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quinta-feira, 1 de março de 2018

Avanços no tratamento do Melasma e nova técnica de Peeling estão entre os destaques do Meeting da AAD/2018



 A dermatologista brasileira Denise Steiner, uma das palestrantes convidadas, aponta as principais novidades do encontro 


Meeting da Academia Americana de Dermatologia (AAD) é um dos eventos mais importantes do calendário anual da dermatologia. A edição desse ano foi realizada em San Diego, na Califórnia, EUA, entre os dias 16 e 20 de fevereiro e mais uma vez reuniu alguns dos maiores especialistas do mundo para discutir novos produtos, procedimentos e tratamentos dermatológicos. A Dra. Denise Steiner, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), destacou na sua palestra as novas técnicas de Peeling corporal que, além de serem menos invasivas e causarem menos inflamações, apresentam resultados mais significativos e podem até atenuar o crescimento do câncer de pele. A médica apresentou a eficácia do uso de fenol e ácido oleico para provocar coagulação proteica intensa gerando o embranquecimento da superfície cutânea e com ótimos resultados na textura e coloração da pele. “Estes tratamentos são muito efetivos e agridem menos a pele do que o método tradicional", explica a dermatologista que enumera outros temas importantes discutidos durante o encontro: 


Melasma

Para o melasma (manchas acastanhadas que aparecem na pele), a dermatologista destaca a importância de combinar tratamentos para conseguir um melhor resultado final em termos de qualidade da derme. Uma das opções disponíveis no mercado e muito destacada no encontro, explica a especialista, é o uso do ácido tranexâmico via oral, que inibe o excesso de produção de melanina, impedindo que as manchas escureçam cada vez mais. A médica, que estuda o melasma há muitos anos, relembra que usar protetor solar, evitar o estresse e atentar-se ao tipo de hormônio das pílulas anticoncepcionais devem fazer parte das rotinas de quem sofre com a doença. O tratamento tem sido exaltado pela comunidade médica e também pela especialista que coordenou uma pesquisa pioneira no Brasil, na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), comparando a avanço da doença em pessoas que fizeram o tratamento com ácido tranexâmico via oral e outras que receberam apenas placeboCoordenadora do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Mogi das Cruzes, Dra. Denise explica que resultados mais interessantes são constatados se os tratamentos, como o microagulhamento, forem utilizados em conjunto com outras técnicas.


Acne

A acne adulta feminina e sua associação à síndrome do ovário policístico também foi um assunto muito comentado este ano no meeting. As alternativas mais indicadas atualmente para o tratamento são pílulas anticoncepcionais e o uso de substâncias como a espirolactona e a metformina que ajudam a diminuir a produção de testosterona, um dos fatores que estimulam o agravamento da acne em mulheres adultas. A dermatologista ressalta que produtos obstrutivos, como cremes gordurosos, devem ser evitados por pessoas com esse tipo de problema de pele e as maquiagens, sabonetes e protetor solar devem ser escolhidos com a função “oil free”.


Vitiligo

No meeting da Academia Americana de Dermatologia 2018 ressaltou-se o uso da minociclina via oral para reduzir a velocidade do aparecimento das manchas esbranquiçadas que são as características mais conhecidas do vitiligo. A droga surge como uma opção promissora já que apresenta menos efeitos colaterais do que o tratamento clássico atual que alia uso de corticoides, vitaminas, aminoácidos, e também  fototerapia com luz UVB.

Doutora Denise, que coordenou um estudo sobre o uso da minocilina no combate ao vitiligo na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), destaca outras duas drogas inovadoras que se mostram eficazes para combater o avanço das manchas:  Tofacitinib e Ruxolitinib. Elas inibem uma reação química que produz substâncias estimulantes para os melanócitos e estão sendo pesquisadas a fundo para essa finalidade. Por fim, a especialista destaca como essencial identificar os fatores desencadeantes da doença como elevado nível de estresse e problemas na tireoide e aliar dietas antioxidantes e sem o consumo de glúten.


Dermatite atópica

Para o tratamento de dermatite atópica, que provocam muita coceira e lesões na pele, comuns em crianças, a dermatologista se mostrou entusiasmada com o uso da substância crisaboroleem pomada, uma vez que ela tem ação anti-inflamatória e é alternativa para o tratamento mais comum usado atualmente: o corticoide, que apresenta reações negativas como atrofia de pele e aumento de pelos, podendo até interferir no funcionamento dos rins e no desenvolvimento ósseo da criança. 


Rosácea

Para a rosácea (alteração de pigmentação da pele com tons rosas ou avermelhados), a médica informa que muitos dermatologistas relataram considerar o uso de ivermectina a 2% mais eficaz que o metronidasol, tratamento mais comum atualmente. A ivermectina é prescrita associada ao uso de antibióticos e sessões de laser.


Queda de cabelo

O tratamento para calvície com uso tópico de minoxidil, já utilizado contra a queda de cabelo, foi muito discutido durante o evento. Associado ao uso oral da espironolactona, destaca a dermatologista, os resultados apresentados são mais satisfatórios e com poucos efeitos colaterais. O uso oral das substâncias acaba com um problema muito relatado pelas mulheres que usavam os medicamentos de forma tópica em forma de espuma no couro cabeludo: a consistência dos fios.

A médica ressalta que uma segunda opção poderia ser o procedimento de aplicação no couro cabeludo de células-tronco retiradas da gordura do próprio paciente. "Após o tratamento específico, a fração estromal da gordura (parte que tem ampla concentração de células-tronco) é aplicada na região dos folículos e os resultados são muito positivos", afirma. Essa técnica pode auxiliar nos casos de alopecia androgenética para evitar a perda definitiva dos fios

Foram apresentados ainda com destaque no meeting, o uso de uma substância que trata a asma e que será prescrita também contra a queda de cabelo. O uso da técnica de microagulhamento – também associado ao uso minoxidil – apresentou resultados satisfatórios. 80% dos testantes tiveram bons resultados ao aliar as medicações para controlar a calvície. "Esse procedimento gera um processo de cicatrização e, quando utilizado em conjunto com o minoxidil, estimula os fios a crescerem", conclui a especialista. O microagulhamento provoca (pela picada) estímulo da produção de fatores de crescimento, responsáveis por ativar o crescimento folicular.






Dra. Denise Steiner - médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual foi presidente entre os anos de 2013 e 2014. Dra. Denise Steiner também é especialista em Hansenologia, em Saúde Pública e em Medicina do Trabalho, além de ser Doutora em Dermatologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Também é autora de várias publicações de reconhecimento nacional e internacional, entre elas: “Calvície – Um assunto que não sai da cabeça”, “Beleza sem Mistério” e “Envelhecimento Cutâneo”.  www.denisesteiner.com.br




Saiba o que fazer em caso de parada cardíaca



 O pré-atendimento é necessário para aumentar as chances de manter a vítima respirando


A parada cardiorrespiratória é o momento em que o coração deixa de funcionar e o indivíduo para de respirar, sendo necessário fazer uma massagem cardíaca para que o coração volte a bater. Ela é gerada por diversas causas, como hemorragias, infecções respiratórias, uso de drogas, choques elétricos, asfixia, afogamento, intoxicação por medicamentos e sufocamento, mas na maioria das vezes ocorre devido aos problemas cardíacos.

As doenças cardiovasculares são líderes em morte no mundo, sendo responsáveis por quase 30% dos óbitos no Brasil, e a parada cardiorrespiratória atinge cerca de 150 mil pessoas por ano. Em cerca de três minutos o corpo começa a sofrer uma lesão cerebral e, após cerca de dez minutos, as chances de sair ileso são praticamente nulas. Porém, alguns cuidados são essenciais para manter a vítima consciente enquanto a ajuda médica não chega.

De acordo com o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Elcio Pires Júnior, os sintomas mais comuns são a ausência de pulsação e de movimentos respiratórios e a dilatação das pupilas. Além de dores no peito, falta de ar, palpitação, suor frio e visão turva. “Ao presenciar essa situação é preciso chamar imediatamente uma ambulância e iniciar a massagem cardíaca, para que a vítima tenha mais chances de sobreviver, pois a cada minuto sem socorro a chance do risco de morte aumenta em 10%”, alerta o especialista.

Para isso é preciso seguir alguns passos:

·         Deitar a vítima no chão, com a barriga para cima;

·         Levantar ligeiramente o queixo da pessoa para cima e inclinar um pouco a cabeça da vítima para trás para que o ar passe pela garganta mais facilmente;

·         Pressionar o peito da vítima, perto do coração;

·         Para fazer a pressão correta sobre o coração deve-se manter os braços esticados enquanto faz o movimento;

·         Repetir os movimentos a cada dois segundos.

·         A massagem cardíaca não deve ser interrompida até o reinicio da respiração e a volta dos batimentos cardíacos.


Saiba o que comer e o que evitar para ficar livre da rinite



Especialista do Hospital CEMA explica como a alimentação pode influenciar nos problemas respiratórios e quais itens devem ser evitados para manter a doença bem longe


Quem convive com a rinite sabe nomes de descongestionantes, antialérgicos, anti-inflamatórios, corticoides e antibióticos de cor. Quando a crise se manifesta e os espirros e obstruções nasais tornam-se rotina, não tem outra forma a não ser recorrer a esses medicamentos. No entanto, pouca gente olha com atenção para outro "ingrediente", que pode ser fundamental, não somente no tratamento, mas também na prevenção das crises de rinite: a alimentação. "Atualmente, com o desenvolvimento das pesquisas no campo da imunoalergologia, já se sabe que o aspecto nutricional é participativo do processo de prevenção e cura de algumas doenças respiratórias", explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Marcelo Mello.

As vitaminas, minerais, óleos e enzimas que os alimentos possuem são benéficos para o organismo, pois reúnem propriedades anti-inflamatórias, bactericidas, fluidificantes e descongestionantes, potencializando a atuação do sistema imunológico. Em contrapartida, a alimentação também pode "piorar" os sintomas de quem tem rinite, causando mais congestão nasal, aumento na produção de muco, coceira, espirros e falta de ar. "Comidas muito quentes ou alimentos muito temperados e ácidos ativam a resposta alérgica, por meio da histamina, que tem uma poderosa ação vasodilatadora. É o caso da capsaicina, presente na pimenta, que faz o nariz escorrer, coçar, entupir, além de provocar espirros", detalha o médico.

O especialista lista abaixo quais são os alimentos que pioram a rinite, e também quais podem ser aliados.


Alimentos que pioram a rinite 

Trigo e cereais – A farinha de trigo, milho, aveia, centeio e cevada contêm partículas que, quando inaladas, podem desencadear doenças respiratórias, como a rinite e asma. Além disso, o glúten, um dos componentes do trigo, aumenta a produção de muco;

Doces – Principalmente os produtos feitos com chocolate, que contém outros ingredientes potencialmente alergênicos, como leite, soja, nozes e amendoim, podem irritar e inflamar a mucosa nasal;

Bebidas alcóolicas – Provocam vasodilatação e obstrução nasal;

Leites e derivados – Tais itens contêm uma proteína chamada caseína, que deixa o muco mais espesso, dificultando a melhora no caso de doenças respiratórias;

Alimentos industrializados – Fast-food, enlatados, embutidos e afins contêm nitritos, sulfitos, conservantes e corantes, itens que pioram os quadros alérgicos e problemas respiratórios.


Alimentos bons para a imunidade e para afastar a rinite de vez

O médico do CEMA explica que o mais importante é escolher alimentos que ajudem na eliminação do excesso de muco, expectorantes e também itens que melhoram o sistema imunológico. Entre eles estão:

Água – Ela não é bem falada à toa. A água hidrata todo o organismo, inclusive as vias aéreas, ajudando a fluidificar as secreções e lubrificar as mucosas;

Grãos e sementes – Castanhas, sementes de linhaça, de girassol, entre outros grãos, contém flavonoides. Essa substância tem efeito anti-inflamatório e é também emoliente;

Chás – Também contêm flavonoides e ajudam no tratamento da rinite;

Peixes – Atum, salmão e sardinha são alimentos que têm Ômega 3, um nutriente que protege as vias aéreas e ajuda a combater inflamações;

Frutas cítricas – Ricas em vitamina C e antioxidantes, elas auxiliam no fortalecimento do sistema imunológico, prevenindo gripes e resfriados;

Vegetais e frutas – Brócolis, vagem e vegetais verde escuros contêm clorofila, um poderoso antioxidante, propriedade também presente na cenoura, acerola, manga e abóbora (por conter carotenoides);

Alho e cebola – Esses itens devem sempre ser usados como temperos, pois contêm enzimas que combatem infecções por bactérias, vírus e fungos;

Abacaxi – Tem bromelina, uma substância que reduz a inflamação e diminui a congestão das vias nasais;

Gengibre – Está presente em muitos remédios para gripes e resfriados, graças à sua ação adstringente e expectorante;

Mel – O queridinho para combater problemas respiratórios tem propriedades bactericidas, anti-inflamatórias e fungicidas, além de ajudar na expectoração.






CEMA
www.cemahospital.com.br


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