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segunda-feira, 5 de março de 2018

8 de março é o Dia Mundial do Rim


Desidratação é um dos fatores que mais comprometem a saúde dos rins


No Dia Mundial do Rim, 8 de março, vale lembrar da importância desse órgão que é tão necessário para a nossa saúde. Um dos fatores que mais comprometem a saúde dos rins, é o surgimento dos cálculos renais. Por isso prevenção é a melhor indicação. 

É um quadro agudo que surge geralmente pelo acúmulo de cristais a partir de substâncias presentes na urina. Eles são formados por ácido úrico, oxalato, cálcio e cistina. "Estas substâncias se depositam nos rins ou no canal urinário em formato de pedras e podem provocar dores intensas, e obstruções no sistema urinário, gerando riscos e graves complicações", explica o médico nefrologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), José Gastão Rocha de Carvalho.

Os cálculos, conhecidos popularmente como pedras nos rins, afetam aproximadamente 5% das mulheres e 12% dos homens. De acordo com o médico, a maior incidência em homens ainda não tem uma causa definida. Os sintomas podem variar- desde o aumento da frequência para ir ao banheiro, pequenos desconfortos para urinar, até dores localizadas. “A dor tem variações conforme a localização do cálculo”, explica o nefrologista.

De acordo com o médico, é necessário também ficar atento a outros sintomas. “Se a urina está escura e com sangue, se há dor, ânsia, vômito, febre ou fraqueza é recomendado procurar um nefrologista ou urologista para investigar o caso”. "Casos que apresentam febre são mais preocupantes", complementa o especialista. 


Tomar água é a melhor dica

A hidratação é a principal maneira de se proteger. “A situação é frequente em pessoas que vivem em ambientes com temperatura elevada, ambiente seco, ar condicionado, e quando a ingestão de líquido é insuficiente”, explica o médico.

A água no organismo faz com que a urina seja diluída, reduzindo a concentração de cristais e facilitando o trabalho dos rins na hora de eliminar nutrientes que não são mais necessários para o organismo. Porém, o médico orienta para outros fatores dietéticos que podem contribuir com o problema, como a ingestão excessiva de sal, proteína animal, açúcares refinados, alimentos que contenham quantidades elevadas de sódio, cálcio e ricos em oxalatos, como suco de laranja, maçã, alguns tipos de verduras e refrigerantes colados. “Estes produtos devem ser moderadamente consumidos”, alerta o especialista.

Os casos de cálculos renais também estão associados a fatores genéticos e doenças como – diabetes, obesidade, hipertensão, gota, doença e insuficiência renal crônica. “Das associações mais preocupantes é a possível relação com doenças do coração, principalmente em mulheres”, afirma o médico. 


Diagnóstico e tratamento
  
O médico pode solicitar um exame de sangue e urina ao paciente para diagnosticar. “Os exames de imagens mais úteis para descobrir o cálculo são a ultrassonografia e a tomografia”, explica o nefrologista. Se o paciente sentir cólica renal deve procurar um hospital, onde os médicos aplicam soro e medicamentos para aliviar a dor. Em 90% as pedras são liberadas de forma espontânea. Em casos mais graves, quando há dor e infecção urinária, mas o cálculo não sai de forma natural é necessário retirá-lo por meio de cirurgia, ou por outros métodos menos invasivos.





domingo, 4 de março de 2018

Outono e Inverno são estações ideais para tratar o cabelo



O verão pode danificar os fios. Dermatologista alerta sobre como melhorar a aparência nessa época do ano


Com o clima mais frio e a mudança constante na temperatura, as estações outono e inverno costumam ter menos umidade e permitem que os cabelos fiquem mais secos.

De acordo com a dermatologista Cíntia Guedes Mendonça, uma hidratação mais rigorosa, nessa época do ano, é primordial para manter a saúde dos fios e recuperá-los dos danos causados durante o verão. Segundo a médica, o principal cuidado é deixar os cabelos de forma mais natural, evitando químicas e tinturas. “Entre os cuidados que devemos ter está uma hidratação profunda, além de uma alimentação adequada e o uso de produtos específicos para cada tipo de cabelo. Entre os itens mais indicados estão os produtos manipulados como por exemplo leave in, protetores térmicos, xampus, condicionadores e até medicações que podem evitar o envelhecimento dos fios”, aponta a dermatologista.

Não abusar da água quente, para evitar que o fio e o couro cabeludo fiquem muito secos é essencial para que não surjam as indesejáveis caspas. A médica reforça também que, utilizar um protetor térmico ao usar secador ou chapinha, é uma estratégia interessante para não desidratar ainda mais os fios que foram prejudicados por conta da exposição do sol no verão, piscinas e mar. “É importante não dormir com o cabelo molhado”, recomenda.




Dra. Cíntia Guedes Mendonça - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (SP), Dra. Cíntia Mendonça possui título de especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e certificação de medicina estética pelo Instituto Brasileiro de Ensino (ISBRAE). Pós-graduada em dermatologia pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, fez residência médica em ginecologia e obstetrícia pelo Hospital Municipal Maternidade “Dr. Mário de Moraes Altenfelder Silva” (Hospital Municipal Maternidade-Escola de Vila Nova Cachoeirinha).


Diabetes dobra o risco de contrair catarata



 É o que mostra estudo inédito. Também causa outras graves doença oculares que podem passar despercebidas. Saiba como preservar sua visão.


Dados do IDF (International Diabetes Federation), mostram       que hoje 14,25 milhões de brasileiros têm diabetes. A previsão é de que este número salte para 23,28 milhões em 2040. Pior: um estudo inédito realizado no Reino Unido com 56.510 participantes revela que o diabetes dobra o risco de desenvolver catarata. A doença responde por 49% dos casos de cegueira tratável no Brasil. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier isso acontece porque os depósitos de glicemia nas paredes do cristalino e as oscilações glicêmicas aumentam a formação de radicais livres que levam ao envelhecimento precoce da lente do olho. Portanto, o controle do diabetes desacelera a formação da catarata.


Grupos de risco

O oftalmologista afirma que muitas pessoas só descobrem o diabetes no consultório oftalmológico durante um exame de fundo do olho. Isso porque, os vasos da retina sofrem alterações que indicam a doença. O médico explica que o diabetes é causado pela produção insuficiente no pâncreas de insulina, hormônio que faz a glicose penetrar nas células. Também pode ser causado por resistência à insulina que impede a absorção da glicose pelas células. Resultado: a glicemia fica acumulada no sangue. 

Ele ressalta que 90% dos casos de diabetes são do tipo 2 que é assintomático. Os fatores de risco são o envelhecimento, sobrepeso, colesterol alto, stress e sedentarismo. “Todos estão em ascensão no Brasil, progridem sem alarme e fazem metade dos diabéticos nem desconfiar que estão doentes”, comenta. Por isso, recomenda para quem já passou dos 40 anos e tem algum familiar próximo com diabetes fazer  exame de sangue periodicamente. Esta simples prevenção pode fazer muita diferença na qualidade de vida.

Os sintomas do diabetes tipo 1 são claros: sede, aumento da micção, cansaço, perda súbita de peso e fome. O problema, ressalta, é que atinge apenas 10% dos que têm a doença. Quanto antes for iniciado o tratamento, menor o estrago para toda a saúde.


Cirurgia melhora acompanhamento

Queiroz Neto afirma que a catarata deixa a visão embaçada porque torna opaco o cristalino, lente interna do olho que responde pelo foco de imagens próximas e distantes. Quanto mais avança, maior é a dificuldade de enxergar, até a completa cegueira. O único tratamento é a cirurgia. A operação substitui o cristalino opaco por uma lente intraocular transparente. Em muitas pessoas elimina a necessidade de usar óculos, inclusive de leitura. “Os riscos da operação aumentam quanto mais avançada está a catarata. Isso porque, impossibilita ao cirurgião enxergar o fundo do olho e o cristalino fica muito rígido, podendo ocasionar lesões na retina durante a extração”, explica. Por isso, a cirurgia é indicada logo que a catarata começa atrapalhar as atividades cotidianas. Em diabéticos permite acompanhar as alterações na retina e continuar enxergando perfeitamente bem. O segredo é a prevenção. 


Outras doenças oculares

O oftalmologista afirma que o aumento da glicemia no sangue dificulta a circulação em todo o corpo, inclusive nos pequenos vasos do globo ocular. Isso faz com que além da catarata, aumente o risco de desenvolver glaucoma neovascular e retinopatia diabética, importantes causas de perda definitiva da visão.  “Depois do diagnóstico o padrão de tratamento é passar por consulta oftalmológica anual”, afirma. Quando o oftalmologista descobre alterações no fundo do olho, observa, os intervalos das consultas são menores e variam conforme a gravidade de cada caso. 

“A hiperglicemia também resseca o filme lacrimal e faz muitos diabéticos terem sensação de areia nos olhos, principalmente no calor que contribui com a maior evaporação da lágrima”, salienta. Uma dica do médico para diminuir o desconforto é beber bastante água. Quando a irritação persiste, indica consultar um oftalmologista.


Terapias

A boa notícia é que duas terapias de ponta para tratar alterações vasculares no fundo do olho hoje têm cobertura dos planos de saúde. Uma delas é a OCT (Tomografia de Coerência Óptica). Queiroz Neto ressalta que o exame permite a visualização detalhada da retina e do disco óptico. “É uma tecnologia fundamental para o bom acompanhamento do glaucoma neovascular e da retinopatia diabética, afirma.  Mas só deve ser usada quando o paciente está livre da catarata, observa. A outra é a injeção intraocular com antiangiogênicos, medicação menos tóxica que a quimioterapia e a radioterapia indicadas para retinopatia diabética, conclui.



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