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terça-feira, 21 de julho de 2020

Afastamento de gestante durante a pandemia do novo Coronavírus (Sars-CoV-2)


Muitos médicos encaminharam à SOGESP dúvidas sobre se devem ou não emitir atestados para afastamento de suas pacientes gestantes de seus trabalhos durante a pandemia do novo Coronavírus (Sars-CoV-2).
Para esclarecer essa questão, é importante avaliar a situação de saúde da gestante, se ela apresenta ou não quadro suspeito ou confirmado de Covid-19.


Gestante sintomática

No caso da gestante estar sintomática (tosse, dor de garganta ou dificuldade respiratória, acompanhada ou não de febre), sem sinais de gravidade (falta de ar, febre que não cede, queda do estado geral, dor torácica), o médico deverá indicar o isolamento domiciliar e fornecer atestado para a gestante, nos termos da Portaria nº 454/2020 do Ministério da Saúde, como medida de contenção da transmissibilidade do Covid-19.

Para a emissão do atestado médico devem ser respeitadas as normas previstas na Resolução nº 1.658/2002 do Conselho Federal de Medicina, que estabelece que o atestado é parte integrante do ato médico, sendo seu fornecimento direito inalienável do paciente, não podendo importar em qualquer majoração de honorários. Prevê ainda que, ao fornecer o atestado, o médico deverá registrar em ficha própria e/ou prontuário médico os dados dos exames e tratamentos realizados. Na elaboração do atestado, o médico deverá registrar os dados de maneira legível, bem como:
  • Identificar o paciente;
  • Especificar o tempo concedido de dispensa à atividade, necessário para a recuperação do paciente;
  • Estabelecer o diagnóstico, quando expressamente autorizado pelo paciente;
  • Registrar data e hora da emissão;
  • Identificar-se como emissor, mediante assinatura e carimbo ou número de registro no conselho regional de medicina.
Caso o paciente autorize, o médico deverá inserir no atestado médico o código da doença revisto na CID-10[1], que poderá ser uma das seguintes opções:
  • J11 (Influenza (gripe) devida a vírus não identificado) – caso a paciente apresente sintomas respiratórios; ou
  • B34.2 (Infecção por Coronavírus de localização não especificada) – caso a paciente apresente resultado laboratorial positivo para o SARS CoV-2
Recomenda-se solicitar à paciente a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o termo de declaração contendo a relação das pessoas que residam no seu endereço devidamente preenchidos e assinados. A SOGESP disponibiliza modelos desses documentos em seu site.


Gestante assintomática

O Ministério da Saúde, através da Nota Técnica nº 12/2020 COSMU/CGCIVI/DAPES/SAPS/MS – Infecção COVID-19 e os riscos às mulheres no ciclo gravídico-puerperal, de 18/04/2020, assim afirmou:

“Porém, com base na observação dos altos índices de complicações, incluindo mortalidade, em mulheres no ciclo gravídico-puerperal com infecções respiratórias, sejam elas causadas por outros coronavírus3 (SARS-CoV e MERS-CoV), ou pelo vírus da influenza H1N14,5, é sensata a preocupação em relação a infecção pelo SARS-CoV-2 nesta população.

Diante do exposto, da experiência mundial em outras infecções respiratórias no ciclo gravídico-puerperal, e de óbitos em gestantes/puérperas por COVID-19 no país, esta Coordenação/Departamento sugere que seja mantida intensa vigilância e medidas de precaução em relação as gestantes e puérperas.”

Assim, no caso de gestante assintomática, considerando que qualquer infecção grave pode comprometer a evolução da gestação e aumentar o risco de prematuridade e que por decisão do Ministério da Saúde devem ser consideradas como grupo de risco do Covid-19 gestantes e puérperas (mães de recém-nascidos com até 45 dias de vida), recomenda-se que o médico elabore um relatório atestando que a paciente é gestante (se necessário, inserir a CID Z32.1 Gravidez confirmada), apontando de quantas semanas de gestação está, e informando que se trata de grupo de risco para o Covid-19.
Recomenda-se para as gestantes durante a pandemia, assim como para outras pessoas integrantes do grupo de risco para o Covid-19, a troca de função ou o trabalho remoto (home office) ou, se essas opções não forem viáveis, o afastamento da gestante em razão da pandemia pelo Covid-19, que pode afetar a saúde da gestante e do bebê.

Porém, não há uma lei federal (que valha para o país todo) que obrigue o afastamento de gestante, ou de outros integrantes do grupo de risco, do trabalho (na esfera privada) em tempos de pandemia, salvo nas hipóteses de casos confirmados ou suspeitos de Covid-19, por força da Portaria Conjunta nº 20/2020 do Ministério da Economia. 

Diante do risco de contaminação, é recomendável que gestantes sejam poupadas do contato direto com pessoas durante a pandemia. A decisão sobre o afastamento ou a troca de função caberá ao empregador – exceto nas hipóteses descritas no parágrafo anterior –, que deverá negociar com a sua empregada qual a melhor alternativa.

Não se trata de um atestado de afastamento médico por doença, apenas um relatório médico para instruir a paciente e o empregador sobre os riscos envolvidos na exposição de gestantes durante a pandemia.

1Apesar de a OMS recomendar o uso do código de emergência da CID-10 U07.1 para o diagnóstico da doença respiratória aguda devido ao COVID-19, essa codificação está ausente nos volumes da CID-10 em português. Os códigos referidos no texto poderão ser utilizados até que tenhamos a edição atualizada da publicação da 10ª Classificação Internacional de Doenças, em língua portuguesa que, encontra-se em fase de revisão. Essa é a recomendação da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo: https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/20/20200318-Fast-Track-ver002.pdf


Combate à Asma: Evite crises durante o inverno


Além do tratamento médico, medidas simples podem fazer a diferença na vida do asmático


 A asma é uma doença pulmonar inflamatória crônica –  sem cura – que causa episódios recorrentes de falta de ar, tosse crônica, chiado e aperto no peito, as crises são classificadas entre leves, moderadas e graves. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 20 milhões de brasileiros sofrem com asma, entre crianças e adultos, e a doença é considerada um problema mundial de saúde. 

Diversos fatores podem desencadear ou agravar a asma, o mais comum é a hipersensibilidade a poeira e ácaros, pelos de animais, restos de insetos, mofos e pólens, além desses, a variação climática, alteração emocional, medicamentos e exercícios também fazem parte do grupo. 

“É fundamental identificar a asma o quanto antes, mesmo em casos leves, pois a cada crise da doença, o pulmão é afetado e fica mais frágil, demorando ainda mais tempo para se recuperar e voltar ao seu estado normal”, alerta a Dra. Tatiana Abdo CRM-SP 101.585, otorrinolaringologista. Para a especialista, uma das chaves para o controle da asma é a educação do paciente e seus familiares. “Os parentes precisam reconhecer a doença, tornando-se, assim parceiros efetivos durante o tratamento recomendado pelo médico”, explica. 

Estima-se que 80% dos asmáticos também possuem rinite alérgica. Os seus sintomas mais comuns são tosse seca, sensação de secreção na garganta, espirros e peso na face, apesar de baixa gravidade, a rinite alérgica pode impactar negativamente a qualidade de vida, por isso, deve ser tratada com medicamentos e em conjunto com a asma. Os principais fatores que causam ou agravam as duas doenças são agentes externos (como poeira e ácaros) presentes nas vias respiratórias, por isso é importante realizar a higienização nasal diariamente, garantindo a limpeza das vias aéreas.

Além do tratamento médico, algumas medidas simples podem ser tomadas para amenizar as crises de asma e também evitar a rinite alérgica, confira abaixo:

1.   A limpeza da casa deve ser realizada com aspirador e pano úmido. Não utilize utensílios domésticos como a vassoura que espalham pó pelo ar;

2.   Evite perfumes ou produtos de limpeza com cheiro forte, podem desencadear as crises de asma;

3.   Encape colchões e travesseiros com plástico ou tecido específico, impermeável aos ácaros;

4.   Evitar o cigarro e outros irritantes das vias aéreas;

5.   Animais domésticos devem ser mantidos fora de casa;

6.   Evite o uso de produtos químicos, como removedores, lustra móveis, inseticidas, sprays em geral;

7.   Realizar higienização nasal com soluções salinas, evita que agentes externos entrem em contato com as vias respiratórias superiores, prevenindo assim crises de rinite e consequentemente um melhor controle da asma.

8.   Objetos que facilitam o acúmulo de pó como brinquedos, bichos de pelúcia, livros e revistas, almofadas e tapetes devem ser evitados;

9.   Mantenha sempre sua casa bem arejada.

“Além de evitar os fatores desencadeantes é imprescindível manter o tratamento da asma em dia. Com o tratamento é possível controlar os atuais sintomas e, ao mesmo tempo, prevenir riscos futuros. Temos à disposição um grande arsenal de medicamentos muito eficazes e comprovadamente seguros para tratar a asma, apesar de não conhecermos uma cura, o asmático bem controlado não só pode, como deve ter uma vida completamente normal.” Sinaliza a Dra. Tatiana CRM-SP 101.585.


Fonte: Rinosoro



SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO.




Referências consultadas:
Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. 21/6 – Dia Nacional de Controle da Asma. 22 Julho, 2019. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/2983-21-6-dia-nacional-de-controle-da-asma>. Acesso em: junho, 2020.
Associação Brasileira de Asmáticos. Perguntas frequentes. Disponível em: <http://www.abrasaopaulo.org/perguntas.asp>. Acesso em: junho, 2020.
Kim MK, et al. A Randomized Multicenter, Double-blind, Phase III Study to Evaluate the Efficacy on Allergic Rhinitis and Safety of a Combination Therapy of Montelukast and Levocetirizine in Patients with Asthma and Allergic Rhinitis. Clin Ther.2018 Jul;40(7):1096-1107
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.  Espaço Saúde Respiratória – Asma. Disponível em : <https://sbpt.org.br/portal/espaco-saude-respiratoria-asma/>. Acesso em> junho,2020.

Mitos e verdades: frio e home office podem causar doenças urológicas?


Especialista explica quais hábitos
prejudicam a saúde do trato urinário 
Crédito: Depositphotos
 Entenda quais hábitos prejudicam a saúde do trato urinário


Doenças urológicas são um tanto comuns e, por isso, nem sempre recebem a atenção necessária. Se não tratadas, porém, podem evoluir para casos mais graves. E as queixas têm sido mais comuns nesse período de home office, quando os hábitos estão alterados. O urologista Mark Fernando Neumaier, do Hospital Marcelino Champagnat, esclarece mitos e verdades sobre as principais doenças:


O desejo de urinar se intensifica no frio – VERDADE

Para manter a temperatura corporal equilibrada no clima frio, os vasos sanguíneos periféricos se comprimem para diminuir a perda de calor. Isso reduz a perda de líquido através da pele e, consequentemente, aumenta a vontade de urinar.

Outro fator é o consumo de líquidos quentes, que, muitas vezes, contêm cafeína, componente que irrita a bexiga. No entanto, a vontade de urinar pode estar relacionada à cistite ou bexiga hiperativa, condição que, além do aumento da frequência de idas ao banheiro, pode causar vazamentos, urgência de urinar e nocturia (vontade de urinar durante o período de sono).


Mulheres costumam ter mais infecções urinárias que os homens - VERDADE

A uretra da mulher é muito mais curta que a do homem, o que favorece a entrada de bactérias na bexiga. Outros fatores também favorecem o desenvolvimento de cistites (infecções urinárias), como pouca ingestão de água, retenção da urina por muito tempo e candidíase vaginal. “É importante equilibrar o consumo de água diário e idas mais frequentes ao banheiro. Urinar logo após o ato sexual também auxilia na expulsão de eventuais bactérias”, completa.


Cistite não é uma doença grave – MITO

Dor ao urinar, aumento da frequência urinária, sensação de que a bexiga não esvaziou totalmente são os sintomas mais comuns da cistite e devem ser tratados com antibióticos e acompanhamento médico. Geralmente, em 50% dos casos, a cistite pode acabar espontaneamente, no entanto sempre há o risco da doença evoluir para uma pielonefrite. Isso acontece quando a infecção atinge os rins, causando febre, dor lombar e no corpo, perda do apetite e podendo provocar, até mesmo, uma sepse (inflamação que se espalha pelo corpo).

“Outro ponto importante é a incidência de cistites. Até duas infecções por ano, podemos considerar normal. Acima disso, merece uma avaliação médica mais minuciosa”, ressalta Neumaier.


Friagem causa cistite – MITO

As dicas das avós, de que as mulheres não devem se sentar em superfícies frias, ficar com os cabelos molhados ou sentir frio, para não desenvolver uma cistite, são mitos. “A mudança de temperatura pode causar vontade de urinar, como reflexo do corpo, mas não desencadear uma doença. Já a exposição ao frio, aliada a outros fatores, pode contribuir para baixar a imunidade, o que facilitaria o aparecimento de infecções”, explica o urologista.


Homens não devem ficar muito tempo sentados – VERDADE

A infecção urinária nos homens não é tão comum como nas mulheres porque a uretra é maior, dificultando que as bactérias cheguem à bexiga. No entanto, o home office tem feito com que as pessoas passem mais tempo sentadas em frente ao computador, condição que pressiona a próstata e favorece sua inflamação, conhecida como prostatite.

Os sintomas da prostatite podem variar muito, desde a vontade de urinar com maior frequência, sensação de não ter esvaziado totalmente a bexiga ou apresentar um quadro mais silencioso, como febre, dor lombar, ardência no final da micção, dor quando ejacula e dor na ponta do pênis.


Ingerir água também é uma forma de prevenção – VERDADE

O consumo adequado de água estimula o funcionamento do aparelho urinário e ajuda a prevenir inflamações na bexiga e o surgimento de pedras nos rins. Já bebidas com muito sódio, como refrigerantes e sucos com conservantes, favorecem a formação de cálculos.

“Outro alerta importante é estar atento a sinais como dor ao urinar, alteração na micção, sangue na urina e dor nas costas, sintomas que podem estar relacionados a doenças como câncer nos rins, na bexiga ou na próstata. Exames diagnósticos periódicos também ajudam a evitar o agravamento de doenças”, ressalta o urologista.





Hospital Marcelino Champagnat


Síndrome de Burnout deve atingir diversos profissionais pós-pandemia

Divulgação

Cansaço, fadiga e estresse no trabalho podem ser mais sérios do que se imagina


A atual pandemia do novo coronavírus virou as relações e o modo de trabalho de cabeça para baixo. Em poucos dias, funcionários e empresas foram obrigados a se adaptar ao famoso home office ou teletrabalho. Dando fim ao happy hour entre amigos e colegas, o expediente se resumiu em horas em casa, na frente do computador, equilibrando as tarefas do serviço com os afazeres domésticos. Este é um cenário que muito preocupa os especialistas, pois tende a agravar cada vez mais a já existente e temida Síndrome de Burnout. 

Conhecida também como Síndrome do Esgotamento Social, a doença vem se expandindo cada vez mais em tempos de pandemia e isolamento, e se caracteriza por picos de estresses recorrentes, exaustão, sentimentos negativos em relação ao trabalho e esgotamento mental, gerados por amplas horas de afazeres e confinamento. Um déficit psicológico desencadeado por uma enorme tensão emocional crônica.

Nos últimos meses a Síndrome de Burnout vem ganhando força principalmente entre os trabalhadores de serviços essenciais, funcionários em home office e profissionais da saúde. Com horas sem fim nos hospitais e uma rotina em casa que não delimita o horário profissional, fica ainda mais difícil controlar o psicológico, principalmente com o agravante da pandemia. 

Segundo Rosely Cordon, pós-graduada em Bases da Medicina Integrativa pelo Instituto Israelita de Ensino, nestes casos, as Práticas Integrativas e Complementares podem ser uma ótima saída para quem desenvolveu a síndrome. “Para o tratamento são indicados relaxamento mental e físico com respiração adequada, yoga, meditação, tai chi, dança, musicoterapia, acupuntura, eletropuntura, laserterapia sistemica, aromaterapia, ozonioterapia, homeopatia ou até mesmo massagem”, explica. 

Segundo a especialista, é necessário entender que esta não é uma doença qualquer, assim como a depressão e a ansiedade, que também podem ser desencadeadas com frequência nos tempos que vivemos. “Todas elas devem ser tratadas com um profissional qualificado e nestes casos, as Terapias Integrativas são praticadas com o objetivo de amenizar os sintomas e principalmente tratar as causas” comenta Cordon. 

Comprovado no tratamento de inúmeras doenças, as Terapias Integrativas podem ser um importante complemento ao uso das medicações, além de proporcionar um alívio dos sintomas. “Nos últimos meses, técnicas como herbologia chinesa, ayurveda, medicamentos dinamizados - homeopatia, probióticos e suplementos nutricionais, assim como intervenções não farmacológicas como yoga, taichi, meditação e práticas corporais já foram comprovadas como eficazes no tratamento da Síndrome de Burnout”, informa Cordon. 

Mediante um cenário econômico incerto, alta taxa de desemprego, aumento da competitividade e a busca por uma posição de destaque no ambiente profissional, tudo isso pode ocasionar um esgotamento psicológico e desencadear ansiedade, depressão e Síndrome de Burnout. “Ela é tão grave que será inserida na Classificação Internacional de Doenças (CID-11) a partir de 2022. Portanto é muito importante viver sem ilusões, viver a vida como ela é de acordo com a realidade, administrar o tempo gerenciando a vida pessoal e profissional com equilíbrio, para evitar o desenvolvimento dessa síndrome que nada mais é do que o resultado do estresse crônico no local de trabalho, que não foi gerenciado com sucesso”.

Porém, caso alguns sintomas de Burnout surgirem como cansaço excessivo, dor de cabeça frequente, insônia, negatividade constante, dores musculares, alteração nos batimentos cardíacos e dificuldade de concentração, procure um profissional e inicie o tratamento o quanto antes”, alerta Cordon. 






Rosely Cordon - Cirurgiã Dentista é pós-graduada em Bases da Medicina Integrativa pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, pesquisadora de conteúdo para Vitrine de Conhecimento "Contribuição das Medicinais Tradicionais, Complementares e Integrativas- MTCI no contexto da Pandemia de COVID- 19" e Mapas de Evidências Clinicas BVS MTCI Americas. Rede MTCI das Américas, Consórcio Academico Brasileiro de Saúde Integrativa, BIREME , 2020; lider da comissão técnica do “Projeto  e Portal Todos pela Odontologia”, e colaboradora do projeto “Sorrir Muda Tudo”. Canes Quality Treinamento Vivenciais( www.canesquality.com.br )
E-mail: rcordon@usp.br / WhatsApp: 11-97150-5609

Agosto dourado: é possível amamentar em tempos de Covid-19?

Dra.  Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista

No mês da amamentação, paira a dúvida: com o aumento de casos de Covid-19, é seguro ou não amamentar


Leite materno reforma o sistema imunológico do bebê e a amamentação traz inúmeros outros benefícios para a criança e a mãe. Mulheres sem sintomas de Covid-19 devem amamentar seus filhos normalmente, enquanto as sintomáticas ou com o coronavírus podem fazer a ordenha e pedir para o (a) cuidador (a) do bebê alimentá-lo com leite materno ou, ainda, recorrer a um banco de leite humano



Agosto Dourado é o termo utilizado para chamar a atenção para a importância da amamentação. Mas, com a pandemia por coronavírus, muitas mulheres ficam em dúvida: é seguro amamentar os bebês?

A Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, explica que o leite materno continua sendo o melhor alimento do mundo. “É o único alimento completo, que não precisa de absolutamente nada para sustentar o bebê de até seis meses de vida – nem de água”, diz ela.E, como ele é repleto de anticorpos, fundamentais para a saúde e a resistência do bebê a doenças, é fundamental que a criança o receba, como única fonte de alimento, até essa idade. “Não existem evidências da presença do coronavírus no leite materno. Então, as mães podem amamentar”, informa a médica.

Assim, é preciso seguir algumas recomendações:


 - Mães que não estão infectadas com o coronavírus – essas podem amamentar tranquilamente, sem restrições. “E devem manter-se em casa, é sempre bom lembrar, porque estão com imunidade mais baixa, assim como seus bebês”, diz a médica.


 - Mães infectadas com o coronavírus, com ou sem sintomas – essas devem isolar-se do bebê, deixando-o aos cuidados de outras pessoas. Elas podem fazer a ordenha (retirada do leite) para que ele seja servido à criança em mamadeira, pela pessoa que estiver cuidando do bebê. Caso sintam medo de contaminação, podem recorrer a um banco de leite humano, se desejarem, mantendo a alimentação da criança exclusivamente por leite humano.


A importância do aleitamento materno

Uma das maiores preocupações de Dra. Mariana Rosario, em seu consultório está relacionada à orientação sobre o preparo, durante toda a gestação, para que as gestantes adquiram a consciência da importância da amamentação exclusiva do bebê, até os seis meses de vida, e complementar, até os dois anos de idade. “A cada dia, percebo que as mães, principalmente as de alta renda, têm a tendência de desistir da amamentação com muita facilidade. Realmente, este pode não ser um processo fácil, porque há muitos bebês que demoram a pegar o peito, sendo um ato que demanda paciente e dedicação. Mas, a amamentação é tão importante que eu insisto para que as gestantes tentem o tempo que for necessário para que se crie esse vínculo entre mãe e filho e a amamentação aconteça”, diz a médica, que faz parte do corpo clínico do hospital Albert Einstein.

Existe muita informação disponível sobre os benefícios do aleitamento materno. Segundo a Organização Mundial da Saúde – OMS, entretanto, apenas 39% dos bebês brasileiros são amamentados com exclusividade até os cinco meses de vida.

Recentemente, uma pesquisa* divulgada no periódico The Lancet afirma que a amamentação está associada a uma redução de 13% na probabilidade de ocorrência do sobrepeso e/ou obesidade e também a uma queda de 35% na incidência do diabetes tipo 2. A mesma análise diz que o leite materno contribui para um aumento médio de três pontos no quociente de inteligência (QI). Outra evidência científica mostra que crianças amamentadas por um período superior a 12 meses em áreas urbanas do Brasil completaram um ano a mais de atividades educacionais em comparação com as amamentadas por menos de 12 meses. Ambas as conclusões indicam que o aleitamento contribui com o cumprimento do ODS 4 (Qualidade na educação). Esses e outros dados demonstram a importância do aleitamento na infância e os efeitos que esse ato gera ao longo da vida.


Por que, então, as mães não amamentam?

Existem vários motivos que impedem as mulheres de amamentarem seus filhos. Dor, medo, insegurança e até motivos estéticos podem surgir. Segundo a Dra. Mariana Rosario, amamentar realmente é difícil, mas pode se tornar mais fácil com preparação. Ela fornece detalhes:

 - Teoricamente, todas as mulheres produzem leite, desde a gestação. Após à saída da placenta, existe a saída do colostro, que dura de três a cinco dias e é um alimento fundamental para o bebê, porque traz anticorpos imprescindíveis para a proteção de seu organismo.

 - Depois desse período, realmente vem o que popularmente é chamado de ‘descida do leite’: as mamas ficam bem cheias e é possível que exista dor e, em alguns casos, até febre. Não é um momento para estresse, porque apenas com calma e paciência é que a mãe conseguirá amamentar. O estresse, inclusive, pode prejudicar a produção do leite.

- É comum que, nos primeiros dias, os bebês não peguem o peito – e as mães se desesperem. Isso é comum, mas eles estarão no hospital, acompanhados pela equipe médica, e nada de ruim acontecerá. É o melhor momento para que se tente amamentar, acompanhada pela equipe de enfermagem e com todo o apoio. Em casa, também não se deve desistir, porque o recém-nascido tem instinto de sobrevivência e precisa se alimentar. É hora de tentar alimentá-lo, primeiro com a mama, seguindo para fórmula apenas depois de tentar a amamentação, e com orientação do pediatra.

- Dependendo do jeito que o bebê pega o peito, pode causar rachadura. Por isso, é fundamental seguir as orientações da equipe de enfermagem e do obstetra, que têm muita experiência e podem orientar a mãe. Também existem pomadas específicas para tratamento, que devem ser usadas apenas após o nascimento do bebê.

 - Existem bicos de silicone e outros utensílios para ajudar as mães na amamentação. É o estímulo do sugar do bebê, entretanto, que fará com que o leite desça e que a produção seja contínua. Por isso, não se deve desistir – mas, também não se pode deixar a criança mamar quando o peito estiver machucado, porque a situação pode piorar. Por isso, quando houver qualquer problema, deve-se procurar pela orientação médica.

- Muitas mães ainda têm medo do efeito que a amamentação poderia causar, esteticamente falando, em suas mamas. Existe o mito de que a sucção da criança deixaria as mamas flácidas e caídas e uma pequena parcela delas opta pelas fórmulas para evitar esse efeito. Esse é um erro de interpretação: as mulheres que já têm as mamas flácidas realmente terão o problema acentuado. Porém, as que não as têm não sofrerão do problema.

- Algumas mulheres temem que, após a licença-maternidade, seja muito difícil para o bebê ficar sem o leite materno e ele sofra. Porém, é melhor ele ser amamentado pelo maior tempo possível, com exclusividade, do que não ter nenhum período disponível desse alimento, tão precioso. Então, analisando friamente, mesmo que a mulher não consiga seis meses de licença, é preferível amamentar o bebê com exclusividade por quatro meses do que em nenhum momento.


Antes do nascimento...

 - Durante a gestação, também é possível preparar as mamas para a amamentação. Uma de minhas dicas é esfoliar, durante o banho, o bico do peito, com uma bucha vegetal comum, para que o bico vá se formando.

 - Outra dica é tomar sol no peito, sem roupa, pela manhã, diariamente (até às 10h), para que a pele fique mais forte. O mamilo pode ser estimulado com a mão, para que vá se formando. Mas, antes do parto, nunca se deve usar pomadas emolientes.

 - A mãe também deve, durante a gestação, preparar-se psicologicamente para a amamentação. Trata-se de um ato de amor e muitas mulheres relatam o bem-estar imenso que sentem ao amamentar, porque o vínculo que é criado entre a mãe e o bebê é ímpar, insubstituível. Portanto, se houver o preparo, sem medo, tudo dará certo.

É importante lembrar que a amamentação também faz bem para a mãe, porque o aleitamento permite que o útero volte ao tamanho normal rapidamente, previne a anemia materna, já que reduz o sangramento, e ainda previne o risco de câncer de mama e de ovário, além de ajudar na manutenção do peso corporal.






Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.


Tumores Palpebrais: entenda suas causas e tratamento


 Dr. André Borba realizando procedimento cirúrgico 
Clínica Dr. André Borba
 Lesões podem ser benignas ou malignas e atingem jovens e adultos


Existe uma série de tumores que pode afetar a região das pálpebras. Segundo André Borba, oftalmologista e especialista em cirurgia ocular pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, as lesões palpebrais incluem uma variedade de patologias que na maioria dos casos traz preocupação estética, mas quando graves podem ser localmente destrutivas e altamente perigosas. “As pálpebras são consideradas a região mais comum para ocorrência de tumores na região dos olhos. As causas são inúmeras, mas o fator genético e a radiação solar ao longo da vida são os principais fatores de risco”, afirma o especialista.

Os tumores palpebrais podem ser diagnosticados precocemente e são divididos em benignos e malignos. As lesões benignas mais comuns são conhecidas como papilomas, tumores vasculares, queratose seborreica, nevus e cistos. “Geralmente elas afetam pacientes jovens atingindo mais as pálpebras superiores e não interferem no crescimento natural dos cílios”, explica Borba.

Já os tumores palpebrais malignos geralmente acometem pacientes com mais de 40 anos de idade, a maioria com pele clara e com história de exposição solar ao longo da vida. “Infelizmente a frequência de tumores malignos vem aumentando. Eles atingem as pálpebras inferiores e o canto medial. Os tipos mais comuns são o carcinoma basocelular, seguido pelo carcinoma escamoso e posteriormente pelo melanoma, carcinoma sebáceo e o linfoma”, complementa.
Os tumores palpebrais malignos podem, algumas vezes, aparecer clinicamente como benignos. Portanto, todas as lesões palpebrais ficam sob suspeita até serem removidas e encaminhadas para análise patológica (exame que avalia qual tipo de tumor).

O tratamento de todos os tipos de lesões é cirúrgico, onde o oftalmologista remove a lesão, de preferência inteira ou apenas parte dela para obter o diagnóstico antes de sua remoção por completo. “As lesões malignas são ressecadas com margem de segurança, por isso hoje utilizamos um exame realizado durante o ato cirúrgico chamado de biópsia de congelação. Este procedimento é feito quando solicitado previamente pelo cirurgião e avalia se a lesão foi removida por completo, garantindo que não há fragmentos do tumor maligno nas margens do tecido retirado”, diz Borba.

O tumor retirado para biópsia de congelação é enviado para avaliação do médico patologista durante a cirurgia, que determina o tipo de tumor e se foi removido completamente antes do médico oftalmologista especialista em plástica ocular reconstruir a área removida e terminar a cirurgia. “Por isso é fundamental consultar um médico especialista em cirurgia da pálpebra para que o resultado não comprometa de nenhuma forma a saúde e a estética dos olhos”, finaliza.



Doenças no cérebro também causam “Labirintite”!


Sim, você não ouviu errado. Diversas doenças neurológicas geram Vertigem, sintoma  apelidado de “Labirintite”. 


Vertigem é a sensação das coisas girando ou balançando, uma percepção anormal de movimento. Usualmente, essa sensação quando ocorre, acaba ganhando o título de “Labirintite” Mas olha só, até 25 % das causas de Vertigem e Tontura podem estar no cérebro e não no Labirinto. Por isso, nesse Dia Internacional do Cérebro – 22 de julho, nada mais justo que conversarmos um pouco sobre Tontura.

“Existem áreas do cérebro que controlam o equilíbrio e a coordenação, a principal é chamada de Cerebelo. Doenças que atingem essas áreas do cérebro, casando machucados ou até mesmo desajustes químicos, podem levar a Tontura. AVC, Esclerose múltipla, tumores cerebrais ou meningites, quando atingem essa área geram a vertigem de origem central, por exemplo”, explica Dr. Saulo Nader, neurologista do Albert Einstein e da USP.

Agora, se os neurotransmissores cerebrais (as substâncias químicas que produzidas pelo cérebro como serotonina) estão desalinhados, podemos ter grandes doenças químicas cerebrais levando a “Labirintite”.

São elas: Cinetose (enjôo dentro de veículos), a Tontura Perceptual (ou Vertigem Fóbica), a Migrânea Vestibular (uma enxaqueca que gera vertigem), Vertigem Visual e a Desorientação Vestibular do Motorista.

São várias doenças que você talvez nunca ouviu falar e que podem gerar Tontura. E essas doenças são muito, muito incômodas, atrapalham a qualidade de vida e são pouco reconhecidas (muita gente sofre delas e não descobre). E o melhor: SIM, elas têm tratamento, segundo o especialista que é apelidado pelo pacientes como Doutor Tontura.

“A principal chamada é cuidar do seu cérebro. E um alerta: sua “labirintite” pode não estar melhorando por algum probleminha ocorrendo dentro da sua cabeça e não nos labirintos.  Procure um médico especializado”, finaliza Nader.



Médicos são os profissionais em quem os brasileiros mais confiam e depositam credibilidade



Qual o profissional em quem você mais confia e acredita? Com essa pergunta em mãos, o Instituto Datafolha foi às ruas o para saber o grau de confiabilidade da população brasileira em diferentes categorias de trabalhadores. O resultado confirmou os médicos, com 35% de aprovação, como aqueles que são depositários de maior grau de confiança e credibilidade por parte da população. Na segunda posição, aparecem os professores, com 21%, e os bombeiros, com 11%.
O mesmo levantamento indica que a situação provocada pela Covid-19, em que informações desencontradas têm deixado a população insegura, contribuiu para o aumento do percentual de confiabilidade dos médicos. Na pesquisa anterior, realizada em 2018, também pelo Datafolha a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), os médicos tinham um índice 24%, que agora cresceu nove pontos percentuais.
Atrás de médicos, professores e bombeiros, aparecem policiais (5%), militares e juízes (cada categoria com 4%) e advogados, jornalistas e engenheiros (3%, cada). Na sequência, surgem os procuradores de Justiça (com 1%) e os políticos (com 0,5%). A pesquisa ouviu 1.511 pessoas, com 16 anos ou mais, em entrevistas estruturadas por telefone, de todas as regiões do país. A amostra contemplou a distribuição da população segundo sexo, classes sociais e níveis de escolaridade.

Boa imagem - O alto nível de confiança e credibilidade depositado nos médicos de deve, principalmente, à percepção das mulheres (42%), da população com ensino fundamental (42%) e com idade a partir de 45 anos (37%). A boa imagem da categoria também é maior entre os que ganham até dois salários mínimos (41%) ou mais de 10 salários mínimos (33%). Do ponto de vista da distribuição geográfica, os percentuais são muito próximos, com ligeiro destaque para os estados do Nordeste (37%) e Sul (38%).
Os dados coletados pelo Datafolha ainda permitiram captar qual a percepção dos brasileiros com respeito à atuação dos médicos brasileiros no enfrentamento da pandemia de Covid-19. Na opinião de 77%, o trabalho desses profissionais é considerado ótimo ou bom. Outros 17% consideram essa performance como regular e apenas 6% como ruim ou péssimo.
As mulheres (78%), a população com idades de 45 a 59 anos (82%), os com nível superior (81%) e com rendimento maior do que dez salários mínimos (78%) são os segmentos que se destacam no que se refere à imagem positiva dos médicos. Geograficamente, o bom conceito não apresenta grandes variações por região, ficando, em média, em 76%.

Pandemia - Essa avaliação do trabalho dos médicos durante a pandemia vem amparada em percepções específicas. Por exemplo, 79% dos brasileiros avaliam como ótimo ou bom o empenho dos profissionais para atender os pacientes e 73% classificam da mesma forma a qualidade da assistência oferecida. Para 64%, o nível de confiança depositada no trabalho realizado durante a pandemia é alto.
Por outro lado, 49% dos brasileiros acreditam que o trabalho do médico não tem recebido a valorização merecida, considerando-a como regular, ruim ou péssimo. Já 65% avaliam com esses mesmos conceitos as condições de trabalho oferecidas aos médicos, ou seja, entendem que o trabalho desses profissionais tem sido prejudicado por falta de infraestrutura.
De forma geral, independentemente do período da pandemia, os brasileiros mantêm o entendimento de que os médicos são vítimas de problemas de gestão. Para 99% dos entrevistados, esses profissionais carecem de condições adequadas para o pleno exercício de suas atividades. Já na percepção de 95%, eles merecem ser alvos de medidas de valorização, como maior remuneração e plano de carreira.




Conselho Federal de Medicina

Julho Laranja conscientiza população sobre má oclusão em crianças


A ortodontia preventiva pode evitar muitos problemas na fase adulta

Consciente da necessidade de alertar toda a população sobre a importância da avaliação precoce do desenvolvimento dentário e facial das crianças, iniciou-se neste mês a campanha Julho Laranja, que conta com o apoio do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).
A introdução da criança ao cirurgião-dentista deve acontecer desde o seu nascimento pois, mesmo que não haja o desenvolvimento visível dos dentes, a postura de amamentação e os hábitos de sucção e alimentação do bebê podem causar problemas no desenvolvimento dentário da criança, resultando na má oclusão.
Dentre os principais problemas causadores da má oclusão em crianças estão: forma errada de engolir (deglutição atípica), chupar o dedo e chupeta, defeitos na formação dos dentes (hipoplasia), perdas dentárias precoce, retenção prolongada, respiração bucal, falta de espaço para a erupção normal dos dentes, cárie, freio labial e lingual mal posicionados, entre outros.

A má oclusão dentária é um desalinhamento ou um mau encaixe entre as arcadas e pode levar à alteração de uma ou todas estas funções orais, além de apresentar reflexos variados tanto nas diversas funções do aparelho estomatognático quanto na aparência e autoestima dos indivíduos afetados. “Quando se perde a oportunidade de tratar desde a infância este problema, pode-se apresentar elevada complexidade terapêutica e instabilidade. Por isso, é importante que os pais redobrem os cuidados odontológicos durante o crescimento e principalmente a troca de dentes, quando se devem iniciar as consultas ao ortodontista”, alerta a presidente da Câmara Técnica de Ortodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Luciana Iwamoto. As consultas devem acontecer semestralmente, porém cada paciente deve ser acompanhado individualmente, dependendo do grau de complexidade de cada caso.
Outros sintomas comuns da má oclusão são dores de cabeça ou pescoço, limitação de abertura bucal, mau hálito, sono agitado, baba excessiva, ronco durante o sono, déficit de atenção, postura corporal incorreta, dificuldades na mastigação e na fala, que pode ser percebido ainda na infância e tratado com uso de aparelhos. “Quando se tem um bom posicionamento tanto da mandíbula como da maxila os fonemas podem ser reproduzidos com facilidade, se houver mal posicionamento torna-se muito difícil a normalização fonética”, conta a especialista.
É importante lembrar que o sucesso dos tratamentos odontológicos na infância exige um trabalho constante e conjunto entre o cirurgião-dentista, a criança e os pais, que devem manter a criança motivada, orientando e acompanhando diariamente os cuidados da saúde bucal fora do consultório.


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