Procedimento minimamente invasivo tem sido alternativa para tratar flacidez, secura e atrofia vaginal em diferentes fases da vida da mulher
As transformações do corpo feminino durante a gestação e o parto
envolvem não apenas aspectos emocionais e hormonais, mas também mudanças
físicas significativas na região íntima. Flacidez dos tecidos, relaxamento do assoalho
pélvico, alterações na pigmentação e até cicatrizes perineais são comuns nesse
período. Diante dessas alterações, a busca por tratamentos que auxiliem na
recuperação tornou-se mais frequente, e o uso do laser íntimo desponta como uma
alternativa segura e eficaz.
Segundo a ginecologista Dra. Mari Neide Ausani, membro da
Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil (AMCR), essas mudanças
no pós-parto são naturais e influenciadas pelo processo de gravidez e parto
vaginal. "A flacidez e a diminuição do tônus vaginal podem impactar a
função sexual e o bem-estar físico da mulher, tornando essencial uma abordagem
cuidadosa e personalizada para cada paciente", explica.
O tratamento com laser íntimo tem sido cada vez mais utilizado
para auxiliar na cicatrização e recuperação do tônus vaginal. "O laser
pode ajudar na reparação do tecido vaginal, melhorar a lubrificação e reduzir
sintomas de atrofia vaginal que surgem devido às alterações hormonais do
pós-parto", detalha Dra. Mari Neide.
A indicação do procedimento depende do tempo de recuperação do
organismo da mulher. Geralmente, recomenda-se aguardar de três a seis meses
após o parto antes de iniciar o tratamento. "Esse período é fundamental
para que o corpo passe pela recuperação inicial. Além disso, uma avaliação
médica cuidadosa deve ser realizada antes do procedimento para descartar
infecções, lesões ou qualquer condição que possa contraindicar o uso do
laser", enfatiza a especialista.
Menopausa
Além do pós-parto, o laser íntimo também tem se destacado como
um tratamento eficaz para mulheres na pós-menopausa, promovendo a produção de
colágeno e elastina, melhorando a elasticidade vaginal e reduzindo sintomas
como secura e dor durante o ato sexual. "O laser é uma excelente
alternativa para mulheres que não podem ou não desejam utilizar terapia
hormonal, proporcionando conforto e qualidade de vida", acrescenta a
ginecologista.
O procedimento pode ser potencializado quando combinado com
outras abordagens, como radiofrequência, preenchimentos com ácido hialurônico,
bioestimuladores de colágeno e terapia hormonal tópica. "Essas combinações
são personalizadas de acordo com as necessidades da paciente, oferecendo
benefícios complementares como maior hidratação, firmeza e regeneração tecidual",
destaca Dra. Mari Neide.
É importante ressaltar que os efeitos do laser não são permanentes. De acordo com a ginecologista, os benefícios podem durar entre seis meses e dois anos, dependendo do estilo de vida, idade e condições individuais da paciente. Sessões de manutenção periódicas podem ser necessárias para prolongar os resultados.
AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil
Para saber mais informações, acesse o site.
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