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quarta-feira, 15 de julho de 2020

Campanha que marca o Dia do Homem chama a atenção do público sobre a importância de exames urológicos preventivos


A campanha 'Trato Feito' tem como propósito incentivar o acompanhamento médico, visando a prevenção de riscos e o diagnóstico precoce de doenças


A campanha ‘Trato Feito’ foi lançada hoje, 15, marcando o Dia do Homem, e tem como objetivo conscientizar o público sobre a necessidade do protagonismo nos cuidados com a própria saúde, além de buscar a desmistificação de tabus sobre exames de prevenção, já que eles são responsáveis por diagnosticar doenças em estágios iniciais, quando há maiores chances de recuperação e cura. A ação foi criada pela Astellas Farma Brasil, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Uma pesquisa realizada em 2019 pela revista Veja Saúde, em parceria com o Instituto Lado a Lado Pela Vida, e com o apoio da Astellas, entrevistou 2.405 homens de todas as regiões do Brasil, sobre os seus hábitos e cuidados rotineiros com a saúde. Mais de um terço dos homens relataram não ir ao médico pelo menos uma vez ao ano. Mesmo acreditando que cuidam da saúde, os dados mostram que 37% dos homens até 39 anos e 20% daqueles acima dos 40, só visitam o médico caso sintam algum tipo de mal-estar. Os índices são ainda mais altos nas regiões Norte e Nordeste. Além disso, mesmo que 37% dos entrevistados enxerguem o urologista como o médico do homem, 59% deles não costumam visitar esse profissional. Esse cenário ocorre, mesmo quando são apresentados sintomas característicos de condições como a bexiga hiperativa e de hiperplasia benigna da próstata (HPB), como urinar muitas vezes ao dia, gotejamento, perda de desejo sexual, problemas de ereção, entre outros. (1)

Quando é analisado o conhecimento dos entrevistados sobre o câncer de próstata, temos um cenário similar ao anterior. Eles demonstram ter algumas noções sobre a doença, no entanto ainda que 25% dos entrevistados afirmem ter um familiar próximo já diagnosticado, 36% dos participantes com mais de 50 anos afirmam não visitar o urologista. Desses, 10% nunca realizaram o exame de PSA (exame de nível de hormônio necessário para o diagnóstico da doença) e 35% nunca passaram pelo exame de toque retal, fundamental para a detecção da doença em estágios iniciais. Além disso, 75% discordam ou ignoram que o rastreamento do câncer de próstata deve começar mais cedo entre os homens negros (1).

“Esses dados mostram que os homens ainda precisam de muito suporte e incentivo para que não deixem de visitar o médico com frequência e para que os exames de prevenção não fiquem em segundo plano. Consultas de rotina são fundamentais para garantir o bem-estar geral e para o rastreamento de doenças oncológicas. O diagnóstico precoce do câncer de próstata resulta em maiores chances de cura e em uma melhor qualidade de vida para o homem”, afirma Roberto Soler, diretor médico da Astellas.

Foi analisando o cenário levantado pela pesquisa, que a Astellas, em parceria com a SBU, criou a campanha de conscientização sobre a saúde do homem chamada ‘Trato Feito’. O objetivo é apoiar as operadoras de saúde com conteúdo criado para diferentes plataformas, para que seja possível alertar os homens a respeito da importância do acompanhamento médico de rotina e para que haja um maior volume de diagnósticos precoces, o que aumenta as chances de cura do paciente e reduz o custo do tratamento. Atualmente a incontinência urinária e o crescimento benigno da próstata (HPB) atingem, respectivamente, 15% e 50% dos homens acima de 50 anos (2). O câncer de próstata é o tipo de câncer mais prevalente no Brasil, além do câncer de pele não melanoma.




Serviço:

Para mais informações sobre a campanha ‘Trato Feito’ acesse:
Prazo: a campanha ficará no ar até março de 2021.




Astellas Farma Brasil




Referências
(1) Pesquisa Um Novo Olhar para a Saúde do Homem
(2) Diretriz da Associação Europeia de Urologia 2020


Dores no inverno: como amenizar o quadro em tempos de menor temperatura



Queixar-se da piora das dores em dias frios está longe de ser um drama ou frescura. A mudança de temperatura realmente interfere no desconforto, tanto muscular quanto articular, principalmente para quem já vive a terceira idade. Segundo o reumatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Leandro Parmigiani, os idosos geralmente são mais frágeis ao cenário por apresentar doenças associadas e maior dificuldade de manter o aquecimento do corpo.

A capacidade de garantir o aquecimento corporal citada pelo médico tem papel importante para amenizar a maior sensibilidade à dor em climas mais gelados. “No frio, o organismo tenta manter a temperatura do corpo. Para isso, ele acaba fazendo com que os músculos fiquem contraídos, o que acaba por provocar dor”, explica Parmigiani. “Além disso, é um período que são feitos menos movimentos, o que colabora para uma rigidez maior”, complementa.

Por conta desse quadro, é recomendado promover a vasodilatação, ou seja, a melhora na circulação do sangue pelo corpo para o alívio das dores. De acordo com o reumatologista, esse resultado pode ser conquistado com duas ações: manter-se aquecido e praticar atividade física. “Neste cenário, a alimentação também pode ser uma grande aliada. Nós indicamos o consumo de sopas e chás que auxiliam no aquecimento do corpo, e consequentemente, a vasodilatação e o relaxamento muscular”, diz.

Outro grupo que também sofre com o aumento da dor no frio é formado por pacientes com insuficiência circulatória, que têm o funcionamento regular das artérias e/ou veias afetado e doenças como osteoartrite, artrite reumatóide ou espondilite anquilosante. Esse quadro também vale para quem convive com a fibromialgia, em que a dor é muscular. 

“Em pacientes com doenças crônicas, é importante diferenciar o que é causado pela doença e o que se deve ao agravamento do quadro de dor por conta da mudança de temperatura. Com o frio, podemos ter um aumento da percepção de dor e não uma piora da doença. É essencial saber distinguir isso”, concluí. 





Hospital Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
Linkedin:www.linkedin.com/company/19027549
Instagram:www.instagram.com/hospitaledmundovasconcelos
  

Dores nas costas das crianças: mais um sintoma do isolamento social


                        
Segundo especialista ortopédico infantil e o site de busca mais acessado do planeta, a pandemia do coronavírus aumentou as queixas em consultas e também as pesquisas sobre dores nas costas na internet


A nova realidade imposta pela pandemia do coronavírus, que inclui o isolamento social, home office e aulas on-line, mudou a vida e os hábitos comportamentais de toda a população mundial e isso inclui as crianças. Os pequenos, habituados a uma rotina frenética, dividida entre atividades escolares, cursos extracurriculares, esportes e lazer,  viram-se confinados, com pouco espaço para se movimentarem e até mesmo ânimo para brincadeiras em casa. Esse “sedentarismo” desencadeou outro sintoma causado pelo isolamento social: dores nas costas das crianças.

“Estudar em casa, na maioria das vezes sem o mobiliário com ergonomia adequada e a falta de exercícios físicos, que enfraquece a musculatura e deixa a coluna mais vulnerável - já que é normal passar mais tempo sentado ou deitado - trouxe ao consultório o aumento de relatos de dores e lesões nas costas. Outro fator que deve ser levado em consideração para o aumento dos casos foi a falta da continuidade no tratamento daqueles que já sofriam com o problema, o que agravou os sintomas”, relata o ortopedista infantil David Nordon.

Ainda segundo o médico, o tempo em frente à televisão e o uso excessivo de dispositivos eletrônicos (celulares, tabletes e notebooks) são agravantes para que as dores se tonem mais intensas e continuas. A tecnologia traz facilidades mas também patologias. Uma delas é o “Pescoço do Celular ou Pescoço Tecnológico”, descoberta em 2007.

“A posição da cabeça para visualizar a tela do aparelho, como olhar para baixo, por exemplo, sobrecarrega todo o sistema de sustentação formado por músculos e vértebras. A gravidade aumenta em até 5,5 vezes o peso do crânio humano, que é de aproximadamente 5kg em média. Esse posicionamento excessivo e repetitivo provoca tensão nos ombros e trapézios, além de dores cervicais e na coluna. Evitar o problema é bem simples: oriente as crianças e os adolescentes para que evitem olhar para o aparelho sempre ou por muito tempo na mesma posição”, orienta o médico.

O site de pesquisa mais acessado do planeta também denuncia o crescimento do interesse dos internautas pelo tema. As palavras “dor nas costas” tiveram aumentou de 76% nas pesquisas realizadas pela ferramenta desde o início do isolamento social.

Para evitar as dores ou amenizá-las, Nordon orienta para que haja o mobiliário mais adequado possível. “Cadeira confortável, com encosto para as costas e apoio para os braços. Sentada, a criança ou o jovem deve ter os quadris e joelhos em um ângulo de 90 graus. Caso os pés não alcancem o chão, é importante um apoio. O correto é deixar o computador na altura dos olhos para que a cabeça não fique voltada para baixo e force o pescoço. A altura da mesa deve ser adequada também e que permita usar teclado e mouse com os cotovelos dobrados. No entanto, todos esses cuidados precisam estar associados com movimentos e atividades físicas. Incentive a criança ou o adolescente a levantar para tomar um copo de água ou fazer xixi a cada 30 ou 40 minutos. Lance desafios para que elas se sintam incentivadas a praticar alguma atividade física. As mesmas orientações valem para os pais que estão em home office”, finaliza Nordon.


Aprenda a limpar as pálpebras para evitar contaminações


Especialista recomenda que o procedimento seja feito pelo menos duas vezes por semana


Lavar as pálpebras é uma forma importante de evitar contaminações e consequentemente inflamações na região conhecidas como blefarite. Porém, o hábito de higiene na região é pouco comum, além de diferenciado por ser uma área mais delicada. “O ideal é realizar a limpeza ao menos duas vezes por semana, como prevenção, já que as pálpebras, incluindo os cílios, são a primeira defesa dos olhos. Em caso de uso de maquiagem mais intensa é fundamental a higienização imediata. Por isso sempre recomendo dedicação e tempo para que a limpeza seja efetiva”, explica André Borba, oftalmologista especialista em oculoplástica pela Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Segundo o especialista, a blefarite pode ser causada por diversos fatores, sendo o tipo mais comum associada a doenças de pele como dermatite seborreica e rosácea. “Infecção bacteriana, disfunção das glândulas que auxiliam na produção das lágrimas, acúmulo de gordura nas pálpebras, presença de parasitas, também podem surgir por conta da falta de higiene local e causar coceira nos olhos, lacrimejamento, vermelhidão, irritação, sensação de areia nos olhos e até a perda dos cílios”, alerta Borba.

O especialista recomenda 5 passos para higienizar as pálpebras adequadamente:

  1. Em geral, é recomendado o uso de produtos com espuma, de preferência para bebês, ou shampoo neutro diluído, para não irritar os olhos.

  1. Para realizar a limpeza das pálpebras, comece lavando as mãos com sabonete e água morna.

  1. Em seguida, aplique a quantidade desejada de espuma em um tecido limpo sem pelos (pode ser gaze) ou na ponta dos dedos.

  1. Com o olho fechado, limpe suavemente as pálpebras fazendo movimentos de um lado para outro, evitando tocar o olho diretamente durante a limpeza.

  1. Em seguida enxágue a área com água fria e depois repita o processo no outro olho

“É fundamental, principalmente em tempos de pandemia, evitar colocar as mãos nos olhos, principalmente sem lavá-las ou depois de utilizar álcool gel. A mão pode trazer diversos corpos estranhos aos olhos, como poeira, pelos de animais, vírus e bactérias, e não coçar os olhos com as mãos sujas é um fator importante para diminuir o risco de infecções”, alerta Borba.

Vale lembrar, que mesmo com a higiene adequada, a indicação é a de sempre consultar um especialista caso surja algum sintoma, para que o médico avalie caso a caso.


Em meio à pandemia, SOBOPE explica quais os cuidados necessários para crianças em tratamento ontológico


Segundo Boletim Epidemiológico Especial Nº21, do Ministério da Saúde, com números até o dia 4 de julho, o Brasil tinha 1.577.004 de casos de Covid-19. Os leitos hospitalares estavam ocupados com 169.382 pessoas que apresentavam a chamada Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada por Covid-19. Do total de internados com a SRAG por Covid-19, 3.583 eram crianças e adolescentes entre zero e 19 anos.

Neste cenário de incertezas proporcionado pela pandemia, existe entre os especialistas oncológicos, ao menos uma certeza que traz consigo uma grande preocupação: os casos de câncer não diagnosticados atualmente, devido a ausência de consultas médicas e exames, podem se transformar em diagnósticos tardios da doença, especialmente nas crianças, que não sabem exprimir o que sentem.

“O câncer é uma doença sorrateira e silenciosa que, caso não seja precocemente diagnosticada, pode evoluir de maneira rápida. Quando acomete crianças, a atenção deve ser redobrada, uma vez que elas não sabem dizer com precisão o que estão sentindo, dificultando e retardando o diagnóstico”, afirma Dr. Cláudio Galvão, Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica - SOBOPE.

Atenção ainda maior deve ser destinada às crianças que são pacientes oncológicas. “Elas são sensíveis a qualquer tipo de infecção. Com relação, especificamente a Covid-19, a sensibilidade não parece ser maior, todavia ainda precisamos de mais tempo e informações”, adianta Dr. Cláudio Galvão. “Doenças como H1N1, que é um vírus chamado sincicial respiratório, parecem ser particularmente tão ou mais agressivos que a Covid-19, mas todo cuidado é pouco e não queremos ver nossas crianças infectadas”, completa. Além disso, sobre em quais situações a Covid-19 pode ser mais perigosa, Dr. Cláudio Galvão aponta: “Os dados são esparsos, mas aparentemente pacientes com leucemia mielóide aguda, lma leucemia que, em si só já são mais graves, são mais sensíveis”.

A prevenção que crianças que já estejam fazendo tratamento oncológico devem ter, segundo o especialista da SOBOPE é: “Recomendamos o de praxe: uso de máscaras, higiene intensa das mãos, restrição de visitas e distanciamento social. Aliás, não apenas os pacientes oncológicos devem observar tais recomendações, mas todas as crianças”.

Para as crianças que, infelizmente, já foram infectadas, os cuidados pós-cura envolvem muito acompanhamento. “Eles ficam sob monitoramento a depender do quadro clínico, mas o tratamento não difere muito do que acontecia antes, uma vez que esses pacientes estão sob cuidados e vigilância constantes”, salienta Dr. Cláudio Galvão.

Neste momento, em que a preocupação com o tratamento oncológico se soma aos cuidados com a Covid-19, uma das saídas proposta pelo especialista são as terapias complementares. “Música, leitura, interação com familiares via aplicativos de celular, entre outras atividades são recomendadas para que as crianças possam melhorar a sua auto-estima e, assim, possam ter uma melhor resposta ao tratamento e à recuperação”, finaliza Dr. Cláudio Galvão.


Brasileiros buscam internet para sanar dúvidas sobre Covid-19



Diante do aumento de casos do Coronavírus no Brasil, nos sites de pesquisa, a procura continua com foco nos medicamentos

O número de casos confirmados e de mortes causadas pelo novo Coronavírus (COVID-19) tem aumentado a cada dia no Brasil. Diante dos números alarmantes, a discussão sobre a necessidade de realizar a testagem em massa na população ganha importância. Essa é uma das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) - juntamente com o isolamento social - para evitar a proliferação do vírus (Sars-Cov-2), causador da Covid-19.

Com o avanço, os brasileiros têm realizado pesquisas frequentes na internet sobre os mais diversos termos ligados à doença. Segundo dados do Google Trends, entre os dias 2 e 8 de julho, houve, em média, 84 pesquisas diárias sobre a Covid-19 no Brasil. 

“As pessoas buscam no Google informações sobre o novo Coronavírus de modo genérico e vão desde os testes rápidos para detecção da doença até os medicamentos que estão sendo indicados nos tratamentos contra a doença”, comenta o diretor de marketing da startup do ramo farmacêutico, mypharma.com.br, Carlos Henrique Soccol. 

Itens que lideram a lista dos mais procurados nos sites de farmácias são: ivermectina, dipirona, vitamina C e zinco. Desde o início da pandemia, os termos permanecem entre a posição 1 e 15° dos mais procurados pelos clientes nos sites das farmácias do País. Nas barras de buscas de alguns sites de farmácias, “Teste Covid-19” aparece entre a posição 100° e 105° dos mais procurados, mas na prática, a procura não tem sido tão grande assim. A possível explicação, segundo o diretor de marketing da mypharma.com.br, é o receio das pessoas em saber o resultado do teste. 

“Muitos estão com medo de fazer o teste e ter resultado positivo para o vírus e, assim, precisarem abrir mão de suas atividades diárias para fazer o tratamento da doença”, opina Carlos.


Sobre os testes

Hoje os exames oferecidos no Brasil se dividem em: imunológicos (para a pesquisa de anticorpos) os chamados “testes rápidos” e os moleculares (para a pesquisa do vírus) chamados de “RT-PCR”. Os testes rápidos são feitos a partir da coleta de sangue do paciente por meio de um pequeno furo feito no dedo. Eles servem para detectar se o corpo teve contato com o vírus e desenvolveu proteção contra ele, as imunoglobinas IgM e IgG. O resultado é rápido e leva entre 10 e 30 minutos. Tendo em vista que o organismo leva tempo para produzir anticorpos, o exame é indicado para pessoas a partir do oitavo dia em que apresentarem os primeiros sintomas.

Vale ressaltar que os testes rápidos servem para auxiliar o mapeamento da população “imunizada”, ou seja, aquelas que já tiveram o vírus ou foram expostas a ele. Apesar de simples execução, o teste rápido é de uso profissional e deve ser interpretado por um profissional da área da saúde.

Já os testes RT-PCR, realizados em laboratórios, possuem a finalidade de detectar a presença de material genético do vírus, o Sars-Cov-2, a partir de 24 horas após a contaminação e, em média, até o 12° dia. São utilizadas secreções respiratórias retiradas do nariz ou garganta por uma espécie de cotonete e levadas para análise em laboratório. O resultado sai em poucos dias. O RT-PCR é considerado o teste definitivo pela OMS. 

Diante de um cenário desconhecido de como o vírus se comporta, sobram dúvidas da população em relação à confiabilidade dos testes e aumenta a procura para buscar soluções eficazes de combate à disseminação do vírus. Enquanto não se tem respostas concretas, seguir com as medidas de proteção como lavar as mãos, usar máscara, utilizar álcool gel e manter o distanciamento social continuam entre as principais recomendações contra a doença.


Novo coronavírus também causa morte por insuficiência cardíaca


 Autópsias de pacientes diagnosticados com COVID-19 que faleceram no Hospital das Clínicas da USP em São Paulo revelaram que alguns deles morreram principalmente em razão de alterações cardiovasculares (SARS-CoV-2; imagem: NIAID/NIH)

As autópsias realizadas nos últimos quatro meses em cerca de 70 pacientes diagnosticados com COVID-19 falecidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) revelaram que alguns deles morreram, principalmente, em razão de alterações cardiovasculares causadas pelo novo coronavírus e não da insuficiência pulmonar.
Os pesquisadores dedicam-se agora a tentar desvendar qual o mecanismo de ação do SARS-CoV-2 que provoca, além de lesões epiteliais em praticamente todos os órgãos, alterações na micro e macrocirculação.
“Já sabemos como o vírus se distribui por órgãos como o cérebro e os rins, além das glândulas salivares e gônadas, por exemplo, e que ele chega ao sistema nervoso central por meio do nervo olfatório. Queremos saber, agora, como o vírus causa trombos na micro e macrocirculação de forma muito mais exuberante que a do vírus da influenza, por exemplo”, disse Paulo Saldiva, um dos coordenadores do projeto, em um debate on-line sobre a situação da epidemia de COVID-19 no Brasil que ocorreu segunda-feira (13/07), durante a “Mini Reunião Anual Virtual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)”.
evento é uma versão on-line e reduzida da 72ª Reunião Anual da entidade, programada para o período entre 12 e 18 de julho, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, mas cancelada em razão da pandemia de COVID-19.
De acordo com Saldiva, entre os pacientes diagnosticados com COVID-19 e autopsiados que morreram em decorrência de alterações cardiovasculares causadas pelo novo coronavírus havia adultos e também crianças, com idade de 8 e 11 anos.
“Eles tinham pulmões razoavelmente preservados, mas desenvolveram uma insuficiência cardíaca muito intensa, que levou ao óbito”, diz.
Em alguns casos, os pesquisadores identificaram a presença do vírus no músculo cardíaco – o miocárdio. Em outros, observaram trombose na microcirculação tanto pulmonar como cardíaca.
“Queremos entender as causas dessa situação para poder ajudar e intervir mais rapidamente no tratamento desses pacientes. Esse é um dos propósitos do projeto”, afirma Saldiva (leia mais em agencia.fapesp.br/32882/).
O procedimento de autópsia é realizado com técnicas minimamente invasivas, guiadas por métodos de imagem, por meio das quais são coletadas amostras de tecidos de todos os órgãos, desenvolvido no âmbito de um projeto apoiado pela FAPESP.
Mortalidade segregada
Os pesquisadores fazem a anamnese dos pacientes que morreram em decorrência da COVID-19 no HC-USP no mesmo momento em que pedem a autorização da família para realização da autópsia.
As respostas dos familiares indicaram que quase todos os pacientes e seus familiares tinham pleno conhecimento do risco da doença, mas não tiveram condições para se manter em isolamento social, conta Saldiva.
“Os familiares disseram que não puderam cumprir o isolamento por morarem em casas com grande número de pessoas, às vezes, em um único ambiente.”
Os dados sobre a origem desses pacientes também reforçam a constatação de que o risco de morte por COVID-19 no país é muito maior em regiões com piores indicadores socioeconômicos.
“O risco de adoecer por COVID-19 no Brasil não é tão caracteristicamente segregado nas regiões de menor nível socioeconômico, mas a mortalidade sim, e há dois fatores responsáveis por isso: habitação e, principalmente, utilização de transporte coletivo, para o deslocamento para trabalhar”, afirma Saldiva.
O pesquisador destacou que o adensamento urbano e a migração são os principais indutores de mutação de vírus respiratórios que a partir do século 20 passaram a ser os principais causadores de pandemias.
Enquanto no século 20 ocorreram duas pandemias por vírus respiratórios – a gripe espanhola entre 1918 e 1920 e a gripe asiática entre 1957 e 1958 –, no século 21 têm sido registradas duas pandemias por década. “Entre 2002 e 2004 ocorreu a SARS e, em 2009, a de pandemia de H1N1. Já em 2012 aconteceu a de MERS e, entre o final de 2019 e início de 2020, a de SARS-CoV-2”, comparou Saldiva.
“Ter vacina para combater essas doenças é desejável, mas insuficiente. Será preciso ter sistemas efetivos de testagem e identificação de vírus em todos os países”, avalia.
Além disso, será preciso aumentar a cooperação internacional, o financiamento e a realização de estudos na área da saúde não só por pesquisadores das Ciências da Vida, mas também de Humanidades, apontou Saldiva.
“Não se controla epidemias sem saber Antropologia, História e Urbanismo”, afirmou.



Elton Alisson
Agência FAPESP 


Os perigos do consumo de bebidas alcoólicas na quarentena



O corpo leva de 1 a 3 horas para metabolizar uma dose de álcool no organismo

O consumo de bebidas alcoólicas durante o período de isolamento social, tem se tornado cada vez mais frequente. Situações de ansiedade e estresse provocados pela pandemia é um gatilho para o uso excessivo do álcool, podendo provocar dependência.

Segundo o enfermeiro, especialista em práticas de promoção da saúde e coordenador do programa de pós-graduação Stricto Sensu em Enfermagem da Universidade UNG, Alfredo Almeida Pina Oliveira, apesar do consumo do álcool ser muito comum, existem problemas que podem ser reduzidos ou evitados. Os riscos dependem de diversos fatores como a quantidade de álcool consumida, padrão de consumo, vulnerabilidade (genética, psicológica, social), presença de doenças prévias ou uso de medicamentos, outros hábitos de saúde, entre outros. "Sabe-se que o consumo nocivo do álcool está fortemente relacionado com cerca de 200 tipos de doenças, lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito e morte", explica. 

Os principais problemas de saúde associados ao álcool são: transtornos por uso do álcool, suicídios, violência doméstica, lesões no trânsito, epilepsia, cirrose hepática, câncer (boca, esôfago, intestino, mama), pancreatite, tuberculose e hipertensão (pressão alta).

Algumas doenças são totalmente atribuíveis ao álcool, como por exemplo, a síndrome de dependência do álcool, enquanto outras têm uma grande parcela atribuível ao álcool, como é o caso da cirrose (em 48% de todos os casos de cirrose estima-se que a causa seja o consumo de álcool). No caso de lesões no trânsito, câncer de boca e pancreatite, mais de 25% dos casos são atribuíveis ao álcool.

"O consumo nocivo de álcool causa prejuízos não apenas à saúde de quem bebe, mas também de seus familiares. Problemas de relacionamento, violência, negligência, gastos e perda de patrimônio e da sociedade como um todo, acidentes de trânsito, prisão e redução da produtividade no trabalho", disse o professor. 

O corpo leva de 1 a 3 horas para metabolizar uma dose de álcool, o tempo é maior em pessoas que apresentam uma menor quantidade de enzimas ou menor quantidade de água no organismo. Por exemplo, mulheres e indivíduos que apresentam alguns problemas de saúde ou fazem uso de determinados medicamentos. 

O álcool é processado no organismo mais lentamente do que é absorvido, de modo que além da quantidade total de álcool é importante controlar a velocidade e a forma do consumo. O beber pesado episódico (BPE), também conhecido pelo seu termo em inglês como "bingedrinking", corresponde à ingestão de quatro doses ou mais em pelo menos uma ocasião no último mês, pode aumentar o impacto negativo do álcool nos órgãos e sistemas.

Asma atinge mais de 20 milhões de brasileiros e requer tratamento otimizado


Rafael Medeiros Carraro, pneumologista do Hospital Albert Einstein e parceiro da Care Plus, comenta sobre as principais causas da doença, seu tratamento e as diferenças entre a asma e outras doenças respiratórias, como a infecção pela Covid-19



A asma é a doença respiratória crônica mais comum em crianças e adultos jovens. Caracteriza-se clinicamente por sintomas respiratórios recorrentes, como tosse, chiado e falta de ar, que melhoram espontaneamente ou com uso de medicações broncodilatadoras. Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, estima-se que, no Brasil, existam aproximadamente 20 milhões de asmáticos.

O doutor Rafael Medeiros Carraro, pneumologista da Equipe de Transplante Pulmonar do Hospital Israelita Albert Einstein e parceiro da Care Plus, operadora de saúde premium, explica que um processo inflamatório crônico dos brônquios acontece na doença, tendo como causa mais frequente a sensibilização por alérgenos inalatórios, como ácaros, pelos de animais, polens e partículas de fungos. “É bem frequente a presença do diagnóstico em familiares corroborando uma predisposição genética. Outras causas possíveis são determinados medicamentos (aspirina, paracetamol e anti-inflamatórios), algumas exposições a inalantes no ambiente de trabalho, como látex e isocianatos (presentes nas indústrias químicas)”, complementa.

Em relação ao tratamento, os principais medicamentos utilizados são os corticoides e broncodilatadores por via inalatória. “As suas doses, posologias e associações vão variar de acordo com a gravidade dos sintomas, buscando-se sempre as menores doses possíveis de medicação para controle da doença. Medidas adicionais importantes são cessação de tabagismo e vacinação anual para Influenza (sobretudo nos casos mais graves).
A remoção extensa de alérgenos respiratórios habitualmente é de difícil execução e deve sempre ser discutida individualmente com o médico”, discorre.

Desde 1998, a Global Initiative for Asthma (GINA) organiza o Dia Mundial da Asma, que acontece na primeira terça-feira do mês de maio. A data tem como objetivo melhorar a prevenção da doença e o nível de conscientização da população. Rafael explica que a data reforça a atenção da população para o adequado tratamento de uma doença crônica muito prevalente. E mais importante que isso: o seguimento médico e o tratamento adequados permitem melhora da qualidade de vida e risco muito baixo de internações ou morte pela doença.


Asma x infecção pela Covid-19

Durante a pandemia da Covid-19, muitas pessoas têm confundido os sintomas da asma com os do vírus, mas o coronavírus afeta diferentes pessoas de diferentes maneiras. O doutor Rafael explica que, habitualmente, o paciente com asma consegue reconhecer e distinguir sintomas respiratórios relacionados à exacerbação da asma em relação a outras doenças respiratórias. “Os pacientes com infecção da Covid-19 costumam apresentar tosse seca e falta de ar contínua, porém, sem chiado ou sensação de constrição torácica, que são bem frequentes nos pacientes com crise asmática. Além disso, a melhora dos sintomas em poucas horas após utilização de corticoides e broncodilatadores costuma ser rápida e importante nos pacientes asmáticos. Entretanto, nos pacientes com a Covid-19, a resposta é muito discreta ou ausente. Vale ressaltar que, na dúvida diagnóstica, é fundamental manter o tratamento da asma o mais otimizado possível.”

O primeiro conceito importante a respeito da asma na atual pandemia da Covid-19 é que o paciente deve manter o seu tratamento sempre otimizado para minimizar o risco de exacerbação da doença. Apesar de as primeiras séries de casos publicadas na China terem relatado maior risco de mortalidade em pacientes asmáticos (6%), estudos posteriores não confirmaram essa informação inicial.

“Clinicamente, a infecção pelo SARS CoV-2 se caracteriza por pneumonia e, habitualmente, não causa doença das vias aéreas pulmonares ou broncoespasmo, sendo essa característica diferente de outros vírus respiratórios, como o Influenza, VSR ou Rhinovírus. Portanto, a conduta mais importante para os pacientes asmáticos em tempo de pandemia é manter o acompanhamento médico e o uso regular dos seus medicamentos. Além disso, caso adquira a infecção pela Covid-19, não entre em pânico e converse com seu médico, pois não há evidência que se tenha risco de complicações mais graves, caso a asma esteja devidamente controlada”, afirma Rafael.


Especialistas indicam filmes sobre bitcoin, blockchain e criptomoedas



O mundo da criptomoedas é um assunto que está constantemente em alta, muitos ainda acham um mistério esse mundo e para auxiliar quem deseja conhecer esse universo ou se aprofundar mais do tema. Por isso, cinco especialistas indicaram os melhores filmes sobre bitcoin, blockchain e criptomoedas. 


João Canhada, CEO da Foxbit indica:

Bitcoin além da bolha, dirigido por Tim Delmastro, mostra para o público uma visão geral da criptomoeda, explicando termos, dados e deixando facilmente digerível ao telespectador. O documentário começa mostrando as moedas utilizadas durante a história do mundo, como eram feitos os escambos e como o dólar chegou em seu patamar nos dias atuais. 
Logo em seguida, o Bitcoin é introduzido e é mostrado como ele pode se tornar a nova moeda do mundo. Após uma breve explicação simples e eficaz sobre o que é o Bitcoin, também é mostrado como funciona a blockchain, uma rede descentralizada que não precisa de intermediários para a transação ser efetuada.



Bernardo Schucman, CEO da FastBlock indica:

Dirigido e roteirizado por Torsten Hoffmann o documentário conta a história do surgimento do bitcoin e discute como a criptomoeda pode impactar o mundo financeiro e os conceitos tradicionais que o rodeiam.
Algumas questões levantadas no documentário são se a Bitcoin é uma alternativa às moedas locais, se as criptomoedas vão levantar uma revolução em transações monetárias, se é um presente para criminosos, entre outros pontos.



Lucas Schoch, CEO da Bitfy indica:

Sucesso de público e vencedor de Oscar de Melhor Roteiro adaptado, Edição e Trilha Sonora,  A Rede Social conta a história de Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg) e Eduardo Saverin (Andrew Garfield), fundadores de uma das redes sociais mais conhecidas do mundo: o Facebook.  
O longa é uma adaptação do livro Bilionários Por Acaso - A Criação do Facebook (The Accidental Billionaires: The Founding of Facebook, a Tale of Sex, Money, Genius and Betrayal - em inglês) , de Ben Mazrich. A obra traz a história prévia dos irmãos Tyler e Cameron Winklevoss antes de vencerem a batalha com o Facebook e se tornarem os maiores bilionários do Bitcoin.



Gabriel Rhama, líder da vertical de criptoeconomia da ABFintechs e CEO da Profitfy indica:

A obra cinematográfica acumulou 5 indicações ao Oscar e contou com um elenco premiado: Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling e Brad Pitt. O filme explica a grande crise de 2008, onde um grupo de pessoas percebe a bolha imobiliária prestes a estourar e “aposta” contra os bancos evidenciando a falta de confiabilidade de todo o setor bancário e financeiro. O filme ilustra a principal premissa da criptoeconomia, que não depende de um intermediador de confiança para realizar negócios e transações.



Thiago Lucena, CEO da UZZO indica:

Banking on Bitcoin

É um documentário que aborda o universo da Bitcoin e sua evolução até os dias de hoje. Lançado em 2016 pela Netflix, foi considerado por muito tempo, a única obra cinematográfica que falava sobre o universo das Bitcoins de forma completa e realista. O filme conta com a participação de muitos entusiastas e figuras importantes do universo das Bitcoins, como Charlie Shrem, Barry Silbert, os irmãos Winflevoss, entre outros. 



Pesquisa aponta que cinema é a prioridade de entretenimento entre os jovens na vida pós-pandemia


O movimento #JuntosPeloCinema realizou uma pesquisa online com mais de 27 mil pessoas no país através da empresa Vibezz para entender a percepção sobre o retorno às salas de cinema. Com alto engajamento do público, com idade de 16 a 65+ anos, com renda de menos de 800 reais até mais de 15 mil reais por mês, a pesquisa foi respondida em todas as regiões do país.

Entre os resultados, destaca-se o fato de que o público jovem, de 16 a 24 anos, é o que mais sente falta e o que deve retornar mais rápido às salas. 75% dos jovens colocam o cinema como prioridade de entretenimento no retorno das atividades, ficando acima de passeio ao ar livre, que ocupa o segundo lugar da preferência, com 37,5% dos votos. 80% dos jovens ainda afirmam que, no futuro, a frequência de ida ao cinema deve se manter igual ou maior ao que era antes da pandemia.

A pesquisa, realizada no período de 11 a 22 de maio, também mostra que o retorno ao cinema tem uma importância significativa para o público que recebe renda de até R$ 2.165,00, por ser considerado uma opção mais econômica em comparação a outros tipos de entretenimento, como shows e teatro.

Para os cinéfilos, público que vai ao cinema mais de uma vez por mês, a volta deve acontecer logo no primeiro mês de reabertura das salas, conforme 70% das respostas. Esse público também se diz tranquilo com as medidas de segurança e bem-estar adotadas pelos exibidores.

De acordo com 70% de todas as pessoas pesquisadas, o que mais sentem falta é a experiência do cinema, algo que não é possível reproduzir em casa, e esse é o fator que mais impacta a agilidade do retorno às salas. 98% dos respondentes também associam o cinema com sentimentos positivos. As palavras mais associadas à experiência foram: diversão, filmes e pipoca.

A pesquisa teve o apoio de parceiros do segmento como AdoroCinema, Instituto de Pesquisa Boca a Boca, Comscore, FLIX Media, Ingresso.com e Velox Tickets, que utilizaram suas bases de cadastrados para disparo do link de acesso ao questionário, além da participação de exibidores e distribuidores que enviaram à sua base o convite para responder a pesquisa.


Pesquisa aponta que 44% dos brasileiros acreditam que quarentena deve durar até o fim do ano



36% acreditam no isolamento vertical para o atual momento, ou seja, deixar a economia funcionar e proteger os mais vulneráveis, 7% a mais que na primeira onda do estudo


A maior parte dos brasileiros estima que a quarentena não deve passar do final do ano. É o que aponta a terceira onda do estudo Opiniões Covid-19, realizado entre 18 a 22 de junho, que identificou que 44% das pessoas não acredita que o distanciamento social ocasionado pela covid-19 acabe nos próximos meses, mas tampouco pensa que ele se estenderá por 2021 -- apenas 19% acreditam que a quarentena perdure no próximo ano.

De acordo com o estudo a quarentena horizontal, realizada em diversas cidades do país, perdeu força. Para muitos a sensação é de que não funcionou – enquanto na primeira onda 40% eram a favor de um isolamento mais forte, com comércios e negócios fechados, na terceira onda apenas 33% se dizem de acordo.

Contudo, não há consenso quanto à melhor forma de lidar com a situação. De fato cresceu o apoio ao isolamento vertical, que permite que a economia siga – passou de 31% na segunda onda para 36% na terceira --, mas cresceu também o apoio ao lockdown – de 15% na segunda pesquisa para 27% agora.

A pesquisa realizada pela Perception, Engaje! Comunicação e Brazil Panels, entrevistou 525 pessoas online, em todas as regiões do Brasil, homens e mulheres com mais de 18 anos, das classes ABCD, com margem de erro de mais ou menos 4,05%, para saber a opinião dos brasileiros sobre o cenário da pandemia. Esta é a terceira onda do estudo, cuja primeira onda foi realizada entre 1º e 3 de abril, e a segunda entre 29 de abril e 1º de maio.


Uma mensagem contra a opressão



Acabamos de passar por um dia importante e simbólico para o Brasil. A data de 9 de julho se trata de um dia comemorativo para nossa história doméstica. É o aniversário da "Revolução de 1932”, quando os paulistas foram obrigados a pegar em armas e lutar contra a repressão imposta pelo então ditador Getúlio Vargas. Esse tempo passou, mas as lições, ao que parecem, não foram completamente aprendidas.

O Brasil está, lenta e dolorosamente, percebendo o que está acontecendo no mundo. A pandemia está trazendo para nossa economia uma recessão sem precedentes que, se não for tratada com todas as forças e remédios disponíveis, fará com que dezenas de milhões fiquem fora do mercado de trabalho por talvez uma década ou mais, fazendo com que a fome, o abuso e o mal prosperem.

A grande depressão de 1929 ensinou ao mundo algumas lições preciosas que deveriam ser, até agora, conhecidas de cor por cada líder político, não importa se do Estado ou do setor privado.

É importante que todos reconheçamos o tamanho do choque econômico e psicológico que está chegando até nós neste momento. A pandemia do Covid-19 está devastando a economia mundial de maneiras que nenhuma pessoa viva já experimentou no passado. Está dando poder a ditadores e demagogos mais uma vez. E pode ficar muito pior se não agirmos imediatamente, transformando-se em um pesadelo que nenhum indivíduo jamais imaginou possível.

Se falharmos em mudar nossos pontos de vista e agir decisivamente, impulsionados pela arrogância e negação, as pessoas incorrerão em dor e sofrimento desnecessários, talvez dor intolerável e sofrimento. Milhões de famílias verão seus futuros desaparecerem. A esperança desaparecerá por muito tempo. A tristeza entrará em nossas casas e nossos jovens perderão a fé na democracia e nos próprios valores de liberdade e justiça que apoiam a sociedade. E, na vida, isso é tudo o que temos.

Mas isso não precisa necessariamente acontecer. O tempo para a liderança política do mundo livre subir às suas posições e tarefas relevantes surgiu e, em alguns anos, ficará claro se estávamos à altura do desafio ou se, mais uma vez, deixamos nossos demônios mais sombrios crescerem e prevalecerem, às vezes apenas fechando nossos olhos para a injustiça.

Este não é o momento para a divisão política, para o ressentimento ou a raiva nos cegarem diante a enorme tarefa que enfrentamos agora. É hora da união, da bondade e da razão ocupar nossas mentes e almas.

Nós temos uma chance. Talvez uma pequena chance. Mas uma chance. Podemos decidir continuar negando a realidade. Podemos sempre decidir que o sofrimento de milhões de famílias e pessoas em desvantagem valerá seu preço. Como tínhamos feito, equivocadamente, muitas vezes antes na história, com resultados horríveis.

Mas, diferentemente, também podemos aproveitar este momento extremamente difícil e fazer algo de bom. Podemos mudar e começar a entender que, em um mundo onde nem todos são capazes de ter a oportunidade de criar seus filhos e filhas com liberdade e dignidade, ninguém jamais viverá em paz.

As medidas devem e podem ser tomadas com efeitos imediatos. Nossas economias não devem diminuir em 20, 30 ou 50% para que percebamos que é hora de os governos, juntamente com os atores privados, liderarem um esforço sem precedentes para criar estímulos e, ao mesmo tempo, modernizar a infraestrutura e os padrões de vida, criando a base para uma economia mais moderna e justa quando essa doença devastadora puder ser controlada.

Temos aliados. Temos todo um conjunto de países que são impulsionados pelos mesmos valores de justiça, liberdade e democracia. Nós temos um ao outro.

Esses países e pessoas muito livres estão agora, de repente, entendendo o quão pequeno este planeta é e como um único vírus pode se espalhar fora de controle e destruir a base de nossa felicidade.

Que possamos aproveitar essa oportunidade para crescer unidos e, juntos, apoiar nossos aliados com não apenas recursos para a implementação de projetos extraordinários de infraestrutura que sustentarão nossa produtividade e grandeza por mais um século, mas também com carinho e cuidado interpessoais.

O mundo, agora está claro, é muito pequeno para permitirmos que etnias inteiras vivam com medo e sem liberdade. No final, todos nós perdemos nossas liberdades quando nem todos podem apreciá-la.

Que Deus proteja a todos nós. E, por Deus, quero dizer qualquer deus que nos ensine justiça, tolerância e solidariedade.

Que possamos nos unir. Isso é tudo com que podemos contar agora.






Rodrigo Guedes Nunes - advogado de Direitos Humanos do escritório Guedes Nunes Advogados

O que esperar da legislação para Telemedicina no Pós-COVID-19?



Após anos de debate, o Projeto de Lei 696/20, proposto pela Deputada Federal Adriana Ventura, autorizou em caráter emergencial a prática da telemedicina por conta da epidemia do novo coronavírus no Brasil, e do isolamento social adotado na tentativa de evitar a propagação do vírus. Essa liberação ainda não é uma regulamentação em definitivo, visto que esse tipo de atendimento só está autorizado enquanto a saúde pública estiver em colapso por conta da pandemia. Mas, podemos entender essa medida como um avanço em uma prática cada vez mais condizente com o mundo em que vivemos.

A telemedicina é um termo que engloba a utilização de ferramentas tecnológicas para facilitar o acesso e o atendimento à saúde para a população. De acordo com o artigo “Telehealth”, do The New England Journal of Medicine, existem quatro objetivos a serem alcançados pelo sistema de saúde que podem ser auxiliados por esse método: melhorar a experiência do paciente durante o atendimento; melhorar a saúde da população; reduzir o custo per capita de cuidados com a saúde; e melhorar a experiência em serviços de saúde.

Médicos e pacientes podem se comunicar por videochamadas para realizar o atendimento, tendo como ferramentas aplicativos especializados. A inserção da telemedicina na rotina das pessoas tem benefícios econômicos e sociais. Da mesma forma como reduz o gasto de operadoras de saúde, influenciando em menores custos para o usuário final, também será possível levar atendimento a locais com maior dificuldade de acesso à saúde. Assim, existem maneiras de conciliar tratamento com prevenção de doenças de baixa complexidade, ajudando a evitar que as pessoas posterguem os cuidados com a saúde.

É inegável que se trata de um avanço necessário para a medicina brasileira. Aliás, os principais países do mundo já usam o modelo como uma forma de acesso à saúde e para a redução de custos. Além disso, é uma excelente ferramenta para viabilizar os sistemas de saúde e otimizar o tempo médico, gerando benefícios para todos os envolvidos e colocando o Brasil em linha com as boas práticas adotadas por outras nações.

Espera-se que esse primeiro "teste" do uso da telemedicina acelere a sua autorização de maneira definitiva, já que foi possível perceber vários benefícios de sua prática. Com essa nova percepção sobre a telemedicina, ganham-se diversas vantagens, e alguns outros setores precisarão se adaptar a essa nova realidade. Por exemplo, as operadoras de serviço de internet vão sentir a necessidade de entregar seus serviços com mais qualidade, dado que será indispensável para a comunicação entre médico e paciente. Isso também vai influenciar a disputa com a concorrência.

No entanto, não se trata somente de regulamentar e esperar que o sistema funcione de forma adequada. O conceito de telemedicina e suas variações é muito amplo e é necessário atenção para o entendimento e desempenho adequado dessa modalidade de serviço, para que seja realizado pelos médicos com ética. Vale lembrar que é um ínicio, e que a Frente Parlamentar do Congresso junto ao Conselho Federal de Medicina estão em constante discussões de temas sensíveis como este.  





Fábio Tiepolo - CEO da Docway (www.docway.com.br), empresa brasileira de inovação com foco em saúde.


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