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quinta-feira, 24 de abril de 2025

Você sabia que as alergias podem impactar o desempenho no ambiente de trabalho? Entenda os motivos

Rinite, asma e dermatite atópica estão entre as principais condições agravadas pelo estresse do cenário corporativo


Segundo dados da pesquisa State of the Global Workplace 2024, da consultoria Gallup, o Brasil ocupa a sétima posição entre os países mais estressados da América Latina. A tensão constante no ambiente corporativo não apenas afeta a saúde mental, mas também agrava condições alérgicas como asma, rinite e dermatite.

De acordo com Julinha Lazaretti, bióloga e cofundadora da Alergoshop, rede referência no desenvolvimento de produtos hipoalergênicos, para além do estresse, a estrutura do ambiente profissional pode potencializar essas reações alérgicas. Isso ocorre porque espaços fechados, com pouca circulação de ar, acúmulo de poeira e exposição a materiais irritantes favorecem o surgimento de sintomas como espirros constantes, coceira nos olhos, tosse e dor de cabeça. Como consequência, esses fatores interferem diretamente no desempenho e na concentração dos colaboradores.

"O trabalho não é o causador das alergias, mas o estresse gerado nele agrava condições preexistentes. A sobrecarga emocional desregula o sistema imunológico, tornando o organismo mais sensível a agentes alérgenos. Dessa maneira, pessoas com predisposição a rinite, por exemplo, percebem um aumento nas crises durante períodos de maior tensão no escritório", explica Lazaretti.

 

Os principais casos

No cenário corporativo, a rinite alérgica lidera entre as queixas. Ambientes com carpete, cortinas e ar-condicionado sem manutenção acumulam ácaros e partículas de poeira, o que desencadeia espirros, congestão nasal e irritação nos olhos. Como resultado, o rendimento cai à medida que a respiração fica comprometida e a necessidade de usar lenços e medicamentos cresce.

Segundo Lazaretti, a asma também apresenta agravamento. Escritórios com mofo ou baixa qualidade do ar elevam a incidência de crises respiratórias. Assim, funcionários asmáticos enfrentam dificuldades para se concentrar e precisam recorrer ao uso frequente de broncodilatadores, impactando sua rotina de trabalho.

Em paralelo, a dermatite atópica sofre influência direta do estresse e de fatores emocionais, como a ansiedade e a pressão por resultados. Situações de alta demanda, prazos curtos e um ambiente de trabalho tenso tendem a desencadear ou agravar os sintomas, intensificando a coceira, a inflamação e as lesões na pele.

 

Existe solução?

Julinha aponta que melhorar o ambiente de trabalho faz diferença significativa. A circulação de ar adequada e a limpeza frequente com produtos hipoalergênicos garantem um espaço mais saudável. Ademais, manter os filtros do ar-condicionado sempre limpos reduz significativamente a presença de agentes irritantes. Já existem empresas que investem em espaços de descompressão e flexibilidade na jornada, minimizando os impactos negativos sobre a saúde dos colaboradores.

A especialista ainda destaca que mudanças na rotina pessoal ajudam a controlar as crises alérgicas. O uso de cosméticos hipoalergênicos, por exemplo, evita reações cutâneas, enquanto a aplicação de acaricidas em casa impede a proliferação de ácaros nos momentos de descanso. Do mesmo modo, produtos de limpeza específicos, livres de fragrâncias artificiais e substâncias agressivas, contribuem para um cotidiano mais confortável e seguro.

Em segundo lugar, reduzir o estresse é essencial. Técnicas de relaxamento, pausas estratégicas e ambientes mais humanizados contribuem significativamente para o equilíbrio emocional dos funcionários. 



Alergoshop
https://alergoshop.com.br/

 

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