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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Quais os principais cuidados com a saúde após um ataque cardíaco?



Mudança de hábitos é uma das indicações para minimizar sequelas, que podem acompanhar o período de recuperação 


Uma breve interrupção no fluxo sanguíneo pelas artérias coronárias pode alterar o ritmo cardíaco ou até mesmo ser fatal. O ataque cardíaco, uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, acontece quando o fluxo de sangue que flui normalmente nas artérias coronárias, que irrigam o músculo cardíaco, é obstruído. Caso este fluxo não seja restaurado rapidamente, o segmento não irrigado começa a morrer e, assim, ocorre o infarto agudo do miocárdio, podendo levar o paciente à morte ou mesmo deixar sequelas no coração, comprometendo a qualidade de vida. Isso exige do paciente atenção redobrada e mudança consciente dos hábitos do dia a dia, levando em conta que fatores de risco como idade e genética não são modificáveis.

Por isso, o cardiologista do Hospital Cardiológico Costantini, Everton Cardoso Dombeck, destaca a importância de um atendimento imediato. “É muito importante fazer o diagnóstico de um evento cardíaco o mais rápido possível, pois tempo é músculo. O paciente com quadro clínico sugestivo de infarto agudo do miocárdio deve ser encaminhado para um centro cardiológico especializado mais próximo, com estrutura adequada para o pronto restabelecimento do fluxo coronariano obstruído”, explica.

O cardiologista destaca ainda que a angioplastia é o padrão no tratamento. “Uma vez desobstruída a artéria culpada pelo IAM, é possível “salvar” a maior quantidade de células miocárdicas isquêmicas que sofreriam necrose (morte celular) irreversível. Com isso, é possível reduzir as sequelas, que podem ser: morte do paciente, a mais indesejada, instalação de insuficiência cardíaca e terreno propício ao desenvolvimento de arritmias cardíacas, problemas que podem comprometer a qualidade de vida do paciente acometido”, esclarece.


Fique atento

Os principais sintomas do ataque cardíaco se caracterizam por desconforto e/ou dor torácica mal localizada, podendo ser repentino e constante no meio do peito. Existe a possibilidade de irradiar para várias partes do tórax, costas, pescoço, mandíbula e braços, principalmente a parte interna do esquerdo. Além disso, pode ocasionar a falta de ar, associada à palidez, sudorese e outras formas dor epigástrica.


Mais qualidade de vida

Após a recuperação, a pessoa deve mudar alguns hábitos: ter uma alimentação saudável e balanceada - com mais frutas e verduras -, ficar atento aos níveis de colesterol, se é fumante deve parar de fumar, e praticar exercícios físicos após liberação médica.


Problema crescente

Somente este ano, aproximadamente 190 mil pessoas já faleceram devido a problemas cardiovasculares no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia. O número é crescente: no ano passado, foram cerca de 350 mil, um aumento de 1,39% em relação a 2015 e 65 mil a mais que em 2004.





Níveis altos de desemprego impactam no aumento da obesidade



O Brasil lutou anos contra a desnutrição. Mas agora o que está preocupando governo, sociedade, médicos e operadoras de saúde é a obesidade. Com exceção dos fumantes e daqueles que têm hábitos saudáveis já incorporados à sua rotina, o desemprego pode ser uma porta de entrada para a obesidade. O problema é que, no último ano, o desemprego tirou do mercado de trabalho mais 2,6 milhões de pessoas. Hoje em dia, o número total de desempregados gira em torno de 14 milhões – praticamente o dobro dos 7,2 milhões de pessoas sem ocupação formal que existia em 2014. Portanto, é de se preocupar mesmo com esse link entre obesidade e desemprego.

Pesquisa feita pelo Instituto Gallup, nos Estados Unidos, revelou que os americanos que estão um ano ou mais sem trabalhar têm muito mais chances de se tornar obesos do que aqueles que ficaram fora do mercado de trabalho por curtos períodos. A proporção é de 32,7% para 22,8%, respectivamente. O estudo também analisou o percentual de pessoas que foram diagnosticadas com doenças relacionadas à obesidade, como hipertensão, colesterol alto e diabetes. Quem está desempregado por seis meses ou mais tem duas vezes mais chances de ficar hipertenso e registrar altas taxas de colesterol.

Apesar dessa associação entre desemprego e obesidade ter sido identificada, as causas ainda não estão totalmente claras. Aparentemente, o desemprego pode deixar a pessoa mais vulnerável a determinados comportamentos que geram impacto na saúde. Por outro lado, doenças pré-existentes também podem predispor a pessoa a enfrentar mais problemas para conseguir e manter um emprego formal. Seja como for, trata-se de um ciclo negativo entre carreira e saúde. Também não se pode deixar de levar em conta que pessoas obesas costumam enfrentar dificuldade para ser contratadas para ocupar funções que exigem muito esforço físico, como na indústria da construção e manufatura.

Na opinião do médico Almino Cardoso Ramos, cirurgião digestivo com área de atuação em cirurgia bariátrica, é fundamental que a pessoa busque ajuda especializada assim que perceber um ganho de peso progressivo e relevante. “Primeiramente, a pessoa atinge a faixa do sobrepeso, em que é considerada pré-obesa, com IMC entre 25 e 29,9. Nessa fase, o risco de comorbidades já é maior, predispondo-a ao diabetes e à hipertensão, entre outras doenças relacionadas à obesidade. Quando o paciente atinge IMC entre 30 e 34,9, ele já é tratado como obeso grau 1. Pessoas com IMC entre 35 e 40 geralmente são excelentes candidatas à cirurgia bariátrica”.

De acordo com o especialista, a técnica de cirurgia bariátrica mais realizada em anos recentes é o Bypass GástricoGrosso modo, trata-se de um desvio de uma grande porção do estômago e de uma pequena porção do intestino delgado. A cada 100 mil cirurgias bariátricas realizadas no Brasil anualmente, essa técnica responde por 60%. “Através da técnica de grampeamento, isolamos uma parte grande do estômago e ligamos a parte menor ao intestino, por onde o alimento irá transitar. A vantagem dessa técnica é a reversibilidade, além de permitir que o paciente atinja a saciedade, ao se alimentar, muito mais rapidamente do que antes”.

Mas outra técnica vem ganhando cada vez mais adeptos. É a Gastrectomia Vertical (Sleeve). Partindo do mesmo pressuposto do Bypass Gástrico – isto é, redução do estômago –, essa cirurgia transforma o órgão num tubo afilado verticalmente, restringindo o volume de alimento ingerido. Na opinião de Almino Ramos, a grande vantagem dessa técnica é que o paciente não necessita de suplementação vitamínica, já que vai comer praticamente tudo o que comia antes, só que em porções bem menores. “Nessa técnica, extraímos uma parte do estômago que é responsável pela produção de grelina, também conhecido como ‘hormônio da fome’. Mas, se houver reganho de peso, é possível realizar novas cirurgias bariátricas. De todo modo, é fundamental um acompanhamento psicológico para tratar a compulsão alimentar – muito comum entre pessoas obesas.”





Hospital SAHA

Fontes:
Estudo Gallup :

Dr. Almino Cardoso Ramos - cirurgião digestivo com área de atuação em cirurgia bariátrica.




Gestantes: gengivite, erosão do esmalte, cáries e xerostomia são alguns dos problemas bucais mais recorrentes



Fazer um pré-natal odontológico também é fundamental para garantir a saúde da mãe e o bom desenvolvimento do bebê, inclusive evitando partos prematuros, já que estudos apontam para uma ligação entre periodontites e complicações na gestação. 


A gravidez é um período na vida da mulher que requer inúmeros cuidados, inclusive com a higiene bucal, que deve ser considerada como parte do pré-natal. Isso porque existe uma relação entre doenças periodontais, parto prematuro e nascimentos de bebês com baixo peso, segundo o pesquisador da Universidade Regional de Blumenau, João Luiz Gurgel.

Estágio avançado da inflamação dos ligamentos e ossos que fixam os dentes à gengiva, a gengivite, por exemplo, é uma doença geralmente causada pela presença da placa bacteriana, que se acumula na superfície dentária quando a higiene bucal não é realizada de maneira adequada e, no caso das gestantes, acaba sendo um problema comum, pois ao realizar a escovação, muitas mulheres sentem náuseas. Nesta inflamação, as toxinas geradas podem entrar na corrente sanguínea e prejudicar a gravidez.

De acordo com o dentista, Rodrigo Tanajura, de São Paulo, SP, durante a gestação os dentes e a gengiva necessitam de cuidados especiais, por meio da higiene bucal adequada, com o uso diário do fio dental. “Alimentação equilibrada e visitas periódicas ao dentista são medidas que ajudam a reduzir os problemas que acompanham a gestação.”


Principais problemas

Durante a gravidez, além da gengivite, provinda do acúmulo de placa bacteriana que se deposita nos dentes, a erosão do esmalte é comum e também acontece pela dificuldade que algumas mulheres têm de manter uma boa higienização, especialmente por conta dos enjoos matinais. “Em conjunto com a náusea, os ácidos se deixados na boca, podem causar erosão nos dentes. Por isso, é importante enxaguar a boca com água ou fluoreto para diminuir os efeitos dos ácidos", informa.

Outro problema bastante comum neste período é a xerostomia, conhecida como boca seca, que pode provocar cáries e infecções. Para evitá-las, beber água em abundância, para permanecer hidratada, e mastigar chiclete sem açúcar, para aumentar a produção de saliva, são boas práticas. “Manter os dentes sempre limpos, especialmente na região do colo dentário, reduz significativamente o risco de gengivite durante a gravidez.”

Substituir doces por alimentos integrais, como queijo, verduras e frutas frescas também são dicas para auxiliar na saúde dos dentes.


Quando ir ao dentista?

De acordo com Tanajura é primordial informar ao dentista sobre a gravidez e fazer um acompanhamento desde o início, sendo mais confortável para a paciente realizar algum tratamento no segundo trimestre, devido à diminuição das náuseas. Além disso, nos três primeiros meses está em formação o tubo neural da criança, sendo que a anestesia e o raio-x, por exemplo, podem prejudicar o desenvolvimento. “No último trimestre da gestação, o estresse associado com a consulta pode aumentar a incidência de complicações pré-natais”, comenta. Segundo o profissional, analgésicos e antibióticos também não devem ser receitados durante os três primeiros meses, a não ser que sejam extremamente necessários. “Além disso, sentar-se na cadeira de dentista ao final da gravidez não é uma tarefa fácil.”

Em caso de emergência, avise, antes de chegar ao consultório sobre seu estado, informando qualquer tensão que estiver sofrendo, abortos naturais anteriores e medicamentos que esteja tomando. “Estas questões podem influenciar na maneira pela qual o dentista irá tratar a paciente, sendo bem provável que ele entre em contato com o obstetra antes de iniciar qualquer tratamento.”




Dr. Rodrigo Tanajura – CROSP 47918 - especialista em prótese dental e pós-graduado em reabilitação oral.

Fonte: Dental Cremer 




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