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quarta-feira, 15 de julho de 2020

Como ajudar as crianças a usar a tecnologia com equilíbrio e segurança?


Em "A Criança Digital", Gary Chapman e Arlene Pellicane, renomados especialistas em relacionamento familiar, reúnem orientações para o uso consciente dos recursos tecnológicos


O isolamento social têm revelado e/ou acentuado uma realidade delicada na dinâmica de muitas famílias: o uso excessivo das tecnologias digitais por parte das crianças e adolescentes — videogames, televisão, aplicativos etc. Isso acontece porque, dentre diversas razões, tais ferramentas aparentemente são as únicas opções de entretenimento em meio ao caos. Embora seja algo compreensível, torna-se fundamental ponderar até que ponto recorrer unicamente às telas é realmente saudável. Aliás, quais são os impactos negativos que o excesso de exposição ao digital pode causar no desenvolvimento das crianças e adolescentes?

É justamente para falar sobre o assunto que a Editora Mundo Cristão traz ao Brasil “A criança digital: Ensinando seu filho a encontrar equilíbrio no mundo virtual”, livro escrito por Gary Chapman e Arlene Pellicane. Na obra, as duas autoridades em relacionamento familiar oferecem orientações práticas para que pais e mães contornem exageros de maneira positiva. Longe de propor uma postura antitecnologia, Gary e Arlene descortinam formas para que a família possa aliar os benefícios das tecnologias com uma rotina que seja produtiva para toda a família, especialmente para os pequenos, estimulando a sociabilidade.    

“As telas não são o problema; o problema é a frequência com que as usamos. Que atividade preenche o tempo livre de seu filho? Para a média das famílias, tempo livre é igual a tempo diante da tela. Uma coisa é reunir a família diante da televisão para assistir a uma série. Trata-se de um tempo intencional diante da tela que pode aproximar ainda mais a família. Outra coisa é clicar de canal em canal, aleatoriamente, dia após dia. Esse tempo não programado tende a ser desperdiçado e tornar-se influência negativa.” (Gary Chapman e Arlene Pellicane em “A criança digital”)

Por meio de pesquisas e uma série de relatos ilustrativos, os escritores promovem uma análise acerca da dinâmica dos lares “conectados” e mostram as complicações que o tempo em excesso diante das telas pode trazer para o relacionamento interpessoal e o desenvolvimento intelectual e físico das crianças.   

Altamente prático, A criança digital não aponta somente problemas sem mostrar soluções. Pelo contrário, o livro foi concebido para ser um manual aos pais e mães, com ideias lúdicas e iniciativas eficazes para a melhor interação entre a família, tendo como objetivo o estímulo a outras opções de lazer que colaboram com o fortalecimento dos laços afetivos. 
A obra vem ainda com um capítulo especial dedicado ao tema “Desenvolvimento da sociabilidade por idades e estágios” e um teste para que os pais e mães possam diagnosticar se os filhos passam tempo exagerado diante das telas.

O lançamento já está à venda nas livrarias e lojas virtuais.


Ficha técnica
Código: 11110
ISBN: 978-65-86027-01-3
Páginas: 256
Formato: 14 X 21
Categoria: Família
Preço: R$ 54,90
Lançamento: maio/2020
Link de venda: Amazon e E-commerce Mundo Cristão


Sobre o livro: A criança de hoje nasce digital. Se é verdade que a tecnologia apresenta muitas vantagens, é igualmente verdadeiro que o mau uso ou o uso excessivamente precoce traz inúmeras preocupações para os pais. A boa notícia é que existem maneiras de equilibrar tecnologia, família e sociabilidade. Descubra através das sugestões de dois renomados especialistas em relacionamentos familiares.



Gary Chapman - doutor em antropologia e autor de mais de 30 livros, incluindo o celebrado As 5 linguagens do amor. É casado com Karolyn, com quem tem dois filhos e três netos.
http://www.5lovelanguages.com/
https://www.facebook.com/5LoveLanguages
https://twitter.com/drgarychapman



Arlene Pellicane - palestrante, escritora e apresentadora do Happy Home Podcast. É casada com James, com quem tem três filhos.

https://www.instagram.com/arlenepellicane/
Podcast: “The Happy Home Podcast with Arlene Pellicane” (várias plataformas)



Como contribuir com o processo criativo das crianças


Artista paulistano Ariel Busquila dá dicas para iniciar os pequenos na arte


As crianças são um poço infinito de criatividade, energia e espontaneidade. Com as aulas presenciais suspensas por conta da Covid-19 e com mais tempo em casa, os pais precisam criar brincadeiras, ambientes e técnicas para entretê-las com qualidade. O momento pode ser o ideal para introduzi-las ao mundo das artes. Grande parte tem o primeiro contato por meio de rabiscos, desenhos e pinturas, que podem ser desenvolvidos com o passar dos anos. O artista Ariel Busquila começou a pintar na infância e acredita que o incentivo seja o primeiro aspecto a ser considerado pela família.

“Busque incentivar a criança no processo criativo, deixando-a criar objetos e obras que tem vontade”, reforça. É importante observar quais são as suas referências, o que assiste, ouve, comunica… tudo isso vai construindo o mundo e a forma de expressão dela. Outro fator é a personalidade, que vai ditar a maneira como se interessa, aprende e manifesta a pintura e o desenho. “Comecei a pintar aos 11 anos e meu primeiro curso foi só de seis meses, pois não tinha concentração para mais tempo”, lembra Busquila. Nesse sentido, não é indicado forçar a barra com os pequenos, o desejo pela arte tem de ser natural e partir deles.

Para começar, os pais devem oferecer os materiais necessários, como lápis, borracha, papel, lápis de cor, giz de cera, tintas, aquarelas, pincéis... Na prática, segundo o artista, as crianças devem iniciar pelas técnicas de desenho e esboço, e depois incrementar com cores e pinturas para realizar o que desejam. “É importante criar o ambiente adequado, onde se possa sujar e se sentir livre para criar”, comenta. Separar um espaço da casa para essa atividade pode ser uma saída, ou até mesmo selecionar uma parede específica para criação livre.

Com o tempo, é válido pensar em cursos e oficinas que possam trazer novas técnicas e parâmetros para a criança. O pintor paulistano destaca alguns pontos relevantes:

- Busque um ateliê que a criança se sinta confortável para a realização das obras, de preferência, ateliês livres;

- Em tempos de quarentena, defina um ambiente adequado em casa para sujar, onde a criança não fique apreensiva na hora de usar as tintas;

- Reforce a liberdade criativa do seu filho, sem estipular padrões de aprendizagem que atrapalhem o desenvolvimento pleno;

- Incentive a evolução, o aprimoramento de técnicas e a continuação do processo criativo.

Enquanto a sociedade convive com a nova realidade imposta pela pandemia, os vídeos e cursos online são uma opção alternativa. Vale ressaltar que estimular o contato com a arte traz inúmeros benefícios para as crianças, pois desenvolve as habilidades motoras e sensoriais, expande a criatividade, aumenta a imaginação, desperta o senso estético e cognitivo, a observação (reduz a ansiedade), a concentração e ainda diminui o tempo em frente às telas, tão prejudiciais e cada vez mais comuns na infância.







Ariel Busquila - Formado em Design de Moda pelo Instituto Europeu de Design, Ariel Busquila sempre foi ligado às artes. Começou a ter aulas de pintura aos 11 anos de idade, fez curso de Artes Plásticas no Centro Cultural Castillo Pittamiglio, em Montevidéu, Uruguai, curso de História da Arte com Rodrigo Naves e pós-graduação em Práticas Artísticas na FAAP. Teve a primeira exposição de suas obras aos 20 anos de idade. De lá para cá, já fez mais de 100 pinturas em aquarela, 150 obras em acrílico sobre tela, fotos e xilogravura, forma artística que vem experimentando ultimamente. Ariel aposta em quadros estéticos e não se prende a métodos ou conceitos de um determinado estilo.

O futuro: Um mundo veloz!



Se você me perguntar sobre o que vem pela frente, sobre qual será o nosso futuro, eu vou te responder com facilidade: será um tempo no qual tudo será mais veloz.

E o que isto significa?

Que estaremos mais apressados? Que teremos que aprender mais rápido a lidar com o desconhecido? Que as comunicações serão tão velozes que não teremos tempo para ver tudo? Que poderemos ter que tomar cada vez mais decisões sem ter a visão de todos os detalhes?

Sim, é tudo isto que vai acontecer!

Já é certo que viveremos num mundo veloz.

E sim, já ficamos ansiosos só de pensar, tentando antecipar tudo que virá, desejando estar à frente de outras pessoas e empresas para demonstrar que somos competentes. Síndromes de burnout à vista para um maior número de pessoas, aumento de pessoas com depressão e angústia. Tempos difíceis para os aspectos emocionais dos indivíduos...

Será que você está nesta condição agora? Pode ser que sim. Está sem paciência e mais crítico com o que está ao seu redor, quer que as perguntas sejam respondidas com rapidez e, além disso, não para de ter um turbilhão de pensamentos sobre tudo o que ainda está sem resposta. Dor nas costas, dor de cabeça, noites sem dormir direito e talvez com os nervos à flor da pele por semanas a fio.

A notícia é interessante, o mundo não vai desacelerar, e viveremos neste futuro cada vez mais veloz.

Se quer lidar com este futuro de uma maneira melhor, posso lhe convidar para algumas reflexões. Talvez lhe dê um pouco mais de conforto com os desafios da velocidade para “Minds & Hearts”.

Então vamos lá, desacelere!

Até que ponto precisamos nos manter tão acelerados? Utilize a regra 70/30 entre acelerado e contemplativo. Cada um pode impor um tempo para ficar em estado de velocidade e outro para parar e ver que não será o dono do mundo.
Assim começa a compreensão de que podemos ser mais conscientes do que fazemos!

Precisamos resolver os problemas com a velocidade, e isso significa levar em conta o conceito de agilidade, que diz que tem de ser no tempo necessário para que algo chegue lá. Não dá para fazer um bolo com menos de 40 minutos de forno, nada fará ele assar mais velozmente, então ágil é fazê-lo neste tempo. Não dá para ser mais veloz.

Por que será que você acha que deve tomar qualquer decisão já, imediatamente, para ser veloz? Às vezes você precisa esperar o tempo de “forno” para ser realmente ágil, ao invés de apressado, com as coisas que precisam ser resolvidas.

Se trata de buscar o tempo certo para cada decisão, para cada aprendizado, para poder responder cada desafio. E veja, não quero dizer com isto que é um exercício fácil. Você vem no embalo e sai fazendo, decidindo, avançando sem freio, porque esta forma retira um pouco da sua percepção de ansiedade e assim parece que resolve – ufa – com mais velocidade as situações. Além disso, dá a sensação que será visto melhor como pessoa ou como profissional, não é mesmo?

Não. É hora de chegar lá percebendo o tempo que cada situação precisa ter para ser respondida e manter uma velocidade constante, sem parar, até resolvê-la. Afinal quanto tempo o tempo tem? Para o bolo, 40 minutos; para você decidir algo com grande impacto, talvez um dia; para mudar algo que te incomoda emocionalmente, uns 100 dias; para conversar sobre as situações mais profundamente, pode ser já!

É preciso olhar para o tempo identificando como vai lidar com ele para entender o que será veloz, ágil de fato, e assim se sentir melhor com seu ritmo.

Considere o tempo como seu aliado, pare durante a jornada, seus 30% para contemplar, olhar para as pequenas coisas como presentes, para suas decisões que deram certo e para as que deram errado. Cultive o hábito saudável de desacelerar para poder depois lidar com os outros 70% acelerados que vai precisar para viver no futuro.

Leia as mensagens com calma, um minuto para pensar, vai fazer você responder mais assertivamente 99% das vezes. Pare para ouvir atentamente e fique em silêncio um minuto, sua comunicação vai melhorar efetivamente e você poderá ser mais empático. Escreva em um minuto o que pretende fazer e releia, vai melhorar suas decisões de forma efetiva simplesmente porque investiu um minuto a mais.

Entenda também que você vai errar, não é preciso acertar todas. Você toma decisão com o que está a sua frente agora, mas amanhã pode chegar uma informação nova que muda tudo, volte atrás e leve um minuto a mais explicando o que mudou para as pessoas a seu redor. Você será, melhor compreendido. Acredite!

Se você realizou estes exercícios de “um minuto” e as coisas deram errado, saiba que faz parte da vida, uma sucessão de erros leva ao acerto e esse exercício pode ser um prazer. Olhe para uma criança que começou a andar, por exemplo, ela cai e se levanta diversas vezes, e para cada coisa que faz a primeira vez que erra, ela continua, erra novamente, para então acertar. É um jogo divertido para as crianças e deve ser para nós também, numa vida de constante descobertas e aprendizados.

O futuro será veloz, mas pode ser igualmente leve. Tudo depende do nosso aprendizado ao longo do caminho!






Celso Braga - Sócio-diretor do Grupo Bridge, empresa especializada em desenvolvimento humano há mais de 25 anos. Celso também é Psicólogo e Mestre em Educação, pós-graduado em Psicodrama Sócio Educacional pela ABPS, Professor supervisor pela FEBRAP. Acumula experiência de mais de 25 anos em desenvolvimento humano e projetos de conexões educacionais e inovação. É autor de mais de 10 livros, entre eles ‘A Jornada Ôntica’ (2013), ‘O Hólon da Liderança’ (2015), ‘Inovação: diálogos sobre a prática’ (2016), ‘Inovação: diálogos sobre colaboração produtiva’ (2017), A Magia dos Sentimentos: 27 emoções para transformar sua vida       e em 2019 lançou os livros em versão digital; Lifelong Learning - Aprender para a Vida e Empowerment, uma liderança que inspira. Celso Braga é coautor do livro ‘Educação para Excelência’ (2010). 


A necessidade de treinamento no momento da reabertura da economia e como aplicar conhecimento de forma efetiva



Em transição entre quarentena e reabertura da economia, muitos empresários podem se sentir despreparados para dar o start na temporada de vendas. Por isso, é importante lembrar que o treinamento é uma ferramenta fundamental para qualquer negócio evoluir e crescer, principalmente em momentos de crise, como o que a pandemia vem mostrando nos últimos meses.

Por conta dos últimos acontecimentos, muitas empresas já começaram a praticar o treinamento remoto, e as que voltaram ao mercado, também estão procurando métodos para se adequar a situação atual. Nesse momento é importante tratar essas reuniões como algo voltado para, além da readequação de normas de segurança, também para a motivação e ao acolhimento, pois é uma situação que pede essa atitude. Especialmente as grandes companhias já estão apresentando esse tipo de conteúdo, seja em palestras ou em uma simples conversa informal de líderes para liderados. Mais do que nunca, nesse momento é essencial que os colaboradores estejam engajados no propósito da empresa.

Um bom método de aprendizado é o blended learning, que utiliza diversas ferramentas, como um curso online, palestras, livros, filmes, artigos e até eventos. A impressão que as pessoas têm sobre treinamento é a de assistir uma palestra online ou sentar por oito horas e ouvir um determinado especialista. Na verdade, muitas outras situações podem gerar o conhecimento, como uma simples conversa com o líder no momento do café, um vídeo enviado em uma rede social ou qualquer compartilhamento de conteúdo que agrega ao trabalho. Não deve haver periodicidade pois pode acontecer no dia a dia, em conversas informais.

Existem três níveis de profundidade para absorver os diversos conteúdos que somos expostos no dia-a-dia:
  • Informação: É quando são consumidas notícias, livros, artigos, filmes ou palestras e, independente do canal, elas podem ser descartadas ou internalizadas. Se for descartada, não haverá nível de profundidade.
  • Conhecimento: É quando internalizamos a informação recebida e ela passa a fazer sentido para nós. Se não for praticada, não passará para o próximo nível de profundidade.
  • Sabedoria: É quando praticamos e compartilhamos com outras pessoas aquilo que fazemos. Ao ensinar o que sabemos, aprofundamos nossa certeza sobre aquilo que aprendemos.
O treinamento não pode ser algo pontual ou quando um indicador vai mal, afinal o processo de desenvolvimento é contínuo. Mas ainda assim os gestores precisam fazer diagnósticos periódicos para entender as necessidades da equipe. Nesse caso sim deve-se acompanhar indicadores para saber quais são as fragilidades do time e as competências que precisam ser desenvolvidas.

Existem diversas ferramentas que podem ajudar nesse quesito. A análise SWOT para identificar forças e fraquezas da equipe, alinhada aos objetivos da empresa é, por exemplo, uma das formas de saber qual competência é necessária ser desenvolvida, afinal não adianta o líder aplicar qualquer informação para preencher uma lacuna e não gerar resultados práticos a longo prazo.






Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É membro da Society for Human Resource Management (SHRM) e da Association for Talent Development (ATD). Palestrante e profissional com 19 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, ÁFRICA e JAPÃO, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston/ EUA). www.slivnik.com.br


Infarto e derrame podem estar por trás da disfunção erétil: entenda os sinais


- 15 de julho é o Dia Nacional do Homem


Obesidade, diabetes mellitus e dislipidemia (alterações do colesterol e/ou triglicerídeos) podem representar a síndrome metabólica e devem sempre ser lembrados para tratar da saúde do homem. A disfunção erétil (DE) atinge cerca de mais de 152 milhões de homens em todo o mundo e está comumente associada ao diabetes mellitus, à hipertensão arterial e obesidade e pode ser o primeiro sinal de que o homem está apresentando alguma doença cardiovascular. Entre os riscos estão o infarto do miocárdio e o acidente vascular encefálico (“derrame”).

“Os homens apresentam muito mais resistência em procurar assistência médica preventiva, por medo, vergonha ou ‘falta de tempo’ do que as mulheres, o que resulta em diagnósticos mais tardios e complicados na maioria dos casos. Cuidados com a saúde geral em caráter preventivo podem melhorar a saúde e a qualidade de vida de homens e mulheres. A SBEM-SP quer alertar ao homem da importância de fazer avaliação clínica periódica”, explica a Dra. Larissa Gomes, diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).


Atenção para os sinais de alerta para procurar um médico:
  1. Grande quantidade de gordura abdominal - Em homens-> cintura com mais de 94 cm.
  2. Baixo HDL (“bom colesterol”) - Em homens-> menos que 40mg/dL.
  3. Triglicerídeos elevado (nível de gordura no sangue) - 150mg/dL ou superior.
  4. Pressão sanguínea alta - 135/85 mmHg ou superior ou se está utilizando algum medicamento para reduzir a pressão.
  5. Glicose elevada no sangue.
O risco de vir a ter síndrome metabólica aumenta se o homem apresenta hábitos sedentários; aumento do peso, principalmente, na região abdominal (circunferência da cintura); se há histórico familiar de diabetes, pressão alta, e níveis elevados de gordura no sangue. Dieta mais saudável, prática de atividade física regular e abandono do tabagismo são necessários para a melhora da saúde.

A Andropausa - Também chamada pelos médicos de DAEM (Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino) trata-se da falta de testosterona na corrente sanguínea. Mais frequente em homens diabéticos, obesos e sedentários, a andropausa traz sintomas como: queda de desejo sexual (libido), disfunção erétil, desânimo, cansaço, ondas de calor (fogachos), alteração do sono, perda de massa muscular, acúmulo de gordura no abdômen (”barriga”) e até ossos fracos (osteoporose).

O papel da testosterona - Produzida principalmente nos testículos, a testosterona é o mais importante hormônio sexual do homem (androgênios). “Essencial para boa saúde dos músculos e ossos, ajuda na disposição e na função sexual do homem”, finaliza a endocrinologista.






SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo
bit.ly/PODCASTSBEMSP



Campanha que marca o Dia do Homem chama a atenção do público sobre a importância de exames urológicos preventivos


A campanha 'Trato Feito' tem como propósito incentivar o acompanhamento médico, visando a prevenção de riscos e o diagnóstico precoce de doenças


A campanha ‘Trato Feito’ foi lançada hoje, 15, marcando o Dia do Homem, e tem como objetivo conscientizar o público sobre a necessidade do protagonismo nos cuidados com a própria saúde, além de buscar a desmistificação de tabus sobre exames de prevenção, já que eles são responsáveis por diagnosticar doenças em estágios iniciais, quando há maiores chances de recuperação e cura. A ação foi criada pela Astellas Farma Brasil, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Uma pesquisa realizada em 2019 pela revista Veja Saúde, em parceria com o Instituto Lado a Lado Pela Vida, e com o apoio da Astellas, entrevistou 2.405 homens de todas as regiões do Brasil, sobre os seus hábitos e cuidados rotineiros com a saúde. Mais de um terço dos homens relataram não ir ao médico pelo menos uma vez ao ano. Mesmo acreditando que cuidam da saúde, os dados mostram que 37% dos homens até 39 anos e 20% daqueles acima dos 40, só visitam o médico caso sintam algum tipo de mal-estar. Os índices são ainda mais altos nas regiões Norte e Nordeste. Além disso, mesmo que 37% dos entrevistados enxerguem o urologista como o médico do homem, 59% deles não costumam visitar esse profissional. Esse cenário ocorre, mesmo quando são apresentados sintomas característicos de condições como a bexiga hiperativa e de hiperplasia benigna da próstata (HPB), como urinar muitas vezes ao dia, gotejamento, perda de desejo sexual, problemas de ereção, entre outros. (1)

Quando é analisado o conhecimento dos entrevistados sobre o câncer de próstata, temos um cenário similar ao anterior. Eles demonstram ter algumas noções sobre a doença, no entanto ainda que 25% dos entrevistados afirmem ter um familiar próximo já diagnosticado, 36% dos participantes com mais de 50 anos afirmam não visitar o urologista. Desses, 10% nunca realizaram o exame de PSA (exame de nível de hormônio necessário para o diagnóstico da doença) e 35% nunca passaram pelo exame de toque retal, fundamental para a detecção da doença em estágios iniciais. Além disso, 75% discordam ou ignoram que o rastreamento do câncer de próstata deve começar mais cedo entre os homens negros (1).

“Esses dados mostram que os homens ainda precisam de muito suporte e incentivo para que não deixem de visitar o médico com frequência e para que os exames de prevenção não fiquem em segundo plano. Consultas de rotina são fundamentais para garantir o bem-estar geral e para o rastreamento de doenças oncológicas. O diagnóstico precoce do câncer de próstata resulta em maiores chances de cura e em uma melhor qualidade de vida para o homem”, afirma Roberto Soler, diretor médico da Astellas.

Foi analisando o cenário levantado pela pesquisa, que a Astellas, em parceria com a SBU, criou a campanha de conscientização sobre a saúde do homem chamada ‘Trato Feito’. O objetivo é apoiar as operadoras de saúde com conteúdo criado para diferentes plataformas, para que seja possível alertar os homens a respeito da importância do acompanhamento médico de rotina e para que haja um maior volume de diagnósticos precoces, o que aumenta as chances de cura do paciente e reduz o custo do tratamento. Atualmente a incontinência urinária e o crescimento benigno da próstata (HPB) atingem, respectivamente, 15% e 50% dos homens acima de 50 anos (2). O câncer de próstata é o tipo de câncer mais prevalente no Brasil, além do câncer de pele não melanoma.




Serviço:

Para mais informações sobre a campanha ‘Trato Feito’ acesse:
Prazo: a campanha ficará no ar até março de 2021.




Astellas Farma Brasil




Referências
(1) Pesquisa Um Novo Olhar para a Saúde do Homem
(2) Diretriz da Associação Europeia de Urologia 2020


Dores no inverno: como amenizar o quadro em tempos de menor temperatura



Queixar-se da piora das dores em dias frios está longe de ser um drama ou frescura. A mudança de temperatura realmente interfere no desconforto, tanto muscular quanto articular, principalmente para quem já vive a terceira idade. Segundo o reumatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Leandro Parmigiani, os idosos geralmente são mais frágeis ao cenário por apresentar doenças associadas e maior dificuldade de manter o aquecimento do corpo.

A capacidade de garantir o aquecimento corporal citada pelo médico tem papel importante para amenizar a maior sensibilidade à dor em climas mais gelados. “No frio, o organismo tenta manter a temperatura do corpo. Para isso, ele acaba fazendo com que os músculos fiquem contraídos, o que acaba por provocar dor”, explica Parmigiani. “Além disso, é um período que são feitos menos movimentos, o que colabora para uma rigidez maior”, complementa.

Por conta desse quadro, é recomendado promover a vasodilatação, ou seja, a melhora na circulação do sangue pelo corpo para o alívio das dores. De acordo com o reumatologista, esse resultado pode ser conquistado com duas ações: manter-se aquecido e praticar atividade física. “Neste cenário, a alimentação também pode ser uma grande aliada. Nós indicamos o consumo de sopas e chás que auxiliam no aquecimento do corpo, e consequentemente, a vasodilatação e o relaxamento muscular”, diz.

Outro grupo que também sofre com o aumento da dor no frio é formado por pacientes com insuficiência circulatória, que têm o funcionamento regular das artérias e/ou veias afetado e doenças como osteoartrite, artrite reumatóide ou espondilite anquilosante. Esse quadro também vale para quem convive com a fibromialgia, em que a dor é muscular. 

“Em pacientes com doenças crônicas, é importante diferenciar o que é causado pela doença e o que se deve ao agravamento do quadro de dor por conta da mudança de temperatura. Com o frio, podemos ter um aumento da percepção de dor e não uma piora da doença. É essencial saber distinguir isso”, concluí. 





Hospital Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
Linkedin:www.linkedin.com/company/19027549
Instagram:www.instagram.com/hospitaledmundovasconcelos
  

Dores nas costas das crianças: mais um sintoma do isolamento social


                        
Segundo especialista ortopédico infantil e o site de busca mais acessado do planeta, a pandemia do coronavírus aumentou as queixas em consultas e também as pesquisas sobre dores nas costas na internet


A nova realidade imposta pela pandemia do coronavírus, que inclui o isolamento social, home office e aulas on-line, mudou a vida e os hábitos comportamentais de toda a população mundial e isso inclui as crianças. Os pequenos, habituados a uma rotina frenética, dividida entre atividades escolares, cursos extracurriculares, esportes e lazer,  viram-se confinados, com pouco espaço para se movimentarem e até mesmo ânimo para brincadeiras em casa. Esse “sedentarismo” desencadeou outro sintoma causado pelo isolamento social: dores nas costas das crianças.

“Estudar em casa, na maioria das vezes sem o mobiliário com ergonomia adequada e a falta de exercícios físicos, que enfraquece a musculatura e deixa a coluna mais vulnerável - já que é normal passar mais tempo sentado ou deitado - trouxe ao consultório o aumento de relatos de dores e lesões nas costas. Outro fator que deve ser levado em consideração para o aumento dos casos foi a falta da continuidade no tratamento daqueles que já sofriam com o problema, o que agravou os sintomas”, relata o ortopedista infantil David Nordon.

Ainda segundo o médico, o tempo em frente à televisão e o uso excessivo de dispositivos eletrônicos (celulares, tabletes e notebooks) são agravantes para que as dores se tonem mais intensas e continuas. A tecnologia traz facilidades mas também patologias. Uma delas é o “Pescoço do Celular ou Pescoço Tecnológico”, descoberta em 2007.

“A posição da cabeça para visualizar a tela do aparelho, como olhar para baixo, por exemplo, sobrecarrega todo o sistema de sustentação formado por músculos e vértebras. A gravidade aumenta em até 5,5 vezes o peso do crânio humano, que é de aproximadamente 5kg em média. Esse posicionamento excessivo e repetitivo provoca tensão nos ombros e trapézios, além de dores cervicais e na coluna. Evitar o problema é bem simples: oriente as crianças e os adolescentes para que evitem olhar para o aparelho sempre ou por muito tempo na mesma posição”, orienta o médico.

O site de pesquisa mais acessado do planeta também denuncia o crescimento do interesse dos internautas pelo tema. As palavras “dor nas costas” tiveram aumentou de 76% nas pesquisas realizadas pela ferramenta desde o início do isolamento social.

Para evitar as dores ou amenizá-las, Nordon orienta para que haja o mobiliário mais adequado possível. “Cadeira confortável, com encosto para as costas e apoio para os braços. Sentada, a criança ou o jovem deve ter os quadris e joelhos em um ângulo de 90 graus. Caso os pés não alcancem o chão, é importante um apoio. O correto é deixar o computador na altura dos olhos para que a cabeça não fique voltada para baixo e force o pescoço. A altura da mesa deve ser adequada também e que permita usar teclado e mouse com os cotovelos dobrados. No entanto, todos esses cuidados precisam estar associados com movimentos e atividades físicas. Incentive a criança ou o adolescente a levantar para tomar um copo de água ou fazer xixi a cada 30 ou 40 minutos. Lance desafios para que elas se sintam incentivadas a praticar alguma atividade física. As mesmas orientações valem para os pais que estão em home office”, finaliza Nordon.


Aprenda a limpar as pálpebras para evitar contaminações


Especialista recomenda que o procedimento seja feito pelo menos duas vezes por semana


Lavar as pálpebras é uma forma importante de evitar contaminações e consequentemente inflamações na região conhecidas como blefarite. Porém, o hábito de higiene na região é pouco comum, além de diferenciado por ser uma área mais delicada. “O ideal é realizar a limpeza ao menos duas vezes por semana, como prevenção, já que as pálpebras, incluindo os cílios, são a primeira defesa dos olhos. Em caso de uso de maquiagem mais intensa é fundamental a higienização imediata. Por isso sempre recomendo dedicação e tempo para que a limpeza seja efetiva”, explica André Borba, oftalmologista especialista em oculoplástica pela Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Segundo o especialista, a blefarite pode ser causada por diversos fatores, sendo o tipo mais comum associada a doenças de pele como dermatite seborreica e rosácea. “Infecção bacteriana, disfunção das glândulas que auxiliam na produção das lágrimas, acúmulo de gordura nas pálpebras, presença de parasitas, também podem surgir por conta da falta de higiene local e causar coceira nos olhos, lacrimejamento, vermelhidão, irritação, sensação de areia nos olhos e até a perda dos cílios”, alerta Borba.

O especialista recomenda 5 passos para higienizar as pálpebras adequadamente:

  1. Em geral, é recomendado o uso de produtos com espuma, de preferência para bebês, ou shampoo neutro diluído, para não irritar os olhos.

  1. Para realizar a limpeza das pálpebras, comece lavando as mãos com sabonete e água morna.

  1. Em seguida, aplique a quantidade desejada de espuma em um tecido limpo sem pelos (pode ser gaze) ou na ponta dos dedos.

  1. Com o olho fechado, limpe suavemente as pálpebras fazendo movimentos de um lado para outro, evitando tocar o olho diretamente durante a limpeza.

  1. Em seguida enxágue a área com água fria e depois repita o processo no outro olho

“É fundamental, principalmente em tempos de pandemia, evitar colocar as mãos nos olhos, principalmente sem lavá-las ou depois de utilizar álcool gel. A mão pode trazer diversos corpos estranhos aos olhos, como poeira, pelos de animais, vírus e bactérias, e não coçar os olhos com as mãos sujas é um fator importante para diminuir o risco de infecções”, alerta Borba.

Vale lembrar, que mesmo com a higiene adequada, a indicação é a de sempre consultar um especialista caso surja algum sintoma, para que o médico avalie caso a caso.


Em meio à pandemia, SOBOPE explica quais os cuidados necessários para crianças em tratamento ontológico


Segundo Boletim Epidemiológico Especial Nº21, do Ministério da Saúde, com números até o dia 4 de julho, o Brasil tinha 1.577.004 de casos de Covid-19. Os leitos hospitalares estavam ocupados com 169.382 pessoas que apresentavam a chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada por Covid-19. Do total de internados com a SRAG por Covid-19, 3.583 eram crianças e adolescentes entre zero e 19 anos.

Neste cenário de incertezas proporcionado pela pandemia, existe entre os especialistas oncológicos, ao menos uma certeza que traz consigo uma grande preocupação: os casos de câncer não diagnosticados atualmente, devido a ausência de consultas médicas e exames, podem se transformar em diagnósticos tardios da doença, especialmente nas crianças, que não sabem exprimir o que sentem.

“O câncer é uma doença sorrateira e silenciosa que, caso não seja precocemente diagnosticada, pode evoluir de maneira rápida. Quando acomete crianças, a atenção deve ser redobrada, uma vez que elas não sabem dizer com precisão o que estão sentindo, dificultando e retardando o diagnóstico”, afirma Dr. Cláudio Galvão, Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica - SOBOPE.

Atenção ainda maior deve ser destinada às crianças que são pacientes oncológicas. “Elas são sensíveis a qualquer tipo de infecção. Com relação, especificamente a Covid-19, a sensibilidade não parece ser maior, todavia ainda precisamos de mais tempo e informações”, adianta Dr. Cláudio Galvão. “Doenças como H1N1, que é um vírus chamado sincicial respiratório, parecem ser particularmente tão ou mais agressivos que a Covid-19, mas todo cuidado é pouco e não queremos ver nossas crianças infectadas”, completa. Além disso, sobre em quais situações a Covid-19 pode ser mais perigosa, Dr. Cláudio Galvão aponta: “Os dados são esparsos, mas aparentemente pacientes com leucemia mielóide aguda, lma leucemia que, em si só já são mais graves, são mais sensíveis”.

A prevenção que crianças que já estejam fazendo tratamento oncológico devem ter, segundo o especialista da SOBOPE é: “Recomendamos o de praxe: uso de máscaras, higiene intensa das mãos, restrição de visitas e distanciamento social. Aliás, não apenas os pacientes oncológicos devem observar tais recomendações, mas todas as crianças”.

Para as crianças que, infelizmente, já foram infectadas, os cuidados pós-cura envolvem muito acompanhamento. “Eles ficam sob monitoramento a depender do quadro clínico, mas o tratamento não difere muito do que acontecia antes, uma vez que esses pacientes estão sob cuidados e vigilância constantes”, salienta Dr. Cláudio Galvão.

Neste momento, em que a preocupação com o tratamento oncológico se soma aos cuidados com a Covid-19, uma das saídas proposta pelo especialista são as terapias complementares. “Música, leitura, interação com familiares via aplicativos de celular, entre outras atividades são recomendadas para que as crianças possam melhorar a sua auto-estima e, assim, possam ter uma melhor resposta ao tratamento e à recuperação”, finaliza Dr. Cláudio Galvão.


Brasileiros buscam internet para sanar dúvidas sobre Covid-19



Diante do aumento de casos do Coronavírus no Brasil, nos sites de pesquisa, a procura continua com foco nos medicamentos

O número de casos confirmados e de mortes causadas pelo novo Coronavírus (COVID-19) tem aumentado a cada dia no Brasil. Diante dos números alarmantes, a discussão sobre a necessidade de realizar a testagem em massa na população ganha importância. Essa é uma das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) - juntamente com o isolamento social - para evitar a proliferação do vírus (Sars-Cov-2), causador da Covid-19.

Com o avanço, os brasileiros têm realizado pesquisas frequentes na internet sobre os mais diversos termos ligados à doença. Segundo dados do Google Trends, entre os dias 2 e 8 de julho, houve, em média, 84 pesquisas diárias sobre a Covid-19 no Brasil. 

“As pessoas buscam no Google informações sobre o novo Coronavírus de modo genérico e vão desde os testes rápidos para detecção da doença até os medicamentos que estão sendo indicados nos tratamentos contra a doença”, comenta o diretor de marketing da startup do ramo farmacêutico, mypharma.com.br, Carlos Henrique Soccol. 

Itens que lideram a lista dos mais procurados nos sites de farmácias são: ivermectina, dipirona, vitamina C e zinco. Desde o início da pandemia, os termos permanecem entre a posição 1 e 15° dos mais procurados pelos clientes nos sites das farmácias do País. Nas barras de buscas de alguns sites de farmácias, “Teste Covid-19” aparece entre a posição 100° e 105° dos mais procurados, mas na prática, a procura não tem sido tão grande assim. A possível explicação, segundo o diretor de marketing da mypharma.com.br, é o receio das pessoas em saber o resultado do teste. 

“Muitos estão com medo de fazer o teste e ter resultado positivo para o vírus e, assim, precisarem abrir mão de suas atividades diárias para fazer o tratamento da doença”, opina Carlos.


Sobre os testes

Hoje os exames oferecidos no Brasil se dividem em: imunológicos (para a pesquisa de anticorpos) os chamados “testes rápidos” e os moleculares (para a pesquisa do vírus) chamados de “RT-PCR”. Os testes rápidos são feitos a partir da coleta de sangue do paciente por meio de um pequeno furo feito no dedo. Eles servem para detectar se o corpo teve contato com o vírus e desenvolveu proteção contra ele, as imunoglobinas IgM e IgG. O resultado é rápido e leva entre 10 e 30 minutos. Tendo em vista que o organismo leva tempo para produzir anticorpos, o exame é indicado para pessoas a partir do oitavo dia em que apresentarem os primeiros sintomas.

Vale ressaltar que os testes rápidos servem para auxiliar o mapeamento da população “imunizada”, ou seja, aquelas que já tiveram o vírus ou foram expostas a ele. Apesar de simples execução, o teste rápido é de uso profissional e deve ser interpretado por um profissional da área da saúde.

Já os testes RT-PCR, realizados em laboratórios, possuem a finalidade de detectar a presença de material genético do vírus, o Sars-Cov-2, a partir de 24 horas após a contaminação e, em média, até o 12° dia. São utilizadas secreções respiratórias retiradas do nariz ou garganta por uma espécie de cotonete e levadas para análise em laboratório. O resultado sai em poucos dias. O RT-PCR é considerado o teste definitivo pela OMS. 

Diante de um cenário desconhecido de como o vírus se comporta, sobram dúvidas da população em relação à confiabilidade dos testes e aumenta a procura para buscar soluções eficazes de combate à disseminação do vírus. Enquanto não se tem respostas concretas, seguir com as medidas de proteção como lavar as mãos, usar máscara, utilizar álcool gel e manter o distanciamento social continuam entre as principais recomendações contra a doença.


Novo coronavírus também causa morte por insuficiência cardíaca


 Autópsias de pacientes diagnosticados com COVID-19 que faleceram no Hospital das Clínicas da USP em São Paulo revelaram que alguns deles morreram principalmente em razão de alterações cardiovasculares (SARS-CoV-2; imagem: NIAID/NIH)

As autópsias realizadas nos últimos quatro meses em cerca de 70 pacientes diagnosticados com COVID-19 falecidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) revelaram que alguns deles morreram, principalmente, em razão de alterações cardiovasculares causadas pelo novo coronavírus e não da insuficiência pulmonar.
Os pesquisadores dedicam-se agora a tentar desvendar qual o mecanismo de ação do SARS-CoV-2 que provoca, além de lesões epiteliais em praticamente todos os órgãos, alterações na micro e macrocirculação.
“Já sabemos como o vírus se distribui por órgãos como o cérebro e os rins, além das glândulas salivares e gônadas, por exemplo, e que ele chega ao sistema nervoso central por meio do nervo olfatório. Queremos saber, agora, como o vírus causa trombos na micro e macrocirculação de forma muito mais exuberante que a do vírus da influenza, por exemplo”, disse Paulo Saldiva, um dos coordenadores do projeto, em um debate on-line sobre a situação da epidemia de COVID-19 no Brasil que ocorreu segunda-feira (13/07), durante a “Mini Reunião Anual Virtual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)”.
evento é uma versão on-line e reduzida da 72ª Reunião Anual da entidade, programada para o período entre 12 e 18 de julho, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, mas cancelada em razão da pandemia de COVID-19.
De acordo com Saldiva, entre os pacientes diagnosticados com COVID-19 e autopsiados que morreram em decorrência de alterações cardiovasculares causadas pelo novo coronavírus havia adultos e também crianças, com idade de 8 e 11 anos.
“Eles tinham pulmões razoavelmente preservados, mas desenvolveram uma insuficiência cardíaca muito intensa, que levou ao óbito”, diz.
Em alguns casos, os pesquisadores identificaram a presença do vírus no músculo cardíaco – o miocárdio. Em outros, observaram trombose na microcirculação tanto pulmonar como cardíaca.
“Queremos entender as causas dessa situação para poder ajudar e intervir mais rapidamente no tratamento desses pacientes. Esse é um dos propósitos do projeto”, afirma Saldiva (leia mais em agencia.fapesp.br/32882/).
O procedimento de autópsia é realizado com técnicas minimamente invasivas, guiadas por métodos de imagem, por meio das quais são coletadas amostras de tecidos de todos os órgãos, desenvolvido no âmbito de um projeto apoiado pela FAPESP.
Mortalidade segregada
Os pesquisadores fazem a anamnese dos pacientes que morreram em decorrência da COVID-19 no HC-USP no mesmo momento em que pedem a autorização da família para realização da autópsia.
As respostas dos familiares indicaram que quase todos os pacientes e seus familiares tinham pleno conhecimento do risco da doença, mas não tiveram condições para se manter em isolamento social, conta Saldiva.
“Os familiares disseram que não puderam cumprir o isolamento por morarem em casas com grande número de pessoas, às vezes, em um único ambiente.”
Os dados sobre a origem desses pacientes também reforçam a constatação de que o risco de morte por COVID-19 no país é muito maior em regiões com piores indicadores socioeconômicos.
“O risco de adoecer por COVID-19 no Brasil não é tão caracteristicamente segregado nas regiões de menor nível socioeconômico, mas a mortalidade sim, e há dois fatores responsáveis por isso: habitação e, principalmente, utilização de transporte coletivo, para o deslocamento para trabalhar”, afirma Saldiva.
O pesquisador destacou que o adensamento urbano e a migração são os principais indutores de mutação de vírus respiratórios que a partir do século 20 passaram a ser os principais causadores de pandemias.
Enquanto no século 20 ocorreram duas pandemias por vírus respiratórios – a gripe espanhola entre 1918 e 1920 e a gripe asiática entre 1957 e 1958 –, no século 21 têm sido registradas duas pandemias por década. “Entre 2002 e 2004 ocorreu a SARS e, em 2009, a de pandemia de H1N1. Já em 2012 aconteceu a de MERS e, entre o final de 2019 e início de 2020, a de SARS-CoV-2”, comparou Saldiva.
“Ter vacina para combater essas doenças é desejável, mas insuficiente. Será preciso ter sistemas efetivos de testagem e identificação de vírus em todos os países”, avalia.
Além disso, será preciso aumentar a cooperação internacional, o financiamento e a realização de estudos na área da saúde não só por pesquisadores das Ciências da Vida, mas também de Humanidades, apontou Saldiva.
“Não se controla epidemias sem saber Antropologia, História e Urbanismo”, afirmou.



Elton Alisson
Agência FAPESP 


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