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domingo, 2 de novembro de 2025

Como escolher sua primeira obra de arte sem gastar muito e sem errar na decoração



Especialista em Design de Interiores do CEUB ensina truques para transformar a casa com peças acessíveis e cheias de personalidade


Não é apenas um quadro, um pôster ou uma escultura. Comprar a primeira obra de arte pode parecer intimidador para quem nunca teve contato com esse universo. É preciso entender de design ou de história da arte? Como escolher algo que combine com a casa e com o estilo de vida? Para Adriana Valli Mendonça, coordenadora do curso de Design de Interiores do Centro Universitário de Brasília (CEUB), o segredo está em começar pelo mais óbvio: olhar para dentro. “O gosto pessoal deve vir em primeiro lugar”, orienta. 

A pergunta inicial é simples: quais imagens, cores e formas atraem você naturalmente? Pode ser uma fotografia que emociona ou uma escultura que desperta curiosidade. “O mais importante é estabelecer uma conexão afetiva com a obra”, afirma. Ainda assim, a harmonia com o espaço deve ser considerada para evitar a sensação de que a peça “não conversa” com os móveis ou com a atmosfera do ambiente. “O que é cafona para uns pode ser ousado e inovador para outros”. 

Na prática, alguns erros são comuns: agir por impulso, escolher obras em proporções inadequadas ou desconsiderar aspectos de iluminação e conservação. Outro mito a ser quebrado é o de que arte só se encontra em galerias famosas ou com artistas consagrados. “Feiras, coletivos criativos, ateliês e até exposições universitárias oferecem peças originais e acessíveis”, explica a designer. 

Uma dúvida frequente entre iniciantes é se vale mais investir em uma única obra de destaque ou em uma composição de vários quadros. A resposta, segundo Adriana, depende do estilo de quem decora e da proposta do ambiente. “Uma peça central se torna protagonista e precisa de espaço para respirar. Já a gallery wall transmite leveza e descontração, como uma narrativa visual da vida de quem mora ali”, detalha.

 

Obra grande em local pequeno?

A proporção é outro ponto-chave. Em se tratando de pinturas, a recomendação é que a obra ocupe de 50% a 70% do espaço vazio da parede. Já esculturas pedem cuidado extra, pois interferem na circulação e na convivência com os móveis. “Peças grandes transformam o ambiente, mas exigem experiência. Quem está começando pode apostar em formatos menores para experimentar estilos e combinações”, sugere a professora do CEUB. 

Mais do que tendência ou decoração, Adriana defende a arte como uma extensão da identidade. “Uma fotografia da cidade natal, uma escultura inspirada na natureza ou uma tela que remete à memória familiar comunicam muito sobre quem somos. Não encare a arte apenas como enfeite: ela é memória, identidade e emoção”, resume. 

Dicas da especialista do CEUB para escolher sua primeira obra de arte:

• Comece pelo gosto pessoal, mas avalie a harmonia com o ambiente.

• Evite compras por impulso: pense onde a obra será colocada.

• Observe proporções: quadros devem ocupar de 50% a 70% do espaço da parede.

• Experimente em ambientes menos centrais antes de ousar em locais de destaque.

• Invista em obras autorais e de artistas locais para mais autenticidade.

• Prefira iluminação difusa e evite sol direto, umidade e produtos químicos.

• Não coloque obras em cozinhas e banheiros.

• Feiras, ateliês e coletivos criativos são boas fontes de obras acessíveis.

• Réplicas da internet podem decorar, mas não têm valor artístico.

 

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