O Dia de Ação de Graças é uma das datas mais
importantes da cultura norte-americana
Nesta quinta-feira, dia 27 de novembro é celebrado o Thanksgiving Day, ou Dia de Ação de Graças, um dos feriados mais aguardados nos Estados Unidos. A data é comemorada sempre na última quinta-feira do mês e costuma movimentar o país, reunindo famílias americanas em torno de mesas fartas e com um sentimento coletivo de gratidão, reproduzindo tradições mantidas ao longo de gerações. Celebrações semelhantes, em menor escala, também acontecem em outros países, como o Canadá e a Austrália.
Acredita-se
que as origens do Thanksgiving remontam ao início do século XVII, quando
colonos ingleses recém-chegados à América do Norte e povos indígenas locais
teriam compartilhado um banquete para celebrar a boa colheita e o fim de um
período difícil de fome e incertezas. Os povos indígenas teriam ensinado os
colonos a plantar e colher na nova terra; e em retribuição, estes organizaram
um banquete para agradecer e celebrar juntos a fartura.
Embora
os registros históricos sejam escassos e por vezes contraditórios, o episódio
costuma ser associado a um encontro ocorrido em 1621, na colônia de Plymouth,
atual estado de Massachusetts, entre os chamados Pilgrims e integrantes
da tribo Wampanoag. “O que se sabe com mais clareza é que, ao longo dos séculos
seguintes, diversas comunidades passaram a organizar celebrações semelhantes,
cada uma à sua maneira, para agradecer pelas colheitas e pelas conquistas do
ano”, afirma Eloísa Monteiro, coordenadora pedagógica da Escola Bilíngue Aubrick (São Paulo/SP).
Em
1863, durante a Guerra Civil Americana (1861 – 1865), o presidente Abraham
Lincoln (1809 – 1865) oficializou a data como feriado nacional americano,
transformando-a em um símbolo de união e esperança. Curiosamente, no Brasil há
uma lei, sancionada pelo presidente Eurico
Gaspar Dutra em 1949, que institui a data oficialmente em nosso país, a quarta
quinta-feira de novembro – mesmo dia em que se comemora nos EUA.
Entre
os muitos símbolos do Thanksgiving, o peru assado é, sem dúvida, o mais
emblemático. O banquete tradicional também costuma incluir acompanhamentos
típicos como purê de batata, torta de abóbora e o curioso cranberry sauce,
um molho agridoce feito de frutas vermelhas nativas da América do Norte. “Mas o
feriado vai muito além da mesa: os americanos também prestigiam os desfiles de
Ação de Graças, que contam com balões, bandas, carros enfeitados e artistas
pelas ruas; se reúnem para assistir jogos de futebol americano, além de
organizarem ações solidárias que mobilizam doações de alimentos por todo o
país”, diz Ana Claudia Favano, gestora da Escola
Internacional de Alphaville (Barueri/SP).
“Embora
o Dia de Ação de Graças seja pouco celebrado no Brasil, a data é uma
oportunidade interessante para trabalhar valores como empatia e gratidão com
crianças e jovens, e compreender como outras culturas expressam esses
sentimentos”, diz Beatriz Martins, coordenadora pedagógica do Brazilian
International School – BIS (São Paulo/SP).
No
Brasil, escolas bilíngues e de idiomas costumam aproveitar o Thanksgiving
como uma oportunidade de aprendizado cultural. Mais do que apresentar
vocabulário ou expressões em inglês, a data é usada para mergulhar nos costumes
e valores que ela representa, como a gratidão, a solidariedade e o convívio em
comunidade. Nessas instituições, é comum que os alunos participem de atividades
temáticas, produzam murais de agradecimento ou até recriam, de forma simbólica,
a tradicional ceia norte-americana.
“Ao vivenciar essa celebração, os estudantes compreendem que aprender um idioma vai além das palavras: é também entender a história, os hábitos e o modo de pensar de outro povo”, explica Rafaela Marques, coordenadora de Inglês do colégio Progresso Bilíngue Cambuí (Campinas/SP).
Ana Claudia Favano - fundadora e gestora da Escola Internacional de Alphaville. É psicóloga; pedagoga; educadora parental pela Positive Discipline Association/PDA, dos Estados Unidos; e certificada em Strength Coach pela Gallup. Especialista em Psicologia da Moralidade, Psicologia Positiva, Ciência do Bem-Estar e Autorrealização, Educação Emocional Positiva e Convivência Ética. Dedicada à leitura e interessada por questões morais, éticas, políticas, e mobiliza grande parte de sua energia para contribuir com a formação de gerações comprometidas e responsáveis. Beatriz Martins - educadora com mais de 30 anos de atuação na educação, sendo 18 deles em funções de liderança pedagógica, formando equipes, projetos e — principalmente — pessoas. Possui licenciatura plena pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e pós-graduação pelo Instituto Singularidades. Atualmente atua como coordenadora pedagógica no BIS.
Eloisa Monteiro é pedagoga bilíngue, especializada em infâncias e apaixonada pelo desenvolvimento dos primeiros anos de vida. Seu olhar atento para a alfabetização em duas línguas e para as nuances do ensino bilíngue reflete seu compromisso em proporcionar experiências significativas às crianças. Coordenadora dedicada, Eloisa valoriza cada interação com os pequenos e suas famílias, acreditando que o acolhimento é a base para uma aprendizagem segura e afetiva. Para ela, a educação vai muito além do ensino — é um espaço de encontros, descobertas e construção de vínculos.
Rafaela Marques - çlicenciada em Letras e Pedagogia pela Universidade Estadual de Campinas, possui certificação Cambridge de Inglês e cursos de extensão pelo Instituto Singularidades na área da Educação Bilíngue. Atuou como professora na Educação Infantil e no Ensino Fundamental Anos Iniciais no Colégio Progresso Cambuí e como coordenadora da You in School. Atualmente, exerce o cargo de Coordenadora do Bilíngue - Ensino Fundamental Anos Iniciais e Head of Multilingualism do Colégio Progresso Bilíngue Cambuí.

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