Nessa época, os pequenos
ficam mais expostos à água e ao sol
Com o verão e os dias mais quentes se aproximando, assim como as férias de fim
de ano, muda-se a rotina da família e, consequentemente, os cuidados com os bebês e crianças devem ser redobrados. Segundo a pediatra de São
Paulo, Dra. Maria Julia Carvalho, as criançasficam mais expostas ao sol, à piscina e ao ar livre e, por
serem mais sensíveis do que
adultos, os pais devem ficar em alerta com os pequenos.
Entre os incômodos mais comuns dessa época do ano estão aqueles relacionados
com a perda de líquidos pelo corpo, como desidratação, as picadas de insetos
ou os problemas decorrentes das altas
temperaturas, como queimadura solar e insolação.
Confira algumas dicas da especialista para curtir os dias quentes sem complicações:
Exposição solar: os bebês até os seis meses de
idade não devem ser expostos diretamente
ao sol e nesta faixa etária não está liberado o uso de protetor solar. Já
as crianças maiores devem evitar a exposição solar das 10 às 16 horas,
além de usar protetor solar, roupas leves e chapéus.
Insolação: o problema
acontece quando há um aumento da temperatura do corpo, decorrente da exposição
solar exagerada, podendo levar a sintomas como diarreia, vômitos, vermelhidão
na pele e febre. Nesse caso, é aconselhável deixar a criança em local fresco,
fazer compressas molhadas no corpo e oferecer uma alimentação de fácil
digestão, além de sucos e água.
Desidratação: No calor, as crianças tendem a perder mais líquidos
do que adultos. Por isso, é importante mantê-las sempre hidratadas. Mas em caso
de desidratação, os pais devem oferecer muito líquido, como suco, chá e água.
Além disso, também podem fazer soro caseiro: 200 ml de água potável, a ponta da
colher de chá de sal e duas colheres rasas de açúcar.
Intoxicação alimentar: quando há
a ingestão de alimentos ou água contaminada pode ocorrer a chamada intoxicação
alimentar. Nesse caso, recomenda-se que o paciente ingira muito líquido, tenha
uma alimentação leve e faça repouso.
Queimadura por água viva: Caso
ocorra esse acidente na praia, lave o local com água do mar durante meia hora e
depois lave com vinagre. O maior erro é lavar a região com água doce ou
soluções a base de álcool, pois isso faz com que seja liberado mais veneno na região. Gelo também pode ser colocado
na área para diminuir a dor, mas caso ocorra alguma alergia é necessário
consultar um médico.
Queimaduras: Lave o local que
foi queimado com água corrente fria até que a região seja resfriada e depois
apliquei uma gaze molhada com água fria ou com chá de camomila. Procure não
passar nenhuma receita caseira ou pomada, pois pode irritar o local da
queimadura. Também não se deve estourar possíveis bolhas, que podem surgir
depois do acidente.
Ralados: Para cortes pequenos e
superficiais pode-se fazer a higienização do local apenas com sabão neutro e
água. Já em casos de cortes maisprofundos é
importante que a criança passe por uma avaliação médica para avaliar a
necessidade de sutura. Nesses casos é ainda mais importante
que a carteira de vacinação dos pequenos esteja em dia devido ao risco de
tétano.
Dra. Maria Julia Carvalho - formada pela UNICAMP (2004-2009). Fez residência em
pediatria pela Santa Casa de SP (2010-2012). E é especialista em
oncohematologia infantil pela Santa Casa de São Paulo (2012-2014). Plantonista
na unidade de internação do hospital infantil Sabara e na UPA do Einstein de
Perdizes. facebook.com/dramajucarvalho