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terça-feira, 21 de setembro de 2021

Pijama molhado e cuidados com a pele estão entre as principais dúvidas dos pacientes com dermatite atópica

23/09 – Dia de Conscientização da Dermatite Atópica

 

A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória da pele, crônica, recidivante e que acomete, principalmente, crianças e adolescentes com história familiar de alergias respiratórias como rinite e asma ou quadros de eczema (dermatite). Pode começar em qualquer idade, geralmente após os três a seis meses de vida, mas tende à remissão antes da adolescência. Alguns trabalhos têm mostrado que vem aumentando a incidência de quadros de dermatite atópica se iniciando na vida adulta, mesmo após os 30-40 ou 50 anos.

 

O principal sintoma é o prurido (coceira) muito intenso e que piora à noite e é consequência, principalmente, da secura da pele, da perda de óleo e água e do processo inflamatório característico da doença. A coceira persistente é uma das mais importantes causas de comprometimento da qualidade de vida com mudanças do comportamento (irritabilidade, mau humor, intolerância, isolamento) e alterações da qualidade do sono.

 

O Dr. Evandro Prado, Coordenador do Departamento Científico de Dermatite Atópica da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), lista abaixo as principais dúvidas levadas pelos pacientes aos consultórios de alergistas e imunologistas. Confira as respostas:

 

1-  A dermatite atópica é contagiosa?

Não é contagiosa. A dermatite atópica é uma doença inflamatória da pele, consequência de vários fatores como a genética e o ambiente.

 

2-  Doutor, ouvi dizer que o leite piora a DA. É verdade?

Nos casos mais graves de dermatite atópica, principalmente nas crianças de baixa idade, podemos ter agravamento do quadro por sensibilização a alguns alimentos. Alergia para proteínas do leite de vaca podem ser um desses agravantes, mas são necessários exames laboratoriais para confirmar essa possibilidade ou mesmo relação causa e efeito, isto é, quando existe o relato de ingestão e piora da dermatite. Não devemos submeter crianças com dermatite atópica com uma dieta de exclusão sem ter certeza de que o alimento está relacionado à doença.   

 

3-   Por que uma pessoa com DA tem tantas infecções na pele?

As infecções cutâneas, principalmente por bactérias, são frequentes. Os estafilococos aureus são as bactérias que mais infectam a pele. Existem várias explicações, mas a mais importante é a falta de defesa ao nível da pele em algumas crianças. Eventualmente, infecções por fungos e vírus podem também estar presentes.

 

4-  O que é o pijama molhado?

O pijama molhado é uma alternativa interessante para os casos moderados/ graves. Como fazer isso? Passar o hidratante à noite e, às vezes, associado ao corticoide tópico, e vestir um pijama molhado que deve ficar até o dia seguinte pela manhã. Importante: É recomendável usar um pijama seco por cima do pijama molhado para diminuir a sensação de frio ou para dar algum aquecimento à pele. Costuma melhorar muito, mas deve ser sempre uma conduta orientada pelo médico que faz o acompanhamento do paciente.

 

5-  Qual hidratante é indicado para dermatite atópica?

Essa é uma pergunta muito frequente. A maioria dos hidratantes têm a função de repor o óleo e a água perdidos pela própria dermatite. Alguns irritam ou queimam a pele e têm que ser substituídos. Os mais caros não são necessariamente os de melhor resposta. Apenas o especialista, munido do histórico e exames do paciente, poderá indicar o hidratante ideal para cada caso.

 

6-  É verdade que o paciente precisa ter cuidados diários com a pele? Quais são?

A dermatite atópica é uma doença muito complexa. Cuidados gerais são muito importantes. Como a pele está sempre irritada, pruriginosa e seca algumas recomendações são muito importantes:

- Usar roupas leves de algodão, evitar roupas colantes.

- Banhos mornos são permitidos e podem ser múltiplos, desde que se use hidratante logo após, com a pele ainda úmida.

- Explicar como é a doença e o que é preciso para controlá-la (adesão) é fundamental para o sucesso e a melhora do paciente.

 

7-  Um paciente com DA pode entrar em depressão? Por quê?

A dermatite atópica é uma doença que compromete muito a qualidade de vida. O aspecto da pele e a intensa coceira podem levar o paciente ao isolamento social, causando dificuldade de conviver em grupo, acarretando um mau aproveitamento escolar ou no trabalho. Irritabilidade, mau humor, agressividade são algumas alterações comportamentais. A depressão e ansiedade podem acontecer principalmente nos casos mais graves, quando o paciente percebe que o tratamento não está melhorando o seu quadro.

 


ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

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As doenças que podem levar o homem a utilizar prótese peniana

De acordo com o urologista, algumas condições de saúde, quando não são tratadas, podem ocasionar a disfunção erétil grave, o que leva a necessidade da colocação da prótese peniana.


De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), metade dos homens acima dos 40 anos apresentam queixas sobre a ereção. Por mais que, graças aos avanços da medicina, haja diversas opções de medicamentos ou injeções para facilitar esse processo, nem todos os homens respondem a esses remédios, alguns não podem tomá-los ou não toleram os seus efeitos colaterais.

Em casos como esses, a prótese peniana pode ser uma alternativa. Trata-se de um tipo de tratamento cirúrgico seguro e eficaz no qual é colocado um implante no interior do pênis para substituir os corpos cavernosos, principais agentes do processo de ereção.“ Ela é indicada, em sua maioria, para pacientes com disfunção erétil grave, que possuem a circulação sanguínea para o pênis ou o mecanismo de manutenção da ereção comprometidos” afirma o urologista Leonardo Lins, doutor em urologia pela Faculdade de Medicina do ABC e titular da Sociedade Brasileira de Urologia.

Existem algumas condições de saúde que, se não tratadas, podem ocasionar a disfunção erétil grave, o que leva a prótese peniana ser a opção de tratamento mais eficaz. “Doenças cardiovasculares, diabetes, colesterol alto, obesidade ou até mesmo pacientes que foram submetidos a cirurgia ou radioterapia para controle de câncer de próstata, podem precisar da colocação de prótese peniana, dependendo do quadro do indivíduo", explica o urologista.

Além destes, há outros fatores que podem resultar na necessidade do implante, como casos graves de doença de Peyronie (enfermidade que provoca uma curvatura peniana adquirida que impede a penetração) e os casos de seqüela pós priapismo (ereção dolorosa, maior que 4 horas, que provoca uma fibrose da estrutura interna do pênis). “Alguns hábitos comportamentais também contribuem para um possível quadro de disfunção erétil grave", comenta o Dr. Leonardo Lins. 

É importante lembrar que, diferente do que muitos acreditam, a prótese peniana não deixará o pênis maior do que ele naturalmente é, e a decisão de realizar esse procedimento cirúrgico deve ser tomada em conjunto com o urologista. 

 


Dr. Leonardo Lins - Urologista  - Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Urologia e também é assistente da disciplina de urologia da FMABC. Atua há mais de 10 anos com cirurgião urológico nos principais hospitais de São Paulo.É membro da Sociedade Americana de Urologia (AUA) e da Sociedade Internacional de Medicina Sexual, e é Fellow do Comitê Europeu de Medicina Sexual (2020).

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Por que é importante que o bebê aprenda a se sentar?

Aos 8 meses o bebê já deve se sentar sem apoio. Caso isso não ocorra, os pais devem procurar orientação de especialistas



Quem é mãe ou pai já deve ter ouvido falar dos marcos do desenvolvimento. Aprender a se sentar é um dos mais importantes. Primeiro, o bebê precisa conseguir se sentar com apoio, para depois se sentar sem apoio.

Esses são passos essenciais no processo neuropsicomotor, sendo uma capacidade fundamental para adquirir as outras habilidades motoras, como rolar, virar de lado, engatinhar e andar.
 
Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em neurodesenvolvimento e fisioterapia neurofuncional, o desenvolvimento motor é um processo gradativo que irá aprimorar e integrar as habilidades e a biomecânica dos movimentos.

“Cada marco é atingido em um período específico. E um depende do outro para um sistema motor consistente e eficaz”.


 
Por onde começa?
 
“Para se sentar, o bebê deve passar primeiro pela fase de sustentar a cabeça, que deve ocorrer até os 3 meses. A partir do 4º mês, é preciso adquirir a capacidade de rolar lateralmente. Com 6 meses, o bebê deve conseguir aprender a rolar e a se sentar com apoio. E, finalmente, aos 8 meses, já deve se sentar sem apoio”, explica Walkíria.
 
“É importante explicar que nos primeiros 6 meses de vida, o bebê apresenta os chamados reflexos primitivos. Essas são respostas motoras involuntárias aos estímulos externos. Aos poucos, o bebê irá realizar movimentos voluntários ao longo das aquisições motoras”, comenta a especialista.


 
Sentar-se e comer: tudo a ver

Além da importância da aquisição da habilidade de se sentar para as seguintes, como engatinhar e andar, o bebê precisa dessa posição para se alimentar na fase da introdução alimentar.
 
“O bebê que não consegue se sentar sem apoio, acaba tombando para os lados o tempo todo. Esse movimento, portanto, é um impeditivo para a introdução de alimentos sólidos. A razão é que aumenta o risco de engasgo, por exemplo”, conta Walkíria.
 
A capacidade de se sentar sem apoio se instala a partir dos 6 meses. Porém, cada criança tem o seu tempo. Há casos em que pode ocorrer um pouco antes e um pouco depois. O interessante é que coincide com a fase de introdução dos sólidos. 


 
Quando buscar ajuda?
 
Walkíria explica que os pais devem procurar se informar sobre os marcos do desenvolvimento. Além disso, é preciso ficar atento a sinais sugestivos de um atraso nas aquisições.
 
 
“Chamamos de atraso de desenvolvimento a defasagem entre a idade cronológica da criança e a idade que corresponde às aquisições esperadas. Portanto, se aos 8 meses o bebê não se senta sem apoio, é preciso buscar ajuda”, orienta.



Causas dos atrasos

Há diversas causas para os atrasos do desenvolvimento. Doenças ou lesões neurológicas, como paralisia cerebral, deficiência física etc. Porém, quando não há nenhuma patologia que explique, as razões podem ser ambientais e sociais.

“Em outras palavras, pode ser que esse bebê não esteja recebendo os estímulos corretos dos pais ou cuidadores. Uma criança que fica o tempo todo deitada ou em um carrinho, não terá muitas oportunidades de aprender a se sentar ou até mesmo de rolar”, alerta Walkíria.



Quanto antes, melhor

Ao notar qualquer atraso ou alteração nas aquisições motoras, o melhor a se fazer é procurar um especialista em neurologia.

“A intervenção precoce pode assegurar a correção de alguns atrasos motores. Isso ocorre graças à neuroplasticidade, que é mais intensa até os 2 anos de idade. Além disso, é crucial que os pais deem os estímulos corretos em cada fase do desenvolvimento”, conclui Walkíria.


Pandemia: estudo cria hipótese para os novos casos de cetoacidose diabética e diabetes tipo 1 em crianças e adolescentes

A pesquisa foi conduzida em Ribeirão Preto e orientada por endocrinologista diretor da SBEM-SP


Estudo conduzido por pesquisadores de Ribeirão Preto avaliou o comportamento do Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) durante a primeira onda de coronavírus na região e comparou os dados com períodos anteriores. “Relatos internacionais e a percepção do aumento de internações de crianças e adolescentes diabéticas nos motivaram a iniciar esse estudo”, comenta Dr. Sonir Antonini, endocrinologista da diretoria da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo e orientador da pesquisa.

 

Após avaliação dos dados, a conclusão de hipótese dos autores é que o aumento da frequência e gravidade de novos diagnósticos de DM1 em vigência de cetoacidose diabética (CAD) grave de outubro de 2019 a fevereiro de 2020 foi 4O% contra 75% casos em 2020, no período inicial da pandemia. A associação do medo de contaminação e saturação dos atendimentos de urgência pode ter levado os pacientes procurarem atendimento médico apenas em fases mais avançadas dos sintomas, além da diminuição do acesso ao atendimento ambulatorial, onde os novos casos poderiam ser detectados antes da CAD.

 

Mais comum em pacientes com diabetes tipo 1 (DM1), a cetoacidose diabética é uma emergência médica, caracterizada quando os níveis de açúcar no sangue (glicose) estão muito elevados e acompanhados do aumento da quantidade de cetonas. Se essa condição não for tratada com urgência pode levar o paciente ao risco de morte. Durante o primeiro semestre de 2020, Alemanha, Itália e Inglaterra publicaram relatos de aumento do número de novos casos de cetoacidose diabética (CAD) e maior proporção de CAD grave. A Inglaterra também reportou aumento do número de casos novos de DM1.

 

No estudo de Ribeirão Preto, nas duas comparações, o número de casos novos de DM1 aumentou durante a pandemia. Para cada 1000 atendimentos de urgência foram 5,2 casos em abril-agosto de 2017 contra 9,9 casos no mesmo período em 2020. Entretanto, a maioria deles não teve infecção por coronavírus documentada. A relação entre doenças virais e o desencadeamento de autoimunidade, culminando em DM1, já foram descritos para diversos vírus e, recentemente, vêm sendo apontados como possível ligação entre o aumento de casos de DM1 e a pandemia atual.

 

“A hipótese é de que o vírus utilize receptores expressos no pâncreas para acessar as células pancreáticas, prejudicando a secreção de insulina e glucagon. O estabelecimento de uma possível relação entre infeção por SARS-CoV-2 e novos casos de DM1, se existente, depende ainda de longa e detalhada observação, com casuísticas adicionais para ser confirmado”, conclui Dr. Sonir.

 

 


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Ceratocone dobra olho seco, aponta levantamento

Estiagem da primavera agrava o olho  seco que atinge 24% dos brasileiros com ceratocone.


Os olhos de quem usa lente de contato sofrem com a estiagem e poluição típicas da primavera. Quem tem ceratocone, doença degenerativa que afina e deforma a córnea, lente externa do olho, sofre mais. Isso porque, um levantamento realizado pelo oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier nos prontuários de 315 portadores da doença, mostra que 24% convivem com a síndrome do olho seco, o dobro do restante da população.  

O médico afirma que os sintomas do olho seco são coceira, ardência, irritação, visão embaçada que piora no final do dia e dificuldade para trabalhar no computador. A mulher tem o dobro de olho seco que o homem e conforme envelhecemos a lubrificação dos olhos também pode diminuir.  Neste período do ano, é a principal causa de consultas oftalmológicas por conta da maior evaporação da lágrima que é formada por água, gordura e muco. Olhos menos lubrificados ficam vulneráveis à alergia, contaminação por vírus ou bactérias, salienta. O pior, comenta, é que a maioria das pessoas corrige o ceratocone com lente de contato. “Isso porque, conforme a doença evolui, a córnea se torna mais abaulada e o uso de óculos não proporciona boa correção visual” esclarece. Por isso, quem tem ceratocone deve tomar muito cuidado para não contrair conjuntivite ou olho seco.

 

Prevenção

As dicas de Queiroz Neto para prevenir o olho seco são:

·         Incluir na dieta fontes de vitaminas A encontrada nas frutas e legumes amarelos ou alaranjados, gema de ovo, leite e seus derivados.

·         Consumir alimentos ricos em vitamina E: abacate, azeite, amêndoas, amendoim

·         Adicionar à alimentação fontes de ômega 3: semente de linhaça, peixes gordos e nozes.

·         Evitar carne bovina, carboidratos e gordura.

·         Beber bastante água, manter os ambientes livres de poeira e umidificados com uma vasilha de água.

·         Evitar condicionador de ar.

·         Não praticar exercícios ao ar livre próximo a vias de muito movimento.

·         No trânsito, manter as janelas do carro fechadas.

 

Tratamentos

O oftalmologista ressalta que o tratamento do olho seco é feito com colírio lubrificante, mas não vale usar qualquer um. Primeiro é necessário passar por um exame para identificar qual camada da lágrima está deficiente. “Hoje o papel milimetrado sob a pálpebra foi substituído por um equipamento que permite ao especialista e ao paciente visualizar as camadas da lágrima e sua recomposição. Em casos mais graves, o médico diz que a melhor terapia é a luz pulsada para desobstruir as glândulas responsáveis pela produção da camada oleosa que impede a evaporação da camada aquosa.

 

Adiando o descarte das lentes

O hábito de coçar os olhos é um importante fator de risco para a evolução do ceratocone. Por isso, a boa lubrificação é essencial para manter a saúde ocular e a integridade das lentes. O especialista explica que o ressecamento da lágrima aumenta a quantidade de poluentes que ficam impregnados nas bordas da lente e pode antecipar o vencimento. Embora a maioria das pessoas com ceratocone usem lentes rígidas a falta de cuidado que inclui a eliminação de depósitos por um especialista pode danificar a lente. Um sinal de vencimento antes do tempo previsto é sentir desconforto no uso. Pode significar também que o ceratocone evoluiu e indicar a necessidade de implantar um anel intraestromal que aplana a córnea. A última alternativa para escapar do transplante é adaptar lentes esclerais que ficam apoiadas na esclera e são mais confortáveis.

 

Muito além do Setembro Amarelo, a importância da saúde mental é todos os dias

Falar sobre o Setembro Amarelo é, na verdade, abordar uma série de questões quando temos como propósito pensar em pessoas. Principalmente, com relação à saúde mental, que influencia o comportamento e ações das pessoas, mas ainda é um tabu em alguns cenários. A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou o relatório " Suicide worldwide in 2019 " neste ano, mostrando que, em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio, ou seja, uma em cada 100 mortes.

O dia 10 de setembro foi escolhido em 2003, pela OMS, como uma data para chamar a atenção para a questão do suicídio. A organização observou a necessidade de desenvolver uma estratégia que abordasse o tema sem o tabu envolvido, fomentando a informação e a conscientização.

Ao longo do ano, a agência em que atuo promove ações para a qualidade de vida e saúde mental dos nossos prestadores de serviço, pensando sempre na valorização do ser humano. Amamos cuidar da nossa gente. Em nosso planejamento anual, por exemplo, temos o "Sextou", que acontece mensalmente com atividades diversas, e "O café da manhã com MCM", que é bimestral, onde separamos um tempo para falarmos de tudo que não seja sobre entrega e trabalho. Buscamos sempre estar perto das pessoas, entendendo o momento de cada um, promovendo atividades motivacionais e dinâmicas com o grupo, focando no equilíbrio das nossas emoções.

Neste ano lançamos um Guia de Saúde Mental, onde desenvolvemos o tema com vários sinais de necessidade de ajuda, indicando caminhos para atendimento gratuito e abrindo novos canais de suporte. Em setembro, em especial, será realizada uma série de eventos, como meditações semanais; café da manhã especial, um "sextou" com dinâmicas de interação e roda de conversa com o psicólogo e psicanalista com mais de 20 anos de experiência na área, Marcos Vicente F. Almeida. Além disso, a agência está alinhada com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), sendo uma delas a saúde e bem estar de todos. Vale ressaltar que esses movimentos devem estar presentes no nosso dia a dia, não apenas em um mês. O cuidado com a saúde mental envolve todas as classes e faixas etárias.

No Brasil, o levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública registrou 12.895 suicídios no ano passado, equivalente a um caso a cada 41 minutos. A quantidade aumentou, se comparado com 2019, que apresentou 12.745 ocorrências. Entre os estados, São Paulo ficou em 1º lugar em números absolutos, com 20% de todo o país.

Os números revelam dados significativos e tristes sobre suicídios, é necessário olhar para a vida, o cuidado com o outro, suas dificuldades, problemas e conflitos que, muitas vezes, precisa lidar sozinho. Assim, aqueles que estão em risco encontram apoio, os demais descobrem como lidar com essa problemática e evitar os fins trágicos que os abalos da saúde mental podem provocar.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece suporte emocional e realiza a prevenção ao suicídio. A organização é reconhecida como Utilidade Pública Federal desde a década de 1970. Os voluntários ficam à disposição 24 horas para oferecer atendimento pelo telefone 188 ou pelo chat online no site. O atendimento é anônimo e sob sigilo. Além disso, o apoio de um profissional, como psicólogo, pode ser muito importante para superar uma fase difícil ou receber o diagnóstico correto para um tratamento efetivo. Se precisar, não hesite em buscar ajuda!

 

Fernanda Furquim - formação acadêmica em Administração de Empresas, Música e Arte Educação, atuou 8 anos com administração financeira, mais de 6 anos com recursos humanos e mais de 20 anos em educação e produção de eventos. Atualmente é Head de Relacionamentos e Cultura na MCM Brand Experience, que desenvolve projetos firmados nos propósitos de diversidade, inclusão, sustentabilidade e responsabilidade social. Furquim é apaixonada por pessoas, pensa sempre na melhor forma de servi-los de forma eficiente e humana. Ama também uma boa música e a beleza dos detalhes.


No Dia Mundial de Combate ao Estresse entenda como o problema afeta a saúde dos cabelos

A médica tricologista Luciana Passoni alerta: quadros de tensão podem provocar queda drástica dos fios

 

            Há mais de um ano o mundo, de forma geral, vive um período difícil e conturbado diante da ameaça provocada pela pandemia da Covid-19. E se lidar com as emoções em tempos normais já não era tarefa fácil, desde o início de 2020 isso se tornou ainda mais complicado.

Depressão, incertezas, angústia, crise econômica, desemprego, perdas de pessoas queridas, mudança na rotina diária, entre várias outras coisas, estão levando muita gente a desenvolver quadros graves de estresse.

            Esse problema, claro, não é novidade, principalmente para quem vive na agitação das grandes cidades, mas piorou ainda mais com todo o quadro provocado pela pandemia. E a data de 23 de setembro é marcada como o Dia Mundial de Combate ao Estresse, com o objetivo de chamar a atenção e conscientizar para esse problema tão grave e que gera sérias consequências na saúde como um todo.

            O estresse consiste em reações orgânicas e psíquicas provocadas por um estímulo externo negativo e que desequilibra todo o nosso organismo, algumas vezes de forma altamente perigosa. O estresse afeta o sistema imunológico, cardíaco, vascular, entre outros pontos. Diante de tamanha desordem o corpo tenta reagir, mas de maneira desordenada prejudicando, assim, até mesmo a saúde da pele e dos cabelos.

Aquela velha expressão “perdendo os cabelos”, que costuma ser usada em situações de tensão ou nervosismo, não são apenas palavras, mas o que acontece, de fato, em muitos casos de estresse: os fios de cabelo são, literalmente, perdidos. “É importante entender os motivos pelos quais o estresse afeta a saúde do couro cabeludo e, consequentemente, ocasiona a queda dos fios”, explica a médica tricologista Luciana Passoni.

Segundo a especialista, ao passarmos por uma situação de estresse, o organismo libera cortisol, em conjunto com outros hormônios. O corpo busca, então, se proteger daquilo que lhe está causando desconforto. “O problema é que a constante liberação de hormônios afeta o bom funcionamento dos nossos sistemas, que não conseguem mais controlar o nível de substâncias químicas no sangue”, pontua Luciana.

Muitas pessoas, em quadros de nervosismo, tensão ou ansiedade reclamam da queda dos cabelos e isso é um dos sintomas relacionados ao estresse. “O jeito mais fácil de identificar que a queda dos fios está relacionada ao estresse é o eflúvio telógeno, uma perda difusa de cabelos e que aumentar diariamente. Apesar de a condição afetar todo o couro cabeludo, poderá ocasionar a queda dos fios em certos lugares e ser mais perceptível. Qualquer desequilíbrio emocional pode atrapalhar o ciclo de vida dos folículos pilosos, antecipando, assim, o estágio de queda”, analisa a tricologista.

A queda de cabelo provoca grande preocupação, mas Luciana Passoni explica: esse tipo específico de perda dos fios, provocada pelo estresse e estado emocional, é reversível. Desde que a causa do problema seja tratada e eliminada.

Dificilmente, no mundo moderno e caótico em que vivemos hoje, um período ou outro de estresse pode ser evitado totalmente, mas é possível ter o controle sobre como reagir e se manter no comando da situação. Mudanças no estilo de vida, por exemplo, podem ajudara lidar com as situações mais estressantes.

            A médica tricologista faz uma lista preciosa de cuidados para se livrar dos sintomas provocados pelo estresse e, em especial, sanar a queda dos fios de cabelos:

- Planeje uma alimentação balanceada. “Quando não há alimentação saudável, os cabelos sofrem com a deficiência de nutrientes”, alerta Luciana 

- Melhorar a qualidade, e quantidade, de sono pode trazer diversos benefícios. “Poucas horas diárias de sono deixam o indivíduo mais vulnerável a cometer erros, que, consequentemente, causarão situações de estresse”.

- Estar perto da natureza diminui os níveis de substâncias relacionadas ao estresse, melhorando a saúde mental, diminuindo a tensão e ansiedade. “O que vai refletir de forma positiva, também, na saúde da pele e dos cabelos.”

- Exercícios físicos geram efeitos positivos no estado de humor do indivíduo, proporcionando um melhor bem-estar psicológico.

Com esses cuidados, e estando sempre alerta para as reações do corpo diante de situações estressantes, a saúde, inclusive dos cabelos, estará sempre sob controle.


O que o seu namorado tem a ver com seu HPV

Muitas pacientes, ao se descobrirem com HPV, logo pensam no namorado: será que foi ele quem me passou? E, se não foi, que reação terá ao saber que eu tenho? Pois tenho uma palavra para vocês: calma!

Ouvi essa frase de uma paciente assim que descobriu que tem HPV (sigla para o papiloma vírus humano). Essa descoberta choca todas as pacientes. Isso porque a infecção pelo HPV, apesar de muito comum, infelizmente é pouco discutida na sociedade. E o primeiro pensamento que vem à cabeça da paciente, especialmente ao saber que se trata de uma doença sexualmente transmissível, é traição. Não cabe a mim livrar a barra de ninguém, mas é importante que você saiba mais uma coisinha antes de tomar qualquer decisão mais definitiva.


Como descobrir se você tem HPV?

De tempos em tempos, seu médico provavelmente te pede para fazer um exame colpocitológico (mais conhecido como papanicolau ou papa). Você sabe por que esse exame é tão importante? No papa, coleta-se com uma espátula/escovinha um pouco de conteúdo do colo uterino. É através dessa amostra que se avalia as características das células do colo do útero, procurando alterações que possam, lá na frente, se transformar em câncer do colo do útero. Descobrindo essas lesões no estágio inicial, há tempo para tratá-las antes que se tornem algo mais sério.


A relação do HPV com o câncer de colo do útero

O HPV não é o único fator, mas é fundamental para que essas lesões apareçam. E se pedimos o papanicolau para todas as pacientes é porque o contato com o HPV é muito mais comum do que se imagina. A verdade é que maioria das pessoas sexualmente ativas é portadora ou já teve contato com o HPV responsável por verrugas anogenitais – e lesões precursoras de câncer de colo do útero.

E, embora muita gente tenha contato com o vírus, só uma pequena parte dos portadores desenvolverão verrugas genitais ou lesões no colo do útero, que podem ser identificadas em exames como o papanicolau. O restante das pessoas convive com o vírus sem apresentar qualquer manifestação clínica, por tempo indeterminado – e está tudo certo.


Então a culpa não é do meu namorado porque…

Porque é impossível saber se o contágio foi recente ou antigo. Você pode ter o vírus guardado no seu organismo (em fase latente) e desenvolver lesões anos depois, quando estiver com o seu atual namorado. Ainda, pode até ser que ele tenha de fato te transmitido o HPV, mas, pelo mesmo motivo, pode ter sido contaminado anos antes de vocês terem se conhecido.


A importância dos exames preventivos no tratamento do HPV

Agora que você sabe a importância dos exames preventivos, não esqueça de fazer os seus. Embora o papa não precise ser pedido para todas as mulheres anualmente, cobre o seu médico se já está sem fazê-lo há algum tempo. Ele pode te livrar de um câncer!

E, caso apareçam verrugas no seu corpo ou se o resultado de um exame mostrou positivo para o HPV, não se assuste. Procure um médico para esclarecimentos. São diversos os tipos de tratamentos para as lesões e tê-las não significa que tem ou que terá câncer de colo de útero.

 


Dr. Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...).  Mais informações podem ser obtidas pelo perfil @dr.rodrigoferrarese ou  pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/


Alzheimer é tipo de demência mais incidente entre idosos


Foto Matthias Zomer

Dia Mundial do Alzheimer foi criado para dar visibilidade à doença, cuja incidência tende a aumentar em virtude do envelhecimento populacional


Em 2020, 13,5% da população do Brasil era composta por idosos, segundo o IBGE. Uma parcela que tende a crescer tanto no país quanto no mundo, em virtude do aumento da expectativa de vida. Os dados tornam ainda mais latente a necessidade de atenção acerca das doenças incidentes entre pessoas idosas, sendo uma delas o Alzheimer. O Dia Mundial do Alzheimer (21/09) foi criado para dar visibilidade a este tipo mais frequente de demência.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, cerca de metade das 2 milhões de pessoas com demência no Brasil têm Alzheimer. No entanto, há uma subnotificação em virtude da imprecisão no diagnóstico ou até mesmo da falta dele.


O que é o Alzheimer?

O Alzheimer é um tipo de demência, isto é, um grupo de sintomas caracterizado pela alteração de pelo menos duas funções do cérebro. Pode afetar a memória, a capacidade de pensamento e outras habilidades mentais. No caso específico do Alzheimer, os sintomas costumam se desenvolver gradualmente ao longo de muitos anos e, eventualmente, tornam-se mais graves, impactando o funcionamento cerebral, bem como a independência do paciente.

Alguns pesquisadores acreditam que as demências sejam as “doenças do futuro”. Isso porque a população idosa está vivendo por mais tempo, fato que aumenta muito as probabilidades de desenvolver alterações nos neurônios. Ou seja, a velhice não causa, mas facilita o desenvolvimento da condição no organismo.

Previsões elaboradas pela Universidade do Porto (Portugal) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) determinam que algum tipo de demência deve afetar pelo menos 1/4 da população brasileira com mais de 80 anos daqui a três anos – há dois anos, o Alzheimer já atingia 1,2 milhões de brasileiros.


O que causa o Alzheimer?

Embora ainda não tenha sido possível determinar precisamente as causas exatas do Alzheimer, acredita-se que alguns fatores podem influenciar nos riscos de desenvolver a doença, como o avançar da idade, histórico familiar dessa condição, depressão não tratada, inflamações no cérebro, fatores e condições de estilo de vida associados a doenças cardiovasculares.


Como reconhecer o Alzheimer?

As manifestações iniciais podem passar desapercebidas pelo paciente e familiares, pois os primeiros sinais são pequenos problemas de memória, fato que costuma ser relativamente comum em pessoas de qualquer idade.

“É comum esquecermos coisas do dia a dia, como por exemplo o nome de uma pessoa ou onde guardamos o celular – muitas vezes esses esquecimentos são por falta de atenção. Já o esquecimento que interfere na funcionalidade da pessoa (esquecer de pagar contas, esquecer caminhos conhecidos, esquecer compromissos importantes) podem ser indicativos da doença de Alzheimer. Esquecer de alguma coisa e lembrar depois pode indicar um esquecimento ‘normal’. Esquecer de alguma coisa e esquecer que esqueceu, geralmente indica anormalidade”, explica o neurologista do Hospital Brasília Arthur Jatobá e Sousa.


Existe prevenção?

Como a causa exata do Alzheimer ainda não é clara para os pesquisadores, não há maneira conhecida de prevenir a doença. Porém, alguns hábitos podem auxiliar indiretamente. A prática regular de exercícios é um exemplo, já que pode beneficiar as células cerebrais, aumentando o fluxo sanguíneo e de oxigênio para o cérebro, além de favorecer o bom funcionamento do cor​​ação – estudos de autópsia já demostraram que até 80% dos pacientes com Alzheimer apresentavam doenças cardiovasculares. Uma alimentação saudável, rica em grãos inteiros, carnes magras e alimentos in natura, também pode auxiliar no combate à doença.

O especialista do Hospital Brasília destaca que, como a doença se inicia no cérebro de 20 a 30 anos antes do início dos sintomas, esses tipos de cuidados têm um papel essencial. “Alguns fatores de risco modificáveis incluem hipertensão arterial, diabetes, obesidade, tabagismo, etilismo, isolamento social, depressão, baixa escolaridade e sedentarismo”, pontua.

Quanto ao temor relacionado à hereditariedade do Alzheimer, o médico afirma que, de fato, em uma pequena quantidade de pacientes há uma predisposição com a identificação de mutações genéticas específicas. Esses pacientes geralmente iniciam a doença antes dos 65 anos de idade, situação em que se considera um Alzheimer de início precoce. Porém, na maioria dos pacientes acometidos, a doença se inicia após os 65 anos (Alzheimer de início tardio) e não há ligação com uma mutação genética específica. Por este motivo, é importante, também, seguir as consultas regulares com o neurologista.


Existe tratamento?

Não há tratamento, mas existem medicamentos que podem ajudar a melhorar os sinais de demência em algumas pessoas, agindo como multiplicadores de neurotransmissores do cérebro.

Há também estudos que apontam benefícios aos pacientes com Alzheimer que fazem uso do canabidiol (CBD), uma das substâncias presentes na planta de maconha. Segundo algumas pesquisas, o CBD pode evitar a criação de proteínas malformadas relacionadas ao Alzheimer. Também há associação entre os canabinoides e a proteção às células nervosas. No entanto, ainda não há consenso sobre o uso da substância.

Em junho de 2021, a Food and Drug Administration (FDA) autorizou nos Estados Unidos o uso de um novo remédio contra o Alzheimer. Trata-se do Aducanumabe, desenvolvido pela farmacêutica Biogen, destinado a fases iniciais da doença e a pacientes com demência leve. Segundo a farmacêutica, a expectativa é de que o novo tratamento atrase o declínio cognitivo em até 22%. Ainda não há previsão do uso do remédio no Brasil.



Dasa

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