Rinite, asma e
dermatite atópica estão entre as principais condições agravadas pelo estresse
do cenário corporativo
Segundo dados da pesquisa State of
the Global Workplace 2024, da consultoria Gallup, o Brasil ocupa a
sétima posição entre os países mais estressados da América Latina. A tensão
constante no ambiente corporativo não apenas afeta a saúde mental, mas também
agrava condições alérgicas como asma, rinite e dermatite.
De acordo com Julinha Lazaretti, bióloga e
cofundadora da Alergoshop, rede referência no desenvolvimento de produtos
hipoalergênicos, para além do estresse, a estrutura do ambiente profissional
pode potencializar essas reações alérgicas. Isso ocorre porque espaços
fechados, com pouca circulação de ar, acúmulo de poeira e exposição a materiais
irritantes favorecem o surgimento de sintomas como espirros constantes, coceira
nos olhos, tosse e dor de cabeça. Como consequência, esses fatores interferem
diretamente no desempenho e na concentração dos colaboradores.
"O trabalho não é o causador das alergias, mas
o estresse gerado nele agrava condições preexistentes. A sobrecarga emocional
desregula o sistema imunológico, tornando o organismo mais sensível a agentes
alérgenos. Dessa maneira, pessoas com predisposição a rinite, por exemplo, percebem
um aumento nas crises durante períodos de maior tensão no escritório",
explica Lazaretti.
Os principais casos
No cenário corporativo, a rinite alérgica lidera
entre as queixas. Ambientes com carpete, cortinas e ar-condicionado sem
manutenção acumulam ácaros e partículas de poeira, o que desencadeia espirros,
congestão nasal e irritação nos olhos. Como resultado, o rendimento cai à
medida que a respiração fica comprometida e a necessidade de usar lenços e
medicamentos cresce.
Segundo Lazaretti, a asma também apresenta
agravamento. Escritórios com mofo ou baixa qualidade do ar elevam a incidência
de crises respiratórias. Assim, funcionários asmáticos enfrentam dificuldades
para se concentrar e precisam recorrer ao uso frequente de broncodilatadores,
impactando sua rotina de trabalho.
Em paralelo, a dermatite atópica sofre influência
direta do estresse e de fatores emocionais, como a ansiedade e a pressão por
resultados. Situações de alta demanda, prazos curtos e um ambiente de trabalho
tenso tendem a desencadear ou agravar os sintomas, intensificando a coceira, a
inflamação e as lesões na pele.
Existe solução?
Julinha aponta que melhorar o ambiente de trabalho
faz diferença significativa. A circulação de ar adequada e a limpeza frequente
com produtos hipoalergênicos garantem um espaço mais saudável. Ademais, manter
os filtros do ar-condicionado sempre limpos reduz significativamente a presença
de agentes irritantes. Já existem empresas que investem em espaços de
descompressão e flexibilidade na jornada, minimizando os impactos negativos
sobre a saúde dos colaboradores.
A especialista ainda destaca que mudanças na rotina
pessoal ajudam a controlar as crises alérgicas. O uso de cosméticos
hipoalergênicos, por exemplo, evita reações cutâneas, enquanto a aplicação de
acaricidas em casa impede a proliferação de ácaros nos momentos de descanso. Do
mesmo modo, produtos de limpeza específicos, livres de fragrâncias artificiais
e substâncias agressivas, contribuem para um cotidiano mais confortável e
seguro.
Em segundo lugar, reduzir o estresse é essencial. Técnicas de relaxamento, pausas estratégicas e ambientes mais humanizados contribuem significativamente para o equilíbrio emocional dos funcionários.
Alergoshop
https://alergoshop.com.br/
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