Pesquisar no Blog

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Saúde: um mercado imperfeito



Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a saúde é “o estado de completo bem estar físico, mental e social, e não a simples ausência de doença ou enfermidade” e nossa Constituição Federal dispõe, no artigo 196, que a “saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”.

Essas definições de saúde são, na verdade, objetivos amplos a serem perseguidos, enquanto a manutenção e recuperação (ou não) da saúde pessoal é uma consequência da assistência à qual todos têm direito. Para os economistas existe uma “economia da saúde”, um mercado composto dos bens materiais (hospitais, unidades de saúde, máquinas, equipamentos, aparelhos, medicamentos etc.) e dos serviços prestados por médicos e os demais profissionais da área da saúde.

Um dos principais desafios enfrentados pelo SUS, cuja lei completa 30 anos em setembro próximo, é o de ser único e universal. Um sistema público nacional e único de saúde é chamado de universalismo, isto é, um serviço público pago pelo orçamento fiscal, à disposição de toda a população. Embora sujeito aos males inerentes às estruturais governamentais, como ineficiência e corrupção, um sistema público é conceitualmente meritório, humanitário e defendido por muitos, inclusive vários economistas liberais, sob certos argumentos.

O primeiro argumento é o do interesse público, defensável sempre que seja necessária uma superestrutura pública capaz de prover segurança e proteção contra ameaças e fontes de sofrimento que superam a capacidade individual de solução, como agressões externas, catástrofes naturais, pandemias, colapsos de abastecimento etc. Nesses casos, a sociedade consente em abrir mão de uma parcela de sua liberdade para submeter-se a um poder instituído destinado a atender às necessidades decorrentes do flagelo coletivo.

O segundo argumento é a repercussão coletiva. Neste caso específico, é a existência dos elementos que tornam o capital humano eficiente, produtivo e capaz de aumentar o produto/hora de trabalho ao ponto de construir uma nação economicamente rica, socialmente desenvolvida, sem pobreza e sem miséria. Os dois principais elementos já identificados pelos estudos econômicos nos últimos 300 anos, com expressiva repercussão coletiva, são a educação e o padrão de saúde da população.

Então, temos aqui considerações econômicas a favor da implantação de um sistema nacional de saúde capaz de manter bom padrão de saúde para todos, além das considerações humanitárias e as vinculadas à solidariedade humana. Quando o interesse econômico casa com o amor ao próximo, temos o casamento perfeito. Ou seja, um sistema de saúde pública de qualidade tem a capacidade de atender ao interesse econômico e, simultaneamente, cumprir o imperativo de solidariedade social e amor ao próximo.

O terceiro argumento a favor de um sistema universal de saúde vem das falhas de mercado. Em todo mercado há pelo menos quatro atores: o produtor, o consumidor, o produto e o preço. Nas economias livres, é no embate de interesses antagônicos entre comprador e vendedor (quando há muitos produtores e muitos consumidores, de forma a não haver dependência um do outro), que aparecem as vantagens da livre concorrência e as transações satisfazem os dois lados.

Sem esses atributos, o mercado apresenta falhas que prejudicam a competição e a soberania do consumidor, resultando em transações menos eficientes e distorções na formação de preços. Nesses casos, justificam-se intervenções governamentais e alguma regulação. O setor da saúde é um mercado que apresenta certas falhas, no sentido econômico da palavra, algumas das quais estão a seguir.
  • Necessidade não mercantil. A assistência médica, uma cirurgia, um procedimento terapêutico e os serviços médicos de modo geral não são opcionais, porquanto o consumidor não é totalmente autônomo. Em geral, a necessidade de atendimento é uma imposição das doenças, acidentes e anomalias físicas ou mentais, em grande parte fora do controle individual. Eu tenho escolha entre comprar ou não comprar um sapato ou um carro. Mas, se sofro um acidente ou problema qualquer em meu organismo, não tenho escolha: necessito de um atendimento médico ou pereço.
  • Os Produtos não são comparáveis. Se quero comprar um camisa, tenho centenas de opções, modelos, preços e fornecedores. Minha liberdade de escolha é ampla. Mas se sofro um infarto e somente uma ponte de safena me salva, não tenho tempo nem opção de modelos. Minha liberdade de escolha é quase nenhuma, nem deve haver uma ponte de safena para pobre e outra para rico. Como produto, as cirurgias são padronizadas (ou pelo menos deveriam ser).
  • Reduzida autonomia do consumidor. Para comprar um carro, pesquiso, visito lojas, pergunto, avalio e decido com autonomia. Agora imagine que você esteja em viagem e sofre um acidente. Alguém chama uma ambulância e você é entregue ao primeiro hospital que há, nas mãos do médico de plantão. Não há escolha. Essa é uma das razões pelas quais os cursos de Medicina devem ser regulados e fiscalizados com rigor. Você somente descobre quem o atendeu quando sair da anestesia pós-operatória (se sair).
  • Concorrência imperfeita ou inexistente. O Brasil tem 5.570 municípios, somente 1.427 têm acima de 25 mil habitantes. Portanto, são 4.143 cidades com menos de 25 mil, sendo que 1.200 têm menos de 5.000 habitantes. Isto é, na maior parte do país, as opções de escolha são poucas ou quase nulas. O consumidor (chamado apropriadamente de paciente) não tem saída. Não se pode julgar o mercado da saúde de toda uma nação pela lógica das cidades grande.
  • Consumo do serviço simultâneo à produção. O serviço de saúde é produzido no exato momento em que é consumido. Não há cirurgias de safena em estoque para você comprar quando seu coração falhar. Não é você que decide quando seu coração vai entrar em colapso. Claro, seus hábitos podem indicar para onde você está indo com sua saúde, como também há cirurgias e procedimentos de emergência, urgência e os meramente eletivos.
  • Formação de preço deficiente. Pelas características citadas, e outras mais, a formação de preço nos serviços de saúde é deficiente. Não é um mercado competitivo nos moldes dos bens e serviços de consumo opcional. Nem nos planos de saúde a formação de preço é simples. Há o médico, o paciente, o serviço e o preço. Só há um problema: o pagador não é o cliente (paciente), é a operadora do plano. Então, surge aqui um quinto ator nesse mercado, o que dispensa o embate entre cliente e fornecedor, permite abusos e desperdícios, obrigando as operadoras a terem enormes equipes de auditoria.
O Brasil está longe de ter somente o SUS como sistema único e universal e poder dispensar outras soluções de mercado, como os planos individuais ou empresariais. Mas algo tem que mudar. O coronavírus teve a virtude de mostrar as virtudes e os vícios do sistema.





José Pio Martins - economista e reitor da Universidade Positivo.



O normal dos anormais



 A palavra comum é a corrupta do sentido “como um”. Sua origem monta os princípios da sociologia e busca dar sentido aos fenômenos sociais que atingem a todos, “como um”.

Vamos dando botinadas, cabeçadas nos portais e caneladas em tudo que não vemos - até que um outro se comporte “como um” e mais alguém se comporte “como um”. Quando uma massa de “como um” se forma, é porque o comportamento da maioria orientará a todos, deixando então de ser “comum” e passa a ser reconhecido como “normal” - aquilo ou aquele que segue a norma.

Apenas déspotas ou ditaduras corruptas promovem o “normal” em detrimento ao comum. Norma que se evade do senso comum só funciona “sob vara”. 

Eu estive por duas vezes na Tailândia e, em ambas, tive a oportunidade de treinar no camp com Khaosai Galaxy - peso pena com 41 vitórias por KO na sua carreira. Ele deve ter uns 1,60m e pesar algo ao redor de 55kg. É quase imbatível para todas as categorias mas para um adversário peso pesado, não tem “quase” não... é impossível acertá-lo dentro das regras tailandesas. Uma vez durante os ensinamentos depois do treino, ele nos contou a fábula da iluminação de Bangcoc. Ele nos contou que o rei Rama I, olhando para porção mais pobre de sua cidade do outro lado do Rio, separou uns bons cobres e determinou a iluminação noturna da cidade. Seu ministro então recolheu o cascalho do rei e guardou. Ato contínuo, determinou ao seu chefe de polícia que obrigasse, sob pena de morte, a todos os moradores de ambas as margens do rio, a iluminar suas casas com lampiões fortes o suficiente para iluminar suas casas e calçadas. 

No dia seguinte, o rei Rama I, antes de cair nos braços de Morfeu, foi até a varanda do seu novo palácio e contemplou seu nome, a ser escrito com luz na história. O seu ministro então... ficou duplamente feliz: por ter cumprido com folga as ordens de seu rei tanto quanto engordou e muito suas finanças pessoais com sua parte do butim.

Não houve nem “eu” nem “você” nem o “como um”. Não houve o que fazemos em comum nem nada que justificasse o estabelecimento de uma nova “norma”. Simples assim, como costuma dizer o meu brilhante amigo, Arquiteto Eduardo Manzano: acende ou morre. O normal em Bangcoc já em 1700 e bolinho era de cumprir a ordem. Eventualmente, esta ordem minguou e o rei “quem-quer-que-seja” passou a iluminar a cidade. Normal? Novo normal? Faltou povo nessa história absurda... lembra alguma coisa? Tipo, “Todo poder emana do povo e em seu nome será exercido”?

Notem que o primeiro conjunto de leis e regulamentos sociais que reconhecemos como normal, tem seis mil anos. O Código de Hamurabi, cuja a origem se reputa ao grande Rei Hamurabi, foi um exercício de compilação de conhecimento comum. Ao Rei coube apenas compilar e observar o que já era praticado “como um” e daí colocar sua assinatura e transformar em “norma”. A partir da iluminação de Bangcoc e a partir de inúmeros exemplos de atos de governo, fica convencionado entre os historiadores que “a norma é consequência natural do senso comum e de sua observação.” 

O que temos então para o jantar de hoje?

“A consciência cívica da classe média co-existe com o “medo da vara” que atinge as classes mais baixas.” 

Dá uma folhada aí no filósofo Austríaco Hans Kelsen (que na verdade nasceu em Praga) ou no francês Emile Durkheim e tudo ficará mais claro, além de divertido! 

Achar que o mundo mudará, igual roteiro de “Guerra dos Mundos” é tomar partido político contra a nação, qual seja, contra si próprio. Precisamos antes de mais nada, observar se agimos “como um”, se temos um senso que privilegia a sociedade e que podemos chamar de comum. Um novo normal, quando não há concordância sobre o que é ou não aceito pelo bem comum, está fadado a virar o “quase normal” ou mesmo, um “anormal”. 

Há um ditado em comunicação que diz que a “verdade é a primeira vítima da guerra.” Aqui, nos jatos de tinta da minha impressora, parece-me que emergencialmente um certo Estado quer impor a uma certa Nação, seus fios de marionete. Óquei, entendi. Emergencialmente, temporariamente. Mas, se temos governos nas 3 esferas que não são assim tão confiáveis; se temos órgãos de imprensa que são simbioticamente alimentados pelo governo e deste governo tiram seu sustento; se temos oposição que (...) não quero nem pensar e finalmente; se temos um judiciário que jamais! jamais! teve legitimidade para nos representar como nação, eu devo admitir que estamos meio perdidos mesmo... 

Ordens, contra-ordens, desobediência civil e a falsa independência dos poderes operam seus milagres para que a sociedade exista a sombra da democracia. Porque? Sei lá. Eu deixo a resposta com vocês. 

Mas normal e/ou anormal, precisam de um pouco de participação da sociedade.

Algo ali, tipo 99%.






Julio Gavinho - executivo da área de hotelaria com 30 anos de experiência, sócio e Diretor da MTD Hospitality, Diretor Executivo” da Dee Participações e professor do curso de MBA em hotelaria de luxo e do curso de MBA em arquitetura de luxo da Faculdade Roberto Miranda.


PARA SER PAI


Não precisa estar maduro, você amadurece no caminho. 
Não precisa ser capaz de gerar uma vida biológica, é só cuidar de vidas
Para ser pai, não precisa ter dinheiro, o que vale é sua dedicação.
Para ser pai não precisa ter tempo, o que vale é qualidade.
Para ser pai não basta poder recriar, é preciso reinventar-se.
São muitas as receitas, os modos, as possibilidades. Não há certo e nem errado, mas o que é possível dentro das condições e recursos disponíveis. Porém em qualquer condição e com qualquer recurso,  a única coisa que a paternidade exige é a sua atenção. 
É comum estarmos focados no planejamento, nas informações, nos manuais e em todo e qualquer recurso que encontramos para aplicar quando a paternidade chegar, quando a adolescência acontecer, para lidar com o masculino e o feminino… E tudo isso é super importante, no entanto não é suficiente para trazer segurança e presença. Qualidades que fazem toda a diferença no contato e na formação de seu filho. 
A relação é o ativo mais importante para você ensinar e aprender com seus filhos. Por isso, a abertura para o desconhecido é totalmente imprescindível no processo. 
Construir uma relação de confiança, segurança e acima de tudo igualdade, deixando-se ser vulnerável, transparente e ao mesmo tempo estabelecendo que estes são os espaços de segurança, potência e abundância é o que faz de homens, pais que são capazes de liderar as crianças para a sua melhor versão e a liberdade de serem quem são em empatia, compaixão e auto confiança, mesmo em um mundo caótico, incerto e líquido da modernidade. 

Para isso
·  Respirar conscientemente. 

·  Sentir o toque do encontro de sua pele com a pele de seu filho

·  Prestar atenção nel@ como se não houvesse amanhã. 

·  Entregar-se completamente para o descobrir juntos o que será. 

·  Validar a criança como ser humano e não como um mini adulto, menino ou menina. 

·  Prestar atenção em seus limites, seus preconceitos e minimizar seus impactos na manifestação da espontaneidade de seu filho
Não há receitas para a sua paternidade, só você poderá saber como ela é, mas há ferramentas que ajudam a percepção e facilitam a emergência do pai que existe em você. 
Boa sorte em seu caminho e parabéns por encarar esta jornada de descoberta de si mesmo. 
Se você curtiu e quer se aprofundar, ouça o podcast Mindful Moment. Lá você encontra práticas de mindfulness que irão ajudar você a ficar no presente.   




Roberta Ribeiro - médica infectologista (Unifesp), Instrutora de Mindfulness pela Escola Médica da Universidade de Massachusetts e podcaster do Mindful Moment - programa com episódios diários com conteúdo tanto para estudo quanto para a prática.

Como aprimorar processos e economizar tempo por meio da logística 4.0?



Caracterizada pela conexão, incorporação, desenvolvimento e modernização de processos, tarefas, equipes e gerenciamento de dados, além da adoção de sistemas em nuvem e uso de tecnologias sustentáveis, a logística 4.0 tem se tornado cada vez mais, a medida ideal para qualquer empreendimento de transporte de cargas que busque aprimorar a sua rotina diária de operações e oferecer serviços mais ágeis e assertivos.

De acordo com Felipe Marçal Cota, engenheiro de produção e CEO da Transcota – Logística e Transporte, a aplicação das práticas e ferramentas da logística 4.0 pode aperfeiçoar processos e contribuir para a aceleração de atividades. "Dentre os principais benefícios estão a maior agilidade no controle de estoques, armazenamento de produtos e entrega de encomendas, e o aumento da dinamização de procedimentos internos e externos. Todas estas vantagens ajudam a elevar a produtividade e a eficiência das funções desempenhadas", avalia.

Ainda segundo o empresário, a tomada de decisões é facilitada ao ter como base dados e indicadores estratégicos, que são obtidos por meio da análise automática de informações advindas tanto da própria empresa, quanto dos clientes e fornecedores. "Esse trabalho é feito por meio do uso de ferramentas e serviços tecnológicos como o Big Data, Business Intelligence (BI), Customer Service, Electronic Data Interchange (EDI), analytics, digital twin, machine learning. O BI auxilia na junção de dados, já o EDI automatiza as transações comerciais com outras empresas. O Customer Service permite a otimização das informações para a configuração de um trabalho mais customizado e atento às demandas de cada cliente, desde o escopo inicial até a execução. Estes três dispositivos juntos de todos os outros, acabam impulsionando a apresentação de resultados reais de maneira rápida e simples", explica.

A estruturação de registros, servidores, pastas e computadores em nuvem, ainda permite o acesso remoto a estas informações em qualquer lugar do mundo, e consequentemente, contribui para a economia de tempo e redução de gastos.

"Também vale lembrar que, tendo como base a logística 4.0, todas as informações são disponibilizadas aos clientes em ambiente web e via e-mail com follow-up diário. Desta forma, além de evitar prejuízos nas operações, o alto nível de controle permite a antecipação e correção preventiva de possíveis erros, evitando riscos desnecessários", observa.



Detran.SP disponibiliza agendamento para provas práticas de direção no Estado



O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) retorna a aplicação das provas práticas de direção em todo o Estado a partir de segunda-feira (27). Por meio de agendamento prévio pelo sistema e-CNH, os Centros de Formação de Condutores (CFCs) poderão atender alunos que tiveram o processo de habilitação interrompido durante o período de quarentena.
Em junho, o governo estadual permitiu, de forma gradual, que as atividades dos CFCs fossem iniciadas com as aulas práticas. A partir de agora, o processo se estende à aplicação dos exames práticos, em ambientes abertos, de forma segura, aderente ao Plano São Paulo, seguindo protocolos sanitários do Detran.SP, debatidos com entidades que representam a categoria. O material está disponível no portal – www.detran.sp.gov.br.
Para o diretor-presidente do Detran.SP, Ernesto Mascellani Neto, a ampliação dos serviços digitais e as inovações tecnológicas trarão benefícios aos profissionais também após o período de distanciamento social. “O Detran vem trabalhando intensivamente para melhoria dos serviços prestados e o nosso objetivo é aprimorar cada vez mais os procedimentos para garantir agilidade e autonomia aos processos de habilitação. Não mediremos esforços para que o retorno aconteça de forma segura, possibilitando que as autoescolas mantenham suas atividades e o pleno atendimento dos seus alunos”, destaca Neto.
Entre as ações realizadas pelo órgão este mês, estão a entrega de 320 mil Certificados de Registro do Veículo (CRVs) via drive thru, tanto para despachantes quanto para particulares, e de 65 mil CNHs, via drive thru, para CFCs, e pelos Correios, para os endereços de cadastro dos cidadãos. 
Por meio dos serviços online, o Detran.SP ampliou em 48% as opções digitais para manter os atendimentos aos usuários. Entre as 64 opções disponíveis no portal (www.detran.sp.gov.br) e pelo aplicativo Detran.SP, estão renovação simplificada e segunda via de CNH, licenciamento, transferência, registro e liberação de veículo, consulta de multas e de pontuação na CNH, entre outros.
Com relação às aulas teóricas, o sistema de reconhecimento facial, desenvolvido pela Prodesp para que os alunos possam realizar as aulas de forma remota, em casa, já está pronto e as empresas podem disponibilizar mais essa opção a seus clientes. 
Vale lembrar que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) alterou de 12 para 18 meses o prazo para conclusão do processo de habilitação.

Brasil não experimenta homeschooling durante isolamento

Ensino em casa durante isolamento
não é considerado homeschooling
Créditos/Freepik

“Pais em home-office, crianças em homeschooling”, essa é uma frase que muitos já ouviram ao longo dos últimos meses, com o isolamento social causado pela pandemia do Covid-19, mas, segundo educadores, seu uso está incorreto. Apesar das muitas dúvidas a respeito da Educação neste momento de isolamento social, uma coisa é certa: o Brasil não está aplicando o homeschooling. 

Segundo o mestre em Educação, especialista em Gestão Escolar e supervisor pedagógico da Editora Aprende Brasil, Pedro Lino, o “homeschooling” (do inglês, ensino domiciliar) é um dos termos que mais sofrem más interpretações nesse período. “Essa modalidade de ensino se dá quando a família opta por fazer os estudos dos filhos inteiramente em casa, contratando ou não um professor particular, porém, sem que para isso esteja relacionado a uma instituição e ao seu currículo”, explica. Embora a prática não seja regulamentada no Brasil, existem movimentos para sua legalização. “O que precisa ficar claro é que o ensino remoto em meio à pandemia não se trata de homeschooling”, ressalta.

Segundo o artigo 32, parágrafo 4º da Lei de Diretrizes e Bases, "o Ensino Fundamental será presencial, sendo ensino a distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em situações de emergência", o que significa que os estudos, pela lei, podem ser feitos de forma remota neste período de pandemia. Porém, é preciso atenção. “Apesar do ensino estar sendo feito a distância, o que de fato estamos vivendo é fruto de muitos esforços para que o atendimento aos direitos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças ocorra num formato não presencial”, expõe Lino.

O especialista ainda esclarece que, nesse caso, os pais estão atuando, em casa, como mediadores do ensino que, por conseguinte, foi organizado didaticamente por uma escola. “É uma situação bastante complexa que, infelizmente, está sendo realizada de forma adequada por poucas famílias e não é a realidade e o privilégio de todas as crianças. É importante lembrar que um ensino a distância ou um homeschooling são frutos de uma decisão tomada pela família, mas que, para tal, é necessário que seja permitida pela legislação e, apesar de vários países permitirem, no Brasil isso não é legalizado”, lembra.

Lino também reforça que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) dá significativa importância às competências socioemocionais, abordando cinco campos: autoconhecimento, autocontrole, automotivação, empatia e habilidades de relacionamento. “Competências importantes e fundamentais a um ser social e que confirma a necessidade das relações sociais nos momentos de aprendizagem”. Ele ainda ressalta que todas as escolas têm um Projeto Pedagógico que organiza e pauta ações de forma a desenvolver essas habilidades e competências nos alunos e, para isso, a escola consolida-se como essencial, por proporcionar a interação com diferentes culturas e valores.

“Não podemos perder de vista que a escola tem também finalidades de socialização, de inclusão social. Vivemos num país continental, com carências diversas, e o fato da escolarização ser um direito da criança, e sua matrícula ser dever da família com os diversos mecanismos de busca e defesa, colocando o estado em obrigatoriedades, traz consigo, dentre tantos benefícios, a defesa do direito das crianças terem infância, a proteção contra o trabalho infantil”, conclui o especialista.




Sistema de Ensino Aprende Brasil



Embasamento jurídico quanto à possibilidade ou não da manutenção do fechamento de áreas comuns, uso de academia e prestação de serviços dentro de condomínios e interior de unidades


Com base no Decreto nº 64.881 de 23 de março de 2.020, Decreto nº 64.994/20 de 28 de maio de 2.020, Decreto nº 65.044 de 3 de julho de 2020 e Decreto nº 65.056, de 10 de julho de 2020  impera no Estado de São Paulo as medidas de quarentena até 30 de julho, bem como medidas de retomada das atividades com a gradual abertura dos setores econômicos, seguindo critérios  com base no risco ocupacional e protocolos que observam o comportamento da curva de contágio.

Desta forma, as considerações abaixo levam em conta a atual fase na Cidade de São Paulo (hoje 17/07/2020) que é a amarela, e interpretam a nota técnica do Centro de Contingência do Coronavírus, com base no ANEXO I a que se refere o Decreto nº 65.044, de 3 de julho de 2020. 

Em análise aos itens que interessam aos condomínios, verificamos no item C que as academias de esportes e de ginastica podem atender ao público presencialmente em modelo reduzido com a capacidade de 30% do local. 

Evitando assim a proximidade entre pessoas. Recomendando-se ainda a adoção de horário reduzido de atendimento presencial ao público, limitado a 6 horas por dia.

Quanto ao item D menciona a questão de: Eventos, convenções, eventos de cultura e entretenimento, e outros - o que por analogia pode ser considerando para o âmbito condominial quanto ao uso de espaços coletivos. Considerando os protocolos apresentados pelo setor, sendo permitindo a retomada do atendimento presencial ao público em horário reduzido de 6 horas, com a capacidade limitada a 40%, com obrigação de controle de acesso. O setor deverá adotar protocolos gerais e setoriais específicos. 

Não obstante os itens acima tratem de locais públicos, o condomínio poderá utilizar de parâmetro para, por analogia, viabilizar a abertura de academias e áreas comuns nos condomínios impondo restrições sugeridas nos itens C e D.
Da mesma forma quanto aos serviços, estes podem funcionar com 40% da capacidade e reduzido a apenas 6 horas. Assim, diante desta possibilidade, os condomínios precisam na mesma proporção, autorizar a realização de serviços dentro de unidades e áreas comuns.

Concluímos que a manutenção do fechamento de áreas comuns, independe do momento vivido em função da Covid-19, do ponto de vista jurídico, somente poderá ser sustentado no ambiente condominial com embasamento legal através de: a) leis que mencionem especificamente o condomínio, b) leis que mencionem quanto ao funcionamento de espaços privados de uso coletivo ou, c) através interpretação por analogia dos decretos em vigência.  E, no momento atual, considerando a fase amarela na Cidade de São Paulo, não existe impedimento legal para o funcionamento de academias, áreas comuns ou realização de obras, apenas restrições de horários e limites de pessoas por espaço.

Por fim, a interpretação acima leva em consideração os decretos estatuais e anexos legais, que mencionam a fase amarela para a cidade de São Paulo. Sendo que outros municípios e cidades devem considerar decretos, leis e anexos específicos da localidade em questão.






Rodrigo Karpat - especialista em direito imobiliário e questões condominiais. Coordenador de Direito Condominial na Comissão Especial de Direito Imobiliário da OAB-SP e Membro da Comissão Especial de Direito Imobiliário da OAB Nacional


Investir no exterior não é para mim. Será?



Todo investimento que você fizer deve depender de onde, quando e quanto você investe, além do seu perfil: suas circunstâncias, responsabilidades, objetivos de curto e longo prazos, renda, passivo circulante etc.  Isso minimiza perdas, mas não te exime de riscos.

Portanto, antes de investir, pense com muito cuidado sobre esses fatores, bem como as ideias que vou colocar abaixo. Além disso, faça sua pesquisa e, se possível, analise fatores como proteção, diversificação e oportunidade.  Afinal, investimentos bem-sucedidos são sobre gerenciar riscos, e não os evitar.
Mas separei algumas dicas para maximizar esse sucesso globalmente:


1.Economize primeiro e depois invista

Quanto você gasta depende do seu estilo de vida e das circunstâncias pessoais. Uma auto análise dos seus padrões gerais de gastos é muito importante neste momento. Portanto prepare um orçamento semanal ou mensal e cumpra-o. Fazer algumas perguntas a si mesmo pode ajudar:

Quais são minhas despesas atuais?

Quantas são fixas e recorrentes?

Alguma delas pode ser eliminada ou reduzida?

Quantas dessas despesas são variáveis? Essa é provavelmente a pergunta mais importante a ser respondida, porque é aqui que a maior parte de suas economias pode ser obtida.

Além disso, adicione suas despesas discricionárias, ou melhor dizendo, supérfluas (é bom ter) ao seu orçamento. Isso ajudará você a limitar essas despesas, para que as outras essenciais (indispensáveis) não sejam afetadas.
Depois de criar um orçamento de gastos, você saberá quanto pode economizar. Deixe esse dinheiro de lado para emergências e não o toque a menos que seja absolutamente necessário.

É necessário dividir a sua renda em três categorias: gastar, economizar e investir.


2. Conheça seu próprio perfil de risco ou o retorno esperado antes de investir

É essencial conhecer a si mesmo antes de fazer investimentos, principalmente se for no exterior. Dependendo de suas despesas, economias e responsabilidades financeiras, faça estas perguntas a você mesmo primeiro: Qual é a sua capacidade de assumir riscos? Quanto dinheiro você pode perder se o seu investimento for aniquilado, por exemplo, devido a flutuações da taxa de câmbio?

Agora, o que você consideraria um bom retorno? Pessoas diferentes têm perspectivas diferentes quando se trata de risco e retorno. Um retorno do investimento de 10% em um título do governo, de baixo risco, é um retorno aceitável para você ou prefere investir no mercado de ações que é mais volátil e, portanto, mais arriscado, mas que pode proporcionar retornos mais altos? Que linha do tempo você está considerando?


3. Evite ouvir conselhos de “especialistas” oferecidos por amigos e simpatizantes. A melhor pesquisa é a sua

As pessoas da sua rede pessoal e profissional podem ter ou não conhecimentos financeiros para aconselhá-lo. Mas não invista apenas parte do seu dinheiro suado com base nos conselhos, recomendações ou 'dicas quentes' de alguém. Se você pedir conselhos financeiros a outras pessoas, lembre-se de que as recomendações serão coloridas por seus próprios preconceitos e crenças, bem como pelo entendimento limitado de você e da sua situação.

Faça sua própria pesquisa através de fontes confiáveis. Além disso, invista com base no seu perfil de investidor.

Coloque seu chapéu de 'pensamento crítico' e aprenda a separar o joio do trigo!


4.Converse com um consultor de investimentos certificado para alinhar suas expectativas e conhecimento

O consultor deve aconselhá-lo sobre as melhores opções de investimento para você, bem como sobre seus passivos fiscais, responsabilidades e riscos. Ele também deve fornecer informações atualizadas sobre as leis de seu país de origem e caso você invista no exterior, também sobre o modelo de mercado (risco x retorno) e tributação internacional.

No entanto, lembre-se de que esses são seus investimentos, não os de seu “orientador” ou “consultor”. Portanto é fundamental acompanhá-los e, se necessário, reverte-los, já que são de sua responsabilidade.


5.Não coloque todos os seus ovos em uma cesta, crie um portfólio globalmente diversificado para aumentar ou diminuir seu risco, melhorar sua performance e proteger sua carteira

Um risco é um elemento inevitável de todo investimento financeiro e os que são feitos no exterior não são exceção a esta regra. No entanto, quando você investe seu dinheiro em um país estrangeiro, há um risco adicional de que você deve estar ciente dele: forex. Trata-se de perder dinheiro devido a flutuações nas taxas de câmbio. Porém dependendo da escolha da moeda, pode ser um efeito inverso (ganhos não só pelo investimento, como também na valorização da moeda investida).

Investir em várias moedas e instrumentos ajudarão você a aumentar seu risco e aumentar suas chances de obter lucro, protegendo sua carteira.

Antes de investir, lembre-se do simples princípio econômico de risco e retorno - qualquer investimento que ofereça recompensas futuras muito altas a investidores estrangeiros, provavelmente envolve muito risco. Invista em países com baixos índices de dívida, PIB e moedas crescentes. Além disso, verifique os padrões de volatilidade e as taxas de câmbio passados da moeda em relação a sua moeda local. Esses pontos fornecerão uma ideia melhor de como pode ser arriscado ou não investir em moeda estrangeira.


6.Invista no exterior, mas cuidado caso não esteja atrelado aos seus objetivos futuros

É ridiculamente fácil exagerar nos investimentos estrangeiros, principalmente se você está ganhando atualmente com eles.

Se você tiver algum, lembre-se de que um mercado maravilhoso de "touro" com fins lucrativos nesse novo ativo, de um outro país, pode se transformar rapidamente em um mercado de "urso" indutor de perdas, devido a vários fatores, como condições políticas globais, relações internacionais entre países, mudanças nas realidades do mercado, novas tendências tecnológicas, entre outras questões. Fique de olho nos seus investimentos e saia, se necessário.

Mais uma vez, a pesquisa é crítica. Encontre as melhores opções de investimento, invista de acordo com seu perfil de risco-retorno e mantenha um portfólio diversificado de instrumentos e países.


7.Procure Hedge Funds como alternativas de proteção também

É importante entender que as moedas, diferentemente de ações ou títulos, são um jogo de investimento com 'soma zero' e 'relativo'. Isso significa que em um par de moedas, quando uma moeda se valoriza, a outra deve necessariamente se depreciar. É por isso que o hedge é uma boa estratégia para investimentos estrangeiros. A cobertura permite que os investidores fixem o preço de compra de um instrumento e minimizem efeitos adversos de futuras flutuações da taxa de câmbio.

Você pode fazer isso investindo em ativos no exterior com proteção de moeda, como fundos mútuos de moeda ou ETFs (Exchange Traded Funds), opções de moeda, futuros ou a prazo. Embora os ETFs cobertos por moeda sejam um pouco mais caros que os ETFs sem cobertura, eles também são menos voláteis e, portanto, mais capazes de protegê-lo contra perdas induzidas pela flutuação da moeda.






Bruna Allemann - Atuou dez anos no mercado de crédito e investimentos para clientes de alta renda, auxiliando os médios e grandes empresários principalmente dos setores de agronegócio e comércio exterior. Atualmente auxilia brasileiros a internacionalizar e dolarização de patrimônio, imigração através de investimentos e gestão de recursos offshore como Diretora de Investimentos e Capital Markets de uma grande empresa americana. Para saber mais, acesse o perfil @bruallemann ou conecte-se no LinkedIn. Quer saber mais sobre investimentos no exterior? Acesse: @bruallemann nas redes sociais e Bruna Allemann no YouTube. Disclaimer: Esta não é uma oferta pública de investimentos. As informações contidas neste artigo, post ou publicação são de caráter exclusivamente informativo/educativo e não se constituem em qualquer tipo de aconselhamento, sugestão ou oferta de investimentos, não devendo ser utilizadas com este propósito. Para informações sobre produtos de investimentos, procure seu assessor credenciado e/ou devidamente certificado.

Covid-19: esse é um bom momento para comprar um automóvel?


Especialista FGV responde essa pergunta e dá dicas para quem quer vender um carro


A crise causada pela Covid-19 fez com que o setor automotivo despencasse quase 90%, em abril, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Após dois meses desse balanço, o professor da IBE Conveniada FGV, Antônio Jorge Martins, ressalta que ainda é muito difícil abordar, de uma forma geral, se esse é o momento ideal para adquirir um novo veículo, “pois as oportunidades podem variar de acordo com o interesse das montadoras e concessionárias em desovar os estoques”, explica o especialista em cadeia automotiva.

Segundo ele, é ainda mais difícil ter clareza sobre isso, pois a crise está apenas no começo. É por isso que surgem oportunidades distintas para o consumidor. “Quando a crise se prolonga por muito tempo, o cenário acaba se tornando semelhante para todas as empresas, sendo mais fácil avaliar. Ou seja, quanto mais prolongada a crise, mais vantagens para realizar esse tipo de compra”, comenta.

Sobre o novo perfil do consumidor, o professor exemplifica que muitas marcas passaram a ofertar e vender os veículos pelas ferramentas digitais, redes sociais e aplicativos.

“As montadoras ficaram três meses de portas fechadas e precisaram reforçar as vendas pelos canais digitais, deixando o consumidor com mais liberdade de sondar a situação em várias lojas. As fabricantes sabem que os clientes estão mais criteriosos e, nesse momento de retomada, em que a compra e a venda digital começam a se aprofundar, é necessário ficar atento às oportunidades”, ressalta Antônio Jorge.


Dicas

Para aqueles que não podem esperar os desdobramentos da crise, para oportunidades mais atraentes, o professor elenca algumas dicas.

- A forma mais adequada de conduzir essa compra é sondar com várias concessionárias o produto de interesse. “Com isso, será possível descobrir quais são as melhores condições de venda, ou seja, quais lojas estão mais pressionadas para vender os seus produtos”.

- Outra forma de buscar boas oportunidades é descobrir se o modelo desejado está em vias de sair do mercado. “Quando isso acontece, existe uma tendência para que as concessionárias facilitem a venda”. Segundo o professor, muitas vezes, o modelo que está saindo de linha, sofrerá uma mudança/substituição muito pequena, se comparada à nova versão.

- O especialista revela que no final do segundo semestre, muitas montadoras já começam a fazer lançamentos do ano seguinte. “Faça uma pesquisa e avalie o que está acontecendo com o modelo que você está planejando adquirir”.


Venda particular

Financeiramente falando, o professor Antônio Jorge, ressalta que a venda particular é a mais indicada para o atual proprietário. Ao entregar um veículo como parte da compra de um novo, ou seja, na troca, sempre há uma depreciação do valor, de tal forma que a concessionária que está adquirindo tenha melhores condições de venda no futuro.

“Sem dúvidas, a venda particular é mais vantajosa, porém, em épocas de crise, pode demorar um pouco mais para ser concretizada. Então, para quem precisa vender com urgência, é indicado fazer uma boa pesquisa de mercado, no intuito de encontrar a concessionária que possa oferecer o melhor preço. Dessa forma, ambas as partes ficarão felizes com o negócio”, finaliza Martins.



Saiba renegociar e salve seu negócio


Pesquisa revela que aumento da inadimplência das empresas é um cenário inevitável para os próximos meses. Segundo especialista, atual momento e o futuro a curto e médio prazo requerem muita resiliência e habilidade de renegociação


Uma pesquisa da consultoria Falconi feita em maio deste ano com 408 empresas brasileiras, de micro a grande porte, revelou que deste total, 25% não tiveram faturamento algum desde a quarentena, e outros 25% das empresas tiveram queda superior a 50% na receita.

De acordo com Cidinaldo Boschini, diretor da Cronos Capital e especialista em ativos estressados e recuperação judicial, o estudo revela um quadro de inadimplência praticamente inevitável para os próximos meses. “Temos um cenário futuro que irá exigir das empresas muita resiliência e planejamento”, afirma.

Segundo o especialista, no atual momento em que empresas começam a retomar suas atividades após três, quatros meses de portas fechadas é preciso que seus gestores analisem com profundidade o impacto da queda de faturamento no negócio, e assim projetar possíveis cenários (pessimista, provável e otimista) para um período de três a seis meses, buscando sempre cortar custos e ficar de olho no fluxo de caixa e na liquidez.

De acordo com Cidinaldo, saber renegociar é uma habilidade que um bom empreendedor deve dominar, especialmente em momentos como o atual, em que muitos estão vendo seu faturamento cair,  ou mesmo zerar, devido às medidas de isolamento social.

Por isso Cidinaldo Boschini, que tem mais de 15 anos de experiência na área de reorganização empresarial, tendo realizado mais de 90 projetos nesta área em todo o Brasil, renegociando mais de R$ 15 bilhões de dívidas no período, traz cinco dicas importantes para sua empresa conseguir caminhar por caminhos difíceis nos próximos meses, confira:

·         Sempre busque uma negociação viável ao momento financeiro em que sua empresa passa. Não adianta você fazer uma negociação só para limpar logo o nome de sua empresa ou para agradar os credores, se a parcela do débito não couber no seu fluxo de caixa, essa negociação feita poderá se tornar um problema ainda maior no curto e médio prazo;

·         Busque negociar primeiramente com os fornecedores, principalmente aqueles que fornecem insumos e serviços essenciais para a manutenção do seu negócio. Inclusive, antecipando essa renegociação, você conseguirá melhores condições e evitará execuções judiciais e extrajudiciais, que são muito mais duras;

·          Fique de olho nos programas de Refis para renegociação de impostos e tributos, municipais, estaduais e federais. Até mesmo em virtude da situação de pandemia, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), desde março, vem adotando medidas para amenizar o impacto das obrigações tributárias no orçamento das empresas, com protelação, descontos e outras medidas. Mas avalie também o que é mais viável, lembre que ao protelar você só estará adiando o problema;

·         Depois de renegociar com fornecedores, rever com os bancos os contratos de empréstimos que possam existir é outra prioridade. Procure carência para voltar a pagar principal e juros, assim como reduzir as taxas de juros na renegociação. Procure também negociar com outros bancos a portabilidade do empréstimo caso consiga melhores condições de renegociação;

·         A recuperação judicial pode sim ajudar empresas que estão em situação difícil e que sejam viáveis operacionalmente mas devido ao tamanho da dívida, não conseguem cumprir com o pagamento do principal e juros da dívida. Procure um especialista na área para analisar a situação da sua empresa e a viabilidade de um processo de Recuperação Judicial. Analise o custo projetado e compare com os benefícios projetados.

·         Outro ponto relevante. Caso você empresário disponha de bens imóveis para venda, importante realizar a venda dos mesmos e ter liquidez para enfrentar o momento de estresse financeiro em suas operações. Não venda bens imóveis para pagar dívidas. Venda bens imóveis para gerar caixa para sua operação, ou seja, para o seu capital de giro. Credores, sejam eles bancos ou fornecedores, devem passar por renegociações para pagamentos com carência e prazos alongados.



Posts mais acessados