previa a regulamentação da telemedicina pelo CFM após a pandemia. Segundo o presidente Jair Bolsonaro, as atividades médicas por vias remotas devem ser reguladas por lei, o que pode dificultar ainda mais todo este processo. No entanto, nesta semana, a pedido do deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), o veto foi derrubado e a regulamentação segue nas mãos do CFM.

Pedras no caminho que comprometem uma prestação de um serviço tão importante, pois a saúde da população deve ser colocada sempre em primeiro lugar. Aliás, este tem sido o nosso foco e de grande parte dos competentes profissionais de saúde do Brasil. Além disso, empreendedores que não têm medido esforços para ampliar o acesso da população brasileira a um serviço digno de saúde, levando médicos e consultas remotas a qualquer ponto do país onde exista um dispositivo eletrônico conectado à internet.

Mesmo em locais de grande vulnerabilidade social, médicos prestaram e prestam serviço via aplicativos, o que tem permitido a realização de inúmeras consultas por vídeo, resolvendo questões de saúde de baixa complexidade, que, em muitos casos e por muitos anos, dificultaram a vida de muitas pessoas.

Por meio dessas consultas, tem sido possível acompanhar, com sucesso, pacientes de maneira remota e garantir o acesso à saúde mesmo com hospitais e Centros de Terapia Intensiva (CTI) no limite máximo de ocupação. E isso, no contexto da pandemia, tem diminuído o risco de contágio e exposição ao coronavírus, principalmente de públicos mais propensos a desenvolver a forma mais grave da Covid-19.

De certa forma, estamos diante de um fato que certamente comprova o real papel da telemedicina quando o assunto é levar o cuidado médico para pessoas que dependem, na maioria das vezes, do Sistema Único de Saúde (SUS) ou, ainda, daquelas que estão totalmente à margem de qualquer tipo de assistência médica. Mas os benefícios da telemedicina não podem ficar restritos apenas a um momento específico da nossa história.

De acordo com o estudo de demografia médica realizado pelo CFM em 2018, o Brasil tem uma razão de 2,18 médicos por mil habitantes, no entanto, há uma imensa desigualdade na distribuição dos médicos pelo país. Existem capitais com uma razão de até 12 médicos por mil habitantes, e regiões do interior do Nordeste possuem valores inferiores a um médico por mil habitantes. O uso da tecnologia para prover acesso a saúde se mostra essencial nesse cenário.

Longas filas de espera, consultas particulares com altos preços, planos de saúde inacessíveis para a maioria da população e todos estes fatores que nós conhecemos bem de perto deste cenário. Tudo evidencia o quanto atendimentos online precisam fazer parte do cotidiano dos brasileiros o quanto antes.

Inúmeros são os casos de healthtechs que já disponibilizam profissionais da saúde de várias especialidades, como psicólogos, psiquiatras, nutricionistas, ginecologistas, pediatras, clínicos gerais, médicos da família, entre outros, com o objetivo de atender uma demanda significativa de pacientes com valores justos.

Mostrar que a telemedicina é primordial, seja dentro do período de uma pandemia ou não, é valorizar o ser humano em sua necessidade mais básica, que é o direito de viver de maneira saudável. E nós estamos dispostos a contribuir com isso.





Pedro Pássaro - médico Oftalmologista especialista em Retina e Vítreo, com título de especialista pelo Colégio Brasileiro de Oftalmologia (CBO), e COO da OnDoctor, healthtech que oferece consultas com profissionais de saúde por meio de aplicativo exclusivo.

 

Os reflexos do pacote anticrime nos esquemas de pirâmide financeira e Ponzi

O chamado “Pacote Anticrime”, que entrou em vigor neste ano com o objetivo de ampliar a eficácia no combate ao crime organizado, ao crime violento e à corrupção, além de reduzir pontos de estrangulamento do sistema de justiça criminal, também está gerando reflexos diretos nos aspectos criminais relacionados as pirâmides financeiras e esquemas Ponzi. São efeitos que surgiram em razão das alterações e acréscimos de diversos dispositivos do Código Penal (CP), do Código de Processo Penal (CPP), além de outras leis, como a Lei 7.210/84 (LEP), que acompanharam o pacote.

Pirâmides financeiras (ou “esquemas de pirâmide”; pyramid schemes, em inglês) são esquemas fraudulentos e criminosos que de tempos em tempos se colocam em evidência no noticiário, pela capacidade de atrair – e lesar – grande quantidade de pessoas.

São também denominadas às vezes como “esquemas Ponzi” (Ponzi schemes, em inglês), que, embora se trata de sistemas diferentes, ambos são ilegais e fraudulentos.

Essas fraudes têm ganhado destaque com a disseminação da internet, que facilitou a divulgação de novos esquemas e a captação de investidores pouco informados, muito ávidos de ganho fácil ou excessivamente otimistas quanto às possibilidades de manutenção sustentável dessas atividades.

Além da disseminação da internet, o advento das criptomoedas deu escala para essas fraudes, principalmente para o centenário esquema criado pelo vigarista Charles Ponzi, um dos maiores golpistas do século 20. O esquema que leva seu nome consiste em uma operação fraudulenta sofisticada que envolve a promessa de pagamento de rendimentos anormalmente altos ("lucros") aos investidores à custa do dinheiro pago pelos investidores que chegarem posteriormente, em vez da receita gerada por qualquer negócio real.

Algumas alterações promovidas pelo pacote anticrime impactaram diretamente nesses esquemas. Cabe inicialmente destacar o acordo de não persecução penal. Pelo texto, o Ministério Público pode propor o acordo, antes da denúncia, se o investigado tiver confessado a prática de um crime sem violência ou grave ameaça. A infração penal deve ter pena mínima menor que quatro anos.

As modalidades de crime contra a economia popular, no caso das fraudes conhecidas no jargão coloquial como “pirâmide”: a vítima entrega determinados valores de natureza econômica ao agente criminoso sob a promessa de obter lucros futuros. A infração penal vem prevista no artigo 2º, da lei 1.521/51:

Art. 2º: IX - obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos ("bola de neve", "cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes);

No que concerne às diferenças entre o artigo 2º, inciso IX da lei 1.521/51 e o estelionato, deve-se atentar para o número de vítimas atingidas e para o momento consumativo.

Assim, se a conduta atingir um número indeterminado de pessoas, estará caracterizado o delito contra a economia popular. Desse modo, perfeitamente se enquadra os requisitos para o acordo de não persecução penal. No que tange essa opção, a pena é tão pequena que certamente os vigaristas ignorarão essa possibilidade ante a certeza da impunidade.

De outro modo, se as vítimas forem identificadas, estaremos diante de estelionato, que exige a obtenção da vantagem indevida, o que no crime contra a economia popular não é necessário o recebimento da vantagem perseguida pelo agente, visto tratar-se de mero exaurimento.

Em relação ao estelionato, a mudança foi bem significativa. A ação penal passa a depender de um aval da vítima para que o Ministério Público formalize a acusação na Justiça. Há exceções: MP poderá agir sem a representação se a vítima é a Administração Pública, criança ou adolescente, pessoa com deficiência mental; maior de 70 anos ou incapaz.

A formalização do interesse em representar por parte das vítimas passou a ter um peso muito grande no desfecho desses casos, pois o estelionato permitirá até mesmo a configuração do crime de organização criminosa, que no concurso material aumentará de forma significativa as penas, diante do previsto no artigo 69 do Código Penal, nos casos de concurso material, já que será realizada a dosimetria de cada um dos crimes, isoladamente (artigo 68 do Código Penal), e, após o sistema trifásico de cada uma das infrações penais, as penas serão somadas.

A presente mudança também facilitará o controle do Ministério Público em observar se de fato as vítimas estão sendo ressarcidas para atenuar a pena, pois constantemente esses vigaristas, como parte do roteiro desses golpes oferecem aos investidores uma falsa garantia de que irão receber, se utilizando disso para induzir a erro as autoridades, transparecendo que estão agindo de boa fé, sendo apenas mais um golpe dentro do golpe.

Essa mudança passa a ter um efeito significativo levando-se em conta que embora o ressarcimento do prejuízo antes do recebimento da denúncia não exclua o crime de estelionato cometido na sua forma fundamental (art. 171, caput, do CP), o pagamento para os que optaram em representar influirá diretamente na fixação da pena, nos termos do art. 16, do Estatuto Repressivo.

Diante dessa mudança, necessário os que foram vítimas dessa natureza buscarem também a esfera criminal, pois hoje o Ministério Público não dará andamento se não for provocado.

Mudanças significativas na formatação, mas pouco eficazes no combate a esse tipo de crime fraude que não para de crescer no Brasil. Por isso, se faz urgente a aprovação do Projeto de Lei 4.233/2019, de autoria do senador Flávio Arns (REDE/PR), que busca criar o tipo penal da pirâmide financeira, endurecendo a pena para quem for condenado nesse esquema fraudulento. Somente com o fim desse sentimento de impunidade, bem como o perdimento de bens e valores adquiridos com o proveito do crime, é que efetivamente serão combatidos esses criminosos que devassam as economias de milhões de brasileiros.

 



Jorge Calazans - advogado especialista na área criminal, conselheiro estadual da Anacrim e sócio do escritório Calazans & Vieira Dias Advogados, com atuação na defesa de vítimas de fraudes financeiras.

 

Aposentados que necessitam de assistência permanente tem direito a adicional de 25% no benefício mensal

 Segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que necessitam de assistência permanente de terceiros possuem o direito a um adicional de 25% sobre o valor recebido na aposentadoria por invalidez. A Lei 8.213/91 garante o benefício intitulado como auxílio-acompanhante a todos os aposentados nesta modalidade que necessitam de apoio para tarefas cotidianas como tomar banho, ir ao banheiro, fazer a refeição, ir ao mercado, entre outras atividades. Especialistas ressaltam que outros segurados aposentados, mesmo que não sejam inválidos, mas que necessitam de um acompanhamento permanente conseguem obter o benefício na Justiça.

Exemplos de situações que dão direito à aposentadoria por invalidez e ao adicional de 25% são os de aposentados acometidos de cegueira total, alienação mental, perda de membros, doenças que exigem permanência contínua em leito, entre outras, assim como os casos de segurados que estão internados em casas de repouso.

João Badari, advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados, explica que é necessário que o segurado agende uma perícia médica na autarquia federal, por meio do site e aplicativo “Meu INSS” ou do telefone 135, para comprovar que possui direito ao aumento do benefício. “No momento de pandemia, não estão ocorrendo as perícias e o aposentado deve aguardar a reabertura das agências (prevista para o dia 24 de agosto). O benefício já pode ser requerido desde o momento do pedido da aposentadoria por invalidez, não necessitando realizar duas perícias e informando desde o início ao perito que necessita de um cuidador”, orienta.

Caso o pedido seja negado pelo INSS, o aposentado tem como alternativa procurar a Justiça para garantir o seu direito. “Este método judicial é utilizado muitas vezes tendo em vista a grande recusa de ter concedido este adicional de forma administrativa”, acrescenta Ruslan Stuchi, sócio do escritório Stuchi Advogados.

A esfera judicial também é o caminho para que outros segurados, mesmo que não tenham se aposentado por invalidez, obtenham o benefício. Leandro Madureira, advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Mauro Menezes & Advogados, ressalta que é comum que aposentados de um modo geral passem a depender de terceiros no decorrer da vida. “Esses segurados possuem um custo de vida muito maior do que aqueles que não precisam da assistência. Provocado administrativamente para a extensão do percentual de 25%, o INSS costuma negar o benefício sob a justificativa de que seria devido somente para as pessoas aposentadas por invalidez”, relata.


Extensão do direito

E um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que deve entrar em breve na pauta, poderá decidir sobre a constitucionalidade e garantir a extensão definitiva para todos o segurados. Isso porque em agosto de 2018, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que o direito ao auxílio-acompanhante deveria ser garantido a outras espécies de aposentadoria em razão da legislação internacional e do princípio da dignidade da pessoa humana. Contudo, em março do ano passado, a Primeira Turma do STF atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União e suspendeu todos os processos relacionados ao tema. 

Erick Magalhães, advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio do escritório Magalhães & Moreno Advogados, afirma que a discussão no Supremo não atinge apenas a esfera jurídica, mas a política e econômica, já que uma eventual decisão favorável aos segurados teria impacto nos cofres públicos. “Se fosse por questão de lógica jurídica, teria que julgar constitucional. Não faz sentido o benefício ser limitado à aposentadoria por invalidez no caso de uma pessoa que está aposentada pela aposentadoria especial, na constância dessa aposentadoria se torna inválida, não pode mudar o benefício para a aposentadoria por invalidez, mas necessita de cuidados permanentes", exemplifica.

O advogado Leandro Madureira analisa que se a decisão do Supremo for favorável à extensão do direito, será criada a garantia de que poderão contar com uma compensação financeira maior todos os segurados que necessitarem do auxílio permanente. “Se, por outro lado, a decisão for negativa, a interpretação literal da norma obrigará o Judiciário a enfrentar pedidos de revisão de aposentadoria, tão somente para garantir que o espírito da lei, que é o de garantir a proteção social, seja observado”, alerta.

Para  João Badari, a decisão do STF pode garantir situações iguais aos segurados que necessitam do auxílio de terceiros. "Caso favorável, o STF irá trazer dignidade a muitos aposentados. Sabemos que muitos filhos, netos e até mesmo amigos deixam de trabalhar para ajudar o aposentado que não consegue sozinho sobreviver. Será um grande avanço na tão sonhada justiça social, onde esperamos que o INSS decida de acordo com os princípios emanados pela Constituição Federal e não apenas por argumentos econômicos”, finaliza.

 

Estamos mais frágeis na pandemia: veja 5 dicas de como não cair em uma armadilha ao começar um negócio e/ou adquirir uma franquia neste período

 Ansiedade e medo, em decorrência da pandemia, podem impedir das pessoas de terem 

decisões acertivas nos negócios com os pés no chão (Foto: Karina Carvalho


Atente-se aos 5 passos para não cair em armadilhas indicados por advogados, psicólogos e especialista


Com mais de 100 mil pessoas mortas no Brasil em decorrência do coronavírus, cresce um sentimento nos brasileiros: o medo. Esse sentimento não tem relação apenas com a preservação da vida, em excesso as pessoas tendem a ficar acuadas, ter depressão, e terem a ideia fixa de que irão ficar sem trabalho e sem condições financeiras para se manterem. Para a professora de psicologia da UFPR (Universidade Federal do Paraná), o medo é bem-vindo num primeiro momento, pois nos leva a tomar atitudes para enfrentar um perigo. O problema é quando temos o excesso desse sentimento.


Em março e abril, início da pandemia no Brasil, 1,1 milhão de vagas com carteira assinada foram fechadas. Somado os empregos formais com os informais, a taxa de desemprego chegou ao recorde de 12,6%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). "Muitos desses brasileiros que ficaram desempregados enxergam no empreendedorismo o caminha para se reerguer. Todavia, não analisam o momento da vida que estão, se estão com equilíbrio emocional para aguentar esse período pouco previsível que estamos, e se estão dispostos a analisar bem o negócio/franquia antes de investir o aporte que tem. É preciso uma análise interna, antes de investir em um negócio próprio ou em um modelo de franquia", explica Thaís Kurita, advogada especializada em franchising da Novoa Prado advogados.

De 55 países analisados pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), divulgado em 2020 com dados de 2019, o Brasil está entre os dez primeiros países onde a falta de emprego é o que impulsiona o brasileiro a empreender.


Somado o medo em decorrência de um momento nunca vivido pela população, em decorrência da pandemia, o desemprego a números recordes, e a necessidade de empreender por sobrevivência, Adriel Braga, Gerente de expansão do CEBRAC e Thaís Kurita, advogada da Novoa Prado e especializada em franchising lista 5 dicas para não cair em armadilhas no investimento do seu negócio/franquia nesta pandemia:

1) Se atente a COF (Nova Lei de Franquia de Março de 2020)


Caso você opte por investir em um modelo de franquia, pesquise o segmento que deseja investir e leia todas as COFs (Circular de Ofertas) de cada franquia. A nova lei de franquia traz mais transparência a dados que outrora ficavam apenas no contrato. Como multas, contatos de franqueados existentes e que já saíram do modelo de negócio, qual o valor do aporte necessário, projeções de faturamento, e etc. Leia, fale com franqueados, e analise bem várias opções antes de optar por uma franquia. Aconselha Thaís Kurita, advogada da Novoa Prado especializada em franchising.

2) Analise o suporte da franqueadora e/ou estude bem como operar um negócio caso não opte por franquia


Em um momento tão instável como atual, aconselhamos ao indivíduo a optar pelo modelo de franquias. Por ser um modelo já testado e que já passou por outras crises políticas/econômicas no país. Analisar desde o estudo do ponto ao treinamento que terá são alguns dos deveres de casa do novo franqueado. No CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos), por exemplo, temos a Unicebrac que é uma verdadeira universidade para treinar novos franqueados e colaboradores. Pesquisar qual suporte terá antes, durante e após a compra da franquia é essencial para o sucesso da franquia que você optar. Esclarece Adriel Braga, Gerente de expansão do CEBRAC.

3) Respeite o seu emocional


Esse conselho parece óbvio, mas como advogada percebo que muitos candidatos a franqueados se preocupam com o aspecto legal e não com o seu mental. Isso porque na circular de oferta há dados importantes como a operação da franquia. Se é necessário trabalhar aos finais de semana, carga horária exigida para o negócio operar bem, dedicação necessária desse franqueado no operacional, entre outros. Por isso, a importância desse candidato avaliar a sua vida. Estou em uma fase que posso me dedicar 100% ao negócio?! Devo ter sócio?! Tenho equilíbrio para abrir um negócio no meio da pandemia?! São aspectos essenciais a serem avaliados antes de investir as suas economias em um negócio. Evidencia Thaís Kurita.

4) Pondere se está disposto(a) a mudar de cidade


Há muitos candidatos a franqueados que na ânsia de ter um negócio lucrativo acreditam que lidaram bem com o fato de mudar de estado e/ou região. Há muitos praças no interior com potencial para crescimento e perspectiva de qualidade de vida e lucratividade, porém somado a esses aspectos positivos vêm os ônus do início de qualquer negócio. Que são: a dedicação full time ao negócio, ficar longe de amigos e familiares, e etc. O candidato deve ponderar se tem estrutura mental/emocional para esta fase. Os ganhos surgem e não demoram a surgir dependendo da franquia. No CEBRAC, por exemplo, a margem de lucro pode chegar a 25% do faturamento bruto. Estamos falando de 40 mil reais mensais dependendo da praça. Logo, analisar o momento da vida atual, se compensa investir em mais de um negócio para se manter na cidade de origem e/ou mudar de local é importante para o sucesso do empreendedor.

5) Fuja da promessa de lucros imediatos


Seja no mundo do franchising ou fora dele não acredite em milagres. O valor do aporte que você fará no negócio será proporcional ao projetado para o lucro. Logo, distribua bem os recursos financeiros que possui e não coloque todos no mesmo negócio. Lembre-se da reserva de emergência e do conselho tão antigo das nossos avós: não coloque todos os ovos na mesma cesta. A lei é diversificar. Finaliza Kurita, advogada especializada em franchising.

 

CEBRAC - Centro Brasileiro de Cursos

www.cebrac.com.br

 

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