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quarta-feira, 19 de março de 2025

Imunidade baixa é inimiga das crianças na volta às aulas

Fortalecer o sistema imunológico ajuda a prevenir infecções e proporciona um retorno à rotina escolar com mais tranquilidade

 

Todo ano é a mesma coisa: um misto de alívio e preocupação toma conta das famílias no momento de retorno às aulas. Se por um lado os pais celebram a volta à rotina, por outro se preocupam mais com a saúde da garotada. Isso porque a convivência com outras crianças no ambiente escolar aumenta o risco de infecções. Fortalecer o sistema imune pode contribuir para um retorno mais tranquilo. 

Hábitos saudáveis como uma alimentação equilibrada, rica em frutas e vegetais, hidratação adequada, sono regular e higiene são essenciais para potencializar a imunidade. Essas práticas combinadas ajudam a preparar o organismo das crianças para uma rotina escolar com mais saúde e menos interrupções. 

O uso de imunomoduladores também pode ser uma estratégia recomendada por profissionais de saúde para assegurar que o organismo dos pequenos esteja pronto para enfrentar a maior exposição a agentes infecciosos. Formulados a partir de fragmentos bacterianos inativados, esses medicamentos estimulam a produção de anticorpos e células de defesa, "treinando" o organismo para reagir de forma mais eficaz a futuras infecções. Dessa forma, são importantes aliados na prevenção de infecções respiratórias recorrentes, como sinusites, amigdalites, otites e bronquites. 

“O uso de imunomoduladores permite uma ativação preventiva do sistema imunológico. Eles atuam nas células apresentadoras de antígenos, que identificam e reagem a agentes invasores, ajudando a reduzir a gravidade e a frequência das infecções respiratórias”, explica a Dra. Ana Paula Castro, especialista em alergia e imunologia e doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP. O tratamento com imunomoduladores é realizado em ciclos de aproximadamente três meses. 

Os imunomoduladores constituem uma mescla de antígenos bacterianos obtidos por liofilização e lise química ou mecânica de bilhões de bactérias ou cadeias de referência bacteriana cultivadas in vitro, como o Staphylococcus aureus, Streptococcus viridans, Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella ozenae, Moraxella catarrhalis, Haemophylous influenzae[i]. 

Ao contrário dos antibióticos, que atuam no combate direto às infecções, os imunomoduladores preparam o organismo para agir preventivamente, reduzindo a incidência de infecções e o uso de antibióticos — um desafio crescente na saúde pública.

A Dra. Ana Paula destaca a importância do uso consciente de antibióticos em crianças, frequentemente prescritos para tratar infecções comuns. “Cerca de 75% das prescrições de antibióticos são destinadas a crianças, muitas vezes por infecções recorrentes. O uso prolongado pode levar ao desenvolvimento de resistência bacteriana, tornando o tratamento de infecções futuras mais difícil. É essencial que antibióticos sejam prescritos e utilizados de forma responsável”, reforça. 



Grupo Chiesi
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Referências

[i] Sanches MRM, Coelho ABA, Onofre JM. Imunoestimulantes na prevenção de infecções respiratórias em idade pediátrica. Resid Pediatr. 2015;5(3):128-131


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