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quinta-feira, 24 de abril de 2025

26 de Abril: Dia Nacional de Controle da Hipertensão Arterial

Cardiologista partilha dicas para prevenir doença que afeta 30% da população

 

A hipertensão arterial, ou tensão alta, é uma doença crónica que pode afetar cerca de 30% da população brasileira, sendo a sua prevalência estimada em até 70% entre a população com mais de 70 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). 

Trata-se de uma condição caracterizada por níveis elevados de pressão sanguínea nas artérias, tendo como principais consequências o comprometimento dos chamados órgãos-alvo da doença: coração, cérebro, olhos e rins. 

A sua ação dá-se nas pequenas artérias destes órgãos, levando a doenças como o enfarte, a insuficiência cardíaca, o acidente vascular cerebral e a insuficiência renal. 

Segundo o cardiologista do Hospital Icaraí, Dr. Cláudio Catharina, a hipertensão pode afetar diretamente o coração, pois obriga-o a exercer um esforço maior do que o normal para bombear o sangue através dos vasos sanguíneos. 

“A hipertensão força o coração a trabalhar com mais intensidade para garantir a correta distribuição do sangue por todo o corpo. Por isso, é um dos principais fatores de risco para a insuficiência cardíaca.

Segundo o médico, a hipertensão também está relacionada com o acidente vascular cerebral (AVC), enfarte, aneurismas e insuficiência renal, atuando na parede dos vasos sanguíneos destes órgãos”, explica.

 

Fatores que influenciam a hipertensão arterial 

A doença tem forte correlação com a herança genética, mas outros fatores também podem contribuir para o início e agravamento da pressão arterial, tais como: 

  • Tabagismo; 
  • Consumo de bebidas alcoólicas; 
  • Obesidade; 
  • Stress; 
  • Consumo excessivo de sal;

 

  • Níveis elevados de colesterol; 
  • Falta de atividade física.

 

Sintomas, diagnóstico e prevenção 

Em muitos casos, a hipertensão arterial é silenciosa, sendo por isso considerada um inimigo invisível. No entanto, segundo o Dr. Cláudio Catharina, os sintomas podem incluir dor no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido nos ouvidos, fraqueza corporal, visão turva e hemorragias nasais.

O diagnóstico é feito através da medição regular da pressão arterial. Quando os valores da pressão máxima e mínima são iguais ou superiores a 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio), considera-se que há hipertensão. 

“Quando os valores estão abaixo de 90/60 mmHg, considera-se que a pressão está baixa. Para uma aferição precisa, são utilizados dispositivos como a MRPA e o MAPA”, explica o médico. 

O Dr. Cláudio destaca que, apesar de não ter cura, a hipertensão tem tratamento e pode ser prevenida com mudanças simples no dia a dia, tais como: 

  • Controlar o peso corporal; 
  • Reduzir o consumo de sal; 
  • Praticar atividade física regularmente; 
  • Evitar fumar e ingerir álcool em excesso; 
  • Ter uma alimentação equilibrada; 
  • Controlar os níveis de açúcar no sangue. 

“A melhor forma de prevenção é manter um estilo de vida saudável, com boa alimentação, exercício físico e, claro, visitas regulares ao cardiologista – especialmente para quem tem histórico familiar ou pertence a grupos de risco”, conclui.


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