Desgaste dentário
e alimentação ácida estão entre as principais causas do incômodo
O desconforto ao consumir alimentos quentes,
gelados ou ácidos é uma queixa comum de um em cada três brasileiros - cerca de
41 milhões de pessoas, segundo um estudo da Kantar realizado em 2017. Esse
sintoma pode indicar um problema que afeta a qualidade de vida: a sensibilidade
dentária. A condição pode atingir pessoas de todas as idades e tem como
principais causas o desgaste do esmalte dos dentes, o bruxismo – que é o hábito
involuntário de ranger ou apertar os dentes – e o consumo frequente de
alimentos e bebidas ácidas, como refrigerantes, sucos cítricos e energéticos.
De acordo com o Dr. José Todescan Júnior, especialista em
prótese dental e membro da International Federation of Esthetic Dentistry
(IFED), a sensibilidade ocorre quando o esmalte dentário se desgasta e expõe a
dentina, camada que contém canais microscópicos ligados ao nervo do dente. “Com
esses canais desprotegidos, qualquer estímulo térmico ou químico pode gerar dor
e desconforto. O estresse do dia a dia e o apertamento dental são fatores que
aceleram esse processo”, explica o especialista.
Estímulos como bebidas geladas, cafés quentes e
alimentos ácidos intensificam a sensibilidade, principalmente em pessoas que já
apresentam algum grau de desgaste ou retração gengival. “Não é o uso de escovas
duras ou a escovação vigorosa que provocam sensibilidade, como se pensava
antigamente. Hoje sabemos que os maiores vilões são o bruxismo e a dieta rica
em ácidos”, esclarece Todescan.
Mudanças de hábitos aliviam os
sintomas
O tratamento da sensibilidade dentária passa,
principalmente, por mudanças comportamentais. Reduzir o consumo de bebidas
ácidas e energéticos, controlar o apertamento dental e evitar ambientes que
favoreçam o ranger dos dentes – como atividades de alta tensão – são as
principais medidas. “Perguntamos sempre ao paciente se ele está disposto a
corrigir esses hábitos. Caso contrário, o tratamento terá pouca eficácia”,
ressalta o especialista.
Em situações mais graves, quando há exposição
significativa da raiz do dente ou perda considerável de esmalte, intervenções
clínicas podem ser necessárias. O dentista pode aplicar flúor para fortalecer a
estrutura dentária ou utilizar resinas restauradoras para proteger as áreas
fragilizadas. Em casos de retração gengival acentuada, o enxerto gengival pode
cobrir a região exposta e reduzir a sensibilidade. Além disso, protocolos
clínicos de dessensibilização e o uso do laser de diodo são opções indicadas
para aliviar o incômodo e ajudar na regeneração da área afetada.
Prevenção depende de rotina
equilibrada
Evitar o consumo excessivo de refrigerantes, sucos
cítricos e energéticos é uma das formas mais eficientes de prevenir a
sensibilidade. Além disso, identificar sinais de apertamento dos dentes e
buscar orientação profissional são passos fundamentais. “A melhor proteção é o
controle dos fatores que aceleram o desgaste dentário. Pequenos ajustes nos
hábitos diários fazem grande diferença”, conclui Todescan.
Para completar, visitas regulares ao dentista garantem o monitoramento da saúde bucal e permitem que eventuais alterações sejam tratadas precocemente. Isso evita que a sensibilidade se torne um problema constante e gere ainda mais desconforto e gastos futuros.
José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry) e da Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital), ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes. Para mais informações, acesse o LinkedIn.
Clínica Todescan
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