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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Educação financeira: 17 objetivos para 2017




Normalmente, as pessoas aproveitam o final do ano para realizar um balanço do que aconteceu durante o período. A partir daí, elaboram uma lista com aquilo que gostariam de fazer diferente no próximo ano. Pensando em ajudar aqueles que querem se organizar para melhorar a sua vida financeira, elaborei uma lista com 17 objetivos para serem alcançados ao longo do ano de 2017.

1º) Elaborar o orçamento familiar com pelo menos 3 meses de antecedência. Assim será possível evitar assumir compromissos além da capacidade financeira.

2º) Analisar, todos os meses, a evolução das despesas e ficar mais atento àquelas que ficaram além do planejado. Além disso, é importante sempre buscar alternativas para diminuir as despesas.

3º) Criar uma reserva financeira. Ela é fundamental para evitar desequilíbrios financeiros em situações imprevisíveis.

4º) Ter uma relação saudável com o cartão de crédito. Bem usado, ele pode ser uma ferramenta importante no controle financeiro.

5º) Planejar e realizar uma viagem. O destino é o menos importante. O mais importante é descobrir que com planejamento é possível conhecer novos destinos e ampliar os horizontes.

6º) Definir objetivos pessoais e familiares para o curto (até um ano), médio (um a cinco anos) e longo prazos (além de cinco anos).

7º) Ler bons livros e assistir bons filmes. A leitura e o cinema são uma importante fonte de inspiração para nossa vida.

8º) Reservar um tempo para estar junto da família e amigos.

9º) Evitar o excesso de consumo. Isso ajudará a manter a sustentabilidade de suas finanças, mas também terá um impacto muito positivo em nosso planeta.

10º) Compartilhar com a família os assuntos financeiros. É importante buscar o engajamento de todos.

11º) Ficar longe de dívidas que possam comprometer o orçamento.

12º) Economizar uma parte dos ganhos mensais para utilizar somente no futuro.

13º) Doar um pouco do tempo e atenção para alguém que precise.

14º) Destinar o 13º salário para a realização de algum sonho e não usar para cobrir os "buracos" gerados pelo desequilíbrio financeiro.

15º) Buscar aumentar a rentabilidade dos investimentos. Quanto maior a rentabilidade, mais rápido será a realização do objetivo ou mais objetivos poderão ser realizados.

16º) Celebrar cada conquista alcançada ao longo do ano.

17º) Buscar informações, periodicamente, que possam contribuir para melhorar a gestão das finanças.  

Planeje bons hábitos para 2017. Invista em sua educação financeira.





Carlos Eduardo Costa - Consultor do site de Educação Financeira do Mercantil do Brasil – www.mercantildobrasil.com.br/educacaofinanceira





Corrupção e felicidade



Talvez você se lembre do nome de quem matou Odete Roitman, mas ninguém sabe dizer, até hoje, quem matou PC Farias no chamado “crime que abalou o país”. A história está repleta de casos de corrupção em que o corrupto se dá muito mal. A maioria? Quem sabe?

O significado do termo por si só já apresenta seus dentes, pois “corrupta”, em latim, é a junção das palavras “cor” (coração) e “rupta” (quebra ou rompimento). Algo que, de cara, não me parece provocar um resultado bom ou convidativo: romper com o coração.

A origem do termo está no latim, mas a prática é muito mais antiga que a língua. Fico espantado quando vejo pessoas associarem a corrupção aos brasileiros. Olhe em volta, viaje à China para conhecer as fábricas de trabalho escravo de um quarto da população do planeta ou jogue um feixe de luz sobre a indústria bélica americana. Procure entender o que acontece na Somália, Líbia, Coréia do Norte, Venezuela, Camboja ou República do Congo.

Outro dia, em uma mesa de bar, um suíço questionou uma colombiana sobre como era a vida na Colômbia em contato com os traficantes. Ela, com calma e uma lucidez cortante, respondeu que quem deveria conhecer os traficantes era ele, pois é na Suíça que eles depositam todo dinheiro e encontram cobertura para o que fazem. Muito firme o ponto de atenção dela e isso tem um nome, chama-se: corrupção. A história nos apresenta líderes de países “desenvolvidos” da Europa mestres nessa “arte”.

O que fazer com todo este dinheiro? Alguns dirão: “para comprar o poder!” Mais poder? Poder para roubar? Roubar para poder? De certo, alguém já lhe fez a deliciosa pergunta: “o que você faria caso ganhasse uma bolada rechonchuda na loteria? O que faria se amanhã depositássemos um bilhão de reais em sua conta?”.

Muitos podem ainda ter o cuidado de questionar: “mas será um bilhão de reais que pertencem a mim ou um bilhão de dinheiro sujo, roubado dos cofres públicos?”. Considero uma boa pergunta, pois muda completamente a situação do beneficiado. Mas a dúvida inicial persiste: o que fazer com um valor tão colossal?

O despropósito dos valores é proporcional à falta de propósito na vida dos corruptos. Não há finalidade alguma, o rombo que se faz no cofre público é sem propósito. Sim! Para entender qual o propósito de cada uma na vida, é preciso pensar sobre os valores mais elevados e a aspiração individual de algo que valha a pena ser vivido.

Perceba que não há nesse momento um questionamento à falta de caráter ou cobrança por mais integridade, retidão e princípios, mas, sim, a constatação da importância do propósito de vida particular de cada um, aquilo que Aristóteles chama de ética – ou seja, reconhecer aquilo a que se aspira e dirigir-se nesse sentido. Na rota contrária a isso, o mundo contemporâneo demonstra ser capaz de produzir uma legião de líderes sem noção, razão, motivo, critério, senso, discernimento ou juízo.

Momento em que paramos para pensar: quem é essa pessoa? O que ela quer de verdade? Estamos no tempo certo para distinguir sucesso de felicidade! Afinal, quantas pessoas o mundo já produziu com uma carreira de sucesso e tremenda infelicidade?

Mais uma face desse espelho distorcido que engana a tantos: olhe no rosto daquele que você julgar corrupto, tente buscar um sinal de felicidade e não encontrarás! Agora, pense em alguém que você considera muito feliz, e o que aparece? Vamos lá! Busque na memória alguém de suas relações que você nomearia como uma pessoa “exemplo de felicidade”, e veja o que encontra: propósito de vida, altruísmo e generosidade.






Alvaro Fernando - autor do livro “Comunicação e Persuasão – O Poder do Diálogo”, no qual demonstra a importância comunicacional de virtudes como propósito de vida, altruísmo e generosidade. Fernando é premiadíssimo compositor de trilha sonora, vencedor de três leões em Cannes, duas medalhas em New York Festival e três estatuetas no London Festival.
Há mais de 25 anos no mercado, atua com os principais anunciantes dentro e fora do país. http://www.alvarofernando.com.br/


Black Friday x Consumo Consciente



Será que você comprou o que você precisava mesmo? Está pronto para o Natal?


 A Black Friday passou e já estamos pensando nas lembrancinhas de Natal. Alguns aproveitaram para comprar os seus presentes nesta que virou mais uma data de vendas no país, principalmente na internet. Segundo o Ebit, neste ano o varejo online vendeu R$ 1,9 bilhões, com um aumento de 17% em relação ao ano passado. Mas o mesmo órgão esperava a cifra de R$ 2,1 bilhões para este ano.

É interessante que os sites eletrônicos de vendas e, principalmente, a sua parte de logística e processos estão começando a ficar preparados para este dia de boom de atividades. Quem mostra este dado é o site Reclame Aqui, que apontou 2.912 reclamações nas 24 horas do dia da Black Friday, sendo 33% a menos do que no ano passado.

Não só o bombardeio de publicidade na TV, jornais, rádios e internet, mas a invasão de anúncios nos nossos e-mails e mídias sociais. Tudo isso fez com que muitos resolvessem comprar o que talvez não estivessem precisando ou ainda “só para aproveitar o que estava barato”.

Mas também não era apenas a Black Friday, era a semana Black Friday, o fim de semana Black Friday, o mês Black Friday. Engraçado que em minha aula de inglês, Friday era sexta-feira, mas deixa pra lá.

Sim, estamos precisando mexer na economia, mover o consumo para voltarmos a crescer e sair desta recessão que muitos da geração Millenium nunca tinham passado. Precisamos fabricar mais, produzir mais, vender mais e fazer a roda econômica girar. Mas sempre com muita consciência!

O momento é crítico e muito, amigos e amigas estão desempregados buscando vagas há mais de um ano. Mas o motor do consumo vai salvá-los?

Não sei se só isso é suficiente. O Natal está chegando e precisamos ter ainda mais consciência nas nossas compras e débitos nos cartões de crédito. Precisamos entender o momento econômico do Brasil e do mundo, além destas turbulências políticas pelas quais estamos passando. Para isso, o Instituto Akatu nos ensina a questionar antes de digitar o número do seu cartão:


  1. 1.   Por que comprar?  Você realmente precisa ou está sendo estimulado por propagandas e impulso do momento? É importante comprar agora ou pode esperar o mês que vem?
  2. 2.   O que comprar? Neste momento precisa analisar as opções e escolher algo que as características realmente atendam à sua necessidade, pois atributos demais no produto podem ser desperdícios.
  3. 3.   Como comprar? À vista, a prazo, no cartão? Vou conseguir pagar as prestações? Não se somarão às já existentes? Será que o meu momento financeiro permite?
  4. 4.   De quem comprar? Este produtor ou empresa é confiável? Esta loja é indicada? Já ouviu falar de algum problema com a empresa sobre mão de obra escrava ou trabalho infantil? Pesquisou o preço?
  5. 5.   Como usar? Usar com delicadeza para não quebrar e ter que comprar outro. Usar até o fim, não em função da moda ou da novidade. Lembre-se da energia e dos recursos naturais e pessoais que foram utilizados para o seu produto estar com você.
  6. 6.   Como descartar? Depois de usar o que fará com o produto? Ele não desaparecerá como mágica. Você poderá doar? Reciclar? Transformar? Tem que pensar nisso antes de comprar!

 Pois é, perguntas que parecem fáceis, mas que no nosso dia a dia não nos fazemos. O consumo consciente tem a ver com você atender as suas necessidades sem com isso afetar a sua condição monetária (entenda-se endividamento), a sua condição produtiva (leia-se trabalho, será que você continuará empregado ou recebendo?) e os impactos diretos no planeta e nas pessoas. Vamos nos desenvolvendo sempre!





Marcus Nakagawa - sócio-diretor da iSetor, professor da graduação e MBA da ESPM, idealizador e diretor da Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida. Mais informações em www.marcusnakagawa.com




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